Buscar

Planeamento urbano ordenamento do território Montepuez

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
Almiro Rahamane Faque 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planeamento urbano e seus reflexos no ordenamento do território nas zonas de expansão 
caso bairro de N’coripo no distrito de Montepuez (2014-2017) 
 
Curso de licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário com habilitações em 
Ecoturismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Montepuez 
2018 
2 
 
 
Almiro Rahamane Faque 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planeamento Urbano e seus reflexos no Ordenamento do Território nas zonas de Expansão 
caso bairro de N’coripo no distrito de Montepuez (2014-2017) 
 
Monografia Científica a ser apresentada no 
Departamento de Ciências da Terra e Ambiente, 
como requisito parcial para a obtenção do grau 
académico de Licenciatura em Gestão Ambiental e 
Desenvolvimento Comunitário, com Habilitações em 
Ecoturismo. 
 
 Supervisor: dr. Crissantos A. M. Reveque 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Montepuez 
2018 
ii 
 
Índice 
Lista de Tabelas ............................................................................................................................. iv 
Lista de figuras ................................................................................................................................ v 
Lista de Mapa ................................................................................................................................. vi 
Lista de Gráficos ........................................................................................................................... vii 
Lista de siglas e abreviaturas ....................................................................................................... viii 
Declaração...................................................................................................................................... ix 
Dedicatória ...................................................................................................................................... x 
Agradecimentos ............................................................................................................................. xi 
Resumo ......................................................................................................................................... xii 
Introdução ..................................................................................................................................... 13 
CAPITULO I- ASPECTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 15 
1.1. Tipo de pesquisa .................................................................................................................... 15 
1.1.2. Quanto a natureza ............................................................................................................... 15 
1.1.3. Quanto a abordagem ........................................................................................................... 15 
1.1.4. Quanto aos objectivos ......................................................................................................... 15 
1.1.5. Quanto aos procedimentos .................................................................................................. 16 
1.2. Métodos.................................................................................................................................. 16 
1.2.1. Método de abordagem......................................................................................................... 16 
1.2.2. Métodos de procedimento ................................................................................................... 16 
1.3. Técnica e instrumento de colecta de dados ............................................................................ 17 
1.4. Universo e amostra ................................................................................................................ 18 
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 19 
2.1. Conceitos básicos ................................................................................................................... 19 
2.2. Quadro político-legal do ordenamento do território em Moçambique .................................. 22 
2.2.1. Constituição da República de Moçambique ....................................................................... 22 
2.2.2. Política do ordenamento territorial ..................................................................................... 22 
2.2.3. Lei de ordenamento territorial ............................................................................................ 23 
2.2.4. Regulamento da lei do ordenamento territorial .................................................................. 24 
2.3. Objectivos do Ordenamento Territorial ................................................................................. 24 
2.4. Princípios do Ordenamento Territorial .................................................................................. 25 
iii 
 
2.5. Importância do ordenamento do território (ARTIGO 5) ....................................................... 26 
2.6. Sistemas de planeamento em Moçambique ........................................................................... 27 
2.6.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico ............................................. 27 
2.6.2. Direito de participação ........................................................................................................ 28 
2.7. Urbanização em Moçambique ............................................................................................... 29 
2.7.1. Urbanização e Crescimento populacional ........................................................................... 31 
2.8. Implicações de ocupação desordenada na área urbana .......................................................... 32 
2.9. Contributo dos sistemas de informação geográfica (SIG) no planeamento territorial ........... 34 
CAPITULO III: DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ........................................................... 36 
3. 1. Enquadramento geográfico do bairro de N’coripo ............................................................... 36 
3.2. Aspectos físicos naturais ........................................................................................................ 37 
3.2.1. Clima ................................................................................................................................... 37 
3.2.2. Relevo ................................................................................................................................. 38 
3.3. Infra-estruturas ....................................................................................................................... 38 
3.3.1. Habitação ............................................................................................................................ 38 
3.3.2. Saneamento do meio ........................................................................................................... 40 
3.4. Economia ............................................................................................................................... 40 
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS .............. 41 
4.1. Codificação da amostra .......................................................................................................... 41 
4.2. Factores para a ocupação desordenada do território no bairro de N’coripo .......................... 41 
4.2.1. Crescimento demográfico ................................................................................................... 41 
4.2.2. A Fiscalização ..................................................................................................................... 42 
4.2.3.Capacidade técnica- institucional ....................................................................................... 45 
4.3. A Percepção da população sobre os planos de ordenamento do território no bairro de 
N’coripo ........................................................................................................................................ 47 
4.4. Opiniões e constrangimentos ................................................................................................. 49 
4.4.2. Chefe da Fiscalização ......................................................................................................... 51 
Sugestões....................................................................................................................................... 54 
Referência bibliográfica .............................................................................................................. LIV 
APÊNDICES............................................................................................................................. LVII 
ANEXOS ................................................................................................................................. LXIV 
iv 
 
Lista de Tabelas 
Tabela 1. Apresentação da amostra…………………………………………………………...…18 
Tabela 2. Codificação da amostra……………………………………………………….........…41 
Tabela 3. Apresentação da percentagem das respostas da questão 1……….....……..……..…..42 
Tabela 4. Apresentação da percentagem das respostas da questão 2…………….…..…..……...43 
Tabela 5. Apresentação dos técnicos afectos no CMCM na área do planeamento…..………….45 
Tabela 6. Apresentação da percentagem das respostas do TPF para a questão 5…………..…...46 
Tabela 7. Apresentação da percentagem da resposta do CF para a questão 5…………..………46 
Tabela 8. Apresentação da percentagem da resposta da questão 5…………………………...…47 
Tabela 9. Apresentação da percentagem da resposta do CF para a questão 8……………..……48 
Tabela 10. Apresentação da percentagem da resposta do RB para a questão 9…………...…….49 
Tabela 11. Apresentação da percentagem da resposta do TPF para a questão 9………..………50 
Tabela 12. Apresentação da percentagem da resposta do CF para a questão 9…………………50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
v 
 
Lista de figuras 
Figura 1. Imagem da dinâmica ocupacional do Bairro de N’coripo 2014-2017………...…..….39 
Figura 2. Ruas que surgem a partir de aumento singular de talhões…………..………………..44 
Figura 3. Expansão da rede eléctrica de alta tensão por cima de residências……………….…..44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vi 
 
Lista de Mapa 
Mapa de localização do bairro de N’coripo………………………...……………………………37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
Lista de Gráficos 
Gráfico 1. Crescimento da população na cidade de Montepuez e o bairro de 
N’coripo.……………………………………...…………………………………….……………42 
Gráfico 2. Alguma vez já recebeu fiscais do concelho municipal na sua 
residência?......................................................................................................................................44 
Gráfico 3. Os técnicos alguma vez já divulgaram os planos de ordenamento do 
território?........................................................................................................................................48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii 
 
Lista de siglas e abreviaturas 
art. Artigo 
B.R Boletim da República 
CMCM Conselho Municipal da Cidade de Montepuez 
CF Chefe da Fiscalização 
C.R.M Constituição da República de Moçambique 
DESA Departamento dos assuntos Económicos e Sociais 
DUAT Direito de Uso e Aproveitamento de Terra 
FCTA Faculdade de Ciências da Terra e Ambiente 
H1 Primeira Hipóteses 
H2 Segunda Hipóteses 
H3 Terceira Hipóteses 
INE Instituto Nacional de Estatística 
INPF Instituto Nacional de Planeamento Físico 
MAE Ministério da Administração Estatal 
MICOA Ministério para Coordenação Ambiental 
MITADER Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural 
OT Ordenamento do Território 
PP Plano de Pormenor 
RB Residentes do Bairro 
SB Secretário do Bairro 
SIG Sistema de Informação Geográfica 
TPF Técnicos do Planeamento Físico 
 
 
 
 
ix 
 
Declaração 
Almiro Rahamane Faque, declaro por minha honra que esta monografia científica é o resultado 
feito por mim e das orientações do meu supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes 
consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia. 
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção 
de qualquer grau académico. 
 
