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Texto sobre a língua portuguesa

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	Tuesday, 4 May 2021, 20:31
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	Finalizada
	Concluída em
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Questão 1
Completo
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Texto da questão
Leia o texto a seguir:
“Os dicionários de meu pai. Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto. Era o dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do dicionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai mantinha ao alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar meio grunhido. Era como se ele, cansado, me passasse um bastão que de alguma forma eu deveria levar adiante. E por um tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar das horas em que eu o folheava à toa; o amor aos dicionários, para o sérvio Milorad Pavic, autor de romances-enciclopédias, é um traço infantil de caráter de um homem adulto. “
http://www.chicobuarque.com.br/texto/artigos/mestre.asp?pg=artigo_piaui_junho.htm
Em relação ao texto é correto afirmar:
Escolha uma opção:
a. Foi escrito em terceira pessoa. O que pode ser confirmado no fragmento a seguir: “Era como se ele, cansado, me passasse um bastão que de alguma forma eu deveria levar adiante.”
b. Foi escrito em primeira pessoa. O que pode ser confirmado no fragmento a seguir: “o amor aos dicionários, para o sérvio Milorad Pavic, autor de romances-enciclopédias, é um traço infantil de caráter de um homem adulto.”
c. Foi escrito em primeira pessoa. O que pode ser confirmado no fragmento a seguir: “ Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto.”
d. Foi escrito em terceira pessoa. O que pode ser confirmado no fragmento a seguir: “E por um tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar das horas em que eu o folheava à toa;”
Questão 2
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
 Leia o texto a seguir:
 
 Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim
 
Rubem Braga
 
Conhece o vocábulo escardinchar? Qual o feminino de cupim? Qual o antônimo de póstumo? Como se chama o natural do Cairo?
O leitor que responder "não sei" a todas estas perguntas não passará provavelmente em nenhuma prova de Português de nenhum concurso oficial. Alias, se isso pode servir de algum consolo à sua ignorância, receberá um abraço de felicitações deste modesto cronista, seu semelhante e seu irmão.
Porque a verdade é que eu também não sei. Você dirá, meu caro professor de Português, que eu não deveria confessar isso; que é uma vergonha para mim, que vivo de escrever, não conhecer o meu instrumento de trabalho, que é a língua.
Concordo. Confesso que escrevo de palpite, como outras pessoas tocam piano de ouvido. De vez em quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um recorte de crônica anotado, apontando erros de Português. Um deles chegou a me passar um telegrama, felicitando-me porque não encontrara, na minha crônica daquele dia, um só erro de Português; acrescentava que eu produzira uma "página de bom vernáculo, exemplar". Tive vontade de responder: "Mera coincidência" — mas não o fiz para não entristecer o homem.
Espero que uma velhice tranquila - no hospital ou na cadeia, com seus longos ócios — me permita um dia estudar com toda calma a nossa língua, e me penitenciar dos abusos que tenho praticado contra a sua pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto eu sei por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanimador saber uma coisa dessas? Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? Eu poderia me queixar se o seu marido me descesse a mão?).
Alguém já me escreveu também — que eu sou um escoteiro ao contrário. "Cada dia você parece que tem de praticar a sua má ação — contra a língua". Mas acho que isso é exagero.
Como também é exagero saber o que quer dizer escardinchar. Já estou mais perto dos cinquenta que dos quarenta; vivo de meu trabalho quase sempre honrado, gozo de boa saúde e estou até gordo demais, pensando em meter um regime no organismo — e nunca soube o que fosse escardinchar. Espero que nunca, na minha vida, tenha escardinchado ninguém; se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção.
Vários problemas e algumas mulheres já me tiraram o sono, mas não o feminino de cupim. Morrerei sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego-me terminantemente a saber, e, se o senhor é um desses cavalheiros que sabem qual é o feminino de cupim, tenha a bondade de não me cumprimentar.
Por que exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos? Por que fazer do estudo da língua portuguesa unia série de alçapões e adivinhas, como essas histórias que uma pessoa conta para "pegar" as outras? O habitante do Cairo pode ser cairense, cairei, caireta, cairota ou cairiri — e a única utilidade de saber qual a palavra certa será para decifrar um problema de palavras cruzadas. Vocês não acham que nossos funcionários públicos já gastam uma parte excessiva do expediente matando palavras cruzadas da "Última Hora" ou lendo o horóscopo e as histórias em quadrinhos de "O Globo?".
No fundo o que esse tipo de gramático deseja é tornar a língua portuguesa odiosa; não alguma coisa através da qual as pessoas se entendam, ruas um instrumento de suplício e de opressão que ele, gramático, aplica sobre nós, os ignaros.
Mas a mim é que não me escardincham assim, sem mais nem menos: não sou fêmea de cupim nem antônimo do póstumo nenhum; e sou cachoeirense, de Cachoeiro, honradamente — de Cachoeiro de Itapemirim!
 
