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Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares - EMSERH-MA - Auxiliar Operacional de Serviços Gerais - Maqueiro Língua Portuguesa Compreensão de texto .................................................................................................................................................... 1 Reescrita de passagens do texto ...................................................................................................................................... 4 Ortografia: emprego de letras, divisão silábica, acentuação.. ................................................................................... 6 Classes das palavras e suas flexões ............................................................................................................................... 11 Verbos: conjugação, emprego dos tempos, modos e vozes verbais.. .................................................................... 43 Concordâncias: nominal e verbal .................................................................................................................................. 48 Regências: nominal e verbal... ........................................................................................................................................ 52 Colocação dos pronomes.. ............................................................................................................................................... 57 Emprego dos sinais de pontuação.. ............................................................................................................................... 60 Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia ........................................................................................................... 63 Coletivos .............................................................................................................................................................................. 64 Processos sintáticos: subordinação e coordenação .................................................................................................. 65 Matemática Sistema de numeração ....................................................................................................................................................... 1 Conjuntos numéricos: números naturais, inteiros e racionais. Números racionais: frações, representação decimal de um racional. Números reais: adição, subtração, multiplicação, divisão ............................................ 2 Porcentagem. Juros simples, desconto e lucro ........................................................................................................... 10 Regra de três simples. ...................................................................................................................................................... 13 Gráficos e tabelas (tratamento de informações) ....................................................................................................... 15 Medidas de comprimento. Problemas .......................................................................................................................... 17 Questões Complementares ............................................................................................................................................. 18 Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira pública. O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites governamentais. Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, para eventuais consultas. Eventuais reclamações deverão ser encaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no Código de Defesa do Consumidor. É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 1Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Compreensão de texto Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais de 1989: “Eu sabia que você era collorido por fora, mas caiado por dentro.” Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos da campanha presidencial” e entenderam não “Você tem cores fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um discurso moderno e de centro-esquerda, mas é um reacionário”. Observe que há duas operações diferentes no entendimento do texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras da frase acima, mas não conhecesse o universo dos discursos da campanha presidencial, não entenderia o significado da frase. Por isso, é preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam “conhecimento de mundo” ao universo discursivo. Na frase acima, collorido e caiado não pertencem ao universo da pintura, mas da vida política: a primeira palavra refere- se a Collor e ao modo como ele se apresentava, um político moderno e inovador; a segunda diz respeito a Ronaldo Caiado, político conservador que o apoiava. A essa operação chamamos compreensão. Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: informativa e de reconhecimento. A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto. A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos menores,tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto. Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido. O fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que o trabalho não se perca. O mesmo acontece com o texto. O ato de escrever toma de empréstimo uma série de palavras e expressões amarrando, conectando uma palavra uma oração, uma ideia à outra. O texto precisa ser coeso e coerente. Coesão É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais elementos de coesão são os conectivos, vocábulos gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as orações que formam o período e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um texto bem trabalhado sintática e semanticamente resultam num texto coeso. Coerência A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações e motivações. Tipos de Composição Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas. Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A narração envolve: - Quem? Personagem; - Quê? Fatos, enredo; - Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; - Onde? O lugar da ocorrência; - Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos; - Por quê? A causa dos acontecimentos; Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho. Sentidos Próprio e Figurado Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: “parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. O sentido tradicionalmente dito próprio sempre corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o sentido preferencial, o que comumente ocorre. O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem que se obtém pela decifração da metáfora. O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, mas nunca mais que esporadicamente. Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 2Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que não chamá- lo de “natural”, “primeiro”? Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e estetização e até a geração de categorias se ressente disso. Essa tendência para atribuir status às categorias é uma constante do pensamento antigo, cuja índole era hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas teorias modernas. Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos retóricos a serviço de sua concepção estética. Sentido Imediato Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura ingênua ou leitura de máquina de ler. Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência de uma série de premissas que restringem a decodificação tais como: - As frases seguem modelos completos de oração da língua. - O discurso é lógico. - Se a forma usada no discurso é a mesma usada para estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, respectivamente, identidade lógica e atribuição. - Os significados são os encontrados no dicionário. - Existe concordância entre termos sintáticos. - Abstrai-se a conotação. - Supõe-se que não há anomalias linguísticas. - Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto modificadores do código linguístico. - Supõe-se pertinência ao contexto. - Abstrai-se iconias. - Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. - Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. - Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-se o uso expressivo, cerimonial. Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele surgirem elipses, metáforas, metonímias, oxímoros, ironias, alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, editoriais, etc. Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O que existe são ocorrênciaseventuais que se aproximam de uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica perplexo diante de um oxímoro. Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são anteriores a ele. Sentido Preferencial Para compreender o sentido preferencial é preciso conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma palavra no dicionário, dizemos que ela está descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o resultado médio, o que não impede que pela necessidade momentânea consideremos o significado preferencial para dado indivíduo. Algumas regularidades podem ser observadas nos significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o “primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido mais usado se impor sobre o menos usado. Para certos termos é difícil estabelecer o sentido preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? Questões ( Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vunesp) O uso da bicicleta no Brasil A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os automotores. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos impostos. No Brasil, está sendo implantado o sistema de compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos estratégicos. A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 3Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de locomoção nas metrópoles brasileiras (A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra devido à falta de regulamentação. (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido incentivado em várias cidades. (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela maioria dos moradores. (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os demais meios de transporte. (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade arriscada e pouco salutar. 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos objetivos centrais do texto é (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do ciclista. (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é mais seguro do que dirigir um carro. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta no Brasil. (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de locomoção se consolidou no Brasil. (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve dar prioridade ao pedestre. 03. (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vunesp) Considere o cartum de Evandro Alves. Afogado no Trânsito (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. (D) o número excessivo de automóveis nas ruas. (E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 04. Considere o cartum de Douglas Vieira. Televisão (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) É correto concluir que, de acordo com o cartum, (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou pela TV são equivalentes. (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação mais ativa. (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém que não sabe se distrair. (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir a um programa de televisão. (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo idêntico, embora ler seja mais prazeroso. (Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp) Leia o texto para responder às questões: Propensão à ira de trânsito Dirigir um carro é estressante,além de inerentemente perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas também se engajam num comportamento de risco – algumas até agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir que este chegue onde precisa. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um motorista a tomar decisões irracionais. Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no momento. Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de dirigir. Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças aprendem que as regras normais em relação ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 4Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um incidente em uma violenta briga. Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está predisposta a apresentar um comportamento irracional quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a emoção. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw. uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 05. Tomando por base as informações contidas no texto, é correto afirmar que (A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto comunitário do ato de dirigir. (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção agressiva. (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de experiências e atividades não só individuais como também sociais. (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das emoções positivas por parte dos motoristas. 