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Auxiliar Operacional Serviços Gerais e Maqueiro

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Empresa Maranhense de Serviços 
Hospitalares - EMSERH-MA 
 
 
 
- Auxiliar Operacional de Serviços Gerais 
- Maqueiro 
 
 
 
 
 Língua Portuguesa 
Compreensão de texto .................................................................................................................................................... 1 
Reescrita de passagens do texto ...................................................................................................................................... 4 
Ortografia: emprego de letras, divisão silábica, acentuação.. ................................................................................... 6 
Classes das palavras e suas flexões ............................................................................................................................... 11 
Verbos: conjugação, emprego dos tempos, modos e vozes verbais.. .................................................................... 43 
Concordâncias: nominal e verbal .................................................................................................................................. 48 
Regências: nominal e verbal... ........................................................................................................................................ 52 
Colocação dos pronomes.. ............................................................................................................................................... 57 
Emprego dos sinais de pontuação.. ............................................................................................................................... 60 
Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia ........................................................................................................... 63 
Coletivos .............................................................................................................................................................................. 64 
Processos sintáticos: subordinação e coordenação .................................................................................................. 65 
 
 
 
 
 
 
 
 Matemática 
Sistema de numeração ....................................................................................................................................................... 1 
Conjuntos numéricos: números naturais, inteiros e racionais. Números racionais: frações, representação 
decimal de um racional. Números reais: adição, subtração, multiplicação, divisão ............................................ 2 
Porcentagem. Juros simples, desconto e lucro ........................................................................................................... 10 
Regra de três simples. ...................................................................................................................................................... 13 
Gráficos e tabelas (tratamento de informações) ....................................................................................................... 15 
Medidas de comprimento. Problemas .......................................................................................................................... 17 
Questões Complementares ............................................................................................................................................. 18 
 
 
 
Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda)
 
 
 
 
A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos 
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos 
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos 
gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. 
 
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www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como 
para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. 
 
Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
para eventuais consultas. 
 
