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glândulas mamárias histologia e anatomia

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glândulas mamárias:
· Estruturas dinâmicas:
· 
· Desenvolvimento similar até a puberdade.
· Em mulheres ocorre progressão no desenvolvimento estrutural das mamas para glândulas.
· Múltiplas glândulas desenvolvem-se ao longo de pares de espessamentos epidérmicos, as linhas mamárias, que se estendem desde a axila em desenvolvimento até a região inguinal em desenvolvimento.
ANATOMIA:
· As mamas femininas são estruturas glandulares pares que derivam de glândulas sudoríparas modificadas; 
· Situadas na parede anterior e superior do tórax; entre a 2 ª a 6ª costela; 
· Sobre os músculos peitoral maior e serrátil anterior; 
· No limite inferior temos a prega inframamária ou sulco submamário; 
· Separadas entre si pelo sulco intermamário; 
· Possui 15 a 20 lobos, separados por tecido adiposo; 
· Sustentada pelo ligamento suspensório mamário ou Ligamento de Cooper.
anatomia externa da mama:
· Pele: composta por tecido de sustentação e revestimento que protege a glândula mamária. 
· Aréola: Área pigmentada que circunda o mamilo, pode variar de tamanho e cor. 
Possui glândulas sudoríparas (suor), para manter a temperatura da pele, glândulas sebáceas (sebo), para manter os mamilos lubrificados e limpos e o folículo piloso, localizado ao redor da aréola e forma pequenas proeminências chamadas de glândulas areolares ou de Montgomery ou Morgagni (glândulas sebáceas); 
· Papila mamária – mamilo: É uma pequena projeção que contém uma coleção de ductos provenientes das glândulas secretoras.
ANATOMIA INTERNA DA MAMA:
· Lobos: é o conjunto de vários lóbulos; 
· Lóbulos: conjunto de vários alvéolos;
· Alvéolos: unidade funcional da mama onde encontramos as células produtoras do leite; 
· Ductos lactíferos: são vasos que conectam os alvéolos de um lóbulo até a ampola; 
· Ampola ou seio lactífero: reservatório de leite; 
· Ligamento de Cooper: tecido fibroso que promove sustentação das glândulas mamárias Vão da camada superficial à Fáscia profunda da tela Subcutânea, fixando a Glândula à derme da pele.
Relações com o exterior – face posterior da mama:
· A maior parte (2/3) está relacionada com a fáscia do músculo peitoral maior, cujo bordo lateral a mama ultrapassa para fora. 
· A parte restante (1/3) relaciona-se com o músculo serrátil anterior; 
· Uma pequena parte com a aponeurose do músculo oblíquo externo; 
· Separa-se da fáscia do músculo peitoral maior por uma camada fina de tecido conjuntivo e de tecido adiposo, conhecida por bolsa serosa ou espaço retromamário. 
· Este espaço (retromamário) permite alguma mobilidade da mama sobre a fáscia peitoral.
Relações com o exterior – face anterior da mama:
· A face superficial (anterior), convexa, está revestida pela pele que é lisa, uniforme, delgada, muito aderente à camada subjacente e possui na parte média e mais saliente a aréola e a papila mamária; 
· Característica das aréolas: 
· são discóides; 
· com 15-25 mm de diâmetro; 
· possui coloração mais escura 
· rosada na jovem e na nulípara; 
· adquire uma cor mais escura ou amarelo-acastanhado, após a fecundação; 
· durante a gravidez aumenta de dimensão e assume a cor castanho-escura; 
· após o aleitamento fica mais clara.
· A aréola possui saliências pequenas, em número de 12 a 20, as glândulas areolares (tubercula areolae), de Morgagni ou Montgomery.
· Características das papilas mamárias (mamilo): 
· A papila é uma saliência cónica ou cilíndrica situada no centro da aréola, irregular, redonda;
· rugosa na extremidade livre pela presença de muitos sulcos e papilas; 
· o seu vértice tem 12-20 orifícios correspondentes à terminação de outros tantos canais lactíferos.; 
· tem forma e dimensões variáveis: semiesférica, achatada ou discóide, pediculada, escavada (papila retraída ou umbilicada);
· possuem fibras musculares lisas circulares que comprimem os ductos lactíferos durante a lactação e causam erecção da papila em resposta à sucção.