Montepuez, aos_____ de________________ de 2018 
_____________________________ 
(Almiro Rahamane Faque) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
x 
 
Dedicatória 
Á memória da minha mãe Nhamo Carimo ensinou-me que a vida é feita de batalhas, à minha 
família em geral, pela compreensão e força que me deram durante os anos de estudo, em especial 
o meu pai Gabriel António Brás por acreditar em mim nesta longa batalha e de mi colocar em 
desafio como esse. Os meus irmãos Atija Sumail, Wilson Brás e Carimo Faque, aos meus 
colegas e todos meus amigos pelo apoio moral que me prestaram durante o percurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi 
 
Agradecimentos 
Agradecer a Deus em primeiro pela saúde, os agradecimentos mais profundos e cedido a meu 
supervisor dr. Crissantos Arnaldo Matias Reveque, apesar de tantas dificuldades enfrentadas 
inicialmente mesmo assim deu para seguir em frente levando em consideração as criticas, 
sugestões e o interesse demostrado. 
Aos meus verdadeiros amigos que conquistei perante o percurso, que são minha segunda família, 
pelo companheirismo, carinho, diversão e auxílio nessa caminhada repleto de desafios e ousadia 
que parecia interminável. 
A todos docentes pertencentes a Departamento de Ciências da Terra e Ambiente pela forma que 
transmitirão os seus conhecimentos no âmbito da formação. 
Ao dr. Augusto Malandela Chefe do gabinete dos serviços urbanos no CMCM, aos técnicos e 
todos aqueles que deram o possível contributo para a realização da monográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xii 
 
Resumo 
O presente trabalho é o resultado do estudo sobre o Planeamento urbano e seus reflexos no 
ordenamento do território nas zonas de expansão caso bairro de N’coripo no distrito de 
Montepuez 2014-2017. Tem como o objectivo geral analisar os factores que contribuem para o 
desordenamento do território no bairro de N’coripo, onde nos últimos dias tem ocorrido várias 
construções em alguns casos alguns chegam a construir casas de uma maneira desordenada 
alargando os espaços até nas via de acesso, resultando no encurtamento das vias, implantação das 
casas de banho em pontos não recomendados, criação de zonas de difícil transitividade, 
construção de casas por de baixo da linha de alta e media tensão, algumas áreas com o relevo 
declivoso as águas escorrem a cada época chuvosa criando arrastando o solo consequentemente a 
erosão por falta de valas de drenagem (infra-estrutura de saneamento). A metodologia da 
pesquisa é qualitativa, indutiva, quanto ao método de procedimento cartográfico, comparativoe 
estatístico referente a análise de dados, as técnicas de colecta de dados foram usadas a 
observação, entrevista e o questionário. Nesta ordem de ideias, a partir de dados do INE e outro 
recolhidos a partir dos técnicos do CMCM e dos residentes do bairro de N’coripo foi possível 
construir tabelas e gráficos, na interpretação dos mesmos foram identificados os possíveis 
factores entre os quais são destacados o crescimento demográfico, a falta da fiscalização, fraca 
capacidade técnico-institucional em meios circulantes, e a fraca divulgação dos planos de 
ordenamento do território. 
 
Palavras-chaves: planeamento, reflexos, desordenamento, território. 
 
Abstract 
The present work is the result of the study on urban planning and its reflexes in the planning of 
the territory in the expansion zones in the neighborhood of N'coripo in the district of Montepuez 
2014-2017. It has as its general objective to analyze the factors that contribute to the disorder of 
the territory in the neighborhood of N'coripo, where in recent days there have been several 
constructions in some cases some build houses in a disorderly way widening the spaces until the 
access road , resulting in the shortening of the roads, implantation of the bathrooms in points not 
recommended, creation of zones of difficult transitivity, construction of houses under the line of 
high and medium tension, some areas with sloping relief the waters run down every season 
creating rainwater dragging the soil consequently erosion due to lack of drainage ditches 
(sanitation infrastructure). The methodology of the research is qualitative, inductive, as regards 
the method of cartographic, comparative and statistical procedure related to data analysis, data 
collection techniques were used for observation, interview and the questionnaire. In this order of 
ideas, from INE and other data collected from the CMCM technicians and the residents of the 
neighborhood of N'coripo it was possible to construct tables and graphs, in the interpretation of 
the same were identified the possible factors among which are highlighted demographic growth, 
lack of supervision, poor technical-institutional capacity in the field of circulation, and poor 
dissemination of land-use planning. 
Key-words: planning, reflexes, disorder, territory. 
13 
 
Introdução 
O aumento da população nas áreas urbanas tem causado grandes preocupações tendo em conta 
com a ocupação de espaços comprometendo assim o ordenamento do território, as mudanças no 
uso e na ocupação do solo, provocadas pelas acções antrópicas, têm gerado grandes impactos ao 
meio ambiente em Moçambique e no mundo. Ordenamento do território é um instrumento regido 
legalmente por princípios e objectivos aos olhos do bem-estar da população. Em Moçambique 
foram aprovados instrumentos legais (leis, decretos, regulamentos etc.) com vista a estabelecer 
medidas e prosseguimentos que asseguram a ocupação e utilização racional e sustentável dos 
recursos naturas e do bem-estar social. A preservação ambiental e a qualidade de vida com 
sustentabilidade requerem uma consciência por parte da população e dos gestores das instituições 
responsáveis pela tomada de decisão. O processo de urbanização tem ocasionado um 
crescimento desordenado, não só a nível do distrito de Montepuez. Este fenómeno verifica-se até 
nas grandes cidades de Moçambique se alastrando por vários factores políticos, económicos e 
sociais. Nesse contexto surgiu a necessidade de desenvolver o tema sobre o Planeamento urbano 
e seus reflexos no ordenamento do território nas zonas de expansão caso bairro de N’coripo no 
distrito de Montepuez 2014-2017. 
 
Visto que o bairro tem sofrido varias transformações actualmente perante o desenvolvimento do 
mesmo, em que em alguns casos os critérios de ordenamento do território são deixados de lado 
quando trata-se dos aspectos de organização espacial ou gestão da terra. O problema do tema 
preocupa-se em saber: Quais são os factores que contribuem para o desordenamento do território 
no bairro de N’coripo? 
Onde foram levantadas as seguintes hipóteses da questão da pesquisa: 
 H1: O crescimento demográfico pode influenciar no desordenamento do território no 
bairro de N’coripo; 
 H2: A fraca capacidade técnico-institucional da entidade competente contribui no 
desordenamento do território no bairro de N’coripo; 
 H3: A fraca divulgação dos planos de ordenamento do território, pode contribuir para o 
desordenamento do território. 
 
14 
 
A presente monografia tem como objectivo geral analisar os factores que contribuem para o 
desordenamento do território no bairro de N’coripo e também conta com os seguintes objectivos 
específicos identificar os possíveis factores que contribuem para a ocorrência do desordenamento 
do território no bairro de N’coripo, explicar os factores que estão detrás da ocupação 
desordenada do território no bairro de N’coripo, indicar a percepção da população sobre os 
planos de ordenamento do território no bairro de N’coripo e por fim sugerir algumas medidas 
para ultrapassar o fenómeno de desordenamento do território no bairro de N’coripo. 
Para a realização deste trabalho foram usados métodos de práticas de campo de modo a colher 
dados, guiadas pela observação direita, entrevistas e questionários, aplicação de softwares de 
sistema de informação geográfica (SIG) e também da consulta de outras obras bibliográficas. 
 
O trabalho está dividido em quatro capítulos, sendo o primeiro os aspectos metodológica, o 
segundo fundamentação teórica, terceira descrição da área do estudo e o quarto apresentação, 
análise e interpretação de dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
CAPITULO I- ASPECTOS METODOLÓGICOS 
Neste capítulo serão envolvidos aspectos principais da trajectória metodológica aspectos tais 
como o tipo da pesquisa, técnica de colecta de dados, universo e amostra. 
 
1.1. Tipo de pesquisa 
Segundo GIL (2007:17) pesquisa é definida como o procedimento racional e sistemático que tem 
como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. 
A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do 
problema até a apresentação e discussão dos resultados. 
 
1.1.1. Quanto a natureza 
Quanto a natureza é uma pesquisa básica, em que esta centra-se em compreender os factores que 
influenciam no desordenamento do território causado pela ocupação de espaços para habitação 
no bairro de N’coripo. 
 
1.1.2. Quanto a abordagem 
Esta pesquisa quanto a sua abordagem é qualitativa, porque descreve uma certa realidade vivida 
no bairro de N’coripo, de modo a conhecer os factores que contribuem no desordenamento do 
território e também conta com o uso de imagens de satélite. A pesquisa qualitativa preocupara-se 
com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e 
explicação da dinâmica das relações sociais. 
 
1.1.3. Quanto aos objectivos 
Quando aos objectivos é uma pesquisa explicativa, pois ajudou o proponente a buscar os factores 
que influenciam na ocorrência do desordenamento do território no bairro de N’coripo. 
 
16 
 
1.1.4. Quanto aos procedimentos 
Quanto aos procedimentos é uma pesquisa de campo, além da revisão de obras de estudo que 
retratam das pesquisas relacionadas com o tema. A pesquisa de campo serviu para colectar os 
dados a partir dos residentes envolvidos e os técnicos do CMCM. 
 
1.2. Métodos 
Segundo LAKATOS & MARCONI (1995:40) o método é o conjunto das actividades 
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo - 
conhecimento validos e verdadeiros -, trancando o caminho a ser seguido, detectando erros e 
auxiliando a decisões do cientista. 
 
1.2.1. Método de abordagem 
Usou se o método indutivo, vez com que o proponente caminha-se para planos cada vez mais 
abrangentes, indo dasconstatações mais particulares às leis e teorias mais gerais, tendo em conta 
com os fenómenos que ocorre no bairro de N’coripo a partir de indução. 
 
