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AGUA-ESGOTO-PLUVIAL

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Aula 16
ITEP-RN (Perito Criminal - Engenharia
Civil) Edificações - 2021 (Pós-Edital)
Autor:
Marcus Campiteli
Aula 16
13 de Abril de 2021
09686292454 - GABRIELA FIGUEIREDO
 
 
 
 
 
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Instalações Hidrossanitárias .............................................................................................. 3 
1 – Sistemas Prediais de AF e AQ (NBR 5626/2020) ........................................................... 3 
1.1 – Materiais .................................................................................................................................. 5 
1.2 – Projeto ...................................................................................................................................... 5 
1.3 – Execução ................................................................................................................................. 13 
2 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário (NBR 8160/99) ................................................. 14 
2.1 – Introdução .............................................................................................................................. 14 
2.2 – Desconectores ........................................................................................................................ 16 
2.3 - Ramais de descarga e de esgoto ............................................................................................. 17 
2.4 – Tubos de queda ...................................................................................................................... 17 
2.5 – Subcoletores e coletor predial ................................................................................................ 18 
2.6 – Dispositivos complementares ................................................................................................. 19 
2.7 – Instalação de recalque ........................................................................................................... 20 
2.8 – Componentes do subsistema de ventilação ........................................................................... 21 
2.9 – Dimensionamento .................................................................................................................. 28 
3 – Projeto da Rede Coletora de Esgoto (NBR 9649) ......................................................... 36 
3.1 – Requisitos do Projeto .............................................................................................................. 37 
3.2 – Atividades para elaboração do Projeto .................................................................................. 37 
3.3 – Dimensionamento hidráulico ................................................................................................. 38 
3.4 – Disposições construtivas......................................................................................................... 39 
4 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário (NBR 12208/92) ......................... 40 
4.1 - Introdução ............................................................................................................................... 40 
4.2 – Dimensionamento do Poço de Sucção ................................................................................... 41 
4.3 – Dimensionamento dos condutos ............................................................................................ 41 
4.4 – Seleção dos conjuntos motor-bomba ..................................................................................... 41 
4.5 – Características operacionais dos conjuntos motor-bomba.................................................... 42 
4.6 – Canal afluente ........................................................................................................................ 42 
4.7 – Remoção de sólidos grosseiros ............................................................................................... 43 
4.8 – Demais considerações ............................................................................................................ 44 
5 – Águas Pluviais (NBR 10844/89) ................................................................................... 45 
5.1 – Definições ............................................................................................................................... 45 
5.2 – Condições Gerais .................................................................................................................... 46 
Marcus Campiteli
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5.3 – Condições Específicas ............................................................................................................. 46 
5.4 – Coberturas Horizontais de Laje .............................................................................................. 48 
5.5 – Calhas ..................................................................................................................................... 48 
5.6 – Condutores Verticais .............................................................................................................. 50 
5.7 – Condutores Horizontais .......................................................................................................... 50 
6 – Questões Comentadas ............................................................................................... 50 
7 – Questões Apresentadas Nesta Aula ............................................................................ 87 
8 – Gabarito ................................................................................................................... 104 
9 – Referências Bibliográficas ........................................................................................ 104 
 
 
Marcus Campiteli
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INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 
Olá pessoal, apresentamos para vocês nesta aula as informações normativas acerca de Instalações 
Hidrossanitárias: NBR 5626/20 – Sistemas Prediais de água fria e água quente, versão corrigida de 
30/9/2020; NBR 8160/99 – Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução; NBR 
9649/86 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário; e NBR 12208/92 – Projeto de estações 
elevatórias de esgoto sanitário. 
Vale a pena focar as partes negritadas. 
Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os capítulos finais com as questões 
apresentadas e o gabarito final. 
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli 
Bons estudos! 
1 – SISTEMAS PREDIAIS DE AF E AQ (NBR 5626/2020) 
A NBR 5626/2020 foi publicada em 29/6/2020 e corrigida em 30/9/2020. As mudanças entre 
ambas as versões encontram-se destacadas em amarelo. 
Segue algumas definições da NBR 5626/20 – Instalações Hidráulicas Prediais. 
Alimentador predial: tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água ou à 
rede de distribuição predial. 
Barrilete: tubulação da qual derivam as colunas de distribuição. 
Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais. 
Conexão cruzada: qualquer meio que põe em contato a água potável do SPAFAQ (sistemas 
prediais de água fria e água quente) com outra água de qualidade desconhecida não potável. 
Corrosão: processo de transformação decorrente de reações de natureza química ou 
eletroquímica entre um metal e o meio ambiente. 
Degradação: redução do desempenho devido à atuação de um ou vários agentes de deterioração. 
Desinfecção: operação destinada a reduzir na água a presença de micro-organismos, patogênicos 
ou não. 
Estação redutora de pressão: subsistema destinado a reduzira pressão para a distribuição de água 
fria e quente. 
Fonte de abastecimento: sistema destinado a fornecer água para os SPAFAQ. Pode ser a rede 
pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água; no caso da 
rede pública, considera-se que a fonte de abastecimento é a extremidade a jusante do ramal 
predial. 
Marcus Campiteli
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Nível de transbordamento: menor cota do plano horizontal que ultrapassa a borda mais baixa de 
reservatório ou aparelho sanitário permitindo o extravasamento de água do seu interior, ou a cota 
geratriz inferior interna de eventual extravasor associado. 
Ponto de utilização: extremidade do sub-ramal a montante da peça de utilização, até onde ficam 
preservadas as características da água para o uso a que se destina, e a partir do qual a água a 
jusante passa a ser considerada água servida. 
Pressão de ensaio: valor da pressão estática aplicada a uma tubulação a fim de verificar a sua 
integridade e estanqueidade. 
Pressão de serviço: maior valor de pressão a que um componente pode ficar submetido em 
condição de operação normal. 
Pressão de trabalho: valor de pressão estática ou dinâmica a que um componente fica submetido 
em condição de operação normal. 
Pressão dinâmica: carga de pressão ou carga piezométrica (energia de pressão por unidade de 
peso de água) atuante em determinada seção de tubulação sob escoamento, considerada em sua 
linha de eixo. 
Pressão disponível: pressão dinâmica atuante em determinada seção da tubulação, considerada 
em sua linha de eixo, depois de descontados ou adicionados a perda de carga e o desnível 
geométrico de um valor conhecido de pressão dinâmica atuante em uma outra seção desta 
tubulação, respectivamente, a jusante e a montante. 
Pressão estática: carga de pressão ou carga piezométrica (energia de pressão por unidade de peso 
de água) atuante em determinada seção de tubulação sob carga, porém sem escoamento, 
considerada em sua linha de eixo. 
Pressão manométrica: valor de pressão estática ou dinâmica indicada em manômetro. 
Quebrador de vácuo: componente destinado a impedir o refluxo de água em SPAFAQ, ou deste 
para a fonte de abastecimento quando este refluxo é motivado pela redução transiente do valor da 
pressão dinâmica da água a montante; pode ser independente ou incorporado a uma peça de 
utilização. 
Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição ou diretamente do barrilete, destinada a 
alimentar sub-ramais. 
Ramal predial: tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a 
extremidade a montante do alimentador predial ou da rede predial de distribuição. O ponto onde 
termina o ramal predial é convencionado pela concessionária. 
Refluxo de água: escoamento de água proveniente de qualquer outra fonte, que não a fonte de 
abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água desta fonte. 
Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo, como o que se 
estabelece pelo mecanismo de vasos comunicantes. 
Registro de fechamento: componente destinado a permitir a interrupção do fluxo da água, usado 
totalmente fechado ou totalmente aberto. 
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Relação de redução de pressões: fração que indica o quanto a pressão dinâmica de entrada pode 
ser maior do que a de saída para que a velocidade do escoamento em uma válvula redutora de 
pressão não provoque cavitação, ruído excessivo, vibrações e desgastes acelerados. 
Se a relação limite especificada para um modelo de válvula é de quatro por um (4:1), isto significa 
que a pressão dinâmica atuante a montante dela pode superar a de jusante em até quatro vezes. 
Restritor de vazão: componente instalado na peça de utilização com a finalidade de provocar 
perda de carga localizada. 
Retrossifonagem: refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de 
qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, pelo fato da sua pressão ser inferior à 
atmosférica. 
Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização. 
Tubulação de aviso de extravasão: tubulação destinada a conduzir parte do excesso de água para 
um local visível, servindo de alerta de falha no sistema de reserva do edifício. 
Tubulação de extravasão: conjunto de componentes destinado a escoar o eventual excesso de 
água de reservatório quando é superado o nível de transbordamento. 
Tubulação de limpeza: tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir sua 
limpeza e manutenção. 
Tubulação de retorno: tubulação que conduz a água quente de volta ao reservatório ou 
aquecedor. 
Zona de pressão: faixa de pavimentos ou grupo de setores da edificação atendidos diretamente 
por uma estação redutora de pressão. 
 