NUMERO:
· Normalmente são pares e simétricas 
· Podem apresentar redução ou aumento de número, denominadas: 
· Amastia: redução do número de mamas incluindo a ausência da papila e aréola, é muito rara, pode ser uni ou bilateral. 
· Amazia: ausência da mama com a presença apenas da papila; 
· Atelia: definida como a inexistência da papila com a presença da mama. 
· Polimastia: aumento do número de mamas com ou sem papilas e aréolas 
· Politelia: aumento do número apenas de papilas e aréolas,relativamente frequente em ambos os sexos. Podem localizar-se desde a axila até à região longinal homolateral.
formato: 
· Geralmente semiesférica; 
· Influenciada pelas fases diversas da vida: 
Cônica (ou piriforme): durante a gravidez e aleitamentos anteriores
Cilíndrica: em obesas e multípara; 
Pediculada: quando o seu menor diâmetro se localiza na base.
· No centro da face convexa, anterior, apresenta uma saliência, a papila (papilla mammaria) - mamilo, rodeada por uma área pigmentada circular, a aréola (latim: pequena área)
VOLUME: 
· Apresenta grande variação individual e também durante os períodos diferentes da vida;
· Tem em média 12 -13 cm de largura, 10 -11 cm de altura e 5-6 cm de espessura; 
· O volume e o contorno arredondado das mamas não lactantes são determinados pela quantidade de tecido adiposo que circunda o tecido glandular.
· As mamas da mesma mulher têm dimensões desiguais uma da outra, sendo geralmente a esquerda menor do que a direita. 
· De tamanho rudimentar na infância, aumentam durante a puberdade devido em parte ao desenvolvimento glandular, mas principalmente por aumento da deposição de gordura. 
· Durante a gravidez crescem pouco depois da fecundação, estabilizam no quarto ou quinto mês e aumentam no fim da gestação. 
· Na menopausa sofrem atrofia, com consequente diminuição do tamanho.
VASCULARIZAÇÃO DA MAMA: 
· É proveniente das artérias: 
· Ramos da artéria axilar: torácica superior, torácica lateral, toracoacromial. 
· A torácica superior e o ramo torácico da toracoacromial abordam a mama pelo bordo superior. 
· A torácica lateral desce ao longo do bordo lateral do músculo peitoral menor, entre este e o músculo serratil anterior, dando origem a ramos mamários laterais que alcançam a mama pelo seu bordo lateral 
· Ramos da artéria subclávia: torácica interna e intercostais posteriores. 
· A artéria torácica interna desce atrás das cartilagens costais e durante o seu trajeto emite ramos perfurantes que atravessam de trás para a frente os segundo, terceiro e quarto espaços intercostais e o peitoral maior, originando artérias mamárias mediais que atingem a glândula mamária pelo bordo medial
DRENAGEM VENOSA DA MAMA:
· Acompanha aproximadamente o trajeto das artérias em direção às veias: 
Axilar 
Torácica interna 
Cefálica 
· Há ainda veias de menor importância, profundas, que partem da face profunda da mama, atravessam o músculo peitoral maior e drenam para veias intercostais.
sistema linfática da mama:
CONSISTE:
· fluido = linfa ( lympha significa água clara) 
· vasos = vasos linfáticos que transportam a linfa ( aferentes e eferentes) 
· órgãos linfáticos 
· Linfonodos: são órgãos ovais localizados ao longo dos vasos linfáticos 
· Baço: armazena sangue, não filtra a linfa, contém plasmócitos, leucócitos e macrófagos , transforma linfócito B em plasmócitos . 
· Timo: possui linfócito T, macrófagos e células epiteliais que produzem hormônios ( timosina e timopoietina) que promovem a maturação dos linfócitos T 
· Amigdalas
FUNÇÃO:
· Drenagem do fluido intersticial 
· Transporte de lipídios e vitaminas lipossolúveis 
· Proteção contra invasões
DRENAGEM LINFÁTICA DA MAMA:
· A linfa provenientes dos lobos caminha de profunda para superficial pelos canais interlobulares que continuam pelos canais interductais , entre os seios lactíferos, chegando no no plano subdérmico retroareolar.
