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Acidentes Ósseos do Osso Esfenoide

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Universidade Federal do Ceará
Disciplina de Anatomia Buco-facial
Gabriela Quariguasi Damasceno - 475306
Descrição anatômica dos acidentes ósseos relacionados ao osso esfenoide.
O osso esfenoide contribui superiormente para as fossas anterior e média do
crânio, anterolateralmente para a parede da órbita, lateralmente para a fossa temporal
e anteroinferiormente para a cavidade nasal e fossa pterigopalatina. Por ser um osso
complexo, é dividido em quatro partes, sendo elas o corpo do esfenoide, as asas
maiores, as asas menores e os processos pterigoides.
O corpo do esfenoide tem formato cuboide e contém dois seios aéreos
separados por um septo. Sua superfície cerebral articula-se anteriormente com o osso
etmoide. Anteriormente pode-se encontrar o jugo esfenoidal, delimitado
posteriormente pela margem anterior do sulco pré-quiasmático, que conduz
lateralmente aos canais ópticos. Posteriormente, a fossa hipofisial aloja a hipófise. O
dorso da sela delimita a fossa e se estende lateralmente, formando os processos
clinoides posteriores.
O corpo do esfenoide se inclina posteriormente e se continua com a parte
basilar do osso occipital, formando, juntos, o clivo. As superfícies laterais estão unidas
com as asas maiores e lâminas mediais dos processos pterigoides. Um amplo sulco
carótico acomoda a artéria carótida interna. Esse canal é projetado medialmente pela
parte petrosa do temporal e tem uma margem lateral, a língula, que se continua para
trás sobre a abertura posterior do canal pterigoideo.
Uma crista mediana, bilaminar e triangular sobre a superfície anterior do corpo
do esfenoide é denominada crista esfenoidal. Inferiormente, o corpo exibe um rostro
esfenoidal triangular e mediano. Um processo vaginal fino projeta-se medialmente a
partir da base da lâmina medial do processo pterigoide em cada lado da parte
posterior do rostro.
Quanto aos seios esfenoidais, eles ocupam o interior do corpo do esfenoide,
sendo os mais posteriores dos seios paranasais e se drenam para o recesso esfenoidal.
Eles podem, ainda, se estendem do centro do corpo do esfenoide para as asas maiores
e asas menores.
O par de asas maiores do esfenoide se estendem da região lateral do centro do
corpo do esfenoide e possuem três faces. A face orbital, anterior, contribui para a
parede da órbita, sendo limitada pelas fissuras superior e inferior da órbita. A margem
superior é serrilhada e se articula com a parte orbital do osso frontal, enquanto a
margem lateral, também serrilhada, se articula com o osso zigomático. A face
temporal, externa, forma parte da parede lateral do crânio. A face cerebral, interna,
contribui para a formação da porção anterior da fossa média do crânio, sendo
profundamente côncava e adaptada ao giro anterior do lobo temporal do hemisfério
cerebral.
Na asa maior do esfenoide se encontram três forames. O forame redondo se
situa anteromedialmente e conduz o nervo maxilar, ramo do trigêmeo. Posterolateral
ao redondo, encontra-se o forame oval, sendo atravessado pelo nervo mandibular, pelo
nervo petroso menor e pela artéria meníngea acessória. O forame espinhoso, que
transmite a artéria meníngea média, é posterior ao forame oval.
A espinha é uma projeção óssea atrás do forame espinhoso que também faz
parte da asa maior. É uma projeção para baixo e o ligamento esfenomandibular é
fixado a sua ponta. O lado medial da espinha apresenta um pequeno sulco
anteroinferior para o nervo corda do tímpano e aparece na parede lateral do sulco para
a tuba auditiva. A margem irregular da asa maior, desde o corpo do esfenoide até a
espinha, é um limite anterior da metade medial do forame lacerado.
As asas menores possuem forma triangular e se originam a partir da porção
anterossuperior do corpo do esfenoide, contribuindo para a formação da fossa
craniana anterior. A superfície superior de cada asa é lisa e se relaciona com o lobo
frontal do hemisfério cerebral. A superfície inferior é parte da parede da órbita e limite
superior da fissura orbital superior. A extremidade medial da asa menor do esfenoide
forma o processo clinoide anterior.
A asa menor está conectada ao corpo por uma raiz anterior plana e fina e por
uma raiz posterior triangular e espessa, entre as quais se encontra o canal óptico. Por
esse canal atravessam o nervo óptico e a artéria oftálmica.
A parte mais inferior do osso esfenoide são os processos pterigoides, que se
originam da porção inferior e lateral do corpo do esfenoide. O processo pterigoide é
caracterizado por apresentar duas lâminas, uma medial e uma lateral, que se fusionam
anterior e superiormente. A lâmina lateral é ampla, fina e evertida. Na face medial da
lâmina se fixa o músculo pterigoideo medial, enquanto na face lateral se fixa o músculo
pterigoideo lateral.
Já a lâmina medial é mais estreita e mais longa do que a lateral. Nela se fixa a
parte cartilaginosa da tuba e músculo constritor da faringe. Sua extremidade inferior é
contínua a uma projeção unciforme, o hâmulo pterigoideo. A rafe pterigomandibular é
fixada ao hâmulo e o tendão do tensor do véu palatino circunda-o. A lâminal medial se
articula, ainda, com o osso palatino posteriormente, e medialmente com a asa do
vômer. Inferiormente carrega um sulco, que é convertido anteriormente em canal
palatovaginal pelo processo esfenoidal do osso palatino. O canal palatovaginal
transmite ramos faríngeos da artéria maxilar e do gânglio pterigopalatino.
As lâminas são separadas abaixo pela fossa pterigoidea. Acima está a fossa
escafoide, rasa, oval e pequena, formada pela divisão da margem superior posterior da
lâmina medial. Parte do tensor do véu palatino é fixada à fossa. A superfície anterior da
raiz do processo pterigóideo é ampla e triangular e forma a parede posterior da fossa
pterigopalatina, sendo perfurada pela abertura anterior do canal pterigoideo.

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