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Estética I

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ESTÉTICA I
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Estética I – Prof. Dr. Artur Matuck, Prof.ª Ms. Caroline Cabral Rocha Bertol e Prof.ª Ms. 
Maria Gabriela Mielzynska
Meu nome é Artur Matuck, sou pesquisador, escritor, artista plásti-
co e, desde 1984, professor da Escola de Comunicações e Artes da 
USP. Atualmente, sou livre-docente e ministro disciplinas de Comu-
nicação Digital nos Departamentos de Relações Públicas, Propagan-
da e Turismo da USP. Atuo ainda como professor-orientador nos 
programas de pós-graduação em Ciências da Comunicação e em 
Estética e História da Arte, ambos da USP. Minha produção artística 
tem sido exibida nas Bienais de São Paulo em 1983, 1987, 1989, 
1991, 2002 e na Off-Bienal de 2008.
E-mail: arturmatuck@gmail.com
Meu nome é Caroline Cabral Rocha Bertol, sou mestre pelo Progra-
ma de Estética e História da Arte pela USP, especialista em Estudos de 
Museus de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da USP e gradu-
ada em arquitetura pela Unesp de Bauru-SP e pela ENSAPLV - École 
Nationale Supérieure d'Architecture de Paris La Villette, em Paris. 
Minha experiência profissional abrange as áreas de arquitetura, cine-
ma, cenografia e indumentária teatral, museografia e curadoria, 
além da atuação como professora de arte, arquitetura e estética.
E-mail: carolinerocha@hotmail.fr
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
Meu nome é Maria Gabriela Mielzynska. Sou mestre em Comuni-
cação e Semiótica pela PUC de São Paulo e Bacharel em História da 
Arte pela Universidade de Londres (Inglaterra). Fui coordenadora 
do curso de pós-graduação em História da Arte da Fundação Ar-
mando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, de 1990 a 1999. 
Atualmente, sou professora de História da Arte em cursos livres em 
escolas e faculdades e dirijo a Associação Artensino - Organização 
Não Governamental voltada ao ensino da História da Arte. 
E-mail: artensino@yahoo.com.br
Os autores agradecem a exímia contribuição de Luiz Venâncio 
Aiello. Com formação universitária em Cinema pela Fundação Ar-
mando Álvares Penteado (FAAP) é também redator e pesquisador. 
E-mail: luvenancio@hotmail.com
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
Claretiano - Centro Universitário
ESTÉTICA I
Caderno de Referência de Conteúdo
Artur Matuck
Caroline Cabral Rocha Bertol 
Maria Gabriela Mielzynska
Batatais
Claretiano
2013
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2011 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
 
 
 
111.85 M397e
 Matuck, Artur
 Estética I / Artur Matuck, Caroline Cabral Rocha Bertol, Maria Gabriela
 Mielzynska – Batatais, SP : Claretiano – Rede de Educação, 2013.
160 p.
 ISBN: 978-85-67425-42-9
 
 1. Princípios filosóficos que fundamentaram o objeto e a percepção estética.
 2. Influência dos teóricos, historiadores, filósofos e autores na construção do 
 conceito do belo e dos fundamentos da arte, com enfoque nas artes visuais, 
 desde a Grécia Antiga até o Renascimento.I. Bertol, Caroline Cabral Rocha.
