Buscar

Apositla de fotografia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 2 de 70 
 
 
Conteúdo 
1 introdução .............................................................................................................. 3 
2 FOTOGRAFIA DIGITAL ......................................................................................... 5 
2.1 PIXEL ............................................................................................................. 5 
2.2 Tamanho da Imagem ...................................................................................... 6 
2.3 Como funciona uma máquina digital ............................................................... 7 
2.3.1 O que é cor .............................................................................................. 9 
2.3.2 Tipos de fotosensores ........................................................................... 11 
2.3.3 Resolução óptica e interpolada .............................................................. 14 
2.3.4 Proporção de Aspecto ........................................................................... 15 
2.3.5 Profundidade de cor .............................................................................. 16 
2.3.6 Sensibilidade ......................................................................................... 18 
2.3.7 Qualidade da imagem ............................................................................ 18 
2.3.8 Velocidade entre Exposições ................................................................. 19 
3 CONTROLES PARA FOTOGRAFAR .................................................................. 21 
3.1 Controles da câmera e criatividade ............................................................... 21 
3.2 Automatismo ................................................................................................. 22 
3.3 OBJETIVAS .................................................................................................. 23 
3.3.1 Distância focal ....................................................................................... 24 
3.4 Focalização .................................................................................................. 27 
Foco automático ativo ....................................................................................... 28 
Autofoco passivo ..................................................................................................... 29 
Qual sistema de foco automático minha câmera possui? ..................... 31 
O foco automático é sempre preciso e rápido?......................................... 32 
Trava de foco: a chave para ótimas fotos com foco automático ........ 32 
Quando devo usar o foco manual? ................................................................ 34 
3.5 Diafragma e obturador (Abertura e exposição) ............................................. 34 
3.5.1 Diafragma .............................................................................................. 35 
3.5.2 Profundidade de campo (PC) ................................................................ 37 
3.5.3 Obturador .............................................................................................. 39 
Obturadores das câmeras digitais ................................................................... 41 
3.5.4 Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma ao mesmo 
tempo 42 
Escolhendo modos de exposição .................................................................... 43 
Usando o flash ................................................................................................... 44 
3.6 Formatos para câmera digital ....................................................................... 45 
4 COMPOSIÇÃO E ENQUADRAMENTO ............................................................... 48 
4.1 ELEMENTOS IMPORTANTES NO ENQUADRAMENTO E NA 
COMPOSIÇÃO ....................................................................................................... 49 
4.1.1 ENQUADRAMENTO ............................................................................. 52 
4.1.2 COMPOSIÇÃO ...................................................................................... 53 
5 Termos mais usados em fotografia digital ............................................................ 63 
 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 3 de 70 
 
1 INTRODUÇÃO 
A fotografia digital é uma evolução recente da fotografia. Surgiu com 
o advento do computador, que trouxe todo um mundo novo de 
possibilidades e de mudanças para a sociedade moderna. Na 
verdade, foi a pesquisa espacial a principal responsável pelo 
surgimento da fotografia digital, com a necessidade de um sistema 
que enviasse imagens capturadas por sensores remotos e 
retransmitidas via rádio para a Terra. 
 
Um ponto interessante na fotografia digital é que as fotos podem ser 
vistas instantaneamente. Desse modo, praticamente fica afastada a 
possibilidade de erros. Outra vantagem é a facilidade de se repetir a 
foto em caso de necessidade - acabam assim as surpresas 
desagradáveis, como, por exemplo, quando se vai buscar um filme no 
laboratório e se descobre que a tampa da máquina ficou cobrindo a 
objetiva, que o filme estava vencido (e as cores ficaram alteradas) e 
assim por diante... 
 
A maior de todas as vantagens, contudo, é que ninguém precisa mais 
economizar “cliques”, ou seja, hesitar em fazer qualquer foto, 
preocupar-se com o custo de filmes, revelação ou a quantidade 
disponível de material. Com a foto digital, utilizando-se uma câmera 
equipada com um cartão de grande capacidade de armazenamento, 
clica-se à vontade, e com isso o fotógrafo acaba obtendo boas 
imagens que de outra forma poderiam ser perdidas num momento de 
dúvida... Já que o custo da imagem é zero, ou melhor, apenas 
limitado ao custo inicial da máquina fotográfica, clicar à vontade não 
causa nenhum tipo de preocupação. 
 
Outra vantagem da fotografia digital é que ficou fácil mostrar fotos 
para outras pessoas. Por exemplo, publicando-as em páginas da 
Internet. Também se pode mostrar as fotos pela tela de uma 
televisão, bastando conectar a câmera digital à entrada de vídeo do 
aparelho de TV. Graças a esse recurso, é possível selecionar as 
melhores fotos que estão gravadas no computador, regravá-las no 
cartão de memória da câmera digital e depois apreciá-las num 
aparelho de TV. Softwares podem fazer apresentação de fotos como 
se fosse uma projeção de slides. E mais, como a maioria das câmeras 
digitais de melhor qualidade também podem produzir vídeos, filmar 
também é muito simples, bem como transferir as imagens para um 
CD ou DVD. 
 
 
Para qualquer pessoa acostumada a fotografar com máquinas 
fotográficas tradicionais, o uso da câmera digital, apesar de 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 4 de 70 
 
incorporar novidades, não exige muito esforço para adaptação. 
Vamos relacionar as principais semelhanças e diferenças: 
 
Nas câmeras digitais não se utilizam 
filmes, e sim um cartão de memória 
para armazenamento das imagens. 
Esse cartão permite que se grave, 
copie e apague (delete) arquivos de 
imagens (inclusive vídeo). 
 
 
• A luz do flash funciona quase como numa câmera comum, e 
dependendo do modelo da câmera digital, pode vir embutido no 
corpo e/ou utilizando um flash externo através de conexão por 
sapata ou pino (a diferença, tecnicamente, é que na fotografia 
digital existe um pré-disparo para avaliar a luz branca, ou 
whitepoint, o que obriga ao uso de flashes especiais). 
 
 
 
• As câmeras digitais, além de um visor idêntico às das máquinas 
fotográficas tradicionais (não SLR), incorporam talvez a maior 
novidade que é um visor através de tela de cristal líquido (LCD) 
localizado na parte posterior do corpo da câmera. A principal 
vantagem é que o fotógrafo vê a imagem exatamente comoserá fotografada. A maior desvantagem é que em ambientes de 
muita luz (sob o sol, por exemplo), é praticamente impossível 
usar o visor LCD e, além disso, o uso contínuo do visor acaba 
rapidamente com a bateria. 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 5 de 70 
 
 
 
 
 
• As objetivas são muito semelhantes, mas na fotografia digital 
muitas câmeras incorporam o recurso de zoom digital, além do 
zoom ótico. Acontece que o zoom digital é irreal, uma 
“aproximação”, ou, melhor ainda, uma “ampliação” gerada por 
software. Isso resulta numa imagem imprecisa e de cores 
inconsistentes. De qualquer modo, mais tarde, através de 
qualquer software editor de imagens pode-se ampliar qualquer 
parte da imagem. 
 
• Os ajustes de foco, velocidade de obturador e abertura de 
diafragma, nos modelos mais simples de câmeras digitais, são 
totalmente automáticos. Contudo, nas câmeras digitais mais 
modernas, pode-se regular não apenas cada um desses itens 
individualmente, mas também estabelecer “sensibilidade do 
filme”, ou seja, definir se a captura da imagem se dará numa 
sensibilidade correspondente a 100, 200, 400 ASA ou até mais, 
dependendo da sofisticação do modelo. 
 
• Muitos dos mais modernos modelos de câmeras digitais 
também incorporam o recurso de áudio e vídeo, ou seja, é 
possível filmar alguns segundos ou minutos (depende da 
capacidade de armazenamento em cartão de memória do 
equipamento). Também é possível anexar “anotações” de voz 
numa imagem. 
 
As câmeras digitais, diferenciando ainda das tradicionais, vem 
equipadas com um cabo (geralmente USB) para conexão da câmera à 
um computador, para transferência das imagens, mais uma ou mais 
baterias recarregáveis de longa duração, um cabo de áudio e vídeo 
que pode inclusive ser conectado a uma aparelho de TV ou 
videocassete, e o cartão de memória (existem vários tipos que 
estudaremos adiante) onde as imagens são armazenadas. 
 
 
2 FOTOGRAFIA DIGITAL 
2.1 PIXEL 
As fotografias digitais são compostas de centenas de milhares ou de 
milhões de quadrados minúsculos chamados elementos- ou pixels. 
Como os pintores impressionistas que pintaram maravilhosas cenas 
com apenas pontos pequenos de tinta, o computador e a impressora 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 6 de 70 
 
podem usar estes pixels minúsculos para representar uma fotografia. 
Para fazer isso, o computador divide a tela ou a página impressa em 
uma grade de pixels. Daí, usa os valores armazenados na fotografia 
digital para especificar o brilho e a cor de cada pixel nesta grade - 
uma forma de "pintar" pelo número. Controlando, ou "endereçando" 
esta grade de pixels individuais é chamado "bit mapping" (fazendo o 
mapa dos bits), e a imagem digital assim criada é um "bit-map". 
 
 
Aqui você vê um retrato de 
Amelia Earhart feito 
inteiramente de bom-bons 
Pense de cada bom-bons 
como um pixel e fica fácil de 
ver como pontos pode dar 
forma às imagens. 
 
 
 
 
 
2.2 TAMANHO DA IMAGEM 
A qualidade de uma imagem digital, tanto impressa como 
apresentada numa tela, depende em parte no número de pixels 
usados para criar a imagem (também conhecido como sua 
resolução). Mais pixels adicionam detalhes e nitidez. 
Se você ampliar qualquer imagem digital o suficiente, os pixels 
começarão a mostrar um o efeito chamado pixelização. Isto não é 
diferente da fotografia convencional, onde os grãos de prata no filme 
começam a ficar visíveis quando a imagem é ampliada. Quanto mais 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 7 de 70 
 
pixels há em uma imagem, mais ela pode ser ampliada antes que 
ocorra pixelização. 
 