06. A ira de trânsito (A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. (B) implica tomada de decisões sem racionalidade. (C) conduz a um comportamento coerente. (D) resulta do comportamento essencialmente comunitário dos motoristas. (E) decorre de imperícia na condução de um veículo. 07. De acordo com o perito Dr. James, (A) os congestionamentos representam o principal fator para a ira no trânsito. (B) a cultura dos motoristas é fator determinante para o aumento de suas frustrações. (C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que outros motoristas não o irritem. (D) a principal causa da direção agressiva é o desconhecimento das regras de trânsito. (E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras de civilidade. Respostas 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) / 6. (B) / 7. (E) Reescrita de passagens do texto Norma Culta e Língua-Padrão De acordo com M. T. Piacentini, mesmo que não se mencione terminologia específica, é evidente que se lida no dia-a-dia com níveis diferentes de fala e escrita. É também verdade que as pessoas querem “falar e escrever melhor”, querem dominar a língua dita culta, a correta, a ideal, não importa o nome que se lhe dê. O padrão de língua ideal a que as pessoas querem chegar é aquele convencionalmente utilizado nas instâncias públicas de uso da linguagem, como livros, revistas, documentos, jornais, textos científicos e publicações oficiais; em suma, é a que circula nos meios de comunicação, no âmbito oficial, nas esferas de pesquisa e trabalhos acadêmicos. Não obstante, os linguistas entendem haver uma língua circulante que é correta mas diferente da língua ideal e imaginária, fixada nas fórmulas e sistematizações da gramática. Eles fazem, pois, uma distinção entre o real e o ideal: a língua concreta com todas suas variedades de um lado, e de outro um padrão ou modelo abstrato do que é “bom” e “correto”, o que conformaria, no seu entender, uma língua artificial, situada num nível hipotético. Para os cientistas da língua, portanto, fica claro que há dois estratos diferenciados: um praticamente intangível, representado nas normas preconizadas pela gramática tradicional, que comporta as irregularidades e excrescências da língua, e outro concreto, o utilizado pelos falantes cultos, qual seja, a “linguagem concretamente empregada pelos cidadãos que pertencem aos segmentos mais favorecidos da nossa população”, segundo Marcos Bagno (“ A norma oculta: língua e poder na sociedade brasileira ”. SP: Parábola Edit. 2003). Convém esclarecer que para a ciência sociolinguística somente a pessoa que tiver formação universitária completa será caracterizada como falante culto(urbano). Sendo assim, como são presumivelmente cultos os sujeitos que produzem os jornais, a documentação oficial, os trabalhos científicos, só pode ser culta a sua linguagem, mesmo que a língua que tais pessoas falam e os textos que produzem nem sempre se coadunem com as regras rígidas impostas pela gramática normativa, divulgada na escola e em outras instâncias (de repressão linguística) como o vestibular. Isso é o que pensam os linguistas. E o povo – saberá ele fazer a distinção entre as duas modalidades e os dois termos que as descrevem? Para os linguistas, a língua-padrão se estriba nas normas e convenções agregadas num corpo chamado de gramática tradicional e que tem a veleidade de servir de modelo de correção para toda e qualquer forma de expressão linguística. Querer que todos falem e escrevam da mesma forma e de acordo com padrões gramaticais rígidos é esquecer-se que não pode haver homogeneidade quando o mundo real apresenta uma heterogeneidade de comportamentos linguísticos, todos igualmente corretos (não se pode associar “correto” somente a culto). Em suma: há uma realidade heterogênea que, por abrigar diferenças de uso que refletem a dinâmica social, exclui a possibilidade de imposição ou adoção como única de uma língua-modelo baseada na gramática tradicional, a qual, por sua vez, está ancorada nos grandes escritores da língua, sobretudo os clássicos , sendo pois conservadora. E justamente por se valer de escritores é que as prescrições gramaticais se impõem maisna escrita do que na fala. “ A cultura escrita, associada ao poder social , desencadeou também, ao longo da história, um processo fortemente unificador (que vai alcançar basicamente as atividades verbais escritas), que visou e visa uma relativa estabilização linguística, buscando neutralizar a variação e controlar a mudança. Ao resultado desse processo, a esta norma estabilizada, costumamos dar o nome de norma-padrão ou língua-padrão” (Faraco, Carlos Alberto, “Norma-padrão brasileira”. In Bagno, M. (org.). Linguística da norma. SP: Loyola, 2002). Aryon Rodrigues (in Bagno 2002) entra na discussão: “Frequentemente o padrão ideal é uma regra de comportamento para a qual tendem os membros da sociedade, mas que nem todos cumprem, ou não cumprem integralmente”. Mais adiante, ao se referir à escola, ele professa que nem mesmo os professores de Língua Portuguesa escapam a esse destino: “Comumente, entretanto, o mesmo professor que ensina essa gramática não consegue observá-la em sua própria fala nem mesmo na comunicação dentro de seu grupo profissional ”. Vamos ilustrar os argumentos acima expostos. Não há brasileiro – nem mesmo professores de português – que não fale assim: – Me conta como foi o fim de semana… – Te enganaram, com certeza! Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 5Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO – Me explica uma coisa: você largou o emprego ou foi mandado embora? Ou mesmo assim: – Tive que levar os gatos, pois encontrei eles bem machucados. – Conheço ela há muito tempo – é ótima menina. – Acho que já lhe conheço, rapaz. Então, se os falantes cultos, aquelas pessoas que têm acesso às regras padronizadas, incutidas no processo de escolarização, se exprimem desse modo, essa é a norma culta. Já as formas propugnadas pela gramática tradicional e que provavelmente só se encontrariam na escrita (conta-me como foi /enganaram-te / explica-me uma coisa / pois os encontrei / conheço-a há tempos / acho que já o conheço) configuram a norma-padrão ou língua- padrão. Se para os cientistas da língua, portanto, existe uma polarização entre a norma-padrão (também denominada “norma canônica” por alguns linguistas) e o conjunto das variedades existentes no Brasil, aí incluída a norma culta, no senso comum não se faz distinção entre padrão e culta. Para os leigos, a população em geral, toda forma elevada de linguagem, que se aproxime dos padrões de prestígio social, configura a norma culta. Norma culta, norma padrão e norma popular A Norma