1.2.2. Métodos de procedimento 
Como métodos de procedimento para a realização do estudo e processamento dos dados 
colectados para alcançar os objectivos foram usados os métodos comparativo, estatístico e 
cartográfico. 
Método comparativo, esse método permitiu no presente estudo a partir dos dados fazer 
comparações de diversas contribuições das respostas de diferentes autores que fazem parte da 
amostra do presente da pesquisa quando aos factores que levam ao desbordamento do território. 
O método estatístico, no presente estudo permitiu fazer os cálculos percentuais das respostas 
colectadas dos diferentes subgrupos (técnicos de planeamento, chefe da fiscalização secretário do 
bairro e residentes locais) desde modo facilitou a identificar os factores que contribuem no 
desordenamento do território no bairro de N’coripo. 
O método cartográfico no presente estudo, usou-se para elaboração de mapa distrital, assim 
localizando a área de estudo, de modo a fazer um melhor enquadramento geográfico. 
17 
 
1.3. Técnica e instrumento de colecta de dados 
a) Observação 
Segundo LAKATOS e MARCONI (2012:17) a observação utiliza os sentidos na elaboração de 
determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em 
examinar os factos ou fenómenos que se deseja estudar. Esta técnica é muito fundamental para a 
observação dos factos visando fundamentar a realidade que lá se vive relacionada com que 
aspectos do desordenamento do território e não ouvir dizer dos factos. 
 
b) Questionário 
Potenciou na busca de informações necessárias, e que esta será efectuada em alguns pontos de 
bairro de N’coripo para dar resposta os objectivo especifico de modo a identificar os factores que 
levam ao desordenamento do território no bairro, o conhecimento da população local sobre o 
ordenamento do território, a fiscalização de casas quando o seu licenciamento. Onde foi dirigida 
a (4) indivíduos dos quais (2) dois técnicos de planeamento físico, secretário do bairro e chefe da 
fiscalização. 
 
c) Entrevista 
Contribuiu na busca de informações necessárias relacionadas com os factores que contribuem 
para o desordenamento do território, e que esta foi dirigida aos técnicos dos CMCM afectos na 
área de planeamento. 
 
d) Pesquisa bibliográfica e documental 
 No entendimento de LAKATOS e MARCONI (1992), expõem que na pesquisa bibliográfica 
“sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com aquilo que foi escrito sobre 
determinado assunto”. A investigação documental é a realizada em documentos conservados em 
interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registos, anais, 
regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, 
microfilmes, fotografias, vídeo-tape, informações em disquete, diários, cartas pessoais e outros. 
Esse método será usado na colecta de informações bibliográficas que iram sustentar a pesquisa. 
18 
 
1.4. Universo e amostra 
Em 2007, a partir do censo estimou uma população cerca de 5.533 mil habitantes neste bairro. 
(INE, 2007) 
O estudo conta com uma amostra de 50 cidadãos em que envolve (46) munícipes residentes no 
bairro de N’coripo, a escolha foi feita de uma forma aleatória, mais (1) Secretário do bairro, (2) 
técnicos do planeamento físico e (1) chefe da fiscalização. 
Tabela 1. Apresentação da amostra 
Pessoal envolvido na Pesquisa Número de selecção 
Munícipes 46 
Técnicos do planeamento físico 2 
Chefe da fiscalização 1 
Secretário do bairro 1 
Total_________________________________50 
Fonte: adaptado pelo autor, 2018 
 
A razão de escolha dos munícipes deve-se por si darem com a realidade do local e contribuíram 
para trazer informações realistas através do questionário, onde a ideia principal e contribuírem 
nos aspectos relacionados com o desordenamento do território no bairro. Os técnicos são os 
principais mediadores para ocupação da terra para vários fins irão contribuir na colecta de dados 
a partir da entrevista para saber as dificuldades que os técnicos encontram no planeamento 
urbano. O secretário do bairro vai proporcionará informações sobre a situação da relação com os 
técnicos do CMCM. 
 
 
 
 
 
19 
 
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Dentro deste capítulo desenvolvem-se aspectos que serviram de base de contextualização para 
dar apoio no desenvolvimento da monografia. 
 
2.1. Conceitos básicos 
a) Planeamento 
Planeamento, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa (COSTA et al., 1999), é definido 
como “acto ou efeito de planear; determinação dos objectivos e dos meios para os atingir; melhor 
previsão possível de futuras necessidades; função ou serviço de preparação de trabalho”. 
 
Segundo a Lei de Ordenamento do Território, o planeamento territorial é um processo de 
elaboração dos planos que definem as formas espaciais da relação das pessoas com o seu meio 
físico e biológico, regulamentando os seus direitos e formas de uso e ocupação do espaço fisco. 
(art. 1 da lei n.º 19/2007 de 18 de Julho) 
 
Para REIGADO (2000), o planeamento é um processo de análise (do passado e do presente) de 
antecipação ao futuro, de programação, de acção/execução, de controlo, de correcção e de 
avaliação dos resultados. 
 
BARRETTO (1991:43) planear é ter um plano para acções futuras, é pensar em como as coisas 
podem ser e os problemas ou imprevistos que podem ocorrer durante o processo de 
desenvolvimento do plano. Isso significa que o planeamento pode e deve ser modificado ou 
adaptado na medida em que haja necessidade. 
 
Nesse contexto planeamento é um conjunto de acções viradas para o futuro, também pode ser 
uma projecção de uma dada actividade a ser realizada, assim diminuindo riscos e garantir a sua 
execução prevendo matérias, recursos humanos e o orçamento. 
 
 
 
20 
 
b) Território 
ANDRADE (1982:72) a primeira contribuição oficial do conceito, no âmbito da Geografia, foi 
elaborada por Friedrich Ratzel, no final do século XIX, por ocasião da publicação de sua obra 
“Politisc the Geographie”, onde o território representa uma parcela do espaço terrestre 
identificada pela posse, uma área de domínio de uma comunidade ou Estado, com fronteiras bem 
delimitadas. 
Território é a realidade espacial sobre a qual se exercem as interacções sociais e as do Homem 
com o meio ambiente e que tem a sua extensão definida pelas fronteiras do país. (art. 1 do 
decreto n.º 23/2008 de 26 de Dezembro) 
 
c) Urbanização 
A urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. 
www.dicionarioinformal.com.br/urbanização/ 
 
Segundo o Regulamento do Solo Urbano, urbanização é a transformação do solo através da 
provisão de infra-estrutura, equipamento e edificações que assegurem a fixação física das 
populações em condições de beneficiarem de serviços de crescente nível e qualidade nos 
domínios da saúde, ensino, trêfego rodoviário, saneamento, comércio e lazer, entre outros. (art.1 
nº 15 do decreto n º 60/2006) 
 
A urbanização pode ser vista como um território que faz parte da jurisdição municipal com um 
aumento da densidade populacional fase a ocupação dos espaços, surgindo assim zonas 
periféricas. 
 
d) Ordenamento territorial 
Ordenamento territorial, segundo o Dicionário de Geografia (BAUD et al., 1999) “corresponde, 
na maior parte dos casos à vontade de corrigir os desequilíbrios de um espaço nacional ou 
regional e constitui um dos principais campos da Geografia aplicada. Pressupõe por um lado, 
21 
 
uma percepção e uma concepção de conjunto de um território e, por outro lado, uma análise 
prospectiva”. 
 
Segundo a Lei de Ordenamento do Território, o O.T é um conjunto de princípios, directivas e 
regras que visam garantir a organizaçãodo espaço nacional através de um processo dinâmico, 
contínuo, flexível e participativo na busca do equilíbrio entre homem, meio físico e os recursos 
naturais, com vista a promoção do desenvolvimento sustentável. (art.1 da lei n
o
 19/2007 de 18 de 
Julho) 
 
O ordenamento do território constitui numa ferramenta administrativa que tem como principal 
linha orientadora a estruturação, o arranjo e a gestão territorial (zoneamento) quer a nível 
nacional, província, distrital e autárquico. 
Planeamento territorial, é um processo de elaboração dos planos que definem as formas espaciais 
da relação das pessoas com o seu meio físico e biológico, regulamentando os seus direitos e 
formas de uso e ocupação do espaço físico. (Idem) 
 
Segundo SPERANDELLI (2013:55), a expressão “aménagement du territoire” surgiu em 1944, 
ainda no Governo de Vichy, para designar um serviço responsável por diversos estudos sobre o 
descongestionamento dos centros industriais. O ordenamento do território desenha-se como uma 
geografia prospectiva das actividades humanas, sobre o espaço nacional. Geografia delineada 
pelo Estado, através da sua intervenção planificadora no sistema económico. Garantindo o direito 
à ocupação actual do espaço físico nacional pelas pessoas e comunidades locais, que são sempre 
consideradas como o elemento mais importante em qualquer intervenção de ordenamento e 
planeamento do uso da terra, dos recursos naturais ou do património construído. 
 
Contudo, o planeamento constitui uma ferramenta de extrema importância no processo 
organização territorial. É uma via para alcançar os objectivos do ordenamento do território e do 
desenvolvimento sustentável, mediante a análise e avaliação desses objectivos; seleccionando as 
diferentes alternativas para os alcançar; definindo os meios e os processos através dos quais esses 
objectivos devem ser alcançados; gerindo e controlando a execução das acções definidas e, sendo 
este provavelmente o ponto mais importante, monitorizando os efeitos das acções ao longo do 
22 
 
tempo, numa perspectiva a médio/longo prazo, de forma a antecipar eventuais problemas e 
alterações que comprometam alcançar os objectivos estabelecidos. 
 
