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ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS NO MUNICÍPIO GOIÂNIA-GO

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LICENCIATURA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
 CAROLINE DA CRUZ MORARI
 RA: 8082912
 GERENCIAMENTO E CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL
	
GOIÂNIA – GO
2020
 CAROLINE DA CRUZ MORARI
 GERENCIAMENTO E CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL
Portfólio Acadêmico apresentado ao núcleo de atividades Integradas como requisito para aprovação na disciplina.
Orientador (a): Danilo Aqueu Rufo
	 
 ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS NO MUNICÍPIO GOIÂNIA-GO
1. INTRODUÇÃO 
O crescimento das cidades nas últimas décadas tem sido responsável pelo aumento da pressão das atividades antrópicas sobre os recursos naturais. Ao longo deste processo, registra-se o progresso dos centros urbanos, à custa de degradação ambiental, com a consequente diminuição da oferta de recursos naturais. Com o advento das políticas públicas para o meio ambiente e das normas certificáveis de sistemas de gestão da qualidade ambiental, organizações de diferentes setores econômicos busca-se meios de garantir melhoria contínua também no que concerne aos aspectos ambientais.
O impacto ambiental é o desequilíbrio provocado pelo resultado da intervenção humana sobre o meio ambiente. Desta forma o Impacto Ambiental pode ser positivo ou negativo. No primeiro caso, o homem interage com o meio ambiente visando adequá-lo e adaptar as suas necessidades, sem com que cause algum dano, em alguns casos pode haver até mesmo uma melhoria do meio ambiente, devendo assim ser estimulados. Já no segundo caso, o homem atua de tal forma que provoca um dano ao meio ambiente, deve Para a lei, impacto ambiental, conforme previsão da Resolução n. 1/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO GOIÂNIA – GO
2.1 Aspectos Históricos
Goiânia foi fundada em 24 de outubro de 1933 por Pedro Ludovico Teixeira, então interventor federal do estado. Impulsionado pela Marcha para o oeste, movimento de Getúlio Vargas que promovia a ocupação do centro-oeste brasileiro, a cidade foi construída para abrigar a nova capital de Goiás, visto que a antiga capital Vila Boa (atual Cidade de Goiás) não comportava a expansão territorial prevista para a sede administrativa do estado devido às condições físicas da área, tais como as irregularidades do terreno e as altas temperaturas.
Dentre as áreas propostas, escolheu-se àquela próxima a cidade de Campininha das Flores, uma vez que a região era dotada de superfície relativamente plana, com abundância em água, clima ameno e próxima a estrada de ferro.
Goiânia é uma das poucas cidades planejadas no Brasil. Foi projetada inicialmente pelo urbanista Atílio Corrêa Lima e planejada para abrigar 50 mil pessoas. O processo de migração para o município foi resultado de três importantes ações:
· A divulgação nacional de lotes à venda na nova capital;
· A mecanização dos serviços agropecuários, promovendo o êxodo rural em todo território brasileiro;
· A construção de Brasília;
Com isso, Goiânia saltou de 48 mil habitantes da década de 40 para 390 mil habitantes na década de 70, segundo levantamento do IBGE. Em razão desse aumento populacional, a cidade começou a expandir horizontalmente para áreas além dos limites definidos no primeiro Plano Diretor.
A partir da década de 70 Goiânia passou a abrigar loteamentos distantes do centro urbano, visto a necessidade do crescimento territorial da cidade. Essa medida acarretou problemas que são visíveis até os dias atuais, como a precariedade no transporte público – visto a distância que a população mora do centro – além da ausência de infraestrutura básica – como iluminação pública, serviços de água e tratamento de esgoto – em boa parte desses loteamentos.
2.2 Aspectos Geográficos 
Goiânia é capital do estado de Goiás. Possui uma área aproximada de 728 km² e em 2018 apresentava uma população de 1.516.113 milhões de pessoas, segundo informações do Instituto Mauro Borges (IMB). A 210 km de distância de Brasília, capital federal, a cidade é o centro da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), composta por 20 municípios e com 2,2 milhões de habitantes, tornando a RMG a décima região metropolitana mais populosa do país. O habitante que ali nasceu é denominado goianiense.
Goiânia está localizada no planalto central, estando aproximadamente 750 metros acima do nível do mar. Caracterizada pelo terreno aplainado, Goiânia pouco apresenta variações bruscas de relevo. A maior elevação altimétrica do município é o Morro do Mendanha, com 841 metros de altitude, onde se encontram as antenas dos canais de televisão aberta da cidade.