· O plexo areolar (mais superficial e central) e o plexo circumareolar, localizado no plano subdérmico da mama filtram a linfa para a periferia. 
· Os linfáticos do parênquima comunicam facilmente com os linfáticos cutâneos a nível da área subareolar
· O quadrante supero-medialdrena para gânglios supraclaviculares. 
· A metade medial da mama drena para gânglios torácicos internos e/ou para a mama contralateral. 
· A metade inferior drena para gânglios frenicos inferiores (sub-diafragmáticos) e para gânglios hepáticos. 
· A metade profunda e superior drena para gânglios interpeitorais ou axilares apicais.
histologia:
estrutura:
· Cada glândula é formada por aproximadamente 15-25 lóbulos. 
· Estes lóbulos são separados por tecido adiposo e tecido conjuntivo denso. 
· Cada lóbulo é uma glândula individualizada, e cada glândula possui o seu próprio ducto (2-4 cm de comprimento) que vai se abrir no mamilo. 
· No mamilo há cerca de 15-25 aberturas (os lóbulos) 
· A estrutura da glândula varia de acordo com a idade, sexo e o estado fisiológico. 
· SÃO GLANDULAS TUBULOALVEOLARES COMPOSTAS. 
· O que liga essa glândula até o mamilo é o ducto galactóforo – emerge no mamilo.
desenvolvimento: 
ANTES DA PUBERDADE:
· DUCTOS GALÁCTOROS
· SEIOS GALACTÓFOROS
· ALGUMAS RAMIFICAÇOES DOS DUCTOS
DURANTE A PUBERDADE:
· AUMENTO DO TAMANHO DAS MAMAS:
ACUMULO DE TECIDO ADIPOSO E CONJUNTIVO;
CRESCIMENTO DOS DUCTOS GALACTÓFOROS.
· MAMILO PROEMINENTE
· TUDO ISSO POR ESTIMULOS DE ESTRÓGENOS. 
NA MULHER ADULTA:
· LÓBULO: SE DESENVOLVE APARTIR DA EXTREMIDADE DOS DUCTOS. 
· DUCTOS INTRALOBULARES: DENTRO DO PRÓPRIO LÓBULO.
· DUCTO INTERLOBULARES: ENTRE OS LÓBULOS TERMINAIS – REVESTIMENTO DE EPITÉLIO COLUNAR OU CUBOIDE QUE VAI SE TORNANDO CADA VEZ MAIS SIMPLES CUBOIDE CONFORME VAI SE TORNANDO MAIS TERMINAL. 
· ENTRE OS LÓBULOS TEMOS UM TECIDO CONJUNTIVO INTRALOBULAR FROUXO.
· ENTRE UM E OUTRO UM TECIDO INTERLOBULAR DENSO
· SEIOS GALACTÓFOROS: PRÓXIMO DO MAMILO. 
· ESTRUTURA FORMADA POR EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NA REGIAO DA ABERTURA (REGIAO DE ATRITO).
modificações mamárias na mulher adulta:
· LÓBULO:
· QUANDO NÃO OCORRE A GESTAÇÃO, O LÓBULO ESTA QUIECENTE E INDIFERENCIADO. 
· DURANTE A GESTAÇÃO HÁ UMA PROLIFERAÇÃO DOS ALVEOLOS (CELULAS EPITELIAIS SECRETORAS DE LEITE + CÉLULAS MIOPITELIAIS)
GLANDULAS MAMARIAS EM REPOUSO:
DUCTOS IMERSOS EM DECIDO CONJUNTIVO.
GLANDULAS MAMÁRIAS EM LACTAÇÃO:
· VARIOS ALVEOLOS CHEIOS DE SECREÇÃO NO SEU INTERIOR (CELULAS CUBOIDES BAIXAS)
· APÓS O DESMAME OS ALVEOLOS SE DEGENERAM POR APOPTOSE. 
