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DEFINIÇÃO Apresentação de conceitos da Cinemática, como posição, velocidade, aceleração, Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.), Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.), Movimento Circular Uniforme (M.C.U.) e Movimento Circular Uniformemente Variado (M.C.U.V.). PROPÓSITO Compreender como os conceitos da Cinemática podem ser aplicados em situações cotidianas. PREPARAÇÃO Para lidar com a Mecânica, ramo da Física que está relacionado ao estudo dos movimentos, será necessário ter em mãos uma calculadora científica. Caso não tenha uma, baixe um aplicativo em seu celular, ou utilize a calculadora do seu computador na opção científica. OBJETIVOS MÓDULO 1 Aplicar os conceitos de posição, velocidade, aceleração e tempo à resolução de problemas MÓDULO 2 Interpretar os gráficos das funções horárias MÓDULO 3 Identificar os movimentos retilíneos e suas funções horárias MÓDULO 4 Descrever os movimentos circulares e suas funções horárias INTRODUÇÃO A Mecânica Clássica é o ramo da Física que se dedica ao estudo dos movimentos. Assim, tudo que se encontra nos mundos macroscópico e microscópico ao nosso redor se movimenta de acordo com os princípios da Mecânica Clássica, desde um pequeno grão de areia sendo carregado pelo vento até o movimento de planetas, cometas, asteroides e estrelas. Tudo isso se movimenta de acordo com os princípios da Cinemática, os quais são facilmente explicados e demonstrados pelas Leis de Newton. O estudo da Mecânica Clássica se inicia na Cinemática. Fonte: Nathapol Kongseang / Shutterstock É por meio da Cinemática que aprendemos os conceitos básicos de posição, espaço, tempo, velocidade e aceleração. Veremos que com esses conceitos é possível construir gráficos simples, mas de grande ajuda na análise do movimento de corpos. Apresentaremos as Leis de Newton, a fim de compreender o que rege tais movimentos, e suas análises, para que possamos reconhecer os conceitos envolvidos no movimento de certo corpo ou partícula. Em seguida, daremos continuidade ao estudo de quantidade de movimento, impulso e energia mecânica por meio das colisões. Veremos que esses três conceitos são aplicações diretas das Leis de Newton e, consequentemente, da Cinemática, inicialmente desenvolvida por Galileu Galilei. Então, vamos começar? GALILEU GALILEI Galileu Galilei (1564-1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo que revolucionou a Astronomia através das leis matemáticas que descrevem o movimento dos corpos terrestres. O QUE É A CINEMÁTICA? A Cinemática é o ramo da Física que estuda o movimento de corpos ou partículas, sem referência à massa ou à atuação de forças, ou seja, a Cinemática não se preocupa com as causas naturais que induziram tal movimento. Um corpo em movimento é aquele que apresenta velocidade e, em alguns casos, aceleração. Mas você sabe o que são velocidade e aceleração? Para poder responder a essa pergunta, primeiro teremos que apresentar conceitos que antecedem a velocidade e a aceleração. POSIÇÃO (S) POSIÇÃO UNIDIMENSIONAL Você provavelmente já deve ter ouvido falar que dois ou mais corpos não podem ocupar o mesmo lugar. A esse local que um corpo ou uma partícula ocupa no espaço damos o nome de posição, a qual é representada na Física pela letra . Para introduzir esse conceito, vamos simplificar o nosso espaço e considerá-lo unidimensional (que tem apenas uma dimensão ou é considerado sob uma única dimensão). Para tal, vamos utilizar uma régua, conforme disposto na figura 1. Essa régua é graduada de 0 a 7 e sua unidade de medida é o metro. Agora, observe na figura 1 onde se encontram os pontos amarelo, vermelho, roxo e verde. A partir dessas observações, determinaremos o local ocupado por esses pontos, ou seja, a sua posição. S Figura 1 - Espaço unidimensional com escala em metros. Toda grandeza na Física possui unidade de medida. No caso da posição, o Sistema Internacional de Unidades (SI) define que a unidade de medida padrão é o metro (m), assim, qualquer outra unidade de medida, como centímetro, milímetro, decímetro etc. deve ser convertida para o metro. No caso da régua apresentada na figura 1, a unidade de medida já se encontra em metro, facilitando nossa análise da posição dos pontos amarelo (Samarelo), vermelho (Svermelho), roxo (Sroxo) e verde (Sverde). Podemos observar que o ponto amarelo se encontra sobre a coordenada 1 da nossa régua, logo, dizemos que o ponto amarelo está na posição , ou simplesmente, Samarelo = 1m. De forma análoga aos outros pontos, temos: Svermelho = 7m, 1m Sroxo = 4m e Sverde = 3m. Podemos descrever também suas posições utilizando como artifício a tabela 1: Corpo Posição (m) Amarelo 1 Vermelho 7 Roxo 4 Verde 3 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal. Tabela 1 - Coordenadas de posição dos corpos da figura 1. POSIÇÃO BIDIMENSIONAL Agora, vamos para um plano bidimensional, em que a posição de um corpo é descrita em duas coordenadas. Estamos lidando com um plano cartesiano de eixos e , no qual ambos os eixos medem a unidade de distância, que é representada pelo metro. Para entender melhor, imagine que você está observando, de cima, um tabuleiro de batalha naval, em que a posição é dada por duas coordenadas; na vertical, temos os números de 1 a 10 e, na horizontal, temos as letras de a . No plano cartesiano, vamos observar os pontos: amarelo, vermelho, roxo e verde, como é mostrado abaixo. x y A L Observe que para cada ponto existem duas coordenadas, uma em e a outra em . Como foi dito anteriormente, tanto como se encontram em metros, assim, a posição desses pontos pode ser representada de 3 modos: NOTAÇÃO ESCALAR Samarelo = (B,2)m; Svermelho = (J,9)m; Sroxo = (L,10)m; Sverde = (E,4)m. x y x y Neste modo, temos a notação escalar, na qual a coordenada sempre antecede a coordenada em . Por sua vez, a unidade de medida aparece fora do parêntese. FORMA VETORIAL Samarelo = (Bi + 2j)m; Svermelho = (Ji + 9j)m; Sroxo = (Li + 10j)m; Sverde = (Ei + 4j)m Já aqui, temos a forma vetorial de representação, por meio da qual representamos as coordenadas em função dos vetores unitários, sendo o vetor unitário de e o vetor unitário de : Figura 3 - Forma de representação de um vetor posição x y i x j y B î + 2 ĵ J î + 9 ĵ L î + 10ĵ TABELA