Rio, novembro, 1951
 
Texto extraído do livro "Ai de Ti, Copacabana", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 197. 
 
Assinale a alternativa em que o narrador, estabelece uma situação de interlocução.
Escolha uma opção:
a. “Você dirá, meu caro professor de Português, que eu não deveria confessar isso;”
b.  “E o pior é que não quero saber;”
c.  “No fundo o que esse tipo de gramático deseja é tornar a língua portuguesa odiosa;”
d.  “Alguém já me escreveu também — que eu sou um escoteiro ao contrário.”
Questão 3
Completo
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Texto da questão
São elementos essenciais à construção da resenha, exceto:
Escolha uma opção:
a. Conhecer a obra resenhada.
b. Contar de forma detalhada toda a obra para o leitor.
c.  Descartar detalhes irrelevantes na construção de resenha.
d. Capacidade de emitir juízo de valor apoiado em fatos e argumentos.
Questão 4
Completo
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Texto da questão
 Leia o texto a seguir:
Escola Sem Partido?
Nada mais tendencioso do que o Movimento Escola Sem Partido. Basta dizer que um de seus propagadores é o ator de filmes pornô Alexandre Frota. O movimento acusa as escolas de abrir espaços a professores esquerdistas que doutrinam ideologicamente os alunos.
Uma das falácias da direita é professar a ideologia de que ela não tem ideologia. E a de seus opositores deve ser rechaçada. O que é ideologia? É os óculos que temos atrás dos olhos. Ao encarar a realidade, não vejo meus próprios óculos, mas são eles que me permitem enxergá-la. A ideologia é esse conjunto de ideias incutidas em nossa cabeça e que fundamentam nossos valores e motivam nossas atitudes.
Essas ideias não caem do céu. Derivam do contexto social e histórico no qual se vive. Esse contexto é forjado por tradições, valores familiares, princípios religiosos, meios de comunicação e cultura vigente.
Não há ninguém sem ideologia. Há quem se julgue como tal, assim como Eduardo Cunha se considera acima de qualquer suspeita. Como ninguém é juiz de si mesmo, até a minha avó de 102 anos tem ideologia. Basta perguntar-lheo que acha da vida, da globalização, dos escravos, dos homossexuais etc. A resposta será a ideologia que rege sua visão de mundo.
A proposta da Escola Sem Partido é impedir que os professores eduquem seus alunos com consciência crítica. É trocar Anísio Teixeira, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Rubem Alves por Cesare Lombroso e Ugo Cerletti.
Ninguém defende uma escola partidária na qual, por exemplo, todos os professores comprovem ser simpatizantes ou filiados ao PT. Mesmo nessa hipótese haveria pluralidade, já que o PT é um saco de tendências ideológicas que reúne ardorosos defensores do agronegócio e esquerdistas que propõem a estatização de todas as instituições da sociedade.
Não faz sentido a escola se aliar a um partido político. Muito menos fingir que não existe disputa partidária, um dos pilares da democracia.
Em outubro, teremos eleições municipais. Deve a escola ignorá-las ou convidar representantes e candidatos de diferentes partidos para debater com os alunos? O que é mais educativo? Formar jovens alheios à política ou comprometidos com as lutas sociais por um mundo melhor?
Na verdade, muitos “sem partido” são partidários de ensinar que nascemos todos de Adão e Eva; homossexualidade é doença e pecado (e tem cura!); identidades de gênero é teoria promíscua; e o capitalismo é o melhor dos mundos.
Enfim, é a velha artimanha da direita: já que não convém mudar a realidade, pode-se acobertá-la com palavras. E que não se saiba que desigualdade social decorre da opressão sistêmica; a riqueza, do empobrecimento alheio; a homofobia, do machismo exacerbado; a leitura fundamentalista da Bíblia da miopia que lê o texto fora do contexto.
Recomenda-se aos professores de português e literatura da Escola Sem Partido omitirem que Adolfo Caminha publicou, em 1985, no Brasil, Bom crioulo, o primeiro romance gay da história da literatura ocidental; proibirem a leitura dos contos D. Benedita e Pílades e Orestes, de Machado de Assis; e evitar qualquer debate sobre os personagens de Dom Casmurro, pois alguns alunos podem deduzir que Bentinho estava mais apaixonado por Escobar do que por Capitu.
 
