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ESTUDO DE CASO

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA
DOCENTES: ANA LUCIA, ERIKA MARIA, REGILENE ALVES PORTELA
DISCENTES: ISLA MAYARA LÚCIO DE ARAÚJO; RAYONARA MEDEIROS DE AZEVEDO; ROSANA MEDEIROS DE OLIVEIRA
1-	Com base no que foi estudado, tendo o texto do Guia Workshop 4 para auxiliá-lo. Entenda o caso abaixo e responda as questões a seguir: (Grupo de três pessoas)
Mais um dia intenso no posto de saúde
Seu João acordou bem cedo se sentindo mal com uma leve dor no peito, enjoo e suado. Hipertenso de longa data, sempre se consultava na UBS da comunidade de Sinhazinha. Tomava os remédios que o Dr. Ronaldo passava, mas, às vezes, esquecia e quando lembrava tomava logo o dobro de comprimidos para compensar. A última vez que Seu João tinha ido ao posto para pegar seus remédios já fazia uns oito meses. Naquele dia, a moça da farmácia tinha orientado que ele pedisse à Agente Comunitária de Saúde (ACS) para levar seu remédio em casa, pois sempre tinha muita gente no posto, assim ele evitava ficar esperando e caso a receita perdesse a validade a ACS conseguia outra com o Dr. Ronaldo sem ele precisar ir. Seu João tinha ouvido falar na comunidade que as coisas até melhoraram um pouco depois que a equipe implantou o “acolhimento”, pois a moça entregava logo a ficha para os idosos, as crianças de colo, as gestantes e as pessoas com deficiência. Em seguida, a enfermeira chamava pela ficha e conversava com cada pessoa. Ela avaliava e dizia se o problema da pessoa era para ser atendido no dia ou se devia voltar de novo, mas tudo isso dependia do dia de atendimento da equipe. Na UBS de Sinhazinha tem dia da criança, da gestante, do hipertenso, do diabético, de fazer o exame preventivo das mulheres, de se reunir com a equipe e de ir até a casa das pessoas.
Como Dr. Ronaldo só atende 16 consultas por turno, tem muita gente que volta, mas alguns ficam agendados, principalmente se tiverem pressão alta ou diabetes. E foi em um dia intenso de atendimento que Seu João chegou ao posto. Como ele tinha prioridade, pois já era um idoso de 65 anos, recebeu logo a ficha para ir se pesar e verificar a pressão. Na primeira sala, descobriu logo que a pressão não estava muito boa, então, lembrou que não tinha tomado o remédio há dois dias. Depois ele foi conversar com a enfermeira Luciana. Não conseguiu nem sequer dizer o que estava sentindo, pois logo entrou na sala a moça da ficha dizendo que tinha chegado uma criança com muita febre e vomitando. A enfermeira pediu para o Seu João aguardar um pouco, enquanto ela avaliava a criança em outra sala.
As dores no peito foram aumentando, Seu João estava muito suado e com mal‐ estar. Como não havia se alimentado em casa, então, achava que estava fraco, com fome, resolveu pedir um pouco de chá à moça da limpeza. Quando tomou, não aguentou e vomitou na Sala do Acolhimento. A auxiliar de Enfermagem veio e perguntou ao Seu João o que ele estava sentindo. Após escutá‐lo, o levou para outra sala mais calma e explicou porque o atendimento estava demorando. Como o posto não tinha funcionado no dia anterior porque a equipe estava em um curso, as pessoas estavam furiosas, queriam atendimento a todo custo.
Ainda naquela manhã, na UBS Sinhazinha, Dona Josefa Medeiros, que mais parecia “freguesa” do posto porque todo dia vinha se consultar, estava fazendo confusão porque queria falar com Dr. Ronaldo. Muitos hipertensos queriam só a receita do remédio que tinha acabado. Além do fato de ser um período de muitas viroses, inclusive, de Dengue. Muita gente com mal estar, dor no corpo, febre, dor de cabeça, enfim, o posto de saúde Sinhazinha estava superlotado todos os dias.
Na outra sala, Seu João ficou mais tranquilo, estava longe das gritarias do acolhimento. Como a auxiliar de Enfermagem não avisou a enfermeira Luciana que tinha mudado Seu João de sala, a enfermeira deu continuidade à chamada das fichas. Enquanto isso, as dores e a vontade de vomitar aumentavam. Ao ver o estado agravado do paciente a auxiliar colocou ele na cadeira de rodas e encaminhou até o consultório médico. Lá foi diagnosticado que se tratava de uma emergência e foi acionado o serviço de transporte para o hospital de referência.
Após encaminhar Sr. João para o atendimento especializado, a equipe começou a pensar sobre as possíveis falhas no processo de atenção aos pacientes com hipertensão. Que atitudes poderiam ser tomadas evitando o agravo da condição de saúde do Sr. João? Como poderiam se organizar para que não acontecessem novos casos como aquele?
QUESTÕES
1-	Como a gestão da clínica poderia contribuir para o cuidado de qualidade aos usuários da UBS da comunidade de Sinhazinha, em especial no caso do seu João? Que aspecto relacionado à gestão de condição de saúde foi negligenciado no caso do seu João?
