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Casos Clínicos - Partograma

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CASOS CLÍNICOS – PARTOGRAMA 
CASO 1 
NMS, 23 a, G1P0, IG d 39 semanas, comparece a admissão obstétrica às 11 h com: AU 32 cm, 
BCF 136 bpm , DIN: 3 contrações fortes em 10 minutos , com toque 4 cm, fino, 100 % apag, CEF, 
bolsa íntegra (BI), -2 de De Lee. 
1) Qual a conduta? Avaliar se a paciente está em fase ativa ou não. Nesse caso, a paciente 
está com 3 contrações em 10min (dinâmica uterina) e com 4 cm de dilatação, 
caracterizando fase ativa de TP. Logo, deve ser internada e iniciar construção do 
partograma. 
2) Construa o partograma com os dados de evolução abaixo: 
 
• 12 h: BCF 140, din 3/10 (fortes), 4 cm, BI, -2 de De Lee 
• 13 h: BCF 132, din 3/10 (fortes), 4 cm, BI, -2 de De Lee 
• 14 h: BCF 140, din 4/10 (2 fortes e 2 mod), 4-5 cm, -1 de De Lee 
• 16 h: BCF 136, din 4/10 (2 fortes e 2 mod), 6 cm, 0 de De Lee 
• 18 h: BCF 140, din 5/10 (3 fortes e 2 mod), 7-8 cm, +1 de De Lee 
• 19 h: BCF 128, din 5/10 (4 fortes e 1 mod), 9 cm, +2 de De Lee 
• 20 h: BCF 128, din 5/10 (5 fortes e), 10 cm, +3 de De Lee 
• 21 h: BCF 132, din 5/10 (5 fortes), PN sem episiotomia, RN fem, 3550 g, 
vigoroso 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Qual alteração apresenta esse partograma? Distócia Funcional Primária (Fase ativa 
prolongada). Esse partograma não travou na dilatação e não travou na descida, mas está 
evoluindo <1cm/h, caracterizando uma fase ativa prolongada. As causas mais prováveis 
estão relacionadas com as distócias motoras. 
4) Que intervenções poderiam ter sido feitas para corrigi-lo e em quais momentos? 
Poderia ser feita a Amniotomia. Hoje em dia o toque não é feito de hora em hora 
(mesmo em casos de bolsa íntegra), então não seria feita intervenção tão cedo. As 14h, 
vendo que está evoluindo < 1cm/h aí poderia ser optado pela amniotomia (bebê está 
em -2 de De Lee – condição necessária para realização do procedimento). Passado 2h 
do procedimento, as 16h, iria avaliar novamente. Foi uma dilatação menor do que a 
esperada? Sim. Nesse caso, varia de obstetra para obstetra – alguns poderiam já indicar 
uma conduta mais intervencionista com a instalação de ocitocina, outros avaliar o todo 
e observariam mais a paciente antes de instalar a ocitocina – a justificaria seria que é 
possível recuar na instalação de ocitocina porque, apesar de não ter evoluído 100%, o 
bebê continuou a descida. Análogos da prostaglandina não corrigem a dinâmica uterina 
na fase ativa de TP - uso por via vaginal não tem como se desfeito caso ocorra 
taqui/hiperssistolia, diferente da ocitocina que pode parar a infusão a qualquer 
momento. Na primigesta é mais comum que a dilatação ocorra junto com a descida, 
enquanto na multípara é comum que haja dilatação total para depois ocorrer a descida. 
A descida do bebê depende da contratilidade uterina e, em última análise, da prensa 
abdominal materna. 
Caso 2 
GSK, 25 a, G2P1, IG d 40 semanas, comparece a admissão obstétrica às 10 h com: AU 32 cm, 
BCF 136 bpm , DIN: 4 contrações moderadas em 10 minutos , com toque 4 cm, fino, 100 % apag, 
CEF, bolsa íntegra (BI), -3 de De Lee. 
1) Qual a conduta? Paciente em fase ativa de TP (4 contrações em 10min, 4cm de 
dilatação), deve ser internada e iniciar a construção do partograma. 
2) Construa o partograma com os dados de evolução abaixo: 
 
