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Síndrome de Marfan · Antigamente chamada de aracnodactilia com gigantismo eram altos e com as mãos longas. Depois, chamada de síndrome de hipermobilidade de Marfan Síndrome de Dennie-Marfan Síndrome de Marfan · Característica geral da doença Tríade Clássica Pectus excavatum Aracnodactilia Dilatação de aorta Obs: também tem relatos com Pectus Carinatum Tríade Primária · Anomalias Esqueléticas – alongamento dos ossos longos e escassez de tecido muscular e adiposo · Anomalias Cardiovasculares · Anomalias Oculares – luxação ou subluxação do cristalino · Grupo nosológico · Distúrbio do tecido conjuntivo · Displasia esquelético · Displasia cardiovascular · Fibrilinopatia · Espectro marfanoide · Características genéticas da doença/ modelo de herança · Herança autossômica dominante 75% dos casos (um só alelo mutado é suficiente para criar a doença) com penetrância completa (todo mundo que tem a mutação, tem a doença). · Expressividade: altamente variável (ao contrário da acondroplasia) · Alta heterogeneidade alélica – alelos diferentes causando a doença · Pleiotropia único defeito genético causando doenças em vários sistemas. É a principal doença dominante com pleiotropia, porque a fibrilina é pleiotrópica, está envolvida com vários sistemas · Mutações novas (25%) 75% dos casos de Marfan, um dos pais tem. 25%, a mutação ocorreu nos indivíduos · Gene: FBN1 toda mutação que ocorre no FBN1 desenvolve síndrome de Marfan, o que varia é a gravidade clínica. · 300 mutações já foram registradas, algumas silenciosas e outras com repercusões · Proteína: Fibrilina , pode acontecer de a mutação não ser na fibrilina, no caso, não vai ser marfan clássico. · A fibrilina está associada a formação das microfibrilas presentes nos ligamentos, como no ligamento suspensor do cristalino, sendo substrato da elastina na aorta e outros tecidos elásticos. · Responsável pela integridade do tecido conjuntivo, bloqueando o crescimento indefinido do osso, dai o comprometimento de todos os ossos longos do corpo, que crescem demasiadamente; · A alteração principal nos vasos vai ser a incompetência da fibra elástica · Mantém estrutura dos microfibrilas e das fibras elásticas · Localização cromossômica: 15q21.1 · Mutação no FBN1: Pode gerar · Marfan clássica: argenina com prolina · Marfan moderada: cisteina com serina · Marfan neonatal: cisteina com argenina · Conceitos importantes · Habitus Marfanoide/ fenótipo marfanoide e fenótipo marfan · estatura elevada · membros longos desproporcionais · escassez de tecido subcutâneo e muscular · alterações graves de coluna vertebral e torácica, · aracnodactilia · hiperextensibilidade articular · subluxação do cristalino · O habitus é o que você identifica sem usar nenhum recurso laboratorial, apenas pela aparência. · Não inclui as alterações cardiovasculares · Existem pessoas com esse fenótipo mas que não possuem a síndrome · Diagnóstico – Clinico + teste genético (sequenciamento NGS de FBN1 com painel molecular) · Manifestações clínicas: 80% só se confirma diagnóstico na adolescência Sistema Cardiovascular · Aneurisma dissecante / dilatação de aorta ascendente · Regurgitação aórtica · Prolapso mitral Sistema Músculo Esquelético · Aumento comprimento dos ossos longos (aracnodactilia) · Anomalias da curvatura coluna : escoliose, cifose, pode ser explicada pela ausência de intercostais · Pectus carinatum, pectus escavatum · Displasia Acetabular · Pé plano · Envergadura maior que a estatura · Desproporção dos membros longos – segmento inferior maior que o segmento superior · Escassez de tecido muscular e adiposo · Cubitos valgos · Anomalias dentárias e do palato (palato em ogiva) · Face alongada Sistema Ocular · Miopia (85%) · Subluxação ou luxação do cristalino (70 a 80%) · Glaucoma · Catarata · Descolamento da Retina · A maioria dos casos foram diagnosticados por oftalmologistas por causa dessas anomalias · Sinal do Polegar Sinal de Marfan · Complicações · Hiperextensibilidade articular · Apneia do sono · Endocardite · Anomalia orofacial · Aneurisma de aorta – principal causa de morte No passado as anomalias cardiovasculares apresentavam altas taxas de mortalidade, principalmente nos casos graves, porém isso diminuiu após a inclusão dos beta bloqueadores, que devem ser iniciados imediatamente após o diagnóstico · Diagnósticos Diferenciais · Aracnodactilia Contratural Congênita · Homocistinúria – principalmente na ausência de achados cardiovasculares · Prognostico – sobrevida próxima a população geral · É ruim devido ao risco de dissecção e aneurisma de aorta e dilatação de aorta que cursa com níveis séricos elevados de TGF-beta · A principal avaliação de prognóstico é de imagem · Relativo, depende se o diagnóstico foi precoce. · A inteligência é conservada – dificuldade de aprendizado, distúrbios de atenção e de comportamento. · Marfan Neonatal: Forma atípica de mutação semiletal do gene FBN1 em éxons 24 a 32. Diagnóstico antes dos 3 meses, apresentando defeitos cardíacos graves (90%), contraturas congênitas (65%). A sobrevida máxima é de 2 anos – maioria com 1 ano por quadro cardiovascular grave. · Contratura articular · Enfisema pulmonar · Insuficiência mitral · Dilatação aórtica · Devido às condutas houve um avanço considerável na mortalidade dos pacientes com marfan · Novas técnicas cirúrgicas – envelopamento arterial · Conduta · Acompanhamento médico obrigatório · Avaliações periódicas de 6/6 meses ou 12/12 meses a depender da gravidade · Toda vez que tiver diante de paciente com fenótipo suspeita de Marfan fazer avaliação cardiológica, exames de imagem da aorta · Tratamento sintomático · Sem atividade física de grande impacto · Correção cirúrgica profilática em todo paciente com aorta ascendente com diâmetro de 6cm ou mais · Uso de BB adrenérgicos após a confirmação diagnostica · Prevenção de deformidade da coluna na infância e adolescência · Prevenção das endocardites · Aconselhamento genético · Saber se é mutação nova ou recorrene · Risco reprodutivo · Nos casos graves não é aconselhável gestação · Encaminhamento para grupos de apoio – podem ajudar do ponto de vista médico (complicações) e na inserção social / autoestima · Psicoterapia de apoio · Prevenção das complicações clinicas
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