 II. Mielzynska, Maria Gabriela. III. Estética I.
 CDD 111.85
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Rita Cristina Bartolomeu 
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERnO DE REfERênCIA DE COnTEúDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 10
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO à ESTÉTICA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 21
2 CONTEúDOS ..................................................................................................... 21
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 22
4 INTRODUÇÃO à UNIDADE ............................................................................... 22
5 O qUE É ESTÉTICA? .......................................................................................... 25
6 O qUE É ARTE? ................................................................................................. 29
7 ANÁLISE ESTÉTICA............................................................................................ 34
8 A ESTÉTICA COMO DISCIPLINA ....................................................................... 47
9 qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 48
10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 49
11 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 49
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 52
UNIDADE 2 – ARTE E CONHECIMENTO
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 53
2 CONTEúDOS ..................................................................................................... 53
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 54
4 INTRODUÇÃO à UNIDADE ............................................................................... 54
5 CONCEITOS GERAIS .......................................................................................... 55
6 FILóSOFOS GREGOS ......................................................................................... 56
7 FILóSOFOS CHINESES ...................................................................................... 76
8 qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 83
9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 84
10 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 84
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 88
12 REFERÊNCIA VIDEOGRÁFICA ........................................................................... 88
UNIDADE 3 – ESTÉTICA CRISTÃ NA IDADE MÉDIA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................89
2 CONTEúDOS ..................................................................................................... 89
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 90
4 INTRODUÇÃO à UNIDADE ............................................................................... 90
5 O FINAL DO IMPÉRIO ROMANO E A IDADE MÉDIA ....................................... 91
6 ASPECTOS DO PENSAMENTO FILOSóFICO CRISTÃO ..................................... 95
7 qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 121
8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 122
9 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 122
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 126
UNIDADE 4 – ESTÉTICA E SOCIEDADE: NOVOS OLHARES PARA A ARTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 129
2 CONTEúDOS ..................................................................................................... 129
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 130
4 INTRODUÇÃO à UNIDADE ............................................................................... 130
5 RENASCIMENTO NA ARTE E NA FILOSOFIA ................................................... 132
6 SÉCULOS 16 E 17 ............................................................................................... 145
7 qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 156
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 157
9 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 157
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 160
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Princípios filosóficos que fundamentaram o objeto e a percepção estética. Influ-
ência dos teóricos, historiadores, filósofos e autores na construção do conceito do 
belo e dos fundamentos da arte, com enfoque nas artes visuais, desde a Grécia 
Antiga até o Renascimento.
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. InTRODUÇÃO 
Para facilitar o estudo de Estética I, dividimos o seu conteúdo 
em quatro unidades, as quais serão brevemente apresentadas a 
seguir.
Na Unidade 1, conheceremos alguns dos fundamentos da 
Estética, identificaremos a importância de seu estudo, abordare-
mos o processo de criação e recepção estética e as metodologias 
da análise crítica.
Dando continuidade aos nossos estudos, na Unidade 2, co-
nheceremos os principais filósofos da Antiguidade que contribuí-
ram para a análise da Arte e tomaremos contato com algumas das 
obras que modificaram a maneira de analisar o universo artístico.
© Estética I10
Já na Unidade 3, identificaremos algumas das teorias vol-
tadas para o campo da Arte que colocam em xeque todo o pen-
samento da Antiguidade Clássica. Por fim, na Unidade 4, aborda-
remos o período de revolução do conhecimento, ocorrido com o 
Renascimento e com o Iluminismo, a retomada do pensamento 
clássico e o impacto gerado no campo da Arte. 
Bons estudos!
2. ORIEnTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral
Caroline Cabral Rocha Bertol
Mestre em Estética e História da Arte
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você entrará 
em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma 
breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões 
no estudo de cada unidade. Desse modo, essa Abordagem Geral 
visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do 
qual você possa construir um referencial teórico com base sólida 
– científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua profis-
são, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabi-
lidade social. Vamos começar nossa aventura pela apresentação 
das ideias e dos princípios básicos que fundamentam este Caderno 
de Referência de Conteúdo. 
Apresenta-se aqui um panorama geral da Estética I. Nele, 
você poderá entrar em contato com os principais temas tratados e 
a maneira como eles serão abordados.
Inicialmente, é necessário sabermos o que distingue a 
Estética como disciplina da palavra – estética – segundo a acepção 
do senso comum. Todos nós sabemos que estética é algo que 
se liga ao julgamento do que é belo e do que é feio; porém, 
11
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
principalmente nos últimos tempos, a palavra vem sendo tão 
banalizada que, muitas vezes, acaba perdendo seu sentido inicial.
Veremos que, para estudar a Estética, convém adotar uma 
metodologia, que pode ser construída segundo a observação 
restrita de algumas regras, que visam conferir às investigações a 
respeito dos temas tratados o rigor necessário para uma abordagem 
panorâmica, porém sólida. Também para a boa estruturação 
da nossa abordagem, devemos ter em mente alguns conceitos 
básicos, que serão relacionados mais adiante, no Glossário de 
Conceitos.
