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REvista da Escola Biblica Dominical da Igreja Batista REV -PV-Nº-64-1T20

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Prévia do material em texto

Pr. Eduardo Luiz de Carvalho Faria
Tratamento Bíblico: 
Ansiedade e Depressão
Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense
An
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° 6
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LIÇÕESSUMÁRIO LIÇÕ
ES
02 7º CONGRESSO DA 3ª IDADE E CAPACITAÇÃO
03 PALAVRA DO DIRETORPR. AMILTON VARGAS 
05 MISSÕES ESTADUAIS
10
UNIÃO DE ESPOSAS 
DE PASTORES BATISTAS 
FLUMINENSES
11
APRESENTAÇÃO
PR. EDUARDO LUIZ DE 
CARVALHO FARIA
09 CAPACITAÇÃOPARA ESCOLA BÍBLICA
07 PALAVRA DO REDATORPR. MARCOS ZUMPICHIATTE MIRANDA
LIÇÃO 1 – O CRENTE E O SOFRIMENTO12
LIÇÃO 2 – A UNIVERSALIDADE DA 
ANSIEDADE E DA DEPRESSÃO16
LIÇÃO 3 – A ANSIEDADE E A DEPRESSÃ
O 
POR CONTA DA PERDA20
LIÇÃO 4 – A ANSIEDADE E A 
DEPRESSÃO POR CONTA DA OPOSIÇÃ
O 
E MURMURAÇÃO24
LIÇÃO 5 – A DEPRESSÃO POR CONTA 
DA CULPA28
LIÇÃO 6 – A DEPRESSÃO POR CONTA 
DOS PRAZERES, RIQUEZA E FAMA32
LIÇÃO 7 – A DEPRESSÃO POR 
CONTA DAS FRUSTRAÇÕES36
LIÇÃO 8 – A DEPRESSÃO POR 
CONTA DO ÓDIO40
LIÇÃO 9 – A DEPRESSÃO POR 
CONTA DA COMPARAÇÃO44
LIÇÃO 10 – A DEPRESSÃO POR CONTA
 
DA REJEIÇÃO E DA SOLIDÃO48
LIÇÃO 11 – A DEPRESSÃO POR CONTA
 
DA DECEPÇÃO CONSIGO MESMO52
LIÇÃO 12 – O RISCO DA DEPRESSÃO 
POR CONTA DAS TRIBULAÇÕES56
LIÇÃO 13 – O RISCO DA DEPRESSÃO 
POR CONTA DA ANSIEDADE60
3
PALAVRA DO DIRETOR
Esse é o tema de Missões Estaduais para 
2020, que terá como âncora uma campanha 
de treinamento em evangelismo, que capaci-
tará um exército de 1600 líderes evangelis-
tas, os quais serão convocados a participar 
de campanhas missionárias e evangelísticas 
em nosso campo. Pela primeira vez que ouvi 
esse tema, lembrei a palavra de um homem 
que declarou: “Eu creio; ajuda minha in-
credulidade!” Então pensei em três con-
sequências que experimentamos quando 
fazemos... Uma declaração de fé sincera... 
SIM, EU CREIO!
ABRIMOS AS PORTAS PARA QUE DEUS 
FORTALEÇA NOSSA FÉ.
Esta palavra está baseada no registro de 
Marcos 9:14-24, e relata a história de um 
homem que tinha um filho possuído por um 
espírito demoníaco. Ele havia trazido seu fi-
lho aos discípulos de Jesus, mas eles não 
puderam expulsar os demônios. Ao chegar 
Jesus, os discípulos confessaram que ha-
viam falhado, então Jesus pediu que o me-
nino fosse trazido à Sua presença. O homem 
pediu a Jesus para expulsar o espírito dizen-
do, como se lê em Marcos 9:22-24 “...mas 
se podes fazer alguma coisa, tem compaixão 
de nós e ajuda-nos. Ao que lhe disse Jesus: 
Se podes! - tudo é possível ao que crê. Ime-
diatamente o pai do menino, clamando, 
[com lágrimas] disse: Creio! Ajuda a minha 
incredulidade.” 
Quando aquele pai disse isso, expon-
do com lágrimas sua declaração de fé, ele 
queria dizer: - minha fé é fraquinha, mas 
preciso do Teu socorro! Ajuda-me, pois 
estou no fim de minhas forças e, sem Teu 
poder, misericórdia e graça, nada vai dar 
certo. Sim eu Creio, mas me ajuda, dá-me 
uma fé que gere resultado prático na minha 
vida, na vida de meu filho, de minha família, 
de meus amigos e de meus irmãos. Lembre-
mo-nos quando fazemos... Uma declaração 
de fé sincera... SIM, EU CREIO!
ABRIMOS AS PORTAS PARA QUE DEUS 
REALIZE O IMPOSSÍVEL. 
Este texto traz uma aparente contradi-
ção, pois o pai diz: creio, mas sua humildade 
e sinceridade não lhe permitiam que tivesse 
a autoconfiança exagerada que produz ar-
rogância. Ele reconheceu ter uma fé muito 
frágil, mas mesmo sendo pequena a sua 
fé, produziu um resultado miraculoso. O 
homem trouxe seu filho a Jesus, pois acre-
ditava que Ele poderia curá-lo. Se esse pai 
tivesse ficado em casa, como muitos ficam, 
nada teria acontecido, pois ter fé é trazer seu 
filho para Jesus, trazer sua família e suas 
lutas perdidas, pois ele é o único que pode 
UMA DECLARAÇÃO DE FÉ SINCERA... 
SIM, EU CREIO!
4
transformar derrota em vitória, especialmen-
te quando estamos diante dos impossíveis 
para nós, porque para Deus “tudo é possível 
ao que crê” (v 23).
Esse texto traz uma lição maravilhosa, 
pois é um testemunho de que muitas vezes 
nós os discípulos de Jesus, inclusive os lí-
deres, falhamos em nossa fé e em nossas 
atitudes. Os pastores falham, os diáconos 
também, os líderes de ministério, a diretoria 
também falha, você também falha, mas nos-
sas falhas não podem impedir a nossa cami-
nhada na luta pelos nossos entes queridos.
Quando falharmos com você, não de-
sista de buscar o Médico dos médicos, 
Senhor dos senhores, o único que tem todo 
o poder para fazer “tudo muito mais abun-
dantemente além daquilo que pedimos ou 
pensamos” (Efésios 3:20). Quando estamos 
dispostos a fazer... Uma declaração de fé 
sincera... SIM, EU CREIO!
ABRIMOS AS PORTAS PARA QUE DEUS 
NOS DÊ CORAGEM, PERSISTÊNCIA, 
FIRMEZA E CONSTÂNCIA. 
Nesta história Jesus ficou muito indigna-
do com a inconstância dos discípulos, pois 
falharam na missão, não foi simplesmente 
o fato de não expulsarem o demônio, mas 
como conhecia os corações sabia da incons-
tância, por essa razão disse, conforme re-
gistra o verso 19: ... “ó geração incrédula! 
até quando estarei convosco? até quando 
vos hei de suportar? A declaração “geração 
incrédula”, deriva, no idioma original, do 
verbo grego, διαστρέφω (diastrepso), que 
significa perverter, a forma usada por Jesus 
foi διιστραμίνη (diestrammine), significa 
“perverso, mal”, “dar a volta”, mudar de 
lado, torcer pelo time do adversário, “virar a 
casaca”. Hoje de um lado amanhã de outro, 
essa inconstância permanente transforma-
-se em perversão, dissimulação e indiferente 
incredulidade.
O que Jesus diria sobre nós diante de 
tantos desafios que estamos enfrentando? 
Você tem sido inconstante e inconsistente? 
Confessemos nossas fraquezas e rendamo-
-nos ao Senhor. Quando avaliamos a nós 
mesmos, tendo por referencial o Senhor 
Jesus, deparamos com nossa natureza pe-
caminosa e vemos quão profundamente frá-
geis somos e como é fácil cairmos em ten-
tações, então precisamos ter o emocionado 
clamor daquele pai, esse mesmo grito em 
nossos corações. Ore ao Senhor, derrame 
seu coração diante de Deus e diga: Meu que-
rido e amado Deus, eu creio que o Senhor é 
real e que tua Palavra é a verdade, mas me 
ajude a acreditar que é possível aperfeiçoar a 
minha fé e viver de acordo com tua Vontade! 
Deus tem todo o poder para fazer por 
você aquilo que nenhuma outra pessoa se-
ria capaz de realizar, mas você precisa ter fé 
sincera, mesmo que seja fraca, se tiver uma 
vida humilde e dependente do Todo Podero-
so, algo novo pode acontecer para você e a 
quem você ama!
Devemos lembrar também o que Jesus 
fez por algumas pessoas: 
Aos cegos que curou, disse: “Seja-vos 
feito segundo a vossa fé.” (Mateus 9:29);
Ao Centurião que intercedeu por seu ser-
vo, e na mesma hora foi curado, orientou: 
“Vá! Como você creu, assim lhe acontece-
rá!” (Mateus 8:13);
Para a mulher com uma doença hemor-
rágica há 12 anos, afirmou: “Filha, a tua fé 
te salvou; vai em paz e sê curada deste teu 
mal.” (Marcos 5:34); ao chefe da Sinagoga, 
chamado Jairo, que pediu ajuda para curar 
sua filha, mas que tinha sido orientado a de-
sistir diante da nova notícia da morte de sua 
filha, declarou: “Não temas, crê somente.” 
(Marcos 5:36). 
Coloque sua fé em Ação, dê o seu teste-
munho, não deixe de declarar a sua fé, diga: 
SIM, EU CREIO!
Pr. Amilton Vargas
Diretor Executivo da Convenção Batista 
Fluminense e Pastor Interino da 
PIB Universitária do Brasil
7
PALAVRA DO REDATOR
QUEM SOMOS?
Algumas pessoas, no convívio 
diário e pelos meios de comunica-
ção, desde a sua infância sofrem 
constantes pressões emocionais, 
espirituais, culturais e materiais, re-
sultando em sérias falhas de cará-
ter e gerando crises de identidade: 
quem sou eu, quem somos nós?
Deus responde essa pergunta, 
através de sua Palavra, a Bíblia 
Sagrada, fonte de toda sabedoria e 
verdade.
1- Nós somos geração eleita: 
De acordo com o dicionário Mi-
chaels geração é: “Conjunto dos 
atos ou funções pelos quais um 
ser organizado gera outro seme-
lhante a si” 1. Portanto, entendemos 
que geração são pessoasque têm 
1 - https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues
2 - Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasil
palavras, atitudes, comportamen-
tos e objetivos muito semelhantes. 
“Eleição é a escolha feita por Deus, 
em Cristo, desde a eternidade, de 
pessoas para a vida eterna, não por 
qualquer mérito, mas segundo a ri-
queza da sua graça”2.
Fala-se muito nas gerações X, 
Y, Z e F5, mas Pedro fala de outro 
tipo de geração. Ele mostra que 
pertencemos a um povo eleito pelo 
próprio Deus. Por seu amor e sua 
graça fomos escolhidos para ser-
mos a sua Igreja. “Vós, sim, que, 
antes, não éreis povo, mas, ago-
ra, sois povo de Deus, que não tí-
nheis alcançado misericórdia, mas, 
agora, alcançastes misericórdia” 
(1Pe 2.10). 
 “Vós, porém, sois geração eleita, 
sacerdócio real, nação santa, 
povo de propriedade exclusiva 
de Deus, a fim de proclamardes 
as virtudes daquele que vos 
chamou das trevas para a sua 
maravilhosa luz.” 1Pedro 2.9
8
Eu pertenço à Geração Eleita?