Eventuais reclamações deverão ser encaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no 
Código de Defesa do Consumidor. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código 
Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. 
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1Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Compreensão de texto
Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo 
turno das eleições presidenciais de 1989: “Eu sabia que você era 
collorido por fora, mas caiado por dentro.”
Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos 
da campanha presidencial” e entenderam não “Você tem cores 
fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um 
discurso moderno e de centro-esquerda, mas é um reacionário”.
Observe que há duas operações diferentes no entendimento 
do texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações 
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras da frase acima, 
mas não conhecesse o universo dos discursos da campanha 
presidencial, não entenderia o significado da frase. Por isso, é 
preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele 
pertence e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos 
chamam “conhecimento de mundo” ao universo discursivo. 
Na frase acima, collorido e caiado não pertencem ao universo 
da pintura, mas da vida política: a primeira palavra refere-
se a Collor e ao modo como ele se apresentava, um político 
moderno e inovador; a segunda diz respeito a Ronaldo Caiado, 
político conservador que o apoiava. A essa operação chamamos 
compreensão.
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de 
leitura: informativa e de reconhecimento.
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro 
contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando 
para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife 
palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra 
à ideia central de cada parágrafo.
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada.
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto.
A alusão histórica serve para dividir o texto em 
pontos menores,tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança 
de linha e um espaçamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, 
ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida.
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto.
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido. O fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. O mesmo acontece com o texto. O 
ato de escrever toma de empréstimo uma série de palavras e 
expressões amarrando, conectando uma palavra uma oração, 
uma ideia à outra. O texto precisa ser coeso e coerente.
Coesão
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos, vocábulos gramaticais, 
que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma 
frase. O texto deve ser organizado por nexos adequados, com 
sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases e 
períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor 
atitude é ler atentamente o seu texto, procurando estabelecer 
as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as 
orações que formam o período e, finalmente, entre os vários 
períodos que formam o texto. Um texto bem trabalhado sintática 
e semanticamente resultam num texto coeso.
Coerência
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da coerência 
será levado em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, 
será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de 
organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; 
num texto narrativo, será avaliada sua capacidade de construir 
personagens e de relacionar ações e motivações.
Tipos de Composição
Descrição: é representar verbalmente um objeto, 
uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o 
uso de palavras específicas, exatas. 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, 
circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, 
e o que a distingue da descrição é a presença de personagens 
atuantes, que estão quase sempre em conflito. A narração 
envolve:
- Quem? Personagem;
- Quê? Fatos, enredo;
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
- Onde? O lugar da ocorrência;
- Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer 
relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou 
descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é 
que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior 
a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o 
desempenho.
Sentidos Próprio e Figurado
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os exemplos 
de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria é uma flor” 
diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um sentido figurado. 
O sentido próprio é o mesmo do enunciado: “parte do vegetal 
que gera a semente”. O sentido figurado é o mesmo de “Maria, 
mulher bela, etc.” O sentido próprio, na acepção tradicional não é 
próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre corresponde 
ao que definimos aqui como sentido imediato do enunciado. 
Além disso, alguns autores o julgam como sendo o sentido 
preferencial, o que comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, mas 
nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda)
2Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o sentido 
figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que não chamá-
lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido figurado 
é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele carrega uma 
conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. Essa 
tendência para atribuir status às categorias é uma constante 
do pensamento antigo, cuja índole era hierarquizante, sempre 
buscando uma estrutura piramidal para o conhecimento, o que 
se estende até hoje em algumas teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária 
ao conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética.
Sentido Imediato
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura ingênua 
ou leitura de máquina de ler.
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como:
- As frases seguem modelos completos de oração da língua.
- O discurso é lógico.
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição.
- Os significados são os encontrados no dicionário.
- Existe concordância entre termos sintáticos.
- Abstrai-se a conotação.
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas.
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico.
- Supõe-se pertinência ao contexto.
- Abstrai-se iconias.
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc.
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas.
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-se 
o uso expressivo, cerimonial.
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oxímoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc.
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrênciaseventuais que se aproximam de uma 
leitura imediata, como quando alguém toma o sentido literal 
pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica perplexo 
diante de um oxímoro.
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são anteriores 
a ele.
Sentido Preferencial
Para compreender o sentido preferencial é preciso conceber 
o enunciado descontextualizado ou em contexto de dicionário. 
Quando um enunciado é realizado em contexto muito rarefeito, 
como é o contexto em que se encontra uma palavra no dicionário, 
dizemos que ela está descontextualizada. Nesta situação, o 
sentido preferencial é o que, na média, primeiro se impõe para 
o enunciado. Óbvio, o sentido que primeiro se impõe para um 
receptor pode não ser o mesmo para outro. Por isso a definição 
tem de considerar o resultado médio, o que não impede que 
pela necessidade momentânea consideremos o significado 
preferencial para dado indivíduo.
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras palavras, 
geralmente o sentido que admite leitura imediata se impõe 
sobre o que teve origem em processos metafóricos, alegóricos, 
metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos o seguinte 
exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido preferencial para 
a frase dada é o mesmo de “caminhão carregado com cimento” 
e não o de “caminhão construído com cimento”. Neste caso o 
sentido preferencial é o metonímico, o que contrapõe a tese que 
diz que o sentido “figurado” não é o “primeiro significado da 
palavra”. Também é comum o sentido mais usado se impor sobre 
o menos usado.
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido preferencial. 
Um exemplo: Qual o sentido preferencial de manga? O de fruto 
ou de uma parte da roupa?
Questões
( Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vunesp) 
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas 
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais 
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta 
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes 
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo 
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; 
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos 