 
A foto do rosto aparece normal, mas quando o olho é demasiadamente ampliado, 
os pixels aparecem. Cada pixel é um pequeno quadrado composto de uma única 
cor. 
 
O tamanho de uma fotografia é especificado em uma de das duas 
maneiras- por suas dimensões nos pixels ou pelo número total dos 
pixels que ela contem. Neste exemplo, a mesma imagem pode ser 
dita ter 1800 x 1600 pixels (por onde "x" é pronunciado "por" como 
em "1800 por 1600"), ou para conter 2,88-milhões de pixels (1800 
multiplicado por 1600). 
 
 
Esta imagem digital de uma borboleta Monarch tem 1800 pixels de largura e 1600 
pixels de altura. Se diz, 1800x1600. 
 
 
2.3 COMO FUNCIONA UMA MÁQUINA DIGITAL 
As câmaras digitais são muito parecidas com as convencionais. As 
duas possuem uma lente, uma abertura, e um obturador. A lente leva 
a luz da cena no foco para dentro da câmara, assim expondo uma 
imagem. A abertura é um furo que pode ser feito menor ou maior 
para controlar a quantidade de luz entrando na câmara. O obturador 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 8 de 70 
 
é um dispositivo que pode ser aberto ou fechado para controlar o 
tempo que a luz é permitida entrar para gravar a imagem. 
 
 
A grande diferença entre câmaras 
tradicionais e câmaras digitais é como 
elas captam a imagem. Em vez de filme, 
as câmaras digitais usam um dispositivo 
eletrônico chamado o sensor da imagem, 
geralmente um dispositivo CCD (Charge 
Coupled Device). A superfície de cada 
uma destes sensores contém centenas de 
milhares ou milhões de diodos 
fotossensíveis chamados fotosites, 
fotoelementos, ou pixels. Cada 
fotoelemento representa um único pixel 
na fotografia que será criada. 
Um fotosensor sobreposto 
numa imagem ampliada de 
uma pequena parte dos seus 
fotoelementos 
 
Quando você pressiona o botão do obturador de uma câmara digital, 
uma fotocélula mede a luz entrando pela lente, e a câmara ajusta a 
abertura e velocidade do obturador para obter a exposição correta. 
Quando o obturador abre momentaneamente, cada pixel no sensor 
da imagem grava a luminosidade da luz que cai nele, acumulando 
uma carga elétrica. Quanto mais luz cai no pixel, mais alta a carga 
que ele cria. Os pixels que captam a luz de áreas muito iluminadas 
terão cargas elevadas. Aqueles capturando luz das sombras terão 
cargas baixas. 
 
 
Quando o obturador se fecha, 
a carga de cada pixel é medida 
e convertida em um número. A 
série dos números pode então 
ser usada para reconstruir a 
imagem, ajustando a cor e o 
brilho dos pixels representados 
na tela ou no impresso. 
 
 
 
Os pixels em um sensor da imagem podem somente capturar o brilho, 
não cor. Eles gravam somente tons de cinza, em 256 tons variados, do 
preto até o branco puro. Como a câmara cria uma imagem colorida dos 
tons de cinza é interessante. 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 9 de 70 
 
 
 
2.3.1 O que é cor 
Quando a fotografia foi inventada, existia apenas fotografia preto e 
branco. A busca para a cor era um processo longo e difícil, e por 
muitos anos, a única opção era de pintar, ou “colorir” as fotos. 
 
 
Um grande avanço veio em 1860, quando James Clerk Maxwell 
descobriu que uma foto colorida poderia ser criada usando filtros 
vermelho, azul e verde. Ele pediu para que um fotografo fotografasse 
uma cena tres vezes, cada uma com outro filtro na lente. Essas três 
imagens foram projetadas numa tela, com três projetores 
simultaneamente, cada um com um filtro diferente. Casando as 
imagens projetadas, se formou uma imagem colorida. Mas de cem 
anos mais tarde, os fotosensores de hoje funcionam de maneira 
bastante parecida. 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 10 de 70 
 
As cores numa imagem fotográfica 
geralmente são baseadas nas três cores 
primarias: vermelho, verde, e azul 
(RGB). Isto é chamado sistema aditivo 
da cor, porque quando as três cores são 
combinadas ou adicionadas em 
quantidades iguais, dão luz branca. O 
sistema aditivo RGB é usado sempre 
quando a luz é projetada para dar a cor, 
como por exemplo no monitor, e até 
mesmo nos olhos. 
 
Já que a luz de dia é composta de luz vermelha, verde e azul, 
colocandofiltros vermelho, verde e azul sobre os pixels individuais no 
fotosensor podemos criar imagens coloridas da mesma maneira que 
Maxwell fez em 1860. Na configuração Bayer, existem duas vezes 
mais filtros verdes que filtros azuis ou vermelhos. Isso é porque o 
olho humano é mais sensível a variações em tons verdes. 
 
Filtros coloridos cobrem cada fotoreceptor 
no sensor da imagem, assim permitindo 
que cada fotoreceptor capta somente a 
intensidade de sua respectiva cor. As 
microlentes transparentes intensificam a 
luz captada, deixando o fotosensor mais 
sensível. 
Com os filtros coloridos, cada pixel pode registrar apenas a 
intensidade da luz da cor que coincide com seu filtro. Por exemplo, 
um pixel com um filtro vermelho registra apenas a intensidade de luz 
vermelho caindo nele. Para determinar qual cor será gravado naquele 
pixel da imagem, um processo chamado “interpolação” é aplicado, 
sendo que a intensidade da luz deste pixel é comparado com a 
intensidade de luz de cada cor dos pixels adjacentes. 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 11 de 70 
 
Ou seja, se o pixel vermelho indica muita 
luz, o processo compara seus vizinhos 
verdes e azuis. Se eles também mostram 
muita luz, pode ser determinado que a luz 
naquela região do sensor é branca. Afinal, 
oito pixels são analisados para criar a cor 
de um. Este processo exige muito 
processamento pelo computador interno 
da câmara, e por isso tem um momento 
de demora entre bater uma foto e poder 
bater a próxima. Como a cor é interpolada 
Cada vez que você bate uma fotografia, milhões de cálculos são feitos 
no espaço de menos de alguns segundos. São estes cálculos que 
permitem que a câmara analisa, capta, comprime, filtra, armazena, 
transfere e apresenta a imagem. Todos estes cálculos são executados 
por um microprocessador na câmara similar a esse em seu 
computador. 
Todas as câmaras de filme são apenas caixas escuras em que você 
pode introduzir qualquer tipo de filme que você quiser, sendo do 
tamanho correto. Se o filme que você escolhe deixa suas imagens 
muito azuis, o vermelhas, ou o que for para o seu gosto, você pode 
usar outro filme. Com câmeras digitais, o "filme" faz parte da câmera, 
tanto que comprar uma câmera digital em parte é como selecionar 
um filme para usar. Como os filmes, sensores diferentes apresentam 
as cores diferentemente, tem variações de "grão", diferentes 
sensibilidades à luz, e assim por diante. A única maneira para avaliar 
estes aspectos dos fotosensores é de comparar fotos feitas em 
diferentes câmaras, ou ler as avaliações feitas por editoras de 
confiança, tento de revistas como da internet. 
2.3.2 Tipos de fotosensores 
Até recentemente, os fotosensores CCD (charge-coupled device) 
eram os únicos sensores de imagem usados em câmeras digitais. 
Foram bem desenvolvidos devido ao seu uso extensivo em 
telescópios astronômicos, scanners e filmadoras. Entretanto, há um 
concorrente novo no horizonte, o sensor da imagem CMOS, que 
promete se transformar eventualmente no sensor da imagem de 
preferência em um grande segmento do mercado. Os sensores CCD e 
os de CMOS captam a luz em uma grade de pixels pequenos em suas 
superfícies. É como processam a imagem e como são fabricados que 
se diferenciam. 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 12 de 70 
 
 
Esta foto mostra alguns dos pixels num sensor de imagem, fotografado com um 
microscópio. 
 
 
Sensor CCD 
O charge-coupled device (CCD) ganhou seu nome devido à maneira 
que as cargas em seus pixels são lidas após uma exposição. Após a 
exposição, as cargas na primeira fileira de pixels é transferida a um 
lugar no sensor chamado o "read out". De lá, os sinais são 
amplificadas e logo processadas num conversor analógico/digital. 
Uma vez que a fileira foi lida, suas cargas na fileira do registro do 
readout são excluídas, e a fileira inteira seguinte entra, e todas as 
fileiras acima descem uma fileira. As cargas em cada fileira são 
"acopladas" àquelas na fileira acima, assim quando uma abaixa, o 
seguinte abaixa para encher seu espaço. Nesta maneira, cada fileira 
pode ser lida, uma fileira cada vez. 
 
O CCD desloca as 
informações de toda 
uma fileira de pixels à 
fileira abaixo, cada vez 
que o registro é lido. 
 
Foto sensores CMOS 
 
Os sensores de imagem são fabricadas em fábricas chamadas 
fundições de wafer, onde os dispositivos e os circuitos minúsculos são 
gravados em microplaquetas de silicone. O maior problema com 
CCDs é que não há demanda suficiente para baratear os custos de 
produção. Eles são fabricados nas fundições usando processos 
especializados e caros que podem somente ser usados fazer outros 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 13 de 70 
 
CCDs. Entrementes, as fundições vizinhas estão usando um processo 
diferente chamado semicondutor do óxido de metal de Complementar 
(CMOS) para fabricar os milhões de microchips para processadores e 
memórias de computador. O CMOS é muito mais comum e o mais 
eficiente processo de fabricação de wafers de silicone na terra. Os 
processadores mais avançados de CMOS, como o Pentium IV, 
contenha mais de 20 milhões de elementos ativos. Usando este 
mesmo processo, os custos dos sensores de imagem CMOS são 
dramaticamente reduzidos porque os custos fixos da fábrica são 
espalhados sobre um maior número de dispositivos. Em conseqüência 
destas economias, o custo de fabricar um wafer CMOS é um terço do 
custo de fabricar um wafer similar usando o processo especializado 
do CCD. Os custos são reduzidos mais ainda porque os sensores 
CMOS podem ter seus circuitos processadores criados no mesmo 
chip. Quando CCDs são usados, os circuitos processadores precisam 
de outro chip. As versões antigas de sensores CMOS tinham muitos 
problemas com ruído, e são usado principalmente nas câmeras 
baratas. Entretanto, grandes avanços foram feitos nos sensores 
CMOS, tanto que hoje sua qualidade é comparável aos CCDs usados 
em algumas das melhores câmeras. 
 