DURANTE O CICLO MENSTRUAL: 
a. corte sagital através do mamilo mostra o contorno enrugado da superfície, um epitélio estratificado pavimentoso fino e glândulas sebáceas associadas (setas). O centro do mamilo consiste em tecido conjuntivo denso, feixes de músculo liso e nos ductos lactíferos que desembocam na superfície do mamilo. 
b. A parede de um dos ductos lactíferos é mostrada aqui em maior aumento. Seu epitélio é estratificado cúbico, consistindo em duas camadas de células. À medida que se aproxima da extremidade do mamilo, ele se modifica para um epitélio estratificado pavimentoso e se torna contínuo com a epiderme. 
c. Um maior aumento da glândula sebácea do retângulo em a. O epitélio glandular é contínuo com a epiderme (setas) e o sebo está sendo secretado sobre a superfície epidérmica. d. Um maior aumento mostrando feixes de músculos lisos em perfis longitudinais e transversais.
Na glândula inativa, o componente glandular é escasso e consiste, principalmente, em elementos ductais. Durante o ciclo menstrual, a mama inativa sofre ligeiras alterações cíclicas. Inicialmente, na fase folicular, o estroma intralobular é menos denso, e os dúctulos terminais aparecem como cordões formados pelas células epiteliais de forma cúbica com pouca ou nenhuma luz. Durante a fase lútea, as células epiteliais aumentam de altura, e as luzes aparecem nos ductos como pequenas quantidades de secreções acumuladas. Além disso, o líquido se acumula no tecido conjuntivo. Isso é seguido por involução abrupta e apoptose durante os últimos dias do ciclo menstrual antes do início da menstruação.
a. Tecido conjuntivo denso da mama. O componente epitelial consiste em um sistema de ductos ramificantes que constitui o lóbulo. As áreas claras (setas) são adipócitos.
b. Um maior aumento da área no retângulo de a. As células epiteliais dos ductos são colunares e exibem linfócitos entremeados (setas) que entraram no epitélio. O material corado circundante (pontas de seta) representam as células mioepiteliais (MEp) e feixes de colágeno no tecido conjuntivo adjacente.
2. Quais as diferenças no desenvolvimento da mama em homens e em mulheres? 
Até a puberdade, as glândulas mamárias tanto femininas quanto masculinas desenvolvem-se de maneira semelhante. No início da puberdade nos homens, a testosterona age sobre as células mesenquimais para inibir um maior crescimento da glândula mamária. Na mesma época, as glândulas mamárias em mulheres passam por um maior desenvolvimento sob a influência hormonal dos estrógenos e da progesterona. Os estrógenos estimulam as células mesenquimais a se desenvolver mais. 
A glândula mamária aumenta de tamanho principalmente devido ao crescimento do tecido adiposo interlobular. Os ductos se estendem e se ramificam dentro do estroma de tecido conjuntivo em expansão. A proliferação das células epiteliais é controlada por interações entre o epitélio e o estroma de tecido conjuntivo frouxo intralobular especializado e sensível a hormônios. Na vida adulta, a arquitetura ductal completa da glândula é estabelecida.
3. Durante a gravidez, sabe-se que há um aumento substancial no volume das mamas na mulher. 
a. Quais hormônios se elevam na gravidez e estão relacionados a essa mudança?
Isso ocorre em resposta aos estrógenos e à progesterona inicialmente secretados a partir do corpo lúteo e posteriormente a partir da placenta, à prolactina da hipófise e aos gonadocorticoides produzidos pelo córtex da suprarrenal.
 b. Indique como ocorre essa reestruturação a nível dos tecidos. 
As glândulas mamárias exibem várias alterações na preparação para a lactação. Elas podem ser examinadas de acordo com o trimestre da gravidez. O primeiro trimestre é caracterizado por alongamento e ramificação dos ductos terminais. As células epiteliais e mioepiteliais de revestimento proliferam e se diferenciam a partir das células progenitoras da mama encontradas no epitélio dos dúctulos terminais. As células mioepiteliais proliferam entre a base das células epiteliais e a lâmina basal nas porções tanto alveolares quanto ductais da glândula. 