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o 
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito 
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, 
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, 
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em 
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um 
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, 
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a 
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto 
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é 
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários 
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é 
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema 
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em 
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão 
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não 
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, 
Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda)
3Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de 
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, 
discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso 
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos 
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos 
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de 
locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve 
dar prioridade ao pedestre.
03. (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – 
Vunesp) Considere o cartum de Evandro Alves.
Afogado no Trânsito
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
Televisão
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. 
Adaptado)
É correto concluir que, de acordo com o cartum, 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou 
pela TV são equivalentes.
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação 
mais ativa.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir 
a um programa de televisão.
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp) Leia 
o texto para responder às questões: 
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante,além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas até 
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir 
que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá 
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos 
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de 
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o 
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não 
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento 
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas 
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa 
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em 
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar 
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de 
Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda)
4Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira 
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um 
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando 
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das 
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que 
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado 
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver 
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. 
Adaptado)
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é 
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
06. A ira de trânsito
(A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras.
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade.
(C) conduz a um comportamento coerente.
(D) resulta do comportamento essencialmente comunitário 
dos motoristas.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo.
07. De acordo com o perito Dr. James,
(A) os congestionamentos representam o principal fator 
para a ira no trânsito.
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para o 
aumento de suas frustrações.
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em suas 
ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que outros 
motoristas não o irritem.
(D) a principal causa da direção agressiva é o 
desconhecimento das regras de trânsito.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira contradiz 
o aprendizado das crianças em relação às regras de civilidade.
Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) / 6. (B) / 7. (E)
Reescrita de passagens do texto
Norma Culta e Língua-Padrão
De acordo com M. T. Piacentini, mesmo que não se mencione 
terminologia específica, é evidente que se lida no dia-a-dia com 
níveis diferentes de fala e escrita. É também verdade que as 
pessoas querem “falar e escrever melhor”, querem dominar a 
língua dita culta, a correta, a ideal, não importa o nome que se 
lhe dê.
O padrão de língua ideal a que as pessoas querem chegar é 
aquele convencionalmente utilizado nas instâncias públicas de 
uso da linguagem, como livros, revistas, documentos, jornais, 
textos científicos e publicações oficiais; em suma, é a que circula 
nos meios de comunicação, no âmbito oficial, nas esferas de 
pesquisa e trabalhos acadêmicos.
Não obstante, os linguistas entendem haver uma língua 
circulante que é correta mas diferente da língua ideal e 
imaginária, fixada nas fórmulas e sistematizações da gramática. 
Eles fazem, pois, uma distinção entre o real e o ideal: a língua 
concreta com todas suas variedades de um lado, e de outro um 
padrão ou modelo abstrato do que é “bom” e “correto”, o que 
conformaria, no seu entender, uma língua artificial, situada num 
nível hipotético.
Para os cientistas da língua, portanto, fica claro que há 
dois estratos diferenciados: um praticamente intangível, 
representado nas normas preconizadas pela gramática 
tradicional, que comporta as irregularidades e excrescências da 
língua, e outro concreto, o utilizado pelos falantes cultos, qual 
seja, a “linguagem concretamente empregada pelos cidadãos 
que pertencem aos segmentos mais favorecidos da nossa 
população”, segundo Marcos Bagno (“ A norma oculta: língua e 
poder na sociedade brasileira ”. SP: Parábola Edit. 2003).
Convém esclarecer que para a ciência sociolinguística 
somente a pessoa que tiver formação universitária completa 
será caracterizada como falante culto(urbano).
Sendo assim, como são presumivelmente cultos os sujeitos 
que produzem os jornais, a documentação oficial, os trabalhos 
científicos, só pode ser culta a sua linguagem, mesmo que a 
língua que tais pessoas falam e os textos que produzem nem 
sempre se coadunem com as regras rígidas impostas pela 
gramática normativa, divulgada na escola e em outras instâncias 
(de repressão linguística) como o vestibular.
Isso é o que pensam os linguistas. E o povo – saberá ele fazer 
a distinção entre as duas modalidades e os dois termos que as 
descrevem?
Para os linguistas, a língua-padrão se estriba nas normas 
e convenções agregadas num corpo chamado de gramática 
tradicional e que tem a veleidade de servir de modelo de 
correção para toda e qualquer forma de expressão linguística.
Querer que todos falem e escrevam da mesma forma e de 
acordo com padrões gramaticais rígidos é esquecer-se que não 
pode haver homogeneidade quando o mundo real apresenta 
uma heterogeneidade de comportamentos linguísticos, todos 
igualmente corretos (não se pode associar “correto” somente a 
culto).
Em suma: há uma realidade heterogênea que, por abrigar 
diferenças de uso que refletem a dinâmica social, exclui a 
possibilidade de imposição ou adoção como única de uma 
língua-modelo baseada na gramática tradicional, a qual, por sua 
vez, está ancorada nos grandes escritores da língua, sobretudo 
os clássicos , sendo pois conservadora. E justamente por se valer 
de escritores é que as prescrições gramaticais se impõem maisna escrita do que na fala.
“ A cultura escrita, associada ao poder social , desencadeou 
também, ao longo da história, um processo fortemente unificador 
(que vai alcançar basicamente as atividades verbais escritas), 
que visou e visa uma relativa estabilização linguística, buscando 
neutralizar a variação e controlar a mudança. Ao resultado desse 
processo, a esta norma estabilizada, costumamos dar o nome 
de norma-padrão ou língua-padrão” (Faraco, Carlos Alberto, 
“Norma-padrão brasileira”. In Bagno, M. (org.). Linguística da 
norma. SP: Loyola, 2002).
Aryon Rodrigues (in Bagno 2002) entra na discussão: 
“Frequentemente o padrão ideal é uma regra de comportamento 
para a qual tendem os membros da sociedade, mas que nem 
todos cumprem, ou não cumprem integralmente”. Mais adiante, 
ao se referir à escola, ele professa que nem mesmo os professores 
de Língua Portuguesa escapam a esse destino: “Comumente, 
entretanto, o mesmo professor que ensina essa gramática 
não consegue observá-la em sua própria fala nem mesmo na 
comunicação dentro de seu grupo profissional ”.
Vamos ilustrar os argumentos acima expostos. Não há 
brasileiro – nem mesmo professores de português – que não fale 
assim:
– Me conta como foi o fim de semana…
– Te enganaram, com certeza!
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5Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