2.2. Quadro político-legal do ordenamento do território em Moçambique 
2.2.1. Constituição da República de Moçambique 
A Constituição da República define que o território é uno, indivisível e inalienável e que se 
organiza como o conjunto das Províncias, Distritos, Postos Administrativos e Localidades, 
Povoações e ainda as zonas urbanas, estruturadas em cidades e vilas. 
Nos termos da lei, o estado deve promover e garantir o bem-estar da população, proporcionado 
uma habitação condigna, e alocar de forma correcta as infra-estruturas, dando especial atenção 
ao interesse publico (art.º 91 C.R.M conjugado com art.º 6 lei nº 19/2007). 
 
O quadro legal do ordenamento do território, para regular esta actividade bem como para 
normalizar o processo de descentralização de competências em curso no país, foram 
gradualmente produzidos ao nível político, vários instrumentos regulamentares para a melhoria 
do uso e aproveitamento da terra, os quais incluem a aprovação da lei das autarquias (2/97) do 
regulamento do solo urbano (decreto 60/2006) da lei de ordenamento do território (lei 19/2007) e 
do regulamento (decreto 23/2008). Foi ainda aprovado a lei dos órgãos locais do estado, com a 
finalidade de estabelecer um quadro legal e normativo sobre o funcionamento dos órgãos do 
estado. 
 
2.2.2. Política do ordenamento territorial 
Segundo a resolução nº18/2007 de 30 de Maio, aprova que: a política de ordenamento do 
território estabelece que as actividades de ordenamento territorial sejam sempre executadas no 
quadro das políticas sectoriais numa base consensual e por coordenação das acções e estratégias 
visando o desenvolvimento socioeconómico através do uso sustentável da terra e dos recursos 
naturais da terra, considerando as formas existentes de povoamento e ocupação de espaço. 
A Política de Ordenamento do Território conduz o ordenamento territorial através de: 
 
23 
 
“… Um conjunto de directivas que permitem ao governo por processo de concertação, integração 
e participação a todos os níveis, definir os objectivos gerais a que devem obedecer os instrumentos 
de ordenamento territorial, para alcançar uma melhor distribuição das actividades humanas no 
território, a preservação de zonas de reservas naturais e de estatuto especial e assegurar a 
sustentabilidade do desenvolvimento humano e o cumprimento dos tratados e acordos 
internacionais, no âmbito territorial. A política de ordenamento do território, considera o 
conhecimento da realidade física, geográfica, social, económica e cultural do país, em todos os 
seus aspectos, como base segura e objectiva, para definir as linhas mestras da actividade do 
ordenamento do território…”. (resolução nº18/2007 de 30 de Maio) 
 
A política de ordenamento do território, assenta na necessidade da contribuição para uma gestão 
sustentável dos recursos naturais e humanos do país, através da compatibilização das políticas 
sectoriais e a coordenação do planeamento das várias escalas geográficas para o melhoramento 
da qualidade de vida dos cidadãos assegurando a sustentabilidade dos recursos naturais. 
Contudo e de salientar que, a política do OT tem como foco primordial, a satisfação da 
colectividade assegurando o desenvolvimento sustentável. A política reconhece que para a 
materialização deste objectivo, bem como dos princípios e directivas, a necessidade de, entre 
outras acções, estabelecer o enquadramento jurídico do ordenamento territorial através da 
elaboração da lei do ordenamento territorial e da respectiva regulamentação. 
2.2.3. Lei de ordenamento territorial 
A lei n° 19/2007 de 18 de Julho, lei de Ordenamento do Território publicada na 1ª série do B.R. 
n° 29 de 18 de Julho de 2007 foi aprovada ao abrigo do preceituado no nº 1 do art.
º
 179 da 
Constituição da República. 
 
A lei de Ordenamento do Território faz em conformidade com os princípios e objectivos gerais e 
específicos o enquadramento jurídico da Política de Ordenamento do Território, para que se 
alcancem, como objectivos essenciais, o aproveitamento racional e sustentável dos recursos 
naturais, a preservação do equilíbrio ambiental, a promoção da coesão nacional, a valorização 
dos diversos potenciais de cada região, a promoção da qualidade de vida dos cidadãos, o 
equilíbrio entre a qualidade de vida nas zonas rurais e nas zonas urbanas, o melhoramento das 
condições de habitação, das infra-estruturas e dos sistemas urbanos, a segurança das populações 
vulneráveis a calamidades naturais ou provocadas. 
 
24 
 
2.2.4. Regulamento da lei do ordenamento territorial 
O decreto nº 23/2008 de 1 de Julho, aprova o Regulamento da Lei de Ordenamento do Território, 
publicada na 1ª série do B.R. nº 26 de 1 de Julho de 2008, foi aprovada ao abrigo do preceituado 
na lei n
o
 19/2007 de 18 de Junho, procedeu ao enquadramento jurídico da Política do 
ordenamento do Território da República de Moçambique e estabeleceu as bases legais do regime 
dos instrumentos de ordenamento do território nacional. 
 
O referido decreto estabelece as medidas e procedimentos regulamentares que asseguram a 
ocupação e utilização racional e sustentável dos recursos naturais, a valorização das diversas 
potências de cada região, das infra-estruturas, dos sistemas urbanos e a promoção da coesão 
nacional e segurança das populações. 
 
2.2.5. Regulamento do solo Urbano 
O decreto no 60/2006 de 30 de Dezembro, aprova o Regulamento do Solo Urbano, havendo 
necessidade de regulamentar a Lei de Terras na parte respeitante ao regime de uso e 
aproveitamento da terra nas áreas de cidades e vilas, o Conselho de Ministros, no uso das 
competências que lhes são conferido pela alínea f) do no 1 do art. 204, da Constituição da 
República,conjugado com o disposto no art. 33 da Lei nº 19/97, de 1 de Outubro. 
 
O regulamento aplica-se as áreas de cidades e vila legalmente existentes e nos assentamentos 
humanos ou aglomerados populacionais organizados por um plano de urbanização. 
 
2.3. Objectivos do Ordenamento Territorial 
Segundo (art.º 2 da lei n
o
 19/2007 de 18 de Julho) - A presente Lei tem por objecto; 
a) Criar um quadro jurídico-legal do ordenamento do território, em conformidade com os 
princípios, objectivos e direitos dos cidadãos consagrados na Constituição da República; 
b) Materializar, através dos instrumentos de ordenamento territorial, a Política de 
Ordenamento Territorial. 
 
25 
 
2.4. Princípios do Ordenamento Territorial 
Segundo o (art.º 4 da lei n
o
 19/2007 de 18 de Julho), o processo de ordenamento do território 
obedece os seguintes princípios: 
a) Princípio da sustentabilidade e valorização do espaço físico, assegurando a transmissão às 
futuras gerações de um território e espaço edificado, e devidamente ordenado; 
b) Princípio da participação pública e consciencialização dos cidadãos, através do acesso à 
informação, permitindo assim a sua intervenção nos procedimentos de elaboração, 
execução, avaliação, bem como na revisão dos instrumentos de ordenamento territorial; 
c) Princípio da igualdade no acesso à terra e aos recursos naturais, infra-estruturas, 
equipamentos sociais e serviços públicos por parte dos cidadãos, quer nas zonas urbanas 
quer nas zonas rurais; 
d) Princípio da precaução, com base no qual a elaboração, execução e alteração dos 
instrumentos de ordenamento territorial deve priorizar o estabelecimento de sistemas de 
prevenção de actos lesivos ao ambiente, de modo a evitar a ocorrência de impactos 
ambientais negativos, significativos ou irreversíveis, independentemente da existência da 
certeza científica sobre a ocorrência de tais impactos; 
e) Princípio da responsabilidade das entidades públicas ou privadas por qualquer 
intervenção sobre o território que possa ter causado danos ou afectado a qualidade do 
ambiente e assegurando a obrigação da reparação desses mesmos danos e a compensação 
dos prejuízos causados à qualidade de vida dos cidadãos; 
f) Princípio da segurança jurídica como garantia de que na elaboração, alteração e execução 
dos instrumentos de ordenamento e de gestão territorial sejam sempre respeitados os 
direitos fundamentais dos cidadãos e as relações jurídicas validamente constituídas, 
promovendo-se a estabilidade e a observância dos regimes legais instituídos; 
g) Princípio da publicidade dos instrumentos de ordenamento territorial, através da sua 
publicação no Boletim da República, afixação nos locais de estilo das administrações 
distritais e das autarquias e por outros meios de publicidade, para amplo conhecimento 
dos cidadãos. 
 