Figura 1 – Localização do município de Goiânia
2.3 Aspectos Socioeconômicos
Goiânia é a maior economia do estado, tendo seu PIB aproximado em 46 bilhões de reais. As principais atividades econômicas do município são:
Saúde, sendo Goiânia referência em serviços de saúde, com clínicas e hospitais especializados em distintas áreas da medicina;
Atividades imobiliárias, com a atuação de incorporadoras e construtoras em diversas áreas da cidade;
Confecção, uma vez que Goiânia é um dos maiores polos de confecção de roupas e tecidos do país. O comércio da confecção em Goiânia também é forte na economia goianiense, com destaque para a Rua 44, Feira Hippie e a Avenida Bernardo Sayão, todas áreas de comercialização de roupas, que atrai uma grande quantidade de varejistas de todo o país.
3. IMPACTOS AMBIENTAIS NO MUNICÍPIO
3.1. Poluição Atmosférica 
Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Federal de Goiás (IFG) foi detectada a presença de elementos conhecidos como metais pesados, na agua das chuvas coletadas na capital, o que constatou poluição do ar atmosférico em Goiânia. Foi constatada dos seguintes elementos químicos em ordem quantitativa decrescente: Cálcio, Alumínio, Estrôncio, Magnésio, Ferro, Sódio, Zinco, Manganês, e Bário. 
Os elementos-traço, como Zinco, Chumbo e Cobre, por exemplo, são lançados na natureza por diversas fontes de emissão nos centros urbanos. Esses elementos vão parar também na atmosfera e são encontrados na precipitação das águas das chuvas.
Ainda sobre os resultados, a presença de Ferro encontrada em todos os cincos pontos de coleta da pesquisa evidenciou o quanto as atividades da área de metal-mecânica em Goiânia acabam interferindo na qualidade do ar atmosférico.
Outra preocupação foi a identificação de Magnésio em todas as regiões em que houve a coleta da água das chuvas, especialmente, nos locais em que há maior atividade industrial em Goiânia. De acordo com o estudo, a grande incidência do Magnésio no meio ambiente pode causar doenças degenerativas e ocasiona também efeitos carcinogênicos e mutagênicos.
3.2. Resíduos Sólidos
A geração dos resíduos sólidos pelas atividades humanas é vista como um dos principais problemas ambientais em todo o mundo, sendo assim é grande a preocupação com a seu manejo ambientalmente correto, evitando assim prejuízos sociais, econômicos e ambientais, gerenciando-os de forma adequada, utilizando-se das tecnologias disponíveis.
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Goiânia-GO, teve como orientação a metodologia participativa a partir de três grandes eixos de trabalho: Mobilização e Participação Social para divulgar as ações da construção do PMGIRS; Diagnóstico sobre a situação existente da geração e gestão dos resíduos do município e; Diretrizes, Metas e Ações relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes a não geração, redução, reutilização, reciclagem e disposição final ambientalmente adequada.
3.3. Classificação dos Resíduos Sólidos
Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluçõestécnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (BRASIL, ABNT NBR 10.004, de 30 de novembro de 2004). Neste aspectos podemos definir um panorama geral dos resíduos sólidos de acordo com as atividades em destaque nos grandes centros urbanos.
	TIPO DE RESIDUO 
	CLASSIFICAÇÃO
	Resíduos industriais
	Gerados em indústrias, sendo da empresa geradora a responsabilidade por seu manejo e por sua destinação. No caso dos resíduos serem destinados a um aterro, a responsabilidade passa a ser compartilhada com a empresa que gerencia a unidade (CONAMA 3013/2002).
	Resíduos urbanos
	Compreendem os resíduos domiciliares, comerciais (produzidos em escritórios, lojas, hotéis, supermercados e restaurantes) e de serviços oriundos da limpeza pública urbana (resíduos de varrição de vias públicas, das podas, da limpeza de galerias, terrenos, córregos, praias e feiras). A coleta e a disposição final desses resíduos são de responsabilidade das prefeituras municipais ou SLU. No caso de estabelecimentos comerciais que geram grandes volumes, a responsabilidade passa a ser do estabelecimento gerador (ABNT 10004/2004, CONAMA 401/2008).
	Entulhos
	Consistem basicamente de RCC, como, por exemplo, demolições, restos de obras, solos de escavações e materiais afins, sendo as prefeituras co-responsáveis por pequenas quantidades, de acordo com legislação municipal específica (CONAMA 307/2002, CONAMA 348/200, CONAMA 431/2012).