Disponível em: http://www.freibetto.org/index.php/artigos/14artigos/107-escola-sem-partidoFrei Betto é escritor, autor do romance policialHotel Brasil (Rocco), entre outros livros.acesso em Nov. 2018
Em relação ao fragmento “A proposta da Escola Sem Partido é impedir que os professores eduquem seus alunos com consciência crítica. É trocar Anísio Teixeira, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Rubem Alves por Cesare Lombroso e Ugo Cerletto.” É possível afirmar que o autor:
 
 
 
Escolha uma opção:
a.  Indica nomes para compor o Ministério da Educação do próximo governo.
b.  Defende professores injustiçados pela ditadura militar no Brasil.
c. Em relação ao fragmento “A proposta da Escola Sem Partido é impedir que os professores eduquem seus alunos com consciência crítica. É trocar Anísio Teixeira, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Rubem Alves por Cesare Lombroso e Ugo Cerletto.” É possível afirmar que o autor:
d. Defende a escola sem partido.
Questão 5
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
Leia a definição a seguir:
 
Gênero textual jornalístico, de caráter essencialmente argumentativo, no qual o autor expõe claramente a sua opinião e os seus argumentos, que possuem condições de fazer com que o interlocutor acredite no que ele diz. O autor geralmente tem a intenção de convencer os seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos.
 