 
Resolução do Sensor 
 
A definição da imagem é uma maneira de expressar o quanto de 
nitidez que a câmara oferece. Atualmente, câmaras amadores básica 
oferecem dois a três megapixels, apesar de que isso esta sempre se 
melhorando. Câmaras melhores oferecem entre 4 e 6 megapixels. As 
câmaras profissionais hoje oferecem 10 ou 12 megapixels. 
Impressionante, mas nem estas resoluções alcançam a resolução 
(estimada) do filme 35mm de uns 20 megapixels, nem os 120 
megapixels do olho humano. 
 
Todos os outros fatores sendo iguais, o preço da câmara sobe com a 
resolução. Alta resolução cria outros problemas também. Por 
exemplo, mais pixels significa arquivos maiores. Arquivos maiores 
não são apenas mais difíceis de armazenar, mas também mais 
difíceis de manipular, enviar por e-mail, colocar em website, etc. 
 
Resoluções baixas, como 640 x 480 são perfeitas para uso na 
Internet, impressões pequenas, ou para incluir em documentos 
eletrônicos. Usando imagens de alta resolução nestas aplicações 
aumenta o tamanho do arquivo sem proporcionar benefício. 
 
Resoluções de 3 MP ou mais, são melhores para imprimir fotos até o 
tamanho 13x18cm, com perfeita qualidade fotográfica. 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 14 de 70 
 
Uma câmera com aproximadamente 1MP dará uma foto 13x18 foto-
realística. Porém, até neste tamanho é possível ver a diferença entre 
a imagem criada de 1MP e uma de 2-3MP. 
 
 
 
2.3.3 Resolução óptica e interpolada 
Preste bem atenção à que certos fabricantes chamam de "resolução", 
pois existe resolução óptica, ou real, e resolução interpolada. A 
definição de resolução óptica de uma câmara ou de um scanner é o 
número absoluto de fotoelementos que o sensor de imagem possui. 
Para melhorar a definição em alguns, a definição óptica pode ser 
aumentada usando software. Este processo, definido interpolação, 
adicionapixels à imagem para aumentar o número total dos pixels. 
Para fazer assim, o software avalia aqueles pixels que cercam cada 
pixel real para determinar sua cor e intensidade. Por exemplo, se 
todos os pixels ao redor do pixel recentemente introduzido forem 
vermelhos, o pixel novo será vermelho. O que é importante de se 
manter na mente é que a definição interpolada não adiciona nenhuma 
informação nova à imagem; ela apenas adiciona pixels, deixando o 
arquivo maior. O mesmo efeito pode ser aplicado em um programa 
como Photoshop. Fique sempre atento à que o fabricante esta 
anunciando. Se a resolução óptica não estiver claramente definida 
pelo fabricante, evite este produto. 
 
 
Ao trabalhar com imagens digitais, você tem sempre um número fixo 
dos pixels originais. O número é determinado pelo número de pixels 
no sensor da imagem. Para reduzir uma imagem, alguns pixels são 
removidos. Para fazer com que uma imagem fique maior, pixels 
novos são adicionados. A adição dos pixels novos não adiciona 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 15 de 70 
 
nenhuma informação nova à imagem. A imagem à esquerda era 
primeiramente "interpolada" a um tamanho menor (abaixo à direita 
superior) e logo ampliado novamente com interpolação. 
 
 
 
 
 
2.3.4 Proporção de Aspecto 
Como os negativos de diferentes formatos de filme, os fotosensores 
também existem em diferentes proporções, sendo a proporção de 
altura por largura. A proporção de um quadrado é 1:1, enquanto o 
quadro do fotograma 35mm é 1:1,5, sendo 1,5 vezes mais largo do 
que ele é alto. A maioria dos fotosensores caem entre estes 
extremos, sendo mais quadrados que o negativo 35mm, mas não tão 
quadrado quanto um quadrado. Esta proporção é importante, pois ela 
determinará as proporções da fotografia. Quando o fotosensor tem 
uma proporção diferente à da mídia em qual a imagem será 
impressa, é necessário ou cortar a imagem ou perder parte do papel. 
Isso pode ser visualizado tentando enquadrar uma fotografia 
quadrado numa folha retangular e as proporções das fotografias que 
você cria. 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 16 de 70 
 
 
A proporção de aspecto do fotosensor da imagem determina o 
formato das suas cópias. Uma imagem somente encherá 
perfeitamente uma folha de papel se ambos tiverem a mesma 
proporção de aspecto. Se as proporções forem diferentes, você tem 
que escolher entre cortar parte da imagem, ou deixando algum 
espaço branco no papel. 
Imagem Largura x Altura Proporção de Aspecto 
Fotograma 35 mm 36 x 24 mm 1.50 
Monitor 1024 x 768 1.33 
Câmara Digital 1600 x 1200 1.33 
Papel fotográfico 10x15cm 1.50 
Papel fotográfico 20x25cm 1.25 
Papel fotográfico 15x21 1.40 
Folha papel ofício 210 x 297 1.41 
TV 2 x 3 1.5 
HDTV 16 x 9 1.80 
 
Para calcular a proporção de aspecto de uma câmera, divida o 
número maior em sua definição pelo número menor. Por exemplo, se 
um sensor tiver uma definição de 3000 x 2000, divida 3000 por 
2000. Neste caso a proporção de aspecto é 1,5, igual ao fotograma 
do filme 35mm. 
2.3.5 Profundidade de cor 
A resolução não é o único fator que dita a qualidade das suas 
imagens. De igual importância é a cor. Quando você vê uma cena 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 17 de 70 
 
natural ou uma cópia fotográfica colorida bem feita, você pode 
distinguir milhões de cores. As imagens digitais podem aproximar 
cores realísticas, mas como as cores são apresentadas depende muito 
do computador e suas configurações. O número de cores distintas 
que uma imagem pode ter á conhecido como a profundidade de cor, 
profundidade dos pixels ou profundidade dos bits. Computadores 
mais antigos conseguem apresentar apenas 16 ou 256 cores. Os 
computadores de hoje podem apresentar cores no padrão de 24 (ou 
32) bits chamado "True Color" (cor verdadeira). É chamado Cor 
Verdadeira estes sistemas apresentam 16 milhões de cores, similar 
ao número de tons que o olho humano consegue distinguir. 
 
DICA: Testando seu Computador 
Pode ser necessário ajustar seu sistema para que ele apresente todas 
as cores, algo que não acontece automaticamente. Para ver se seu 
sistema de Windows suporta True Color, clique no botão direito do 
mouse em qualquer área vazia da área de trabalho, e logo clique em 
"Propriedades". Logo, clique na aba "Configurações" no menu que 
aparece. Em "cores", selecione "True Color". 
 
Por que precisa-se de 24 bits para criar 16 milhão cores? É 
matemática simples. Para calcular quantas cores diferentes podem 
ser apresentadas, simplesmente leve o número 2 para o expoente do 
número de bits usados para gravar a imagem. Por exemplo, 8-bits 
lhe dá 256 cores porque 28=256. Estude esta tabela para ver 
algumas outras possibilidades. 
 
Nome Bits por pixel Fórmula 
Número de 
Cores 
Preto e Branco 1 21 2 
Display do 
Windows 
4 24 16 
Tons de Cinza 8 28 256 
256 cores 8 28 256 
High color 16 216 65.000 
True color 24 224 16 milhões 
 
Algumas câmeras digitais (e scanners) usam 30 ou mais bits por 
pixel, e algumas aplicações profissionais requerem profundidade de 
36-bits, um nível disponível somente em câmeras digitais 
profissionais. Estes bits adicionais não são usados diretamente para 
gerar as cores que serão apresentadas. São usadas para melhorar a 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 18 de 70 
 
cor da imagem enquanto ela é processada e reduzida para a sua 
configuração final de 24-bit. 
 
2.3.6 Sensibilidade 
O número ISO (International Organization for Standardization) que 
aparece na embalagem do filme especifica a velocidade ou 
sensibilidade do filme. Quanto mais alto o número, "mais rápido" ou 
mais sensível à luz o filme é. Se você já tem costume de comprar 
filme, você já deve conhecer certas velocidades, tais como 100, 200 
ou 400. Cada vez que se dobra o número ISO, duplica-se a 
sensibilidade do filme. 
 
Os fotosensores da câmara digital também são classificadas usando 
números equivalentes ao ISO. Igual ao filme, um fotosensor com um 
ISO mais necessita de mais luz para obter uma exposição boa do que 
um de ISO mais alto. Para obter mais luz, precisa-se de mais tempo 
de exposição, o que pode causar fotos tremidas ou de abertura maior 
da lente, reduzindo a profundidade do campo de foco. Por isso, é 
melhor ter um fotosensor mais sensível, permitindo captar imagens 
em pouca luz. Classificações ISO de fotosensora existem tipicamente 
de 100 até 3200. 
 
Algumas câmaras também permitem ajustar o ISO. Em situações de 
pouca luz, é possível aumentar a amplificação do sinal gerado pelo 
senso. Note que, como o filme, um ISO elevado aumenta o grão e o 
"ruído"eletrônico na imagem, deixando-a menos nítida. 
 
 
Situações de pouca luz 
requerem uma lente 
rápida e um ISO alto, 
ou você precisa usar o 
Flash. 
 