RESPOSTA:
A gestão da clínica poderia contribuir para o cuidado de qualidade aos usuários da UBS da comunidade de Sinhazinha, de modo a aperfeiçoar o serviço, além de estruturá-lo com base em evidências científicas, promovendo uma atenção à saúde de qualidade, ou seja, centrada nas pessoas de forma efetiva; segura (não causa danos às pessoas usuárias e nem aos profissionais de saúde); eficiente (provida com os custos ótimos); oportuna (porque prestada no tempo certo); equitativa (de forma a reduzir as desigualdades injustas); e ofertada de forma humanizada. Assim, se esse serviço fosse realizado de forma eficiente, possivelmente seu João não teria chegado ao caso de emergência grave, podendo ser prevenido muito antes, através de uma assistência ativa e atuante, embasada em evidências. Com relação aos aspectos negligenciados no caso do seu João, destaca-se que ele estava a mais de 8 meses sem realizar uma consulta porém, de acordo com Mendes, pessoas hipertensas devem realizar no mínimo duas consultas de acompanhamento anuais. Seu João também possuía um conhecimento deficiente com relação ao seu tratamento, chegando ingerir o dobro da medicação quando se esquecia de tomar a mesma, podendo-se observar a falta de intervenções educacionais e até mesmo de orientação por parte da assistência. Além disso, seu João chegou a receber informações incorretas por parte da “moça da farmácia”, a qual o orientou a pedir para a ACS levar seu remédio em casa e que assim ele não precisaria comparecer ao postinho. Isso se torna uma negligência, pois o acompanhamento de pessoas com doenças crônicas é primordial, uma vez que devem ser reavaliados todos os aspectos do paciente de forma holística, e não apenas uma renovação de receita, sem ao menos ter noção das condições físicas e psíquicas do paciente. Assim, esse seria um erro conjunto da equipe de saúde por permitir esse tipo de ato. 
2-	Quais aspectos nesse caso se apresentam como alarmantes quando considerada a organização da Atenção Primária à Saúde para atendimento aos eventos agudos? 
RESPOSTA:
As condições crônicas possuem curso mais ou menos longo ou permanente, e devem ser manejadas de forma proativa, contínua e integradas, tanto pelo sistema de atenção à saúde, quanto por profissionais e usuários para seu controle efetivo, eficiente e de qualidade. Podendo ser divididas em condições crônicas não agudizadas e agudizadas. Assim, a APS deve classificar os riscos das pessoas que se apresentam neste ponto de atenção com queixa de evento agudo, encaminhando-as, por meio da central de regulação, a outros pontos de atenção resolutivos para essas situações. Para tanto, é preciso implantar um modelo efetivo de atenção aos eventos agudos, que se preste à organização das respostas dos sistemas de atenção à saúde, através de algum tipo de classificação de risco na APS. Assim, pode-se observar que não havia uma organização do atendimento na unidade, apesar da entrega de fichas por idade e condições físicas, não existia a classificação de risco para pontuar os atendimentos de urgência, como foi o caso de seu João. Além disso, não houve uma constante verificação do estado de saúde do paciente devido à alta demanda e desorganizaçãodo ambiente.
3-	Considerando que Sr. João era "hipertenso de longa data, sempre se consultava na UBS" e já a utilizava tendo um contato contínuo com a ACS, qual conduta seria adequada para evitar a agudização da condição crônica do usuário? 
RESPOSTA:
Dentre as condutas das diretrizes da gestão clinica, podemos citar as de linhas-guia, que normatizam todo o processo de atenção à saúde, em todos os pontos de atenção, obedecendo à ação coordenadora da APS, desenvolvendo-se com o objetivo de prestar a atenção à saúde apropriada em relação a uma determinada condição de saúde. Dessa forma, para evitar a agudização da condição crônica do usuário deveriam ser utilizadas as medidas de linhas-guia realizando intervenções promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, e reabilitadoras, feitas em todos os pontos de atenção de uma Rede de Atenção à Saúde (RAS). 
4-	“Dona Josefa Medeiros, que mais parecia 'freguesa' do posto porque todo dia vinha se consultar, estava fazendo confusão porque queria falar com Dr. Ronaldo. Muitos hipertensos queriam só a receita do remédio que tinha acabado”. Na situação citada identificamos oportunidades de melhoria para atenção às condições crônicas. Que processos poderiam ajudar na atenção a essa demanda? 
RESPOSTA:
De acordo com a proposta de construção social da APS, a organização dos macroprocessos da atenção aos eventos agudos implica em implantar os processos de acolhimento e de classificação de risco, ou seja, organizar, sob a égide da atenção centrada na pessoa, um acolhimento eficaz e humanizado, além de capacitar as equipes de APS para o atendimento às urgências menores e o primeiro atendimento às urgências maiores. O funcionamento efetivo dessas estratégias poderia reduzir essa procura por pessoas hiperutilizadoras, como a Dona Josefina. Além disso, buscar sempre orientar aos clientes sobre a importância de só procurar as unida de saúde quando de fato se tornar necessário, induzindo-as a contribuir e colaborar para o bom funcionamento da mesma. .

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