26 
 
2.5. Importância do ordenamento do território (ARTIGO 5) 
 O ordenamento do território visa assegurar a organização do espaço nacional e a 
utilização sustentável dos seus recursos naturais, observando as condições legais, 
administrativas, culturais e materiais favoráveis ao desenvolvimento social e económico 
do país, à promoção da qualidade de vida das pessoas, à protecção e conservação do meio 
ambiente. 
 Garantir o direito à ocupação actual do espaço físico nacional pelas pessoas e 
comunidades locais, que são sempre consideradas como o elemento mais importante em 
qualquer intervenção de ordenamento e planeamento do uso da terra, dos recursos 
naturais ou do património construído; 
 Requalificar as áreas urbanas de ocupação espontânea, degradadas ou aquelas resultantes 
de ocupações de emergência; 
 Identificar e valorizar as potencialidades de actividade económica, social e cultural da 
população rural, visando a sua maior e melhor inserção nos sectores mais dinâmicos da 
economia nacional, para que se obtenha uma maior produtividade para benefício directo 
das próprias comunidades em cujo território se identifiquem tais potencialidades; 
 Preservar o equilíbrio ecológico da qualidade e da fertilidade dos solos, da pureza do ar, a 
defesa dos ecossistemas e dos habitats frágeis, das florestas, dos recursos hídricos, das 
zonas ribeirinhas e da orla marítima, compatibilizando as necessidades imediatas das 
pessoas e das comunidades locais com os objectivos de salvaguarda do ambiente; 
 Defender, preservar e valorizar o património construído e da paisagem natural ou 
transformada pelo Homem; 
 Compatibilizar e articular as políticas e estratégias ambientais e de desenvolvimento 
socioeconómico respeitando as formas actuais de ocupação do espaço; 
 Optimizar a gestão dos recursos naturais para que o seu uso e aproveitamento bem como 
a defesa e a protecção do meio ambiente, se processe com a estrita observância da Lei; 
 Gerir os conflitos de interesses, privilegiando sempre o acordo entre as partes 
salvaguardando os direitos de ocupação das comunidades locais. Idem, art.º 5 
 
27 
 
2.6. Sistemas de planeamento em Moçambique 
De acordo com BATTINO (2000:6) a Política de Ordenamento do Território de 2007, que 
conduz o ordenamento territorial do país, inspira-se na Lei de Bases da Política do Ordenamento 
do Território e do Urbanismo português de 1998. Em Moçambique independente, o sistema de 
planeamento urbano e territorial teve início na década de oitenta, aquando da 1ª Reunião 
Nacional de Planeamento Urbano, em que foram definidos os tipos de intervenções prioritárias 
necessárias. 
 
O programa apoiado pelo Instituto Nacional de Planeamento Físico (INPF) constatou a 
necessidade da preparação, aprovação e implementação dos Planos Físicos e Planos de 
Intervenções Prioritários, o ordenamento urbano, a capacitação humana, material e financeira dos 
órgãos locais responsáveis pela gestão urbana. Sob a direcção do INPF previu-se a existência de 
três tipos de planos: os planos de intervenções prioritárias, o plano de estrutura e os planos 
parciais de urbanização. Foram elaborados guias de orientação para o uso dos terrenos urbanos 
bem como normas destinadas aos técnicos e profissionais designados de “guião metodológico 
para os técnicos médios de planeamento físico” cuja ênfase foi dado aos planos parciais de 
urbanização e as normas de uso de solo e infra-estruturas. 
 
Em Moçambique, com a independência a terra passou a pertencer ao Estado. O direito de uso e 
aproveitamento de terra (DUAT) constitui-se sobre a superfície do terreno delimitado e o espaço 
aéreo correspondente. A Lei de Terra de 2007 reafirmou os direitos dos residentes, concedendo a 
qualquer cidadão que tenha ocupado um pedaço próprio de terra durante dez anos o direito de 
continuar a ocupá-lo. 
 
2.6.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico 
Estabelecem-se os programas, planos, projectos de desenvolvimento e o regime de uso do solo 
urbano de acordo com as leis vigentes. (artigo 9/4º, Lei nº19/2007 de 18 de Julho): 
 
a) Planos de Estrutura Urbana – que estabelecem a organização espacial da totalidade do 
território do município ou povoação, os parâmetros e as normas para a sua utilização, 
28 
 
tendo em conta a ocupação actual, as infra-estruturas e os equipamentos sociais existentes 
e a implantar e a sua integração na estrutura espacial regional. 
 
b) Os Planos Gerais e Parciais de Urbanização – que estabelecem a estrutura e qualificam o 
solo urbano, tendo em consideração o equilíbrio entre os diversos usos e funções urbanas, 
definem as redes de transporte, comunicações, energia e saneamento, os equipamentos 
sociais, com especial atenção às zonas de ocupação espontânea como base sócioespacial 
para a elaboração do plano. 
 
c) Os Planos de Pormenor – definem com pormenor a tipologia de ocupação de qualquer 
área específica do centro urbano, estabelecendo a concepção do espaço urbano dispondo 
sobre usos do solo e condições gerais de edificações, o traçado dasvias de circulação, as 
características das redes de infra-estruturas e serviços, quer para novas áreas ou para 
áreas existentes caracterizando as fachadas dos edifícios e arranjos dos espaços livres. 
Em Moçambique, o decreto nº 23/2008, Regulamento da Lei de Planeamento Territorial no seu 
Artigo 7, Hierarquização e complementaridade, estabelece a hierarquização dos planos, e institui 
a obrigatoriedade da elaboração de planos de nível Distrital e Autárquico e no Artigo 8, Prazos 
para início elaboração e conclusão dos instrumentos de ordenamento territorial, estabelece um 
prazo de dois anos para o início da elaboração dos planos e também prevê que os planos: 
 
A nível autárquico são elaborados pelos técnicos municipais, ou instituições externas, mas 
mandatados e aprovados pelas assembleias municipais, sob proposta da administração e do 
presidente do município. 
 
2.6.2. Direito de participação 
Segundo (art.
º
 22 do n
º
 1, 2, 3, 4, 5, da lei 19/2007 de 18 de Julho) prevê o direito de participação 
no processo de ordenamento do território onde: 
 Todos os instrumentos de ordenamento territorial são submetidos à prévia apreciação 
pública. 
29 
 
 Todos os cidadãos, comunidades locais e pessoas colectivas, públicas e privadas, têm o 
direito de colaborar nas acções de ordenamento do território, participando na elaboração, 
execução, alteração e revisão dos instrumentos de ordenamento territorial. 
 As comunidades locais, em articulação com os órgãos locais do Estado, participam na 
elaboração dos instrumentos de ordenamento territorial, nos termos da legislação 
aplicável. 
 O direito de participação compreende o pedido de esclarecimento, a formulação de 
sugestões e a intervenção pública. 
 As entidades públicas responsáveis por todo o processo de elaboração dos instrumentos 
de ordenamento territorial, no âmbito das suas competências, devem divulgar 
publicamente todas as suas fases. 
 
2.6.3. Assistência técnica 
Segundo o PP (2011:9) para operacionalização do plano, devera estabelecer-se uma equipa de 
assistência técnica composta por um técnico superior ou médio de planeamento físico, um 
topógrafo e um técnico médio Hidráulico, com conhecimentos e funções de desenho e supervisão 
de construções de rede de drenagem de água pluviais. 
 
2.7. Urbanização em Moçambique 
Em Moçambique a nível institucional, fala-se de áreas urbanas e não de espaço urbano. O 
Boletim da República (BR), I Série, n
o
 16, de 1987, do Ministério da Administração Estatal 
MAE (2002) classifica as áreas urbanas como base no desenvolvimento económico dos centros 
urbanos. Esta definição leva em consideração aspectos políticos, económicos, sócias e culturais, 
além da densidade populacional, número e tipo de indústrias, grau de desenvolvimento de 
actividades comercias, educação e saneamento. (WORD BANK STAFF & MUZIMA, 2009) 
Conforme o Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) actualmente Ministério 
de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), as áreas de urbanização 
correspondem á áreas dos municípios, aldeias e sedes dos postos administrativos e localidades, 
instituídas por lei (Boletim da República, de 30 de Maio e 18 de Junho 2007). 
30 
 
A Política de Ordenamento do Território classifica as áreas urbanas tendo em 
consideração a sustentabilidade de centros urbanos em termos de uso de solo, saneamento 
e ambiente, desenvolvimento de infra-estrutura de transporte e comunicação e condições 
de alojamento. (WORD BANK STAFF & MUZIMA 2009, p.25) 
 
Segundo estes autores, a classificação do MICOA procura (i) promover a sustentabilidade das 
áreas urbanas; (ii) melhorar a gestão dos terrenos urbanos entre as municipalidades e a 
administração central; (iii) garantir um melhor planeamento pra o desenvolvimento das cidades. 
(Word bank staff & Muzima, 2009, passin) 
 
Para o MICOA, parece que tudo é área urbana. Trata-se, contudo, de uma definição imprecisa. 
Instituto Nacional de Estatística (INE) define as áreas urbanas a partir das áreas de enumeração, 
que são as menores unidades de estratificação da amostra do recenseamento (INE, 1997) 
 
A grande diferença entre o MAE e INE é que o INE engloba todas as vilas, como áreas urbanas, 
enquanto o MAE engloba apenas aquelas que se tornaram municípios. 
 
Segundo MALOA, (2013) certo ou não, a definição delas (isto e, das áreas urbanas) em 
Moçambique revela facetas ambíguas e contraditórias, que remete a ausência de um critério 
operacional que seja padrão, de modo que a instituições públicas estatais que trabalham com 
questões urbanas possam de faro cooperar. 
 