2 - Nós somos sacerdócio 
real: O sacerdote, no Antigo Tes-
tamento, oferecia sacrifícios pelo 
povo e intercedia por ele. Jesus veio 
e ofereceu a Si mesmo, na cruz do 
Calvário, como sacrifício vivo, santo 
e agradável a Deus para nos livrar 
da condenação eterna; e também 
intercedeu por todos (Is 53.12; 
Lc 23.24; Jo 17.20,21). 
“O sacerdócio do crente - Cada 
homem pode ir diretamente a Deus 
em busca de perdão, através do 
arrependimento e da fé. Ele não ne-
cessita para isso de nenhum outro 
indivíduo, nem mesmo da Igreja. Há 
um só mediador entre Deus e os 
homens, Jesus. Depois de tornar-se 
crente, a pessoa tem acesso direto 
a Deus, através de Jesus Cristo. Ela 
entra no sacerdócio real que lhe ou-
torga o privilégio de servir a huma-
nidade em nome de Cristo. Deverá 
partilhar com os homens a fé que 
acalenta e servi-los em nome e no 
espírito de Cristo. O sacerdócio do 
crente, portanto, significa que todos 
os cristãos são iguais perante Deus 
e na fraternidade da Igreja local”3.
Estou exercendo o sacerdócio 
real na minha vida?
3 - Nós somos nação santa: 
- “Nação” significa País ou Reino, 
formado por um conjunto de indiví-
duos habituados aos mesmos usos, 
costumes, língua e que se são go-
vernados por leis próprias. “Santa” 
significa pura, perfeita, separada 
3 - Princípios Batistas da Convenção Batista Brasil
para Deus, que vive em obediência 
à Lei de Deus. Conforme a Bíblia, 
Deus diz que somos uma Nação 
Santa, portanto, diferente das de-
mais nações.
Uma Nação Santa, um Rei, um 
Governo e um Povo diferente. Es-
tamos no mundo, mas não somos 
do mundo, pois o mundo jaz no ma-
ligno. Somos chamados para fazer 
a diferença no mundo. A verdadeira 
cidadania é caracterizada pela obe-
diência às Leis que regem a nação 
e seu povo. 
Pertenço de fato à Nação San-
ta? Tenho obedecido as Leis de 
Deus descritas na Bíblia?
4 - Nós somos Propriedade 
Exclusiva de Deus - Deus cha-
mou uma nação de escravos e os 
libertou para ser a sua Propriedade 
exclusiva. O texto coloca ênfase no 
fato de que somos exclusivos dEle. 
Isso significa que Ele não nos divide 
com ninguém; somos só dEle. Por-
tanto, este povo possuído por Deus 
deve ser santo e agradável em todo 
o seu procedimento, ao passo que 
os estrangeiros são possuídos por 
espíritos da maldade para pratica-
rem o que é mau e desagradável a 
Deus.
Será que Deus tem sido, de 
fato, o dono exclusivo da minha 
vida?
Pr. Marcos Zumpichiatte Miranda
Redator da Revista Palavra e Vida 
Coordenador do Departamento de 
Educação Religiosa
11
QUEM ESCREVEU
APRESENTAÇÃO
Eduardo Luís de Carvalho Faria, pastor titular da 
Igreja Batista do Fonseca, Niterói - RJ, graduado em 
licenciatura e psicologia pela Universidade Celso 
Lisboa, Pós-graduado em terapia de Família, pro-
fessor de Comunicação e Eclesiologia no Seminário 
Betel - RJ, Professor de Comunicação no Centro de 
Formação Missionária do Amazonas – JMN, gra-
duado em Liderança Avançada pelo Instituto Haggai 
do Brasil, docente Local do Instituto Haggai – RJ. 
Casado com a Psicóloga Neiva Alzemam Proença Faria e pai de André 
Guilherme Proença Faria e Pedro Henrique Proença Faria.
Neste trimestre refletiremos so-
bre duas das mais desafiadoras 
doenças deste nosso tempo, pre-
sente em vários segmentos, até 
mesmo no eclesiástico. Trata-se 
da Ansiedade e Depressão. Para a 
grande maioria dos crentes, pensar 
sobre ansiedade é algo que ganha 
certa naturalidade isso por conta de 
encontrarmos alguns textos bíblicos, 
inclusive com palavras de Jesus, fa-
lando a respeito do assunto. A maior 
dificuldade está quando se fala da 
Depressão. Isso porque muitos en-
tre nós, membros de nossas igre-
jas, não admitem a hipótese de um 
crente passar por essa experiência 
dolorosa. Nos estudos que teremos, 
veremos o quanto essas doenças 
são pertinentes a todo ser humano. 
Veremos que alguns personagens 
bíblicos sofreram muito com as ad-
versidades apresentando sintomas, 
até mesmo acentuados, da doença. 
A Depressão é uma doença que 
pode acontecer com qualquer pes-
soa, independentemente da sua 
condição social, financeira e espi-
ritual. Precisamos aprender cada 
vez mais sobre essas doenças com 
o propósito de estarmos atentos ao 
que acontece conosco, bem como 
para ajudarmos aqueles que es-
tão perto de nós. Buscar ajuda não 
pode gerar constrangimento e nem 
é sintoma de fraqueza espiritual. 
Que este tempo de estudos seja 
de muitas constatações importan-
tes e sérias a respeito da Ansie-
dade e Depressão. Que o estudo 
de cada personagem te mostre o 
quanto, mesmo sendo homem e 
mulher de Deus, somos suscetíveis 
a todo tipo de problema. Que o Se-
nhor nos abençoe no enfretamento 
das adversidades da vida a ponto 
de não ficarmos adoecidos grave-
mente por isso. 
12
O CRENTE E O SOFRIMENTO
LIÇÃO 1
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: 1Pedro 5.6,7
O sofrimento atormenta a exis-
tência humana. Afeta as pessoas 
física, emocional e espiritualmente. 
Qualquer que seja o seu grau e 
a sua origem, quando se torna 
prolongado, traz prejuízos ainda 
maiores. Atinge justos e injustos, 
inocentes e culpados. Uma demo-
cracia que não entra na cabeça de 
muita gente. Como pode alguém 
bom e justo passar por dificulda-
des a ponto de absorver tanta coi-
sa grave? Outros são mais rigoro-
sos: Como esse tipo de desgraça 
pode ter chegado à minha vida? O 
que fiz para merecer? 
Verdadeiramente um dos gran-
des motivos pelos quais muitos 
cristãos veem a sua fé enfraquecer 
assustadoramente é o sofrimento. 
Para muitos, as tempestades que 
chegam não podem fazer parte do 
cotidiano de um servo de Deus. 
Simplesmente acreditam que o 
Senhor jamais permitiria, confor-
me seu amor e poder, que um dos 
seus filhos passasse por alguma 
necessidade ou fatalidade. Isso 
tem sido a causa de muitas crises 
emocionais e espirituais. Pratica-
mente todos os dias, recebemos 
notícias ruins de nossos irmãos, 
isso quando não somos nós mes-
mos os portadores dela. 
A grande verdade é que mes-
mo não querendo ou provocando, 
o sofrimento chega, faz parte da 
vida. E uma reação muito natural 
13
diante de um fato desagradável se 
chama tristeza. Não tem como não 
ficarmos abatidos quando um de-
sastre acontece, quando pessoas 
nos desapontam, quando nossos 
planos não se concretizam, quan-
do nossos sonhos viram pesadelos, 
quando o exame traz a informação 
da chegada de uma doença, quan-
do o desemprego nos alcança e 
outras mazelas mais. Somando-se 
a isso, vem o cansaço oriundo da 
correria do dia-a-dia. Corremos tan-
to e muitas vezes sequer sabemos 
o porquê ou para onde. Apenas nos 
vemos acelerados como loucos 
para darmos conta da agenda. 
Tudo isso tem uma consequên-
cia: faz a gente sofrer. Tal sofrimen-
to não apenas nos afeta, mas mexe 
com a família, com a energia nos re-
lacionamentos, com o desempenho 
profissional, com o dinamismo nos 
estudos e com a dedicação a Deus 
e à sua Igreja. Em muitos casos, 
a tristeza é passageira, logo, logo, 
devido aos ajustes e as ajudas, a 
pessoa conseguese reestabelecer 
e dar prosseguimento à vida. Em 
outros, essa tristeza demora muito 
a passar, prolongando e, na maioria 
das vezes, agravando os sintomas. 
Tais sintomas podem ser chamados 
de ansiedade e depressão.
1 - UM SOFRIMENTO CHAMADO 
ANSIEDADE
De acordo com o site significa-
dos.com, ansiedade é um estado 
psíquico de apreensão ou medo, 
provocado pela antecipação de uma 
situação desagradável ou perigosa. 
Segundo sua etimologia, significa 
“angústia que sufoca”. É apontada, 
até certo ponto, como um compor-
tamento natural do ser humano que 
o ajuda a reagir ou se adaptar a si-
tuações como medo ou expectativa, 
porém pode se tornar uma doença 
quando chega a valores extremos, 
especialmente quando se torna 
recorrente a ponto de interferir no 
funcionamento saudável da vida de 
uma pessoa. Para tanto, é impor-
tante procurar tratamento.
O quadro de ansiedade vem 
acompanhado por sintomas que 
podem ter origem interna ou ex-
terna. Interna por conta do dese-
quilíbrio hormonal ou neurológico 
e externo por conta de circunstân-
cias negativas, tais como perdas, 
traumas, tensões ou decepções. As 
causas mais comuns da ansiedade, 
enquanto doença, são: crises de 
pânico, fobia, perturbação obsessi-
vo-compulsiva, stress, depressão, 
psicoses e perturbação maníaco-
-depressiva.
2 -UM SOFRIMENTO CHAMADO 
DEPRESSÃO
Segundo o Dr. Dráuzio Va-
rella, a depressão é uma doença 
psiquiátrica crônica e recorrente 
que produz uma alteração do humor 
caracterizada por uma tristeza 
profunda, sem fim, associada a 
sentimentos de dor, amargura, 
desencanto, desesperança, baixa 
autoestima e culpa, assim como 
a distúrbios do sono e do apetite. 
14
A partir dessa definição, se torna 
muito importante aprender a distin-
guir a tristeza doentia da tristeza 
temporária provocada pelas maze-
las da vida, mas que são supera-
das. Diante das adversidades, as 
pessoas sem essa doença ficam 
tristes, se abatem, apresentam sin-
tomas semelhantes, mas em pou-
co tempo conseguem ultrapassar 
tais dificuldades.
Assim sendo, não podemos 
sair por aí achando que toda tris-
teza é depressão, assim como não 
podemos ignorar ou achar que é 
bobagem os sintomas demorados 
de tristeza das pessoas, especial-
mente daquelas com quem temos 
intimidade e convívio constante. 
No quadro de depressão, a tristeza 
não dá descanso, mesmo que não 
exista uma causa relevante. O aba-
timento permanece praticamente 
o tempo todo, por muitos dias. Se 
apagam os interesses pelas coisas 
que davam prazer e satisfação e a 
pessoa não consegue ver a possi-
bilidade de se livrar dessa angústia.
Ainda segundo Drauzio Va-
rella, a ansiedade é uma doença 
incapacitante que atinge por volta 
de 350 milhões de pessoas no 
mundo. Os quadros variam de 
intensidade e duração e podem 
ser classificados em três diferen-
tes graus: leve, moderado e grave. 
É uma doença que não vê idade. 
Pode atingir idosos, adultos, ado-
lescentes e crianças.
3 - UM GRANDE PROBLEMA
Há quem diga que os sintomas da 
ansiedade e da depressão não pas-
sam de capricho, preguiça ou “fres-
cura”. Pior são aqueles que acham 
que se trata de algum pecado es-
condido, algo que precisa ser reco-
nhecido e confessado. A ansiedade, 
a depressão e as doenças mentais 
são doenças físicas que inevitavel-
mente carregam muitos sintomas 
espirituais, mas isso não faz delas 
algo apenas espiritual. Por exemplo: 
uma pessoa com depressão (doen-
ça física) terá muita dificuldade de 
orar, ler a Bíblia ou ir à Igreja. Ela 
terá a sua comunhão com Deus ex-
tremamente afetada, não por causa 
de um pecado, mas por causa de 
uma doença. Quando essa pessoa é 
tratada apenas com procedimentos 
espirituais, corre o risco de ver o seu 
quadro sendo agravado ainda mais. 
