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Reconhecimento de Paternidade Socioafetiva post mortem - Sheila Maria Rocha

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Prévia do material em texto

2ª Defensoria Pública da Comarca de Pacatuba
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DA COMARCA DE PACATUBA– CEARÁ.
SHEILA MARIA ROCHA, brasileira, solteira, dona de casa, RG nº 920105092110, SSP/CE, CPF nº 414.119.353-49, residente e domiciliada na Rua Santana da Paraíba, nº 372-C, Pavuna, Pacatuba - CE, sob o patrocínio da Defensoria Pública do Estado do Ceará, por um de seus membros, infrafirmado, constituído na forma do art. 128, XI, da Lei Complementar Federal no 80/94, podendo ser intimado pessoalmente nas Defensorias de Família, localizadas no Fórum desta Capital, e, para tanto, dispensada procuração, conforme dispõe o art. 16, parágrafo único da Lei 1.060/50, vem, perante V.Exa. propor a presente
 AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE SOCIOAFETIVA POST MORTEM
em face de LUIZ GONZAGA ROCHA RAMOS, brasileiro, MARIA DE LOURDES ROCHA RAMOS, brasileira, ambos residentes e domiciliados na Rua Rio Ceará, nº 504, Parque Leblon, Caucaia – CE, CEP 61631-330 e PAULO AIRTON ROCHA RAMOS, brasileiro, residente e domiciliado na Rua Antonio Acioli, nº 1297, Itaperi, Fortaleza – CE. 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, requer os benefícios da gratuidade da justiça na sua integralidade, com esteio nos incisos I a IX, do §1º do art. 98, face sua insuficiência de recursos, não tendo a mínima condição de arcar com o pagamento das custas, despesas processuais e os honorários advocatícios, conforme reza o art. 98 e 99, do Código de Processo Civil, indicando a Defensoria Pública do Estado do Ceará para o patrocínio da causa.
DA INEXISTÊNCIA DE E-MAIL
A parte Autora informou não possuir endereço eletrônico, destarte, não há infringência ao inciso II, na forma do § 3º do art. 319 do Código de Processo Civil.
DA AUSÊNCIA DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS
À luz do que dispõe o art. 976 do Código de Processo Civil, vale afirmar ao Douto Julgador que o caso em tela não se trata de uma demanda repetitiva, nem configura um risco de ofensa à isonomia e nem à segurança jurídica. 
DOS FATOS
A requerente nasceu em 10 de outubro de 1973 e logo em seguida foi abandonada por seus pais biológicos na residência de FRANCISCA FERREIRA DA ROCHA.
Cumpre salientar que a Requerente desconhece completamente a identidade e paradeiro de seus genitores. Além disso, desde seus primeiros dias foi criada como filha por Francisca Ferreira da Rocha, esta já falecidos, conforme se depreende da cópia da certidão de óbito anexa. 
Ademais, deve-se salientar que a Requerente foi registrado como criança “exposta”, ou seja, não consta os nomes de seus pais biológicos na certidão de nascimento, mas tão somente da declarante. Contudo, na segunda via de sua certidão de nascimento consta como genitora a Sra. Francisca Ferreira da Rocha, conforme se depreende dos documentos anexos. Assim, diante do conflito de suas informações de filiação nas duas certidões de nascimento, a Requerente está impossibilitada de requerer a segunda via de seu CPF e outros documentos de identificação.
Deve-se evidenciar que a Requerente reconhece como sua mãe socioafetivos a Sra. Francisca Ferreira da Rocha, pois criou um forte laço afetivo, que pode ser comprovado com o depoimento de seus irmãos afetivos, filhos biológicos da Sra. Francisca, ora Requeridos. De outra parte, a Sra. Francisca também sempre tratou a Requerente como filha, sem qualquer distinção com os demais filhos biológicos do casal. 
A consagração da maternidade real exercida se afere pelo fato desta usar o nome de sua mãe socioafetiva há muito tempo, já que tem no seu registro a marca da sua identidades pessoal, além de ter sido beneficiada por meio de afeto, assistência, convivência prolongada, com a transmissão de valores e por ter ficado conhecida perante a sociedade como detentora do ‘estado de posse de filho’.