Corpo x(m) y(m) Amarelo 2 Vermelho 9 Roxo 10 Verde 4 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal. Tabela 2 - Tabela de coordenadas da posição de um corpo em um espaço bidimensional. Neste modo, temos o registro em tabela, assim como fizemos na tabela 1. POSIÇÃO TRIDIMENSIONAL Agora, veremos como se descreve a posição de um corpo no espaço tridimensional, em que de fato vivemos. Aqui, a posição do corpo é descrita em função dos três eixos: , , , ou seja, trabalharemos com coordenadas referentes à largura, à profundidade e à altura de determinado espaço. A figura 4 demonstra quatro pontos vistos anteriormente (amarelo, vermelho, roxo e verde) em coordenadas tridimensionais: E î + 4 ĵ B J L E x y z Figura 4 - Representação tridimensional do posicionamento de quatro corpos Na figura 4, os três eixos também possuem unidade de medida em metros, e a representação da posição em função das coordenadas é semelhante à representação feita no espaço bidimensional. Portanto, temos: NOTAÇÃO ESCALAR Samarelo = (3,2,1)m; Svermelho = (0,0,0)m; Sroxo = (5,0,0)m; Sverde = (0,0,7)m FORMA VETORIAL Samarelo = (3i + 2j + 1k)m; Svermelho = (0i + 0j + 0k)m; Sroxo = (5i + 0j + 0k)m; Sverde = (0i + 0j + 7k)m TABELA Corpo (m) (m) Amarelo 3 2 1 Vermelho 0 0 0 Roxo 5 0 0 Verde 0 0 7 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal. Tabela 3 - Tabela de coordenadas da posição de um corpo em um espaço tridimensional. ATENÇÃO O registro em tabela não é utilizado comumente; em geral, as posições são representadas ou por notação escalar ou pela forma vetorial,preferindo-se a última. Todavia, registrar as coordenadas em uma tabela facilita muito o trabalho de visualização, análise e exposição dos dados, uma vez que garante a organização dos elementos. A tabela costuma ser utilizada para organizar dados coletados em experimentos físicos. x y ESPAÇO ( ) Na Física Clássica, quando nos referimos a espaço, estamos falando de espaço percorrido. Essa grandeza aparece quando há o deslocamento de um corpo, ou seja, quando ele se desloca de uma posição para outra. Chamamos a posição inicial de (lê-se “S com índice zero”, ou simplesmente “S zero”). A posição final é definida somente como . Então, o espaço é definido como a variação da posição do corpo e é calculado da seguinte maneira: 1 Assim como a posição, o espaço pode ser determinado tanto de forma escalar quanto de forma vetorial. EXEMPLO Para fixar esse conceito, vamos analisar o movimento de um caramujo, considerando que ele está posicionado sobre um sistema de coordenadas unidimensional, como aquele apresentado na figura 1, cuja unidade está em centímetros. O caramujo é inicialmente visto na posição e vagarosamente se locomove em direção à origem (posição ) até o ponto . Podemos definir o espaço percorrido por esse caramujo, considerando a equação (1), como mostra a seguir: ΔS S0 S ΔS = S − S0 17cm 0cm 6cm ΔS = S − S0 ΔS = 6 − 17 ΔS = −11cm Fonte: Oleh Markov / Shutterstock Figura 5 – Percurso do caramujo De fato, o espaço entre os pontos e é de , e não . Todavia, o sinal negativo indica que o caramujo se deslocou no sentido negativo do eixo coordenado, ou seja, em direção ao ponto que marca . Agora, vamos considerar o mesmo caramujo se locomovendo em um plano bidimensional, de maneira que sua posição inicial se dá em e ele se desloca até o ponto . Qual seria a distância percorrida pelo caramujo nesse caso? SOLUÇÃO O deslocamento é dado pela equação (1), porém não há um deslocamento unidimensional, mas bidimensional, porque temos o deslocamento no eixo , como indica o vetor unitário , e um deslocamento do eixo , como indica o vetor unitário . Ou seja, ao contrário da situação anterior, dessa vez temos um deslocamento vetorial: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. Assim, o que calculamos aqui para o caramujo foi o vetor deslocamento. A representação correta, uma vez que se fala de ver, é: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. Para determinar o módulo desse deslocamento e descobrir o espaço percorrido, é necessário realizar o seguinte cálculo: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. 6cm 17cm 11cm −11cm 0cm 7i + 3j −7i − 3j x i y j ΔS = −7i − 3j −(7i + 3j)= −7i − 3j − 7i − 3j ΔS =(−14i − 6j)m Δ → S =(−14i − 6j)m ∣ ∣ ∣ Δ → S ∣ ∣ ∣ = √(−14)2 + (−6)2 = 15, 23m Isso significa que, ao mudar sua posição de para , o caramujo percorreu uma distância de . Portanto, podemos concluir que a distância percorrida é igual ao módulo do vetor deslocamento. SAIBA MAIS O sistema de posicionamento global, conhecido como GPS, utiliza exatamente o vetor deslocamento para determinar a distância entre dois pontos, porém, em vez de utilizar sistemas cartesianos, utiliza coordenadas de longitude e latitude. Fonte: LightAndShare / Shutterstock Fonte: Min C. Chiu / Shutterstock S0 = 7i + 3j S = −7i − 3j 15, 23m TEMPO ( ) Tempo é uma grandeza física associada a um sequenciamento correto, mediante a ordem de ocorrência de eventos naturais. O tempo não corresponde a horários e sim à diferença de horários observados entre o início e o fim de um evento. Imagine que você saiu da sua casa às para dar uma caminhada e retornou às . Temos um horário inicial e um horário final . O tempo decorrido entre e é determinado na equação (2): 2 Todavia, é muito complexo e nada usual fazer contas com os horários do modo como foram apresentados, por isso, escrevemos os horários em formas decimais, ou seja: Ambos os resultados se referem a meia hora. Apesar de o exemplo ter sido solucionado em horas, o SI adota o segundo (s) como unidade de medida de tempo. Sabemos que uma hora possui um total de 3600 segundos, então, para converter o tempo de hora para segundos, devemos multiplicar o valor encontrado por 3600. Retornando ao exemplo citado anteriormente, um tempo de meia hora possui 1800 segundos, como mostra o cálculo a seguir: VELOCIDADE ( ) Define-se a velocidade de um corpo como a razão entre o espaço percorrido e tempo gasto para Δt 17h 17h30 t0 = 17h t = 17h30 t0 t Δt = t − t0 Δt = 17h30−17h = 0h30 Δt = 17, 5 − 17= 0, 5h Δt = 0, 5 × 3600= 1800s v percorrê-lo. Em outras palavras, é a taxa, em relação ao tempo, com a qual um corpo altera a sua posição. 