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Atv. Avaliativa D. Fin. e Trib. I

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Iram Gonçalves de França 
201701106851 
Atividade Avaliativa Dir. Financeiro e Tributário I 
 
Questão 1: 
A Constituição da República Federativa de 1988 (CF/88) estrutura-se em um Estado 
Democrático de Direito republicano e federativo, de forma que “[...] o Republicanismo 
como teoria da forma de governo, e seus desdobramentos teóricos, apresenta-se 
como um processo de remodelagem do Estado Democrático de Direito em 
construção”. 
O princípio republicano está contido no art. 1o da Constituição Federal, quando 
prevê que “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito [...]” (CF, 1988). As verdadeira dimensões deste acento devem ser buscadas, 
não na História dos Povos, mas em nossa própria Carta Magna. É ela que traça o 
perfil e as peculiaridades da República Brasileira. 
Intimamente ligado ao princípio da federação está o princípio republicano, de forma 
que são os princípios de maior importância na organização jurídico-política brasileira. 
Por esses princípios, como se disse, são perpassados todos os demais princípios e 
regras, constitucionais ou infraconstitucionais. O regime republicano é caracterizado 
modernamente pela divisão do exercício dos poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário. 
O princípio da igualdade encontra-se positivado no campo do direito tributário 
com o disposto no art. 150, II da CF, ao prescrever a vedação de tratamento 
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, 
proibindo qualquer forma de distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos. Antes da previsão deste princípio no artigo 150, 
II da Constituição Federal, verificamos a sua presença em várias passagens da 
Constituição, a começar pelo preâmbulo que aponta a igualdade como valor 
supremo de nossa sociedade, logo após encontramos o princípio da igualdade 
no artigo 5°, “caput” da Carta Magna ao dispor que “todos são iguais perante a 
lei, sem distinção de qualquer natureza”, o que faz o art. 150, II é reforçar este 
princípio maior. 
Sabemos que os princípios são vetores de direção das demais normas que 
compõem o nosso sistema jurídico, estes princípios devem coexistir sem que 
possamos falar em sobreposição de um em relação a outro. Contudo, o 
princípio da igualdade, independente das menções expressas no texto 
constitucional a indicar a sua relevância, é um dos maiores princípios a compor 
e orientar o nosso sistema jurídico, pois está a assegurar uma política 
democrática. 
O princípio da capacidade contributiva apresenta-se como um dos 
desdobramentos do princípio da igualdade. O artigo 145, § 1° da Constituição 
Federal dispõe que “sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte…”. Em uma 
linguagem simples podemos traduzir no seguinte jargão: “quem pode mais 
paga mais, quem pode menos paga menos”. 
 
Uma das formas de se atender a este princípio é a progressividade das 
alíquotas de acordo com a capacidade econômica do sujeito passivo. Exemplo 
desta progressividade de alíquotas é o Imposto de Renda, com as seguintes 
faixas: isenção, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%. 
 
O próprio dispositivo faculta à Administração, com a finalidade de dar maior 
efetividade ao cumprimento deste princípio, “identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte.” 
A Constituição Federal não cria tributos, mas sim outorga competência 
para que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por 
meio de lei, o façam. Desse modo, é possível afirmar que competência 
tributária é o poder ou aptidão, outorgado constitucionalmente aos entes 
políticos, para que editem leis que instituam tributos. 
 A Constituição Federal atribui à competência tributária aos entes 
políticos em seus artigos 153 a 156, e outorga a cada qual o poder de 
instituir e cobrar exações tributárias, devendo às pessoas jurídicas de 
Direito Público atuar nos ditames constitucionais, bem como nos limites 
de suas respectivas parcelas de poder. 
A competência tributária se distingue da competência legislativa plena, 
artigo 6º do Código Tributário Nacional, também denominada de 
competência concorrente, vez que esta é genérica, pois atribui aos entes 
políticos a competência para legislarem sobre matérias de Direito 
Tributário, consoante delineia o artigo 24 da Constituição Federal, já a 
competência tributária é restrita à atribuição constitucional do poder de 
instituição de tributos. Não se tratando do foco do presente trabalho, 
cumpre apenas mencionar que a competência legislativa concorrente 
está sistematizada no artigo 24, §§ 1º ao 4º, da Constituição Federal. 
Questão 2: 
Ao ver do Ativismo Judicial é possível sim instituir o tributo uma vez que 
a definição do Ativismo Judicial é intervir nos demais poderes. 
Ativismo judicial, considerado como um fenômeno jurídico, costuma ser 
designado como uma postura proativa do Poder Judiciário na interferência de 
maneira regular e significativa nas opções políticas dos demais poderes. 
 
 
Questão 3: 
Que 
1- Não. A legislação sobre matéria tributária não encontra restrição de 
iniciativa, salvo no caso de administração de Territórios, para o qual a 
iniciativa é reservada ao Presidente da República (art. 61, § 1o, inciso II, 
alínea "b", CF). Entretanto, ainda que a matéria fosse de iniciativa 
privativa do Presidente, é certo que a limitação imposta no § 1o do art. 61 
da CF diz respeito apenas a leis, sendo possível aos legitimados para a 
proposta de emenda à Constituição tratar a respeito de quaisquer dos 
temas de envergadura constitucional, desde que respeitado o § 4o do art. 
60 da CF. Esse, aliás, é o entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
 
2- Não. A previsão do art. 65 da CF abarca tanto projetos de lei quanto de 
emenda à Constituição, sendo necessário o retorno à Casa que deu início 
ao processo quando, como no caso em tela, a alteração não se restringe 
à redação dos dispositivos sob análise, mas provoca alteração 
substancial das proposições jurídicas aprovadas pela Câmara. 
 
3- No que tange à aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal (art. 
195, §6o, da CRFB) devemos ter em mente que a contribuição já estava 
vigente, sendo apenas prorrogada. Assim, não incorre em vício de 
inconstitucionalidade material pela não observância do art. 195, §6o, da 
CRFB. 
 
4- Não. As emendas à Constituição entram em vigor imediatamente, não se 
sujeitando à vacatio legis, salvo se houver previsão específica a esse 
respeito. 
 
 
 
 
 
5-

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