O segundo trimestre é caracterizado por diferenciação dos alvéolos a partir das extremidades em crescimento dos dúctulos terminais. O desenvolvimento do tecido glandular não é uniforme, e a variação no grau de desenvolvimento é observada mesmo dentro de um único lóbulo. As células variam em formato de achatadas a colunares baixas. Plasmócitos, linfócitos e eosinófilos infiltram o estroma de tecido conjuntivo intralobular à medida que a mama se desenvolve. Nesse estágio, a quantidade de tecido glandular e a massa da mama aumentam devido ao crescimento dos alvéolos. 
No terceiro trimestre começa a maturação dos alvéolos. As células epiteliais glandulares tornam-se cúbicas, com núcleos posicionados na superfície basal da célula. Eles desenvolvem um RER extenso; vesículas secretoras e gotículas de lipídios aparecem no citoplasma. A proliferação verdadeira das células estromais interlobulares declina e o subsequente aumento da mama ocorre através da hipertrofia das células secretoras e do acúmulo de produto secretor nos alvéolos. As alterações no tecido glandular durante a gravidez são acompanhadas por uma diminuição na quantidade de tecido conjuntivo e de tecido adiposo.
4. A secreção do leite, propriamente dito, pelas glândulas mamárias pode iniciar somente após o quarto dia depois do nascimento do bebê. O que é produzido pelas glândulas mamárias antes desse período? Quais as principais diferenças entre as essas secreções produzidas pelas glândulas mamárias nos diferentes períodos?
Quando está sendo produzido leite, ele passa dos alvéolos por vários túbulos secundários e, em seguida, para os ductos mamários. Próximo do mamilo, os ductos mamários se expandem discretamentepara formar seios chamados seios lactíferos, onde um pouco de leite pode ser armazenado antes de ser drenado para um ducto lactífero. Cada ducto lactífero normalmente transporta leite de um dos lobos para o exterior.
 Durante a fase folicular do ciclo menstrual, o estrógeno na circulação estimula a proliferação dos componentes dos ductos lactíferos. Após a oocitação na fase lútea, a progesterona estimula o crescimento dos alvéolos; o estroma intraocular torna-se edemaciado. Clinicamente, na fase lútea, as mulheres percebem uma hipersensibilidade e um aumento progressivo na massa de tecido mamário. Durante a gravidez, o corpo lúteo e a placenta produzem continuamente estrógenos e progesterona, causando o aumento maciço nas unidades lobulares do ducto terminal (ULDT). 
O ato de sucção durante a amamentação inicia os impulsos sensoriais dos receptores do mamilo para o hipotálamo. Os impulsos inibem a liberação do fator inibidor de prolactina, e a prolactina é então liberada pela adeno-hipófise. Os impulsos sensoriais também causam a liberação de ocitocina na neuro-hipófise. A ocitocina estimula as células mioepiteliais que circundam a base das células secretoras alveolares e a base das células nos ductos maiores, fazendo com que elas se contraiam e ejetem o leite dos alvéolos e dos ductos. Na ausência de sucção, a secreção de leite cessa, e as glândulas mamárias começam a regredir e a atrofiar. O tecido glandular então, retorna a uma condição inativa. 
O líquido que vaza de um ou de ambos os mamilos é chamado de secreção no mamilo. Cada mama tem vários dutos de leite. Uma secreção pode vir de um ou mais desses dutos. Secreção no mamilo pode ocorrer normalmente durante as últimas semanas de gravidez e após o parto, quando o leite materno é produzido. A secreção no mamilo também pode ser normal em mulheres que não estão grávidas ou amamentando, especialmente durante os anos férteis. Nas mulheres, carícias, amamentação, irritação da roupa ou excitação sexual podem estimular uma secreção no mamilo, assim como o estresse. 
Uma secreção no mamilo normal é geralmente um líquido ralo, turvo, esbranquiçado ou quase transparente que não é pegajoso. No entanto, a secreção pode ter outras cores, como cinza, verde, amarelo ou marrom. Durante a gestação ou amamentação, uma secreção normal às vezes é um pouco sanguinolenta. 
