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Seminário Interdisciplinar - Custos da logística

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Syllas Souto Pulcinelli 
Emanuelle Vieira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Logística (FLX 0276) – Seminário Interdisciplinar – Módulo 
V – Custos da Logística – 27/11/2020 
OS IMPACTOS DA LOGÍSTICA REVERSA PARA 
AS EMPRESAS: PRODUTIVIDADE X 
SUSTENTABILIDADE. 
 
 
 
Aluno: Syllas Souto Pulcinelli 
Tutor Externo: Emanuelle Vieira 
 
 
RESUMO: O devido trabalho apresentado tem como principal objetivo a análise dos impactos da 
logística reversa num âmbito empresarial, assim sendo utilizado revisões bibliográficas, com intuito 
de entender a importância da logística reversa. Em seguida, foi utilizado uma análise diante de uma 
fábrica de bebidas, com o objetivo de perceber como a mesma utiliza o processo de logística 
reversa, especificando a reutilização das embalagens plásticas (PET). Atualmente, a logística 
reversa cresce e torna-se adepta mediante ao reconhecimento dos recursos finitos e a recolhimento 
de benefícios a marca. Por fim, o estudo apresentado tem o resultado de que se bem estruturada e 
aplicada de forma correta, a logística reversa é uma poderosa ferramenta de diferenciação 
organizacional que atende os aspectos socioambientais. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Com um mercado atual totalmente competitivo e em contínua transformação, grande parte das 
empresas enxergam que não basta somente os critérios entre fornecer produtos de qualidades com 
excelentes custo/benefícios, mas sim que é preciso flexibilizar estratégias fundamentadas com 
responsabilidades socioambientais, resultando assim numa melhor visibilidade institucional. 
 
 Seguindo este contexto, a logística reversa tornou-se uma estratégia indispensável nos processos 
de gestão processual. Segundo BALLOU (1995), seria possível conceitua-la como o processo de 
planejar, implementar e controlar de modo eficiente os fluxos de materiais, desde o seu ponto de 
origem até o seu ponto de consumo, atendendo satisfatoriamente as necessidades dos clientes. 
 
 Dessa forma, o ciclo dos produtos em cenário comercial não terminam após serem usados pelos 
consumidores, o que direciona a breve medida com ideias de reciclagens e reaproveitamentos de 
embalagens, levando em consideração as visões ecológicas das empresas. 
 
 Assim, o foco deste trabalho é analisar de forma clara o que a logística reversa contribui e agrega 
para as empresas, tendo como reflexo a questão da sustentabilidade. Ao fazer uma eficiente gestão 
dos resíduos sólidos, as empresas acabam por diminuir o desperdício de recursos provenientes da 
natureza e aumentam considerávelmente os seus ganhos. 
 
 Para que todas as informações fossem colhetadas, foram utilizadas pesquisas científicas com 
referências bibliográficas à fins de entender as técnicas, métodos e fundamentações sobre a logística 
reversa. De forma clara, essas informações irão resultar em nosso objetivo principal que é mostrar o 
grande desafio em alinhar produtividade com sustentabilidade num contexto empresarial. 
 
2 
 
 
 
Palavras chave: Logística; Logística Reversa. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 A LOGÍSTICA. 
 
 Originalmente do grego “logístikos”, que significa raciocínio no sentido matemático, é 
possível entender que a logística tomou forma inevitávelmente, quando desde os primórdios 
eram levados em consideração as dificuldades de locomoção e estocagem diante de um cenário 
totalmente rudimentar. 
 
 Cronologicamente depois, foi muito utilizada no cenário bélico, onde era vinculada na 
organização e gerenciamento de tropas em grandes escalas, tendo como referência Alexandre 
“O grande ou Magno”, que ministrou durante 13 anos o intitulado exército “mais ágil e efetivo 
da época”, tonando-se futuramente uma grande referência no âmbito empresarial. 
 
Segundo CHING (2001): 
 
[...] o conceito de logística existente desde a década de 40, foi usado pelos militares e 
voltava-se ao processo de aquisição/fornecimento de materiais e atendimento aos objetivos 
de combate [...] 
 
NOVAES (2001 p.31) define e complementa: 
 
[...] logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo 
e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo 
desde o ponto de origem até o ponto de consumo [...] 
 