 
2.3.7 Qualidade da imagem 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 19 de 70 
 
O tamanho do arquivo de uma imagem depende em parte na 
definição da imagem. Quanto mais alta a definição, mais pixels 
precisam ser armazenados, causando este aumento. Com propósito 
de reduzir o tamanho do arquivo, freqüentemente os arquivos são 
salvos em formato JPEG, o qual comprime os dados. Este formato 
não apenas comprime as imagens, mas também permite escolher 
quanta compressão deve ser aplicada. Isso é prático, pois o quanto 
mais a imagem é comprimida, mais sofre sua qualidade. Com menos 
compressão você pode imprimir fotos maiores, de melhor qualidade, 
mas cabem menos fotos na memória. Mais compressão permite 
armazenar muitas fotos perfeitas para enviar por e-mail ou colocar na 
Web, mas sua qualidade pode não ser adequada para imprimir uma 
ampliação. 
 
 
 
 Uma imagem com pouca compressão 
permanece nítida. 
Uma imagem muito comprimida 
mostrará "artefatos" digitais quando 
ampliada. 
 
Além de, ou ao invésde usar compressão, algumas câmeras 
permitem que você mude a definição como uma maneira de controlar 
o tamanho dos arquivos de imagem. Já que cabem mais imagens de 
resolução 640x480 numa memória do que imagens 1280x1024, 
podem existir momentos em que você prefira salvar em resolução 
reduzida para economizar espaço, sacrificando qualidade por 
quantidade. 
 
2.3.8 Velocidade entre Exposições 
O fotógrafo Henri Cartier-Bresson ficou famoso devido à sua 
habilidade de captar "momentos" em suas fotografias, quando ações 
aleatórias que aparecem em um único instante permitem criar uma 
fotografia cativadora. Sua coordenação era inédita, e ele podia 
conseguir os resultados que obteve porque estava sempre pronto, 
nunca tendo que ajustar os controles da câmara, assim evitando 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 20 de 70 
 
oportunidades perdidas. A maioria das câmaras digitais possuem um 
sistema automático de exposição que livra o fotografo da 
preocupação sobre controles. Entretanto, estas câmeras apresentam 
outros problemas que podem dificultar fotografar "momentos". Há 
dois atrasos inerentes nas câmeras digitais que afetam sua habilidade 
de responder ao comando do disparador. Estes atrasos podem variar 
de alguns segundos à metade um do minuto. 
 
- O primeiro é o atraso entre o momento que você pressiona o 
disparador, e o momento em que a câmara capta a imagem. Este 
atraso, chama-se o refresh rate (taxa de atualização), e ocorre 
porque a câmara zera o fotosensor, ajusta o ponto branco, calcula a 
exposição e focaliza a imagem. Só apos tudo isso ela pode bater a 
foto. 
 - O segundo atraso ocorre quando a imagem recem-tirada é 
processada e armazenada na memória. Dependendo da câmara, isso 
pode levar entre menos de um segundo a meio-minuto. 
 
 
O atraso entre o momento em que 
pressione o disparador e o em que a foto 
é captada implica que as vezes é preciso 
antecipar o momento desejado, ou 
perder o momento. 
 
Ambos atrasos afetam a habilidade de se tirar rapidamente uma 
seqüencia de fotos. Se este atraso for muito longo, você pode perder 
a oportunidade de tirar a foto. Para captar rapidamente uma foto 
após a outra, muitas câmaras possuem uma função chamada 
contínua, ou seqüencial, permitindo tirar rapidamente uma foto após 
a outra enquanto manter o disparador pressionado. Para permitir 
isso, essas câmaras incorporam uma memória chamada buffer, que 
armazena os dados de várias imagens, permitindo que a câmara as 
processe e salve normalmente uma vez que se terminou a seqüencia 
(ou o buffer se esgotou). Quantas fotos podem ser tiradas neste 
modo depende do tamanho da imagem e do buffer. 
 
 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 21 de 70 
 
3 CONTROLES PARA FOTOGRAFAR 
Uma grande fotografia começa quando se reconhece uma grande 
cena ou motivo. Mas reconhecer uma grande oportunidade não é o 
suficiente para fotografá-la; o fotógrafo deve estar preparado. E isso 
envolve o conhecimento de sua câmera de modo a fotografar o que 
se vê. 
• Conceitos de fotografia são os princípios sob os quais está a 
câmera que o fotógrafo está utilizando. Incluem coisas tais 
como a relação entre nitidez e tempo de exposição e seus 
efeitos numa imagem. Entender conceitos responde a qualquer 
questão de “por que”, que se pode ter sobre fotografia. 
 
• Procedimentos são aquelas características específicas de um 
tipo de câmera, e a explicação, passo a passo, de como utilizar 
os controles de uma câmera para capturar uma imagem. 
Entender procedimentos dá a resposta às questões de “como”. 
 
Discussões sobre procedimentos que se usa para câmeras específicas 
estão integradas aos conceitos, aparecendo quando se aplicam. Esta 
visão integrada permite que o fotógrafo entenda primeiro os 
conceitos de fotografia e depois veja como procurar no manual de 
sua câmera os passos necessários para utilizá-los em qualquer 
situação. 
 
Para conseguir fotografias mais interessantes e criativas, o fotógrafo 
precisa entender como e quando usar um mínimo de recursos de sua 
câmera, como profundidade de campo e controle de exposição. 
 
Assim, estará pronto para manter tudo numa cena com nitidez 
absoluta para exibir melhores detalhes, ou deixar meio nebuloso para 
dar um ar impressionista à um retrato. Ou tomar closes dramáticos, 
congelar ações rápidas, criar maravilhosos panoramas, e capturar a 
beleza de arco-íris, pôr-do-sol, queimas de fogos e cenas noturnas. 
Não existem regras ou “melhores” modos de fazer fotos. Grandes 
fotógrafos aprenderam o que sabem experimentando e tentando 
novos modos de fotografar. Câmeras digitais tornam isso muito fácil 
porque não existem custos de filmes ou demoras para se ver os 
resultados. Cada experiência é livre, e cada fotógrafo poderá registrar 
os resultados imediatamente, ou passo a passo. 
 
3.1 CONTROLES DA CÂMERA E CRIATIVIDADE 
Câmeras digitais com recursos oferecem controles criativos sobre as 
imagens. Elas permitem que se controle a luz e o movimento em 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 22 de 70 
 
fotografias, bem como o que deve aparecer nítido e o que não deve. 
Embora a maioria das câmeras digitais simples sejam totalmente 
automáticas, algumas permitem que se faça ajustes que afetarão a 
imagem. As melhores câmeras oferecem uma ampla gama de 
controles, em alguns casos mais do que se podia encontrar em uma 
câmera 35 mm SLR. De qualquer modo, independentemente de quais 
controles a câmera oferece, os mesmo princípios básicos estão 
presentes. Mesmo que a câmera seja totalmente automática, é 
possível controlá-la indiretamente, ou tirar vantagem desses efeitos 
para controlar as imagens. 
3.2 AUTOMATISMO 
Todas as câmeras digitais possuem um modo automático que 
determina o foco, a exposição e o balanço de cor (White-balance). 
Tudo o que o fotógrafo tem a fazer é apontar a câmera e apertar o 
botão do disparo. 
• Preparando: Ligue sua câmera e deixe no modo automático. 
• Enquadrando a imagem: O visor apresenta a cena que está 
para ser fotografada. Para enquadrar melhor, experimente o 
zoom da lente, aproximando ou afastando a cena para escolher 
a melhor composição. 
• Autofoco: a área que estiver no centro da imagem será 
utilizada pela câmera como ponto de nitidez principal. O quanto 
se pode focar dependerá da câmera que se estiver usando. 
• Auto-exposição: a auto-exposição programada pela câmera 
mede a luz refletida pela cena e usa a leitura para estabelecer a 
melhor exposição possível. 
• Autoflash: se a luz estiver muito fraca, o sistema de auto-
exposição irá disparar o flash da câmera para iluminar a cena. 
Se o flash será disparado, uma lâmpada de aviso na câmera, 
geralmente vermelha, irá piscar quando você pressionar o 
disparador metade do caminho. 
• Balanço de luz (White balance): O colorido de uma fotografia 
será afetado pela cor da iluminação que afeta a cena, assim a 
câmera automaticamente ajusta o balanço de cor para fazer os 
objetos brancos na cena parecerem brancos na foto. 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 23 de 70 
 
3.3 OBJETIVAS 
 
A objetiva é um conjunto de 
lentes que tem a capacidade de 
formar, através de leis físicas 
específicas, uma imagem nítida de 
um determinado assunto num 
plano qualquer, em que uma 
emulsão disposta neste plano 
registrará a luz que entra de 
maneira ordenada, formando uma 
imagem. 
 
Primeiramente, cabe uma distinção técnica de grande utilidade: 
Chamamos de LENTE a um vidro polido com características 
específicas capazes de, ao transmitir os raios de luz que por ele 
passam, formar uma imagem qualquer sob determinadas condições. 
As lentes mais comuns são as Convexas e as Côncavas. 
 
Lente biconvexa e bicôncava 
 
As primeiras refratam a luz para dentro e criam uma imagem 
invertida do outro lado dela. As segundas exercem efeito contrário:são tão divergentes que não podem formar uma imagem na parte 
posterior, mas os prolongamentos dos raios tendem a formar a 
imagem na parte anterior, isto é, antes da lente. 
 
 
É necessário que se aproxime 
da lente para que se veja o 
objeto. Geralmente se 
confunde o termo lente 
com o termo OBJETIVA, que 
é, na verdade, um conjunto 
de lentes, e assim deveria ser 
chamada a lente fotográfica. 
Apesar disso, é comum 
chamar vulgarmente uma 
objetiva de lente. 
 
Existem diferentes tipos de objetivas, que se diferenciam por diversos 
fatores, como construção ótica, luminosidade, e principalmente, seu 
ângulo de abrangência, que determina a perspectiva da imagem 
projetada, aspectos estes determinados, por sua vez, pela distância 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 24 de 70 
 
focal da objetiva. 
 
3.3.1 Distância focal 
Todas as lentes e objetivas têm distância focal, que é definida como: 
 
A DISTÂNCIA ENTRE A LENTE E O PLANO ONDE SE FORMA UMA 
IMAGEM NÍTIDA DE UM ASSUNTO COLOCADO NO INFINITO. 
 