1.1 – MATERIAIS 
Os requisitos sobre os materiais e componentes empregados nos SPAFAQ (sistemas prediais de 
água fria e água quente) são os seguintes: 
a) os materiais e componentes em contato com a água não podem afetar a sua potabilidade; 
b) o desempenho dos materiais e componentes não pode ser comprometido pelas características 
da água potável, bem como pela ação do meio onde se acham inseridos; 
c) os materiais e componentes devem apresentar desempenho adequado às solicitações a que 
ficam submetidos quando em uso. 
 
1.2 – PROJETO 
As seguintes informações devem ser previamente levantadas pelo projetista: 
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a) características do consumo predial (volumes, vazões máximas e médias, perfil de consumo 
estimado, entre outras); 
b) características da oferta de água (disponibilidade de vazão, faixa de variação das pressões, 
constância do abastecimento, características da água, entre outras); 
c) valores estimados do indicador de consumo em função da tipologia do edifício; 
d) necessidades mínimas de reservação; 
e) no caso de captação local de água, as características da água, o nível do lençol subterrâneo e a 
avaliação do risco de contaminação, além da vazão da água potável disponível. 
O sistema predial de água não potável deve ser totalmente independente daquele destinado ao 
uso da água potável. É vedada qualquer possibilidade de conexão cruzada entre ambos. 
 
a) Alimentador predial 
No projeto do alimentador predial deve-se considerar o valor máximo e o valor mínimo da pressão 
da água proveniente da fonte de abastecimento. 
O alimentador predial deve possuir capacidade de vazão suficiente para abastecer o reservatório 
de consumo (reposição total do volume destinado ao consumo diário de água em até 6 h, ou até 3 
h em residências unifamiliares), considerando a pressão mínima. 
No caso de ser enterrado, deve-se observar um afastamento horizontal de qualquer fonte 
potencialmente poluidora para evitar contaminação. Quando instalado na mesma vala que aloja 
tubulações enterradas potencialmente poluidoras, o alimentador predial deve apresentar sua 
geratriz inferior externa em cota acima da geratriz superior externa destas tubulações. 
 
b) Reservatórios 
O reservatório deve ser opaco ou dotados de proteção contra a incidência de luz. 
Na definição da capacidade total de reservação de água potável deve ser considerada a frequência 
e duração de eventuais interrupções do abastecimento. 
O volume total de água reservado deve atender, no mínimo, 24 h de consumo normal no edifício e 
deve considerar eventual volume adicional de água para combate a incêndio quando este estiver 
armazenado conjuntamente.Na impossibilidade de determinar o volume máximo permissível, recomenda-se limitar o volume 
total que corresponda a três dias de consumo diário ou prever meios que assegurem a 
preservação das características da água potável. 
A vazão a considerar no abastecimento do reservatório deve ser suficiente para a reposição total 
do volume destinado ao consumo diário de água em até 6 h. No caso de residências 
unifamiliares, o tempo de reposição deve ser de até 3 h. 
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À exceção das residências unifamiliares isoladas, os demais reservatórios de maior capacidade 
devem ser divididos em dois ou mais compartimentos para permitir operações de manutenção 
sem que haja interrupção na distribuição de água para os pontos de utilização do edifício. A 
capacidade do menor dos compartimentos deve ser suficiente para atender à demanda 
correspondente ao maior período de pico de consumo do edifício durante o intervalo de tempo 
estimado para uma operação normal de manutenção. Neste caso, cada compartimento deve 
operar como um reservatório autônomo, independente do funcionamento dos demais 
compartimentos. sendo vedada a condição de operação simultânea exclusiva como vasos 
comunicantes. 
O formato do reservatório, o posicionamento relativo entre a entrada e a saída de água neste e a 
forma de tomada de água para consumo devem evitar a ocorrência de regiões de estagnação em 
seu interior e promover a renovação da água armazenada. 
Havendo reservatórios inferior e superior, o reservatório inferior pode ser constituído de 
compartimento único sempre que o volume de água destinada a consumo no reservatório 
superior superar o volume demandado durante o período de tempo estimado para uma operação 
normal de limpeza do reservatório inferior, ficando, neste caso, dispensada a necessidade de 
subdivisão em compartimentos independentes. 
O alimentador predial deve ser dotado, na sua extremidade a jusante, de componente destinado 
ao controle automático de admissão da água e à manutenção do nível desejado. Este componente 
deve permitir o ajuste do nível operacional e garantir proteção contra o refluxo. 
Deve ser previsto um registro de fechamento no alimentador predial, a montante e próximo do 
reservatório, e na tubulação de recalque, a montante e próximo do reservatório superior, visando 
facilitar a operação e manutenção. 
O nível máximo da superfície livre da água no interior do reservatório deve situar-se abaixo do 
nível da geratriz inferior da tubulação de extravasão e, quando existir, de tubulação de aviso de 
extravasão. 
Em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações que atendam às seguintes 
necessidades: 
a) extravasão do volume de água em excesso do interior do reservatório atmosférico de água fria, 
caso o nível ultrapasse a cota operacional máxima prevista, de modo a impedir a ocorrência de 
transbordamento ou a inutilização do dispositivo de prevenção ao refluxo previsto, devido à falha 
do componente destinado à interrupção do abastecimento; 
b) limpeza do reservatório, para permitir o seu esvaziamento, com registro de fechamento em 
posição de fácil acesso e operação, situado próximo à saída do reservatório; 
Em reservatórios atmosféricos de água fria devem ser previstos meios (tal como tubulação de aviso 
de extravasão) para alertar a ocorrência de falha no componente destinado ao controle da entrada 
da água e manutenção do nível desejado, sempre que houver elevação da superfície da água acima 
do nível operacional máximo previsto. 
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Para facilitar a impermeabilização e a operação de limpeza, o reservatório moldado no local deve 
ter cantos internos arredondados ou chanfrados e fundo com superfície dotada de ligeira 
declividade no sentido do bocal ou flange da tubulação de limpeza. 
A tubulação de aviso de extravasão, quando adotada, deve ser convenientemente derivada da 
tubulação de extravasão em local que impeça de escoar água proveniente da operação de limpeza 
do reservatório, evitando o seu entupimento caso seja de diâmetro reduzido, bem como o despejo 
de sujeira no local previsto para o deságue. 
A água de tubulações de extravasão, de limpeza e de aviso de extravasão, quando adotada, deve 
ser descarregada em condições que impeçam refluxo e conexão cruzada e em local onde não haja 
possibilidade de gases de ar potencialmente contaminados ingressarem no reservatório por meio 
destas tubulações. É vedada a sua interligação direta com tubulações dos sistemas prediais de 
esgoto sanitário e de águas pluviais. 
 