3 Apesar de a definição de velocidade ser sempre a razão de espaço por tempo, existem duas formas de representação da velocidade: a velocidade escalar e a velocidade vetorial. VELOCIDADE ESCALAR A velocidade escalar, também chamada de velocidade escalar média ou velocidade média, leva em consideração somente a posição inicial, o ponto final e o tempo total gasto durante o percurso. Em geral, é por meio da velocidade média que uma empresa de viagens estima o tempo total de uma viagem, isso porque diversas coisas podem ocorrer durante o caminho, como uma blitz policial, um engarrafamento decorrente de algum acidente ou incidente, paradas para ir ao banheiro etc. Vamos ilustrar, a seguir, como esses acontecimentos podem inferir na velocidade média. Fonte: Alf Ribeiro / Shutterstock v = ΔS Δt EXEMPLO Considere um carro que sai do Rio de Janeiro em direção a São Paulo. Após percorrer 35 minutos, o motorista para em um posto de combustíveis para abastecer, por 25 minutos. Em seguida, ele retoma a viagem, levando mais 6 horas de viagem. Se a distância entre as duas cidades é de , qual a velocidade média da viagem? SOLUÇÃO A velocidade média leva em conta a razão entre a distância total percorrida e o tempo total gasto. Consideramos, inclusive, o tempo em que o carro permaneceu parado, abastecendo: Agora é necessário também determinar a distância total percorrida, que é: Como a velocidade média é a razão desse espaço total pelo tempo total, temos: 4 Ao substituir os valores, obtemos: Esse resultado mostra que, se o carro tivesse percorrido o trajeto Rio de Janeiro – São Paulo à velocidade de sem parar, ele também teria levado para percorrer os . IMPORTANTE Apesar de o resultado da velocidade ser estritamente conhecido e utilizado, o SI determina que a velocidade deve ser expressa em unidades de metros por segundo ( ), ou seja, é necessário 433km Δttotal = 35min+25min+6h = 7h ΔStotal = 433km vm = ΔStotal Δttotal vm = 433km7h = 61, 86 km h 61, 86km/h 7h 433km m/s fazer uma transformação para que as unidades do SI sejam alcançadas: Figura 6 - Conversão de unidade de velocidade de para e vice-versa. Para converter um valor de velocidade de para , divide-se a velocidade pelo fator 3,6. Para passar de para , multiplica-se a velocidade pelo fator 3,6. VELOCIDADE VETORIAL A velocidade vetorial se calcula, matematicamente, da mesma forma que a velocidade média. Todavia, em vez de utilizar valores escalares para realizar os cálculos, utilizam-se valores vetoriais e obtém-se como resposta: direção, módulo e sentido. Os valores vetoriais são muito utilizados em aviação, navegações e laboratórios para análise de movimento de partículas. Vamos utilizar o último para ilustrar o cálculo vetorial, considerando o ponto material livre para se movimentar. Esse ponto possui um e se locomove até o ponto . Esse trajeto é percorrido em 10 segundos. Portanto, a sua velocidade vetorial é: km/h m/s km/h m/s m/s km/h S0 =(7i + 12j)m S =(−7i + 11j)m → v = = = =(−1, 4i − 0, 1j)m/sΔ → S Δt −7i+11j− ( 7i+12j ) 10 −14i−j 10 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. Um gráfico nos ajuda a visualizarmelhor esse resultado: Figura 7 - Vetor deslocamento. A figura 5 mostra os pontos e . A seta preta representa o vetor deslocamento. Note que se trata de um movimento bidimensional, ou seja, há deslocamento tanto na vertical quanto na horizontal. O resultado obtido de demonstra que o ponto material se locomove no sentido negativo do eixo a uma velocidade de e no sentido negativo do eixo com uma velocidade de , ou seja, o ponto material se locomove para a esquerda com velocidade de e para baixo com velocidade de . É possível determinar também o módulo vetorial, que é a velocidade com a qual um móvel se locomove de para : Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. ACELERAÇÃO S0 S → v =(−1, 4i + 0, 1j)m/s x 1, 4m/s y 0, 1m/s 1, 4m/s 0, 1m/s S S0 ∣ ∣ → v ∣∣= √(−1, 4)2 + (0, 1)2 = 1, 40m/s ( ) Define-se aceleração como a variação da velocidade em função do tempo. Assim como na velocidade, existe a aceleração escalar e a vetorial. No caso da aceleração escalar, referimo-nos à aceleração escalar média: 5 E no caso da aceleração vetorial, temos: 6 Em ambos os casos, a aceleração se resume à variação da velocidade, seja em aumento ou em redução. Assim, se há mudança de velocidade, há aceleração. Fonte: ktsdesign / Shutterstock → a am = ΔvΔt → a = Δ → v Δt EXEMPLO Para fixar, considere um carro se deslocando com velocidade constante de , quando o motorista avista um semáforo com a luz amarela acesa. O motorista sabe que leva 3 segundos para a luz amarela se apagar e acender a luz vermelha. Diante desse contexto: Qual é a aceleração que deve ser imposta ao carro para que ele pare quando a luz vermelha acender? SOLUÇÃO Para responder a essa pergunta, vamos analisar os dados que possuímos: sabemos que o carro se locomove a e que ele deve parar no instante em que a luz vermelha acender, ou seja, o carro tem que passar da velocidade de para a velocidade de em um intervalo de tempo de 3 segundos. Dessa forma: e . Todavia, podemos observar que a velocidade se encontra em e o tempo em segundos. Logo, devemos fazer a conversão de unidades, da velocidade para , ou do tempo para . É mais fácil colocar todas as unidades no SI, ou seja, vamos converter a variação da velocidade para : Dividindo por 3,6 para converter para , temos: Para calcular a aceleração, podemos utilizar a equação (5): Assim, obtemos um valor de aceleração negativo, o que era de se esperar uma vez que o carro está diminuindo a sua velocidade, ou seja, a aceleração está sendo aplicada no sentido oposto ao do deslocamento do carro. Com essa aceleração, o carro consegue passar de uma velocidade de para em 3 segundos. 