Nosso estudo, depois de delimitar e definir o campo de 
atuação, passará às visões filosóficas sobre a arte surgidas 
desde a Antiguidade. Saberemos quem foram e o que pensaram 
os pitagóricos, principalmente no que concerne às suas ideias 
de harmonia e equilíbrio (que de certa forma fazem parte das 
investigações estéticas até hoje). Em seguida, conheceremos o 
pensamento dos mais famosos filósofos gregos, como Sócrates, 
Platão e Aristóteles. Isso tudo sem nos esquecermos de que não 
apenas no Ocidente existiu pensamento filosófico sobre a Arte, 
mas também no Oriente, onde teve grande aprofundamento, mas 
de maneira diferente.
Na sequência, chegaremos à Idade Média, marcada 
especialmente pelo Feudalismo e pelo domínio das doutrinas 
cristãs, principalmente as da religião católica, sobre quaisquer 
manifestações artísticas ocidentais. O período foi favorável a um 
fenômeno interessante. Mesmo representando uma ruptura com 
seu passado clássico greco-romano, a Idade Média representou 
uma continuidade: a filosofia cristã da época encontra-se 
parcialmente integrada à Filosofia Clássica para originar a Filosofia 
Medieval, o que também incluiu, evidentemente, a Estética.
Surgiu, então, a Filosofia conhecida como Neoplatonismo, 
representando exatamente a união de ideias clássicas (baseadas, 
como o próprio nome diz, na filosofia de Platão) com o Cristianismo. 
Diversos pensadores serão citados, entre eles nomes fundamentais 
para toda a história da Filosofia, como Santo Agostinho.
© Estética I12
Alguns séculos depois de Santo Agostinho, nasceu a corrente 
filosófica conhecida como Escolástica, cujo principal nome é São 
Tomás de Aquino. Enquanto isso, já se formavam as condições 
históricas que dariam ensejo a grandes transformações não 
apenas na Estética, mas em toda a civilização ocidental. Tais 
condições, representadas pelo Renascimento comercial e urbano, 
pela ascensão da burguesia e, consequentemente, pelo fim do 
Feudalismo, teriam reflexos profundos tanto na Arte quanto na 
Filosofia da Arte.
Nos séculos 15 e 16, surgiu e se desenvolveu o Renascimento, 
a partir principalmente das cidades-estado italianas e também de 
algumas localidades do norte da Europa. Começa, então, a mudar 
a visão acerca do homem e do mundo: ao mesmo tempo em que 
vamos percebendo não ser mais a Terra o centro do Universo, 
ocorre uma revalorização do papel do homem enquanto agente 
de seu destino e de sua história. Cresce a concepção filosófica 
humanista.
Assim, atingiremos o amadurecimento dessa nova visão de 
mundo delineada em movimentos artísticos como o Maneirismo e 
o Barroco,que também produziram material filosófico significativo 
sobre a Arte, e ao final do estudo de Estética I, compreenderemos 
o campo de pesquisa da Estética e o panorama geral de sua história 
até aproximadamente o século 17. 
Desse modo, podemos dizer que, ao concluir o estudo deste 
Caderno de Referência de Conteúdo, você será capaz de assimilar 
os conceitos necessários para a formação de uma base sólida 
a respeito de estética enquanto ramo da Filosofia e conhecer a 
metodologia para a abordagem estética dos fenômenos artísticos, 
além de ter um panorama do que representaram os estudos 
desse tema ao longo de vários séculos. Apresentamos a seguir a 
definição dos principais conceitos utilizados como instrumentos 
fundamentais para esta caminhada. 
Mãos à obra!
13
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um 
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados neste Caderno de Referência de 
Conteúdo. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos: 
Apreensão: ato ou efeito de apreender, ou seja, de assimilar 
intelectualmente imagens a conceitos.
1) Bidimensional: aquilo que tem duas dimensões, ou seja, 
uma superfície plana, como um quadro ou uma fotogra-
fia, por exemplo.
2) Cânone: regra artística fortemente calcada na tradição, 
aceita de maneira quase indiscutível por muito tempo.