é um uso linguístico concreto e corresponde ao dialeto social praticado pela classe de prestígio, representando a atitude que o falante assume em face da norma objetiva. A normatização não existe por razões apenas linguísticas, mas também culturais, econômicas, sociais, ou seja, a Norma na língua origina-se de fatores que envolvem diferenças de classes, poder, acesso a educação escrita, e não da qualidade da forma da língua. Há um conceito amplo e um conceito estreito de Norma. No primeiro caso, ela é entendida como um fator de coesão social. No segundo, corresponde concretamente aos usos e aspirações da classe social de prestígio. Num sentido amplo, a norma corresponde à necessidade que um grupo social experimenta de defender seu veículo de comunicação das alterações que poderiam advir no momento do seu aprendizado. Num sentido restrito, a Norma corresponde aos usos e atitudes de determinado seguimento da sociedade, precisamente aquele que desfruta de prestígio dentro da Nação, em virtude de razões políticas, econômicas e culturais. Segundo Lucchesi (1994, 2001), considera-se que a realidade linguística brasileira deve ser entendida como um contínuo de normas, dentro do quadro de bipolarização do Português do Brasil. A existência da civilização dá-se com o surgimento da escrita. Suas regras são pautadas a partir da Norma Culta. Sendo esta importante nos documentos formais que exigem a correta expressão do Português para que não haja mal entendido algum. Ela nada mais é do que a modalidade linguística escolhida pela elite de uma sociedade como modelo de comunicação escrita e verbal. A Norma Culta é uma expressão empregada pelos linguistas brasileiros para designar o conjunto de variantes linguísticas efetivamente faladas, na vida cotidiana pelos falantes cultos, sendo assim classificando os cidadãos nascidos e criados em zonas urbanas e com grau de instrução superior completo. “Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem a classe ilustrada põe o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático e consagrou”. (ROCHA LIMA, 1989). Dentre as características que são pertinentes à Norma Culta podemos citar que é: a variante de maior prestígio social na comunidade, sendo realizada com certa uniformidade pelos membros do grupo social de padrão cultural mais elevado; cumpre o papel de impedir a fragmentação dialetal; ensinada pela escola; usada na escrita em gêneros discursivos em que há maior formalidade aproximando-a dos padrões da prescrição da gramática tradicional; a mais empregada na literatura e também pelas pessoas cultas em diferentes situações de formalidade; indicada precisamente nas marcas de gênero, número e pessoa; usada em todas as pessoas verbais, com exceção, talvez, da 2ª do plural, sendo utilizada principalmente na linguagem dos sermões; empregada em todos os modos verbais em relação verbal de tempos e modos; possuindo uma enorme riqueza de construção sintática, além de uma maior utilização da voz passiva; grande o emprego de preposições nas regências aproveitando a organização gramatical cuidada da frase. De modo geral, um falante culto, em situação comunicativa formal, buscará seguir as regras da norma explícita de sua língua e ainda procurará seguir, no que diz respeito ao léxico, um repertório que, se não for erudito, também não será vulgar. Isso configura o que se entende por norma culta. A Norma Padrão está vinculada a uma língua modelo. Segue prescrições representadas na gramática, mas é marcada pela língua produzida em certo momento da história e em uma determinada sociedade. Como a língua está em constante mudança, diferentes formas de linguagem que hoje não são consideradas pela Norma Padrão, com o tempo podem vir a se legitimar. Dentro da Norma Padrão define-se um modelo de língua idealizada prescrito pelas gramáticas normativas, como sendo uma receita que nenhum usuário da língua emprega na fala e raramente utiliza na escrita. Sendo também uma referência para os falantes da Norma Culta, mas não passam de um ideal a ser alcançado, pois é um padrão extremamente enriquecido de língua. Assim, as gramáticas tradicionais descrevem a Norma Padrão, não refletindo o uso que se faz realmente do Português no Brasil. Marcos Bagno propõe, como alternativa, uma triangulação: onde a Norma Popular teria menos prestígio opondo-se à Norma Culta mais prestigiada, e a Norma Padrão se eleva sobre as duas anteriores servindo como um ideal imaginário e inatingível. A Norma Padrão subdivide-se em: Formal e Coloquial. A Padrão Formal é o modelo culto utilizado na escrita, que segue rigidamente as regras gramaticais. Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como porque é supervalorizada na nossa cultura. É a história do vale o que está escrito. Já a Padrão Coloquial é a versão oral da língua culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais. Entretanto, a margem de afastamento dessas regras é estreita e, embora exista, a permissividade com relação às transgressões é pequena. Assim, na linguagem coloquial, admitem-se sem grandes traumas, construções como: ainda não vi ele; me passe o arroz e não te falei que você iria conseguir?. Inadmissíveisna língua escrita. O falante culto, de modo geral, tem consciência dessa distinção e ao mesmo tempo em que usa naturalmente as construções acima na comunicação oral, evita-as na escrita. Contudo, como se disse, não são muitos os desvios admitidos e muitas formas peculiares da Norma Popular são condenadas mesmo na linguagem oral. A Norma Popular é aquela linguagem que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a linguagem popular, falada no cotidiano. O nível popular está associado à simplicidade da utilização linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e semânticos. Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da natural economia linguística. É utilizado em contextos informais. Dentre as características da Norma Popular podemos destacar: economia nas marcas de gênero, número e pessoa; redução das pessoas gramaticais do verbo; mistura da 2ª com a 3ª pessoa do singular; uso intenso da expressão a gente em lugar de eu e nós; redução dos tempos da conjugação verbal e de certas pessoas, como a perda quase total do futuro do presente e do pretérito-mais-que-perfeito no indicativo; do presente do subjuntivo; do infinitivo pessoal; falta de correlação verbal entre os tempos; redução do processo subordinativo em benefício da frase simples e da coordenação; maior emprego da voz ativa em lugar da passiva; predomínio das regências verbais diretas; simplificação gramatical da frase; emprego dos pronomes pessoais retos como objetos. Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 6Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Na visão de Preti (1999), os falantes cultos “até em situação de gravação consciente revelaram uma linguagem que, em geral, também pertence a falantes comuns”. Sendo mais espontânea e criativa, a Norma Popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, alguns exemplos: estou preocupado (Norma Culta); to preocupado (Norma Popular); to grilado (gíria, limite da Norma Popular). Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade para viver, necessitando conhecer a língua culta para conviver. Fonte:https://centraldefavoritos.wordpress.com/2011/07/22/ norma-padrao-e-nao-padrao/(Adaptado) Ortografia: emprego de letras, divisão silábica, acentuação A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua. As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar). Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras: O fonema s: Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent. pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão *quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s” Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo Exemplos: ficasse, falasse Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar *os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique *os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu. barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço *nomes derivados do verbo ter. abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção *após ditongos foice, coice, traição *palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r) marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção O fonema z: Escreve-se com S e não com Z: *os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos. freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc. *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. catequese, metamorfose. *as formas verbais pôr e querer. pôs, pus, quisera, quis, quiseste. *nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”. aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão *os diminutivos cujos radicais terminam com “s” Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho *após ditongos coisa, pausa, pouso *em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”. anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar Escreve-se com Z e não com S: *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo macio - maciez / rico - riqueza *os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s) final - finalizar / concreto - concretizar *como consoante de ligação se o radical não terminar com s. pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho O fonema j: Escreve-se com G e não com J: *as palavras de origem grega ou árabe tigela, girafa, gesso. *estrangeirismo, cuja letra G é originária. sargento, gim. *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções) imagem, vertigem, penugem, bege, foge. Observação: Exceção: pajem *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio. sortilégio, litígio, relógio, refúgio. *os verbos terminados em ger e gir. eleger, mugir. *depois da letra “r” com poucas exceções. emergir, surgir. *depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com j. ágil, agente. Escreve-se com J e não com G: *as palavras de origem latinas jeito, majestade, hoje. *as palavras de origem árabe, africana ou exótica. alforje, jibóia, manjerona. *as palavras terminada com aje. aje, ultraje O fonema ch: Escreve-se com X e não com CH: *as palavras de origem tupi, africana ou exótica. abacaxi, muxoxo, xucro. *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J). xampu, lagartixa. *depois de ditongo. frouxo, feixe. *depois de “en”. enxurrada, enxoval Observação: Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) Escreve-se com CH e não com X: *as palavras de origem estrangeira chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 7Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO As letras e e i: *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o ditongo interno cãibra. *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. - atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo). Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ ortografia Questões 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp)Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão. Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da corrupção e das fraudes. (A) a … concenso … acerca (B) há … consenso … acerca (C) a … concenso … a cerca (D) a … consenso … há cerca (E) há … consenço … a cerca 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp). Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma-padrão. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! 03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os usuários sobre o festival Sounderground. Prezado Usuário ________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se! Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões A) A fim ...a partir ... as B) A fim ...à partir ... às C) A fim ...a partir ... às D) Afim ...a partir ... às E) Afim ...à partir ... as 04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de ortografia: A) Ela interrompeu a reunião derrepente. B) O governador poderá ter seu mandato caçado. C) Os espectadores aplaudiram o ministro. D) Saiu com descrição da sala. 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente escrita? A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança. C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. 06. Qual das alternativas abaixo apresenta pelo menos uma palavra que deveria ser grafada com S no lugar do X? A) Exumar – Exultar. B) Exteriorizar – Êxtase. C) Expectador – Excursão. D) Expontâneo – Extrepitar. 07. Está separada corretamente: A) Sus-sur-rar. B) Ra-dio-gra-far. C) Tin-ho-rão. D) So-bre-ssa-len-te. E) Li-gni-ta. 08. Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso de “a” e “há”: A) Daqui a dois meses iremos à Europa. B) Isto foi há muito tempo. C) Há meses que não a vejo. D) A dois meses fomos na casa de sua mãe. E) Há tempos atrás éramos muito felizes. 09. Marque a alternativa em que a palavra NÃO está corretamente empregada de acordo com sua ortografia. A) Serei eu um ____________ colega? (mal) B) Sei ____________ você guardou meus presentes. (onde) C) Os alunos estão de ____________ com o diretor. (mal) D) ____________ vocês estão indo com tanta pressa? (aonde) E) Jonas ____________ sempre seus livros sempre encapados. (traz) 10. Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta: A) Porque essa cara? B) Não vou porque não quero. C) Mas por quê? D) Você saiu por quê? Respostas 1-B / 2-D / 3-C / 4-C / 5-B / 6-D / 7-A / 8-D / 9-A / 10-A Comentários 1-) Além disso, há (existe) certamente consenso entre nós acerca (de + o) (sobre o ) do fenômeno da corrupção e das fraudes. 