c) Sistemas de recalque e de pressurização 
Na definição dos sistemas de recalque e de pressurização e na localização dos reservatórios e 
bombas hidráulicas, deve-se considerar o aproveitamento mais eficiente da pressão disponível. 
Os sistemas de recalque e de pressurização devem possuir no mínimo duas bombas com 
funcionamento independente entre si, com vistas a assegurar o abastecimento de água em caso 
de falha ou desativação de uma delas para manutenção. 
A extremidade da tomada de água de tubulação de sucção deve ser posicionada elevada em 
relação ao fundo do reservatório ou do respectivo poço de sucção, quando existir, para evitar a 
aspiração de eventuais resíduos porventura depositados. 
A fim de evitar a presença de água sem renovação dentro das tubulações e do corpo de bomba 
que permaneça inoperante por longos períodos, sob a ótica da preservação da qualidade sanitária, 
as bombas devem ser projetadas para ter alternância automática entre partidas consecutivas. 
O sistema de pressurização deve contar com dispositivos capazes de admitir ar na tubulação 
quando se seu esvaziamento, de expulsar o ar nas operações de enchimento e de expulsar bolhas 
que se formem durante a sua operação normal. O mercado oferece válvulas denominadas válvulas 
ventosas de tríplice função, que fazem as três operações. 
 
d) Sistema de distribuição 
Para possibilitar a manutenção de qualquer parte do sistema de distribuição, deve ser prevista 
setorização, mediante a previsão de registros de fechamento ou de dispositivos de idêntica 
finalidade, particularmente: 
- no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio barrilete (no caso de abastecimento 
indireto, posicionado em cada trecho que liga o barrilete ao reservatório); 
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- na coluna de distribuição, posicionado a montante do primeiro ramal; 
- no ramal, posicionado a montante do primeiro sub-ramal em ao menos um dos ambientes 
sanitários da unidade autônoma; 
- havendo medição individualizada de consumo, a montante do hidrômetro. 
O sistema de distribuição deve ser setorizado de forma a permitir a operação e a manutenção 
independente de diferentes pavimentos, unidades autônomas ou economias e atividades-fim. 
Em ambientes sanitários destinados ao público, ao menos um ponto de utilização de cada tipo de 
aparelho sanitário deve ser dotado de registro de fechamento exclusivo e independente dos 
demais, para evitar a interdição do espaço quando da avaria de uma peça de utilização ou de um 
aparelho sanitário. 
Quando houver utilização de água fria e água quente, um sistema deve ser protegido contra o 
ingresso indevido de água do outro. No caso da instalação de duchas higiênicas, ou de torneiras 
com gatilho de ponta, estas devem ter válvulas de retenção ou incorporadas ao aparelho ou no 
ponto de utilização. 
 
e) Dimensionamento das tubulações 
A limitaçãoda velocidade do escoamento não se aplica a trechos onde comprovadamente a 
tubulação não fique sujeita a golpes de aríete e seja dotada de meios adequados de isolação 
acústica ou esteja alojada em local que minimize ou impeça a transmissão de ruídos. 
Os trechos de tubulações que podem conduzir água com nível de temperatura acima de 70°C 
devem ser identificados, isolados e protegidos. 
A temperatura da água em tubulações de distribuição de água quente dentro de ambientes 
sanitários, dotados de misturadores convencionais, deve ser limitada a 70°C. Caso temperaturas 
superiores sejam adotadas, deve-se obrigatoriamente incluir meios de limitar a temperatura 
máxima da água fornecida aos pontos de utilização, mediante recurso de segurança intrínseca com 
atuação automática. 
Onde houver possibilidade de a temperatura da água quente ultrapassar 45°C em pontos de 
utilização de água quente para uso corporal, deve-se empregar recurso de segurança intrínseca 
com atuação automática para limitar a temperatura a este valor. 
No caso de duchas higiênicas, jardins de infância e determinadas clínicas e hospitais, a 
temperatura máxima de uso recomendada é 38°C. 
Deve ser previsto isolamento térmico em superfícies expostas de componentes do sistema predial 
de água quente (reservatórios térmicos, trechos de tubulações e outros componentes) para evitar 
a ocorrência de possíveis queimaduras. 
Onde a temperatura do sistema de água quente puder exceder 90°C, devem ser tomadas 
precauções para evitar consequências danosas ao sistema e aos usuários. 
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O projeto deve contemplar elementos ou mecanismos que permitam absorver as movimentações 
térmicas, sempre que necessário, como liras ou juntas de expansão. Nos casos em que não exista 
esta possibilidade, devem ser previstos sistemas de ancoragem, suportes, tubos e conexões que 
resistam às tensões mecânicas e ao processo de fadiga. 
O sistema de distribuição de água quente deve ter isolamento térmico em toda a sua extensão. 
 
f) Dimensionamento do sistema de distribuição 
A pressão dinâmica requerida para o adequado funcionamento da peça de utilização ou do 
correspondente aparelho sanitário operando com vazão de projeto pode ser obtida junto ao 
respectivo fabricante ou responsável pela colocação do produto no mercado nacional, ou à 
especificação técnica do componente. Alternativamente, pode ser obtido o fator de vazão da peça 
de utilização ou do aparelho sanitário, se este for constante para a faixa operacional de vazões 
prevista, atendendo à relação: 
Q = K.√𝑃 
Onde: 
Q - é a vazão de projeto da peça de utilização ou aparelho sanitário, em (L/s); 
K - é o fator de vazão do aparelho sanitário, expresso em L/(s.√𝑘𝑃𝑎); 
P - em qualquer caso, a pressão dinâmica da água no ponto de utilização não pode ser inferior a 
10 kPa (1 mca). 
Em qualquer ponto da rede predial do sistema de distribuição, a pressão dinâmica da água não 
pode ser inferior a 5 kPa (0,5 mca), excetuados os trechos verticais de tomada d’água nas saídas 
de reservatórios elevados para os respectivos barriletes em sistemas indiretos. em que a pressão 
dinâmica mínima em cada ponto é dada pelo correspondente desnível geométrico ao nível d’água 
de cota mais baixa no reservatório, descontada a perda de carga até o ponto considerado. 
A pressão estática nos pontos de utilização não pode superar 400 kPa (40 mca). 
As pressões dinâmicas das águas fria e quente atuantes a montante de misturadores convencionais 
devem ter valores próximos entre si para evitar oscilações de temperatura da água durante o uso, 
especialmente ao operarem com baixas vazões de projeto. 
A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no 
dimensionamento das tubulações. Estas sobrepressões, em relação à pressão dinâmica prevista 
em projeto, são admitidas desde que não superem 200 kPa (20 mca). 
Estações redutoras de pressão que atendem múltiplas unidades condominiais ou diferentes 
setores da edificação devem ser dotadas de pelo menos duas válvulas redutoras, instaladas em 
paralelo, sendo uma sobressalente. 
Não há limitação para diâmetros nominais mínimos de sub-ramais e respectivos engates ou 
tubos de ligação. 
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A determinação das perdas de carga nas tubulações e o cálculo das pressões dinâmicas nos pontos 
de utilização devem ser feitos mediante o emprego de equações pertinentes. A equação universal 
de perda de carga é a mais indicada. 
 