Assim, sempre foi mútua a vontade de ser concretizar a paternidade socioafetiva, sendo de rigor o seu reconhecimento.
DO DIREITO
Antes de adentrar no mérito da questão, gostaria de regressar a tempos primórdios, com o fito de demonstrar que a socioafetividade, apesar de ser recente no ordenamento jurídico pátrio, já existe há muitos e muitos séculos atrás. Se observar nos escritos bíblicos, Moisés foi filho afetivo, assim como Jesus Cristo, conforme relata Lucas na Bíblia sagrada 1:1-23 ao capitulo 1;52_80. Ele foi concebido pelo espírito santo. Contudo, foi José de Nazaré, seu pai afetivo. Inclusive o registrou como filho, devido o decreto de Cesar Augusto, como constam nas sagradas escrituras. 
Não distante nossa Constituição retirou certos estigmas que afligiram nossa sociedade por décadas. 
Observa-se, V.ª Ex.ª, na legislação pátria uma constante evolução na proteção da família. A Constituição Federal de 1988 acabou, por exemplo, com a diferença de tratamento entre os filhos havidos dentro e fora do casamento, vedando quaisquer discriminações relativas à origem da filiação, como era feito na legislação civil (a qual utilizava as expressões ilegítimas, espúrias, incestuosas ou adulterinas). 
“Art. 227. § 6º: Os filhos havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.”.
Outra situação frequente na realidade nacional é o registro de uma criança por pessoa que não é (são) sua (seus) genitor (es), que de tão comum, originou a expressão “adoção à brasileira”. 
O Código Civil, inclusive, protege os filhos frutos de fecundação artificial (art. 1597). A legislação, portanto, apenas regulamentou oficialmente tais situações que já ocorriam de fato e corriqueiramente no cotidiano de muitos brasileiros. Hoje, filhos são apenas filhos, independentemente de terem sido concebidos dentro ou fora do matrimônio, o que está em absoluta consonância com o princípio constitucional da dignidade humana. 
Da mesma forma, hoje não são poucos os casos em que, sem que haja uma formalização (guarda, curatela, tutela, adoção), pessoas “adotam” crianças e as criam como se seus próprios filhos fossem. 
Contudo, se a legislação pátria evoluiu no sentido de regulamentar os diversos tipos de filiação, falhava ao não tratar da posse do estado de filho como meio de comprovação da existência de laços afetivos na relação de filiação, o que indubitavelmente atenderia ao já consagrado princípio do melhor interesse da criança, pois já não é apenas o vínculo biológico que configura a filiação. 
Até que veio a lei 11.424/09, que dispõe que o art. 57 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a vigorar acrescido do seguinte § 8º: 
“§ 8º O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§ 2º e 7º deste artigo, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa concordância destes, sem prejuízo de seus apelidos de família.”.
Devido o grande clamor da sociedade evoluída, como exemplo as várias decisões judiciais em que se reconhece o laço afetivo superior ao laço biológico em ações de investigação de paternidade (jurisprudência acrescentada ao final). Assim, o interessado em ver reconhecido o laço socioafetivo, ou tenta fazê-lo de forma voluntária ou recorre ao Poder Judiciário. No presente caso, o pai socioafetivo requer de forma voluntária o reconhecimento de sua paternidade. 
O novo posicionamento acerca da verdadeira paternidade não despreza o liame biológico da relação paterno-filial, mas dá notícia do incremento da paternidade socioafetiva, da qual surge um novo personagem a desempenhar o importante papel de pai: o pai social, que é o pai de afeto, aquele que constrói uma relação com o filho, seja biológica ou não, moldada pelo amor, dedicação e carinho constantes” (Almeida, Maria Cristina de Investigação de Paternidade e DNA: Aspectos Polêmicos. 2001, p.159-60, citada por Juliana Brito Mendes de Barros . 
Não obstante as dificuldades existentes pode-se observar no Código Civil um amparo para que seja observado o laço afetivo como elemento configurador do estado de filiação:Dispõe o art. 1593: 
“Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem.”.
A legislação, portanto, não excluem da formação do liame de filiação os laços socioafetivos. “Também no art. 1.605, inciso II do mesmo Código:” 
“Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito: (...) 
II -quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.” 
