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Fisiologia do ciclo menstrual Menstruação ❖ É importante ressaltar que nem todo sangramento vaginal é menstruação, podendo ser proveniente da cavidade uterina, do colo de útero, de fundo de saco após ato sexual, ou até da parede vaginal (laceração, fissura) ❖ A menstruação é caracterizada como um sangramento periódico, transitório proveniente da cavidade uterina, e decorrente da regulação eixo HHG CICLO EUMENORRÉICO ▪ Duração de 1 a 8 dias ▪ Volume de 1/80ml ▪ Ciclo de 21-35 dias Estrutura ovariana ❖ Possui uma região cortical, onde se encontram os folículos ovarianos em diversos estágios de desenvolvimento e uma região medular. ❖ Na segunda metade no ciclo menstrual ocorre a luteinização. Caso não ocorra fecundação, as células da granulosa sofrem apoptose, o que gera o corpo albicans Controle neuroendócrino do ciclo menstrual ❖ Esse controle é feito pelo eixo hipotálamo- hipófise-gônada ❖ Hipotálamo: libera GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas e dopamina) ❖ Já o sistema límbico, faz a regulação da influência do meio externo sobre o ciclo menstrual através da liberação de prostaglandina que pode ter 2 ações: ▪ Prostaglandina vasoconstritora>não desce menstruação ▪ Prostaglandina vasodilatadora> contribui para descer a menstruarão ❖ Hipófise: hipófise anterior libera LH e FSH que são estimuladas pelo GnRH ❖ O LH é um hormônio luteinizante e o FSH folículo estimulante ❖ Ovários: produção de estrógeno e progesterona ❖ Existem 3 tipos de estrógeno, porém o estradiol é o mais potente. Enquanto o estriol não possui muita ação, é mais derivado de metabólitos hepáticos e a estrona: produção a nível periférico Ciclo ovariano ❖ O ovário é dividido em porção medular (vasos sanguíneos) e periférica chamada de córtex. É no córtex que vai acontecer a maturação dos folículos ovarianos ❖ A mulher nasce com vários folículos na periferia ovariana, que caem pela metade na puberdade e com o passar dos anos vão diminuindo cada vez mais ❖ Quem dá início ao ciclo é o FSH (folículo estimulante) que vai escolher o folículo que possui mais receptores para esse hormônio. Assim, vai agir estimulando a nível ovariano a passagem dos folículos da fase 1 para 2 e depois 3 ❖ O que vai diferenciar os estágios de maturação dos ovócitos é o número de células da granulosa, formação do antro-é o que diferencia os estágios de maturidade ❖ À medida que esse folículo amadurece, começa a produzir dentro das células da granulosa o estrogênio FASE PROLIFERATIVA ❖ Quando esse estrogênio começa aumentar, por feedback negativo ele inibe o FSH. Assim, o FSH começa a cair e é estimulado a produção do LH que possui como principal função a realização da ovulação Larissa Cedraz ❖ Ocorre um feedback positivo mediado pela queda de FSH, que estimula o aumento e o consequente pico de LH ❖ A ovulação ocorre 24h após a queda do pico de LH – desencadeada por feedback positivo pela redução de FSH e aumento de estrógeno ❖ Essa ovulação ocorre na fase de prófase da meiose ❖ Depois da ovulação, caso ocorra fecundação, o folículo continua produzindo progesterona que é estimulada pelo aumento do LH ❖ O LH estimula o corpo lúteo a produzir progesterona que vai atuar na manutenção da gestação até a oitava semana gestacional. A partir disso, quem sustenta produzindo progesterona é a placenta. O hormônio HCG continua a estimular a produção de progesterona antes da formação da placenta ❖ Caso não se não ocorra a fecundação, não há mais estímulo da progesterona por HCG e a produção de LH começará a cair, assim como a de progesterona ❖ Dessa forma, todo endométrio proliferado e vascularizado irá descamar- ocorrendo a menstruação ❖ Fase secretória: após a ovulação- 14°dia (essa fase é representada por aumento da progesterona). Caso haja gravidez, o HCG estimula a progesterona e não há descamação ❖ Quando a progesterona cai, é o momento da menstruação ❖ Nos últimos dias do ciclo, com a baixa de estrogênio e progesterona, haverá estimulação para a liberação de FSH pela hipófise novamente ❖ O dia da menstruação é o 1 dia e o 14 da ovocitação ❖ No primeiro dia de sangramento os níveis de hormônios sexuais estão baixos, e já vinham abaixando seus níveis