Considera-se infinito um ponto muito distante, como por exemplo, o 
Sol. Se pegarmos uma lente e a apontarmos para o Sol, poderemos 
queimar um papel colocado logo atrás da lente, no ponto em que os 
raios do Sol, concentrados ao máximo, o queimem. Basta então 
medir a espaço que separa o papel da lente para encontrar a 
distância focal desta. 
 
Numa lente simples, mede-se a distância focal a partir do centro da 
lente. Numa objetiva, a medição leva em conta fatores mais 
complexos, embora o princípio seja o mesmo. 
 
 
Quase todas as objetivas, mesmo as mais baratas, trazem gravadas 
em seu aro externo a distância focal, que poderá estar expressa em 
milímetros, centímetros ou polegadas, sendo antecedida pela 
notação f= ou F=: , que poderá estar ausente em alguns casos. 
Ex.: f = 50mm ou F = 50mm ou 50mm simplesmente. 
Sabendo-se a distância focal de uma determinada objetiva e o 
tipo de filme para o qual se destina, saberemos se é uma 
objetiva normal, grande-angular ou teleobjetiva. 
 
 
Esta classificação diz respeito ao ângulo de abrangência da objetiva, 
ou, em outras palavras, quanto de imagem ela capta em relação à 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 25 de 70 
 
objetiva normal, que é a de perspectiva mais próxima ao olho 
humano. O fator que determina este ângulo de abrangência é a 
medida da DIAGONAL do formato para o qual ela foi desenhada. 
 
Por exemplo, se temos uma objetiva cuja distância focal é admitida 
pelo fabricante como 50mm, dependendo da diagonal do fotograma, 
ou seja, o formato do negativo, é que saberemos se ela é grande 
angular, normal ou tele. No formato mais comum, que é o de 35mm 
(tomar cuidado com a medida em mm, que pode tanto se referir à 
distância focal como ao formato do negativo), a diagonal tem uma 
medida de 43 milímetros. Portanto, uma lente normal para o formato 
35 mm seria a de 43 mm, mas todas as fábricas têm tendência a 
adotar a lente de 50 mm como normal para esse formato, que 
acabou sendo consagrada pelo uso. 
 
Já com formato 6x6 cm, a lente normal é de 75 ou 80 mm, pois a 
diagonal deste é maior e, portanto, a mesma lente 50mm neste 
formato seria uma grande-angular. Podemos ver, pelo gráfico abaixo, 
que diversos formatos apresentam diferentes diagonais. 
 
FILME 
FORMATO 
DO 
NEGATIVO 
DIAGONAL 
(mm) 
OBJETIVAS 
NORMAIS 
(mm) 
CAMPO 
ABRANGIDO 
110 13x17mm 21,4 20 53 
126 27x27mm 38,2 35 53 
135 24x36mm 43 50 45 
120 45x60mm 75 75 53 
120 60x60mm 85 80 57 
120 56x72mm 90 85 55 
120 60x90mm 111 105 53 
FOLHA 4x5 pol 160 150 53 
FOLHA 5x7 pol 222 210 55 
FOLHA 8x10 pol 320 300 57 
 
Considerando-se, portanto, um determinado formato, as objetivas 
com distâncias focais MAIORES que a normal são consideradas 
teleobjetivas ou telefotos, e as MENORES que a normal são chamadas 
grande-angulares. Quanto mais teleobjetiva, mais reduzido o campo 
abrangido, e quanto mais grande-angular, mais amplo o campo. 
 
Vemos, portanto, que a distância focal determina o ângulo de 
abrangência de todas as objetivas, justamente porque este ângulo 
varia conforme a área de projeção da imagem formada. 
 
Em outras palavras, objetivas de distância focal longa (maior que a 
normal, as teleobjetivas) ampliam a projeção da imagem, mas a área 
de captação, que é o fotograma, continua do mesmo tamanho, dando 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 26 de 70 
 
a impressão de uma aproximação. Do outro lado, objetivas de 
distância focal curta (menor que a normal, as grande-angulares), 
projetam imagens de menor proporção, por estarem mais próximas 
do plano em que a imagem irá se formar, dando a impressão que 
afastam o assunto. Mas em termos técnicos, o que a objetiva está 
fazendo é AMPLIANDO ou REDUZINDO a projeção da imagem. 
Assim, uma objetiva de distância focal 80mm, é normal para o 
formato 120 (6x6), teleobjetiva para o formato 135 e grande-angular 
para o formato 4x5pol. 
 
Temos, portanto, a seguinte subdivisão: 
 
 
 
 
DISTÂNCIA 
FOCAL 
TAMANHO IMPLICAÇÃO 
MAIOR QUE A DIAGONAL DO 
FOTOGRAMA TELEOBJETIVA 
IGUAL À DIAGONAL DO 
FOTOGRAMA NORMAL 
MENOR QUE A DIAGONAL DO 
FOTOGRAMA GRANDE ANGULAR 
 
 
A) Objetiva normal 
 
Produz uma imagem com perspectiva que se aproxima da visão 
normal, em que a proporção dos assuntos enquadrados não sofre 
ampliação nem redução perceptível. 
 
B) Objetiva Grande-angular 
Este tipo inclui mais da cena do que uma normal. Isto a faz útil para 
fotografias de panoramas e interiores. As grande-angulares mais 
populares para máquinas 35 mm são as de 28 e 35 mm de distância 
focal. Grande-angulares com distâncias focais mais curtas, como 18, 
20, 21 ou 24mm (sempre para máquinas de filme no formato 135 ou 
35mm) exigem maiores cuidados, pois leves desnivelamentos da 
câmara provocam efeitos desproporcionados de perspectiva. 
 
As objetivas chamadas "olho-de-peixe" na verdade são grande-
angulares ao extremo (11mm, 15mm). Existem as que cobrem todo o 
negativo, isto é, sua imagem toma todo o fotograma, e outras que 
fornecem uma imagem circular do assunto, bem no centro do 
negativos. São objetivas que, pela sua natureza, pouco se usa, pois, 
além de muito caras, dão sempre o mesmo tipo de imagem 
distorcida. Geralmente vêm com filtros embutidos no próprio corpo. 
São usadas para efeitos dramáticos e criativos. 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 27 de 70 
 
C) Teleobjetivas 
Essas lentes enquadram um campo mais estreito que uma lente 
normal. Em geral, ampliam de 2 a 4 vezes o assunto com relação à 
lente normal. Por causa desta propriedade, essas lentes são usadas 
para fotografar assuntos de aproximação difícil. Objetivas telefoto de 
85 a 135 mm são muito usadas para retratos, pela perspectiva 
agradável do rosto que conseguem, e, se usadas com aberturas 
grandes, em volta de f/4, desfocam o fundo, dando realce à pessoa. 
 
 
D) Objetivas ZOOM 
As objetivas zoom nada mais são que objetivas cuja distância focal é 
variável, e trazem sempre gravadas as distâncias focais mínima e 
máxima para cada modelo. Assim, por exemplo, podemos ter 70-
210mm, 28-90mm, e assim por diante. Algumas Zoom de última 
geração podem ser focalizadas a curtas distâncias, possibilitando 
tomadas de objetos pequenos; é a chamada posição macro, na qual 
pode-se chegar bem perto do assunto sem auxílio de acessórios. 
Devido à versatilidade e conveniência, as objetivas zoom são talvez 
as mais populares de todas. Como uma zoom tem uma distância focal 
variável de maneira contínua, ela pode substituir todas as lentes fixas 
compreendidas dentro de suas distâncias focais máxima e mínima. 
 
 
3.4 FOCALIZAÇÃO 
O que é foco automático? 
O foco automático (AF) realmente pode ser chamado de foco 
potente, já que freqüentemente usa um computador para acionar um 
motor em miniatura que focaliza as lentes para você. Focalizaçãoé o 
movimento que as lentes fazem para dentro e para fora até que uma 
imagem mais precisa do objeto a ser fotografado seja projetada no 
filme. Dependendo da distância que o objeto a ser fotografado esteja 
da câmera, as lentes devem estar a uma certa distância, para formar 
uma imagem nítida. 
 
Na maioria das câmeras modernas, o foco automático é um dos 
diversos recursos automáticos que trabalham juntos para tornar o ato 
de fotografar o mais fácil possível. Estas características incluem: 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 28 de 70 
 
 
• flash automático 
• exposição automática 
 
Existem dois tipos de sistemas de foco automático: ativo e passivo. 
Algumas câmeras talvez possuam uma combinação dos dois tipos, 
dependendo do preço da câmera. Em geral, as mais baratas usam um 
sistema ativo, enquanto que câmeras mais caras com lentes 
intercambiáveis (lentes de reflex simples) SLR usam o sistema 
passivo. 
 
Foco automático ativo 
Em 1986, a Polaroid Corporation usou uma forma de ajuste de 
navegação sonora (SONAR), como em um submarino. A câmera 
Polaroid usou um emissor de freqüência ultra-alta de som e então 
ouviu o eco. A Polaroid Spectra e depois os modelos SX-70 
calculavam o tempo para refletir uma onda de som ultra-sônico para 
alcançar a câmera e então ajustar a posição das lentes 
conseqüentemente. Este uso dos sons tem suas limitações - por 
exemplo, se você tentar tirar uma foto de dentro de um ônibus de 
excursão com as janelas fechadas, as ondas de som irão ricochetear 
na janela em vez do objeto a ser fotografado, então irá focalizar as 
lentes incorretamente. 
Este sistema Polaroid é um clássico sistema ativo. Ele é chamado de 
"ativo" porque a câmera emite algo (neste caso, ondas sonoras) para 
detectar a distância do objeto a ser fotografado pela câmera. 
 