Ela precisa ser levada a um profis-
sional para ser devidamente tratada 
e Deus haverá de usar, tanto médi-
cos, como medicamentos para que 
se conheça a sua cura. 
É logico que Deus, com seu 
poder, pode curar qualquer 
pessoa de qualquer doença, mas 
precisamos entender que milagres 
instantâneos, semelhante ao 
realizado com o cego Bartimeu 
(Mc 10.46-52), são exceções e não 
regra. A questão é que a ansiedade 
patológica e a depressão são doen-
ças muito sérias. O tratamento exi-
ge oração e visitas constantes aos 
especialistas, tais como os médicos 
psiquiatras e psicólogos. 
15
PARA PENSAR E AGIR:
A Bíblia nos deixa uma provi-
dência importante em relação a 
este assunto. Em 1Pedro 5.6,7 le-
mos: “Portanto, humilhem-se debai-
xo da poderosa mão de Deus, para 
que ele os exalte no tempo devido. 
Lancem sobre ele toda a sua ansie-
dade, porque ele tem cuidado de 
vocês”. Podemos conversar com 
Deus sobre nossas aflições, decep-
ções, mágoas e tristezas. Esse de-
sabafo com Ele nos ajuda em muito 
a aliviar tudo isso. Porém, nem to-
dos conseguem ter essa consciên-
cia ou mesmo fazer de sua oração 
um momento de refrigério para a 
alma. Para tanto, é preciso agir!
Romanos 12.10 diz: “Dediquem-
-se uns aos outros com amor frater-
nal. Prefiram dar honra aos outros 
mais do que a si próprios”. Estamos 
vivendo um tempo muito desafiador 
em relação a essas doenças. Por 
conta da rapidez nas informações, 
somos sabedores do crescente nú-
mero de suas vítimas. Muitas delas 
encontram-se sentadas nos bancos 
de nossas Igrejas ou fazendo par-
te da nossa família. Um passo im-
portante é não ignorar os sintomas. 
Quando alguém se mostrar triste 
além do tempo, sem energia para 
fazer o que mais gosta, sem vonta-
de de viver, é importante considerar 
com seriedade esses comporta-
mentos. Faça o seguinte:
Passo nº1 – Melhore sua obser-
vação em relação às pessoas mais 
próximas. Muitas vezes estamos 
próximos apenas geograficamente. 
É preciso um olhar mais atento e 
mais intencional. Muitos sinais são 
sutis e, se não tivermos uma obser-
vação mais criteriosa, eles passam 
despercebidos. Muitos sintomas só 
são conhecidos na medida em que 
nos aproximamos, e isso não se dá 
apenas pelo fato de morarmos na 
mesma casa ou de frequentarmos 
os mesmos lugares, como igreja, 
escola, faculdade ou um clube. Este 
passo mostra o quanto nosso cora-
ção está disposto a ajudar efetiva-
mente as pessoas. 
Passo nº2 – Mais do que ob-
servar, é preciso se aproximar e 
conversar a respeito. É importante 
estar mais junto das pessoas. Tem 
que chegar perto para conhecer 
o coração, deixando a pessoa fa-
lar e, sobretudo, respeitando sua 
condição e seus motivos. Não é o 
momento de questionar sobre os 
porquês das coisas, mas de em-
prestar os ouvidos, dar um abra-
ço, apoiá-la em procurar ajuda e, 
se possível, investir do seu tempo 
em acompanhá-la nesse processo. 
Orar com ela e por ela também é 
um bom amparo. 
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Salmos 121
Terça: 1João 4.17-18 
Quarta: Mateus 8.23-27
Quinta: Salmos 46
Sexta: Isaías 41.10-13
Sábado: Salmos 40.1-4 
Domingo: Josué 1.6-9
16
A UNIVERSALIDADE DA 
ANSIEDADE E DA DEPRESSÃO
LIÇÃO 2
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Salmos 42.1-5
O Brasil sofre uma epidemia 
de ansiedade. Segundo dados da 
Organização Mundial da Saúde 
(OMS), o país tem o maior número 
de pessoas ansiosas do mundo: 
18,6 milhões de brasileiros (9,3% 
da população) convivem com o 
transtorno. O transtorno começa 
quando essa emoção passa do 
ponto. Em vez de a pessoa seguir 
em frente, a agitação exagerada 
deixa-a travada, impedindo que 
ela faça suas tarefas e, conse-
quentemente, honre seus compro-
missos, assim como tira sua au-
tonomia na realização de tarefas 
simples e rotineiras.
Quando o assunto é depres-
são, o nosso país é o campeão na 
América Latina. Quase 6% da po-
pulação, um total de 11,5 milhões 
de pessoas, sofrem com a doença, 
segundo dados da OMS. Caracte-
rizada como uma doença em que 
ocorrem desequilíbrios químicos 
dos chamados neurotransmisso-
res, a depressão interfere direta-
mente no prazer, quietude, vonta-
de e alegria. Consequentemente 
aparecem os sintomas clássicos, 
como tristeza, apatia, falta de von-
tade, dificuldade de concentração, 
pessimismo,insegurança, entre 
outros.
Por que tudo isso acontece? 
Mesmo entre os crentes em Jesus, 
sem ser diferente daqueles que 
não professam a nossa fé, o coti-
diano tem sido penoso, solitário, 
cheio de frustrações, fracassos, 
decepções e circunstâncias desa-
nimadoras. Tem sido assim porque 
17
vivemos numa sociedade fragilizada, 
de pessoas que não estão sabendo 
lidar com suas mazelas, perdas e 
amarguras. Muitos dos valores que 
a Bíblia ensina são completamente 
ignorados até mesmo pelos cristãos. 
Os indivíduos querem tudo muito 
rápido, sem entender ou aceitar os 
processos e, quando as coisas dão 
errado, mergulham numa tristeza 
profunda, sem considerar o quanto é 
natural acontecerem percalços nas 
diversas trajetórias da nossa vida.
1 - A DEPRESSÃO E A ANSIEDADE 
AFETAM O CRISTÃO?
Sim. Da mesma forma que elas 
são capazes de prejudicar seria-
mente os relacionamentos pes-
soais, assim acontece no relacio-
namento com Deus. Um cristão 
depressivo, por exemplo, há de ter 
a sensação de que perdeu a ale-
gria da salvação e que não será 
mais capaz de sentir a presença de 
Deus, pois nesta condição, se tem 
a impressão de que Ele está muito 
distante, em silêncio ou com muita 
raiva de si. Com isso, a vida devo-
cional acaba sendo fortemente pre-
judicada, tornando-se muito difícil 
orar, ler a Palavra de Deus ou me-
ditar naquilo que se está aprenden-
do da Bíblia. Tudo porque, sofrendo 
esses problemas, tem-se muita difi-
culdade de manter o foco e firmeza 
naquilo que está fazendo. Assim o 
cristão sofre uma dor muito grande 
pois não somente se sente excluí-
do pelas pessoas, mas também por 
Deus. São doenças físicas que tra-
zem sintomas espirituais.
2 - ALGUNS EQUÍVOCOS
2.1 - Ansiedade e depressão são 
 apenas para os fracos?
Há quem pense que essas 
doenças são apenas para um pe-
queno número de pessoas psicolo-
gicamente e espiritualmente fracas. 
Ledo engano! É por pensar assim 
que muita gente que se acha forte 
acaba ignorando os sintomas ou 
até rechaçando a possibilidade de 
ter a doença, tornando a procura 
por ajuda cada vez mais distante ou 
praticamente impossível. Quem age 
assim pensa que, ao admitir a doen-
ça, será taxado pelos outros como 
fraco; e, por se considerar forte, aci-
ma de qualquer problema, mesmo 
com os sintomas, acha que tudo é 
uma bobagem e por isso ignora a 
doença a ponto de tentar um com-
portamento ainda pior: não sentir 
nenhuma emoção ou reação dian-
te das circunstâncias que o aflige, 
como se isso fosse possível. 
É certo que existem fatores ge-
néticos que facilitam o surgimento 
dessas doenças em alguns indiví-
duos, mas ninguém no mundo pode 
achar que é resistente o suficiente a 
ponto de nunca sofrer esses males. 
Existe uma marca bem preponde-
rante na raça humana que se cha-
ma vulnerabilidade. No salmo 42 
vemos o autor, um servo temente a 
Deus, sofrendo por dentro. Ele sente 
sua alma abatida. Ele está fugindo 
de uma brutal perseguição. Estava 
sendo obrigando a viver escondido 
por causa disso. Perseguição, de-
18
silusão, desastres, e tantas outras 
mazelas podem chegar na vida de 
todos e nossa alma sempre reagirá 
a tudo isso.
2.2 - Oração e leitura da Bíblia 
são suficientes?
Por serem doenças emocionais 
que provocam sintomas espirituais, 
muitas pessoas tentam ajudar 
quem está sofrendo com soluções 
apenas espirituais. Para piorar, in-
felizmente, ainda existem aque-
les que ensinam que o verdadeiro 
cristão não pode ficar deprimido ou 
ansioso a ponto de ficar doente por 
isso. Afirmam que isso é sinal de 
derrota, desobediência ou falta de 
fé. Por isso sugerem orar mais, ler 
mais a Bíblia, buscar mais a Deus 
e participar mais das atividades 
da Igreja, dos cultos de libertação, 
das correntes de cura e por aí vai. 
Só que esse tipo de ajuda agrava 
ainda mais o quadro, pois, além de 
todos os sintomas característicos 
de cada doença, soma-se a culpa, 
um sentimento altamente destrutivo. 
Por não conseguir sair dessa 
situação sozinho, o cristão acaba 
ficando mais ansioso e deprimido. 
Daí vem o que se pode considerar 
o maior perigo: quando os méto-
dos de autoajuda cristãos falham, o 
crente adoecido sente-se tão desa-
nimado, tão morto espiritualmente 
que é capaz de renunciar de vez a 
fé. Este é um abismo que gera ou-
tros abismos ainda mais profundos.
Alguns cristãos afirmam ter o 
controle total de seus pensamen-
tos, mas isso não acontece quando 
há um transtorno psíquico. A capa-
cidade de um indivíduo controlar 
os pensamentos depende do bom 
funcionamento da sua estrutura 
psíquica e não necessariamente da 
sua vontade. É por isso que muitos 
apresentam um genuíno desejo de 
saírem dessas doenças, mas não 
conseguem. É preciso um trata-
mento que vai além das disciplinas 
espirituais. 
Deus abençoou a humanidade 
com as ciências e algumas delas 
tratam de forma muito eficaz os 
sintomas dessas enfermidades. 
Muitos cristãos precisam entender 
que buscar a ajuda de um profissio-
nal e se submeter aos tratamentos 
não enfraquece a fé e nem pas-
sa por cima da vontade de Deus. 
É perfeitamente admissível que um 
crente em Jesus busque tratamen-
to, inclusive use medicamentos, se 
necessário. Jamais podemos dis-
pensar a ajuda da Igreja em oração 
e aconselhamento, mas a providên-
cia de buscar uma ajuda profissio-
nal é indispensável. 
2.3 - O uso de medicamentos
Outro equívoco acontece quan-
do se pensa que o uso de medica-
mento é a pior alternativa, uma es-
pécie de fundo do poço para quem 
está sofrendo e busca um trata-
mento. Quando o médico passa a 
receita, parece que o mundo desa-
ba. Isso acontece pelo fato de, na 
maioria das vezes, os medicamen-
19
tos receitados são os que chama-
mos de controlados. Os remédios 
controlados, ou sujeitos a controle 
especial, são medicamentos ou 
substâncias com ação no sistema 
nervoso central e capazes de cau-
sar dependência física ou psíquica. 