72km/h 72km/h 72km/h 0km/h v0 = 72 kmh v = 0 km h km/h m/s h m/s Δv = v − v0= 0 − 72kmh km h = −72 km h m/s Δv = − 72m3,6s Δv = −20m/s a = =Δv Δt −20m/s 3s = −6, 67 m s2 72km/h 0km/h ATENÇÃO A unidade internacional de medida da aceleração é o metro por segundo ao quadrado ( ). MÃO NA MASSA Neste bloco, resolveremos três exercícios de diferentes graus de dificuldade com a ajuda do nosso especialista (o professor Gabriel Burlandy) e você fará mais três exercícios de acordo com esses graus. Nosso objetivo é colocar em prática a teoria aprendida neste módulo. Vamos lá? AGORA É COM VOCÊ! m/s2 UM AUTOMÓVEL ESTÁ SE LOCOMOVENDO EM LINHA RETA. ELE PERCORRE EM . SUA VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO É IGUAL A: A) B) C) D) RESPONDER GABARITO Um automóvel está se locomovendo em linha reta. Ele percorre em . Sua velocidade de deslocamento é igual a: A alternativa "A " está correta. Determinamos a velocidade de acordo com a equação: Temos que e , assim: 40m 5s 8m/s 6m/s 4m/s 2m/s 40m 5s v = ΔS Δt ΔS = 40m Δt = 5 v = 405 = 8m/s AGORA É COM VOCÊ! UMA PEDRA ESTÁ SUSPENSA POR UM FIO QUANDO, DE REPENTE, O FIO ARREBENTA E ELA CAI DE CERTA ALTURA, ATINGINDO O SOLO COM VELOCIDADE DE .10m/s SABENDO QUE A ACELERAÇÃO ATUANTE SOBRE A PEDRA É DE , O TEMPO DE QUEDA É IGUAL A: A) B) C) D) RESPONDER GABARITO Uma pedra está suspensa por um fio quando, de repente, o fio arrebenta e ela cai de certa altura, atingindo o solo com velocidade de . 9, 8m/s2 0, 96s 0, 98s 1, 00s 1, 02s 10m/s Sabendo que a aceleração atuante sobre a pedra é de , o tempo de queda é igual a: A alternativa "D " está correta. Temos que a aceleração é dada por: Substituindo: 9, 8m/s2 a = Δv Δt = v−v0 Δt 9, 8 = 10−0 Δt ∴ Δt = = 1, 02s109,8 AGORA É COM VOCÊ! CONSIDERE UMA BOLA SENDO ARREMESSADA PARA CIMA COM VELOCIDADE INICIAL DE . SABE-SE QUE A ÚNICA ACELERAÇÃO AGINDO SOBRE A BOLA É A ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL DE . NO PONTO MAIS ALTO DO TRAJETO, A BOLA POSSUI VELOCIDADE ZERO. FONTE: UDAIX / SHUTTERSTOCK 28m/s 10m/s2 ASSIM, O TEMPO DE SUBIDA DA BOLA ATÉ O PONTO MAIS ALTO É DE: A) B) C) D) RESPONDER GABARITO Considere uma bola sendo arremessada para cima com velocidade inicial de . Sabe- se que a única aceleração agindo sobre a bola é a aceleração gravitacional de . No ponto mais alto do trajeto, a bola possui velocidade zero. Fonte: udaix / Shutterstock Assim, o tempo de subida da bola até o ponto mais alto é de: A alternativa "A " está correta. 2, 8s 3, 3s 4, 0s 4, 5s 28m/s 10m/s2 Temos que a aceleração é dada por: Substituindo os valores do enunciado, temos: Para entender o resultado, é necessário refletir que a aceleração da gravidade faz as coisas caírem, logo, aponta para baixo, e o corpo está subindo, ou seja, está em sentido oposto ao da aceleração da gravidade. Por isso, consideramos a aceleração gravitacional negativa. UNIDIMENSIONAL Posição de um corpo em espaço ou plano unidimensional. NOTAÇÃO Essa é a unidade de medida utilizada entre parênteses. Esse tipo de notação facilita o registro dos dados, uma vez que não é preciso repetir a unidade de medida junto ao número. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UMA PARTÍCULA É VISTA EM DETERMINADO PONTO COM A SEGUINTE VELOCIDADE: . ESSA MESMA PARTÍCULA É OBSERVADA a = v−v0 Δt −10 = 0−28 Δt ∴ Δt = = 2, 8s−28−10 → v0 =2i − 30j + k DEPOIS EM OUTRO PONTO DO ESPAÇO COM VELOCIDADE . CONSIDERANDO AS UNIDADES DE MEDIDA DO SI, A OPÇÃO QUE REPRESENTA A ACELERAÇÃO VETORIAL E O SEU MÓDULO, RESPECTIVAMENTE, É: A) e B) e C) e D) e 2. UM MÓVEL SE DESLOCA DA POSIÇÃO À POSIÇÃO EM . AO CHEGAR NESSA POSIÇÃO, ELE FICA INERTE POR E, EM SEGUIDA, RETOMA O SEU MOVIMENTO E SE DESLOCA ATÉ A POSIÇÃO EM . ASSIM, PODEMOS AFIRMAR QUE A VELOCIDADE MÉDIA DESSE MÓVEL É DE: A) B) C) D) GABARITO 1. Uma partícula é vista em determinado ponto com a seguinte velocidade: . Essa mesma partícula é observada depois em outro ponto do espaço com velocidade . Considerando as unidades de medida do SI, a opção que representa a aceleração vetorial e o seu módulo, respectivamente, é: A alternativa "B " está correta. 30s →v = i − j − k (0, 03i − 0, 97j −0, 07k)m/s2 0, 97m/s (−0, 03i − 0, 97j −0, 07k)m/s2 0, 97m/s (−0, 03i − 0, 97j −0, 07k)m/s2 0, 86m/s (0, 03i − 0, 97j −0, 07k)m/s2 0, 86m/s 4m 18m 20s 2h 30m 45s 0, 1m/s 0, 4m/s 0, 004m/s 0, 001m/s → v0 = 2i − 30j + k 30s → v =i − j − k Para determinar a aceleração vetorial, devemos utilizar a equação (6), logo: Para determinar o módulo da aceleração que atuou no corpo, temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Um móvel se desloca da posição à posição em . Ao chegar nessa posição, ele fica inerte por e, em seguida, retoma o seu movimento e se desloca até a posição em . Assim, podemos afirmar que a velocidade média desse móvel é de: A alternativa "C " está correta. A velocidade média é dada pela razão entre o espaço total percorrido pelo tempo total gasto, assim: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal → a = = = =(−0, 03i − 0, 97j − 0, 07k)Δ → v Δ → t i−j−k− ( 2i−30j+k ) 30 −i−29j−2k 30 m s2 ∣ ∣ → a ∣∣= √(−0, 03)2 + (−0, 97)2 − (0, 07)2= 0, 97 ms2 4m 18m 20s 2h 30m 45s vm = ΔStotal Δttotal ΔStotal =(18 − 4)+(30 − 18)= 26m Δttotal = 20 + 7200 + 45 = 7265s vm = = 0, 004m/s 26 7265 VELOCIDADE Vamos observar um gráfico de posição por tempo ( ), como mostra a figura 8: Figura 8 - Gráfico Na figura 8, temos a posição como o eixo das ordenadas (eixo - vertical) e o tempo, como o eixo das abscissas (eixo - horizontal). Nesse gráfico, em que a reta corta o eixo , definimos a posição inicial e a velocidade é medida calculando-se a inclinação da reta, ou seja, a velocidade é igual à tangente do ângulo que a reta faz com a horizontal: 7 Para determinar a velocidade em função do gráfico, devemos escolher dois pontos pertencentes à reta. Note na figura 8 que temos dois pontos destacados, o primeiro é o e o segundo é o S(t)×t S(t)×t y x y S0 v = tg(θ) P1 =(t1, S1) . Se você observar com atenção, verá que entre esses pontos é possível fechar um triângulo retângulo, como mostra a figura 9: Figura 9 - Determinação da velocidade a partir de um gráfico Ao fechar o triângulo retângulo, o cateto oposto ao ângulo possui comprimento de e o comprimento do cateto adjacente ao ângulo possui comprimento de . Então, para determinar a tangente do ângulo, fazemos: 8 Porém, como descrito em (7), . Logo: 9 P2 =(t2, S2) S(t)×t S2 − S1 t2 − t1 tg(θ)= S2−S1 t2−t1 v = tg(θ) v = S2−S1 t2−t1 RESUMO Em resumo, a velocidade é retirada da inclinação da reta existente no gráfico posição por tempo. Esse gráfico representa a posição de um móvel em um Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.). ANÁLISE DO MOVIMENTO NA PRÁTICA Uma das maneiras de se analisar o movimento de um móvel é montando um gráfico de sua posição em função do tempo. Assim, é possível determinar como o móvel se comportou durante todo o trajeto. Vamos observar o