O foco automático ativo das câmeras de hoje usam um sinal 
infravermelho em vez de ondas sonoras, e é ótimo para objetos a 
serem fotografados a uma distância de aproximadamente 6 metros 
da câmera. Os sistemas de infravermelho usam uma variedade de 
técnicas para determinar a distância. Sistemas podem usar: 
 
• triangulação 
• soma de luz infravermelha refletida do objeto a ser 
fotografado 
• tempo 
 
Por exemplo, esta patente (em inglês) descreve um sistema que 
reflete um pulso infravermelho de luz do objeto a ser fotografado e 
examina a intensidade da luz refletida para calcular a distância. O 
infravermelho é ativo porque o sistema de foco automático está 
sempre enviando energia de luz infravermelha invisível em pulsos 
quando o foco é formado. 
 
Não é difícil imaginar um sistema em que a câmera envia pulsos de 
luz infravermelha exatamente como a câmera Polaroid envia os 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 29 de 70 
 
pulsos de som. O objeto a ser fotografado reflete uma luz 
infravermelha invisível novamente para a câmera, e 
o microprocessador da câmera calcula a diferença entre o tempo de 
navegação dos pulsos de luz infravermelha que são enviados, e o 
destino dos pulsos infravermelhos que são recebidos. Usando esta 
diferença, o circuito do microprocessador informa ao foco como 
mover as lentes e o quanto mover. Este processo de foco se repete 
várias vezes enquanto o usuário da câmera aperta o botão do 
obturador metade do percurso. A única diferença entre este sistema e 
o sistema de ultra-som é a velocidade do pulso. As ondas de ultra-
som se movem a centenas de quilômetros por hora, enquanto as 
ondas de infravermelho se movem a milhares de quilômetros por 
segundo. 
 
Pode haver problemas com a absorção de infravermelho, por 
exemplo: 
• uma fonte de luz infravermelha de uma chama acesa (velas 
de bolo de aniversário, por exemplo) podem confundir o 
sensor de infravermelho; 
• um objeto de superfície preta ao ser fotografado, pode 
absorver o feixe de radiação infravermelha; 
• a radiação infravermelha pode ricochetear em algo em frente 
ao objeto a ser fotografado mais do que pelo próprio objeto. 
 
Uma vantagem de um sistema de foco automático ativo é que 
funciona no escuro, tornando as fotografias com flash mais fáceis. 
Em qualquer câmera, usando um sistema infravermelho, você pode 
ver o emissor de infravermelho e o receptor na frente da câmera, 
geralmente perto do visor. 
 
Para usar efetivamente a focalização infravermelha, tenha certeza de 
que o emissor e o sensor tenham caminho sem obstáculos para o 
objeto a ser fotografado. Se o objeto não estiver exatamente no 
centro, a radiação pode passar direto pelo objeto a ser fotografado e 
ricochetear em um objeto indesejado à distância, então tenha certeza 
de que o objeto está centralizado. Objetos muito claros ou muito 
iluminados podem impedir que a câmera "veja" a radiação 
infravermelha refletida - evite estes objetos quando for possível. 
 
Autofoco passivo 
Geralmente, o foco automático passivo, é encontrado em câmeras de 
foco automático de lentes reflex simples (SLR), e determina a 
distância do objeto a ser fotografado por análise computadorizada da 
imagem. A câmera realmente olha para a cena e conduz as lentes 
para frente e para trás para melhorar o foco. 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 30 de 70 
 
Um típico sensor de foco automático é um dispositivo acoplado por 
carga(CCD) que fornece a entrada dos algoritmos que calculam o 
contraste dos reais elementos da foto. Geralmente, o CCD é uma 
faixa única de 100 ou 200 pixels. A luz da cena atinge esta faixa e o 
microprocessador vê os valores de cada pixel. As imagens seguintes 
irão ajudar a entender o que a câmera vê: 
 
Cena fora de foco 
 
Faixa de pixel fora de foco 
 
Cena em foco 
 
Faixa de pixel em foco 
 
O microprocessador da câmera examina a faixa de pixels e vê a 
diferença de intensidade entre os pixels adjacentes. Se a cena estiver 
fora de foco, os pixels adjacentes têm intensidades muito similares. O 
microprocessador move as lentes, procurando os pixels CCD 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 31 de 70 
 
novamente, e vê se a diferença de intensidade entre os pixels 
adjacentes melhorou ou piorou. O microprocessador procura então 
por um ponto onde haja diferença máxima de intensidade entre os 
pixels adjacentes - este é o ponto do melhor foco. Veja a diferença 
nos pixels nas duas caixas vermelhas acima: na caixa superior, a 
diferença de intensidade entre os pixels adjacentes é muito leve, 
enquanto que na caixa inferior é muito grande. Isto é o que o 
microprocessador procura para levar as lentes para frente e para 
trás. 
 
O foco automático passivo deve ter claridade e contraste de imagem 
para fazer este trabalho. A imagem deve possuir algum detalhe que 
forneça o contraste. Se você tentar fotografar uma parede branca ou 
um grande objeto de cor uniforme, a câmera não pode comparar 
pixels adjacentes e não consegue focalizar. 
 
Não existe limitação de distância ao objeto a ser fotografado com 
foco automático passivo, como existe com os raios infravermelhos de 
um sistema de foco automático ativo. O foco automático passivo 
também funciona bem através de uma janela, desde que o sistema 
"veja" o objeto a ser fotografado através da janela assim como você 
faz. 
Normalmente, o sistema de foco automático passivo reage 
aos detalhes verticais. Quando você segura a câmera na posição 
horizontal, o sistema de foco automático passivo terá dificuldade em 
mirar para o horizonte, mas não terá problemas em focalizar o 
mastro de uma bandeira ou qualquer outro objeto vertical. Se você 
estiver segurando a câmera no modo horizontal comum, focalize no 
limite vertical da face. Se você estiver segurando a câmera no modo 
vertical, focalize em um detalhe horizontal. 
 
Recentemente, os projetos de câmeras mais caras têm combinações 
de sensores verticais e horizontais para resolver este problema. 
Porém ainda é trabalho do usuário da câmeraevitar que seus 
sensores fiquem confusos em objetos de cores uniformes. 
 
Você pode ver o tamanho da área que os sensores de foco 
automático de sua câmera podem abarcar, olhando através do visor 
para uma pequena figura ou um interruptor em uma parede branca. 
Mova a câmera para a esquerda e para a direita e veja em que ponto 
o sistema de foco automático se torna confuso. 
 
Qual sistema de foco automático minha câmera possui? 
Veja os tipos de câmera que você tem: 
 
• se for uma câmera barata ou descartável, esta é certamente 
uma câmera de foco fixo sem qualquer tipo de sistema de 
focalização. Este tipo de câmera tem seu foco fixo de fábrica, 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 32 de 70 
 
e normalmente funciona melhor se o objeto a ser fotografado 
estiver a uma distância de cerca de 2 metros. O mais próximo 
que você pode chegar do objeto a ser fotografado com uma 
câmera de foco fixo é 1 metro. Quando você olha através de 
uma câmera de foco fixo, normalmente não vê os colchetes 
quadrados ou círculos encontrados em câmeras de foco 
automático. Entretanto, talvez você veja um indicador de 
"flash pronto"; 
• câmeras fotográficas SLR com lentes intercambiáveis 
normalmente usam o sistema de foco automático passivo; 
• normalmente, câmeras sem lentes intercambiáveis usam 
infravermelho ativo, e você pode ver o emissor e o sensor na 
frente da câmera. 
 
Aqui está um teste rápido para dizer qual sistema de foco automático 
está em uso em sua câmera (algumas câmeras talvez tenham os dois 
sistemas): 
• vá para fora e aponte o visor para uma área do céu sem 
nuvens, cabos de energia ou árvores. Pressione o botão do 
obturador até a metade; 
• se você vir uma indicação de "foco ok", este é um sistema de 
foco automático ativo; 
• se você tiver uma indicação de "foco não ok", este é um 
sistema de foco automático passivo. O CCD não consegue 
encontrar nenhum contraste no céu azul, então ele desiste. 
 
O foco automático é sempre preciso e rápido? 
 
É realmente possível que uma pessoa use a câmera para determinar 
se o objeto a ser fotografado está em foco. A câmera somente te 
ajuda a tomar esta decisão. As duas causas principais de fotos 
borradas tiradas por câmeras de foco automático são: 
 
• focalizar por engano o fundo 
• mover a câmera enquanto pressiona o botão do obturador 
 
Seu olho possui um rápido foco automático. Faça esta experiência 
simples: segure sua mão para cima, perto de sua face e focalize-a, e 
então rapidamente olhe para algo acima de sua mão à distância. O 
item à distância estará claro e a sua mão já não estará tão clara. 
Olhe novamente para a sua mão. Ficará claro, enquanto no canto do 
seu olho o mesmo item distante não parece claro. Sua câmera não é 
tão rápida nem tão precisa, de forma que muitas vezes você precisa 
ajudá-la. 
 
Trava de foco: a chave para ótimas fotos com foco automático 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 33 de 70 
 
Freqüentemente, o usuário da câmera pode enganar o sistema de 
foco automático. Uma pose de duas pessoas centralizadas na imagem 
pode não ficar clara se a área de foco (a área entre os dois colchetes 
quadrados) está no meio das duas pessoas. Por quê? Normalmente, o 
sistema de foco automático da câmera focaliza a paisagem ao fundo, 
que é o que se "vê" entre as duas pessoas. 
 
A solução é mover seus objetos a serem fotografados para fora do 
centro e usar o foco fechado característico de sua câmera. 
Normalmente, o foco fechado funciona pressionando-se o botão do 
obturador e segurando até que você componha a foto. Os passos são: 
• ajustar a foto de forma que o objeto a ser fotografado esteja 
no terço a esquerda ou no terço a direita da foto, isto 
contribui para fotos satisfatórias. Você voltará para esta 
posição. 
 
• mova a câmera para a direita ou para a esquerda de modo 
que os colchetes quadrados no centro fiquem sobre o objeto 
real a ser fotografado. 
 
 
• pressione e segure o botão do obturador na metade de modo 
que a câmera focalize o objeto a ser fotografado. Mantenha 
seu dedo no botão. 
 
