Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instituto de Ciência e Tecnologia Campus São José dos Campos EQUILÍBRIO ESTÁTICO DE FORÇAS Professora: Drª Thaciana Malaspina Alunos: Amanda Razaboni Davi Juliano Gustavo Ferracioli Hári Niklaus Rafaele Guimarães Turma: NA Abril de 2019 2 SUMÁRIO 1 RESUMO ................................................................................................................... 5 2 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6 2.1 Contexto histórico .............................................................................................. 6 2.2 Equilíbrio estático ............................................................................................... 6 2.2.1 Diagrama de corpo livre ............................................................................. 7 2.2.2 Centro de massa ........................................................................................ 7 2.3 Decomposição de forças ................................................................................... 8 2.4 Curiosidade equipamentos utilizados no experimento que se destacaram ..... 9 3 OBJETIVOS .............................................................................................................. 9 4 MATERIAIS ............................................................................................................. 10 4.1 Painel de força ................................................................................................. 10 4.2 Goniômetro ...................................................................................................... 10 4.3 Dinamômetros .................................................................................................. 11 4.4 Cordões com anéis nas extremidades e gancho metálico ............................. 11 4.5 Peças metálicas ............................................................................................... 12 5 PROCEDIMENTO ................................................................................................... 13 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 15 6.1 Medição de forças com o dinamômetro em diferentes posições ................... 15 6.2 Treliças ............................................................................................................. 18 6.3 Comparação das forças teóricas com as práticas .......................................... 20 7 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 21 8 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 22 3 INDÍCE DE TABELAS Tabela 1 - Caracterização dos instrumentos de medição. ............................................ 12 Tabela 2 - Forças marcadas pelo dinamômetro em diferentes posições. .................... 16 Tabela 3 - F1 e F2 obtidas. ............................................................................................ 19 4 INDÍCE DE FIGURAS Figura 1 - Exemplo de corpo em repouso........................................................................ 6 Figura 2 - Diagrama de corpo livre................................................................................... 7 Figura 3 - Centro de massa.............................................................................................. 7 Figura 4 - Decomposição de forças. ................................................................................ 8 Figura 5 - Conjunto de mecânica EQ804A completo. ..................................................... 9 Figura 6 - Painel de força. .............................................................................................. 10 Figura 7 - Goniômetro. ................................................................................................... 10 Figura 8 - Dinamômetro. ................................................................................................ 11 Figura 9 - Gancho metálico. ........................................................................................... 11 Figura 10 - Cordões montados em conjunto com o goniômetro. .................................. 