2-) (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. = cidadãos (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. = certidões (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus 3-) Prezado Usuário: A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se! Afim = afinidade; a partir: sempre separado; antes de horas: há crase 4-) A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente B) O governador poderá ter seu mandato caçado. = cassado D) Saiu com descrição da sala. = discrição 5-) A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. = mendigo/caderneta/poupança C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. = mendigo/caderneta/poupança D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança 6-) Espontâneo – Estrepitar Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 8Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO 7-) B) Ra-dio-gra-far = Ra - di - o - gra - far C) Tin-ho-rão. = ti - nho - rão D) So-bre-ssa-len-te. = so - bres - sa - len - te E) Li-gni-ta. = lig - ni - ta 8-) Há dois meses fomos na casa de sua mãe. (= há no sentido de tempo passado) 9-) Serei eu um mau colega? (mal) - mau=adjetivo 10-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está longe do ponto de interrogação. Sílaba A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais. Classificação das palavras quanto ao número de sílabas - Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe, flor, lá, meu; - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por; - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró- xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir; - Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin- go-lo-gis-ta. Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: - Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou; - Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha- ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; - Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi- el, sa-ú-de; - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te; - Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car. Acento Tônico Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe- se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase. Classificação da sílaba quanto à intensidade -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. - Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. - Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em: - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: avó, urubu, parabéns - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: dócil, suavemente, banana - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo Saiba que: - São palavras oxítonas, entre outras:cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. - São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido (a). - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga. - As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/ Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão. Questões: 1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: A) gra-tui-to; B) ad-vo-ga-do; C) tran-si-tó-rio; D) psi-co-lo-gi-a; E) in-ter-stí-cio. 2-Assinale o item em que a separação silábica é incorreta: A) psi-có-ti-co; B) per-mis-si-vi-da-de; C) as-sem-ble-ia; D) ob-ten-ção; E) fa-mí-lia. 3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas corretamente separadas: A) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; B) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal; C) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia; D) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car; E) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. 4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corretamente separadas: A) a-p-ti-dão; B) so-li-tá-ri-o; C) col-me-ia; D) ar-mis-tí-cio; E) trans-a-tlân-ti-co. 5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada: A) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar; B) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no; C) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar; D) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo; E) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo. 6- Existe erro de divisão silábica no item: A) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o; B) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co; C) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to; D) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to; E) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni-co. Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 9Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO 7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica é: A) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to; B) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ; C) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al; D) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa; E) coe-são / si-len-cio-so. 8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”, ”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em sílabas: A) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo; B) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; C) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; D) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo; E) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo. 9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com hemodiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-se corretamente divididas em sílabas na alternativa: A) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; B) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria; C) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; D) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a; E) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria. 10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo cuja separação silábica não esta feita de acordo com a norma ortográfica vigente: A) es-cor-re-gou / in-crí-veis; B) in-fân-cia / cres-ci-a; C) i-dei-a / lé-guas; D) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da; E) vo-ou / sor-ri-em. Respostas 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A / 8-E / 9-E / 10-D Acentuação A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita. À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e tão logo nos adequamos à forma padrão. Regras básicas – Acentuação tônica A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como: Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus Como podemos observar, mediante todos os exemplos mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a seguir: “Sei que não vai dar em nada, Seus segredos sei de cor”. Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos; os demais, como átonos (que, em, de). Os acentos acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos) acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã Regras fundamentais: Palavras oxítonas: Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: - i, is táxi – lápis – júri - us, um, uns vírus – álbuns – fórum - l, n, r, x, ps automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps - ã, ãs, ão, ãos ímã – ímãs – órfão – órgãos - Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. água – pônei – mágoa – jóquei Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 10Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Regras especiais: Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.: Antes Agora assembléia assembleia idéia ideia geléia geleia jibóia jiboia apóia (verbo apoiar) apoia paranóico paranoico Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou não de “s”, haverá acento: Ex.: saída– faísca – baú – país – Luís Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: Antes Agora bocaiúva bocaiuva feiúra feiura Sauípe Sauipe O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. Ex.: Antes Agora crêem creem lêem leem vôo voo enjôo enjoo - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Repare: 1-) O menino crê em você Os meninos creem em você. 2-) Elza lê bem! Todas leem bem! 3-) Espero que ele dê o recado à sala. Esperamos que os dados deem efeito! 4-) Rubens vê tudo! Eles veem tudo! - Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! Eles vêm à tarde! Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: Antes Depois apazigúe (apaziguar) apazigue averigúe (averiguar) averigue argúi (arguir) argui Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm ele vem – eles vêm (verbo vir) A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster. ele contém – eles contêm ele obtém – eles obtêm ele retém – eles retêm ele convém – eles convêm Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, como: A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: Ela pode fazer isso agora. Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição por. - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. Posso pôr (colocar) meus livros aqui? Questões 01. “Cadáver” é paroxítona, pois: A) Tem a última sílaba como tônica. B) Tem a penúltima sílaba como tônica. C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. D) Não tem sílaba tônica. 02. Assinale a alternativa correta. A palavra faliu contém um: A) hiato B) dígrafo C) ditongo decrescente D) ditongo crescente 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo mesmo motivo que: A) túnel B) voluntário C) até D) insólito E) rótulos 04. Assinale a alternativa correta. A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo. B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, encontro consonantal e hiato. C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras grifadas são paroxítonas. D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes destacadas são dígrafos. E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có- lo-ga” e “a-ci-o-na”. Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 11Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: A) saúde B) cooperar C) ruim D) creem E) pouco 06. “O episódio aconteceu em plena via pública de Assis. Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz mundial. A partir daquele momento outras pessoas que passavam por ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamente, uma multidão aderiu à ideia. Assim começou a formação do maior coral popular de Assis”. O vocábulo sublinhado tem sua acentuação gráfica justificada pelo mesmo motivo das palavras: A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério 07. Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras estão acentuadas na mesma posição silábica. A) Nazaré - além - até - está - também. B) Água - início - além - oásis - religião. C) Município - início - água - século - oásis D) Século - símbolo - água - histórias - missionário E) Missionário - símbolo - histórias - século – município 08. Considerando as palavras: também / revólver / lâmpada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa de acentuação gráfica não se refere a uma delas: A) palavra paroxítona terminada em - is B) palavra proparoxítona terminada em - em C) palavra paroxítona terminada em - r D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentuadas 09. Assinale a alternativa incorreta: A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxítonos terminadas em ditongos crescentes. B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxítono terminado em em. C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos. D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono terminado em u. 10. Em quilo, há: A) Ditongo aberto; B) Tritongo; C) Hiato; D) Dígrafo; E) Ditongo fechado. Respostas 1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E / 6-A / 7-A / 8-B / 9-D / 10-D Comentários 1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúltima sílaba tônica = paroxítona 2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sílaba, portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta uma semivogal e uma vogal. Na classificação, ambas são semivogais, mas quando juntas, a que “aparecer” mais na pronúncia será considerada “vogal”. 3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em ditongo crescente (semivogal + vogal) a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em ditongo crescente c-) A - té – oxítona d-) in – só – li – to : proparoxítona e-) ró – tu los – proparoxítona 4-) a-) correta b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim DÍGRAFO c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som do U, portanto não é caso de dígrafo e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga 5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im / crê - em / pou - co (ditongo) 6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em ditongo a-) ok b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item c-) chi – nês : oxítona, idem d-) sa – bi – á : idem 7-) a-) oxítona – TODAS b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona – não acentuada c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paroxítona d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparoxítona – paroxítona 8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm – pa – da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona a-) é a regra do LÁPIS b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, independente de sua terminação c-) regra para REVÓLVER d-) ok 9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas. Na D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por terminar em ditongo aberto. 