• mova levemente sua câmera para onde você ajustou sua foto 
no passo 1. Pressione (aperte) o botão do obturador até o fim. 
Talvez isto implique em algum treino para sair direito, mas o 
resultado será ótimo. 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 34 de 70 
 
 
 
Você também pode usar o procedimento acima na direção vertical, 
quando for fotografar montanhas ou litoral como fundo. 
 
Quando devo usar o foco manual? 
Anéis de foco manual ainda são encontrados em muitas câmeras 
SLR. Quando fotografamos um animal atrás das grades em um 
zoológico, a câmera de foco automático focaliza as barras da jaula ao 
invés do animal. Na maioria das câmeras de foco automático, usa-se 
foco manual quando: 
• você tem uma lente de zoom em uma câmera de foco 
automático ativo e o objeto a ser fotografado está a mais de 7 
metros de distância; 
• você tem uma câmera de foco automático passivo e o objeto 
a ser fotografado é pequeno ou sem detalhes, como uma 
camisa branca sem gravata; 
• você tem uma câmera de foco automático passivo e o objeto 
a ser fotografado não é bem iluminado ou é muito claro e está 
a mais de 7 metros de distância. 
 
 
3.5 DIAFRAGMA E OBTURADOR (ABERTURA E EXPOSIÇÃO) 
Os olhos se ajustam com muita rapidez às mudanças ocorridas na 
intensidade de luz, e só quando essa transição é radical (por 
exemplo, quando saímos do laboratório de óptica em dia ensolarado) 
evidencia-se a ampla gama de densidades comumente encontrada 
por nossos olhos. 
 
Na verdade o olho humano possui uma abertura automática - a íris, e 
esta se abre ou fecha-se, a fim de exercer o máximo de controle 
possível sobre a luminosidade que chega até a retina. 
 
De modo análogo, para registrar uma boa imagem, um determinado 
filme fotográfico exige uma quantidade bastante exata de luz, e salvo 
exista algum dispositivo destinado a diminuir ou aumentar a 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 35 de 70 
 
luminosidade, a câmara só poderá tirar fotos aceitáveis se a própria 
luz permanecer inalterada . 
 
 
Analogia entre o olho humano e máquina fotográfica 
 
A quantidade de luz que atinge o filme/sensor é afetada por diversos 
fatores - em especial, a duração da exposição e o diâmetro da 
abertura. 
 
A fim de assegurar uma exposição correta para a foto, deve existir 
uma relação entre ambas, não obstante, o controle das variáveis é 
bastante simples: a exposição é ajustada através de mudanças na 
velocidade do obturador e no tamanho da abertura do diafragma, que 
é calibrada em números "f". 
 
3.5.1 Diafragma 
A abertura do diafragma, um série de placas sobrepostas formando 
uma espécie de anel, ajusta o tamanho da abertura das lentes 
através da qual passará a luz para atingir o sensor. Conforme isso 
muda de tamanho, afeta tanto a exposição da imagem como a 
profundidade de campo (o espaço dimensional no qual tudo ficará em 
foco). 
 
Os números "f", em geral obedecem a uma sequência padrão : 1.2 - 
1.4 - 2 - 2.8 - 4 - 5.6 - 8 - 11 - 16 - 22 , e assim por diante. A 
passagem de um número f para outro constitui um "ponto" e indica 
que a luminosidade foi duplicada ou reduzida a metade. 
 
Exemplificando: a combinação de uma exposição de 1/60 s com 
abertura f 8 resulta em uma exposição idêntica a de 1/30 s com 
abertura f 11 (dobro do tempo, metade da abertura). A escolha de 
um ou outro parâmetro como preferencial é o que vai determinar o 
sucesso ou não da fotografia. Por exemplo, para se fazer uma foto de 
objeto em movimento não podemos trabalhar com tempos de 
exposição grandes (1/30, 1/60s) devemos trabalhar com tempos da 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 36 de 70 
 
ordem de 1/500 até 1/4000s se houver luz suficiente e uma grande 
abertura ( f ).Na realidade o número f é aproximadamente o diâmetro da abertura 
do diafragma pelo qual é dividida a distância focal da lente, ou seja, 
quando a lente é focalizada num objeto a uma distância grande, ela 
fica posicionada a uma distância do filme igual a sua distância focal. 
Assim, a luz transmitida pela lente deve percorrer a distância focal. 
Apesar de "estranhos" existe uma razão muito lógica para a série de 
números "f": Quanto maior for o percurso da luz, tanto mais ela se 
espalhará, quanto maior for a sua difusão, tanto menor será sua 
intensidade em uma determinada área. Há uma lei física que explica 
isto: "A intensidade da luz sobre determinada área é inversamente 
proporcional ao quadrado da distância da fonte da luz"; Assim se a 
distância da fonte de luz for dobrada, a intensidade da luz que se 
projeta sobre determinada área fica reduzida a metade. 
 
número f = distância focal / diâmetro da abertura 
Diz-se que uma lente de 50mm ajustada para um diâmetro de 
12,5mm, é regulada a f4 (50/4). 
Uma lente de 100mm regulada a f4 tem uma abertura de 25mm, 
uma aritmética mais simples torna evidente que uma abertura de 
25mm admite 4 vezes mais luz que uma abertura de 12,5mm. Mas 
neste caso a luz deve percorrer 100mm, o dobro de uma lente de 
50mm. 
 
Relação entre os índices-f 
Com um pouco de observação podemos notar que a progressão 1.0 - 
1.4 - 2.0 - 2.8 - 4.0 - 5.6 - 8.0 - 11.0 - 16.0 - 22.0 - etc é o número 
anterior multiplicado pela raiz quadrada de dois com um 
arredondamento, já que para reduzir a área de um círculo pela 
metade é só dividir o seu diâmetro pela raiz quadrada de dois. Assim 
se você desejar proporcionar um número f pelo qual será dividida a 
distância focal, de modo a dar uma abertura que seja a metade da 
anterior, deverá multiplicar esse primeiro índice-f pela raiz quadrada 
de dois. 
 
 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 37 de 70 
 
 
 
3.5.2 Profundidade de campo (PC) 
A mais importante função do anel de aberturas é o aumento ou 
diminuição da profundidade de campo, ou melhor, a distância em que 
os elementos da foto ainda estão nítidos. 
 
A profundidade de campo é gama de distâncias em torno do plano 
focal na qual há nitidez aceitável. A profundidade de campo depende 
dos tipos de câmeras, aberturas e distância, apesar de também ser 
influenciada pelo tamanho da impressão e pela distância de 
visualização da imagem. 
 
 
A profundidade de campo não muda em nenhuma região da imagem 
de modo abrupto, ou seja, em nenhum ponto observa-se transição de 
nitidez total para desfoque, sempre ocorre uma transição gradual. Na 
verdade, tudo imediatamente em frente ou atrás do plano de foco já 
começa a perder nitidez -- mesmo que não percebamos com nossos 
olhos ou pela resolução da câmera. 
 
Círculo de confusão 
 
Já que não existe um ponto crítico de transição, um termo mais 
rigoroso chamado de 'círculo de confusão' é usado para definir quanto 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 38 de 70 
 
um ponto precisa estar borrado para ser visto como desfocado. A 
região onde o círculo de confusão se torna perceptível está fora da 
profundidade de campo e então não é mais 'aceitavelmente nítida', 
isto é, está fora de foco. O círculo de confusão acima teve o tamanho 
exagerado para ficar mais claro; na realidade ele teria um tamanho 
equivalente a uma pequena fração da área do sensor da câmera. 
 
 
Quando que um círculo de confusão se torna perceptível aos nossos 
olhos? Um círculo de confusão aceitavelmente nítido é definido de 
uma maneira não muito rigorosa como um que não é percebido se 
observado a uma distância de 30 cm e numa impressão padrão de 
20x25mm. 
 
Há um círculo de confusão máximo diferente para cada tamanho de 
impressão e distância de visualização da mesma. No exemplo anterior 
com os pontos borrados, o círculo de confusão é, na realidade, menor 
que a resolução da sua tela para os dois pontos mais próximos ao 
ponto de foco, e por isso eles são considerados dentro da 
profundidade de campo. Isso significa que a profundidade de campo 
pode ser baseada em onde o círculo de confusão se torna menor que 
o tamanho de um pixel do sensor da sua câmera digital. 
 
Note que a profundidade de campo só determina um valor máximo 
para o círculo de confusão, e não descreve o que acontece em 
regiões quando elas estão fora de foco. Essas regiões são chamadas 
de 'bokeh' (do japonês, pronuncia-se 'bou'-'quei'). Duas imagens com 
profundidade de campo idênticas podem ter bokeh muito diferentes 
uma da outra, já que isso depende da forma do diafragma da lente. 
Na realidade, o círculo de confusão não é um círculo, mas 
normalmente pode ser aproximado por um já que é pequeno próximo 
ao ponto de foco. Quando ele se torna grande, a maioria das lentes 
geram uma forma poligonal com algo entre 5 a 8 lados. 
 
 
As regiões imediatamente adiante e atrás do foco são ainda bastante 
nítidas para serem consideradas desfocadas. Diz-se que há pouca 
profundidade de campo quando logo após e pouco antes do ponto 
focalizado, a imagem já se apresenta sem nitidez. 
 
Os fatores que regulam a profundidade de campo (PC) são: 
a) Diafragma - Quanto mais fechado, maior a distância registrada na 
foto em foco. 
b) Distância focal da objetiva - Quanto maior a distância focal, menor 
a profundidade de foco. 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 39 de 70 
 
c) Distância do objeto focalizado - Quanto mais no infinito, maior a 
profundidade de campo. A focalização em ponto mais próximo da 
câmara resulta em profundidade de campo reduzida. 
 
Explorando a abertura 
Ao contrário do que normalmente se imagina, uma boa foto não 
depende apenas do equipamento, mas também e principalmente do 
fotógrafo, que deve conhecer a técnica e dela conseguir o máximo 
para transmitir em uma imagem de duas dimensões, sem cheiro, sem 
som, e sem movimento a mesma sensação de quem estivesse ao 
vivo na situação ali representada. 
 