anteriormente ❖ À medida que vai passando a primeira metade do ciclo, o estradiol vai aumentando gradativamente. Até que, começa a crescer exponencialmente ❖ A progesterona está baixa na primeira parte, sobe na ovulação e fica muito alta na segunda metade do ciclo menstrual ❖ O estradiol está sendo secretado pelos folículos em amadurecimento ❖ Na segunda metade do ciclo quem secreta é o folículo amadurecido (corpo lúteo) ❖ O FSH possui um pico nos primeiros dias do ciclo menstrual, isso porque os hormônios sexuais estão em concentrações baixas. Esse FSH vai no ovário e estimula amadurecimento dos folículos. Assim esses folículos começam a secretar estradiol a partir desse estímulo vindo do FSH ❖ A partir da secreção de estradiol, há feedback negativo, diminuindo os níveis de FSH, dessa forma, apenas um folículo se torna dominante e passa a ser responsivo as mínimas concentrações de FSH, os outros folículos entram em atresia ❖ Esse folículo continua coproduzindo estradiol até que chega em uma concentração que aumenta exponencialmente. Nesse momento, exerce feedback positivo, para que faça pico de LH e estradiol um pouco antes da ovulação. Isso induz a ovocitação. ❖ Na segunda metade do ciclo menstrual o LH vai ser responsável por luteinizar a granulosa e a teca, que vão passar a produzir progesterona e estradiol ❖ No final do ciclo, como há queda dos hormônios, o corpo lúteo com menor trofismo, reduz a produção de hormônios sexuais. É esse estímulo que faz a atividade do eixo secretar LH. ❖ No final do ciclo, tem pouco LH, não tendo trofismo no corpo lúteo mais, e entra em degeneração. Por isso, há uma queda de hormônios femininos. ❖ Essa queda vai ser compreendida pelo eixo para aumentar o FSH e fazer o recrutamento novamente de novos folículos ❖ Não há como manter o endométrio com pouca concentração de hormônios femininos, é aí que a mulher menstrua Ciclo endometrial ❖ Objetivo: Fornecer um local adequado para implantação e nutrição do blastocisto ❖ Camada funcional e responsiva aos hormônios é a superficial ❖ Existe também a camada média ou esponjosa ❖ E por último, a camada profunda que realiza regeneração da camada superficial após a menstruação Histeroscopia ❖ Biopsia do endométrio que é feita em caso de sangramento uterino anormal, causa de sangramentos e faz caracterização do endométrio ❖ Quando o endométrio na fase proliferativa: é possível a visualização de pontos luminosos- orifícios glandulares na parede anterior, ou seja, acabou de ser descamado. Quem comanda é o estrogênio ❖ Fase secretória: fica vascularizado, aveludado, não visualiza tão bem os óstios tubários. ❖ Endométrio atrófico: paciente climatérica- fica fino, cor rósea pálido, ❖ Receptividade endometrial: embrião se acoplando ao endométrio Sangramento uterino anormal ❖ Quando ocorre alguma interferência no controle neuroendócrino ❖ Caracterizado pela quantidade de absorventes por dias/ número de cruzes em 4 ❖ É uma queixa muito frequente ❖ Ocorre em fases do extremo de vida da mulher: adolescência ou climatério ❖ Na adolescência acontece devido à imaturidade do eixo HHG. Já no climatério, é chamado de ciclos esplênicos amenorreicos que ocorre entre 60 a 90 dias e contece por atrofia dos ovários, assim não há produção de estrogênio e progesterona e a mulher não menstrua regulamente Classificação ✓ Causas orgânicas: gravidez, hipotireoidismo ✓ Causas hormonais: sangramento uterino disfuncional.Tem que excluir causas orgânicas e gravidez Diagnóstico ✓ Exame físico (pilificação andróide), avaliação laboratorial, ultrassonografia transvaginal, histeroscopia ✓ Dosagem de FSH, LH, FSH, progesterona, estrógeno Tratamento ✓ Curetagem uterina diagnóstica- biopsiar o endométrio, faz raspado e manda para anatomia patológica. É usada como tratamento também, pois para o sangramento ✓ Microbilar + acetato de progesterona Clínico: AINH-Anti-inflamatórios não hormonais (ácido mefenâmico, piroxicam) ponstan – inibidores de COX Ácido trenexamico (agente antifibrinolítico)transamin Tratamento cirúrgico: curetagem diagnóstica/ ablação endometrial/ histerectomia Tratamento complementar: repouso, transfusão sanguínea, dieta adequada, avaliação emocional
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