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Caso clínico de violência contra mulher

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CASO VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
 
1. Por que falar de violência contra mulher? Abordar os dados epidemiológicos. 
Violência: toda espécie de assédio e exploração sexual 
Dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República 
(SPM-PR), a partir de balanço dos relatos recebidos pelo Ligue 180 (serviço 
telefônico de utilidade pública, em âmbito nacional, destinado a atender 
gratuitamente mulheres em situação de violência), mostram que nos dez 
primeiros meses de 2015, o Brasil registrou 63.090 denúncias de violência contra 
a mulher – o que corresponde a um relato a cada sete minutos no País. 
Mesmo o Brasil tendo em vigor há dez anos a Lei Maria da Penha, criada para 
coibir a violência contra as mulheres e uma das mais atuais do mundo, o 
problema ainda persiste e não se resolve por completo, por isso ainda é 
importante abordar esse assunto, assim como pra ter o intuito de informar 
mesmo, para as mulheres terem conhecimento dos seus direitos e dos tipos de 
violência. 
2. Aspectos conceituais/tipificação da violência. Quais as formas de violência 
sofridas por JML? 
Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica e 
familiar contra a mulher, entre outras: 
I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua 
integridade ou saúde corporal; JML TEVE – POIS ESTAVA COM DOR NOS 
MEMBROS 
II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause 
dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, 
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição 
contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito 
de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e 
à autodeterminação; JML TEVE – POIS É SUBMISSA AO PARCEIRO, POSSUI 
MEDO E NERVOSISMO, FALA DE FORMA CURTA E EM TOM BAIXO 
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a 
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante 
intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a 
utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer 
método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que 
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; - 
PROVAVELMENTE SIM, PORQUE NO CASO FALA QUE ELA POSSUI 
HEMATOMAS NOS MEMBROS INFERIORES E CICATRIZES, ALÉM DO 
PARCEIRO INFORMAR QUE ELA COSTUMA SE FERIR COM OBJETOS 
IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure 
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de 
trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos 
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, 
difamação ou injúria. 
Tipos de violência 
Violência contra a mulher – é qualquer conduta – ação ou omissão – de 
discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima 
ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento 
físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda 
patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como 
privados. - SIM 
Violência de gênero – violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção 
de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um 
sistema social que subordina o sexo feminino. 
Violência doméstica – quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em 
uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação. – SIM PORQUE 
ESTAVA SOFRENDO AGRESSÇAO EM CASA 
Violência familiar – violência que acontece dentro da família, ou seja, nas 
relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de 
parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou 
outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade 
(amigo ou amiga que more na mesma casa). - SIM 
Violência física – ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à 
integridade física de uma pessoa. - SIM 
Violência institucional – tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, 
étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas 
desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações 
privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que 
constituem essas sociedades. 
Violência intrafamiliar/violência doméstica – acontece dentro de casa ou unidade 
doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a 
vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a 
negligência e o abandono. - SIM 
Violência moral – ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a 
reputação da mulher. 
Violência patrimonial – ato de violência que implique dano, perda, subtração, 
destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores. 
Violência psicológica – ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as 
ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de 
intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou 
qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à 
autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal. - SIM 
Violência sexual – acão que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico 
ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, 
intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer 
outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como 
violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns 
desses atos com terceiros. 
Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual pode ser 
caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o 
estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno. – 
PROVAVELMENTE SIM 
3. Aspectos legais (abordar a rota crítica que a mulher percorre a partir do 
momento que decide denunciar a violência). 
Por meio do Disque 180, a mulher receberá apoio e orientações sobre os 
próximos passos para resolver o problema. A denúncia é distribuida para uma 
entidade local, como a Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) ou Delegacia 
Especial de Atendimento a Mulher (DEAM), conforme o estado. 
 