E correto afirmar que a definição se trata de um(a):
Escolha uma opção:
a. Resenha
b. Carta argumentativa.
c. Artigo de opinião
d. Artigo científico.
Questão 6
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
 Leia o texto a seguir:
Escola Sem Partido?
Nada mais tendencioso do que o Movimento Escola Sem Partido. Basta dizer que um de seus propagadores é o ator de filmes pornô Alexandre Frota. O movimento acusa as escolas de abrir espaços a professores esquerdistas que doutrinam ideologicamente os alunos.
Uma das falácias da direita é professar a ideologia de que ela não tem ideologia. E a de seus opositores deve ser rechaçada. O que é ideologia? É os óculos que temos atrás dos olhos. Ao encarar a realidade, não vejo meus próprios óculos, mas são eles que me permitem enxergá-la. A ideologia é esse conjunto de ideias incutidas em nossa cabeça e que fundamentam nossos valores e motivam nossas atitudes.
Essas ideias não caem do céu. Derivam do contexto social e histórico no qual se vive. Esse contexto é forjado por tradições, valores familiares, princípios religiosos, meios de comunicação e cultura vigente.
Não há ninguém sem ideologia. Há quem se julgue como tal, assim como Eduardo Cunha se considera acima de qualquer suspeita. Como ninguém é juiz de si mesmo, até a minha avó de 102 anos tem ideologia. Basta perguntar-lhe o que acha da vida, da globalização, dos escravos, dos homossexuais etc. A resposta será a ideologia que rege sua visão de mundo.
A proposta da Escola Sem Partido é impedir que os professores eduquem seus alunos com consciência crítica. É trocar Anísio Teixeira, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Rubem Alves por Cesare Lombroso e Ugo Cerletti.
Ninguém defende uma escola partidária na qual, por exemplo, todos os professores comprovem ser simpatizantes ou filiados ao PT. Mesmo nessa hipótese haveria pluralidade, já que o PT é um saco de tendências ideológicas que reúne ardorosos defensores do agronegócio e esquerdistas que propõem a estatização de todas as instituições da sociedade.
Não faz sentido a escola se aliar a um partido político. Muito menos fingir que não existe disputa partidária, um dos pilares da democracia.
Em outubro, teremos eleições municipais. Deve a escola ignorá-las ou convidar representantes e candidatos de diferentes partidos para debater com os alunos? O que é mais educativo? Formar jovens alheios à política ou comprometidos com as lutas sociais por um mundo melhor?
Na verdade, muitos “sem partido” são partidários de ensinar que nascemos todos de Adão e Eva; homossexualidade é doença e pecado (e tem cura!); identidades de gênero é teoria promíscua; e o capitalismo é o melhor dos mundos.
Enfim, é a velha artimanha da direita: já que não convém mudar a realidade, pode-se acobertá-la com palavras. E que não se saiba que desigualdade social decorre da opressão sistêmica; a riqueza, do empobrecimento alheio; a homofobia, do machismo exacerbado; a leitura fundamentalista da Bíblia da miopia que lê o texto fora do contexto.
Recomenda-se aos professores de português e literatura da Escola Sem Partido omitirem que Adolfo Caminha publicou, em 1985, no Brasil, Bom crioulo, o primeiro romance gay da história da literatura ocidental; proibirem a leitura dos contos D. Benedita e Pílades e Orestes, de Machado de Assis; e evitar qualquer debate sobre os personagens de Dom Casmurro, pois alguns alunos podem deduzir que Bentinho estava mais apaixonado por Escobar do que por Capitu.
 
Disponível em: http://www.freibetto.org/index.php/artigos/14artigos/107-escola-sem-partidoFrei Betto é escritor, autor do romance policialHotel Brasil (Rocco), entre outros livros.acesso em Nov. 2018
 
Em relação ao fragmento “Recomenda-se aos professores de português e literatura da Escola Sem Partido omitirem que Adolfo Caminha publicou, em 1985, no Brasil, Bom crioulo, o primeiro romance gay da história da literatura ocidental; proibirem a leitura dos contos D. Benedita e Pílades e Orestes, de Machado de Assis; e evitar qualquer debate sobre os personagens de Dom Casmurro, pois alguns alunos podem deduzir que Bentinho estava mais apaixonado por Escobar do que por Capitu.” É possível afirmar  que o autor:
Escolha uma opção:
a.  Usa de ironia.
b. Orienta professores de literatura.
c.  Faz comparações.
d.  Indica obras literárias.
Questão 7
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
Assinale a alternativa cujo aspecto não se refere àcarta argumentativa.
Escolha uma opção:
a. Apresenta argumentos que defendem o ponto de vista ou posicionamento do remetente.
b.  Apresenta um caráter impessoal, sendo escrita na terceira pessoa do singular.
c. Tem como objetivo convencer ou persuadir um interlocutor específico por meio de argumentos.
d.   Apresenta um leitor específico, com o qual se estabelece uma interlocução.
Questão 8
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
Leia os textos a seguir:
Texto 1
Senhor Presidente:
 Sou um escritor de uma nação pobre, um país que já esteve na vossa lista negra. Milhões de moçambicanos desconheciam que mal vos tínhamos feito. Éramos pequenos e pobres: que ameaça poderíamos constituir? A nossa arma de destruição massiva estava, afinal, virada contra nós: era a fome e a miséria. Alguns de nós estranharam o critério que levava a que o nosso nome fosse manchado enquanto outras nações beneficiavam da vossa simpatia. Por exemplo, o nosso vizinho – a África do Sul do “apartheid” – violava de forma flagrante os direitos humanos. Durante décadas fomos vítimas da agressão desse regime. Mas o regime do “apartheid” mereceu da vossa parte uma atitude mais branda: o chamado “envolvimento positivo”. O ANC esteve também na lista negra como uma “organização terrorista!”.[...]
 
Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/obras-literarias/carta-de-mia-couto-ao-presidente-bush
Copyright © Portal São Francisco . acesso setembro 2018
 
Texto 2:
Somos Todos (as) Marielle
 
          Os assassinatos da vereadora Marielle Franco, do PSOL, na noite de 14 de março, no Rio, e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, equivalem ao do estudante Edson Luis, no Calabouço, em 28 de março de 1968. Este representou o desmascaramento da ditadura militar e de sua natureza cruel, sacramentada pelo AI-5, a 13 de dezembro de 1968. 
          Agora, o crime organizado escancara suas impressões digitais e proclama que é o dono do pedaço carioca. Não pretenda a intervenção militar extirpar o conluio entre a banda podre da polícia e o narcotráfico, nem ousar defender os direitos humanos dos moradores de favelas. Este o recado dado.
          Os tiros que ceifaram a vida de Marielle atingem todos nós que lutamos para que, nas palavras de Jesus (João 10, 10), “todos tenham vida e vida em plenitude”. A morte dos mártires comprova que em vão a injustiça busca predominar sobre a justiça. Gandhi, Luther King, Chico Mendes são apenas alguns exemplos de como os mortos comandam os vivos. 
        Em fevereiro de 1987, na Moscou que ainda era a capital da União Soviética, vi imensa fila à porta do cinema próximo à rua Arbat. Exibia-se O arrependimento, transformado em símbolo da glasnot por ter sido proibido durante dois anos, embora seu diretor, George Abuladze, o tenha realizado sob a proteção do então primeiro-secretário do Partido na Geórgia, o ministro das relações exteriores de Gorbachev, Eduard Shervadnadze.Consegui entrar. O filme, todo gravado na língua da Geórgia, é legendado em russo. Mas a forte beleza das imagens me permitiu entender o roteiro. Trata-se da história do prefeito de uma pequena cidade. Usava bigodinho tipo Hitler, camisa preta ao estilo de Mussolini e cruzava os braços como Stalin.
          Quando morreu, todos choraram, exceto uma mulher que vivia de fazer bolos em forma de igrejas. Ela era uma das vítimas da prepotência daquela autoridade e insistia em manter o cadáver insepulto. Desenterrava-o a cada noite, para que ninguém se esquecesse daquele que encarnara a opressão. Marielle é, hoje, uma mulher insepulta. Seu exemplo de vida, seus ideais políticos, sua garra em prol das comunidades marginalizadas nas favelas e das crianças e jovens excluídos de direitos básicos como educação, hão de perdurar em todos nós que fizemos da vida oferenda destemida para que todos tenham vida.
        Somos todos (as) Marielle!
 
Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/somos-todosFrei Betto / 16/03/2018 - 15h24 marielle-22492271. acesso setembro 2018.
Em relação aos textos é correto afirmar:
Escolha uma opção:
a. O texto 2 é uma narrativa cujo objetivo é narrar o enredo de um filme exibido em Moscou.
b. O texto 2 é predominantemente enumerativo, pois aponta elementos em relação ao assassinato de Marielle Franco.
c.  Os textos 1 e 2 são respectivamente, carta argumentativa e artigo de opinião.
d. O texto 1 é uma carta, mas não apresenta neste fragmento marcas de interlocução.
Questão 9
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
Assinale a alternativa que não define corretamente o gênero textual:
Escolha uma opção:
a. O estatuto é um documento da tipologia instrucional injuntiva restrito a empresas e fundações cujo objetivo é definir regras.
b. O contrato é um gênero que formaliza acordos que diariamente são realizados entre indivíduos e/ou empresas que devem obedecer a exigências legais.
c.  O edital, gênero textual instrucional prescritivo, de divulgação ampla, é um documento cujo objetivo é apresentar regras que deverão ser seguidas pelos interessados no assunto deste documento.
d. Os editais são usados em momentos bem específicos, como por exemplo em um determinado concurso público cujo candidato deverá, obrigatoriamente, seguir as regras estabelecidas, pois caso contrário corre o risco de mesmo tendo sido aprovado, mas que não tenha cumprido  integralmente as regras estabelecidas no edital, não assumirá a vaga para a qual concorreu. 
Questão 10
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
 Assinale a alternativa que aponta o objetivo do artigo científico:
Escolha uma opção:
a. Ensinar fazer pesquisas.
b.  Apresentar uma opinião sobre determinado assunto.
c.  Convencer o leitor de suas convicções.
d. Comunicar resultados de pesquisas.
Questão 11
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
Um dos elementos da estrutura da Lei são os artigos, cuja leitura  até 9 é representada por números ordinais e de 10 em diante por  números cardinais, portanto a leitura do artigo está correta na alternativa:
Escolha uma opção:
a.  Artigo décimo primeiro.
b. Artigo onze.
c.  Artigo um.
d.  Artigo nove.
Questão 12
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
Marcar questão
Texto da questão
 Leia o texto a seguir:
Escola Sem Partido?
Nada mais tendencioso do que o Movimento Escola Sem Partido. Basta dizer que um de seus propagadores é o ator de filmes pornô Alexandre Frota. O movimento acusa as escolas de abrir espaços a professores esquerdistas que doutrinam ideologicamente os alunos.
Uma das falácias da direita é professar a ideologia de que ela não tem ideologia. E a de seus opositores deve ser rechaçada. O que é ideologia? É os óculos que temos atrás dos olhos. Ao encarar a realidade, não vejo meus próprios óculos, mas são eles que me permitem enxergá-la. A ideologia é esse conjunto de ideias incutidas em nossa cabeça e que fundamentam nossos valores e motivam nossas atitudes.
Essas ideias não caem do céu. Derivam do contexto social e histórico no qual se vive. Esse contexto é forjado por tradições, valores familiares, princípios religiosos, meios de comunicação e cultura vigente.
Não há ninguém sem ideologia. Há quem se julgue como tal, assim como Eduardo Cunha se considera acima de qualquer suspeita. Como ninguém é juiz de si mesmo, até a minha avó de 102 anos tem ideologia. Basta perguntar-lhe o que acha da vida, da globalização, dos escravos, dos homossexuais etc. A resposta será a ideologia que rege sua visão de mundo.
A proposta da Escola Sem Partido é impedir que os professores eduquem seus alunos com consciência crítica. É trocar Anísio Teixeira, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Rubem Alves por Cesare Lombroso e Ugo Cerletti.
Ninguém defende uma escola partidária na qual, por exemplo, todos os professores comprovem ser simpatizantes ou filiados ao PT. Mesmo nessa hipótese haveria pluralidade, já que o PT é um saco de tendências ideológicas que reúne ardorosos defensores do agronegócio e esquerdistas que propõem a estatização de todas asinstituições da sociedade.
Não faz sentido a escola se aliar a um partido político. Muito menos fingir que não existe disputa partidária, um dos pilares da democracia.
Em outubro, teremos eleições municipais. Deve a escola ignorá-las ou convidar representantes e candidatos de diferentes partidos para debater com os alunos? O que é mais educativo? Formar jovens alheios à política ou comprometidos com as lutas sociais por um mundo melhor?
Na verdade, muitos “sem partido” são partidários de ensinar que nascemos todos de Adão e Eva; homossexualidade é doença e pecado (e tem cura!); identidades de gênero é teoria promíscua; e o capitalismo é o melhor dos mundos.
Enfim, é a velha artimanha da direita: já que não convém mudar a realidade, pode-se acobertá-la com palavras. E que não se saiba que desigualdade social decorre da opressão sistêmica; a riqueza, do empobrecimento alheio; a homofobia, do machismo exacerbado; a leitura fundamentalista da Bíblia da miopia que lê o texto fora do contexto.
Recomenda-se aos professores de português e literatura da Escola Sem Partido omitirem que Adolfo Caminha publicou, em 1985, no Brasil, Bom crioulo, o primeiro romance gay da história da literatura ocidental; proibirem a leitura dos contos D. Benedita e Pílades e Orestes, de Machado de Assis; e evitar qualquer debate sobre os personagens de Dom Casmurro, pois alguns alunos podem deduzir que Bentinho estava mais apaixonado por Escobar do que por Capitu.
 