Muitas pessoas, sabedoras disso, 
acabam se apavorando achando 
que o paciente ficará automatica-
mente dependente e sem possibli-
dade alguma de sua melhora defini-
tiva. Precisamos entender que tais 
porções, se não houver maiores 
complicações com o paciente, ten-
dem fazê-lo melhorar e até mesmo 
se curar. Tais medicamentos não 
são, como muitos afirmam, uma es-
pécie de condenação para o doente 
e sim uma grande bênção, pois são 
responsáveis pela volta do equilí-
brio necessário para a pessoa tocar 
sua vida. 
O crescimento da indústria far-
macêutica, com novas pesquisas e 
tecnologias, tem permitido que as 
doenças que no início do século 
passado eram praticamente incon-
troláveis, hoje sejam tratadas e con-
troladas, fazendo parte integrante 
na intervenção de muitas pessoas. 
Se alguém próximo a você, ou você 
mesmo, precisar fazer uso dos re-
médios controlados, faça-o com na-
turalidade. Eles são uma dádiva de 
Deus, neste tempo, que nos ajudam 
poderosamente. 
PARA PENSAR E AGIR:
Cuidado com aqueles que con-
sideramos fortes na vida. Líderes, 
pais, chefes, pessoas mais expe-
rientes, pessoas de personalidade 
marcante e muitos outros podem 
ser considerados acima da ansie-
dade e da depressão, mas não são. 
Cuidado com o fato de você 
mesmo se achar forte demais. Se 
você é do tipo que acha que nun-
ca vai ficar deprimido ou que nunca 
terá algum transtorno emocional é 
importante pensar um pouco dife-
rente daqui para frente. Na verda-
de, ninguém está imune a essas 
doenças. Não existe vacina contra 
elas. Você pode desenvolver qua-
dros característicos em qualquer 
momento da sua vida. Esteja atento 
ao seu próprio comportamento, às 
reações diante das dificuldades, à 
intensidade da tristeza que invade 
o seu coração diante de uma cir-
cunstância ruim em que se está vi-
vendo e, caso perceba que a coisa 
está fora do seu controle, busque 
um aconselhamento ou até mesmo 
um tratamento. Não tenha vergo-
nha! Não pense no que os outros 
vão dizer de você. Saiba que existe 
um Deus que nos ama a ponto de 
colocar uma multidão capaz de cui-
dar da gente. 
Le
itu
ra
 Diár
ia
Segunda: Salmos 37.1-5
Terça: 2Corintios 4.8,9 
Quarta: Salmos 18.1-6
Quinta: João 10.1-10
Sexta: 2Coríntios 1.3-7
Sábado: Deuteronômio 31.1-8 
Domingo: Salmos 43
20
A ANSIEDADE E A DEPRESSÃO 
POR CONTA DA PERDA
Experiências na vida de Jó e de sua mulher – Quando 
perdemos algo que nos é precioso
LIÇÃO 3
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Jó 1.21
Todos nós já perdemos algo ou 
alguém que nos é precioso. Per-
das nos destroem por dentro. São 
fatores que tendem a nos deixar 
ansiosos e deprimidos. Mesmo 
para aqueles que ainda não tive-
ram tal experiência, sabe que seu 
dia chegará e que terá muitas difi-
culdades para enfrentá-las. É pos-
sível imaginar que Deus não nos 
criou para nos despedirmos para 
sempre daqueles a quem muito 
amamos. Nem mesmo nos trouxe 
à existência com o objetivo de vi-
vermos debaixo de aflições trazi-
das pelas angústias que uma per-
da dramática traz para a vida. Por 
que reagimos assim? Porque em 
muitos momentos o nosso cora-
ção se encontra distante de Deus.
Nas palavras de Jó – o homem 
mais reto e temente a Deus de seu 
tempo – ninguém vem à existência 
trazendo consigo suas posses. A 
palavra “nu” em hebraico também 
pode ser interpretada por “sem 
nenhuma posse”. Jó tinha cons-
ciência de que quando nasceu 
nada trouxera e de que quando a 
sua morte chegasse, nada leva-
ria. Alguém consciente disso sabe 
que nada neste mundo durará 
21
para sempre. Um dia perderemos 
ou seremos a perda para alguém. 
Algo especial que é dito nessa pe-
quena, porém sábia afirmação de 
Jó, é que tudo o que recebemos 
neste mundo vem de Deus, princi-
palmente quando esse “tudo” está 
relacionado àquilo que Jó perdeu, 
ou seja, filhos, saúde, trabalho, di-
nheiro, posses, terras, etc. 
1 - QUANDO PERDEMOS ALGO OU 
ALGUÉM QUE NOS É PRECIOSO
Jó não perdeu apenas um, mas 
dez filhos! Sete filhos e três filhas. 
Jó também amava seus dez filhos e 
se preocupava dia e noite (e de ma-
drugada – Jó 1.5) com eles. O verso 
5 do primeiro capítulo revela a preo-
cupação de Jó com a santidade de 
seus filhos. Jó era alguém que tinha 
uma preocupação espiritual com a 
vida de seus filhos e orava cons-
tantemente por eles. Esses filhos e 
filhas cresceram vendo a piedade 
de seu pai. Jó tinha uma bela fa-
mília, boa saúde e muitas posses. 
Além de tudo, “era homem íntegro e 
justo” (Jó 1.1). Em Jó 1:8, Deus diz: 
“Não há ninguém na terra como ele, 
irrepreensível, íntegro, homem que 
teme a Deus e evita o mal”. Poucas 
vezes Deus fala coisas assim sobre 
um homem na Bíblia. Não existe 
testemunho mais perfeito do que 
aquele que vem do próprio Deus. 
Para muitos, Jó não merecia 
nenhum mal, muito menos sofrer 
doenças por conta de mazelas em 
sua vida. Ele não merecia, mas foi 
uma espécie de prova estabelecida 
entre Deus e o Diabo, em que o ini-
migo queria provar para Deus que 
Jó só era fiel porque tinha uma vida 
bastante confortável. Deus então 
permitiu que Jó passasse pela pro-
va autorizando o diabo a tirar tudo 
de Jó, menos sua vida. Em menos 
de vinte e quatro horas ele per-
deu tudo. Os dez filhos morreram 
quando um vento derrubou a casa 
em que estavam. Depois foram-se 
os bens, posses, animais e funcio-
nários. Até sua saúde foi afetada. 
Tumores abertos, cheios de pus, 
cobriam seu corpo, com insetos 
zanzando por eles (Jó 2.7).
2 - A ANSIEDADE DA MULHER DE JÓ
Sua mulher, vendo tudo isso, o 
incentivou a blasfemar contra Deus, 
e depois morrer (Jó 2.9). A mulher 
de Jó, cujo nome não conhecemos, 
estava com seu coração comple-
tamente despedaçado. Ela não é 
diferente de muitos de nós, que, 
quando perdemos algo precioso, 
também fazemos questionamen-
tos. E, quando não encontramos 
respostas às nossas perguntas, 
reclamamos até mesmo de Deus, 
que, supostamente, não nos acudiu 
nos momentos necessários. 
Como você acha que estava o 
coração da mulher de Jó naquela 
hora? Ela viu o marido perdendo 
tudo: os filhos (que eram dela tam-
bém – que ela gerou, alimentou, 
criou e dos quais cuidou), todos os 
bens que possuía, toda a fonte de 
renda e de provisão – em um úni-
22
co dia! É muito natural que nessas 
horas se questione a fé. O quadro 
de sua família se tornou bastante 
instável. Qualquer incerteza ou im-
previsibilidade é um gatilho para a 
ansiedade e não foi diferente com 
a mulher de Jó. Pedir para Jó blas-
femar contra Deus e depois morrer 
torna visível a sua dor e é um claro 
sintoma de ansiedade.
3 - A DEPRESSÃO DE JÓ
A depressão pode ser entendida 
a partir de alguns sintomas, como, 
por exemplo: tristeza; humor depri-
mido, que se caracteriza por desâni-
mo persistente, baixa autoestima e 
sentimentos de inutilidade; perda de 
interesse em atividades que antes a 
pessoa apreciava; perda do interes-
se pela vida. Embora Jó mantivesse 
sua fidelidade a Deus durante toda 
a sua vida, ele ainda lutava profun-
damente através das trincheiras da 
dor: “Por que não morri eu desde 
a madre? E em saindo do ventre, 
não expirei?” (Jó 3.11); “A minha 
alma tem tédio da minha vida; darei 
livre curso à minha queixa, falarei 
na amargura da minha alma” (Jó 
10.1); “Não sou capaz de me ajudar 
a mim mesmo, e não há ninguém 
que me socorra” (Jó 6.13); “O meu 
coração está cheio de amargura” 
(Jó 7.11). “Detesto a vida; não que-
ro mais viver (...) minha vida não 
vale mais a pena” (Jó 7.16); “Ago-
ra já não tenho vontade de viver; o 
desespero tomou conta de mim” (Jó 
30.16); “O meu coração está agita-
do e não descansa (...) levo uma 
vida triste, como um dia sem sol” 
(Jó 30.27-28). As perdas para Jó fo-
ram severas demais. Não podemos 
estranhar tais palavras. Muitos, por 
muito menos, disseram palavras 
semelhantes ou até piores. 
4 - A IMPORTÂNCIA DA FÉ EM 
DEUS NAS PERDAS DE JÓ
Com Jó aprendemos que ficar 
levantando questionamentos não 
é um exercício muito eficaz para 
o coração. Jó só começou a lidar 
bem com as suas perdas quando 
deixou de questionar (Jó 38) e pas-
sou a orar por seus amigos. Apren-
demos, por exemplo, que ficar per-
guntando: “Por que, Senhor, perdi 
meu emprego? Por que fiquei en-
fermo? Por que fui assaltado? Por 
que essa tragédia me aconteceu?” 
e outras mais não vai nos ajudar 
a encontrar respostas que certa-
mente não as teremos nunca na 
vida. Para os homens e mulheres 
de fé cabe bem afirmar: “O Senhor 
deu, o Senhor levou; bendito seja o 
nome do Senhor”. 
A atitude de questionar é típica 
do homem, que acha que pode ter 
o controle e a ciência de tudo o que 
acontece no mundo. Nem sempre 
obteremos todas as respostas. Exi-
gi-las apenas revela nosso coração 
indisposto para descansar na bon-
dade e no poder de Deus. 
Com Jó aprendemos que, mes-
mo sendo pessoas que procuram 
fazer a vontade de Deus em tudo, 
somos pequenos, incapazes de 
23
entender tudo o que se passa na 
mente de Deus. Haverá eventos 
que não compreenderemos. Jamais 
alcançaremos respostas para tudo 
o que Ele faz em nossa vida, es-
pecialmente em relação às nossas 
perdas. Por isso, devemos descan-
sar na certeza de que tudo coopera 
para o bem daqueles que amam a 
Deus, mesmo que essa coisa se 
apresente como uma derrota. Se 
você o ama, descanse! Não há ou-
tra opção. 
Não entendemos a forma de 
Deus agir, principalmente quan-
do perdemos algo que nos é tão 
precioso. Nossa impressão é que 
Deus não sabia ou não pôde fazer 
nada. O fato é que nenhum passa-
rinho cai em terra sem o consenti-
mento de Deus (Mt 10.29). Cremos, 
nas horas mais difíceis, que Deus 
está no controle e que é bondoso 
para nos ajudar a darmos glória a 
Deus por tudo, assim como Jó fez. 
Talvez você não consiga dar glória 
no momento mais forte da dor, mas 
a certeza dessas verdades sobre 
Deus lhe dará a paz de que, um 
dia, ainda que seja no céu, você 
lhe dará glória por tudo. Deus quer 
sustentar você! 