– Me explica uma coisa: você largou o emprego ou foi 
mandado embora?
Ou mesmo assim:
– Tive que levar os gatos, pois encontrei eles bem 
machucados.
– Conheço ela há muito tempo – é ótima menina.
– Acho que já lhe conheço, rapaz.
Então, se os falantes cultos, aquelas pessoas que têm acesso 
às regras padronizadas, incutidas no processo de escolarização, 
se exprimem desse modo, essa é a norma culta. Já as formas 
propugnadas pela gramática tradicional e que provavelmente só 
se encontrariam na escrita (conta-me como foi /enganaram-te / 
explica-me uma coisa / pois os encontrei / conheço-a há tempos 
/ acho que já o conheço) configuram a norma-padrão ou língua-
padrão.
Se para os cientistas da língua, portanto, existe uma 
polarização entre a norma-padrão (também denominada 
“norma canônica” por alguns linguistas) e o conjunto das 
variedades existentes no Brasil, aí incluída a norma culta, no 
senso comum não se faz distinção entre padrão e culta. Para os 
leigos, a população em geral, toda forma elevada de linguagem, 
que se aproxime dos padrões de prestígio social, configura a 
norma culta.
Norma culta, norma padrão e norma popular
A Norma é um uso linguístico concreto e corresponde ao 
dialeto social praticado pela classe de prestígio, representando 
a atitude que o falante assume em face da norma objetiva. A 
normatização não existe por razões apenas linguísticas, mas 
também culturais, econômicas, sociais, ou seja, a Norma na 
língua origina-se de fatores que envolvem diferenças de classes, 
poder, acesso a educação escrita, e não da qualidade da forma 
da língua. Há um conceito amplo e um conceito estreito de 
Norma. No primeiro caso, ela é entendida como um fator de 
coesão social. No segundo, corresponde concretamente aos 
usos e aspirações da classe social de prestígio. Num sentido 
amplo, a norma corresponde à necessidade que um grupo 
social experimenta de defender seu veículo de comunicação das 
alterações que poderiam advir no momento do seu aprendizado. 
Num sentido restrito, a Norma corresponde aos usos e atitudes 
de determinado seguimento da sociedade, precisamente aquele 
que desfruta de prestígio dentro da Nação, em virtude de razões 
políticas, econômicas e culturais. Segundo Lucchesi (1994, 
2001), considera-se que a realidade linguística brasileira deve 
ser entendida como um contínuo de normas, dentro do quadro 
de bipolarização do Português do Brasil.
A existência da civilização dá-se com o surgimento da 
escrita. Suas regras são pautadas a partir da Norma Culta. Sendo 
esta importante nos documentos formais que exigem a correta 
expressão do Português para que não haja mal entendido algum. 
Ela nada mais é do que a modalidade linguística escolhida pela 
elite de uma sociedade como modelo de comunicação escrita e 
verbal.
A Norma Culta é uma expressão empregada pelos linguistas 
brasileiros para designar o conjunto de variantes linguísticas 
efetivamente faladas, na vida cotidiana pelos falantes cultos, 
sendo assim classificando os cidadãos nascidos e criados em 
zonas urbanas e com grau de instrução superior completo. 
“Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras 
dos grandes escritores, em cuja linguagem a classe ilustrada põe 
o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso 
idiomático e consagrou”. (ROCHA LIMA, 1989).
Dentre as características que são pertinentes à Norma Culta 
podemos citar que é: a variante de maior prestígio social na 
comunidade, sendo realizada com certa uniformidade pelos 
membros do grupo social de padrão cultural mais elevado; 
cumpre o papel de impedir a fragmentação dialetal; ensinada 
pela escola; usada na escrita em gêneros discursivos em que há 
maior formalidade aproximando-a dos padrões da prescrição da 
gramática tradicional; a mais empregada na literatura e também 
pelas pessoas cultas em diferentes situações de formalidade; 
indicada precisamente nas marcas de gênero, número e pessoa; 
usada em todas as pessoas verbais, com exceção, talvez, da 2ª 
do plural, sendo utilizada principalmente na linguagem dos 
sermões; empregada em todos os modos verbais em relação 
verbal de tempos e modos; possuindo uma enorme riqueza 
de construção sintática, além de uma maior utilização da 
voz passiva; grande o emprego de preposições nas regências 
aproveitando a organização gramatical cuidada da frase.
De modo geral, um falante culto, em situação comunicativa 
formal, buscará seguir as regras da norma explícita de sua 
língua e ainda procurará seguir, no que diz respeito ao léxico, 
um repertório que, se não for erudito, também não será vulgar. 
Isso configura o que se entende por norma culta. A Norma 
Padrão está vinculada a uma língua modelo. Segue prescrições 
representadas na gramática, mas é marcada pela língua 
produzida em certo momento da história e em uma determinada 
sociedade. Como a língua está em constante mudança, diferentes 
formas de linguagem que hoje não são consideradas pela Norma 
Padrão, com o tempo podem vir a se legitimar.
Dentro da Norma Padrão define-se um modelo de língua 
idealizada prescrito pelas gramáticas normativas, como sendo 
uma receita que nenhum usuário da língua emprega na fala e 
raramente utiliza na escrita. Sendo também uma referência 
para os falantes da Norma Culta, mas não passam de um ideal 
a ser alcançado, pois é um padrão extremamente enriquecido 
de língua. Assim, as gramáticas tradicionais descrevem a Norma 
Padrão, não refletindo o uso que se faz realmente do Português 
no Brasil.
Marcos Bagno propõe, como alternativa, uma triangulação: 
onde a Norma Popular teria menos prestígio opondo-se à Norma 
Culta mais prestigiada, e a Norma Padrão se eleva sobre as duas 
anteriores servindo como um ideal imaginário e inatingível. 
A Norma Padrão subdivide-se em: Formal e Coloquial. A 
Padrão Formal é o modelo culto utilizado na escrita, que segue 
rigidamente as regras gramaticais.
Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante 
tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como 
porque é supervalorizada na nossa cultura. É a história do vale o 
que está escrito. Já a Padrão Coloquial é a versão oral da língua 
culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de 
liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais. 
Entretanto, a margem de afastamento dessas regras é estreita e, 
embora exista, a permissividade com relação às transgressões é 
pequena.
Assim, na linguagem coloquial, admitem-se sem grandes 
traumas, construções como: ainda não vi ele; me passe o 
arroz e não te falei que você iria conseguir?. Inadmissíveisna 
língua escrita. O falante culto, de modo geral, tem consciência 
dessa distinção e ao mesmo tempo em que usa naturalmente 
as construções acima na comunicação oral, evita-as na escrita. 
Contudo, como se disse, não são muitos os desvios admitidos 
e muitas formas peculiares da Norma Popular são condenadas 
mesmo na linguagem oral. A Norma Popular é aquela linguagem 
que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a 
linguagem popular, falada no cotidiano.
O nível popular está associado à simplicidade da utilização 
linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e semânticos. 
Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da 
natural economia linguística. É utilizado em contextos informais.
Dentre as características da Norma Popular podemos 
destacar: economia nas marcas de gênero, número e pessoa; 
redução das pessoas gramaticais do verbo; mistura da 2ª com 
a 3ª pessoa do singular; uso intenso da expressão a gente em 
lugar de eu e nós; redução dos tempos da conjugação verbal e de 
certas pessoas, como a perda quase total do futuro do presente 
e do pretérito-mais-que-perfeito no indicativo; do presente do 
subjuntivo; do infinitivo pessoal; falta de correlação verbal entre 
os tempos; redução do processo subordinativo em benefício da 
frase simples e da coordenação; maior emprego da voz ativa 
em lugar da passiva; predomínio das regências verbais diretas; 
simplificação gramatical da frase; emprego dos pronomes 
pessoais retos como objetos.
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6Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Na visão de Preti (1999), os falantes cultos “até em situação 
de gravação consciente revelaram uma linguagem que, em geral, 
também pertence a falantes comuns”. Sendo mais espontânea e 
criativa, a Norma Popular se afigura mais expressiva e dinâmica. 
Temos, assim, alguns exemplos: estou preocupado (Norma 
Culta); to preocupado (Norma Popular); to grilado (gíria, limite 
da Norma Popular).
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge 
conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, 
expressividade e enorme criatividade para viver, necessitando 
conhecer a língua culta para conviver. 
Fonte:https://centraldefavoritos.wordpress.com/2011/07/22/
norma-padrao-e-nao-padrao/(Adaptado)
Ortografia: emprego de letras, 
divisão silábica, acentuação
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia 
correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da 
língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no 
que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados 
diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, 
do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música 
vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, 
quando têm a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa 
do singular do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo 
som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se 
observar as seguintes regras:
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas 
derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - 
ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - 
submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir 
- compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer 
- discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados 
dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com 
verbos terminados por tir ou meter
agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão 
/ ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir 
- regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / 
submeter - submissão
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a 
palavra iniciada por “s”
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de 
origem árabe:
cetim, açucena, açúcar
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, 
esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter.
abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter 
- retenção
*após ditongos
foice, coice, traição
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, 
ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.
freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
catequese, metamorfose.
*as formas verbais pôr e querer.
pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados em 
“d”.
aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / 
difundir - difusão
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”
Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
*após ditongos
coisa, pausa, pouso
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”.
anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
 Escreve-se com Z e não com S:
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo
macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem 
não termine com s)
final - finalizar / concreto - concretizar
*como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - 
lapisinho
 O fonema j:
 Escreve-se com G e não com J:
*as palavras de origem grega ou árabe
tigela, girafa, gesso.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária.
sargento, gim.
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas 
exceções)
imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação: Exceção: pajem
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
*os verbos terminados em ger e gir.
 eleger, mugir.
*depois da letra “r” com poucas exceções.
emergir, surgir.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado 
com j.
ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
*as palavras de origem latinas
jeito, majestade, hoje.
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
alforje, jibóia, manjerona.
*as palavras terminada com aje.
aje, ultraje
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
abacaxi, muxoxo, xucro.
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
xampu, lagartixa.
*depois de ditongo.
frouxo, feixe.
*depois de “en”.
enxurrada, enxoval
Observação: Exceção: quando a palavra de origem não 
derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
*as palavras de origem estrangeira
chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, 
sanduíche, salsicha.
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7Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
As letras e e i:
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, 
só o ditongo interno cãibra.
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são 
escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os 
verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
- atenção para as palavras que mudam de sentido quando 
substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície), ária 
(melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir 
(vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a 
pé), pião (brinquedo).
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
ortografia
Questões
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp)Assinale a alternativa que 
preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a 
seguir, de acordo com a norma-padrão.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da 
corrupção e das fraudes.
(A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
(E) há … consenço … a cerca
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp). Assinale a alternativa 
cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a 
norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP). 
Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os 
usuários sobre o festival Sounderground.
Prezado Usuário
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, 
________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o 
Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos 
que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão 
e divirta-se!
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher 
as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões
A) A fim ...a partir ... as
B) A fim ...à partir ... às
C) A fim ...a partir ... às
D) Afim ...a partir ... às
E) Afim ...à partir ... as
04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de 
ortografia:
A) Ela interrompeu a reunião derrepente.
B) O governador poderá ter seu mandato caçado.
C) Os espectadores aplaudiram o ministro.
D) Saiu com descrição da sala.
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente 
escrita?
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa.
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança.
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
06. Qual das alternativas abaixo apresenta pelo menos 
uma palavra que deveria ser grafada com S no lugar do X?
A) Exumar – Exultar.
B) Exteriorizar – Êxtase.
C) Expectador – Excursão.
D) Expontâneo – Extrepitar.
07. Está separada corretamente:
A) Sus-sur-rar.
B) Ra-dio-gra-far.
C) Tin-ho-rão.
D) So-bre-ssa-len-te.
E) Li-gni-ta.
08. Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso de “a” e 
“há”:
A) Daqui a dois meses iremos à Europa.
B) Isto foi há muito tempo.
C) Há meses que não a vejo.
D) A dois meses fomos na casa de sua mãe.
E) Há tempos atrás éramos muito felizes.
09. Marque a alternativa em que a palavra NÃO está 
corretamente empregada de acordo com sua ortografia.
A) Serei eu um ____________ colega? (mal)
B) Sei ____________ você guardou meus presentes. (onde)
C) Os alunos estão de ____________ com o diretor. (mal)
D) ____________ vocês estão indo com tanta pressa? (aonde)
E) Jonas ____________ sempre seus livros sempre encapados. 
(traz)
10. Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:
A) Porque essa cara?
B) Não vou porque não quero.
C) Mas por quê?
D) Você saiu por quê?
Respostas
1-B / 2-D / 3-C / 4-C / 5-B / 6-D / 7-A / 8-D / 9-A / 
10-A
Comentários
1-) Além disso, há (existe) certamente consenso entre nós 
acerca (de + o) (sobre o ) do fenômeno da corrupção e das 
fraudes.
2-) 
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. = 
cidadãos
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. = 
certidões
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus
3-) Prezado Usuário: A fim de oferecer lazer e cultura aos 
passageiros do metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), 
às 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que 
prestigia os músicos que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão 
e divirta-se!
Afim = afinidade; a partir: sempre separado; antes de horas: 
há crase
4-) 
A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. = cassado
D) Saiu com descrição da sala. = discrição
5-) 
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. 
= mendigo/caderneta/poupança
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. 
= mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. 
=mendigo/depositou/caderneta/poupança
6-) Espontâneo – Estrepitar
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8Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
7-) 
B) Ra-dio-gra-far = Ra - di - o - gra - far
C) Tin-ho-rão. = ti - nho - rão
D) So-bre-ssa-len-te. = so - bres - sa - len - te
E) Li-gni-ta. = lig - ni - ta
8-) Há dois meses fomos na casa de sua mãe. (= há no 
sentido de tempo passado)
9-) Serei eu um mau colega? (mal) - mau=adjetivo
10-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está 
longe do ponto de interrogação.
Sílaba
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas 
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos 
pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. 
Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não 
existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em 
cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas 
de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa 
palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e 
e o) podem representar semivogais.
 
Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe, 
flor, lá, meu;
- Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, 
trans-por;
- Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-
xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: 
a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-
go-lo-gis-ta. 
 
Divisão Silábica
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as 
seguintes normas:
- Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, 
a-ve-ri-guou;
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-
ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa;
- Não se separam os encontros consonantais que iniciam 
sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co;
- Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-
el, sa-ú-de;
- Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: 
car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te;
- Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, 
excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. 
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car.
Acento Tônico
Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-
se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as 
demais.
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, 
em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos 
que dão melodia à frase.
 
Classificação da sílaba quanto à intensidade
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
- Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade.
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, 
principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à 
tônica da palavra primitiva. 
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba 
tônica
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos 
da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são 
classificados em:
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: 
avó, urubu, parabéns
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima. 
Exemplos: dócil, suavemente, banana
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a 
antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
Saiba que: 
- São palavras oxítonas, entre outras:cateter, mister, Nobel, 
novel, ruim, sutil, transistor, ureter. 
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, 
boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, 
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, 
inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia 
(alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, 
pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido (a). 
- São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, 
bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, 
trânsfuga. 
- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla 
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/
Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, 
zângão/zangão.
Questões:
1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta:
A) gra-tui-to;
B) ad-vo-ga-do;
C) tran-si-tó-rio;
D) psi-co-lo-gi-a;
E) in-ter-stí-cio.
2-Assinale o item em que a separação silábica é incorreta:
A) psi-có-ti-co; 
B) per-mis-si-vi-da-de; 
C) as-sem-ble-ia;
D) ob-ten-ção;
E) fa-mí-lia.
3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas 
corretamente separadas:
A) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção;
B) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal;
C) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
D) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car;
E) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel.
4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corretamente 
separadas:
A) a-p-ti-dão;
B) so-li-tá-ri-o; 
C) col-me-ia;
D) ar-mis-tí-cio;
E) trans-a-tlân-ti-co.
5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:
A) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar; 
B) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no; 
C) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
D) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
E) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo.
6- Existe erro de divisão silábica no item:
A) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o;
B) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co;
C) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to;
D) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to;
E) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni-co.
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9Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica é:
A) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to;
B) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ;
C) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al;
D) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa;
E) coe-são / si-len-cio-so.
8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”, 
”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em 
sílabas:
A) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
B) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
C) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
D) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo;
E) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo.
9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com hemodiálise 
ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-se corretamente 
divididas em sílabas na alternativa:
A) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
B) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria;
C) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
D) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a;
E) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria.
10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo cuja 
separação silábica não esta feita de acordo com a norma 
ortográfica vigente:
A) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
B) in-fân-cia / cres-ci-a;
C) i-dei-a / lé-guas;
D) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da;
E) vo-ou / sor-ri-em.
Respostas
1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A / 8-E / 9-E / 10-D
Acentuação
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras 
estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de 
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, 
procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, 
consequentemente, colocando-as em prática na linguagem 
escrita.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a 
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas 
competências, e tão logo nos adequamos à forma padrão.
Regras básicas – Acentuação tônica 
A acentuação tônica implica na intensidade com que são 
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de 
forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As 
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são 
denominadas de átonas. 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas 
como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a 
última sílaba. 
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na penúltima sílaba. 
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível 
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
Como podemos observar, mediante todos os exemplos 
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas 
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: 
são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, 
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos 
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos 
observar no exemplo a seguir:
“Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor”. 
Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos; 
os demais, como átonos (que, em, de).
Os acentos 
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e 
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam 
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. 
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. 
Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e 
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: 
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs 
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com 
artigos e pronomes. 
Ex.: à – às – àquelas – àqueles 
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente 
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras 
derivadas de nomes próprios estrangeiros. 
Ex.: mülleriano (de Müller) 
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais 
nasais. 
Ex.: coração – melão – órgão – ímã 
 