10-) Qui – lo – Quanto ao fonema, não ouço o som do U : / kilo/. Duas letras, um fonema: dígrafo Classes das palavras e suas flexões Artigo Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos. Classificação dos Artigos Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei umanimal. Combinação dos Artigos É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações: Preposições Artigos - o, os a ao, aos Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 12Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO de do, dos em no, nos por (per) pelo, pelos a, as um, uns uma, umas à, às - - da, das dum, duns duma, dumas na, nas num, nuns numa, numas pela, pelas - - - As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase. Constatemos as circunstâncias em que os artigos se manifestam: - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas. - Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... - Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. - No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: O Pedro é o xodó da família. - No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, Os Astecas... - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. (qualquer classe) - Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. - A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. - O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso. - Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões). Este é o homem cujo amigo desapareceu. Este é o autor cuja obra conheço. - Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que venham especificadas. Eles estavam em casa. Eles estavam na casa dos amigos. Os marinheiros permaneceram em terra. Os marinheiros permanecem na terra dos anões. - Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona. Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. - Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias. Li a notícia em O Estado de S. Paulo. Morfossintaxe Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo substantivo: A existência é uma poesia. Uma existência é a poesia. Questões 01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo: A) Estes são os candidatos que lhe falei. B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera. C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado. E) Muito é a procura; pouca é a oferta. 02. (ESAN-SP) Em qual dos casos o artigo denota familiaridade? A) O Amazonas é um rio imenso. B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto. C) O Antônio comunicou-se com o João. D) O professor João Ribeiro está doente. E) Os Lusíadas são um poema épico 03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está substantivando uma palavra. A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves. B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas. C) A navalha ia e vinha no couro esticado. D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana. E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada. 04.Assinale a alternativa em que há erro: A) O anúncio foi publicado em O Estado São Paulo. B) Está na hora de os trabalhadores saírem. C) Todas as pessoas receberam a notícia. D) Não conhecia nenhum episódio dos Lusíadas. E) Avisei a Simone de que não haveria a reunião. 05. Em que alternativa o termo grifado indica aproximação? A) Ao visitar uma cidade desconhecida, vibrava. B) Tinha, na época, uns dezoito anos. C) Ao aproximar de uma garota bonita, seus olhos brilhavam. D) Não havia um só homem corajoso naquela guerra. E) Uns diziam que ela sabia tudo, outros que não. 06.Em uma destas frases, o artigo definido está empregado erradamente. Em qual? A) A velha Roma está sendo modernizada. B) A “Paraíba” é uma bela fragata. C) Não reconheço agora a Lisboa de meu tempo. D) O gato escaldado tem medo de água fria. E) O Havre é um porto de muito movimento. 07. O trecho: “Os acrobatas, até que tentam, mas só têm umas bolas murchas”, possui: A) dois artigos definidos e um indefinido. B) um artigo definido e um indefinido. C) somente artigos definidos. D) somente artigos indefinidos. E) não tem artigos. 08. Assinale a alternativa em que um(uma) é usado como artigo indefinido e não como numeral: A) Um pássaro na mão vale mais do que dois voando. B) O homem ali não é um maluco. C) Ele ficou parado no cinema, segurando o chapéu com uma das mãos. D) Camila preparou uma salada maravilhosa. 09.Assinale a alternativa em que há erro. A) Li a noticia no Estado de S. Paulo. B) Li a noticia em O Estado de S. Paulo. C) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta. D) Vi essa notícia em A Gazeta. E) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia. 10. Assinale a palavra cujo gênero está indevidamente indicado pelo artigo. A) a cal Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda) 13Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO B) a dinamite C) o suéter D) o champanhe E) a dó Respostas 1-B / 2-C / 3-D / 4-D / 5-B / 6-D / 7-B / 8-B / 9-A / 10-E Comentários 1-) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera! Entende-se que ele não qualquer médico, mas O médico! 2-) O Antônio comunicou-se com o João. Segundo a regra: Emprega-se o artigo definido antes de nomes de pessoas quando são usados no trato familiar para indicar afetividade. 3-) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana. Andar é verbo, mas nesse caso, por estar antecedida do artigo “o”, pertence à classe gramatical: substantivo. 4-) Não conhecia nenhum episódio de Os Lusíadas. 5-) Tinha, na época, uns dezoito anos. = aproximadamente 6-) “Gato escaldado tem medo de água fria.” O uso do artigo definido “reduziria” o ditado a um gato específico. 7-) Os acrobatas, até que tentam, mas só têm umas bolas murchas. Artigo definido e indefinido, respectivamente. 8-) A única alternativa que apresenta “um” como artigo indefinido é a B; nas demais, numeral. 9-) Não é correto fazer a contração da preposição com o artigo, já que este faz parte do nome do jornal. Além de que, semanticamente, entende-se que a notícia foi lida quando o leitor estava NO Estado de São Paulo. 10-) “Dó” é substantivo de gênero masculino, portanto, requer artigo “o”: um dó. Conjunção Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. Deste exemplo podem ser retiradas três informações: 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as amiguinhas Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a terceira oração liga-se à segunda por
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