	Resíduos de serviços de saúde
	Produzidos em hospitais, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios de análises clínicas, farmácias, centros de saúde, consultórios odontológicos, entre outros. Esses resíduos podem ser comuns (restos de alimentos, papéis, invólucros) ou sépticos (restos de material cirúrgico e de tratamento médico), sendo o gerador o responsável pelo seu gerenciamento (RDC 306/2004 ANVISA e CONAMA 358/05).
	Resíduos de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários
	Constituem resíduos sépticos que podem conter organismos patogênicos, tais como materiais de higiene e de asseio pessoal, além de restos de comida. Possuem capacidade de veicularem doenças de outras cidades, estados e países, cabendo ao gerador a responsabilidade pelo seu gerenciamento (CONAMA 05/93).
	Resíduos agrícolas
	Correspondem aos resíduos das atividades da agricultura e da pecuária, tais como embalagens de adubos, de defensivos agrícolas e de ração, restos de colheita e esterco animal. O responsável pelo gerenciamento é o gerador; a empresa que faz o tratamento ou a disposição final é co-responsável. (ABNT 10004/2004)
	Resíduos radiativos
	Provenientes dos combustíveis nucleares e de alguns equipamentos que usam elementos radiativos, sendo de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM-NE-6.05/85).
Assim, faz-se necessários seguir etapas de classificação para se definir o grau de periculosidade dos resíduos gerados e classificá-los no intuito de definir padrões para o correto manejo e destinação final destes resíduos, de acordo com o fluxograma (ABNT 10.004/2004)
3.4. Coleta de resíduos sólidos
A coleta de resíduo domiciliar (RDO), ou coleta domiciliar, consiste na coleta regular e destinação de resíduos sólidos gerados em edificações residenciais, comerciais, públicas e de prestações de serviços, sendo esta atividade gerenciada pela prefeitura de forma descentralizada.
O recolhimento do RDO orgânico faz parte do circuito de coleta comum da COMURG com rota, horário e divisão responsável pela coleta predefinida, em uma frequência trissemanal ou diária.
O município também conta com a coleta dos resíduos recicláveis através do Programa Goiânia Coleta Seletiva (PGCS), criado em 2008 e com o objetivo de evitar que materiais recicláveis fossem para o aterro sanitário, podendo assim aumentar a vida útil deste, e ao mesmo tempo, beneficiar famílias em cooperativas de catadores.
Na primeira etapa de implantação do PGCS, a coleta dos materiais recicláveis era realizada em pontos de entrega voluntária (os PEVs) e a partir de grandes geradores do setor comercial presentes em dez grandes bairros, entre eles o Jardim América, Setor Aeroporto, Setor Bueno, Setor Campinas, Setor Central, Setor Coimbra, Setor Marista, Setor Oeste, Setor Sul e Setor Leste Vila Nova. A segunda etapa do PGCS se iniciou em 2009 a partir da coleta porta-a-porta dos resíduos recicláveis, com uma frequência de, pelo menos, uma vez na semana e através de caminhão baú, próprio para esta atividade, conduzido por um motorista e dois funcionários da COMURG para a coleta.
Hoje em dia a cidade é contemplada com a coleta dos recicláveis em 545 bairros, semelhante à coleta convencional dos resíduos orgânicos e os dias da semana, horários e fiscais responsáveis. Além da coleta porta-a-porta de RDO (orgânicos e recicláveis), no ano de 2010 teve início o projeto Cata-Treco cujo objetivo principal é subsidiar o Programa Goiânia Coleta Seletiva e as demais ações de limpeza urbana e destinação final desenvolvidas pela COMURG através da coleta de resíduos volumosos inservíveis. Atualmente o projeto disponibiliza para a população, através de abertura de uma ordem de serviço via telefone, o serviço de coleta e destinação adequada de Bens Domésticos Inservíveis – BDI os quais não devem ser dispostos para a coleta convencional, como é o caso de eletrodomésticos, móveis, peças de decoração, geladeiras e demais eletrodomésticos e móveis descartados.
4. PRESEVAÇÃO AMBIENTAL
A preservação do meio ambiente refere-se ao conjunto de práticas que visam proteger a natureza das ações que provocam danos ao meio ambiente, como a poluição, a degradação das florestas, a extinção de animais e o aquecimento global.