PARA PENSAR E AGIR:
Quando lemos a história de Jó, 
conhecemos um homem muito 
abençoado por Deus. O Senhor deu 
a ele muitas coisas, mesmo antes 
de toda a tragédia invadir sua vida. 
Agora, pensando em você, quais 
são as coisasmais especiais que 
Deus tem feito em sua vida? Pense 
um pouco e escreva, se for possí-
vel. Você consegue imaginar se o 
Senhor não lhe tivesse dado nada 
disso, como seria? Porém, se Ele ti-
rasse de você essas bênçãos pelas 
quais você orou e que tanta alegria 
lhe trouxeram, o que você diria ao 
Senhor?
Você alguma vez já pensou na 
possiblidade de perder pessoas 
queridas ou coisas valiosas? Você 
se sente preparado para isso? Sai-
ba que este exercício é importante 
para a sua estrutura emocional. 
Nada é para sempre a não ser a 
vida eterna em Jesus. Mesmo não 
querendo ser fatalista, tudo pode 
acontecer na vida de um cristão, 
seja ele o mais consagrado. Se 
estivermos bem conscientes de 
que tudo vem do Senhor, pertence 
verdadeiramente a Ele e está sob 
o seu total controle, teremos rea-
ções naturais diante das perdas, 
porém estaremos firmes para con-
tinuarmos a vida sem quaisquer 
transtornos.
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Romanos 8: 31-39
Terça: Jó 1.1-12 
Quarta: Jó 1.13-22
Quinta: Jó 2.1-5
Sexta: Jó 2.6-10
Sábado: Salmos 13 
Domingo: Salmos 18.1-6
24
A ANSIEDADE E A DEPRESSÃO 
POR CONTA DA OPOSIÇÃO E 
MURMURAÇÃO
Experiências na vida de Moisés – Quando a oposição e a 
murmuração nos derrubam
LIÇÃO 4
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Números 11.15
A depressão e a ansiedade 
que resulta do fracasso, da frustra-
ção e da oposição têm-se tornado 
muito comum nos nossos dias. Há 
muitas pessoas frustradas com 
um futuro desconforme do que 
sonharam ou com um casamento 
diferente do que planejou. Além 
da frustração em tantas áreas da 
vida, em muitas ocasiões, as pes-
soas têm encontrado oposição ou 
pressão. Pressões internas e ex-
ternas, oposição nos estudos, no 
trabalho, dentro das famílias, nas 
Igrejas, etc. A consequência do 
mundo competitivo e exigente em 
que vivemos é o surgimento em 
número cada vez maior de almas 
cansadas e até mesmo doentes 
por não saberem como lidar ou 
agir em tais situações. 
Por várias vezes nos vemos 
correndo para dar conta de todas 
as demandas que nos chegam e, 
quando não conseguimos, somos 
pressionados por todos os lados. 
Por várias vezes somos vistos 
com expectativas altíssimas e, 
quando não as atendemos, somos 
cobrados direta ou indiretamente. 
Assim podemos imaginar a vida 
de Moisés, o grande líder israeli-
ta, que, usado por Deus, condu-
ziu o povo da escravidão do Egi-
to em direção à Terra Prometida. 
Em certo momento, Moisés teve a 
seguinte conversa com Deus rela-
tada no texto que se encontra em 
Números 11.10-15 (leia).
Nessa passagem, a reação de 
Moisés diante da pressão que so-
fria por parte do povo foi questio-
25
nar o Senhor. É uma reação muito 
comum questionar Deus em situa-
ções difíceis. Moisés queria saber 
por que o Senhor estava trazendo 
todo aquele sofrimento sobre ele. 
Seu argumento baseava-se no fato 
de que o Senhor era o Criador de 
Israel, e não ele. Desse modo, Moi-
sés não poderia carregar a respon-
sabilidade sobre si e simplesmente 
disse: “se o Senhor não lhes res-
ponder e não lhes carregar o fardo, 
que o Senhor me mate!”. 
No verso 15, podemos ter uma 
noção de como estava o coração 
de Moisés. Ele é imperativo ao dizer 
“mata-me agora”. A ideia é que tra-
ta-se de algo que o escritor deseja-
va muito, com convicção. Esse não 
foi apenas um breve momento de 
tristeza, mas um momento de gran-
de estresse causado pela pressão 
sobre a mente de Moisés. Sua res-
ponsabilidade exigia tomadas de 
decisão que estavam além de sua 
capacidade. Ele então se sentiu im-
potente, incapaz e pequeno diante 
da grandeza do que lhe era exigido. 
Assim, para que Moisés encontras-
se paz, seria necessário ter o poder 
e a capacidade de solucionar as 
exigências de todo o povo, sacian-
do-lhes o desejo por carne e outros 
alimentos. Obviamente, Moisés não 
tinha o que fazer. Só um milagre 
poderia trazer ao povo aquilo que 
desejava. Diante de tanta pressão, 
externa e interna, Moisés chegou 
a um nível de cansaço tão grande 
que desejou a própria morte. 
Temos que tomar muito cuidado 
com esse tipo de desejo. É bem ver-
dade que a maioria das pessoas, 
vivendo uma situação muito difícil, 
sob pressão, já tenha desejado 
morrer. Só que para muitos foi ape-
nas por um curtíssimo tempo, uma 
espécie de desabafo. A questão se 
agrava quando esse desejo não sai 
mais da mente e do coração. Um 
dos sintomas da depressão é exa-
tamente este: o desejo de morrer! 
 
1 - A MURMURAÇÃO PRESSIONA 
E ADOECE 
Não pense que a murmuração do 
povo era contra Moisés. Era contra 
o próprio Deus! Assim foi interpre-
tado pelo salmista: “Falaram contra 
Deus, dizendo: Pode, acaso, Deus 
preparar-nos mesa no deserto?” 
(Sl 78.19). Liderar ou conviver com 
pessoas que só sabem murmurar 
é por demais exaustivo. Tudo isso 
estava deixando Moisés cansado 
demais. Mesmo sendo contra Deus, 
Moisés absorvia todas as falas ad-
mitindo, assim, que as pessoas es-
tavam se levantando contra ele. 
O povo não entendia os proces-
sos de Deus e, por isso, afirmava 
que as providências estavam de-
morando demais. Embora a corre-
ção divina estivesse por vir sobre os 
filhos de Israel, não foi de imediato 
que o Senhor manifestou sua disci-
plina sobre seu povo. Pacientemen-
te, Deus aguardou o momento que 
julgou como certo. Houve tempo 
para que o povo se arrependesse 
e voltasse para o Senhor com uma 
26
atitude grata, mas infelizmente isso 
não aconteceu. O que houve foi um 
grupo muito grande de pessoas 
com um coração cada vez mais re-
clamador. Gente que só sabe pro-
testar é gente que pesa o ambiente, 
que faz da convivência um martírio 
e isso, com o passar do tempo, gera 
enfermidade.
2 - PRESSÃO E OPRESSÃO 
DESTE TEMPO
Moisés foi chamado para con-
duzir o povo e começou a ter mui-
tos problemas quando boa parte o 
procurou para reivindicar comida e 
água, confortos que tinham no Egito 
e faltavam durante a peregrinação. 
A grande questão é que não era 
um protesto pontual, ou seja, algo 
raro de se acontecer. Moisés não 
chegaria a tal nível de esgotamento 
se essa demanda não tivesse sido 
constante, crescente e imoral. Ele 
chegou a um ponto no qual muitos 
de nós também pode chegar. 
Talvez você já tenha experi-
mentado ou experimenta coisa se-
melhante neste momento. Temos 
nossas fragilidades e é por isso que 
estamos suscetíveis, durante todo 
o tempo, a nos abater emocional-
mente e espiritualmente. Se não há 
uma mão que nos apoie, cairemos 
com muita probabilidade. 
O que nos separa de transtor-
nos causados pelas aflições advin-
das das pressões do dia a dia é o 
cuidado de Deus, aliado à nossa 
lembrança diária de que estamos 
em suas mãos. Se todos os que es-
tão no limiar de um surto psicótico 
por causa de tanta pressão seguis-
sem os mesmos passos de Moisés, 
como descritos em Números 11.16 
e 17, seguramente conseguiriam 
sair da melhor maneira dos mo-
mentos difíceis. 
Você não é diferente de Moi-
sés! Não pense que ele foi 
alguém diferente, que tinha forças 
sobrenaturais, paciência de outro 
mundo, a mansidão de um cordei-
ro. Por ter a mesma estrutura que 
nós, Moisés acreditou numa possi-
bilidade sob pressão. Ele desejou a 
própria morte. 
Histórias de pessoas com trans-
tornos de ansiedade ou em depres-
são por conta de pressão no traba-
lho ou de opressão diante de metas 
exigidas crescem a cada dia. Opres-
são que chega de fontes humanas, 
da sociedade, da moda, dos che-
fes, do cônjuge, dos amigos, das 
pessoas que geram expectativas a 
nosso respeito que não podem ser 
alcançadas sem que cheguemos 
ao ponto da (quase) exaustão. 
Um exemplo bem peculiar é a es-
tética. Uma atriz brasileira expôs um 
problema que estava atravessando 
através de uma reportagem, tudo 
por conta “apenas” do seu aumen-
to de peso nos últimos meses. Ela 
contou o quanto estava sendo hu-
milhada, ofendida e cobrada porque 
não estava mais magra como an-
tes. Seus seguidores não paravam 
de reclamar da sua aparência. Sua 
estrutura psicológica ficou extrema-
mente abalada. Entre nós, temosos 
27
casos de pastores que, por conta 
das muitas demandas que as igre-
jas impõem, acabam adoecendo. 
A grande questão é que a in-
satisfação gera pressão e, se não 
soubermos lidar com isso, os nos-
sos dias acabam sendo os piores 
da nossa existência.
 3 - O EXEMPLO DE MOISÉS 
PARA HOJE 
Assim como aconteceu com 
Moisés, muitos estão em depres-
são por conta da oposição que lhes 
fazem no trabalho, na escola e até 
mesmo na família. E quando essa 
oposição se junta aos fracassos da 
caminhada, nasce uma tristeza di-
fícil de passar. No caso de Moisés, 
essa tristeza passou. Mas por que 
passou? Sabemos, através da Bí-
blia, que ele se aproximou de Deus 
na hora de seu desespero. Ele reco-
nheceu sua completa incapacidade 
de sair daquela situação sozinho. 
Ele reconheceu que Deus era sufi-
ciente para ele e derramou seu co-
ração diante d’Aquele que o livraria 
da depressão. Ele foi sincero com 
Deus. E Deus o livrou! 
A partir do verso 16, vemos o 
Senhor falando a Moisés, ajudan-
do-o a entender o que deveria fazer 
para sair daquela situação. Moisés 
ouviu atentamente o que Deus o 
aconselhara fazer. Os conselhos do 
Senhor eram a chave para o fim da-
quela angústia. Por fim, vemos que 
Moisés fez o que Deus lhe dissera, 
e a orientação do Senhor o salvou 
completamente de sua depressão. 
Embora pareça simples, a atitu-
de de Moisés o salvou quando ele 
desejava a própria morte. Sob pres-
são e grande tristeza, Moisés bus-
cou o Senhor, ouviu sua Palavra, 
fez tudo conforme ordenado e, por 
isso, a aflição acabou.
PARA PENSAR E AGIR:
OPOSIÇÃO E MURMURAÇÃO
É preciso ter consciência de que 
será mais comum do que se imagina 
enfrentar oposições e murmurações. 
Ninguém está livre delas. O maior 
desafio é reagir de forma saudável 
tanto emocional quanto espiritual-
mente. Saber responder a essas 
demandas é fundamental. 