gráfico abaixo: Figura 10 – Percurso da lebre Esse gráfico corresponde ao deslocamento de uma lebre. Os observadores registraram que a lebre saiu de sua toca, no marco zero, e percorreu em , depois ficou parada no mesmo local por , observando a região ao seu redor. A seguir, ela percorreu mais em quando algo a assustou, fazendo-a retornar para a toca em . Por meio desse gráfico é possível determinar a velocidade média de deslocamento da lebre da sua toca até o ponto e a velocidade média de seu retorno da seguinte maneira: 100m 30s 55s 100m 15s 15s 200m SAÍDA DA TOCA A lebre percorre em , como mostra o gráfico, então, a sua velocidade média é de: O tempo que a lebre ficou parada foi considerado, isso porque a velocidade média considera o espaço total percorrido e o tempo total gasto. Figura 11 - Percurso da lebre (saída) RETORNO PARA A TOCA A lebre percorre em , assim: Figura 12 - Percurso da lebre (toca) ACELERAÇÃO A aceleração pode ser obtida determinando-se a inclinação da curva de um gráfico de velocidade por tempo ( ), como mostra a figura 13: 200m 100s vm = =ΔSΔt 200 100 = 2, 00m/s 200m 15s vm = =ΔSΔt 200 15 = 13, 33m/s v(t)×t Figura 13 - Determinação da aceleração em um gráfico De forma análoga ao cálculo da velocidade no gráfico , o cálculo da aceleração segue os mesmos passos, assim, definimos a aceleração como: 10 Observe que, onde a reta toca o eixo , definimos a velocidade inicial . MÃO NA MASSA Neste bloco, resolveremos três exercícios de diferentes graus de dificuldade com a ajuda do nosso especialista (o professor Gabriel Burlandy) e você fará mais três exercícios de acordo com esses graus. Nosso objetivo é colocar em prática a teoria aprendida neste módulo. Vamos lá? v(t)×t S(t)×t a = v2−v1 t2−t1 y v0 AGORA É COM VOCÊ! É CORRETO AFIRMAR QUE O COEFICIENTE ANGULAR DO GRÁFICO DE UM MÓVEL COM VELOCIDADE CONSTANTE NOS PERMITE DESCOBRIR: A) A velocidade. B) A aceleração. C) O ponto de retorno. D) O instante do ponto de retorno. RESPONDER GABARITO S × t É correto afirmar que o coeficiente angular do gráfico de um móvel com velocidade constante nos permite descobrir: A alternativa "A " está correta. Vimos que a velocidade é o coeficiente angular da reta gerada pelo gráfico de um móvel que se locomove com velocidade constante. AGORA É COM VOCÊ! CONSIDERE O GRÁFICO: S × t S × t CONSIDERANDO A ACELERAÇÃO DO MÓVEL COMO E QUE OS EIXOS ESTÃO NO SI, SUA VELOCIDADE INICIAL TEM MÓDULO IGUAL A: A) B) C) D) RESPONDER GABARITO Considere o gráfico: −16m/s2 128m/s 125m/s 230m/s 110m/s Considerando a aceleração do móvel como e que os eixos estão no SI, sua velocidade inicial tem módulo igual a: A alternativa "A " está correta. Determinamos a aceleração como: A semirreta tem fim no ponto (8,0), ou seja, velocidade e tempo , assim: −16m/s2 a = v−v0 t−t0 0m/s 8s −16 = 0−v08−0 ∴ v0 = 128m/s AGORA É COM VOCÊ! A POSIÇÃO DE UM MÓVEL EM MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME É DADA PELA FUNÇÃO . QUAL GRÁFICO REPRESENTA ESSA FUNÇÃO? S(t)= 4 − 3 ⋅ t RESPONDER VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O GRÁFICO A SEGUIR DEMONSTRA A VARIAÇÃO DE VELOCIDADE DE UMA PARTÍCULA EM FUNÇÃO DO TEMPO. CONSIDERANDO ESTE GRÁFICO, RESPONDA: O MÓDULO DA ACELERAÇÃO É: A) B) ² C) D) 2. AINDA CONSIDERANDO O GRÁFICO ANTERIOR, DETERMINE A EQUAÇÃO QUE DESCREVE A VARIAÇÃO DA VELOCIDADE: A) B) C) D) m/s21315 m/s21513 m/s21213 m/s211 14 v(t)= 13t + 1315 v(t)= 13t − 1315 v(t)= t + 131315 v(t)= t − 131315 GABARITO 1. O gráfico a seguir demonstra a variação de velocidade de uma partícula em função do tempo. Considerando este gráfico, responda: O módulo da aceleração é: A alternativa "A " está correta. Temos os seguintes pontos: e . Então, a aceleração é: 2. Ainda considerando o gráfico anterior, determine a equação que descreve a variação da velocidade: A alternativa "D " está correta. O gráfico descreve uma reta, logo, temos uma função afim, que é uma função do tipo: . Porém, como estamos falando de velocidade e tempo, vamos escrever essa função da seguinte maneira: (15, 0) (0, −13) a = 0− ( −13 )15−0 = m/s 213 15 f(x)= ax + b A aceleração vale , que é a inclinação da reta e foi calculada no item anterior, e o , que é a velocidade inicial correspondente ao ponto em que a reta toca o eixo y, que nesse caso é o eixo v, assim: CINEMÁTICA À VELOCIDADE CONSTANTE MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (M.R.U.) Como já diz o nome, o movimento retilíneo uniforme (M.R.U.) ocorre com o corpo se locomovendo em linha reta, à velocidade constante, por isso o termo: uniforme. Pode ser representado por meio de uma função afim: 11 v(t)= at + v0 m/s21315 v0 v(t)= t − 131315 S(t) = S0 + v ⋅ t Essa função também é conhecida como função horária do M.R.U. Nela temos o como variável e a posição final do móvel como objeto de estudo. Ela é utilizada para prever a posição de um móvel, ao decorrer do tempo, quando esse se locomove com uma velocidade constante. Essa função pode ser utilizada, por exemplo, para determinar a posição de um veículo viajando em uma rodovia, quando ele possui uma velocidade constante. EXEMPLO Vamos considerar que um caminhão foi visto em uma rodovia no quilômetro 38, trafegando a uma velocidade constante de . Então, vamos determinar quais serão suas posições nos instantes: a) 25min b) 1h e 10min c) 2h e 55min d) 6h Antes de atentar aos intervalos de tempo pedidos, temos que montar a nossa função horária. Note que o caminhão é primeiramente visto no quilômetro 38, então temos como posição inicial: e como velocidade: . Assim, temos a função horária do caminhão e a velocidade constante como: t 90km/h S0 = 38km v = 90km/h Onde as unidades de medida são: e . Agora, como o espaço está em quilômetros e o tempo em horas e, por sua vez, a velocidade em , temos que passar todos os tempos expostos das alternativas de (a) a (d) para horas. Conversão do tempo para horas: A) 25MIN _______ _______ Podemos dizer que: B) 1H E 10 MIN Em (b) temos parte do horário em horas, e a outra parte em minutos. Podemos escrever o tempo daseguinte maneira: Como se trata de uma soma, nos preocupamos em converter apenas a parte do tempo que está em minutos para horas e somamos . Vamos observar como isso ocorre na prática: _______ _______ Somando , temos: Então, podemos dizer que: C) 2H E 55MIN