Secreções anômalas têm aparências variadas, dependendo da causa. Uma secreção anômala pode ser acompanhada de outras alterações, tais como pele com covinhas, inchaço, vermelhidão, descamação, feridas e mamilo retraído. (A retração do mamilo ocorre quando ele está repuxado para dentro e não retorna à posição normal quando estimulado.) Se houver secreção espontânea (sem nenhum tipo de estímulo no mamilo) em apenas uma mama, isso é considerado uma anomalia.
Pós-parto
A composição do leite humano varia entre as mulheres e em relação à própria mulher. Dentre os fatores que podem interferir temos a nutrição materna e as fases da lactação. As fases de lactação correspondem a produção do colostro, o leite de transição e o leite maduro. O colostro é o leite produzido nos primeiros dias após o parto. É espesso e de cor amarelada, possui maior conteúdo de proteína, vitaminas lipossolúveis, sódio e zinco, e menor teor de gordura, lactose e vitaminas hidrossolúveis, quando comparado com o leite maduro. Possui altas concentrações de fatores de defesa, como as imunoglobulinas e agentes antinflamatórios, conferindo proteção ao recém-nascido. O colostro também é laxativo favorecendo a eliminação do mecônio (as primeiras fezes escuras), retirando a bilirrubina do intestino, ajudando a prevenir a icterícia. 
O leite de transição é aquele produzido no período intermediário entre o colostro e o leite maduro, ou seja, aquele produzido entre o 7º e o 14º dia após o parto.
Nesta fase, a composição nutricional se modifica até se transformar em leite maduro. 
O leite maduro é constituído de 87,5% de água, o que promove a adequada hidratação do lactente durante os 6 meses de vida, não necessitando ofertar água ao bebê. Esse leite também oferece a quantidade adequada de carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais para garantir adequado crescimento e desenvolvimento da criança.
 5. A respeito das lesões mamárias, descreva quais são as diferenças, com relação ao comportamento celular e aos prognósticos, em casos de hiperplasia ductal sem atipia e carcinoma in situ. 
6. Existem diferentes tipos de carcinoma que acometem as mamas. Cite e descreva 4 tipos e correlacione com os prognósticos e sobrevida das pacientes.
Carcinoma ductual in situ
O CDIS tende a preencher e distorcer os espaços semelhantes a ductos. Restrito por uma membrana basal e não invade o estroma ou os canais Iinfovasculares. O CDIS tem grande variedade de aparências histológicas. Padrões arquitetônicos muitas vezes são misturados e incluem tipos sólido, comedo, cribriforme, papilar, micropapilar e “agregado”. Pode haver presença de necrose em qualquer um desses tipos. A aparência nuclear tende a ser uniforme em determinado caso e varia de branda e monótona (grau nuclear baixo) até pleomórfica (grau nuclear alto). O subtipo comedo é distintivo e caracterizado por células com núcleos de alto grau com necrose central extensa. 
O nome deriva do tecido necrótico do tipo creme dental que extrusa dos ductos seccionados com aplicação de pressão suave. As calcificações frequentemente estão associadas ao CDIS, originando-se como detritos necróticos calcificados ou material de secreção calcificado. A proporção dos cânceres da mama que são diagnosticados no estágio CDIS é de apenas 5% em populações não examinadas, mas de até 40% nas populações que passaram por triagem, em grande parte devido à capacidade da mamografia de detectar calcificações. O CDIS só raramente se manifesta como massa palpável ou radiologicamente detectável. 
O prognóstico para CDIS é excelente, com mais de 97% de sobrevida de longo prazo após mastectomia simples. Em algumas mulheres, metástase distante se desenvolve sem recidiva local; esses pacientes geralmente têm CDIS extenso de alto grau nuclear, provavelmente com pequenas áreas de invasão não detectadas. Pelo menos 33% das mulheres com pequenas áreas de CDIS não tratados de baixo grau nuclear acabarão por desenvolver carcinoma invasivo. Quando o câncer invasivo chega a se desenvolver, geralmente é na mesma mama e quadrante que o CDIS anterior. Estratégias atuais de tratamento tentam erradicar o CDIS com cirurgia e irradiação.