Algumas perguntas são pertinen-
tes: Como você normalmente reage 
à oposição e reclamações? Ao ou-
vir as orientações de Deus, você as 
obedece? Saiba que reagir bem, 
buscando a Deus e seus conselhos, 
enfrentando as situações, buscando 
ajuda com as pessoas certas há de 
te ajudar a não sofrer com a ansie-
dade e com a depressão.
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Números 11.1-8
Terça: Números 11.9-17 
Quarta: Filipenses 2.14-15
Quinta: 1Coríntios 10.9-11
Sexta: Tiago 3.3-6
Sábado: 1Pedro 2.1-5 
Domingo: Provérbios 18.21
28
A DEPRESSÃO POR CONTA 
DA CULPA
Experiências na vida de Davi – Quando a culpa 
nos derruba
LIÇÃO 5
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Salmos 38.8
A culpa é um dos sentimentos 
mais destruidores da alma de uma 
pessoa. Dela pode vir muito so-
frimento, a ponto de se deflagrar 
uma depressão. Alguns sintomas 
relacionados a esse caso são 
encontrados no relato que o Rei 
Davi faz no Salmo 38: algo que o 
deixava muito abatido, encurva-
do e choroso o dia todo. Até seu 
corpo ficou doente. Ele descreve 
o estado de seu coração como 
“profundamente abatido e desani-
mado” para tudo; que seu coração 
vivia “aflito”; e, para piorar a situa-
ção, até seu corpo doía, e ele fica-
va “gemendo de dor”. Ele sofria no 
corpo e na alma. 
No verso 3, Davi diz que seu 
corpo todo estava doente e que ele 
sentia dores por toda a parte: “... 
estou muito doente. O meu corpo 
todo está enfermo...”. Em seu so-
frimento físico, Davi relata: “Tenho 
feridas que cheiram mal e apodre-
cem” (v.5). Pode-se imaginar que 
sua doença estava lhe trazendo 
febre e inflamações. Seu corpo es-
tava muito mal. Seus olhos, fracos 
e cheios de lágrimas. Que Depres-
são! Davi chorava o dia todo! Sem 
dúvida, esse santo homem de 
Deus conheceu as regiões mais 
profundas e sombrias da depres-
são humana. A despeito de tudo o 
que se sabe sobre ele, Davi era um 
homem frágil como nós. 
29
1 - O QUE LEVOU DAVI 
À DEPRESSÃO? 
O próprio Davi nos informa o que 
o levou a essa situação. No verso 3, 
ele diz: “Não há saúde nos meus os-
sos, por causa do meu pecado”. No 
verso 4, ele aprofunda sua confis-
são: “as minhas culpas me afogam”. 
Em meio a todo esse abatimento do 
corpo e da alma, Davi reconhece 
que sua depressão era por causa 
de uma culpa, de pecados não con-
fessados e não abandonados. Em 
várias ocasiões, Davi enfrentou a 
luta contra a ansiedade e a depres-
são. E na maioria, conseguiu deitar 
e dormir em paz, na certeza de que 
o Senhor estava no controle, não 
havendo motivos para se desespe-
rar (Sl 3.5; 4.8). Mas, sem dúvida, 
houve momentos em que Davi não 
agiu como deveria. E o caso anali-
sado nessa passagem é um deles. 
Embora nem toda depressão 
e ansiedade seja fruto de pecado, 
algumas são e não podemos dei-
xar de considerar isso. Biblicamen-
te, não há como negar que alguns 
pecados podem nos levar a esse 
estado. Esse foi o caso de Davi. A 
razão da depressão desse perso-
nagem foi o pecado não confessa-
do e tratado. Essa experiência de 
Davi é importante para nos mostrar 
o quanto podemos ser afetados fisi-
camente por algo que não é físico.
2 - DEPRESSÃO X PECADO
É bom que se tenha a consciên-
cia de que nem toda depressão é 
fruto da culpa ou de pecados não tra-
tados. Todavia, podemos observar 
que, se relutamos em abandoná-los 
e confessá-los, seremos sérios can-
didatos a passar pelo que Davi pas-
sou. Adultérios, iras, polarizações, 
gritarias, blasfêmias, assassinatos, 
mentiras e traições (isso para dar 
apenas alguns exemplos), quando 
enchem a vida de um cristão ou não 
cristão, têm poder destruidor sobre 
o indivíduo e sua família. Uma vez 
consciente do erro cometido, se não 
houver um bom trabalho de restau-
ração, a pessoa certamente sofrerá 
muito com a culpa.
Tiago, em sua pequena carta, 
nos apresenta numa rápida descri-
ção a forma como o pecado é con-
cebido e suas consequências para 
o corpo e a alma: “Quando alguém 
for tentado, jamais deverá dizer: 
“Estou sendo tentado por Deus”. 
Pois Deus não pode ser tentado 
pelo mal, e a ninguém tenta. Cada 
um, porém, é tentado pela própria 
cobiça, sendo por esta arrastado 
e seduzido. Então a cobiça, tendo 
engravidado, dá à luz o pecado; e 
o pecado, após ter-se consumado, 
gera a morte” (Tg 1.13-15). Para 
Tiago, a tentação que dá à luz ao 
pecado vem de nós, somente de 
nós. Não temos como responsabili-
zar ninguém, apenas nossa cobiça, 
que nos seduz, alimenta a luxúria 
interior de cada um, engravida e dá 
à luz ao pecado, que nasce, cresce, 
fica adulto e se transforma num ter-
rível assassino. 
O pecado continua sendo o 
grande problema do ser humano, 
30
especialmente quando o homem 
se encontra insensível e nada rea-
tivo. Aquilo que, segundo a Bíblia é 
um erro fatal, pode ser visto como 
virtude: ambição, ganância, vaida-
de, promiscuidade e consumo de-
senfreado são valores em alta. 
Com o avanço da sociedade, o 
pecado deixou de ser uma ameaça 
para ser uma fonte enganosa de 
prazer e realização. O hedonismo, 
consumismo e egoísmo passaram 
a ser os “ismos” mais encontrados 
entre as pessoas. Só que o pecado, 
como diz Tiago, não gera outra coi-
sa senão a morte e coloca em risco 
a pessoa, a família e a sociedade. 
A dor da culpa que Davi sentiu por 
ter ofendido a Deus e ao próximo, 
revela um pedaço dessa “morte” 
descrita no texto. Faz da pessoa um 
morto vivo. 
A culpa oriunda do pecado pode 
produzir essa angústia existencial 
chamada depressão. Algumas pes-
soas chegam ao ponto de pecarem 
tanto em determinadas áreas da 
vida que têm suas mentes e cora-
ções cauterizados por essa prática. 
Nossa alma pode ficar cauterizada 
diante de um pecado, caso o esteja-
mos cometendo regularmente sem 
o confessarmos e abandonarmos. 
Se assim vivermos, chegará um mo-
mento em que não notaremos mais 
quando estivermos pecando. Aquilo 
se terá tornado algo tão normal em 
nossa vida que, ao cometermos, agi-
remos naturalmente como se nada 
de errado estivesse acontecendo. 
A insensibilidade ao Espírito 
não é uma realidade apenas da-
queles que não conhecem a Deus 
e nunca tiveram um encontro com 
Cristo. Antes, é uma realidade pos-
sível a todas aspessoas, inclusive 
aos crentes. O arrependimento não 
deve ser uma resposta a Deus ape-
nas no momento de nossa conver-
são, mas algo que nos acompanhe 
durante toda a vida. Sem arrepen-
dimento contínuo, não há sinais 
claros de transformação, além de 
a pessoa ser forte candidata a uma 
depressão semelhante à de Davi. 
 3 - COMO EVITAR ESSA 
DEPRESSÃO?
No Salmo 32.1-5 Davi escreve 
um texto maravilhoso para essa 
questão, especialmente no verso 5, 
quando ele revela a saída para tan-
to sofrimento causado pelo pecado. 
Aprendemos que a confissão do 
erro, o reconhecimento da falha, o 
entendimento dos prejuízos e o de-
sejo de abandonar as práticas erra-
das são as providências mais per-
tinentes para evitarmos a culpa e, 
consequentemente, a ansiedade e 
a depressão que dela podem surgir. 
Ninguém está impedido de pe-
car, fato que se configura num gran-
de problema que inevitavelmente 
enfrentamos. A preocupação está 
em como vamos reagir às falhas 
que cometemos diante de Deus. 
Davi aprendeu que reconhecê-las e 
confessá-las promove saúde espiri-
tual e emocional.
31
4 - A GRAÇA DE DEUS
Precisamos ter a percepção 
correta da graça de Deus. Existem 
dois extremos perigosos: de um 
lado, existem pessoas que acredi-
tam e ensinam que Deus é impla-
cável para com o pecador, a ponto 
de não aceitar qualquer dos seus 
erros; um Deus sempre disposto a 
castigar e maltratar todos os deso-
bedientes sem qualquer misericór-
dia. Do outro, aqueles que admitem 
viver de qualquer maneira, sem ne-
nhum compromisso com a santida-
de, tudo porque basta “confessar” 
o pecado que Deus perdoa, afinal, 
estamos no tempo da Graça. Preci-
samos compreender que esses ex-
tremos em nada expressam a Gra-
ça do nosso Deus. Davi nos mostra 
exatamente como deve ser. 
O pecado gera dor, doença na 
alma e não podemos conviver com 
isso por muito tempo. É importante 
confidenciá-lo a Deus, sabedores 
do seu perdão. Isso retira de nós a 
culpa. Por mais que não sejamos 
isentos das consequências dos 
nossos erros, o perdão de Deus é 
certo para aquele que reconhece o 
seu erro e pede perdão a Ele. Sua 
alma é restaurada, Deus a alimenta 
com sua Graça e faz o indivíduo se 
livrar do desejo de morrer. 
PARA PENSAR E AGIR:
Esse é um caso de depressão 
bem peculiar. Perceba que o peca-
do de Davi resultou numa tristeza 
tão grande que ele adoeceu a ponto 
de seu corpo sentir dores terríveis, 
aquilo que se chama doença psi-
cossomática. As doenças psicosso-
máticas estão relacionadas às emo-
ções, sentimentos e pensamentos 
que podem estar em desequilíbrio 
por diversos fatores, como traumas 
não superados e estresse. Esse 
tipo de problema acaba se manifes-
tando também no corpo, por meio 
de dores e doenças físicas.
Logicamente que nem todas 
doenças são psicossomáticas, mas 
é possível que alguma doença fí-
sica tenha origem no emocional e/
ou espiritual. Os remédios poderão 
ajudar, mas é preciso buscar outras 
maneiras de tratar.
Cuide de sua vida! Pense se 
não existem práticas pecaminosas 
cauterizadas. Não se trata de adul-
tério ou assassinato apenas. Muitas 
outras reações “menos graves” aos 
seus olhos podem estar adoecendo 
sua alma. 
Cuidado com a culpa! Satanás é 
o acusador e sempre vai se apro-
veitar dessa situação para te dei-
xar mais doente ainda, a ponto de 
chegar na depressão. Confesse seu 
pecado ao Senhor, acredite no seu 
perdão e viva saudável, amando a 
vida e o seu Deus!
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Salmos 38.1-10
Terça: Salmos 38.11-22 
Quarta: Salmos 32
Quinta: 1Coríntios 7.1-10
Sexta: 1João 1.1-9
Sábado: Salmos 130 
Domingo: Salmos 51.15-17
32
A DEPRESSÃO POR CONTA DOS 
PRAZERES, RIQUEZA E FAMA
Experiências de Salomão – Quando o prazer, o dinheiro 
e a fama não satisfazem
LIÇÃO 6
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Eclesiastes 2.1-11
Todos nós, de alguma forma, 
acreditamos que a felicidade pode 
ser encontrada no dinheiro ou nos 
prazeres. Embora não admitamos, 
vamos atrás de prosperidade e 
conforto para encontrar alegria. É 
difícil encontrar alguém que não 
gostaria de ter um pouco mais de 
dinheiro por acreditar que assim 
seria mais feliz. Da mesma forma, 
se adquirisse aquele carro, aquela 
casa, aquele corpo, aquela viagem 
ou aquele bem. O problema é que 
muitas pessoas sofrem com isso.