Seguiremos a mesma lógica de conversão utilizada em (b), assim: _______ _______ S(t)= 38 + 90t km h km/h 1h 60min xh 25min x = h1 4 Δt1 = h14 1h + 10min 1h 1h 60min xh 10min x = h16 1h 1h + h = h16 7 6 Δt2 = h 7 6 1h 60min xh 55min x = h11 12 Logo, podemos dizer que: D) 6H Não precisamos fazer conversão alguma, uma vez que o tempo já está em horas. Então: Vamos agora ao encontro das posições do caminhão na rodovia, utilizando a função horária que definimos no início: a) b) c) d) SAIBA MAIS A função horária também é muito utilizada para estimativas do tempo entre uma posição e outra. Vamos olhar para o mundo de observação laboratorial da Física e considerar um elétron, que se 2h + h = h11 12 35 12 Δt3 = h 35 12 Δt4 = 6h S(t)= 38 + 90t Δt1 = h14 S( )= 38 + 90( )1 4 1 4 = 60, 5km Δt2 = h 7 6 S( )= 38 + 90( )76 76 = 143km Δt3 = h 35 12 S( )= 38 + 90( )35 12 35 12 = 300, 5km Δt4 = 6h S(6)= 38 + 90(6) = 578km move à velocidade constante em um campo elétrico sob a função horária , em relação a um eixo coordenado que identifica a sua posição para um observador e, então, determinar o tempo que leva para que esse elétron passe pela origem do eixo coordenado, ou seja, pela posição . Substituindo 0 no lugar de da função horária, temos: IMPORTANTE Muitas vezes, na Ciência e na Engenharia, trabalharemos com números não inteiros, portanto, é ideal utilizar os números em forma de frações, não em sua forma decimal. Isso porque, ao realizar as divisões propostas pelas frações, podemos ter números irracionais ou até mesmo dízimas periódicas, o que demandará sucessivos arredondamentos a cada cálculo feito e aumentará a imprecisão do cálculo. Dessa maneira, trabalhe com os números em forma de fração até o fim do cálculo e só no fim realize a divisão proposta pela fração. Apesar de compreender os cálculos feitos até aqui, você deve estar se perguntando: Como é possível garantir que um carro, uma moto, um caminhão ou até mesmo uma partícula mantenha a velocidade constante para que possamos aplicar a equação horária do M.R.U.? A resposta a essa pergunta é que, se o sistema observado não for feito em laboratório sob um controle rigoroso, fatalmente o corpo que se desloca não manterá a velocidade constante. Então, para que serve essa teoria? Você se lembra do conceito de velocidade média? Essa teoria pode ser aplicada para encontrar a posição de um móvel, por meio do conhecimento da sua velocidade média e, com isso, você consegue descrever toda a sua trajetória em função do tempo. S(t)= 40 − 30t S(t)= 0 S(t) 0 = 40 − 30t 30t = 40 t = 4030 t = s43 CINEMÁTICA À VELOCIDADE VARIÁVEL MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (M.R.U.V) O M.R.U.V. é o movimento, em linha reta, que apresenta mudança de velocidade, ou seja, existe aceleração. Porém, a aceleração é constante. Diante disso, a equação horária que descreve o movimento é: 12 Observe que a função do M.R.U.V. apresenta a posição em função do tempo, considerando a velocidade inicial do móvel, e isso ocorre porque essa velocidade irá variar para mais ou para menos, o que dependerá da aceleração imposta ao corpo. Uma vez que existe aceleração, é possível também expressar a velocidade de um móvel em M.R.U.V. em função do tempo: 13 A função apresentada em (13) demonstra que a velocidade muda de maneira diretamente proporcional com o passar do tempo quando o movimento é acelerado. É possível que, em uma observação de deslocamento, você tenha a informação de espaço, velocidade ou aceleração, embora não possua a informação do tempo. S(t) = S0 + v0 ⋅ t + a t 2 2 v(t)= v0 + at Então, o que fazer? Devemos utilizar a equação descoberta por Evangelista Torricelli que relaciona as velocidades final ( ) e inicial ( ) de um móvel, com a aceleração ( ) e o espaço por ele percorrido ( ), sem que haja a informação do tempo. Veja: 14 EXEMPLO Considere que um automóvel parte do repouso ( ) do quilômetro 10 de uma rodovia e chega ao quilômetro 13 com uma velocidade de . Sabendo que o carro está em constante aceleração, em quanto tempo esse automóvel irá do quilômetro 10 até o quilômetro 13? Para encontrar a resposta, é necessário primeiro determinar a função horária que descreve o movimento. Porém, não temos a informação da aceleração e para solucionar esse problema utilizaremos a equação de Torricelli. Como o corpo parte do repouso, sua velocidade inicial é e a sua velocidade final é . Podemos determinar o espaço percorrido, calculando a diferença entre as v v0 a ΔS v2 = v20 + 2 ⋅ a ⋅ ΔS v = 0 120km/h v0 = 0 v = 120km/h posições final e inicial: . 1. AJUSTAR A EQUAÇÃO DE TORRICELLI Como o corpo parte do repouso, sua velocidade inicial é e a sua velocidade final é . Podemos determinar o espaço percorrido, calculando a diferença entre as posições final e inicial: . Finalmente podemos substituir todas essas informações na equação de Torricelli: 2. DESCREVER A FUNÇÃO HORÁRIA DO MOVIMENTO Agora que identificamos o valor da aceleração, podemos descrever a função horária do movimento: 3. DETERMINAR O TEMPO DE DESLOCAMENTO Para determinar o tempo de deslocamento do automóvel, do quilômetro 10 até o quilômetro 13, devemos substituir a informação de no lugar de , que é a posição final do automóvel, assim: GRÁFICOS DO M.R.U. E DO M.R.U.V. E AS SUAS CLASSIFICAÇÕES Tanto o M.R.U. como o M.R.U.V apresentam gráficos e classificam seus movimentos de acordo com eles. Vamos conhecer tais classificações? ΔS =13km − 10km= 3km v0 = 0 v = 120km/h ΔS =13km − 10km= 3km v2 = v20 + 2a Δ S 1202 = 02 + 2a ⋅ 3 a = 2400 km h2 S(t)= 10 + 0t + 2400t 2 2 S(t)= 10 + 1200t2 13km S(t) 13 = 10 + 1200t2 t = 0, 05h GRÁFICOS DO M.R.U. MOVIMENTO PROGRESSIVO E MOVIMENTO RETRÓGRADO O M.R.U. descreve a trajetória de um móvel, quando esse se move com velocidade constante, podendo a velocidade atribuída ao móvel ser positiva ou negativa. Quando um corpo se move em velocidade constante positiva, dizemos que está em movimento progressivo Quando um corpo se move em velocidade constante negativa, dizemos que está em movimento retrógrado A figura 14 demonstra o comportamento gráfico de ambos os tipos de movimento: (a) (b) Figura 14 - Demonstração do comportamento dos movimentos: (a) progressivo, quando a velocidade é positiva e (b) retrógrado, quando a velocidade é negativa. GRÁFICOS DO M.R.U.V. MOVIMENTO