Nas palavras de FANON (2005), pode-se afirmar que é uma urbanização “ cortada em dois” que 
Milton Santos chama de urbanização desigual: por outro lado organizados em planta ortogonal, 
nítida de avenidas e ruas expressas, com diversos edifícios verticais, por outro lado, bairros 
aparentemente desorganizados, sem infra-estrutura urbana, apresentando uma teia de ruas 
estreitas, tortuosas, caminhos, vielas e avenidas de terra batida, desniveladas e insalubres, sem 
qualquer plano de ordenamento definido, que se expandem em residências horizontais não 
consolidadas, com ausência de espaços públicos, ma qualidade ambiental. 
 
31 
 
2.7.1. Urbanização e Crescimento populacional 
A urbanização não só é um fenómeno recente, como também, crescente e, cada vez mais 
globalizado, como ressalta SANTOS (2008), estando associada ao processo industrial e de 
modernização da sociedade e ao desenvolvimento do capitalismo. Trata-se de fenómeno 
mundial, pois a proporção de pessoas que vivem em cidades cresce a cada ano, tanto em países 
desenvolvidos, como em países em desenvolvimento (SPERANDELLI et al., 2013, p.15). 
 
Em 2014, segundo o Relatório Perspectivas da Urbanização “World Urbanization Prospects”, 
produzido pela Divisão das Nações Unidas para População do Departamento dos Assuntos 
Económicos e Sociais (DESA), mais de 54% da população do planeta já vivem em cidades e as 
projecções para 2050 são de um percentual de 66% (UNRIC, 2014) 
 
As cidades configuram-se como polos de atracção, desde tempos remotos, devido ao seu papel 
aglutinador de actividades comerciais, de serviços, industriais e culturais. A concentração de 
pessoas em núcleos urbanos está presente na maioria das regiões, acarretando preocupações 
sociais e ambientais, já que o crescimento populacional está relacionado a maior demanda por 
recursos, como água, energia, terras, ao aumento da poluição tanto do ar, como das águas e solos 
e, ainda, à ocorrência de mais contrastes sociais, em que a rede de serviços básicos não atende a 
todos igualmente. 
 
Segundo a MMA (2014) a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento 
Sustentável, realizada em 2012, na cidade do Rio de Janeiro, conhecida mais amplamente como 
Rio +20, frustrou diversas expectativas. Entretanto, por menores que tenham sido os avanços, 
permanece na agenda a renovação, em diferentes níveis, dos desafios e compromissos com a 
sustentabilidade no sentido amplo e abarcando variadas dimensões. 
Os impactos ambientais da expansão urbana incluem a perda de vegetação dentro e nos arredores 
das cidades, o desaparecimento de importantes habitats, queda da qualidade da água e aumento 
da demanda por água, maior frequência de inundação, devido à impermeabilização do solo e 
redução da drenagem, aumento dos custos de manutenção para a administração municipal, e 
perda de terras agrícolas (SPERANDELLI et al., 2013, p.17). 
 
32 
 
Em um primeiro momento, o processo de urbanização, discutido por SANTOS (2008), teve uma 
abordagem mais voltada para os aspectos económicos e sociais. Mais recentemente, o factor se 
ampliou para as questões ambientais e as relações sociedade e natureza. 
 
2.8. Implicações de ocupação desordenada na área urbana 
Segundo MELLO (2002), o crescimento do município se estabelece paralelo a um processocrescente de degradação ambiental, onde são praticadas constantemente agressões contra a boa 
climatização, a correta drenagem, as áreas verde, os cursos hídricos e a topografia original. 
 
O aumento da taxa de urbanização está ligado ao decréscimo da população rural, que apesar de 
sua importância para a economia do município, tem-se tornado proporcionalmente menor se 
comparada à população urbana. 
 
Segundo COELHO, et al., (2011) outro factor que contribui para o aumento da população urbana 
é a incorporação de áreas rurais pelo perímetro urbano, isto acontece principalmente devido a 
mudanças nas funções desempenhadas por estas áreas. 
 
Esse aumento da população urbana trouxe consigo a necessidade de expansão do território 
urbano do município, com a construção de residências, aberturas de novas ruas, assim sem que 
houvesse medidas de compensação, iniciou o processo de alteração da paisagem, a formação de 
áreas degradadas, a perda e fragmentação da cobertura vegetal, modificando o habitat natural, os 
micros habitats, os processos biológicos, interferindo na fauna e flora e afugentando os animais. 
As transformações promovidas pela expansão da área urbana do município, podem ser 
percebidas também através do aumento da densidade demográfica. 
 
A formação de uma cidade, conforme COELHO (2004) se dá pela necessidade inerente ao ser 
humano de se associar, se inter-relacionar e se organizar em torno do bem-estar comum. A vida 
urbana oferece uma diversidade de opções que contribui para o aumento dessa necessidade 
humana, o que resulta em grandes aglomerados urbanos. Essa aglomeração não está 
proporcionalmente relativa à capacidade de suporte do meio ambiente e o resultado são impactos 
ambientais que atingem o próprio homem. 
33 
 
TUNDISI, (2003) o ciclo hidrológico é impactado principalmente pela rápida taxa de 
urbanização. 
 
Consequentemente a população e o meio ambiente sofrem esse impacto na forma de 
adoecimento e de mudanças fundamentais na drenagem que favorecem enchentes, deslizamentos 
e desastres resultantes do desequilíbrio no escoamento das águas. Ocupação desordenada do solo 
A complexidade formada por espaço urbano e cidade não pode dispensar um planeamento 
urbano bem definido, estruturado e abrangente que de forma multissectorial leve em conta o 
homem e o meio ambiente nos aspectos económicos, sociais, físico-territoriais, ecológicos e 
administrativos. 
 
De acordo com MOTA (1999:15), vem que o objectivo dessa visão multissectorial conserva 
tanto os recursos ambientais como proporciona uma justa qualidade de vida. 
 
GROSTEIN (2001), afirma que o avanço, escala e velocidade da urbanização não constituem 
problemas em si, a não ser pelo modo como ocorrem. Analisamos a participação do poder 
público nas obras estruturais de urbanização da cidade e as políticas públicas voltadas para o 
crescimento demográfico e a urbanização que é o fenómeno caracterizado pela concentração 
cada vez mais densa de população em aglomerações de carácter urbano. 
 
Estas análises nos levaram a uma tomada de posição sobre a influência do crescimento urbano na 
ocorrência de acidentes ambientais causados pela impermeabilização do solo. A ocupação 
desordenada do solo expõe uma diversidade de problemas. 
 
Esses autores analisam estes problemas quer seja por planeamento inadequado, inexistência de 
planeamento ou omissão do poder público, definindo como resultados (ANDREOLI et al., 2003 
p.72): 
 Alteração do regime de produção: a impermeabilização do solo impede a infiltração da 
água, acentuando os problemas da erosão urbana e aumentando os picos de cheia. Por 
outro lado, a minimização da recarga nos solos, reduz a disponibilidade de água nos 
períodos de baixa precipitação. 
34 
 
 Ausência de infra-estrutura básica: a falta de colecta e tratamento de esgotos e a 
disposição inadequada de resíduos leva contaminantes aos rios, que têm a qualidade da 
água comprometida, o que dificulta a potabilização da água. 
 
2.9. Contributo dos sistemas de informação geográfica (SIG) no planeamento territorial 
O Homem vem transformando a natureza ocupando espaços de várias formas sem tomar atenção 
nas consequências que podem ocorrer numa determinada época fase as mudanças climáticas. As 
tecnologias de SIG são de muita relevância para o estudo das dinâmicas de ocupação da terra, 
com esses instrumentos é possível fazer monitoramento espaciais e planos de requalificação 
urbana ou de um bairro na base do zoneamento. 
 
Neste sentido, a preocupação com a conservação e manutenção dos bens e serviços oferecidos 
pelos sistemas naturais aliados aos avanços tecnológicos de observação da terra, tornam 
possíveis avaliações amplas e integradoras capazes de suprir as necessidades de informações 
actualizadas para a tomada de decisões. (ANDERSON et al., 1979 p.31) 
 
KELLER, (1969) ao retratar as formas e a dinâmica de ocupação da terra, esses estudos também 
representam instrumento valioso para construir indicadores ambientais e para avaliar da 
capacidade de suporte ambiental, diante dos diferentes manejos empregados na produção, 
contribuindo assim para identificar de alternativas promotoras da sustentabilidade do 
desenvolvimento. 
 
Segundo SILVA (2003:52) as técnicas de cartografia, bem como as teorias de ciências sociais e 
meio ambiente perimiram a produção de mapeamentos temáticos apresentados de forma 
compreensível. 
 
Para administradores municipais e técnicos de planeamento urbano, a tecnologia de 
geoprocessamento torna-se indispensável como instrumento de leitura das cidades, dando 
suporte a processos de análise espacial suas implicações no espaço intra-urbano contemporâneo, 
considerando a complexidade que o define. 
 
35 
 
Neste contexto para fazer o ordenamento territorial é preciso ter em conta a análise espacial para 
subsidiar a tomada de decisão, para a intervenção no espaço urbano em outras palavras na 
definição de políticas que regulam o uso e a ocupação do espaço com isso o SIG é uma 
ferramenta muito importante para actuar nesta área de ordenamento do território. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
CAPITULO III: DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
No presente capítulo desenvolveram-se aspectos da localização e enquadramento geográfico do 
local do estudo vai envolver também os aspectos físicos-naturais e sócio-económicos, infra-
estruturas e saneamento do meio. 
 