 Transportar, armazenar e disponibilizar os produtos quando se há necessidade é o objetivo 
principal da logística desde os primórdios, porém num cenário atual foram implementados 
diversos aperfeiçoamentos na logística, na qual se tornou uma das áreas mais desafiadoras e 
importantes da administração. (BOWERSOX 2001). 
 
Segundo BOWERSOX (et al., 2007:6): 
 
 [...] a perspectiva da cadeia de suprimentos muda os arranjos tradicionais de canais, que 
deixam de ser grupos com ligações frágeis entre empresas independentes […] e passam a 
ser uma iniciativa coordenada por administradores para aumentar o impacto no mercado, a 
eficiência geral, a melhoria contínua e a competitividade. 
 
 
2.2 LOGÍSTICA REVERSA. 
 
 Com o passar do tempo a logística deixou de ser apenas uma associada a disponibilização e 
entrega de produtos a clientes, onde as indústrias fabricantes não tinham responsabilidade com o 
pós-venda e ciclo de produtos. 
 
 Atualmente, é levado em consideração que a logística tem total contexto com a 
armazenagem e disponibilização de produtos do ponto de origem até o ponto de consumo, 
porém muito se atenta ao ciclo inverso utilizado na “logística reversa”, onde a preocupação 
parte do ponto de consumo e se destina ao ponto de origem novamente, para que assim possa se 
determinar as medidas adequadas para agregação de valor ou adequação dos mesmos. 
 
 Assim, a logística reversa pode ser entendida como um processo complementar à logística 
3 
 
 
 
tradicional, pois enquanto a última tem o papel de levar produtos de sua origem dos 
fornecedores até os clientes intermediários ou finais, a logística reversa deve completar o ciclo, 
trazendo de volta os produtos já utilizados dos diferentes pontos de consumo a sua origem. No 
processo da logística reversa, os produtos passam por uma etapa de reciclagem e voltam 
novamente à cadeia até ser finalmente descartado, percorrendo o “ciclo de vida do produto”. 
(Lacerda, 2002 apud GARCIA, 2006, p.4). 
 
Abaixo, a figura 01 retrata e detalha o processo de fluxo logístico reverso, no qual segue 
cronologicamente as setorizações de materiais novos que passam pelo processo logístico direto 
até chegarem no processo logístico reverso e serem reaproveitados. 
 
 
 
 
 
Figura 01: Fluxo logístico direto e reverso. 
 Fonte: Lacerda, 2002 (p. 2 apud GONÇALVES; MARINS, 2006, p. 40). 
 
 De forma resumida, a logística reversa pode ser desmembrada entre “pós-consumo” e “pós-
venda” (Leite,2003). Ao se falar dos produtos de pós-consumo, nos referimos a todos aqueles onde 
são tomada ações de gestões de materiais, no qual os mesmos terminaram sua vida útil e podem ser 
destinados à locais apropriados como aterros sanitário, demanches ou reuso. Já no caso dos 
produtos de pós-venda deve haver um encaminhamento organizacional em busca de entender a 
caracterização por produtos que foram pouco utilizados, possuem defeitos de fabricação ou não 
tiveram uso devido à erros de despacho nos estoques, por exemplo. Abaixo ilustrado na figura 02. 
 
 
4 
 
 
 
 
 
Figura 02: Logística reversa – Pós-consumo e pós-venda. 
 Fonte: Leite, 2003 (p. 17). 
 
 
3. A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA. 
 
 Mesmo mediante a um cenário industrial moderno e bem diversificado, ainda se é muito 
dividido o número de empresas adeptas ou não ao fluxo de logística reversa, seja por falta de 
recursos financeiros ou alinhamento organizacional. Porém, ao passar dos anos os níveis de 
conscientização quanto a preocupação ambiental aumenta, levando-se em conta que os recursos do 
planeta são finitos. 
 
 A logística reversa diante do âmbito empresarial acarreta diversos benefícios ComplementaSimões (2002) que para o desenvolvimento e implantação da logística reversa existem três motivos 
básicos: a legislação, a redução de custos e a responsabilidade social (...). 
 
 
3.1 RESPONSABILIDADE SÓCIOAMBIENTAL. 
 
 Com o passar do tempo, as empresas quase que inevitavelmente tornam-se adeptas a 
sensibilidade e responsabilidade ecológica primordial no aspecto sustentável e econômico. Sendo 
assim, é preciso organização para o alcance de objetivos socioambientais e reconhecimento de 
recursos finitos. 
 