g) Proteção contra refluxo de água 
A separação atmosférica padronizada constitui o recurso mais efetivo de prevenção ao refluxo, 
representada nas figuras a seguir, da NBR 5626/2020. Outros recursos podem ser utilizados desde 
que apresentem resultado satisfatório, como a separação atmosférica não padronizada (quando 
não atende ao representado nas figuras seguintes) e o quebrador de vácuo. 
Alerta-se que os quebradores de vácuo não constituem proteção contra o refluxo de água onde 
ocorre o mecanismo de vasos comunicantes. 
Separação atmosférica padronizada em reservatório superior 
 
Onde: 
EX - extravasor 
REC - recalque 
NA - nível d’água (máximo) 
L - distância mínima entre o ponto de suprimento ou de utilização e qualquer obstáculo periférico 
(L ≥ 3d) 
S - separação atmosférica mínima, conforme a tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
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Separação atmosférica padronizada em reservatório inferior 
 
Onde: 
AP - alimentador predial 
CN - dispositivo automático de controle de nível 
EX - extravasor 
NA - nível d’água (máximo) 
d - diâmetro interno do tubo a montante do ponto de suprimento ou de utilização 
L - distância mínima entre o ponto de suprimento ou de utilização e qualquer obstáculo periférico 
(L ≥ 3d) 
S - separação atmosférica mínima (ver tabela abaixo) 
 
Em edifícios de múltiplos pavimentos alimentados a partir de reservatório superior, além da 
separação atmosférica, cada coluna de distribuição deve dispor de meio capaz de admitir ar por 
ocasião do seu esvaziamento e de expulsar durante o enchimento, assim como de expulsar bolhas 
segregadas que se formam naturalmente com o sistema em operação, conforme a figura a seguir, 
da NBR 5626/2020. A solução adotada não pode criar trechos de estagnação de água. A operação 
do registro de fechamento da coluna de distribuição não pode impedir a atuação do recurso 
adotado como meio de proteção não localizada. 
 
 
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Ventilação de coluna de distribuição 
 
Onde: 
NA - nível d’água (máximo) 
máx - máximo 
Res Inc - reserva técnica de incêndio 
 
1.3 – EXECUÇÃO 
a) Especificações 
O ensaio de estanqueidade deve ser realizado de modo a submeter cada seção da tubulação a 
uma pressão mínima de 600 kPa (60 mca) ou 1,5 vez a máxima pressão de trabalho, o que for 
menor. 
O sistema é considerado estanque caso não sejam detectados vazamentos ou queda de pressão 
manométrica por um período mínimo de 1 h após a estabilização da pressão. 
O ensaio de estanqueidade em tubulações do sistema predial de água quente deve ser realizado 
com água com temperatura mínima de 80ºC, antes da aplicação de eventual isolamento térmico 
ou acústico ou antes de serem recobertas. 
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O reservatório é considerado estanque caso não sejam detectados vazamentos ou 
extravasamentos durante um período mínimo de 72 h, após preenchido com água até o nível 
máximo permitido. 
 
2 – SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO (NBR 8160/99) 
2.1 – INTRODUÇÃO 
O sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas coletar e conduzir os despejos provenientes 
do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado. 
O sistema predial de esgoto sanitário deve ser separador absoluto em relação ao sistema predial 
de águas pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação entre os dois sistemas. 
A NBR 8160 adota as seguintes definições: 
Altura do fecho hídrico: Profundidade da camada líquida, medida entre o nível de saída e o ponto 
mais baixo da parede ou colo inferior do desconector, que separa os compartimentos ou ramos de 
entrada e saída desse dispositivo. 
Barrilete de ventilação: Tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada 
a receber dois ou mais tubos ventiladores. 
Caixa coletora: Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação 
mecânica. 
Caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos 
contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que 
estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma. 
Caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, 
mudanças de declividade e/ou direção das tubulações. 
Caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto 
sanitário. 
Caixa sifonada: Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação 
secundária de esgoto. 
Coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal 
de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular. 
Coletor público: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores 
prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. 
Coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e 
cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete 
de ventilação. 
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Curva de raio longo: Conexão em forma de curva cujo raio médio de curvatura é maior ou igual a 
duas vezes o diâmetro interno da peça. 
Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no 
sentido oposto ao deslocamento do esgoto. 
Diâmetro nominal (DN): Simples número que serve como designação para projeto e para 
classificar, em dimensões, os elementos das tubulações, e que corresponde, aproximadamente, ao 
diâmetro interno da tubulação em milímetros. 
Dispositivo de inspeção: Peça ou recipiente para inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações. 
Fator de falha: Probabilidade de que o número esperado de aparelhos sanitários, em uso 
simultâneo, seja ultrapassado. 
Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos 
gases. 
Instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso gases 
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. 
Instalação secundária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso os 
gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. 
Ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a 
receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro. 
Ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a 
receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro. 
Ramal de descarga: Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários. 
Ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente 
ou a partir de um desconector. 
Ramal de ventilação: Tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal 
de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador 
primário. 
Sifão: Desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitário. 
Subsistema de ventilação: Conjunto de tubulações ou dispositivos destinados a encaminhar os 
gases para a atmosfera e evitar que os mesmos se encaminhem para os ambientes sanitários. Pode 
ser dividido em ventilação primária e secundária. 
Subcoletor: Tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto. 
Tubo de queda: Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e 
ramais de descarga. 
Tubo ventilador: Tubo destinado a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para o sistema de 
esgoto e vice-versa ou a circulação de ar no interior do mesmo, com a finalidade de proteger o 
fecho hídrico dos desconectores e encaminhar os gases para atmosfera. 
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Tubo ventilador de alívio: Tubo ventilador ligando o tubo de queda ou ramal de esgoto ou de 
descarga à coluna de ventilação. 
Tubo ventilador de circuito: Tubo ventilador secundário ligado a um ramal de esgoto e servindo a 
um grupo de aparelhos sem ventilação individual. 
Tubulação de ventilação primária: Prolongamento do tubo de queda acima do ramal mais alto a 
ele ligado e com extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio. 
Tubulação de ventilação secundária: Conjunto de tubos e conexões com a finalidade de promover 
a ventilação secundária do sistema predial de esgoto sanitário. 
Unidade de Hunter de contribuição (UHC): Fator numérico que representa a contribuição 
considerada em função da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário. 
Ventilação primária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo núcleo do tubo de queda, o 
qual é prolongado até a atmosfera, constituindo a tubulação de ventilação primária. 
Ventilação secundária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo interior de colunas, 
ramais ou barriletes de ventilação, constituindo a tubulação de ventilação secundária. 
 