Devido ao atual modelo econômico, baseado em elevados níveis de consumo, o ser humano tem causado inúmeros prejuízos para a flora e fauna no planeta, ocasionando desequilíbrios ambientais irreversíveis.
Excesso de produção de lixo, contaminação das águas dos oceanos e rios, poluição do ar, efeito estufa e mudanças climáticas são apenas alguns exemplos das consequências da degradação ambiental em curso.
Em decorrência desses desequilíbrios, diversas espécies de animais estão em extinção ou correm o risco de serem extintas. Dessa forma a biodiversidade do planeta é alterada, colocando em risco o futuro das próximas gerações.
Diante desse cenário, ações de preservação da natureza tornam-se indispensáveis, tanto por parte dos governantes, que devem estabelecer regras e limites para a utilização dos recursos naturais, como de cada um dos indivíduos no seu dia-a-dia.
Preservar o meio ambiente é preservar a vida, não apenas dos seres humanos, mas de todas as espécies existentes. Afinal, se os recursos naturais não forem utilizados de maneira sustentável, as próximas gerações são colocadas em risco.
Além disso, a poluição do ar e da água, a contaminação do solo e o uso excessivo de fertilizantes já são responsáveis por problemas de saúde, como doenças respiratórias, pulmonares, cardíacas e câncer.
Confira algumas dicas de como você pode contribuir para a preservação ambiental:
1. Economize água: você pode economizar a água com cuidados simples, como evitar torneiras abertas ou banhos longos. Além disso, é possível otimizar o uso da água com a utilização de um sistema de captação de água da chuva, por exemplo.
2. Separe o lixo: separar o lixo é uma forma muito eficiente de contribuir para que os materiais reciclados sejam encaminhados para pontos de reciclagem e se tornem matéria-prima para outros produtos ao invés de lixo.
3. Faça compostagem: você pode fazer a compostagem dos lixos orgânicos que produzir, assim além de diminuir a quantidade de lixo eliminada, você terá um excelente composto orgânico para colocar nas suas plantas.
4. Economize energia elétrica: utilize a energia elétrica apenas quando necessário, apague as luzes quando não estiver nos ambientes e ligue os aparelhos eletrônicos apenas quando estiver usando. Aproveite a luz natural do sol e substitua suas lâmpadas por modelos mais econômicos.
5. Evite utilizaro carro: sempre que possível faça seus trajetos de bicicleta, a pé ou de ônibus. A queima do combustível elimina dióxido de carbono no ar, que é um gás do efeito estufa que contribui para a intensificação do aquecimento global.
6. Reutilize e compre apenas o necessário: evite comprar produtos que já possui ou que podem ser adquiridos de segunda mão. Além disso, antes de fazer uma compra, pense se realmente precisa daquele objeto, muitas vezes compramos sem necessidade.
7. Respeite as leis ambientais: as leis ambientais determinam as áreas de proteção ambiental e os períodos permitidos de pesca, por exemplo. Pescar em épocas de reprodução pode levar à extinção de espécies e consequentemente, desequilíbrios ambientais.
8. Colete o óleo de cozinha: nunca jogue o óleo de cozinha na pia! Além de causar o entupimento dos canos, quando não há esgotamento adequado, o óleo pode chegar aos rios e provocar a contaminação da água. Reserve o óleo usado em uma garrafa e depois leve até os pontos de coleta de óleo.
9. Prefira empresas com compromisso ambiental: quando for adquirir um produto, pesquise sobre a empresa e evite contribuir com corporações que poluem ou não fazem o adequado descarte dos resíduos que produzem.
10. Reduza o consumo de carne bovina: a produção de carne bovina, além de exigir um elevado consumo de água, provoca a emissão de gás carbônico (CO2) e metano (CH4), que intensificam o efeito estufa e elevam a temperatura do planeta.
Tanto a prefeitura de Goiânia quanto empresas privadas e faculdades realizam projetos de educação e preservação ambiental.
5. CONCLUSÃO
Através da pesquisa realizada podemos chegar à conclusão que o controle da poluição ambiental ganha cada vez mais mais atenção e conseguimos analisar sobre formas de preservação ambiental e observar como os processos são feitos em Goiânia.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://secom.ufg.br/n/98832-pesquisa-detecta-poluicao-atmosferica-em-goiania
https://www10.goiania.go.gov.br/DadosINTER/SISRS/Documentos/PlanoGestaoResiduosSolidos.PDF
https://www.significados.com.br/preservacao-do-meio-ambiente/
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