3. 1. Enquadramento geográfico do bairro de N’coripo 
O distrito de Montepuez esta localizado na parte sul da província de Cabo delegado a 210 km da 
capital provincial (Pemba), confinado a norte com o distrito de Mueda, a sul com os distritos de 
Namuno e Chiure, a Leste com os distritos de Ancuabe e Meluco e Oeste com os distritos de 
Balama e Mecula, Este da província de Niassa. (MAE, 2011) 
O distrito de Montepuez é a segunda maior cidade da província de Cabo Delgado, com uma 
superfície de cerca de 7.900 hectares e uma população de 76.193 segundo os dados do senso de 
2007. Nos últimos anos tem-se verificado um crescimento populacional que tem vindo a alterar 
substancialmente a organização do espaço. (INE, 2007) 
 
O bairro encontra-se inserido na província de Cabo delegado concretamente no distrito 
Montepuez a 3.90 km do centro urbano tendo os seguintes limites: 
 
Norte --------------Unidade N’Nare; 
Sul------------------Unidade Nauwa; 
Este-----------------Unidade Jeha; 
Oeste----------------Bairro de Niuhula. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Mapa 1: Localização do bairro de N’coripo 
 
Fonte: Autor a partir de ArcMap projecção_UTM_Zone_36S (2018) 
 
3.2. Aspectos físicos naturais 
3.2.1. Clima 
Segundo MAE, (2005:2) Climaticamente a região e dominada por climas do tipo semi-árido e 
sub-húmido seco. A precipitação média anual varia de 800 a 1200 mm, enquanto a evaporação 
potencial de referência (ETo) esta entre os 1300e 1500 mm. A precipitação média anual pode 
contudo, mais perto do litoral exceder os 1500 mm, tomando-se o clima do tipo sub-húmido 
chuvoso. 
Em termos de temperaturas médias excedem os 25
o
C, embora em geral a temperatura média 
anual varie entre os 20 e 25
o
C. 
38 
 
3.2.2. Relevo 
O local regista um relevo ondulado, interrompido pelas formações rochosas dos “inselbergs”. 
Fisiograficamente a área e constituída por uma zona planáltica baixa que, gradualmente passa um 
relevo mais dissecado com encostas mais declivosas intermédias, zonas sub-planáltico de 
transposição. (Idem) 
 
Pois, no bairro de N’corripo o escoamento superficial e lento e difuso para além de poder 
beneficiar da contribuição do fluxo de água subterrânea, principalmente onde cujo depósitos 
apresentam textura grosseira e arenosa. Esta unidade de terreno é ainda caracterizada em áreas 
mais planas. Os tipos de encostas superiores do interflúvios são dominados por complexos de 
solo vermelho e alaranjados (Rhodic Ferralsols, Chromic Luvisols), e amarelos (Haplic Lixisolos 
e Haplic Ferrasols). A textura do solo apresenta uma textura média a pesado, sendo profundo, 
Bem a moderadamente bem drenado. Nas encostas intermédias os solos variam de cor, desde 
com cores pardo-acastanhada a castanhos-amareladas, moderadamente bem drenados, com 
textura argilosa. 
 
3.3. Infra-estruturas 
O bairro conta com infra-estruturas ligadas a área da educação nomeadamente a Universidade 
Pedagogia, Escola primaria do 1º e 2º Grau de N’coripo, quanto as estradas terciarias, ainda 
prevalece o problema de falta de fundos para as deixar transitáveis também conta com uma 
expansão de fornecimento de água potável que não e abrangente a toda população apenas 
favorece a minoria, a situação de fornecimento de energia eléctrica ainda é um processo, visto 
que a energia é de fraca qualidade. 
 
3.3.1. Habitação 
Predomina casas não convencionais com cobertura de capim e pares de adobe, sem nenhuma 
pavimentação no chão e sem abastecimento de água, mas com latrinas. Contudo existem algumas 
casas em alvenaria revelando um certo status económico. Há um esforço no sentido individual de 
39 
 
electrificação da habitação na periferia a área habitacional, encontra-se circundada por 
habitações unifamiliares tanto em material precário como em material misto. 
No que concerne ao ordenamento físico, verifica-se há certo ordenamento do espaço com 
arruamentos ortogonais e regulares e uma definição não muito clara dos talhões e das 
construções, porem verifica-se também áreas de ocupação desordenada motivada pelo aumento 
constante da população que nos últimos anos tem-se verificado neste município, motivados pelo 
deficiente acompanhamento. 
Figura 1: Imagem da dinâmica ocupacional do Bairro de N’coripo 2014-2017. 
 
Fonte: Google earth, 2018 
 
 
40 
 
3.3.2. Saneamento do meio 
Não existe nenhuma informação sistemática sobre os tipos de saneamento usados no bairro de 
N’coripo e a sua cobertura, mas de uma forma geral pode-se dizer que as casas construídas de 
material convencional têm fossas sépticas, enquanto as casas de material precário usam as 
latrinas melhoradas e tradicionais sendo que a gestão dos resíduos sólidos é individual, com 
aterros ou queimadas nos quintais, uma vez que o CMCM não faz a colecta de resíduos sólidos 
neste bairro. 
Quanto a drenagem de águas pluviais, ela acontece naturalmente devido ao desnível do terreno e 
sem nenhuma infra-estrutura (valas de drenagem) para o seu encaminhamento. 
 
3.4. Economia 
Na área em consideração, o uso do solo consiste essencialmente na actividade agrícola de 
subsistência familiar. A maioria da população desta área pratica agricultura de subsistência, 
recorrendo-se para tal a instrumentos tradicionais tais como enxadas de cabo curto, catanas, 
machados, ancinhos entre outro e quanto aos produtos mais cultivados podemos encontrar a 
mandioca, o amendoim, o milho e feijão. 
A agricultura é a actividade predominante e envolve quase todos os agregados familiares. De um 
modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares sem 
regime de consociação de culturas com a base em variedades locais. 
 
A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre bem-
sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas e alto, dada a baixa capacidade de 
armazenamento de humidade no solo durante o período de acrescento das culturas. 
 
 
 
 
41 
 
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 
Esse capítulo é apresentado os dados colectados no âmbito da pesquisa e receberam um 
tratamento no que concerne com os objectivo traçados de modo a ir ao encontro ao 
esclarecimento do problema da presente monografia. 
 
4.1. Codificação da amostra 
Tabela 2. Codificação da amostra 
Residentes do Bairro RB 
Técnicos do Planeamento Físico TPF 
Chefe da Fiscalização CF 
Secretário do Bairro SB 
Fonte: autor, 2018. 
 
4.2. Factores para a ocupação desordenada do território no bairro de N’coripo 
4.2.1. Crescimento demográfico 
Segundo os dados obtidos pelo autor levou-se a reflectir sobre o crescimento da população na 
cidade de Montepuez assim como no bairro de N’coripo, é de salientar que a partir do censo de 
2007 a cidade registou-se cerca de 76.193mil habitantes e em 2017 estimou-se cerca de 93.602 
mil. 
No bairro de N’coripo obteve-se os seguintes dados em 2007 que registou-se um número de 
5.533 e em 2017 de 10.219mil habitantes. (ver o gráfico) 
 
 
 
 
 
42 
 
Gráfico 1. Crescimento da população na cidade de Montepuez e o bairro de N’coripo 
 
 
Fonte: adaptado pelo autor, 2018. 
 
4.2.2. A Fiscalização 
Para saber como é que funciona o processo da fiscalização no bairro de N’coripo referente a 
ocupação desordenada dos espaços foram envolvidos aqui os seguintes autores: CF, TPF, RB e 
SB. Esse que responderam as questões representados à abaixo. 
Questão 1: Quantos casos de irregularidades já foram registados relacionados com o 
ordenamento do território? 
Perante a entrevista no envolvimento do 1-CF e 2-TCF (100%) constatou-se que são reportados 
vários casos a cerca das irregularidades por ano em 2014 até 2017, são estimados 
aproximadamente dentre 300 a 360 casos a nível de todo município. 
Tabela 3: Apresentação da percentagem das respostas da questão 1. 
Respostas Pessoas 
envolvidas (Pe) 
Frequência 
Relativa (fr) % 
- São reportados vários casos a cerca das irregularidades 
entre 2014 a 2017 varia entre 300 a 360. 
3,0 100,0 
Total 3,0 100,0 
Fonte: Adaptado pelo autor (2018) 
0
20
40
60
80
100
0-1996 2007 2017
h
a
b
it
a
n
te
s/
m
il
Evolução da população 
Municipio de
Montepuez
Bairro de
N'coripo
43 
 
Questão 2: Qual é a frequência da fiscalização no bairro de N’coripo? 
Indo ao encontro da resposta foram envolvidos na entrevista 4 personalidades dos quais: 1-CF, 1- 
SB e 2-TPF que representam 100%, dos quais funcionários do conselho municipal e como 
resposta todos afirmaram não haver frequências nas actividades de fiscalização por menor 
número de fiscais onde foram identificados quatro (4), esses que respondem a todo município. 
Tabela 4: Apresentação da percentagem das respostas da questão 2 
Respostas Pessoas 
envolvidas (Pe) 
Frequência 
Relativa (fr) % 
- Não há frequência nas actividades de fiscalizações, isso 
porque o número dos fiscais é muito reduzido. 
3,0 75,0 
- Todos os dias. 1,0 25,0 
Total 3,0 100,0 
Fonte: Adaptado pelo autor, (2018) 
 