11 Figura 11 - Peças metálicas. .......................................................................................... 12 Figura 12 - Arranjo ϴ = Φ = 45º. ................................................................................... 13 Figura 13 - Arranjo ϴ =40º e Φ = 60º............................................................................ 14 Figura 14 - Dinamômetro em posição horizontal (FH). ................................................. 15 Figura 15 - Dinamômetro em posição vertical (FV). ...................................................... 15 Figura 16 - Dinamômetro posicionado 45° com a horizontal. ....................................... 16 Figura 17 - Dinamômetro posicionado 45° com a horizontal e suas componentes de força. ............................................................................................................................... 17 Figura 18 - Treliça conforme arranjo da Figura 11. ....................................................... 18 Figura 19 - Treliça conforme arranjo da Figura 12. ....................................................... 18 Figura 20 - Ângulos propostos e seus complementares. .............................................. 19 Figura 21 - Treliça conforme esquema da Figura 11 com componentes de força. ...... 19 Figura 22 - Treliça conforme esquema da Figura 12 com componentes de força. ...... 20 5 1 RESUMO Segundo a física clássica, para que um corpo esteja em equilíbrio estático afirma- se que ele deve se encontrar em repouso ou em velocidade constante, ou seja, com aceleração nula e sem rotação. Para essa condição acontecer, há alguns fatores que devem ser seguidos: a força resultante - somatória de todas as forças atuantes no sistema - deve ser nula, obtendo assim o que chamamos de equilíbrio de translação, e a soma algébrica dos momentos das forças atuantes no sistema também deve ser nula, assim obtendo o equilíbrio de rotação. O estudo do equilíbrio estático é definido como o arranjo de forças atuantes sobre determinado corpo em repouso de modo que a resultante dessas forças tenha módulo igual à zero. Vale ressaltar que tal estudo tem relação direta com a primeira lei de Newton, a qual transmite a noção de que um corpo tende a permanecer em seu estado atual, seja em repouso ou movimento, ao menos que alguma força maior seja aplicada a ele. O experimento foi realizado em um painel de força, onde foram coletadas as forças em um dinamômetro e, para isso, necessitou-se também do auxílio de uma régua milimetrada e um goniômetro. Para a obtenção e comprovação dos resultados, como por exemplo das forças resultantes, foram aplicados artifícios trigonométricos, visando o descobrimento dos valores dos ângulos na treliça utilizada, além de outros conhecimentos físicos e matemáticos. Palavras-chave: Equilíbrio estático, terceira lei de Newton, força resultante, interação de duas forças. 6 2 INTRODUÇÃO 2.1 Contexto histórico A expressão “Leis de Newton” é utilizada para designar as 3 leis desenvolvidas por Newton responsáveis por designar uma base para a compreensão de comportamentos estáticos e dinâmicos dos corpos. Elas foram publicadas em 1687, em seu livro Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica. Dentre essas leis, encontra-se a Primeira Lei de Newton, responsável por exemplificar que um corpo pode estar em movimento mesmo que nenhuma força atue sobre ele. Ou seja, a permanência de um corpo em seu estado atual, seja ele um estado de repouso ou em movimento retilíneoe uniforme (MRU). Também conhecida como lei da inércia, ela fundamenta que o corpo tende a permanecer em seu estado até que seja submetido a alguma força não nula. 2.2 Equilíbrio estático Na estática, é estudado o equilíbrio dos corpos em que analisa-se que para um objeto ser mantido em equilíbrio estático, as forças atuantes sobre ele devem se cancelar, ou seja, a força resultante assumiria o valor igual a 0. Tal teoria foi formulada por Newton, em sua primeira Lei: “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.” Tal lei também é conhecida como princípio da inércia, pois dita que se a força resultante é nula (0), logo a velocidade será constante. Dessa forma, o objeto que encontra-se em repouso ficará em repouso a não ser que uma força resultante não nula aja sobre ele. É importante destacar que quando o corpo realiza um pequeno deslocamento em relação a sua posição de equilíbrio ao ser abandonado, ele retorna à posição inicial. Figura 1 - Exemplo de corpo em repouso. Fonte: Equilíbrio estático e dinâmico. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio- estatico-dinamico.htm>. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-estatico-dinamico.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-estatico-dinamico.htm 7 2.2.1 Diagrama de corpo livre O diagrama de corpo livre é um método muito utilizado para identificar as forças que atuam em determinado objeto. No diagrama deve identificar todas as forças atuantes no corpo principal, retirando os demais objetos e substituindo pelas forças equivalentes. Figura 2 - Diagrama de corpo livre. Fonte: Equilíbrio. Disponível em: <https://www.respondeai.com.br/workspace/topico/78/1182/teoria/1137>. 2.2.2 Centro de massa O centro de massa (CM), é considerado o ponto de um corpo que contêm toda a massa do corpo, ou seja, para corpos simétricos, que apresentam distribuição uniforme de massa, o centro de massa é o próprio centro geométrico do sistema, como numa esfera homogênea ou um cubo perfeito. Figura 3 - Centro de massa. Fonte: Centro de massa. Disponível em: <https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/centro-de- massa7.jpg>. https://www.respondeai.com.br/workspace/topico/78/1182/teoria/1137 https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/centro-de-massa7.jpg https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/centro-de-massa7.jpg 8 Para outros objetos, para definir o centro de massa é possível realizar um cálculo da média aritmética ponderada das distâncias de cada ponto do sistema. CM = (XCM; YCM) Obs.: Para objetos em 3 dimensões, deve-se acrescentar o vetor Z. 2.3 Decomposição de forças A decomposição de forças é considerada como sendo a transformação de uma determinada força em outras forças. Contanto que, quando somadas novamente, essas forças distintas retomam o valor da força inicial. Tal decomposição é realizada para melhorar a análise do comportamento de um certo corpo submetido a determinadas forças. Por exemplo, caso aja sobre o mesmo ponto dois tipos de forças de mesmo módulo, direção e sentido, o objeto estará em equilíbrio, pois não haverá forças resultantes atuando sobre ele. Um dos principais métodos matemáticos empregados na decomposição de forças é o da lei dos cossenos. Figura 4 - Decomposição de forças. Fonte: Decomposição de Forças. Disponível em: <https://www.educabras.com/vestibular/materia/fisica/mecanica_cinematica/aulas/decomposicao_de_forcas>. 9 2.4 Curiosidade equipamentos utilizados no experimento que se destacaram Os materiais utilizados no experimento são apenas alguns dentre vários que pertencem a uma coletânea completa que possui diversas funções, esse conjunto é fornecido pela Cidepe, e se encontra em maiores detalhes logo abaixo. Conjunto de mecânica com sensores e software EQ804A (figura 6) Função: Destinado ao estudo dos seguintes tópicos: mecânica da partícula [cinemática da partícula (movimento em uma dimensão, MRU e MRUA; movimento em duas dimensões)] dinâmica da partícula (equilíbrio, movimento em uma dimensão, movimento em duas dimensões, atritos, trabalho e energia, vantagem mecânica); princípios de conservação (conservação da energia mecânica, conservação da quantidade de movimento);choques (elástico); mecânica do corpo rígido [rotação do corpo rígido (cinemática das rotações, raio de giração), dinâmica das rotações (equilíbrio do corpo rígido)]; mecânica dos fluidos [hidrostática (princípio de Arquimedes)]; experimentos com aquisição de dados. Observação: Este equipamento pode ser acoplado tanto às interfaces CidepeLab como aos multicronômetros de tratamento de dados, rolagem e 5 entradas. Figura 5 - Conjunto de mecânica EQ804A completo. Fonte: CONJUNTO DE MECÂNICA COM SENSORES E SOFTWARE EQ804A. Disponível em: <http://www.mogiglass.com.br/shop/conjunto-de-mecanica-c-sensores-e-software-eq804a.html>. 