Disponível em: http://www.freibetto.org/index.php/artigos/14artigos/107-escola-sem-partidoFrei Betto é escritor, autor do romance policialHotel Brasil (Rocco), entre outros livros.acesso em Nov. 2018
 
O texto é predominantemente:
Escolha uma opção:
a. Descritivo
b. Narrativo
c. Argumentativo
d. Injuntivo
Questão 13
Completo
Atingiu 0,00 de 3,00
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Texto da questão
Em relação aos gêneros textuais é correto afirmar:
Escolha uma opção:
a. Os gêneros textuais se dividem em: Narração, descrição, injunção e argumentação.
b. Toda forma de comunicação ocorre por meio de gêneros seja na oralidade ou na escrita.
c. Os gêneros textuais apresentam seus conteúdos usando apenas a linguagem verbal, ou seja, elementos como imagens não são componentes relevantes para sua estrutura.
d. Não possuem uma finalidade específica.
Questão 14
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
Marcar questão
Texto da questão
 Assinale a alternativa cujo gênero textual pertence à tipologia instrucional – prescritiva.
Escolha uma opção:
a. Edital de concursos públicos.
b. Receitas culinárias.
c. Livro de autoajuda.
d.  Manual de instrução.
Questão 15
Completo
Atingiu 3,00 de 3,00
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Texto da questão
Em relação à tipologia injuntiva é correto afirmar:
Escolha uma opção:
a.  É encontrada apenas nos gêneros textuais presentes na escola.
b.  Os gêneros da tipologia injuntiva não têm o objetivo de direcionar comportamentos sequencialmente ordenados.
c. Os gêneros da tipologia textual injuntiva não possuem uma estrutura linear ordenada temporalmente.
d.  Caracteriza-se por guiar os indivíduos para a execução de uma atividade específica.
Questão 16
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 Leia o texto a seguir que se trata de uma resenha sobre o filme “Olga”.
Título: Olga 
Direção: Jayme Monjardim 
Elenco: Camila Morgado, Caco Ciocler, Fernanda Montenegro, José Dumont, Eliane Giardini, Floriano Peixoto 
Data de lançamento: 20 de agosto de 2004 
Duração: 141 min 
Gênero: Biografia, Drama, Histórico, Romance 
Classificação: 14 anos 
 