2.2 – DESCONECTORES 
Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores. Os desconectores podem 
atender a um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de uma mesma unidade autônoma. 
Podem ser utilizadas caixas sifonadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos 
sanitários, tais como lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma unidade autônoma, 
assim como as águas provenientes de lavagem de pisos, devendo as mesmas, neste caso, ser 
providas de grelhas. 
As caixas sifonadas que coletam despejos de mictórios devem ter tampas cegas e não podem 
receber contribuições de outros aparelhos sanitários, mesmo providos de desconector próprio. 
Podem ser utilizadas caixas sifonadas para coleta de águas provenientes apenas de lavagem de 
pisos, desde que os despejos das caixas sifonadas sejam encaminhados para rede coletora 
adequada à natureza desses despejos. 
Os despejos provenientes de máquinas de lavar roupas ou tanques situados em pavimentos 
sobrepostos podem ser descarregados em tubos de queda exclusivos, com caixa sifonada especial 
instalada no seu final. 
Deve ser assegurada a manutenção do fecho hídrico dos desconectores mediante as solicitações 
impostas pelo ambiente (evaporação, tiragemtérmica e ação do vento, variações de pressão no 
ambiente) e pelo uso propriamente dito (sucção e sobrepressão). 
 
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2.3 - RAMAIS DE DESCARGA E DE ESGOTO 
Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário 
devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma 
declividade constante. 
Recomendam-se as seguintes declividades mínimas: 
a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75; 
b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100. 
As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central 
igual ou inferior a 45°. 
As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças 
com ângulo central igual ou inferior a 90°. 
É vedada a ligação de ramal de descarga ou ramal de esgoto, através de inspeção existente em 
joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitária. 
Os ramais de descarga e de esgoto devem permitir fácil acesso para desobstrução e limpeza. 
 
2.4 – TUBOS DE QUEDA 
Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único alinhamento. Quando 
necessários, os desvios devem ser feitos com peças formando ângulo central igual ou inferior a 90°, 
de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 45°. 
Para os edifícios de dois ou mais andares, nos tubos de queda que recebam efluentes de aparelhos 
sanitários tais como pias, tanques, máquinas de lavar e outros similares, onde são utilizados 
detergentes que provoquem a formação de espuma, devem ser adotadas soluções no sentido de 
evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, tais como: 
a) não efetuar ligações de tubulações de esgoto ou de ventilação nas regiões de ocorrência de 
sobrepressão; 
b) efetuar o desvio do tubo de queda para a horizontal com dispositivos que atenuem a 
sobrepressão, ou seja, curva de 90° de raio longo ou duas curvas de 45°; ou 
c) instalar dispositivos com a finalidade de evitar o retorno de espuma. 
São considerados zonas de sobrepressão (ver figura abaixo): 
a) o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do desvio para 
horizontal; 
b) o trecho de comprimento igual a 10 diâmetros, imediatamente a jusante do mesmo desvio; 
c) o trecho horizontal de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do 
próximo desvio; 
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d) o trecho de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante da base do tubo de 
queda, e o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da mesma base; 
e) os trechos a montante e a jusante do primeiro desvio na horizontal do coletor com 
comprimento igual a 40 diâmetros ou subcoletor com comprimento igual a 10 diâmetros; 
f) o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação secundária, com 
comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da coluna com o tubo de queda ou 
ramal de esgoto. 
 
Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e máquinas de lavar louças, 
providos de ventilação primária, os quais devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva. 
 
2.5 – SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL 
O coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência retilíneos. Quando necessário, os 
desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°, acompanhados de 
elementos que permitam a inspeção. 
Todos os trechos horizontais devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, 
devendo, para isso, apresentar uma declividade constante, respeitando-se os valores mínimos 
previstos na NBR 8160. 
A declividade máxima a ser considerada é de 5%. 
No coletor predial não devem existir inserções de quaisquer dispositivos ou embaraços ao natural 
escoamento de despejos, tais como desconectores, fundo de caixas de inspeção de cota inferior à 
do perfil do coletor predial ou subcoletor, bolsas de tubulações dentro de caixas de inspeção, 
sendo permitida a inserção de válvula de retenção de esgoto. 
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As variações de diâmetro dos subcoletores e coletor predial devem ser feitas mediante o emprego 
de dispositivos de inspeção ou de peças especiais de ampliação. 
Quando as tubulações forem aparentes, as interligações de ramais de descarga, ramais de esgoto e 
subcoletores devem ser feitas através de junções a 45°, com dispositivos de inspeção nos trechos 
adjacentes; quando as tubulações forem enterradas, devem ser feitas através de caixa de inspeção 
ou poço de visita. 
 
2.6 – DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES 
As caixas de gordura, poços de visita e caixas de inspeção devem ser perfeitamente 
impermeabilizados, providos de dispositivos adequados para inspeção, possuir tampa de fecho 
hermético, ser devidamente ventilados e constituídos de materiais não atacáveis pelo esgoto. 
a) Caixas de gordura 
É recomendado o uso de caixas de gordura quando os efluentes contiverem resíduos gordurosos. 
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos sobrepostos 
devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura 
coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares. 
b) Caixas e dispositivos de inspeção 
O interior das tubulações, embutidas ou não, deve ser acessível por intermédio de dispositivos de 
inspeção. 
Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser respeitadas no mínimo as 
seguintes condições: 
a) a distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25,00 m; 
b) a distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de inspeção mais 
próximo não deve ser superior a 15,00 m; e 
c) os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias, caixas 
de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção, não 
devem ser superiores a 10,00 m. 
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem ser feitos 
mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita. 
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a 
menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas. 
Não devem ser colocadas caixas de inspeção ou poços de visita em ambientes pertencentes a uma 
unidade autônoma, quando os mesmos recebem a contribuição de despejos de outras unidades 
autônomas. 
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As caixas de inspeção podem ser usadas para receber efluentes fecais. 
Os dispositivos de inspeção devem ser instalados junto às curvas dos tubos de queda, de 
preferência à montante das mesmas, sempre que elas forem inatingíveis por dispositivos de 
limpeza introduzidos pelas caixas de inspeção ou pelos demais pontos de acesso. 
Os dispositivos de inspeção devem ter as seguintes características: 
a) abertura suficiente para permitir as desobstruções com a utilização de equipamentos mecânicos 
de limpeza; 
b) tampa hermética removível; e 
c) quando embutidos em paredes no interior de residências, escritórios, áreas públicas, etc., não 
devem ser instalados com as tampas salientes. 
 
2.7– INSTALAÇÃO DE RECALQUE 
Os efluentes de aparelhos sanitários e de dispositivos instalados em nível inferior ao do logradouro 
devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeção, as quais devem ser ligadas a uma 
caixa coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade. A partir da caixa coletora, por 
meio de bombas, devem ser recalcados para uma caixa de inspeção (ou poço de visita), ramal de 
esgoto ligado por gravidade ao coletor predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao sistema de 
tratamento de esgoto. 
No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos ou de automóveis, dispensa-se o 
uso de caixas de inspeção, devendo os efluentes ser encaminhados, neste caso, a uma caixa 
sifonada de diâmetro mínimo igual a 0,40 m, a qual pode ser ligada diretamente a uma caixa 
coletora. 
A caixa coletora deve ser perfeitamente impermeabilizada, provida de dispositivos adequados para 
inspeção, limpeza e ventilação; de tampa hermética e ser constituída de materiais não atacáveis 
pelo esgoto. 
As caixas de gordura ligadas às caixas coletoras devem atender às exigências indicadas na tabela a 
seguir, ou ser providas de tubulação de ventilação. 
 