3 OBJETIVOS o Calcular a resultante de duas forças coplanares, através da sua decomposição nos eixos ortogonais. 10 4 MATERIAIS 4.1 Painel de força O equipamento é da marca Cidepe e foi utilizado como suporte para realização do experimento. Figura 6 - Painel de força. Fonte: Autoria Própria. 4.2 Goniômetro O instrumento é da marca Cidepe e foi utilizado para medir e construir os ângulos das forças. Figura 7 - Goniômetro. Fonte: Autoria Própria. 11 4.3 Dinamômetros O instrumento é da marca Cidepe e foi posicionado em diferentes ângulos para medir a força peso das peças metálicas. Figura 8 - Dinamômetro. Fonte: Autoria Própria. 4.4 Cordões com anéis nas extremidades e gancho metálico Tais itens fazem parte do kit do painel e possibilitaram acoplar as peças metálicas aos dinamômetros em diversas configurações de montagens. Figura 9 - Gancho metálico. Fonte: Autoria Própria. Figura 10 - Cordões montados em conjunto com o goniômetro. Fonte: Autoria Própria. 12 4.5 Peças metálicas Tais objetos foram usados como massas acopláveis. Figura 11 - Peças metálicas. Fonte: Autoria Própria. Antes da prática ser iniciada, verificou-se tópicos fundamentais que auxiliam na obtenção de um resultado preciso de dois dos instrumentos que seriam utilizados. Os tópicos foram: o Incerteza Instrumental: possível valor de erro do instrumento. Calculado como ½ da Precisão do equipamento; o Faixa nominal de operação: consiste na faixa de medida que determina o valor máximo e mínimo que o instrumento é capaz de medir. Esses valores foram listados na tabela abaixo: Instrumento Marca e modelo Tipo (anal/digit) Faixa nominal de operação Incerteza(δ) Goniômetro Cidepe Analógico 0 - 90 ºC 0,5 ºC Dinamômetro Cidepe Analógico 0 - 2N 0,01 N Tabela 1 - Caracterização dos instrumentos de medição. 13 5 PROCEDIMENTO Antes da prática ser iniciada o técnico responsável pelo laboratório já havia disposto sobre a bancada todos os materiais que seriam utilizados. Sendo assim, para dar continuidade ao experimento, os seguintes passos foram executados sucessivamente: o Os dados a respeito dos instrumentos de medição a serem utilizados (goniômetro e dinamômetro) foram recolhidos e inseridos na tabela I; o Mediu-se, através do dinamômetro e com auxílio de um gancho, a força F para uma peça metálica de 50g de três formas: a) Com o dinamômetro na posição unicamente horizontal, FH; b) Com o dinamômetro na posição unicamente vertical, FV; c) Com o dinamômetro na marcando 45 graus com a horizontal, F. o Os resultados obtidos para as três forças foram discutidos; o Montou-se, no painel de forças, uma treliça conforme a Figura 11; Figura12 - Arranjo ϴ = Φ = 45º. o Foi efetuada a leitura das forças F1 e F2 nos dinamômetros, registrando os valores na Tabela III; o Montou-se, no painel de forças, uma treliça conforme a Figura 12; 14 Figura 13 - Arranjo ϴ =40º e Φ = 60º. o Foi efetuada a leitura das forças F1 e F2 nos dinamômetros, registrando os valores na Tabela III; o Resolveu-se, analiticamente, o problema de equilíbrio estático através da decomposição das forças atuantes; o As forças calculadas foram comparadas, nos dois casos, com as leituras dos dinamômetros; o Observação: Na expressão dos resultados utilizou-se de imprecisões, propagações de erros e algarismos significativos adequados. 15 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 6.1 Medição de forças com o dinamômetro em diferentes posições Mediu-se a força F para uma peça metálica de 50,0 g com o dinamômetro posicionado na horizontal (FH), na vertical (Fv) e posicionado 45° com a horizontal (F), respectivamente, como nas imagens a seguir: Figura 14 - Dinamômetro em posição horizontal (FH). Fonte: Autoria Própria. Figura 15 - Dinamômetro em posição vertical (FV). Fonte: Autoria Própria. 