Populações Indígenas no Brasil Pré-cabraliano

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Populações Indígenas no Brasil Pré-cabraliano
Origens
A espécie homo sapiens surgiu há cerca de 350 mil anos atrás, na África. Os primeiros
seres humanos a chegarem no Brasil faziam parte do grupo que saiu da África e povoou a
Ásia. A teoria mais aceita de como teriam chegado aqui afirma que haviam feito a
passagem através do Estreito de Bering (canal que liga o continente asiático e o continente
americano) durante a Idade do Gelo, e logo após teriam seguido para o sul. A explicação é
que por conta de ser na Idade do Gelo, o nível do mar mudava frequentemente, o que
facilitava para as migrações.
Antes da chegada dos Europeus no Brasil, estima-se que havia cerca de 5 milhões de
Índios nativos e se dividiam da seguinte forma: tupi-guarani (região do litoral), macro-jê ou
tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).
Sociedade
Viviam em tribos compostas por várias aldeias e eram seminômades. Eram comunais, não
havia propriedade privada e tinham divisões de trabalho. A liderança e funções de prestígio
eram transmitidas por hereditariedade ou competência. Havia regras sociais, políticas e
religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos,
cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo
comum.
A divisão do trabalho funcionava da seguinte forma: homens cuidavam da guerra, da caça,
da pesca, da liderança tribal e relações externas, da construção das estruturas físicas da
aldeia, das canoas e armas, de certos tipos de arte e ornamentos corporais, da produção do
fogo e da derrubada das matas para as lavouras. Às mulheres cabia o plantio, a colheita, o
preparo de alimentos, a fabricação de utensílios domésticos, a limpeza e organização das
ocas, a criação de animais, o cuidado inicial da prole e dos mais velhos.
As mulheres carregavam um grande fardo na sociedade, parte essencial do sustendo das
tribos dependia do trabalho delas. A educação das crianças era compartilhada por todos os
habitantes da aldeia, e estimulava-se a autonomia. Não havia escravidão, embora fizessem
prisioneiros de guerra.
Religião
Os indígenas possuíam uma religião animista. Baseavam-se na crença de espíritos dos
antepassados e na força da natureza, colocam como seres sobrenaturais e divinos
elementos da natureza, como o Sol, a Lua e as florestas. O contato com a mãe natureza é
uma característica muito forte das tribos indígenas desde aquela época, e se baseavam
nela para praticamente tudo o que faziam. Os rios, árvores, animais, ervas e plantas eram
de extrema importância para a vida dos mesmos, e isto resume muito o que acreditavam.
Os principais mitos os quais acreditavam era Tupã, o ser sobrenatural supremo que
controlava a natureza, e Abaçaí, que, para alguns povos, tratava-se um espírito maléfico
que perturbava a vida dos índios.
Cultura
Os indígenas possuem uma cultura única e muito característica. Sua alimentação era
baseada em mandioca, peixes e plantas, derivados de suas principais atividades:
agricultura e pesca. Além de fazerem os alimentos, também é necessário construir os
utensílios como canoas, cestos, arcos e flechas e entre outros, e isso tudo é feito a mão
pelos índios utilizando o artesanato, com base em argila, madeira, bambu e penas de aves,
além da confecção de pinturas corporais utilizadas quando vão à caça e guerra ou em
festivais religiosos.
Outro elemento/crença que fazia parte da vida dos índios era o canibalismo e a vida após a
morte. “Eles acreditavam que o indivíduo ganha força pela assimilação de outros,
poderosos e perigosos, sejam guerreiros inimigos, sejam parentes mortos”, afirma o
historiador John Monteiro, da Unicamp. Porém, esta não é uma característica de todas as
tribos, apenas de algumas, pode-se destacar os Tupinambás.
O canibalismo, na maioria das vezes, possuía algum fundamento mítico que o legitimava,
como a necessidade de espantar a violência do grupo, as tribos não consumiam a carne de
membros de sua própria tribo, e sim de tribos inimigas. Na maioria dos casos eram
prisioneiros de guerra.
Referências bibliográficas:
https://brasilescola.uol.com.br/
https://www.wikipedia.org/
https://educacao.uol.com.br/
https://escolakids.uol.com.br/
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