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As bombas devem ser de construção especial, à prova de obstruções por águas servidas, massas e 
líquidos viscosos. 
O funcionamento das bombas deve ser automático e alternado, comandado por chaves 
magnéticas conjugadas com chaves de boia, devendo essa instalação ser equipada com dispositivo 
de alarme para sinalizar a ocorrência de falhas mecânicas. 
A tubulação de recalque deve ser ligada à rede de esgoto (coletor ou caixa de inspeção) de tal 
forma que seja impossível o refluxo do esgoto sanitário à caixa coletora. 
 
2.8 – COMPONENTES DO SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO 
O subsistema de ventilação pode ser previsto de duas formas: 
a) ventilação primária e secundária; ou 
b) somente ventilação primária. 
Caso somente a ventilação primária não seja suficiente, podem ser adotadas as seguintes medidas: 
a) alterar as características geométricas do subsistema de coleta e transporte, devendo-se, em 
seguida, verificar novamente a suficiência da ventilação primária; ou 
b) prover ventilação secundária. 
A ventilação secundária consiste, basicamente, em ramais e colunas de ventilação que interligam 
os ramais de descarga ou de esgoto à ventilação primária ou que são prolongados acima da 
cobertura; ou então pela utilização de dispositivos de admissão de ar (VAA) devidamente 
posicionados no sistema. Na figura a seguir, a título de ilustração, apresentam-se estes tipos de 
ventilação secundária. 
 
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A extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de ventilação deve estar situada 
acima da cobertura do edifício a uma distância mínima que impossibilite o encaminhamento à 
mesma das águas pluviais provenientes do telhado ou laje impermeabilizada. 
A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, conforme mostrado 
na figura abaixo: 
a) não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vão de ventilação, salvo 
se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vãos; 
b) deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje utilizada 
para outros fins além de cobertura; caso contrário, esta altura deve ser no mínimo igual a 0,30 m; 
c) deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes que 
possam danificá-la; 
d) deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a entrada das 
águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação. 
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O projeto do subsistema de ventilação deve ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto 
sanitário ao interior do mesmo. 
O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que possível, 
instalados em uma única prumada; quando necessárias, as mudanças de direção devem ser feitas 
mediante curvas de ângulo central não superior a 90°, e com um aclive mínimo de 1%. 
Nos desvios de tubo de queda que formem um ângulo maior que 45° com a vertical, deve ser 
prevista ventilação de acordo com uma das seguintes alternativas: 
a) considerar o tubo de queda como dois tubos independentes, um acima e outro abaixo do 
desvio; ou 
b) fazer com que a coluna de ventilação acompanhe o desvio do tubo de queda, conectando o tubo 
de queda à coluna de ventilação, através de tubos ventiladores de alívio, acima e abaixo do desvio. 
Em prédios de um só pavimento, deve existir pelo menos um tubo ventilador, ligado diretamente a 
uma caixa de inspeção ou em junção ao coletor predial, subcoletor ou ramal de descarga de uma 
bacia sanitária e prolongado até acima da cobertura desse prédio, devendo-se prever a ligação de 
todos os desconectores a um elemento ventilado, respeitando-se as distâncias máximas indicadas 
na tabela a seguir: 
 
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Nos prédios cujo sistema predial de esgoto sanitário já possua pelo menos um tubo ventilador 
primário de DN 100, fica dispensado o prolongamento dos demais tubos de queda até a cobertura, 
desde que estejam preenchidas as seguintes condições: 
a) o comprimento não exceda 1/4 da altura total do prédio, medida na vertical do referido tubo; 
b) não receba mais de 36 unidades de Hunter de contribuição; 
c) tenha a coluna de ventilação prolongada até acima da cobertura ou em conexão com outra 
existente. 
Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1%, de modo que 
qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por gravidade 
para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha origem. 
Toda coluna de ventilação deve ter: 
a) diâmetro uniforme; 
b) a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo 
da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga; 
c) a extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo ventilador 
primário a 0,15 m, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais elevado aparelho 
sanitário por ele servido. 
Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador até acima da cobertura, 
pode ser usado um barrilete de ventilação, a ser executado com aclive mínimo de 1% até o trecho 
prolongado. 
As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de ventilação ou do 
sistema de esgoto sanitário devem ser feitas com conexões apropriadas, como a seguir: 
a) quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de junção a 45°; 
ou 
b) quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da tubulação, 
elevando- se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais, acima do nível de 
transbordamento da água do mais elevado dos aparelhos sanitários por ele ventilados, antes de 
ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-seo que segue: 
- a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45° com a derivação 
instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação ao tubo de esgoto, conforme 
indicado na figura a seguir; 
- quando não houver espaço vertical para a solução apresentada acima, podem ser adotados 
ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por junção 45° ao respectivo ramal de 
esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mínimo de 2%; 
- a distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e a conexão de 
mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possível; 
- a distância entre a saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação deve ser igual a 
no mínimo duas vezes o diâmetro do ramal de descarga. 
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Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada diretamente ao tubo 
de queda (para a distância máxima, conforme a tabela acima, o tubo de queda deve ser ventilado 
imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia sanitária, conforme a figura a seguir. 
 
É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma bacia sanitária ligada através de ramal 
exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40 m, desde que esse tubo de queda 
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receba, do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros ramais de esgoto ou de descarga 
devidamente ventilados, conforme mostrado na figura a seguir. 
 
Bacias sanitárias instaladas em bateria, devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito 
ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a última e a penúltima bacia 
sanitária, conforme indicado na figura seguinte.
 
Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no máximo oito bacias 
sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo de queda. 
Quando o ramal de esgoto servir a mais de três bacias sanitárias e houver aparelhos em andares 
superiores descarregando no tubo de queda, é necessária a instalação de tubo ventilador 
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suplementar, ligando o tubo ventilador de circuito ao ramal de esgoto na região entre o tubo de 
queda e a primeira bacia sanitária. 
 
2.9 – DIMENSIONAMENTO 
a) Desconectores 
Todo desconector deve satisfazer às seguintes condições: 
a) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m; 
b) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele 
conectado. 
As caixas sifonadas devem ter as seguintes características mínimas: 
a) ser de DN 100, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 6 UHC; 
b) ser de DN 125, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 10 UHC; 
c) ser de DN 150, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 15 UHC. 
O ramal de esgoto da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado na tabela a seguir. 
 
As caixas sifonadas especiais devem ter as seguintes características mínimas: 
a) fecho hídrico com altura de 0,20 m; 
b) quando cilíndricas, devem ter o diâmetro interno de 0,30 m e, quando prismáticas de base 
poligonal, devem permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro de 0,30 m; 
c) devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível; 
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d) devem ter orifício de saída com o diâmetro nominal DN 75. 
b) Ramais de descarga e de esgoto 
Para os ramais de descarga, devem ser adotados no mínimo os diâmetros apresentados na tabela a 
seguir. 
 