No atinente à frequência de fiscalização notou-se que não há fiscalização no bairro de N’coripo 
relacionado ao ordenamento do território, uma vez que o acompanhamento técnico apenas e 
realizadas nos primeiros dias para a legalização de licença da construção. 
Questão 3 : Alguma vez já recebeu fiscais do Conselho Municipal na sua residência? 
Para responder essa questão foram envolvidos 46 residentesdo bairro de N’coripo que representa 
a 100% dos residentes envolvidos no questionário e obteve-se os seguintes dados em que 20 que 
correspondem 44.44% responderam que sim e os restantes 26 que correspondem 55.56% 
responderam não terem recebido fiscais do CMCM na sua residência, como esta ilustrado no 
gráfico a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Gráfico 2: Alguma vez já recebeu fiscais do conselho municipal na sua residência? 
43.48% 
56.52% 
Sim Não
Alguma vez já recebeu fiscais do conselho 
municipal na sua residência? 
% da resposta
 
Fonte: Adaptado pelo autor, (2018) 
Conforme o gráfico 2, a maioria dos residentes do bairro uma representação de 56.52% declaram 
não receber técnicos da fiscais do CMCM e que apenas disseram terem tratado de assuntos 
relacionadas com a licença de construção e não sobre os limites de ocupação do espaço. (Ver as 
implicações nas fotos a seguir) 
Figura 2 e 3: Ruas que surgem a partir de aumento singular de talhões (esquerda) e casas por 
baixo de rede eléctrica (direita). 
 
Fonte: Capturada pelo autor, 2018. 
 
45 
 
Contudo observar-se que a falta da seriedade na fiscalização contribui plenamente na dinâmica 
do desordenamento do território nas zonas de expansão do bairro de N’coripo, este fenómeno 
que é influenciado pelos residentes locais as vezes por falta de conhecimento, onde seguem o 
alinhamento do vizinho alastrando-se cada vez mais, outros por negligência e por falta de 
intervenção por parte da instituição competente. 
 
4.2.3. Capacidade técnica- institucional 
Em relação aos recursos humanos foram envolvidos os TPF e CF, dada a entrevista responderam 
as seguintes questões: 
Questão 4: Qual é o número do pessoal técnico afecto na área de planeamento? 
É de salientar que na área do planeamento estão afecto apenas quatro (4) esse que respondem 
para todo o município nomeadamente: 
Tabela 5. Apresentação dos técnicos afectos no CMCM na área do planeamento 
Nr
o 
Função Nível académico 
1 Arquitecto e Planificador Nível Superior 
1 Topógrafo Nível médio 
2 Planeamento físico e ambiente Nível médio 
Fonte: Adaptado pelo autor (2018) 
 
O técnico de arquitectura encontra-se a prestar serviços na área de planificação por falta do 
pessoal dado o número reduzido dos funcionários. 
Neste contexto tendo em contas as respostas dadas é de notar que há défice de técnicos para esta 
actividade comparando com a demanda de espaços e as dinâmicas do crescimento populacional 
seja no bairro assim como a nível do município, visto que apenas um (1) técnico este vinculado 
para resolver as preocupações da população no bairro de N’coripo. Pois os técnicos estão 
capacitados para exercer as suas actividades mas o problema esta na capacidade de suportar o 
número dos habitantes pois o número dos técnicos e bastante reduzido. 
 
46 
 
Questão 5: Quais são os equipamentos/instrumentos existentes na instituição para a monitoria os 
planos de ordenamento do território (planos, meios circulantes e tecnológicos)? 
Questão colocada na entrevista, à 2-TPF (100%) quanto as respostas obtidas sobre os 
equipamentos e instrumentos existentes na instituição do pessoal envolvido dos diferentes 
sectores obteve-se os seguintes resultados: 
Tabela 6: Apresentação da percentagem das respostas do TPF para a questão 5. 
Respostas Pessoal 
envolvido (Pe) 
Frequência 
Relativa (fr) % 
- GPS, teodolito, estacas, mira falante, fita, marcos, SIG 
(Google earth) e apenas uma (1) viatura. 
2,0 100,0 
Total 2,0 100,0 
Fonte: Adaptado pelo autor (2018) 
 
Com a reposta dada pelos técnicos, tudo indica que no CMCM, existem instrumentos e 
equipamentos para a realização das actividades de monitoria aos planos de ordenamento do 
território. 
 A mesma questão foi também colocada na entrevista ao 1-CF (100%) ver na tabela a 
seguir. 
Tabela 7: Apresentação da percentagem da resposta do CF para a questão 5. 
Resposta Pessoal 
envolvido (Pe) 
Frequência 
Relativa (fr) % 
- Os meios disponíveis para actividades na área de 
fiscalização existem apenas uma (1) motorizada e uma (1) 
viatura. 
1,0 100,0 
Total 1,0 100,0 
Fonte: Adaptado pelo autor 2018 
 
No atinente aos meios circulantes foi respondida a 100% que existem dois, uma viatura e uma 
motorizada. É prescindível que torne difícil essa actividade uma vez que para exercer a 
47 
 
actividade necessita de muita circulação pelo bairro. Neste caso não existem meios circulantes 
suficientes para essa actividade. 
 
4.3. A Percepção da população sobre os planos de ordenamento do território no bairro de 
N’coripo 
Questão 6: Como se faz a promoção de campanhas de sensibilização sobre o ordenamento do 
território para o bairro de N’coripo. 
Questão alocada para 2-TPF e 1-SB, onde procura-se saber como são feitas as campanhas de 
sensibilização, onde todo o pessoal envolvido que corresponde a 100% responderam que são 
feitas em consultas públicas, reuniões e a partir da estrutura da base do bairro. 
Tabela 8: Apresentação da percentagem da resposta da questão 6 
Respostas Pessoal 
envolvido (Pe) 
Frequência 
Relativa (fr) % 
- Consultas públicas, reuniões e a partir da estrutura 
da base do bairro (secretário, líderes, chefes do bairro 
etc) 
2,0 
66,67 
 
- Em reuniões do bairro e consulta pública. 1,0 33,33 
Total 3,0 100,0 
Fonte: Adaptado pelo autor (2018) 
 
Por tanto na ordem das ideias é de salientar segundo os dados que as campanhas de 
sensibilização sobre o ordenamento do território no bairro de N’coripo são feitas em consultas 
públicas, reuniões e a partir da estrutura da base do bairro (secretário, líderes, chefes do bairro 
etc) esses autores que tem um papel como os representantes do bairro. 
 
Questão 7: Os técnicos alguma vez já divulgaram os planos de ordenamento do território? 
Dos 46 residentes do bairro questionados que correspondem a 100%, dos quais 12 responderam 
que sim já foram divulgados os planos de Ordenamento do território que representam 26.67% e 
dos 33 na sua maioria que representam 73.33% responderam que não. (vide gráfico 3 
48 
 
Gráfico 3: Os técnicos alguma vez já divulgaram os planos de ordenamento do território? 
26.67% 
73.33% 
Sim Não
Os técnicos alguma vez já divulgaram os 
planos de ordenamento do território?
% da resposta
 
Fonte: adaptado pelo autor, (2018) 
Observa-se que a maioria dos residentes nunca foram apresentados os planos e nem sabem o que 
é, contudo há fraca percepção dos mesmos para os residentes do bairro. Contudo, segundo os 
dados indica que os residentes do bairro de N’coripo a maioria deles nunca foram divulgados os 
planos de OT, mas os responsáveis (CMCM) têm realizado esforços para tal como maneira de 
transmitir as informações as comunidades, tudo o que indica é que há prevalência da fraca 
participação por parte da comunidade nos modelos da divulgação. 
 
Questão 8: Com quem fez a delimitação do seu espaço de residência? 
Dos 46 residentes do bairro questionados, 26 que perfazem a 56,52% responderam com ajuda 
dos técnicos do conselho municipal; 12 que perfazem a 26,09% responderam que terem recebido 
apoio com o secretário do bairro e 5 que perfazem a 10,87%, terem delimitado pessoalmente. 
(Vide a tabela). 
Tabela 9: Apresentação da percentagem da resposta do CF para a questão 8 
Respostas Pessoal envolvido 
(Pe) 
Frequência 
Relativa (fr) % 
Técnico do conselho municipal 26 56,52 
Secretário do bairro 12 26,09 
Singular 5 10,87 
Nenhum 0 0,0 
Todos 3 6,52 
Total 46 100,0 
Fonte: Adaptado pelo autor (2018) 
49 
 
Tendo em conta a delimitação dos espaços e notável que os técnicos do CMCM têm feito a 
assistência na ocupação dos espaços nas zonas de expansão do bairro de N’coripo, mas essas 
actividades não abrange a todos residentes. 
 
4.4. Opiniões e constrangimentos 
Questão 9: Que opinião deixa a autoridade para a melhoria do ordenamento territorial do bairro? 
Foram envolvidos todos 46 residentes

Continue navegando

Outros materiais