3) Criatividade: capacidade de criar, inventar ou re-inven-
tar, geralmente relacionada às linguagens artísticas.
4) Expressão: qualquer manifestação criativa que conte 
com a subjetividade de quem a produz como um de seus 
elementos indispensáveis.
5) Imitação: tentativa de reprodução artística de deter-
minadas formas ou conteúdos; surge a partir do termo 
grego mimesis, relacionado à visão clássica sobre a arte 
(aquela que atrela a arte a uma "imitação" de aspectos 
do mundo).
6) Materialidade: condição material de um objeto, sua fisi-
calidade enquanto matéria.
7) Mecenato: patrocínio às atividades artísticas, realizado 
desde a Antiguidade, fundamental à produção da arte; é 
muitas vezes o que possibilita o sustento do artista.
8) naturalismo: linguagem formal intimamente atrelada à 
realidade, imitação realista. Por exemplo, uma escultu-
ra é naturalista quando busca representar algo (pessoa, 
animal, objeto etc.) com extrema fidelidade.
9) Objetividade: qualidade ou capacidade de realização de 
uma atividade sem interferência das emoções ou da vi-
são pessoal de quem a realiza.
10) Paradigma: modelo, padrão ou "protótipo" a ser segui-
do, copiado ou pelo menos tomado como referência.
© Estética I14
11) Percepção: ato ou capacidade de perceber, geralmente 
por meio dos sentidos.
12) Reprodutibilidade: capacidade ou condição relativa à 
reprodução, ou seja, à produção de várias cópias segun-
do um mesmo modelo, ou de vários eventos com base 
em uma mesma matriz (o cinema, por exemplo, que pro-
duz várias exibições do mesmo filme).
13) Recepção: qualidade do receptor, daquele que recebe o 
que quer que seja, principalmente informações.
14) Repertório: conjunto de conhecimentos e experiências 
acumulados por alguém, que passam a servir de referência 
para a absorção de novos conhecimentos e experiências.
15) Representação: produção de determinada forma ou 
conteúdo essencialmente atrelados a um modelo ori-
ginal. Por exemplo, a representação de Hamlet quando 
se vê um ator colocando em prática o papel escrito por 
Shakespeare; ou uma "representação" de Dom Pedro I 
quando se vê uma estátua deste personagem histórico.
16) Sensorial: aquilo que se liga aos sentidos (visão, audi-
ção, tato, olfato e paladar).
17) Símbolo: forma ou conteúdo usado para representar 
outra forma ou conteúdo. Por exemplo, a cruz, na cul-
tura cristã, é um símbolo de Cristo. Pode-se dizer que o 
símbolo apresenta, de forma concentrada, uma série de 
elementos que remetem a algo exterior a ele.
18) Subjetividade: qualidade ou capacidade ligada e indis-
sociável à visão de mundo do sujeito.
19) Tridimensional: aquilo que tem três dimensões, como 
uma construção arquitetônica ou uma escultura, por 
exemplo.
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um 
Esquema dos Conceitos-chave deste Caderno de Referência de 
Conteúdo. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu es-
quema de conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse 
exercício é uma forma de você construir o seu conhecimento, res-
significando as informações a partir de suas próprias percepções. 
15
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos Con-
ceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações entre os 
conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais complexos 
para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordenação e 
na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se 
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos 
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). 
© Estética I16
nova
Ideias
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave – Estética I. 
17
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre 
um e outro conceito deste Caderno de Referência de Conteúdo 
e descobrir o caminho para construir o seu processo de ensino-
aprendizagem. Por exemplo, ao analisar uma obra de arte criada 
na época do Renascimento, podemos avaliar como os cânones 
inovadores da representação pictórica foram influenciados pelas 
ideias da filosofia humanista.
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos 
de aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no 
ambiente virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem 
como àquelesrelacionados às atividades didático-pedagógicas 
realizadas presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno 
EaD, deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio 
conhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser 
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas. 
 Responder, discutir e comentar essas questões pode ser 
uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante 
a resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, você 
estará se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. 
Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus 
conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática 
profissional. 