O descontentamento é um 
grande causador de sofrimento e 
doenças emocionais e espirituais. 
Nesta lição, vamos refletir sobre a 
vida de um homem muitíssimo rico 
que, após dar a si mesmo tudo o 
que seu corpo e seus olhos dese-
jaram, chegou à conclusão de que 
prazeres, fama e riquezas não tra-
zem a verdadeira felicidade. Pelo 
contrário, trazem tristeza – e uma 
tristeza profunda! 
1 - SALOMÃO POSSUIU TUDO 
O QUE QUIS. 
No texto de Eclesiastes 2.1-11, 
Salomão pergunta a si mesmo se 
a luxúria e os demais prazeres 
mencionados geram verdadeira-
mente vida no coração humano. 
Embora essas atividades, em 
sua maioria, fossem moralmente 
aceitas em seu tempo, eram, sem 
dúvida, ruins aos olhos de Deus. 
Toda a busca de Salomão revelou-
-se inútil e vazia. No final de toda a 
busca por prazer, Salomão encon-
trou apenas o vazio. 
No verso 1, ele se convida a 
experimentar as “coisas boas da 
vida”, só para ver no que isso iria 
33
dar. No verso 2, Salomão já come-
ça suas conclusões antes mesmo 
de dar seu testemunho pessoal no 
verso 11. Sua conclusão é que as 
alegrias e os prazeres deste mun-
do, além de nada valerem, são lou-
cura. Vamos ver o porquê: 
1) No versículo 3, Salomão se 
lança aos vinhos e às extravagân-
cias (sem limites para nada); 
2) No versículo 4, lança-se à 
grandes projetos, constrói muitas 
casas e vinhas para si;
3) No versículo 5, conta que criou 
um jardim que, de tão grande, con-
tinha todo e qualquer tipo de árvore 
frutífera. Lembre-se de que, a essa 
altura da história da humanidade, 
a construção de jardins e pomares 
era um sinal de muita riqueza;
4) No versículo 6, Salomão 
constrói gigantescos reservatórios 
de água para irrigar todos os seus 
jardins e plantações;
5) No versículo 7, compra escra-
vos e escravas para fazerem todo o 
serviço para ele; e, além dessa ter-
rível “aquisição”, Salomão compra 
tantos bois e ovelhas que, nunca 
antes dele, alguém em Jerusalém 
possuiu tantos animais;
6) No versículo 8, Salomão vai 
atrás de ouro e prata. A Bíblia diz 
que ele foi o homem mais rico de 
seu tempo, que se vestia com es-
plendor e que possuía dinheiro o 
suficiente para comprar tudo o que 
desejasse. Segundo Jesus, em Ma-
teus 6.29, a glória de Salomão foi 
extraordinária. No mesmo verso, 
ele conta que comprou “cantores 
e cantoras”, além de um harém, “a 
delícia dos homens” – em suas pa-
lavras, para se deliciar em prazeres. 
7) No versículo 9, ele nos diz 
que reuniu toda a fama que preten-
deu ter. Nunca um rei de Israel foi 
tão famoso no mundo quanto ele. 
8) No versículo 10, ele conclui 
dizendo que nada que seus olhos 
tivessem desejado, ele os negou. 
Tudo o que seu coração desejou, 
ele teve; satisfez todos os desejos 
de seu coração, desfrutou de toda 
forma de prazeres. Salomão teve 
tudo o que quis. 
Tente imaginar o que isso signifi-
caria para uma pessoa. Alguém po-
deria dizer, qual o problema? Não 
é exatamente isso que a maioria 
das pessoas procura na vida? Uma 
boa pergunta é: Será que Salomão 
terminou sua vida como um homem 
feliz e realizado? A resposta é: não! 
No verso 11, ele conclui: “Contudo, 
quando avaliei tudo o que as mi-
nhas mãos haviam feito e o traba-
lho que eu tanto me esforçara para 
realizar, percebi que tudo foi inútil, 
foi correr atrás do vento; não há ne-
nhum proveito no que se faz debai-
xo do sol” (Ec 2.11).
2 - RIQUEZA E FELICIDADE 
SIGNIFICAM A MESMA COISA? 
A grande conclusão a que Sa-
lomão chega é que a riqueza pela 
riqueza, o prazer pelo prazer e o 
sucesso pelo sucesso, é loucura, 
algo inútil e sem proveito. Por que 
34
Salomão entra nessa “crise exis-
tencial depressiva” no Livro de 
Eclesiastes, não vendo mais razão 
para avida, não vendo mais senti-
do em nada do que se faz “debaixo 
do sol”? A razão é que até mesmo 
as riquezas e os prazeres não têm 
poder suficiente para alegrar e re-
solver o “problema” do ser humano. 
Riquezas e prazeres só distraem, 
mas efetivamente não conseguem 
plenificar o homem.
2.1 - Ricos e famosos deste tempo 
e seus quadros de depressão.
“Apesar de tudo de bom que 
vem acontecendo comigo, de tudo 
que já conquistei, eu me sinto há al-
guns anos triste”. Essa é a frase de 
um comediante e youtuber muito fa-
moso. Chega a ser intrigante o seu 
relato, pois, na teoria, ele deveria 
ser a pessoa mais feliz da terra. Re-
pare: “tem acontecido coisas boas 
e muitas conquistas”, segundo ele. 
Isso é tudo o que muita gente dese-
ja para ser feliz. Só que o resultado 
para ele foi a depressão. 
“Há um ano eu enfrentei crise 
de pânico e quadro depressivo. Foi 
o pior momento da minha vida. [...] 
Aprendi muito com o que vivi. Tris-
teza não é doença, mas, quando 
se estende no tempo, pode ser. 
É preciso estar atento à duração 
dela em nós. Há muita ignorância 
no trato com pessoas depressivas. 
É comum escutar que é frescura, 
exagero, falta do que fazer. Quan-
do de fato se trata de um quadro 
depressivo, não, não é. Só quem 
sofre sabe!”. Esse é o relato de um 
Padre muito famoso que também 
se apresenta como cantor. Nem 
a popularidade nem as amizades 
com os famosos foram capazes de 
equilibrar a sua vida.
 “Eu não queria mais estar no 
esporte; eu não queria estar mais 
vivo”. Um pequeno depoimento do 
maior nadador da história, dono de 
nada menos do que 28 medalhas 
olímpicas. Ele revela que no período 
de sua depressão, ele ficava de três 
a cinco dias sozinho em seu quarto, 
sem comer, sem dormir direito, to-
mado pela vontade de não viver. O 
curioso aqui é que todo atleta olím-
pico sonha com, pelo menos, uma 
medalha de bronze que seja, seria 
o auge da carreira! Mas não foi as-
sim na vida desse grande campeão. 
2.1 - Não ricos e não famosos 
também ficam deprimidos pelos 
mesmos motivos.
Enquanto para uns é pelo ex-
cesso, para outros é pela ausência, 
mas os motivos são os mesmos. 
Muitos almejam e até perseguem a 
todo custo a fama por acreditarem 
que só assim serão realizados, e 
como ela não chega, ficam amargu-
rados ao extremo. Assim também é 
com o dinheiro. Quantos acreditam 
piamente que a sua vida só terá va-
lor e sentido quando forem milioná-
rios? Nesses casos, a inveja entra 
como se fosse um tempero a mais 
nessa tragédia. A fama e a riqueza 
do outro surgem como uma espada 
encravada no peito. É o desejo de-
senfreado pelo que o outro tem. 
35
Salomão é esse exemplo de 
ser humano que usou e desfrutou 
de todos os prazeres possíveis e 
imagináveis, mas de maneira equi-
vocada. Por causa disso, colheu as 
consequências em pequeno, médio 
e longo prazos. O ponto positivo de 
Eclesiastes 2.11 é que Salomão 
percebeu que o que estava fazendo 
era correr atrás do vento. Ou seja, 
quando desfrutamos dos prazeres 
sem a orientação de Deus, des-
perdiçamos nossa vida, corremos 
atrás do vento.
3 - NOSSA SEDE POR SACIEDADE 
 A alma e o corpo humano pre-
cisam ser saciados. Há uma neces-
sidade inerente a todo ser humano. 
Mas, sem Deus, pensamos que o di-
nheiro é que resolverá todos os nos-
sos problemas. O desejo nasce de 
duas fontes: daquilo que nosso cor-
po pede, ou seja, dos instintos natu-
rais de todos os seres humanos, e 
daquilo que vemos na vida dos ou-
tros. Principalmente por causa des-
sa segunda fonte é que nascem as 
guerras. É dessa mesma fonte que 
também vêm a frustração e a decep-
ção em nossas vidas e famílias. 
3.1 - Como evitar?
Para que todo engano cesse e 
se alcance a paz perfeita, é neces-
sário crer, com todo o coração, que 
Jesus Cristo é o melhor prazer e a 
maior riqueza que um ser humano 
pode encontrar. Pode parecer uma 
solução simplória, mas é a mais 
pura verdade. Não há nada que nos 
falte quando temos a Ele. Ele é o 
tesouro mais precioso, a fonte de 
água que nunca seca, o pão que 
nunca se acaba. Só Ele é capaz de 
nos alimentar a alma diariamente, 
fazendo com que nos sintamos ple-
nos sempre, ainda que nos faltem 
outras coisas que desejamos tanto. 
A fim de encontrar a paz que Sa-
lomão encontrou no final da vida, é 
necessário ter em Deus seu maior 
prazer. Foi exatamente isso que 
Salomão descobriu no final de sua 
caminhada. 
PARA PENSAR E AGIR:
Algumas perguntas são importan-
tes neste momento: qual o papel do 
dinheiro na sua vida e o quanto ele 
é importante para a sua felicidade? 
Que grau de importância a populari-
dade traz para a sua imagem? Do 
que realmente a sua alma precisa? 
Essas são perguntas que pode-
mos também compartilhar com as 
pessoas que amamos e que estão 
próximas. As respostas, uma vez 
bem sinceras, podem apresentar a 
possibilidade ou não do surgimento 
de transtornos emocionais que ge-
ram a depressão.
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Gálatas 5.13-16
Terça: Gálatas 5.17-26 
Quarta: 1João 2.1-6
Quinta: 1João 2.12-17
Sexta: Romanos 7.21-25
Sábado: Romanos 8.1-8 
Domingo: Eclesiastes 2.1-11
36
A DEPRESSÃO POR CONTA DAS 
FRUSTRAÇÕES 
Experiências de Elias – Quando a frustração e o 
desespero nos tiram a vontade de viver
LIÇÃO 7
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: 1Reis 19.1-18
A história de Elias é admirável, 
pois nela encontramos um exce-
lente paralelo entre o que chama-
mos de depressão em nosso tem-
po e o que alguns dos homens de 
Deus viveram na história bíblica. 
Veja o que diz a Palavra de Deus 
em 1Reis 19.1-18. 
Elias era um tesbita que che-
gou onde nenhum outro de sua 
terra jamais havia chegado. Tisbé 
era um vilarejo pequeno e des-
conhecido. Elias, de uma família 
igualmente inexpressiva no con-
texto mundial. Mas foi deste lugar 
e desta família que Deus levantou 
um homem para ser sua boca nos 
dias de Acabe, o pior rei de Israel. 
E foi justamente o rei Acabe que 
contou à sua esposa, Jezabel, 
“filha de Etbaal, rei dos sidônios” 
(1Rs 16.31) tudo o que Elias, o 
tesbita, havia feito aos profetas 
de Baal.