Carcinoma lobular in situ
O CLIS geralmente se expande, mas não altera os ácinos dos lóbulos. Ambos são restritos por uma membrana basal e não invadem o estroma ou os canais Iinfovascula-res. O CLIS tem aparência uniforme. As células são monomórficas, com núcleos suaves e esféricos, e ocorrem em aglomerados fracamente coesivos dentro dos lóbulos. Vacúolos de mucina intracelular (às vezes formando células em anel de sinete) são comuns. O CLIS é quase sempre um achado incidental porque, ao contrário do CDIS, apenas raramente está associado a calcificações. Portanto, a incidência de CLIS manteve-se inalterada em populações avaliadas via mamografia. 
Aproximadamente 33% das mulheres com CLIS acabarão por desenvolver carcinoma invasivo. Ao contrário do CDIS, carcinomas invasivos subsequentes podem surgir em qualquer mama. A maioria desses cânceres é de carcinomas lobulares invasivos; no entanto, carcinomas ductais invasivos também surgem de CLIS. Assim, o CLIS é tanto um marcador do aumento de risco do carcinoma em ambas as mamas quanto um precursor direto de alguns cânceres.
hiperplasia ductal sem atipia
Hiperplasia é como a medicina chama o crescimento elevado das células. É uma alteração benigna, que pode atingir várias partes do corpo, como as mamas. Quando isso acontece é chamado de hiperplasia da mama, que pode ser ductal ou lobular.
Os ductos e lóbulos normais da mama são revestidos por duas camadas de células — uma camada de células luminais sobrejacentes a uma segunda camada de células mioepiteliais. Ahiperplasia epitelial é reconhecida pela presença de mais de duas camadas de células. O espectro da hiperplasia epitelial varia de leve e ordenada a hiperplasias atípicas com características que se assemelham às do carcinoma in situ.
Carcinoma lobular invasivo
O carcinoma lobular invasivo é constituído por células morfologicamente idênticas às células do CLIS. Sessenta e seis por cento dos casos estão associados ao CLIS adjacente. As células invadem individualmente o estroma e, muitas vezes, são alinhadas em cordões ou correntes de “células isoladas”. Esse padrão de crescimento correlaciona-se com a presença de mutações que anularão a função da E-caderina, uma proteína de superfície que contribui para a coesão das células normais epiteliais da mama. 
Embora a maior parte se manifeste como massas palpáveis ou como densidades mamográficas, um subgrupo significativo pode apresentar um padrão difusamente invasivo sem resposta desmoplásica e pode ser clinicamente oculto. Carcinomas lobulares têm um padrão único de metástase entre os cânceres de mama; mais frequentemente, eles se espalham para o líquido cerebrospinal, superfícies serosas, trato gastrointestinal, ovário, útero e medula óssea. Os carcinomas lobulares também são mais frequentemente multicêntricos e bilaterais (10-20% dos casos). Quase todos esses carcinomas expressam receptores hormonais, enquanto a superexpres-são HER2/NEU é rara. Esses tumores compreendem menos de 20% de todos os carcinomas mamários.
CARCINOMA DUCTUAL INVASIVO
É uma expressão usada para todos os carcinomas que não podem ser subclassifica-dos em um dos tipos especializados descritos adiante. A maioria dos cânceres pertence a esse grupo. Esse tipo de câncer normalmente está associado ao CDIS e, raramente, ao CLIS. Muitos carcinomas ductais produzem uma resposta desmoplásica que substitui a gordura da mama normal (resultando em densidade mamográfica) e forma uma massa dura e palpável. 
O aspecto microscópico é bastante heterogêneo, variando de tumores com formação de túbulos bem desenvolvida e núcleos de baixo grau a tumores constituídos por lâminas de células anaplásicas. As margens do tumor são geralmente irregulares. A invasão dos espaços linfovasculares pode ser observada. Cerca de 66% expressam receptores de estrogênio ou progesterona, e cerca de 33% superexpressam HER2/NEU.
REFERENCIAS:
· JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, José. Histologia básica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
· JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
· OVALLE, W.K.; NAHIRNEY, P.C. Netter: bases da histologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
· DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
· FREITAS, Valdemar de. Anatomia – Conceitos e Fundamentos. São Paulo: Artmed, 2004.
· GANONG, William F. Fisiologia Médica. 17ed. Guanabara Koogan, 1998.

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