ACELERADO E MOVIMENTO RETARDADO No M.R.U.V., temos a presença da aceleração, o que gera a variação da velocidade. Figura 15 – Movimento acelerado Quando a aceleração de um móvel é positiva, chamamos o movimento de acelerado. Figura 16 – Movimento retardado Quando a aceleração é negativa, chamamos o movimento de retardado. O gráfico da posição do móvel em um M.R.U.V. é descrito por uma parábola, uma vez que a posição é descrita por uma função do segundo grau, como mostra a função (12). A seguir, na figura 17, estão dispostos os gráficos de movimento acelerado e movimento retardado: S(t) (a) (b) Figura 17 - Gráfico da posição em função do tempo ( ) do M.R.U.V., onde: (a) movimento acelerado e (b) movimento retardado. Ambos os gráficos demonstram as raízes da função quadrática, obtidas quando a posição S(t)×t . Os pontos de vértice dessa função são chamados de ponto de retorno. Nesse ponto, a velocidade do móvel é zero, assim, o móvel para e muda o sentido de seu movimento. Para verificar, de modo rápido e eficaz, se um movimento é acelerado ou retardado, usamos o gráfico de velocidade por tempo ( ). A figura 18 ilustra os dois gráficos: (a) S(t)= 0 v(t)×t (b) Figura 18 - Gráfico , onde: (a) apresenta um movimento acelerado e(b) um movimento retardado. ATENÇÃO Em nenhum dos gráficos feitos até o momento, tanto de quanto de , existe menção ao lado negativo de . Isso porque não existe tempo negativo. Por isso, resultados de tempo negativo devem ser prontamente descartados. M.R.U. E M.R.U.V. REVISITAÇÃO ATRAVÉS DO CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL Vimos até aqui como calcular a velocidade por meio da variação da posição em relação ao tempo e como calcular a aceleração mediante a variação da velocidade em relação ao tempo. O que fazer quando a variação de posição ou velocidade for tão pequena que a faz tender a zero? Qual a relação do Cálculo Diferencial Integral com a Cinemática? Vamos descobrir isso juntos: 1. DEFINIR A DERIVADA No caso em que a variação de posição é muito pequena, teremos: v(t)×t S(t) v(t) t v = lim x→0 Δx Δt 15 Essa é a definição de derivada. Chegamos à conclusão de que a velocidade é a derivada da posição em função do tempo, logo, escrevemos da seguinte forma: 16 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. 2. VERIFICAR A VERACIDADE DESSA INFORMAÇÃO Agora precisamos verificar a veracidade dessa informação. Lembra-se das funções horárias do M.R.U.V. descritas em (12) e (13)? Ao derivar (12), devemos obter (13). Vamos tentar? Derivando, temos: 17 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. 3. REESCREVER A DERIVADA No lado direito de (17), temos primeiramente a derivada da posição inicial, que por ser uma constante, é zero. A derivada de e a derivada de . Assim, reescrevemos (17) como: v = lim x→0 =Δx Δt dx dt S(t)=S0 + v0t + at 2 2 = + (v0t)+ (at2) dS ( t ) dt dS0 dt d dt d dt (v0t)= v0 = v0ddt dt dt (at2)= a (t2)= 2atd dt d dt v(t)= v0 + at 18 Da mesma forma como está descrita em (13). 4. ENCONTRAR A ACELERAÇÃO Para encontrar a aceleração, basta derivar em função do tempo as funções (13) ou (18), já que elas são idênticas. Você encontrará que . Agora vamos ver o caminho inverso. Vamos partir da aceleração e chegar na equação da posição. 5. EQUAÇÃO DA POSIÇÃO Considere que seu corpo de início em repouso é submetido a uma aceleração constante , e você quer a equação que descreva o seu movimento. Para isso, vamos integrar o corpo, de um ponto inicial a um ponto final, como demonstrado abaixo: Integrando em relação ao tempo, temos: 19 Ao realizar a integração, temos: 20 Reescrevendo (20), temos: a = a a a(t)= a ∫ v v0 dt =dv dt ∫ t0 adt Δv = at v(t)= v0 + at 21 A função encontrada em (21) é idêntica à função encontrada em (18). Para achar a posição, devemos integrar (21) também de um tempo a um tempo , assim: 22 23 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. Logo: 24 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. Com simples passos de integração foi possível, por meio da constante da aceleração, descrever a função horária do M.R.U.V. Você deve estar se perguntando por que o tempo inicial foi considerado como zero, e não como . Só começamos a contar o tempo a partir do momento em que você observa o início do fenômeno físico. Antes de o fenômeno ocorrer, você não está marcando o tempo; por isso, tudo começa do zero. t0 = 0 t ∫ S S0 dt =dS dt ∫ t0 [v0 + at]dt Δx = v0t + at 2 2 S(t)= S0 + v0t + at 2 2 t0 EXEMPLO Imagine que você será o marcador do tempo de um corredor de rasos que quer bater o recorde mundial. Você só irá disparar o cronômetro quando for dado o sinal para ele começar a correr. Então, qual é o tempo inicial do cronômetro? Veja a resposta. ATENÇÃO A função horária do M.R.U. é uma particularidade da função horária do M.R.U.V. Se considerarmos a aceleração igual a zero em (24), obrigatoriamente teremos a função descrita em (11). MÃO NA MASSA Neste bloco, resolveremos três exercícios de diferentes graus de dificuldade com a ajuda do nosso especialista (o professor Gabriel Burlandy) e você fará mais três exercícios de acordo com esses graus. Nosso objetivo é colocar em prática a teoria aprendida neste módulo. Vamos lá? 100m AGORA É COM VOCÊ! AGORA É COM VOCÊ! AGORA É COM VOCÊ! EVANGELISTA TORRICELLI Evangelista Torricelli (1608-1647) foi um físico e matemático italiano, mais conhecido pela invenção do barômetro e por descobertas na área de óptica. MOVIMENTO PROGRESSIVO O movimento progressivo é aquele em que o móvel caminha no mesmo sentido da orientação da trajetória. Os espaços crescem no decorrer do tempo e sua velocidade escalar é positiva (v > 0). MOVIMENTO RETRÓGRADO O movimento é chamado retrógrado quando o móvel caminha contra a orientação da trajetória. Os espaços decrescem no decorrer do tempo e sua velocidade escalar é negativa (v < 0). Observação: Na prática, não existe velocidade negativa. O sinal da velocidade serve apenas para indicar o sentido do movimento e apontar se ele é progressivo ou retrógrado. FUNÇÃO 12 ENTÃO, QUAL É O TEMPO INICIAL DO CRONÔMETRO? A resposta é: zero. VERIFICANDO O APRENDIZADO MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (M.C.U.) Um M.C.U. ocorre, como o próprio nome já indica, quando a trajetória de um móvel descreve uma circunferência