O pai de Jezabel era também 
sacerdote do falso deus Baal em 
Tiro e Sidom. O casamento dela 
com Acabe, rei de Israel, fora uma 
jogada política que serviu para 
ratificar uma aliança entre Tiro e 
Israel. Quando veio morar entre 
os israelitas, Jezabel continuou 
a adorar seu deus, Baal, levando 
consigo vários sacerdotes que, 
uma vez em Israel, atuavam com 
muito afinco, seduzindo quase 
todo o povo a se desviar da Pa-
lavra de Deus. Um dos eventos 
37
mais conhecidos da Bíblia envolveu 
exatamente os profetas de Baal, a 
rainha Jezabel, o rei Acabe e Elias. 
Leia 1Reis 18.36-41. E foi exata-
mente esse evento que Acabe le-
vou ao conhecimento de Jezabel 
(1Rs 19.1). Obviamente, isso trouxe 
grande ira ao seu coração, o que 
acabou levando-a a prometer matar 
Elias em breve. E é aqui que a de-
pressão de Elias parece ter início. 
Havia, sem dúvida alguma, uma 
expectativa no coração de Elias por 
reconhecimento da parte dos reis. 
De alguma maneira, Elias esperou 
que Acabe e Jezabel se curvassem 
diante do poder de Deus e clamas-
sem junto com o povo: “O Senhor é 
Deus!”. Mas não foi isso que acon-
teceu. Em vez de reconhecimento, 
houve promessa de assassinato. 
Jezabel prometeu que faria com 
Elias o mesmo que ele fizera com 
os profetas de seu deus. Aqui, Elias 
enfrenta uma tremenda decepção. 
Quando soube das palavras 
de Jezabel: “Façam-me os deuses 
como lhes aprouver se amanhã a 
estas horas não fizer eu à tua vida 
como fizeste a cada um deles”, 
Elias se levantou e fugiu para Ber-
seba, que ficava em Judá, mais ao 
sul de onde estava. Passou a cami-
nhar pelo deserto, distância de um 
dia, aproximadamente sessenta ou 
setenta quilômetros. Achando um 
zimbro, sentou-se a seus pés. 
O zimbro é uma árvore que 
atinge de um a três metros de altura, 
com folhas curtas e espinhosas que 
raramente caem. Elias descansou 
debaixo de sua sombra enquanto 
pensava em Jezabel e em tudo o 
que havia acontecido. E é aqui que 
Eliasdesenvolve os principais sin-
tomas de sua depressão. Suas pri-
meiras palavras para Deus foram: 
“Basta; toma agora, ó Senhor, a mi-
nha alma, pois não sou melhor do 
que meus pais”, ou seja, mate-me 
agora mesmo, pois sou tão pecador 
quanto todos os que viveram antes 
de mim nesta nação. E, ao dizer 
isso, dormiu, provavelmente muito 
cansado de sua longa viagem. 
1 - O CUIDADO QUALIFICADO 
DE DEUS! 
A primeira reação de Deus para 
com Elias não foi confrontar seu pe-
cado. Deus é sábio e agiu de um 
modo que é a sua marca: amoro-
samente. Diante de qualquer si-
tuação, Deus nunca deixa de agir 
amorosamente e todos precisam 
aprender com Ele a agir assim tam-
bém. Deus enviou um anjo para cui-
dar de Elias. Esse anjo o tocou, o 
chamou para se levantar e comer. 
De fato, não houve confrontação 
de pecado diante da depressão de 
Elias, mas uma demonstração ten-
ra e amorosa de preocupação pelo 
estado físico daquele homem que 
havia caminhado muito sem comer 
nada. Deus cuidou de Elias, permi-
tindo o descanso e enviando-lhe 
boa alimentação. 
Após Elias comer e beber do 
que Deus lhe dera, voltou a dor-
mir. Devia ser grande seu cansaço. 
Mais uma vez, o anjo o tocou e cha-
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mou para se levantar e comer, pois 
ainda teria de percorrer um longo 
caminho. Elias obedeceu à voz de 
Deus, levantou-se, comeu e bebeu. 
Depois disso, Elias, de forma im-
pressionante, prosseguiu em sua 
viagem por mais quarenta dias até 
chegar ao Monte Horebe. 
É interessante notar que, em 
meio à depressão, Deus permitiu 
que Elias parasse, deitasse e não 
deixasse de se alimentar. Se fizes-
se o que estava em seu coração, 
teria deitado debaixo daquele zim-
bro no meio do deserto, a aproxi-
madamente setenta quilômetros de 
Berseba, ficado ali prostrado, defi-
nhando e olhando para o horizonte, 
esperando a morte chegar. 
Após obedecer a tudo o que 
Deus determinou, Elias entrou 
numa das inúmeras cavernas exis-
tentes no Monte Horebe e ali pas-
sou a noite. Ali também ouviu a voz 
de Deus dizendo a ele: “Que fazes 
aqui, Elias?” E sua resposta foi: “Te-
nho sido zeloso pelo Senhor, Deus 
dos Exércitos, porque os filhos de 
Israel deixaram a tua aliança, derri-
baram os teus altares e mataram os 
teus profetas à espada; e eu fiquei 
só, e procuram tirar-me a vida”. Em 
resposta à voz de Deus, Elias apre-
sentou seu lamento. Não foi uma 
murmuração, mas um lamento legí-
timo, uma oração agradável a Deus. 
Seu lamento é pela morte dos pro-
fetas e por sua também. Além dis-
so, o primeiro motivo de tristeza de 
Elias foi o fato de os filhos de Israel 
terem deixado a aliança. 
Elias amava a Deus e confia-
va nEle com todo o seu coração. 
Sua decepção tinha várias razões 
e o Senhor o ouviu com atenção e 
amor, após cuidar dele. 
2 - A RESPOSTA QUALIFICADA 
DE DEUS
 Leia 1Reis 19.11-18. Deus que-
ria se encontrar com Elias e lhe en-
sinar uma lição. “Eis que passava o 
Senhor…”, é assim que o texto co-
meça. Deus não se esconde quando 
um filho passa por angústia. Deus 
se revela! Não foi por meio de fortes 
ventos que batiam contra o Monte 
Horebe, não foi por meio de um po-
deroso terremoto e muito menos por 
meio de uma chama de fogo. Após o 
barulho e a força da natureza (que 
bem poderiam ser a Sua poderosa 
voz) Deus vem e se revela a seu 
modo, através do murmúrio de uma 
brisa suave. Foi assim que o Senhor 
se revelou, na calma, quase no sus-
surro, por meio de sons tranquilos e 
calmos. Elias precisava desse trata-
mento: contato com o próprio Deus, 
alimento apropriado, bom tempo de 
descanso, e a direção que vem dos 
sons tranquilos por meio dos quais 
Deus fala. 
Com Elias, as suas palavras 
são: “Que fazes aqui?”. Elias não 
tem o que dizer, por isso repete 
o que já dissera, conforme 1Reis 
19.14. Deus, então, apresenta-lhe a 
verdade de que ele não estava sozi-
nho: “Conservei em Israel sete mil, 
todos os joelhos que não se dobra-
ram a Baal, e toda boca que o não 
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beijou” (v.18). Além disso, o Senhor 
Deus deu uma tarefa para Elias, or-
denando-lhe que ungisse um novo 
rei na Síria, um novo rei sobre Is-
rael, também um profeta que ficaria 
em seu lugar, pois Deus não ouviria 
seu pedido para morrer. Elias não 
morreria, jamais! O próprio Deus o 
levaria sem experimentar a morte 
para o céu (2Rs 2.11), mas antes 
deveria trabalhar. 
Com essa experiência, apren-
demos que uma depressão nem 
sempre deve ser tratada com con-
frontação. Houve, sim, da parte de 
Deus, a disposição de falar, ajudar, 
orientar, mas não vemos a motiva-
ção para o confrontamento rude e 
duro para com as pessoas. 
Todos as pessoas, assim como 
nós, estão sujeitas a passar por 
situações de frustração, decepção 
e desespero. Muitas são as oca-
siões em que nosso coração tem 
certa expectativa e acaba sendo 
frustrado. A decepção sempre nos 
chateia, e a chateação, se não for 
tratada, leva à depressão. A depres-
são de Elias foi tratada do modo 
como você viu neste estudo. Se a 
depressão chegar em sua vida, 
não se esqueça: ela nem sempre é 
fruto de demônio ou pecado; algu-
mas vezes, é consequência de uma 
doença física. 
Muitos casos de depressão em 
nosso tempo, embora apresentem 
um pano de fundo completamente 
diferente do de Elias, têm os mes-
mos motivos. Se você é amigo de 
alguém que está em depressão, 
aprenda com o Senhor o modo 
como tratá-lo. Vá até ele, não o dei-
xe só. Se for o caso, leve-o ao en-
contro de um especialista. Se acon-
tecer contigo e houver o mínimo de 
forças, não vá para uma “caverna”. 
Procure, sem qualquer constran-
gimento, a ajuda de alguém. Lou-
vemos a Deus por seu modo im-
pressionante de nos ensinar a agir 
diante do sofrimento humano. 
PARA PENSAR E AGIR:
Muitos são os motivos que levam 
as pessoas a pedirem a morte. Por 
mais que pareça algo banal para al-
guns, para quem está sentindo é um 
motivo muito sério e deve ser consi-
derado com muito carinho e paciên-
cia. Nem todos possuem estrutura 
emocional para os revezes da vida. 
Você já viveu alguma experiên-
cia assim? Aproveite essa oportu-
nidade e compartilhe com o grupo. 
Peça que os outros façam o mesmo 
e aproveite para ouvir a história do 
outro com carinho e muita atenção. 
Faça isso em sua classe, mas tam-
bém em casa, no trabalho e com 
quaisquer pessoas que estejam en-
frentando um problema na vida.
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Salmos 30
Terça: Salmos 55.16-23 
Quarta: Salmos 27
Quinta: Filipenses 4.1-13
Sexta: Isaías 55.1-9
Sábado: Isaías 40.28-31 
Domingo: 1Reis 19.1-18
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A DEPRESSÃO POR CONTA 
DO ÓDIO 
Experiências de Jonas – Quando o ódio acaba com 
a nossa sensibilidade
LIÇÃO 8
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Jonas 4.3
Deus mandou que Jonas fosse 
a uma cidade chamada Nínive, a 
capital do Império Assírio. Cente-
nas de milhares de pessoas mo-
ravam lá. Uma cidade grande em 
tamanho e poder. Grande também 
eram os pecados cometidos por 
lá. Tão perniciosos e ofensivos a 
Deus que Ele mandou Jonas pre-
gar aos ninivitas sua destruição 
iminente, caso não se arrependes-
sem. Mas Jonas, em vez de obe-
decer a Deus, embarcou em um 
navio para Társis, no sul da Espa-
nha, ou seja, para muito longe da 
sua missão. 
No meio da viagem, o Senhor 
lançou um forte vento que fez com 
que o mar ficasse tão agitado que 
quase destruiu o barco. Depois de 
os marinheiros terem lançado sor-
te para ver quem estava trazendo 
a ira de seu Deus sobre aquele 
barco, a sorte caiu sobre Jonas. 
Ao perceber que o Senhor estava 
falando com aqueles homens por 
meio dessa excepcional estraté-
gia, Jonas lhes pediu para que o 
lançassem ao mar, mas os mari-
nheiros relutaram em fazer isso. 
Eles se esforçaram para chegar 
em terra firme com Jonas, mas 
não vendo outra alternativa, lan-
çaram-no ao mar. 
Um grande peixe se aproxi-
mou e engoliu Jonas. Na barriga 
do grande peixe, Jonas orou ao 
Senhor e se valeu de alguns ver-
41
sos dos Salmos, expressando sua 
confissão e arrependimento. Após 
orar, o texto bíblico nos diz que 
Deus ouviu sua oração e ordenou 
ao peixe que o vomitasse.

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