Regras fundamentais: 
Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, 
“em”, seguidas ou não do plural(s):
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) 
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos 
ou não de “s”. 
Ex.: pá – pé – dó – há 
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas 
de lo, la, los, las.
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo 
Paroxítonas: 
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 
- i, is 
táxi – lápis – júri 
- us, um, uns 
vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps 
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos 
ímã – ímãs – órfão – órgãos 
- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que 
essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são 
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim 
ficará mais fácil a memorização!
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. 
água – pônei – mágoa – jóquei 
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10Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Regras especiais: 
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), 
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com 
a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma 
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são 
acentuados. Ex.:
Antes Agora
assembléia assembleia
idéia ideia
geléia geleia
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
paranóico paranoico 
 
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados 
ou não de “s”, haverá acento: 
Ex.: saída– faísca – baú – país – Luís 
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato 
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
Sauípe Sauipe
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi 
abolido. Ex.:
 
Antes Agora
crêem creem
lêem leem
vôo voo
enjôo enjoo
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, 
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento 
como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Repare:
1-) O menino crê em você
 Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
 Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
 Esperamos que os dados deem efeito!
4-) Rubens vê tudo!
 Eles veem tudo!
- Cuidado! Há o verbo vir:
 Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde!
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando 
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: 
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem 
seguidas do dígrafo nh: 
ra-i-nha, ven-to-i-nha. 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem 
precedidas de vogal idêntica: 
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com 
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não 
serão mais acentuadas. Ex.:
Antes Depois
apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do 
plural de:
ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, 
deter, abster. 
ele contém – eles contêm 
ele obtém – eles obtêm 
ele retém – eles retêm 
ele convém – eles convêm 
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes 
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes 
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, 
como: 
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do 
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua 
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira 
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: 
Ela pode fazer isso agora.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
 