3.2 PRODUTOS COM VIDA ÚTIL “PRECOCE”. 
 
 Devido ao grande avanço tecnológico e uma brusca diminuição da vida útil dos produtos 
adquiridos, é provável o aumento de resíduos sólidos. Com isso, é necessário que a empresa 
mantenha seus controles de fluxos para não haver descontroles processuais, atendedendo as 
necessidades impostas pelo produto e as questões ambientais. 
 
XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições 
individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos 
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos 
sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os 
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos 
produtos, nos termos desta Lei; (BRASIL, 2010) 
5 
 
 
 
 
3.2 ELEVAÇÃO DE VALORES. 
 
 Ao aplicar o método , há um grande ganho de imagem perante seus acionistas, além de elevar o 
prestígio da marca e sua imagem no mercado de atuação (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1998). 
 
3.2 REDUÇÃO DE CUSTOS. 
 
 Com as mudanças presentes no mercado atual tornando-o super competitivo, ter valores 
agregados e transmitir isso ao seu público é indispensável para o sucesso organizacional da marca. 
Diante desse cenário, a logística reversa funciona como um grande diferencial, já que a empresa 
tem responsabilidades na reciclagem ou descartes. Assim, a utilização da LR pode além de 
beneficiar a marca, trazer a diminuição de custos diante do reaproveitamento de matérias primas e 
reciclagem de produtos. 
 
 Para Atkinson (et. al 2000), o sistema de redução de custos utilizado na logística reversa permite 
aos gerentes administrarem os custos da origem do produto até o seu retorno à empresa. 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
 Perante a uma pesquisa complexa e rica em detalhes obtidos, podemos denomina-la como 
qualitativa, seguido de um caso analítico. Entende-se por método qualitativo uma pesquisa com 
cárater exploratório, onde a busca por compreender o comportamento, particularidades, 
experiências, entre outros é evidência. Difere-se de uma pesquisa quantitativa pois não quantifica 
valores e não se submetem a prova de fatos, devido as informações analisadas serem provenientes 
de diversas abordagens. Os estudos de pesquisa qualitativa diferem entre si quanto ao método 
utilizado, a forma e os objetivos. (GODOY, 1995ª, p.62). 
 
 Cronologicamente ao caso analisado, encontramos a modalidade de pesquisa exploratória, no 
qual abrange os conhecimentos, torna-os figurativos, determina planejamentos, enfatiza os 
problemas abordados e recorda como um todo os procedimentos recorrentes. 
 
 Atendendo os critérios e objetivos da pesquisa, nota-se a definição descritiva e exploratória. 
Descritiva, pois segue um cronograma com intuito de exclarecer de maneira abrangente um assunto 
já pesquisado anteriormente pro alguém. A pesquisa se baseia em uma extensão de revisão teórica 
sobre o objetivo do estudo ou enfatiza hipóteses. Já no âmbito exploratório avança sobre um terreno 
pouco conhecido de informações, por fim o mapeando e tornando-o mais explicativo. 
 
 As informações e dados recolhidos, tiveram mediação com ênfase nos principais percursores 
atuantes da área, utilizando materiais bibliográficos e pesquisas relevantes desde 1995 até a 
atualidade. As buscas adentraram conteúdos bibliográficos científicos, pesquisas, teses e 
dissertações relevantes atráves de navegação na base de dados do Google Acadêmico (palavra 
chave utilizada: Logística reversa, logística, benefícios da logística reversa empresarial), Scielo, 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e Política Nacional de Resíduos Sólidos 
(PNRS). 
 
 Após definir os objetivos principais, foram realizados leituras nos conteúdos literários a fim de 
elaborar a dissertação. Para o pesquisador, notadamente no momento da pesquisa bibliográfica, a 
revisão de literatura é uma ferramenta importante para otimização do trabalho de investigação, 
pois “[...] propicia ao pesquisa- dor tomar conhecimento, em uma única fonte, do que ocorreu ou 
6 
 
 
 
está ocorrendo periodicamente no campo estudado, podendo substituir a consulta a uma série de 
outros trabalhos. [...]” (NORONHA; FERREIRA, 2000, p. 192). 
 