Dependendo do tipo de foto, o que se quer mostrar ou esconder, será 
a abertura escolhida, e o tempo de exposição, dependendo 
obviamente do tipo de iluminação, sua intensidade e ainda do filme 
que está sendo usado. 
 
 
 
 
3.5.3 Obturador 
A função principal do obturador é bastante simples: Enquanto está 
fechado, o sensor não é exposto a luz, porém quando se aciona o 
propulsor, ele se abre (durante uma fração de segundo) permitindo 
que a luz atinja o sensor, registrando nele a imagem, e em seguida 
fecha novamente. 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 40 de 70 
 
Quanto mais tempo o obturador 
permanecer aberto mais luz irá 
sensibilizar o sensor. Se o 
modelo fizer algum movimento, 
este também será registrado 
borrando o negativo, fato este 
que pode até ser interessante se 
a foto quiser transmitir a 
sensação de movimento. 
 
Velocidades baixas de exposição do obturador deixam luz atingir o 
sensor da imagem por mais tempo, permitindo uma foto mais 
brilhante. Velocidades mais rápidas permitem menos tempo de luz, e 
assim a foto resulta mais escura. 
 
Entender a velocidade do obturador é vital quando se pretende que 
um objeto apareça nítido ou tremido na fotografia. Quanto mais 
tempo o obturador ficar aberto, mais tremido ficará o objeto na 
imagem (tanto em função de movimentos do objeto como por 
qualquer tremor do fotógrafo). 
 
Apesar das câmeras digitais poderem selecionar qualquer fração de 
segundo para uma exposição, há uma série de ajustes que tem sido 
tradicionalmente utilizados quando se usa uma câmera manualmente 
(que não podem ser feitas em algumas câmeras digitais simples). A 
velocidade tradicional de disparo (listada a seguir das velocidades 
mais rápidas às mais lentas), incluem 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125, 
1/60, 1/30, 1/15, 1/8, 1/4, 1/2, e 1 segundo (em câmeras mais 
sofisticadas podem chegar a 1/35.000 num extremoe no outro ficar 
o obturador aberto pelo tempo que o fotógrafo quiser). 
 
Fotógrafos tornaram-se 
famosos por capturar sempre “o 
momento certo” quando ações 
acontecem e apenas um único 
momento a torna interessante. 
Para isso precisavam estar 
sempre pronto. Nunca se 
atrapalhar com controles e 
oportunidades perdidas. A 
grande maioria das câmeras 
digitais tem um sistema de 
disparo automático que deixa o 
fotógrafo livre de preocupações, 
mas por outro lado essas 
câmeras têm problemas que 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 41 de 70 
 
torna os momentos decisivos 
mais difíceis de serem obtidos. 
Nas câmeras digitais mais simples, amadoras, acontece uma demora 
entre o momento de pressionar o disparador e a tomada da foto. Isso 
porque, no primeiro momento em que se pressiona o botão, a câmera 
rapidamente realiza um certo número de tarefas. Primeiro limpa o 
CCD, depois corrige o balanço de cor, mede a distância e estabelece a 
abertura do diafragma, e finalmente dispara o flash (se necessário) e 
tira a foto. Todos esses passos tomam tempo e a ação pode ter já 
ocorrido quando finalmente a foto é feita. Assim, fotografia de ação 
com uma câmera digital amadora (esportes, por exemplo), é 
praticamente impossível. Somente as chamadas câmeras avançadas, 
ou semi-profissionais, mais as SLR Digitais Pro, têm capacidade de 
fazer fotos em sequências rápidas inferiores a um segundo. 
 
Depois ocorre um longo intervalo entre a foto tirada e a 
disponibilidade da câmera para uma nova foto porque a imagem 
capturada primeiro precisa ser armazenada na memória da câmera. 
Como a imagem precisa ser processada, uma certa quantidade de 
procedimentos são requeridos, e isso pode tomar alguns segundos 
(que parecerão uma eternidade para um fotógrafo que precisa 
fotografar uma ação rápida, já que não poderá ser feita outra foto 
enquanto isso tudo não for processado). 
 
Mesmo nas câmeras SLR digitais, com mais recursos, pode ocorrer 
uma limitação na quantidade de fotos que se tira em sequência, em 
função do tempo que a câmera necessita para gravar a imagem num 
cartão de memória (o que pode depender da velocidade de gravação 
e leitura do próprio cartão). Por exemplo, uma câmera digital pode 
fazer fotos numa velocidade de 3 tomadas por segundo, mas até um 
máximo de 8 imagens. 
 
Obturadores das câmeras digitais 
Quando um obturador se abre, ao invés de expor um filme, na 
câmera digital ele coleta luz no sensor de imagem – um dispositivo 
eletrônico de estado sólido. Como se viu anteriormente, o sensor de 
imagem contém uma grade de pequenas fotocélulas. Conforme a 
lente foca a cena no sensor, algumas fotocélulas gravam as luzes 
mais fortes, outras as sombras, enquanto terceiras os níveis de luzes 
intermediárias. 
 
Cada célula converte então a luz que cai sobre ela numa carga 
elétrica. Quanto mais brilhante a luz, mais alta a carga. Quando o 
obturador fecha e a exposição está completa, o sensor recorda o 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 42 de 70 
 
padrão gravado. Os vários níveis de carga são então convertidos para 
números binários que podem ser usados para recriar a imagem. 
Uma vez que o sensor tenha capturado a imagem, esta precisa ser 
convertida, ou seja, digitalizada, e depois armazenada. A imagem 
armazenada no sensor não é lida de uma vez, mas em partes 
separadas. Existem dois modos de se fazer isso – usando 
escaneamento interlaçado (interlaced) ou progressivo. Num sensor 
de escaneamento interlaçado, a imagem é inicialmente processada 
por linhas ímpares, depois por linhas pares. Este tipo de sensor é 
freqüentemente utilizado em câmeras de vídeo porque a transmissão 
de TV é interlaçada. Num escaneamento progressivo, as colunas são 
processadas uma após outra em seqüência. 
3.5.4 Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma 
ao mesmo tempo 
Como tanto a velocidade do obturador como a abertura do diafragma 
afetam a exposição (a quantidade total de luz que atinge o sensor da 
imagem), assim se pode controlar se a foto será mais clara ou 
escura, mais nítida ou menos nítida, e assim por diante. A velocidade 
do obturador controla o tempo que o sensor da imagem será exposto 
à luz e a abertura controla a quantidade de luz que entrará para 
compor a imagem. O fotógrafo, ou o sistema automático da câmera, 
pode casar uma velocidade de obturador curta (para deixar entrar luz 
num período curto) com uma abertura grande (para deixar entrar 
mais quantidade de luz); ou uma velocidade de obturador longa (para 
deixar entrar luz por um período maior) e uma abertura pequena 
(para deixar entrar menos luz). Em termos técnicos, não faz 
diferença a combinação usada. Contudo, os resultados não serão os 
mesmos, daí a magia de se controlar manualmente a câmera, ao 
invés de deixar ao sistema automático. É controlando de forma 
criativa essa combinação que se pode obter grandes fotografias. 
 
 
 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 43 de 70 
 
O objeto sempre se move, ou pelo menos a câmera poderá ser mover 
num curto espaço de tempo. Também a profundidade de campo será 
afetada. A conjugação desses fatores, e o controle sobre eles, é que 
fazem a diferença entre fotos convencionais e fotos de grande 
qualidade. 
 
Como vimos, cada abertura de um número f/ determina metade ou o 
dobro da abertura seguinte (para mais ou para menos). Assim, uma 
abertura de f/8 deixa entrar metade da luz de uma abertura de f/5.6. 
Já uma velocidade de obturador de 1/60 s deixa passar metade da 
luz que uma abertura de 1/30. Se o fotógrafo mudar a regulagem de 
uma exposição que mostra luz correta (balanceada) de f/8 com 1/30 
s para f/5.6 com 1/60, obterá o mesmo resultado técnico correto – só 
que a profundidade de campo muda, assim como o controle dos 
movimentos – portanto, na primeira foto, teremos maior 
profundidade de campo com menos velocidade, na segunda, o 
contrário. Quanto maiores as diferenças nos controles, mais 
dramáticos serão os resultados da foto. 
 
Para fotografia “padrão”, precisa-se de uma média de velocidade em 
torno de 1/60 e de abertura f/5.6. Velocidades menores resultarão 
em tremores (embora um tripé possa ajudar) e aberturas menores 
limitarão a profundidade de campo. Uma câmera automática “pensa” 
pelo padrão, assim dificilmente se obterão fotos espetaculares com 
um sistema automático. 
• Para objetos em movimento rápido, será necessária uma 
velocidade maior para congelar o movimento (embora a 
distância focal das lentes, a proximidade do objeto e a direção 
do movimento também afetem a nitidez final da foto). 
• Para uma máxima profundidade de campo, com a cena nítida 
do mais próximo ao mais longínquo, será necessária uma 
abertura de diafragma menor (embora a distância focal da lente 
e a distância aos objetos do cenário também afetem). 
 
 
Escolhendo modos de exposição 
Muitas câmeras oferecem mais de um modo de exposição. No modo 
totalmente automático, a câmera faz um ajuste de velocidade e 
abertura para produzir a melhor exposição possível. Geralmente, 
existem dois outros modos, que são muito usados, o de prioridade de 
abertura, ou de prioridade de velocidade. Todos oferecerão bons 
resultados na maioria das condições de fotografia. De qualquer modo, 
alternar entre esses modos pode trazer algumas vantagens. 
Vamos examinar cada um desses modos. 
• Totalmente automáticos – este modo configura a velocidade 
e abertura, mais o balanço de cor (White-balance) e foco sem a 
APOSTILA DE FOTOGRAFIA 
Elaboração: Raimundo Sampaio Página 44 de 70 
 
intervenção do fotógrafo. Permite que o fotógrafo preste 
atenção na cena e ignore a câmera. 
• Modo programado – permite que o fotógrafo selecione uma 
variedade de situações como fotos de retrato, cenários, 
esportes, crepúsculo, etc. Ainda é a câmera que estabelece a 
abertura e a velocidade nessas condições.

Continue navegando