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da 
preposição por. 
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, 
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; 
nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Questões
01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
D) Não tem sílaba tônica.
02. Assinale a alternativa correta.
A palavra faliu contém um:
A) hiato
B) dígrafo
C) ditongo decrescente
D) ditongo crescente
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, 
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo 
mesmo motivo que:
A) túnel
B) voluntário
C) até
D) insólito
E) rótulos
04. Assinale a alternativa correta.
A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem 
paroxítonas terminadas em ditongo.
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, 
encontro consonantal e hiato.
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras 
grifadas são paroxítonas.
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes 
destacadas são dígrafos.
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có-
lo-ga” e “a-ci-o-na”.
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11Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
A) saúde
B) cooperar
C) ruim
D) creem
E) pouco
06. “O episódio aconteceu em plena via pública de Assis. 
Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz mundial. 
A partir daquele momento outras pessoas que passavam por 
ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamente, uma multidão 
aderiu à ideia. Assim começou a formação do maior coral 
popular de Assis”. O vocábulo sublinhado tem sua acentuação 
gráfica justificada pelo mesmo motivo das palavras:
A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério
B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio
D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério
07. Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras 
estão acentuadas na mesma posição silábica.
A) Nazaré - além - até - está - também.
B) Água - início - além - oásis - religião.
C) Município - início - água - século - oásis
D) Século - símbolo - água - histórias - missionário
E) Missionário - símbolo - histórias - século – município
08. Considerando as palavras: também / revólver / 
lâmpada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa 
de acentuação gráfica não se refere a uma delas:
A) palavra paroxítona terminada em - is
B) palavra proparoxítona terminada em - em
C) palavra paroxítona terminada em - r
D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentuadas
09. Assinale a alternativa incorreta:
A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxítonos 
terminadas em ditongos crescentes.
B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxítono 
terminado em em.
C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos.
D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono terminado 
em u.
10. Em quilo, há:
A) Ditongo aberto;
B) Tritongo;
C) Hiato;
D) Dígrafo;
E) Ditongo fechado.
Respostas
1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E / 6-A / 7-A / 8-B / 9-D / 10-D
Comentários
1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima sílaba 
é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúltima sílaba 
tônica = paroxítona
2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sílaba, 
portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta uma 
semivogal e uma vogal. Na classificação, ambas são semivogais, 
mas quando juntas, a que “aparecer” mais na pronúncia será 
considerada “vogal”.
3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em ditongo 
crescente (semivogal + vogal) 
a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L
b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em ditongo 
crescente 
c-) A - té – oxítona 
d-) in – só – li – to : proparoxítona
e-) ró – tu los – proparoxítona
4-) 
a-) correta
b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim 
DÍGRAFO
c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som do U, 
portanto não é caso de dígrafo
e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga
5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im / crê - em 
/ pou - co (ditongo)
6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em ditongo
a-) ok
b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item
c-) chi – nês : oxítona, idem
d-) sa – bi – á : idem
7-) 
a-) oxítona – TODAS
b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona – não 
acentuada
c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paroxítona
d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem
e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparoxítona 
– paroxítona
8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm – pa 
– da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona
a-) é a regra do LÁPIS
b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, independente 
de sua terminação
c-) regra para REVÓLVER
d-) ok
9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas. Na 
D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por terminar em 
ditongo aberto.
10-) Qui – lo – Quanto ao fonema, não ouço o som do U : /
kilo/. Duas letras, um fonema: dígrafo
Classes das palavras 
e suas flexões
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica 
se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. 
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o 
número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira 
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos 
de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu 
matei umanimal.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e 
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma 
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
- o, os
a ao, aos
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12Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
de do, dos
em no, nos
por (per) pelo, pelos
a, as um, uns uma, umas
à, às - -
da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
pela, pelas - -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o 
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida 
por crase.
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se 
manifestam:
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral 
“ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do 
artigo, outros não:
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar 
toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia 
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:
O Pedro é o xodó da família.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no 
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas...
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para 
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o 
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. 
(qualquer classe)
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de 
aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
- O artigo também é usado para substantivar palavras 
oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso.
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo 
cujo (e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido 
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que 
venham especificadas.
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, 
com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome 
de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
Morfossintaxe
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações 
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, 
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo 
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo 
substantivo:
A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
Questões
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
A) Estes são os candidatos que lhe falei.
B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
E) Muito é a procura; pouca é a oferta.
02. (ESAN-SP) Em qual dos casos o artigo denota 
familiaridade?
A) O Amazonas é um rio imenso.
B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
C) O Antônio comunicou-se com o João.
D) O professor João Ribeiro está doente.
E) Os Lusíadas são um poema épico
03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está 
substantivando uma palavra.
A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.
C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
04.Assinale a alternativa em que há erro:
A) O anúncio foi publicado em O Estado São Paulo. 
B) Está na hora de os trabalhadores saírem.
C) Todas as pessoas receberam a notícia. 
D) Não conhecia nenhum episódio dos Lusíadas.
E) Avisei a Simone de que não haveria a reunião.
05. Em que alternativa o termo grifado indica aproximação?
A) Ao visitar uma cidade desconhecida, vibrava.
B) Tinha, na época, uns dezoito anos.
C) Ao aproximar de uma garota bonita, seus olhos brilhavam.
D) Não havia um só homem corajoso naquela guerra.
E) Uns diziam que ela sabia tudo, outros que não.
06.Em uma destas frases, o artigo definido está empregado 
erradamente. Em qual?
A) A velha Roma está sendo modernizada.
B) A “Paraíba” é uma bela fragata.
C) Não reconheço agora a Lisboa de meu tempo.
D) O gato escaldado tem medo de água fria.
E) O Havre é um porto de muito movimento.
07. O trecho: “Os acrobatas, até que tentam, mas só têm 
umas bolas murchas”, possui:
A) dois artigos definidos e um indefinido.
B) um artigo definido e um indefinido.
C) somente artigos definidos.
D) somente artigos indefinidos.
E) não tem artigos.
08. Assinale a alternativa em que um(uma) é usado como 
artigo indefinido e não como numeral:
A) Um pássaro na mão vale mais do que dois voando.
B) O homem ali não é um maluco.
C) Ele ficou parado no cinema, segurando o chapéu com uma 
das mãos.
D) Camila preparou uma salada maravilhosa.
09.Assinale a alternativa em que há erro.
A) Li a noticia no Estado de S. Paulo.
B) Li a noticia em O Estado de S. Paulo.
C) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
D) Vi essa notícia em A Gazeta.
E) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia.
10. Assinale a palavra cujo gênero está indevidamente 
indicado pelo artigo.
A) a cal 
Apostila Digital Licenciada para CÍCERO PABLO MARTINS DE FRANCA GUALTER - pablo_mfg@hotmail.com (Proibida a Revenda)
13Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
B) a dinamite 
C) o suéter 
D) o champanhe 
E) a dó
Respostas
1-B / 2-C / 3-D / 4-D / 5-B / 6-D / 7-B / 8-B / 9-A / 10-E
Comentários
1-) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera! 
Entende-se que ele não qualquer médico, mas O médico!
2-) O Antônio comunicou-se com o João.
Segundo a regra: Emprega-se o artigo definido antes de 
nomes de pessoas quando são usados no trato familiar para 
indicar afetividade.
3-) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de 
Joana.
Andar é verbo, mas nesse caso, por estar antecedida do 
artigo “o”, pertence à classe gramatical: substantivo.
4-) Não conhecia nenhum episódio de Os Lusíadas.
5-) Tinha, na época, uns dezoito anos. = aproximadamente
6-) “Gato escaldado tem medo de água fria.”
O uso do artigo definido “reduziria” o ditado a um gato 
específico.
7-) Os acrobatas, até que tentam, mas só têm umas bolas 
murchas.
Artigo definido e indefinido, respectivamente.
8-) A única alternativa que apresenta “um” como artigo 
indefinido é a B; nas demais, numeral.
9-) Não é correto fazer a contração da preposição com o 
artigo, já que este faz parte do nome do jornal. Além de que, 
semanticamente, entende-se que a notícia foi lida quando o 
leitor estava NO Estado de São Paulo. 
10-) “Dó” é substantivo de gênero masculino, portanto, 
requer artigo “o”: um dó.
Conjunção
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou 
dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as 
amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as 
amiguinhas
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: 
segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 
3ª oração: quando viu as amiguinhas.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a 
terceira oração liga-se à segunda por

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