O filme dirigido por Jayme Monjardim retrata a história da judia, alemã e comunista, Olga Benário Prestes, interpretada pela atriz Camila MorgaDo.  
Desde jovem Olga já se opunha ao governo de seu país, tendo como contexto histórico a época do nazismo. Ela participava de manifestação e era militante do partido comunista. Filha de uma família de classe média composta pelo pai Leo Benário (Luis Melo), um advogado que ajuda algumas pessoas mais pobres e a mãe Eugérie Benário (Eliane Giardini), uma tradicional dama que era contra as ideais da filha. 
 (...)
Em meio a vinda para o Brasil, Olga e Prestes acabam se envolvendo e tendo um romance. Mas nem tudo sai como esperado, a revolução é descoberta pelo governo que acaba perseguindo todos os envolvidos e os torturando. Preste e Olga são presos, na cadeia ela descobre sua gravidez, mas isso não impede o governo de deporta-la para a Alemanha nazista como meio de vingança a Luís Carlos Preste. 
A deportação de Olga mesmo estando gravida gera uma repercussão e ela acaba conseguindo alguns "direitos" a mais, sua filha nasce e recebe o nome de Anita Leocádia uma homenagem a avo. Enquanto isso a mãe de preste Dona Leocádia Prestes (Fernanda Montenegro) faz campanhas mundiais para conseguir a libertação de Olga e sua filha, mas acaba somente conseguindo o direito da menina ficar com a mãe enquanto ela tiver leite e após isso a filha poderia ser levada pela avo para o Brasil. 
Após passar este período Olga é mandada para um campo de concentração onde escreve uma carta para a filha um dia antes de ser morta em uma câmara de gás. 
Mesmo trazendo uma visão mais romantizada o filme é um belo retrato da época e da vida de Olga Benário, no geral a produção é boa e a atuação dos personagens também. Um dos erros cometidos pelo diretor foi o foco na relação de Olga e Prestes, deixando um pouco de lado a luta pelo comunismo vivida por ela.  
Não posso deixar de citar também a triste cena da separação de Olga da filha mostrando uma bela atuação de Camila Morgado, e uma outra personagem que também chamou batente atenção foi a personagem vivida por Fernanda Montenegro que acaba nos passando uma grande comoção. 
É um filme que vale a pena assistir e que nos leva a ter uma grande reflexão sobre os fatos históricos não somente do nosso pais, mas também do mundo como um todo. 
 Disponível em: https://cine105.fandom.com/pt-br/wiki/Resenha - adaptado
Assinale a alternativa que justifica que o texto se refere a uma resenha:
Escolha uma opção:
a.  “O filme dirigido por Jayme Monjardim retrata a história da judia, alemã e comunista, Olga Benário Prestes, interpretada pela atriz Camila Morgado.”
b. Em meio a vinda para o Brasil, Olga e Prestes acabam se envolvendo e tendo um romance.
c.  “Após passar este período Olga é mandada para um campo de concentração onde escreve uma carta para a filha um dia antes de ser morta em uma câmara de gás.”
d.  “Mesmo trazendo uma visão mais romantizada o filme é um belo retrato da época e da vida de Olga Benário, no geral a produção é boa e a atuação dos personagens também. Um dos erros cometidos pelo diretor foi o foco na relação de Olga e Prestes, deixando um pouco de lado a luta pelo comunismo vivida por ela.”
Questão 17
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 Eça de Queirós, um dos maiores escritores do realismo português. O autor se destacou pela originalidade e riqueza do seu estilo e linguagem, o realismo descritivo.
O trecho a seguir é de uma de suas obras mais conhecidas. “O primo Basílio”
"Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates."
 
Neste fragmento é possível afirmar que o objetivo do autor foi:
Escolha uma opção:
a. Relatar sobre um fato marcante na vida da personagem.
b. Argumentar defendendo atitudes da personagem.
c. Descrever aspectos da personagem e de suas ações.
d. Narrar fatos.
Questão 18
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Texto da questão
Assinale a alternativa que apresenta somente gêneros textuais injuntivos.
Escolha uma opção:
a. Autobiografia, narração, dissertação
b. Manual deinstrução, injunção, exposição.
c. Romance, descrição, biografia.
d. Manual de instrução, propaganda, receita culinária.
Questão 19
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     Leia o texto a seguir:
Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954
Brasileiros,
Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e desencadeiam-se sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci.
Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo desencadearam-se os ódios.
Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação avoluma-se. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre, não querem que o povo seja independente.
Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.
Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação.
Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.
Getúlio Vargas
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-argumentativa.htm
Assinale a alternativa que justifica que o texto se trata de uma carta argumentativa e mantém a interlocução com o destinatário:
Escolha uma opção:
a.  “Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém.”
b. “Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.”
c. “Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.”
d.  “Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória.”
Questão 20
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Assinale a alternativa que não se relaciona com a estrutura do gênero textual “Lei”.
Escolha uma opção:
a. Linguagem informal escrita.
b.   Conteúdo; cunho coletivo – social.
c.  Conteúdo; cunho coletivo – social
d. Gênero textual em que se usam artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens para expor a mensagem contida no texto legal.
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