 Por fim, foram analisados 19 trabalhos e selecionados 11 com evidências utilizadas e 
formuladas em uma análise de caso. A análise com objetivo no ramo de bebidas mais destinada a 
reutilização de garrafas PET, contou com a maior parte das informações encontradas diante de 
navegações em bancos de dados (Google Acadêmico) e uma breve entrevista de um profissional 
atuante em uma empresa do nixo selecionado, onde o objetivo era identificar a implantação da 
logística reversa, objetivos e o desafio de implementa-la empresarialmente alinhada aos aspectos 
sustentáveis. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 Com os resultados colhidos através das pesquisas realizadas, de acordo com a legislação 
vigente, a uma responsabilidade estabelecida pela destinação própria de embalagens PET 
(Politereftalato de etileno) alinhada a cadeia produtiva, desde a sua fabricação até o fim de seu 
ciclo, onde é descartada pelo consumidor. O Brasil ocupa o 3º lugar na produção de refrigerantes, 
com 13,6 bilhões de litros por ano, ficando atrás apenas do México e dos Estados Unidos. A 
produção mundial de garrafas pet já supera 26 milhões de toneladas e a Brasileira mais de 3 bilhões 
de garrafas. 
 
 Ao analisarmos a legislação eviendicada, é possível notar a grande importância da Política de 
repsonsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, alinhado a logística reversa. O lixo 
(resíduo sólido), trata-se de uma questão ambiental, logo não pode ser destinada ou exclusiva de 
uma entidade ou pessoa. 
 
De acordo com a Lei Federal nº. 12.305/2010 instituiu a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, que submete pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, 
responsáveis direta ou indiretamente pela geração de resíduos sólidos, assim como as que 
desenvolvem ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento do descarte de 
resíduos sólidos. 
 
 Levando como referências as maiores produtoras de bebidas engarrafadas locais, a AmBev e a 
Coca-Cola, as mesmas possuem diversos programas de logística reversa, sejam com parcerias a 
cooperativas de coletas, instituições locais e até mesmo distribuidores diretos. As empresas adotam 
tais medidas levando em consideração que os recursos são finitos e diante de suas responsabilidades 
sócioambientais. A Ambev tem promovido ações para recolher esse tipo de descarte, em cada lugar, 
com uma marca diferente do seu portfólio. 
 
 A empresa Ambev tem seu Sistema de Gestão Ambiental, já implantado desde 1992, na época 
da Brahma. Dessa forma, o “lixo” praticamente não existe nas unidades fabris da Ambev e 
internamente, reaproveitam 98,2% dos subprodutos gerados na fabricação de suas bebidas. Os ditos 
subprodutos são reaproveitados para outros segmentos e comercializados pela própria Ambev. 
“Os setores industriais passaram a reciclar quando as indústrias passaram a definir o processo como 
estratégia de gestão ambiental e as organizações a assumiram como forma de serem identificadas 
como ambientalmente corretas” (OLIVEIRA, 2011, p. 22). 
 
 A Coca-Cola lançou em 2010a PantBottle, a primeira garrafa da América do Sul com matéria 
prima de origem vegetal, que substituiu os derivados do petróleo pelo etanol da cana-de-açúcar. 
A PlantBottle usa 30% de fontes vegetais e faz com que a empresa dependa menos de recursos não 
renováveis. E em 2011, a Coca-Cola Brasil lançou a Bottle-to-Bottle, uma embalagem PET 
produzida parcialmente com garrafas PET recicladas após o consumo. Lançada também em 2011, a 
Crystal eco, é a água mineral com uma embalagem que utiliza 20% menos PET que as versões 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1024358/pol%C3%ADtica-nacional-de-residuos-solidos-lei-12305-10
7 
 
 
 
anteriores e até 30% de matéria prima de origem do etanol da cana-de-açúcar, reduzindo em cerca 
de 25% as emissões de dióxido de carbono (CO2) (COCA-COLA, 2016). 
 
 Ao conversar com um gestor da área administrativa da empresa AMBEV, o mesmo relata que á 
uma grande preocupação da parte organizacional com relação aos recursos finitos e 
responsabilidade socioambientais da empresa. No além do mais, muito se estuda formas mais 
inteligentes no recolhimento e reaproveitamento em grande escala. Porém, o gestor afirma que o 
processo hoje é indispensável para a economia e logística de fabricação, devido a utilização de 
matérias-primas não virgens. 
 