Para os aparelhos não relacionados na tabela acima, devem ser estimadas as UHC correspondentes 
e o dimensionamento deve ser feito com os valores indicados na tabela a seguir. 
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Para os ramais de esgoto, deve ser utilizada a tabela a seguir. 
 
c) Tubos de queda 
Os tubos de queda podem ser dimensionados pela somatória das UHC, conforme valores indicados 
na tabela a seguir. 
 
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Quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda devem ser dimensionados da 
seguinte forma: 
a) quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° com a vertical, o tubo de queda é 
dimensionado com os valores indicados na tabela acima; 
b) quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a vertical, deve-se dimensionar: 
- a parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, com base no 
número de unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos acima do desvio, de acordo com os 
valores da tabela acima; 
- a parte horizontal do desvio de acordo com os valores da tabela a seguir; 
- a parte do tubo de queda abaixo do desvio, com base no número de unidades de Hunter de 
contribuição de todos os aparelhos que descarregam neste tubo de queda, de acordo com os 
valores da tabela acima, não podendo o diâmetro nominal adotado, neste caso, ser menor do que 
o da parte horizontal. 
 
d) Coletor predial e subcoletores 
O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme 
os valores da tabela acima. O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN 100. 
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, deve ser 
considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número 
de unidades de Hunter de contribuição. 
Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do 
número de UHC. 
e) Caixas de gordura 
As caixas de gordura devem ser dimensionadas levando-se em conta o que segue: 
a) para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena ou a caixa de 
gordura simples; 
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b) para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de gordura simples ou a caixa de gordura 
dupla; 
c) para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa de gordura dupla; 
d) para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais, 
quartéis, etc., devem ser previstas caixas de gordura especiais. 
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, uma receptora e outra vertedoura, 
separadas por um septo não removível. 
As caixas de gordura podem ser dos seguintes tipos: 
a) pequena (CGP), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas: 
 - diâmetro interno: 0,30 m; 
 - parte submersa do septo: 0,20 m; 
 - capacidade de retenção: 18 L; 
 - diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75; 
b) simples (CGS), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas: 
 - diâmetro interno: 0,40 m; 
 - parte submersa do septo: 0,20 m; 
 - capacidade de retenção: 31 L;- diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75; 
c) dupla (CGD), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas: 
 - diâmetro interno: 0,60 m; 
 - parte submersa do septo: 0,35 m 
 - capacidade de retenção: 120 L; 
 - diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100; 
d) especial (CGE), prismática de base retangular, com as seguintes características: 
 - distância mínima entre o septo e a saída: 0,20 m; 
 - volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula: V = 2 N + 20, onde: N é o 
número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no turno em 
que existe maior afluxo; V é o volume, em litros; 
 - altura molhada: 0,60 m; 
 - parte submersa do septo: 0,40 m; 
 - diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100. 
f) Caixas de passagem 
As caixas de passagem devem ter as seguintes características: 
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- quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, quando prismáticas de base poligonal, 
permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,15 m; 
- ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário; 
- ter altura mínima igual a 0,10 m; 
- ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de esgoto, 
sendo o diâmetro mínimo igual a DN 50. 
g) Dispositivos de inspeção 
As caixas de inspeção devem ter: 
- profundidade máxima de 1,00 m; 
- forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 m, ou 
cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m; 
- tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação; 
- fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos. 
Os poços de visita devem ter: 
- profundidade maior que 1,00 m; 
- forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 m, ou 
cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m; 
- degraus que permitam o acesso ao seu interior; 
- tampa removível que garanta perfeita vedação; 
- fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de sedimentos; 
- duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte inferior 
formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte superior formada 
pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno mínimo de 0,60 m. 
h) Instalação de recalque 
O dimensionamento da instalação de recalque deve ser feito considerando-se, basicamente, os 
seguintes aspectos: 
- a capacidade da bomba, que deve atender à vazão máxima provável de contribuição dos 
aparelhos e dos dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultâneo; 
- o tempo de detenção do esgoto na caixa; 
- o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor. 
A caixa coletora deve ter a sua capacidade calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de 
partidas e paradas das bombas por um volume insuficiente, bem como a ocorrência de estado 
séptico por um volume exagerado. 
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No caso de recebimento de efluentes de bacias sanitárias, deve ser considerado o atendimento aos 
seguintes aspectos: 
- a caixa coletora deve possuir uma profundidade mínima igual a 0,90 m, a contar do nível da 
geratriz inferior da tubulação afluente mais baixa; o fundo deve ser suficientemente inclinado, 
para impedir a deposição de materiais sólidos quando caixa for esvaziada completamente; 
- a caixa coletora deve ser ventilada por um tubo ventilador, preferencialmente independente de 
qualquer outra ventilação utilizada no edifício; 
- devem ser instalados pelo menos dois grupos motobomba, para funcionamento alternado. 
Estas bombas devem permitir a passagem de esferas com diâmetro de 0,06 m e o diâmetro 
nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 75. 
Caso a caixa coletora não receba efluentes de bacias sanitárias, devem ser considerados os 
seguintes aspectos: 
- a profundidade mínima deve ser igual a 0,60 m; 
- as bombas a serem utilizadas devem permitir a passagem de esferas de 0,018 m e o diâmetro 
nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 40. 
As tubulações de sucção devem ser previstas de modo a se ter uma para cada bomba e possuir 
diâmetro nominal uniforme e nunca inferior ao das tubulações de recalque. 
As tubulações de recalque devem atingir um nível superior ao do logradouro, de maneira que 
impossibilite o refluxo do esgoto, devendo ser providas de dispositivos para este fim. 
O volume útil da caixa coletora pode ser determinado através da seguinte expressão: 
 
Onde: 
Vu é o volume compreendido entre o nível máximo e o nível mínimo de operação da caixa 
(faixa de operação da bomba), em m3; 
Q é a capacidade da bomba determinada em função da vazão afluente de esgoto à caixa 
coletora, em m3/min; 
t é o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor, em minutos. 
Recomenda-se que o intervalo entre duas partidas consecutivas do motor não seja inferior a 10 
min, no sentido de se preservar os equipamentos eletromecânicos de frequentes esforços de 
partida. 
Recomenda-se que a capacidade da bomba seja considerada como sendo, no mínimo, igual a duas 
vezes a vazão afluente de esgoto sanitário. 
O volume total é obtido pelo volume útil somado àqueles ocupados pelas bombas (se forem do 
tipo submersível), tubulações e acessórios da instalação que se encontrem no interior da caixa 
coletora 
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O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora pode ser determinado a partir da seguinte 
equação: 
d = Vt/q 
Onde: 
d é o tempo de detenção do esgoto na caixa coletora, em minutos; 
Vt é o volume total da caixa coletora, em m3; 
q é a vazão média de esgoto afluente, em m3/min. 
O tempo de detenção do esgoto na caixa não deve ultrapassar 30 min, para que não haja 
comprometimento das condições de aerobiose do esgoto. 
i) Componentes do subsistema de ventilação 
Se as tubulações do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário foram dimensionadas 
pelo método hidráulico constante no anexo B da NBR 8160, as tubulações do subsistema de 
ventilação devem ser dimensionadas pelo método apresentado no anexo D da mesma norma. 
Caso contrário, as tubulações do subsistema de ventilação, devem ser dimensionadas a partir da 
metodologia apresentada a seguir. 
Devem ser adotados os seguintes critérios para o dimensionamento do sistema de ventilação 
secundária: 
- ramal de ventilação: diâmetro nominal não inferior aos limites determinados na tabela a seguir: 
 