O orgão encaminhará para os outros equipamentos de atendimento e 
acolhimento e dará o suporte desde a parte do acesso à Justiça, quanto 
acolhimento e abrigo sigiloso se houver necessidade, conforme determinado 
na Lei Maria da Penha. A rede protetiva dos direitos da mulher é composta 
por um sistema integrado formado por organizações sociais e orgãos 
públicos como a Defensoria Pública e Ministério Público. 
Quando não houver uma delegacia especializada para esse atendimento na 
região do fato ocorrido, a vítima pode procurar uma delegacia comum, onde 
deverá ter prioridade no atendimento. Se estiver no momento de flagrante da 
ameaça ou agressão, a vítima também pode ligar para 190 ou dirigir-se a uma 
Unidade Básica de Saúde (UBS), onde há orientação para encaminhar a 
vítima para entidades competentes. 
Prazo para fazer a denúncia 
http://www.spm.gov.br/ligue-180
No caso dos crimes de injúria e difamação como xingamentos e postagem de 
fotos íntimas em redes sociais com o objetivo de difamar ou constranger a 
vítima, como a pornografia de revanche, a vítima precisa buscar 
um advogado para entrar com queixa crime com uma ação penal em um 
prazo de até 6 meses após o acontecimento. 
Nas ameaças e estupro de mulheres acima de 18 anos em que não haja 
situação de vulnerabilidade,a denúncia também deve ser feita no prazo de 
até 6 meses da realização dos fatos. Durante esse período a vítima tem que 
manifestar o interesse em processar o autor da violência. 
Na lesão corporal de natureza leve é movida uma ação penal pública 
incondicionada que pode ser realizada no prazo de até 4 anos para que o 
Estado seja obrigado a apurar os fatos. 
As provas de materialidade nesse caso são os indícios de autoria do crime. 
Pode ser algo que leve a crer que a pessoa indicada é realmente o agressor, 
pessoa envolvida nas relações de afeto: laudo, exame de corpo de delito e 
prontuários médicos que indiquem que a pessoa sofreu algum tipo de 
violência física que tenha deixado vestígios. 
Existem também situações de agressão física que não deixam vestígios 
como puxões de cabelo e tapas no rosto. Nesses casos, a principal prova é 
o depoimento da vítima, já que na maioria das vezes não ocorrem na frente 
de outras pessoas, ou seja, não há testemunhas. 
_____________________________________________________________ 
Após um estupro, a vítima faz o boletim de ocorrência e é encaminhada para o Instituto 
Médico Legal -- caso seja necessário perícia por violência física ou conjunção carnal 
(introdução do pênis). Depois, recebe medicamentos contra doenças sexualmente 
transmissíveis e anticoncepção de emergência -- a pílula do dia seguinte, para o caso 
de uma possível gravidez. 
Ainda, são feitos exames e a vítima passa pelo serviço social. Ali, são verificadas 
as circunstâncias do abuso: será avaliado se é necessário chamar o conselho 
tutelar para o caso de abuso infantil, por exemplo, ou se a vítima tem condições 
de voltar para a casa. 
Por fim, recebe-se encaminhamento para acompanhamento por psicólogo no 
sistema público por seis meses. O atendimento psicoterapêutico geralmente não 
é feito na hora mas, em princípio, todos os profissionais devem estar preparados 
para lidar com o caso com a sensibilidade necessária. 
 
4. Qual deve ser a atitude do profissional de saúde? Percepção dos profissionais 
de saúde acerca da violência contra a mulher e os aspectos éticos e legais frente 
a situações da violência percebida. 
as Unidades de Saúde da Atenção Básica devem representar o contato 
preferencial dos usuários, “a principal porta de entrada e centro de comunicação 
da Rede de Atenção à Saúde. O profissional tem que perceber sua importância 
diante de situações de violência, estando o mesmo capacitado para atuar de 
forma acertiva, não permitindo que a banalização de tais atos, seja fato comum 
em seu cotidiano profissional, fazendo com que o mesmo mova-se em direção 
ao auxílio adequado a quem necessite. 
Os princípios gerais para a atenção à violência são:  Adequado acolhimento, 
trato digno, não discriminatório,  Facilitar expressão de sentimentos,  Garantir 
a confiabilidade,  Dar crença à vítima,  Comunicação empática. 
As vítimas devem ser orientadas sobre a violência, seu curso e os recursos 
existentes na comunidade, como grupos de autoajuda, cuidado de enfermagem, 
atendimento médico, psicológico, do serviço social e de outros membros da 
equipe multiprofissional, com vistas a prevenir novos episódios 
envolver o acolhimento e a possibilidade de apoio por parte da equipe; auxiliar a 
vítima a estabelecer vínculo de confiança individual e institucional para poder 
avaliar o histórico da violência e as possibilidades de mobilizar recursos sociais 
e familiares; dialogar com a mulher sobre as opções de lidar com o problema, 
permitindo lhe fazer escolhas e fortalecer sua autoestima; apoiar a vítima que 
deseja fazer registro policial do fato; fazer encaminhamentos à outros órgãos 
competentes quando necessário, Delegacias da Mulher, Instituto Médico- Legal; 
incentivar a construção de vínculo com as redes de assistência, 
acompanhamento, proteção e redes de apoio; encaminhar para atendimento 
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/como-fazer-uma-denuncia-de-estupro.ghtml
clínico os casos de lesões graves, com necessidade de reabilitação, que não 
puderem ser atendidos na unidade; sugerir à vítima atendimento para o casal ou 
família no caso de continuidade da relação; propor acompanhamento 
psicológico; fazer visitas domiciliares constantes para cuidar e acompanhar o 
caso. 
O cuidado às vitimas deve ser planejado com vistas ao respeito aos valores e às 
crenças dos indivíduos em relação à vida, morte, saúde, doença e cura, exigindo 
do enfermeiro a utilização de instrumentos importantes para a realização do 
exercício profissional, significando meios para que os objetivos propostos sejam 
atingidos. 
5. Implicações da violência para a saúde da mulher – aspectos físicos e 
psicossociais. 
As consequências biopsicossociais são difíceis de mensurar, embora afetem a 
maioria das vítimas e suas famílias. A violência sexual produz efeitos intensos e 
devastadores, muitas vezes irreparáveis, na esfera emocional. Para a saúde, os 
danos do abuso sexual têm particular impacto sobre a saúde sexual e 
reprodutiva, como a gravidez indesejada, infecção por DST’s/ AIDS, somadas a 
severas consequências físicas e emocionais. 
É importante ressaltar, que a violência acarreta danos às famílias, assim como 
causa impacto na saúde física e emocional dos mesmos gerando, por 
conseguinte, um impacto também nos serviços de saúde do país.

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