• 12 h: BCF 140, din 4/10 (moderadas), 6 cm, BI, -2 de De Lee 
• 14 h: BCF 132, din 4/10 (moderadas), 7 cm, BI, -2 de De Lee 
• 15 h: BCF 140, din 4/10 (2 fortes e 2 mod), 7 cm, -2 de De Lee 
• 16 h: BCF 136, din 4/10 (3 fortes e 1 mod), 8 cm, -2 de De Lee 
• 17 h: BCF 136, din 4/10 (4 fortes), 8 cm, -2 de De Lee 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Qual alteração apresenta esse partograma? Parada secundária da descida. A dilatação, 
embora lenta, estava ocorrendo (chegou a ficar parada e pouco evoluir), mas o que 
marcou mais foi a parada na altura de De Lee. 
4) Quais as possíveis causas dessa disfunção? A causa mais provável é desproporção 
céfalopélvica. 
5) Que intervenções poderiam ter sido feita para corrigi-lo e em quais momentos? Entre 
12h e 14h, ou até mesmo entre 14h e 15h poderia ser realizada a amniotomia (bebê 
estava em -2 de De Lee). Após 2h, faz-se nova avaliação – nesse caso foi feita 1h depois, 
mesmo com bolsa rota, pois já estava pensando numa parada secundária (pode-se 
pensar “não vou deixar essa mulher sofrendo mais tempo com baixa probabilidade de 
isso evoluir para via baixa de parto”). Então, caso não tenha evoluído nada, pode-se 
optar por indicação de via alta (cesariana) – lembrar que foi feita amniotomia e mesmo 
assim não desceu mais). Poderia ser infundida ocitocina, porém por não ter mais nada 
de evolução na descida já está caracterizada uma parada, não tendo muita eficácia. 
Caso 3 
PLM, 30 a, G3P1A1, IG de 38 semanas, comparece a admissão obstétrica às 10 h com: AU 32 
cm, BCF 136 bpm, DIN: 4 contrações moderadas em 10 minutos, com toque 4 cm, médio, 100 % 
apag, CEF, bolsa íntegra (BI), -3 de De Lee. 
1) Qual a conduta? Paciente em fase ativa de TP (4 contrações em 10min, dilatação de 
4cm), deve ser internada e iniciar a construção do partograma. 
2) Construa o partograma com os dados de evolução abaixo: 
 
• 12 h: BCF 140, din 4/10 (moderadas), 6 cm, BI, -2 de De Lee 
• 14 h: BCF 132, din 4/10 (moderadas), 7 cm, BI, -1 de De Lee 
• 15 h: BCF 140, din 4/10 (2 fortes e 2 mod), 7 cm, -1 de De Lee 
• 16 h: BCF 136, din 4/10 (3 fortes e 1 mod), 7 cm, 0 de De Lee 
• 17 h: BCF 136, din 4/10 (4 fortes), 7 cm, 0 de De Lee 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Qual a alteração apresenta esse partograma? Parada secundária da dilatação. Ocorre 
quando a dilatação fica parada por 2h ou mais. 
4) Quais as possíveis causas dessa disfunção? Pode ser por distócia motora, distócia de 
rotação. Esse partograma é bastante difícil e pode ter muitas causas. 
5) Que intervenções poderiam ter sido feitas para corrigi-lo e em quais momentos? As 12h 
a evolução estava na linha de base, porém começando a dar sinais, mas até as 14h ainda 
não seria momento de intervir. Caso já estivesse pensando numa parada de descida, fez 
novamente o toque 15h/16h aí tomaria intervenção, porque a dinâmica pode estar boa 
na palpação, mas pode estar incoordenada (dx clínico difícil apenas pela palpação). 
Logo, poderia ter sido realizada amniotomia às 15h. Após 2h, feita nova avaliação, viu 
que desceu um pouco mais, mas a dilatação não aumentou de 7cm estaria bem 
caracterizada a parada da dilatação. Nesse caso poderia até indicar ocitocina ou indicar 
a via alta (cesariana) – seria o mais provável, porém varia muito de conduta. É o 
partograma mais polêmico no que se refere a tomada de decisões. Num caso de colo 
aglutinado (fibrosado) talvez não vale a pena insistir na via baixa; numa falha de rotação 
posso tentar fazer rotação manual quando estiver mais adiantado no Plano de De Lee; 
eventualmente, se desconfiar de uma distócia motora, pode-se indicar ocitocina.

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