- tubo ventilador de circuito: diâmetro nominal não inferior aos limites determinados na tabela 2 
da NBR 8160; 
- tubo ventilador complementar: diâmetro nominal não inferior à metade do diâmetro do ramal de 
esgoto a que estiver ligado; 
- coluna de ventilação: diâmetro nominal de acordo com as indicações da tabela 2 da NBR 8160. 
Inclui-se no comprimento da coluna de ventilação, o trecho do tubo ventilador primário entre o 
ponto de inserção da coluna e a extremidade aberta do tubo ventilador; 
- barrilete de ventilação: diâmetro nominal de cada trecho de acordo com a tabela 2 da NBR 8160, 
sendo que o número de UHC de cada trecho é a soma das unidades de todos os tubos de queda 
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servidos pelo trecho, e o comprimento a considerar é o mais extenso, da base da coluna de 
ventilação mais distante da extremidade aberta do barrilete, até essa extremidade; 
- tubo ventilador de alívio: diâmetro nominal igual ao diâmetro nominal da coluna de ventilação a 
que estiver ligado. 
 
3 – PROJETO DA REDE COLETORA DE ESGOTO (NBR 9649) 
A NBR 9649 adota as seguintes definições: 
Ligação predial: Trecho do coletor predial (ver NBR 8160) compreendido entre o limite do terreno 
e o coletor de esgoto. 
Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores 
prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento. 
Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia. 
Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros 
coletores. 
Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante. 
Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto, e seus órgãos 
acessórios. 
Trecho: Segmento de coletor, coletor tronco, interceptor ou emissário, compreendido entre 
singularidades sucessivas; entende-se por singularidade qualquer órgão acessório, mudança de 
direção e variações de seção, de declividade e de vazão quando significativa. 
Poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura existente em sua parte superior, 
destinada à execução de trabalhos de manutenção. 
Tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de 
equipamentos de limpeza. 
Terminal de limpeza (TL): Dispositivo que permite introdução de equipamentos de limpeza, 
localizado na cabeceira de qualquer coletor. 
Caixa de passagem (CP): Câmara sem acesso localizada em pontos singulares por necessidade 
construtiva. 
Sifão invertido: Trecho rebaixado com escoamento sob pressão, cuja finalidade é transpor 
obstáculos, depressões do terreno ou cursos d’água. 
Passagem forçada: Trecho com escoamento sob pressão, sem rebaixamento. 
Profundidade: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz inferior interna do 
coletor. 
Recobrimento: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz superior externa do 
coletor. 
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Tubo de queda: Dispositivo instalado no poço de visita (PV), ligando um coletor afluente ao fundo 
do poço. 
Coeficiente de retorno: Relação média entre os volumes de esgoto produzido e de água 
efetivamente consumida. 
 
3.1 – REQUISITOS DO PROJETO 
O levantamento planialtimétrico da área de projeto e de suas zonas de expansão deve ser 
apresentado em escala mínima de 1:2000, com curvas de nível de metro em metro e pontos 
cotados onde necessários. 
A planta deve ser apresentada com escala mínima de 1:10000, onde estejam representadas em 
conjunto as áreas das bacias de esgotamento de interesse para o projeto. 
Dave haver o levantamento de obstáculos superficiais e subterrâneos nos logradouros onde, 
provavelmente, deve ser traçada a rede coletora, assim como o levantamento cadastral da rede 
existente. 
Deve-se realizar sondagens de reconhecimento para determinação da natureza do terreno e dos 
níveis do lençol freático. 
 
3.2 – ATIVIDADES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO 
a) Delimitação das bacias e sub-bacias de esgotamento cujas contribuições podem influir no 
dimensionamento da rede, inclusive as zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites 
políticos administrativos. 
b) Delimitação da área do projeto. 
c) Fixação do início de operação da rede e determinação do alcance do projeto e respectivas 
etapas de implantação para as diversas bacias de esgotamento. 
d) Cálculo das taxas de contribuição inicial e final, definidas no Anexo. 
e) Traçado da rede, interligações com a rede existente, se prevista sua utilização, e posição dos 
outros componentes do sistema em relação à rede. 
f) Verificação da capacidade da rede existente, se prevista sua utilização. 
g) Dimensionamento hidráulico da rede e seus órgãos acessórios. 
h) Desenho da rede coletora e de seus órgãos acessórios. Devem ser localizadas em planta as 
contribuições industriais e outras contribuições singulares. 
i) Relatório de apresentação do projeto contendo no mínimo: 
- apreciação comparativa em relação às diretrizes da concepção básica; 
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- cálculo hidráulico; 
- aspectos construtivos; 
- definição dos tubos, materiais e respectivas quantidades; 
- especificações de serviços; 
- orçamentos; 
- aspectos de operação e manutenção; 
- desenhos. 
 
3.3 – DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO 
Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial e final (Qi e Qf). 
Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com validade estatística, recomenda-se como o 
menor valor de vazão 1,5 L/s em qualquer trecho. 
Os diâmetros a empregar devem ser os previstos nas normas e especificações brasileiras relativas 
aos diversos materiais, o menor não sendo inferior a DN 100. 
A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível e nem 
superior à máxima calculada segundo o critério dos parágrafos seguintes. 
Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor mínimo σt = 1,0 Pa, 
calculada para vazão inicial (Qi), para coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade mínima que 
satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada: Iomín. = 0,0055.Qi - 0,47, 
sendo Iomín. em m/m e Qi em L/s. 
Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tensão trativa média e declividade 
mínima a adotar devem ser justificados. 
A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidade final = 5 m/s. 
Quando a velocidade final é superior à velocidade crítica, a maior lâmina admissível deve ser 50% 
do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho; a velocidade crítica é definida por: 
vc = 6 (g.RH)1/2 ,onde g = aceleração da gravidade e RH = raio hidráulico. 
As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o escoamento em regime uniforme e 
permanente, sendo o seu valor máximo, para vazão final (Qf), ≤ a 75% do diâmetro do coletor. 
Sempre que a cota do nível d’água na saída de qualquer PV ou TIL está acima de qualquer das 
cotas dos níveis d’água de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de 
montante. 
 
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3.4 – DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS 
Devem ser construídos poços de visita (PV) em todos os pontos singulares da rede coletora, tais 
como no início de coletores, nas mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material, 
na reunião de coletores e onde há degraus. 
Garantidas as condições de acesso de equipamento para limpeza do trecho a jusante, pode ser 
usada caixa de passagem (CP) em substituição a poço de visita (PV), nas mudanças de direção, 
declividade, material e diâmetro, quando possível a supressão de degrau. 
As caixas de passagem (CP) podem ser substituídas por conexões nas mudanças de direção e 
declividade, quando as deflexões coincidem com as dessas peças. 
As posições das caixas de passagem (CP) e das conexões utilizadas devem ser obrigatoriamente 
cadastradas. 
Terminal de limpeza (TL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV) no início de 
coletores. 
Tubo de inspeção e limpeza (TIL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV), nos casos

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