e mantém o módulo de sua velocidade constante. S(t) = S0 + v0 ⋅ t + a t 2 2 Em nosso cotidiano, observamos diversos exemplos de movimentos circulares uniformes, como o girar das hélices de ventiladores e a locomoção do ponteiro dos segundos de um relógio, por exemplo. No movimento retilíneo, a velocidade era definida como a variação do espaço percorrido em função do tempo. No M.C.U. a lógica continua sendo a mesma, porém, agora nos referiremos à posição angular. A velocidade será calculada a partir da variação dessa posição angular em função do tempo, por isso, a chamamos de velocidade angular. Figura 19 - Representação de um movimento circular, de um móvel partindo do ponto em direção ao ponto . COMENTÁRIO Ao observar a última figura, podemos perceber que o trajeto percorrido pelo móvel está disposto em vermelho. Trata-se de um caso em que um móvel está se deslocando de para em trajetória curvilínea. Essa curva possui um centro, e a distância da curva até o centro é dada pelo raio. No caso de um movimento circular, utilizamos como espaço a variação angular medida, tendo como referencial o centro da circunferência. A posição angular é expressa pela letra e a velocidade, expressa pela letra . A figura 20 ilustra essa situação. A unidade de medida no SI da posição angular é o radiano ( ) e a unidade de medida no SI da velocidade angular é o radiano por segundo ( ). A B A B θ ω rad rad/s Figura 20 - Movimento circular Portanto, analogamente ao M.R.U., temos: 25 Como se trata de um movimento uniforme, analogamente à equação horária do M.R.U., a equação horária do M.C.U. é: 26 Assim como no M.R.U., o gráfico de sua função é descrito por uma reta, crescente ou decrescente. Existe também outra relação para a determinação da velocidade angular, que é dada pela razão ω = θ−θ0 t−t0 θ(t)= θ0 + ωt entre a velocidade linear do móvel e o raio da trajetória: 27 COMENTÁRIO Apesar de ser outra maneira de encontrar a velocidade angular, a unidade de medida também é o . MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE VARIADO (M.C.U.V.) De forma análoga ao M.R.U.V., o M.C.U.V. é o movimento curvilíneo que apresenta aceleração angular ( ). Portanto, temos a posição angular e a velocidade angular expressas da seguinte forma: 28 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal. ω = v r rad/s α θ(t)= θ0 + ω0t + at 2 2 ω(t)= ω0 + αt 29 Os gráficos gerados por ambas as funções descritas em (28) e (29) são idênticos aos gerados pelas equações do M.R.U.V. A aceleração angular pode ser determinada das seguintes formas: 30 e 31 A unidade da aceleração angular é o radiano por segundo ao quadrado ( ). Como todas as equações até agora têm sido análogas às equações do movimento retilíneo,a equação de Torricelli também se aplica ao movimento circular: 32 α = ω−ω0 t−t0 α = a r rad/s2 ω2 = ω20 + 2a Δ θ EXEMPLO Um automóvel se locomove com velocidade de quando entra em uma curva de raio igual a . Verificando que não conseguiria fazer a curva, o condutor do automóvel aciona o freio, com uma aceleração de . Responda: Qual a velocidade com a qual o automóvel entra na curva? Qual a aceleração angular imposta ao veículo? Se o deslocamento angular foi de , qual a função horária do movimento? SOLUÇÃO Para determinar a velocidade ao final da curva, temos que primeiro encontrar a velocidade angular inicial e também a aceleração angular: Vamos agora encontrar a aceleração angular: 144km/h 12km −0, 72m/s2 90° v0 = =144kmh 40m s R = 12km= 12000m ω0 = = v0 R 40 12000 = rad/s 10−2 3 Para descrever a função horária, temos que transformar o deslocamento angular de graus para radianos, assim: _______ _______ Multiplicando cruzado, temos: Assim, a função horária é: MÃO NA MASSA Neste bloco, resolveremos três exercícios de diferentes graus de dificuldade com a ajuda do nosso especialista (o professor Gabriel Burlandy) e você fará mais três exercícios de acordo com esses graus. Nosso objetivo é colocar em prática a teoria aprendida neste módulo. Vamos lá? α = = −a R 0,72 1200 = − 6×10−4rad s2 πrad −180° x −90° x = radπ 2 θ(t)= θ0 + ω0t + αt 2 2 θ(t)= + tπ 2 10−2 3 −3 × 10 −4t2 AGORA É COM VOCÊ! AGORA É COM VOCÊ! AGORA É COM VOCÊ! VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste tema, apresentamos os conceitos da Cinemática, tanto para um movimento retilíneo quanto para um movimento curvilíneo, e conhecemos todas as equações que regem o movimento mecânico, verificando suas relações. Dentre elas, verificamos que o M.R.U. é um caso particular do M.R.U.V. e que o M.C.U. é um caso particular do M.C.U.V. Vimos também que é possível utilizar o cálculo diferencial e o integral para determinar a velocidade e a aceleração de um corpo em determinado instante de tempo. Esses conceitos apresentados são de suma importância e você perceberá que eles o acompanharão, não só ao decorrer de todo o curso, mas também por toda a sua vida como profissional. PODCAST AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS FREIRE, W. H. C. et al. Lançamento oblíquo com resistência do ar: uma análise qualitativa. In: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 38, n. 1, p. 1-5, mar. 2016. FapUNIFESP (SciELO). CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. FÍSICA. 9 ed., v. 1, Rio de Janeiro: LTC, 2016. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 10. ed., v. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2016. TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. EXPLORE + Existem diversas aplicações das teorias cinemáticas, entre elas: queda livre, lançamento vertical, lançamento horizontal e lançamento oblíquo. Uma boa fonte de informação sobre a aplicação das equações da Cinemática se encontra no artigo científico Lançamento oblíquo com resistência do ar: uma análise qualitativa, publicado por Freire et al. em 2016. Os conceitos da Cinemática são essenciais para o entendimento do mundo ao nosso redor. Podemos notar esses conceitos até mesmo nos esportes. Para compreender melhor, explore mais sobre esse conceito, lendo o artigo científico A utilização do futebol americano como instrumento auxiliar no ensino de Cinemática, escrito por Rodrigo Dias Pereira e Lucas Amaral Fantecele. CONTEUDISTA Gabriel Burlandy Mota de Melo CURRÍCULO LATTES
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