 O gestor também citou em alguns trechos o ganho ambiental e agregamento de valor a marca, 
onde a mesma se torna melhor vista pelos consumidores e consequentemente atende as suas 
obrigações legíveis. 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
 Usualmente costumamos analisar a logística como apenas o gerenciamento interno dos 
armazenamentos desde seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo usual. Porém, ao 
analisarmos um cenário atual totalmente competitivo e em constante mudança, é possível afirmar 
que as empresas que não estiverem com sua parte organizacional alinhada, estarão sujeitas a 
declínio ou não atendimento as exigências de seus clientes. Sendo assim, a logística interna será 
completamente responsável para o atendimento de suas demandas. 
 
 Seguindo esta contextualização cita-se a logística reversa como poderosa ferramenta de 
diferenciação competitiva, onde a mesma além de optimizar os processos, diminui 
consideravelmente os custos e agrega a imagem da marca por auxiliar no cumprimento das 
vigências sustentáveis. As iniciativas com relação a logística reversa aumentam e trazem diversos 
retornos positivos as empresas optantes. Além disto, é possível observar que casualmente há 
esforços para as melhorias nos processos de logística reversa em níveis consideráveis, assim 
justificando toda organização e investimento aplicado. 
 
 Assim, conclui-se que a aplicação de incentivos a medidas para coleta e retulização de matéria-
primas tornam-se indispensável para alinhar a produtividade empresarial com a sustentabilidade 
social. Sugere-se que hajam mais estudos complementares sobre este trabalho a fins de ocasionar 
reflexão e atingir objetivos contribuintes a todos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ADMINISTRADORES. Logística reversa, redução de custos e estratégia competitiva, 2011. 
Disponível em: <http://www.admnistradores.com/informe-se/artigos/logistica-reversa-reducao-de-
custos-e-estrategias-competitivas/51093/> 
 
AMBEV. Recicla AMBEV. 2012. Disponível em: 
<http://www.valor.com.br/sites/default/files/apresentacaoricardorolim.pdf> 
 
BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial/Ronald H. Ballou ; 
tradução Raul Rubenich. – 5 ed. – Porto Alegre: Bookman, 2006. São Paulo: Atlas,2001. 
 
8 
 
 
 
BOWERSOX, Donald J.; David J.. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. 594 p. 
 
BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; 
altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. 
 
CHING, Hong Yuh. Estão de estoques na cadeia de logística integrada – supply chain. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2001. 194 p. 
 
COCA-COLA BRASIL. Linha do tempo: conheça a história da Coca-Cola Brasil. Disponível em: 
<http://www.cocacolabrasil.com.br/sobre-a-coca-cola-brasil/a-historia-da-coca-cola-brasil>. 
 
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Leis Ambientais no Brasil. Disponível em 
<htttp://www.mma.gov.br> acesso em 21/11/2020. A caracterização da logística no ambiente 
empresaria em suas áreas de atuação: pós-venda e pós consumo agregando valores econômicos e 
legais. 
 
E-TEC Brasil – Fundamentos da Logística: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – 
Educação a distância – Paraná,2010. 
 
GODOY – Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades, In Revista de Administração de 
empresas v.35, n.2, Mar/Abr. 1995ª. p.57-63. 
 
LACERDA, L. Logística reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. 
In: Revista de Tecnologistica. São Paulo: Ano VI, n. 74, Janeiro/2002 
 
NORONHA, Daisy Pires; FERREIRA, Sueli Mara S.P. Revisões de literatura; In: CAMPELLO, 
Bernadete Santos; CONDÓN, Beatriz Valadares; Kremer, Jeannete Marguerite (orgs.). Fonte de 
informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: UFMG, 2000. 
 
NOVAES, Antonio G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia, Operação 
e Avaliação. São Paulo: Campus, 2001. 
	Aluno: Syllas Souto Pulcinelli
	RESUMO: O devido trabalho apresentado tem como principal objetivo a análise dos impactos da logística reversa num âmbito empresarial, assim sendo utilizado revisões bibliográficas, com intuito de entender a importância da logística reversa. Em seguida...
	1. INTRODUÇÃO
	2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	3. METODOLOGIA
	4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	5. CONCLUSÃO

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