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III - RESENHA - OS DOIS NASCIMENTOS DO HOMEM

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OS DOIS NASCIMENTOS DO HOMEM: Escritos sobre terapia e educação na era da técnica
CAPÍTULO II – ETICA E MORAL
O texto aborda a definição de nosso tempo atual como a era da técnica, onde tudo é muito rápido e voltado a eficiência. Essa eficiência vem da sensação de controle do homem, que segundo o texto controla tudo, e ao mesmo tempo isso gera angústia, no sentido de os homens temerem o que o homem é capaz fazer e também do que não podem fazer e controlar.
Nestas certezas e incertezas o que traz segurança também traz concomitante angústia, pois, as medidas de proteção são coercitivas, tirando a liberdade, sendo então o preço da segurança a liberdade. Em contra partida, na terapia se espera a liberdade, de exposição sem restrição ou julgamentos, sejam eles morais ou de qualquer outra origem. Para que a liberdade tenha lugar é necessário que paciente e terapeuta estejam disponíveis, se permitam despir de crenças, julgamentos e achismos, e contemplem a fala atenciosamente, buscando a hermeneuta ao interpretar a escuta. 
Assim, o espaço de terapia deve ser neutro, o terapeuta deve lidar com as questões morais e éticas com neutralidade. Quando se está em atendimento, também não se trata do terapeuta, mas da experiência do paciente e terapeuta, como se dá essa relação. 
Tratando-se da moral, essa permeia nossos comportamentos, ações e costumes, visando garantir a ordem social e o bom convívio, vem muito mais da construção de moral daquela cultura. No ambiente terapêutico, a moral não deve ter essa inferência, o ambiente é de liberdade para o individuo se expressar em sua essência, a busca é pela verdade do ser, e a moral coloca amarras que impedem esse descobrimento e expressão verdadeira. 
A ética vem do ser, do que esse se convoca a ser, do que é verdadeiramente, assim se a moral é o que é socialmente aceito, prezando bons costumes, a ética é o que o individuo é na essência. Isso diz muito sobre a intimidade do ser consigo mesmo, da compreensão de si, e desse seu eu nas relações com o outro. A moral é social a ética e subjetiva, a ética se apropria da moral.
Ao falar do segundo nascimento do homem, entende-se que o primeiro é o nascimento natural, e o segundo quando o homem atinge a consciência de si, a sua existência. Se nasce homem, mas se torna humano nas relações do cotidiano. 
Quanto ao terapeuta, não é seu papel julgar o paciente, mas auxiliar o paciente a olhar as questões, para que possa integrar a ética em sua vivência, a ética citada acima de quem conhece a própria morada e cuida dela.

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