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Nacionalidade: Tipos e Requisitos

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Nacionalidade 
A nacionalidade é originada do vinculo jurídico-politico que liga um indivíduo a um 
Estado determinado, fazendo com que este seja considerado como parte do povo 
daquele Estado e como consequência, possa desfrutar de direitos e submeta-se a 
obrigações. 
 
1. Espécies de nacionalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nacionalidade 
Primária ou ordinária 
(involuntária) 
Secundária ou adquirida 
(voluntária) 
É imposta de maneira 
unilateral, independentemente 
da vontade do sujeito, pelo 
Estado, no momento do seu 
nascimento. 
Aquela que se adquire por 
vontade própria, depois do 
nascimento. Via de regra, 
acontece através da 
naturalização, que pode ser 
requerida tanto pelos 
estrangeiros como pelos 
apátridas (heimatlos), que 
são os indivíduos que não 
tem pátria alguma. 
Atenção!!! 
O estrangeiro ainda pode se enquadrar na categoria dos POLIPÁTRIDAS (ou seja, 
terem multinacionalidade), de acordo com as regras de cada país. 
EX: filho de italiano (critério do sangue) → nascido no Brasil (critério da 
territorialidade). 
 
 
Surge o chamado CONFLITO DE NACIONALIDADE, que pode ser: 
• POSITIVO: polipátrida (multinacionalidade) 
• NEGATIVO: apátrida, intolerável → especialmente diante da Declaração dos Direitos 
Humanos, que assegura que toda pessoa tem direito a uma nacionalidade, proibindo 
o arbítrio em retirá-la do sujeito, impedi-la ou muda-la. 
Art. 15, DUDH: 1. Todo o indivíduo tem direito a ter 
uma nacionalidade. 2. Ninguém pode ser 
arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem 
do direito de mudar de nacionalidade. 
 
2. Brasileiro nato 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, 
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes 
não estejam a serviço de seu país; 
Adotou-se o critério ius solis. 
Entretanto, essa regra pode ser 
atenuada em algumas situações, 
ou “temperada” por alguns 
critérios. 
Ius solis 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou 
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a 
serviço da República Federativa do Brasil; 
 
 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou 
de mãe brasileira, desde que sejam registrados em 
repartição brasileira competente ou venham a 
residir na República Federativa do Brasil e optem, 
em qualquer tempo, depois de atingida a 
maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
 
 
3. Brasileiro naturalizado 
Como forma de aquisição da nacionalidade, a CF impõe um processo de 
naturalização, que depende da manifestação de vontade do sujeito e da 
concordância do Estado em conferir-lhe a nacionalidade, através de um ato de 
soberania, de forma discricionária, atendendo ou não à solicitação do estrangeiro ou 
do apátrida. 
Assim sendo, não é mais possível a ocorrência da naturalização tácita, como 
acontecia na CF de 1891. 
Com o advento da CF de 1988, estabeleceu-se que só há a possibilidade da 
NATURALIZAÇÃO EXPRESSA, que se divide em: 
 
 
 
 
Ius sanguinis + a serviço do Brasil 
Ius sanguinis + registro – 1ª parte 
Ius sanguinis + opção afirmativa – 2ª parte 
2ª parte – nacionalidade potestativa 
ORDINÁRIA EXTRAORDINÁRIA 
 
Art. 12, II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram 
a nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um 
ano ininterrupto e idoneidade moral; 
• originários de língua portuguesa 
• não originários de língua portuguesa 
 
 
Art. 12, b) os estrangeiros de qualquer 
nacionalidade, residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze 
anos ininterruptos e sem condenação 
penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira. 
 
4. Quase nacionalidade (reciprocidade) 
Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência 
permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos 
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos 
nesta Constituição. 
Trata-se da CLÁUSULA DE RECIPROCIDADE (do ut des) assegurada pelo TRATADO DE 
AMIZADE, COOPERAÇÃO E CONSULTA, entre o Brasil e Portugal. 
 
 
5. Distinções entre brasileiros natos e naturalizados (legais) 
Com base no PRINCÍPIO DA ISONOMIA, a CF PROÍBE que se estabeleça quaisquer 
diferença entre brasileiros natos e naturalizados, exceto em casos expressos 
taxativamente no texto constitucional: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será 
extraditado, salvo o naturalizado, 
em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de 
comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei 
Art. 12, § 3º São privativos de brasileiro 
nato os cargos: 
I - De Presidente e Vice-Presidente da 
República; 
II - De Presidente da Câmara dos 
Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - De Ministro do Supremo Tribunal 
V - Da carreira diplomática; 
VI - De oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
 
Art. 12, § 4º - Será declarada a perda 
da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, 
por sentença judicial, em virtude de 
atividade nociva ao interesse 
nacional; 
 
Art. 89. O Conselho da República é 
órgão superior de consulta do 
Presidente da República, e dele 
participam: 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, 
com mais de trinta e cinco anos de 
idade, sendo dois nomeados pelo 
Presidente da República, dois eleitos 
pelo Senado Federal e dois eleitos 
pela Câmara dos Deputados, todos 
com mandato de três anos, vedada a 
recondução. 
Art. 222. A propriedade de empresa 
jornalística e de radiodifusão sonora 
e de sons e imagens é privativa de 
brasileiros natos ou naturalizados há 
mais de dez anos, ou de pessoas 
jurídicas constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sede no 
País. 
6. Perda da nacionalidade 
As hipóteses de perda da nacionalidade também estão previstas TAXATIVAMENTE, 
na CF, são elas: 
• CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO: por sentença judicial, em razão de atitude 
nociva ao interesse nacional; 
 
• AQUISIÇÃO DE OUTRA NACIONALIDADE: exceto em casos de: 
 
→ Reconhecimento de nacionalidade originária, por lei estrangeira 
→ Imposição de naturalização pela norma estrangeira. 
 
7. Requisição da nacionalidade brasileira perdida 
Existem dois casos de requisição da nacionalidade perdida: 
• CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA EM 
JULGADO: só se pode readquirir a nacionalidade através da ação rescisória. 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do 
brasileiro que: 
I - Tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
II - Adquirir outra nacionalidade, salvo nos 
casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária 
pela lei estrangeira 
b) de imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência em 
seu território ou para o exercício de direitos civis; 
• AQUISIÇÃO DE OUTRA NATURALIDADE: o art. 36 da Lei n°818/49 prevê a 
possibilidade de reaquisição por decreto presidencial, se o ex-brasileiro estiver 
domiciliado no Brasil. Porém, a reaquisição só vai ter validade se não contrariar o 
texto constitucional e se existirem elementos que atribuam a nacionalidade ao 
interessado.

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