16 Figura 16 - Dinamômetro posicionado 45° com a horizontal. Fonte: Autoria Própria. Tais valores encontrados foram expostos na tabela 2 abaixo: Posição Forças (N) Horizontal FH = 0 ± 0,01 N Vertical Fv = 0,54 ± 0,01 N 45º com a horizontal F = 0,22 ± 0,01 N Tabela 2 - Forças marcadas pelo dinamômetro em diferentes posições. Como já era esperado, nenhum valor foi observado no dinamômetro, já que para essa configuração (onde o dinamômetro se encontra a 0º) a força peso (Fp) não possui componente horizontal, sendo, portanto Fx= 0; nulo. Fr = 0*cos (0º) + 0*sen (0º) Fr = 0,00 N Para uma segunda situação, onde o dinamômetro foi posicionado verticalmente, como mostra a figura 11, obteve-se um valor de 0,54 Newtons. Esse valor representa o valor da força peso de maneira integral, já que nessa configuração Fy é máxima e igual a Fp. A partir dos resultados, pode-se afirmar que para o dinamômetro na horizontal o valor foi nulo, ou seja, a força F foi igual a zero, pois o vetor força estava ortogonal ao deslocamento do equipamento. Já para o dinamômetro na vertical, a força Fv obtida foi de 0,54 N, sendo, portanto, a força máxima, visto que estava alinhado paralelamente ao deslocamento. 17 Isso ocorre porque como o ângulo de inclinação do dinamômetro é 90º, logo cos (90º) = 0 e sen (90º) = 1; de forma que tem-se: Fr = Fx*cos (90º) + Fy*sen (90º) Fr = Fy E, por fim, para o dinamômetro posicionado 45° com a horizontal, a força F encontrada foi de 0,22 N, isto é, maior que F e menor que Fv, uma vez que não estava perpendicular e nem paralela à medida. Percebe-se que o valor foi maior que na primeira situação e menor do que na segunda, isso se deve pelo fato de nesse tipo específico de layout a força resultante ser obtida através da decomposição vetorial da Fp em duas componentes [ou seja, Frx = P*cos (45º) e Fry = P*sem (45º)], pois agora nenhuma das duas serão nulas e nem máximas, e dessa forma contribuirão significativamente no valor de 0,22 N lido no dinamômetro. Utilizando os conceitos de mecânica clássica e teórica, conseguimos vislumbrar o triângulo retângulo feito pelo dinamômetro de 45°: Figura 17 - Dinamômetro posicionado 45° com a horizontal e suas componentes de força. Fonte: Autoria Própria. Sendo assim, de maneira analítica, visualizamos que a relação cosseno de 45° é empregada no sistema da seguinte forma: Cos 45° = Peso Dinamômetro / Peso Peso Dinamômetro = 0,7071 * 0,54 = 0,378 N A diferença entre os resultados obtidos através do peso teórico e a do peso original deriva-se das forças de atrito do dinamômetro e da mola que regem o dinamômetro e de energias dissipativas do sistema. 18 6.2 Treliças No painel de força, foi montada, respectivamente, uma treliça conforme esquema apresentado na Figura 1 e uma conforme o esquema da Figura 2 expostas no procedimento experimental e, em seguida, leu-se as forças obtidas pelos dinamômetros, registrando-as na tabela 3. F1 (ϴ = 45º) F2 (Φ = 45º) Figura 18 - Treliça conforme arranjo da Figura 11. Fonte: Autoria Própria. F1 (ϴ = 40º) F2 (Φ = 60º) Figura 19 - Treliça conforme arranjo da Figura 12. Fonte: Autoria Própria. 19 Condição [𝐹1 ± 𝛿](𝑁) [𝐹2 ± 𝛿](𝑁) Figura 18 0,40 ± 0,01 0,40 ± 0,01 Figura 19 0,22 ± 0,01 0,32 ± 0,01 Tabela 3 - F1 e F2 obtidas. Sabendo que a soma dos ângulos internos é 180º, durante a montagem da treliça da Figura 16 notou-se que, para teta = fi = 45º, o ângulo formado entre os fios deveria ser igual a 90º e que, como o sistema estava paralelo a bancada e, portanto, formando 180º com ela, os ângulos externos aos fios deveria ser igual a 45º. Do mesmo modo, na montagem da treliça da Figura 17 concluiu-se que, para teta = 40º e fi = 60º , o ângulo formado entre os fios deveria ser igual a 80º e os ângulos externos a eles igual a 40º e 60º, sucessivamente. Tais informações foram expostas nos esquemas abaixo: Figura 20 - Ângulos propostos e seus complementares. Fonte: Autoria Própria. Na angulação obtida do primeiro sistema, a altura dos dinamômetros era essencial para a obtenção de sucesso do sistema, pois como os dinamômetros eram uma extensão da corda que puxava para um centro determinado, era essencial que a angulação e altura estivessem de acordo. Figura 21 - Treliça conforme esquema da Figura 11 com componentes de força. Fonte: Autoria Própria. 