Depreende-se, portanto, que a lei privilegia situações de fatos já certos, como o presente caso, segundo se comprova com a documentação coligida com esta inicial e as demais provas a serem produzidas no decorrer da instrução. 
Entende-se por verdade sociológica, a constatação de que ser pai ou mãe, não se pauta apenas no vínculo genético com a criança, mas naquela pessoa que cria, educa, dá amor, carinho, dignidade e condição de vida, realmente exercendo a função de pai ou de mãe levando em consideração o melhor interesse da criança. 
Nota-se que muitas vezes os laços de afetividade que unem pai e filho, são mais fortes que os vínculos consanguíneos que, porventura, possam existir. “(Idem) Das características da posse do estado de filho Doutrinariamente, são três elementos que caracterizam o estado de filho: nome, trato e fama”. 
A consagração da paternidade real exercida se afere pelo fato deste usar o nome do seu pai socioafetivo há muito tempo, já que tem no seu registro a marca da sua identidade pessoal, além de ter sido beneficiado por meio de afeto, assistência, convivência prolongada, com a transmissão de valores e por ter ficado conhecido perante a sociedade como detentor do ‘estado de posse de filho’. A posse de estado de filho consiste justamente no desfrute público e contínuo da condição de filho legítimo, como se percebe do feito em análise.
A jurisprudência dos Tribunais pátrios é nesse sentido:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE PATERNIDADE E MATERNIDADE SÓCIO-AFETIVA CUMULADA COM RETIFICAÇÃO DE REGISTRO PÚBLICO. SENTENÇA TERMINATIVA. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO DECRETADA EM FACE DA AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO ESCRITA DEMONSTRANDO O INTERESSE DOS PAIS DE CRIAÇÃO EM ADOTAR. RECURSO DA AUTORA COM O FITO DE VER RECONHECIDA A POSSIBILIDADE JURÍDICA DO MANEJO DA AÇÃO. SUBSISTÊNCIA. PEDIDO DE RECONHECIMENTO JURÍDICO DE VÍNCULO SÓCIO-AFETIVO QUE TEM AMPARO EM PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. RECURSO PROVIDO. 1- A tendência atual do Direito, e mais especificamente do Direito de Família, é a de gradativamente abandonar as formas jurídicas rígidas e em confronto com a realidade social em nome da satisfação da plena liberdade de desenvolvimento dos cidadãos no seio social. 2- Longe das antigas fórmulas de caráter patrimonialista ¿ onde os casamentos eram ajustados pelo patriarca, e as mulheres estavam submetidas ao alvedrio do pai ou marido ¿, após as conquistas feministas e a regulamentação do divórcio, há algumas décadas a família baseia-se na livre vontade dos parceiros em manter laços de cunho afetivo. Essa nova realidade, por mais que não esteja completamente consolidada em nossa legislação positiva, não pode ser desprezada pelo intérprete do Direito. A função do Poder Judiciário, nesses casos, é a de resguardar a liberdade dos cidadãos de agruparem-se conforme seus interesses afetivos, conferindo-lhes a proteção jurídica (e porque não patrimonial) digna, tal qual lhes seria igualmente conferida se o agrupamento (a família) pudesse ser enquadrado na forma tradicional. 3- Em 1988 a novel Constituição deu um primeiro passo na seara do reconhecimento jurídico das entidades familiares estabelecidas tão-somente com base no afeto ao emprestar a devida proteção do Direito à União Estável. A partir de então houve um deslocamento do conceito jurídico de família para a união de pessoas decorrente do vínculo de afeto, e não simplesmente na união jurídica advinda do ato formal representado pelo casamento. Com base nesta inovação legal ¿ engendrada pela Constituição ¿, combinada com a aplicação prática do Princípio da Dignidade Humana, plenamente possível emprestar caráter oficial ao Estado de Filiação nascido e desenvolvido simplesmente com base no afeto. 4- É inexorável o reconhecimento judicial de que a família na sociedade contemporânea é fruto muito mais do afeto e do sentimento de humanidade do que do DNA. (TJ-SC - AC: 182795 SC 2006.018279-5, Relator: Denise Volpato, Data de Julgamento: 18/03/2010, Primeira Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Porto União).
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE SOCIOAFETIVA POST MORTEM. INEXISTÊNCIA DE PAI REGISTRAL/BIOLÓGICO. EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO PATERNO-FILIAL QUE CARATERIZA A PATERNIDADE SOCIOAFETIVA. INCLUSÃO DO NOME PATERNO. ANULAÇAO DE ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTARÁRIO E PARTILHA. RECURSOS CONHECIDOS E NÃO PROVIDOS. SENTENÇA MANTIDA.
1. Os apelantes pretendem a modificação da r. sentença da instância a quo para que seja julgado improcedente o pedido de reconhecimento de paternidade socioafetiva e, por consequência seja declarada a legalidade da partilha dos bens anteriormente registrada.
2. Os adquirentes dos direitos sobre o imóvel, objeto do pedido de anulação da Escritura Pública de Inventário e Partilha, alegam, em sede preliminar, a ilegitimidade passiva, sob entendimento de não ser possível incluir o espólio no pólo passivo, mas somente os herdeiros. A preliminar não merece prosperar em virtude da superveniência de fato modificativo do direito que pode influir no julgamento da lide, conforme art. 462 do Código de Processo Civil, com a possibilidade da ocorrência da evicção.
3. A paternidade socioafetiva é construção recente na doutrina e na jurisprudência pátrias, segundo o qual, mesmo não havendo vinculo biológico alguém educa uma criança ou adolescente por mera opção e liberalidade, tendo por fundamento o afeto. Encontra guarida na Constituição Federal de 1988, § 4º do art. 226 e no § 6º art. 227, referentes aos direitos de família, sendo proibidos quaisquer tipos de discriminações entre filhos.
4. A jurisprudência, mormente na Corte Superior de Justiça, já consagrou o entendimento quanto à plena possibilidade e validade do estabelecimento de paternidade/maternidade socioafetiva, devendo prevalecer a paternidade socioafetiva para garantir direitos aos filhos, na esteira do princípio do melhor interesse da prole.
5. No caso dos autos resta configurado o vínculo socioafetivo entre as partes, que se tratavam mutuamente como pai e filho, fato publicamente reconhecido por livre e espontânea vontade do falecido, razão pela qual deve prevalecer o entendimento firmado na sentença quanto à declaração do vinculo paterno-filial, resguardando-se os direitos sucessórios decorrentes deste estado de filiação, e respectiva anulação da Escritura Pública de Inventário e Partilha anteriormente lavrada.
6. Recursos conhecidos e não providos. Sentença mantida integralmente.
(Acórdão n.895903, 20110210037040APC, Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES, Revisor: TEÓFILO CAETANO, 1ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 16/09/2015, Publicado no DJE: 06/10/2015. Pág.: 183)
Diante da abastada jurisprudência e doutrina, para que não fique duvida acerca do direito tutelado, de rigor o reconhecimento da paternidade socioafetiva entre a Requerente e a Sra. Francisca Ferreira da Rocha.
DO PEDIDO
Por todo o exposto, o requerente requer: 
a) O deferimento da gratuidade processual; 
b) Determinar a citação dos promovidos, para, querendo, responder ao presente feito, no prazo legal, bem como acompanhá-lo em todos os seus procedimentos até julgamento final, sob pena de, em assim não o fazendo, sofrer os efeitos da revelia;
b) Que a ação seja julgada procedente para declarar a maternidade socioafetiva entre a Requerente e a Sra. Francisca Ferreira da Rocha e, consequentemente seja reconhecido como filha para todos os efeitos legais, sem distinção, com a devida inclusão no registro de nascimento;
c) Cite o Ilustrerepresentante do Ministério Público, para tomar ciência da presente ação e se manifestar sobre a mesma, 
d) Requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, pelos documentos juntados com a inicial, outros documentos necessários a contrapor eventuais argumentos da defesa, testemunhais, periciais que sejam precisos para o deslinde completo da lide. 
Dá-se a causa o valor de R$ 998,00 (novecentos e trinta e sete reais), apenas para efeito de alçada, visto que o objeto do pedido não tem conteúdo econômico. 
Nestes termos
Pede e espera deferimento.
 Pacatuba, 13 de maio de 2019.
NATHALIA DE RICCIO
Defensora Pública

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