20 Para o segundo sistema, temos uma diferença de alturas pois a componente obtida do sistema é basicamente dada pelo peso que os ângulos formaram. Em suma, o que importava, no segundo sistema, é a variação do dinamômetro e a angulação perfeita dada pelo sistema de cordas. Uma vez que o sistema de cordas apontasse a angulação real, a altura seria a variação da componente peso naquela direção. Figura 22 - Treliça conforme esquema da Figura 12 com componentes de força. Fonte: Autoria Própria. 6.3 Comparação das forças teóricas com as práticas Sabendo-se que a massa (M) utilizada para o experimento tinha 50,0 g, foi feito o cálculo teórico para decomposição das forças, conforme descrito na seção 2.3, para os valores dos ângulos ϴ=Φ=45°: F1 = F2 = M x 9,81 (gravidade) x sen 45° = 0,347 N Em seguida o mesmo cálculo foi feito, agora para o arranjo com os ângulos ϴ=40° e Φ=60°: F1 + F2 = P e P1 - p1 = M * 9,81 (gravidade) cos 50° * p1 + cos 30° * P1 = 0 e P1 - p1 = M * 9,81 (gravidade) cos 50° * p1 + cos 30° * (4,905 + p1) = 0 e P1 = 0,4905 + p1 0,64 * p1 + 0,86 * p1 = - 0,86 * 0,4905 e P1 = 0,4905 + p1 1,5 * p1 = 0,4218 e P1 = 0,4905 + p1 |p1| = 0,2812 N e |P1| = 0,2092 N Teoricamente, os valores se aproximam muito dos valores reais, entretanto os valores não são exatamente os mesmos devido às forças dissipativas (Força de atrito da mola do dinamômetro, a não exatidão dos ângulos utilizados no experimento, entre outros). Assumindo os valores obtidos, há uma boa aproximação do valor experimental, assegurando que houve sucesso no experimento e na medição de forças no quesito de equilíbrio estático. 21 7 CONCLUSÃO Portanto, o objetivo da prática foi alcançado, visto que os resultados obtidos foram condizentes com a primeira lei de Newton, o que pode ser percebido, por exemplo, como a influência inexistente da componente Fx quando o ângulo do dinamômetro é 0º, equivalência entre Fy e Fp se o dinamômetro estiver na vertical e suas parcelas quando se encontra à 45º, todos esses eram resultados já eram esperados diante de todo estudo e comprovação científica na área da Física. De certa forma também se verifica relações importantes,principalmente na treliça 1, onde os valores prático e teórico se inter-relacionaram de maneira coerente. A importância dos erros também foi ressaltada, já que se tornou crucial na justificativa das discrepâncias identificadas entre o valor prático e teórico na treliça 2. Realizando a comparação dos arranjos e posicionamentos, foi possível notar a diferença das forças mesmo utilizando pesos iguais, como pode ser observado nas tabelas 2 e 3. Tal diferença ocorre pois há uma distribuição de força diferente para alcançar o equilíbrio estático. Isso pode ser observado de maneira mais clara nas forças F1 e F2 dos arranjos da Figura 18 e 19, uma vez que, quando os ângulos ϴ=Φ, a força é distribuída igualmente (no experimento, 0,40 N). Enquanto na relação de ϴ≠Φ, as forças são distribuídas de acordo com o ângulo (no experimento, 0,22N e 0,32N). Esses conceitos são de extrema importância, pois mecanismos como elevadores em repouso num andar de um prédio, assim como diversos componentes estruturais encontrados na construção civil seguem esses princípios básicos. 22 8 REFERÊNCIAS o TIPLER, Paul A; Física para cientistas e engenheiros - Vol.1, 6ª ed., Livros Técnicos e Científicos. o TEIXEIRA, Mendes Mariane. Equilíbrio estático e dinâmico. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-estatico-dinamico.htm>. Acesso em 20 de abril de 2019. o INFO ESCOLA. Centro de massa. Disponível em: <https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/centro-de-massa7.jpg>. Acesso em 20 de abril de 2019. o RESPONDE AÍ. Equilíbrio em duas dimensões. Disponível em: < https://www.respondeai.com.br/workspace/topico/78/1182/teoria/1137>. Acesso em 20 de abril de 2019. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-estatico-dinamico.htm https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/centro-de-massa7.jpg https://www.respondeai.com.br/workspace/topico/78/1182/teoria/1137
Compartilhar