As questões de múltipla escolha são as que têm como resposta 
apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se por 
questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos 
matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, 
inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por 
resposta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, 
© Estética I18
normalmente, não há nada relacionado a elas no item Gabarito. 
Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus 
colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as 
bibliografias complementares.
figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte 
integrante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente 
ilustrativas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados 
no texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os 
conteúdos apresentados, pois relacionar aquilo que está no campo 
visual com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo 
convida você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como 
processo de emancipação do ser humano. É importante que você 
se atente às explicações teóricas, práticas e científicas que estão 
presentes nos meios de comunicação, bem como partilhe suas 
descobertas com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras 
pessoas aquilo que você observa, permite-se descobrir algo que 
ainda não se conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia 
sido percebido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que 
nos impele à maturidade. 
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade 
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. 
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor 
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugerimos, 
pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades nas 
datas estipuladas. 
19
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em seu 
caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas poderão 
ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produções 
científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa 
resenhas, pois esses procedimentos serão importantes para o seu 
amadurecimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com 
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 
Claretiano - Centro Universitário
1
EA
D
Introdução à Estética
1. OBjETIVOS
• Identificar e compreender a importância das bases filosó-
ficas no campo da Estética para a realização de análises 
críticas.
• Conhecer os fatores que influenciam o processo de ide-
alização, construção, recepção e circulação do objeto ar-
tístico.
2. COnTEúDOS
• O que é Estética? Bases filosóficas. 
• O que é Arte?
• Princípios da análise estética: Teoria da comunicação e 
semiologia. 
• Objeto artístico. 
• Recepção estética. 
© Estética I22
• Imagem e imaginário. 
• A Estética como disciplina.
3. ORIEnTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UnIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos expli-
citados no Glossário e suas ligações pelo Esquema de 
Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades 
deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu 
desempenho.
2) Leia sempre com atenção os conteúdos desta e das de-
mais unidades para entender bem as ideias abordadas e 
poder apreciar e explicar não só as obras de arte já con-
sagradas pela crítica, mas também outras que cruzarem 
o seu caminho no futuro.
3) As ideias apresentadas nesta unidade serão muito im-
portantes para seu aperfeiçoamento, e não esgotam o 
tema, que é passível de questionamentos. Sugerimos, 
portanto, pesquisas constantes, sempre buscando o 
aprofundamento. 
4. InTRODUÇÃO à UnIDADE
Nesta unidade, conheceremos alguns dos mais importantes 
pensadores que contribuíram para o campo da Estética. Também 
veremos que a base filosófica da palavra "Estética" tem sido muito 
discutida, sobretudo, nos séculos 20 e 21, apesar de ter surgido na 
Antiguidade.
Em primeiro lugar, devemos nos lembrar de que, quando se 
fala de Estética, muitos imaginam que se trata de estética corporal. 
Este é um erro bastante comum. Sem dúvida, o ideal estético está 
intimamente associado à ideia de beleza e, desde sempre, falar 
em beleza nos remete a um ideal de perfeição corporal (ideal que, 
como veremos, muda bastante de época para época, conforme 
ilustram as Figuras 1 e 2). 
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Claretiano - Centro Universitário
© U1 – Introdução à Estética
Figura 1 Marylin Monroe – "ideal" de beleza feminina na 
década de 1950.
Figura 2 Kate Moss – "ideal" de beleza feminina nos dias 
atuais.
© Estética I24
De qualquer forma, devemos perceber claramente que a 
Estética é, antes de mais nada, um estudo filosófico que abarca 
fenômenos sociais, históricos e políticos, e busca discutir a Arte, 
seus meios de produção, suas técnicas e, principalmente, sua 
recepção. Trata-se, entre outras coisas, de um estudo cuja função 
é a reflexão sistemática sobre os valores relacionados à beleza 
e à feiura, características aparentemente subjetivas. A Estética 
busca transcender essa aparente subjetividade e avaliar, segundo 
sistemas filosóficos e levando em conta valores sociais, morais e 
éticos, o que cada época toma como sendo "belo".
Sabemos que o que é belo para uma época é feio para 
outra. No Renascimento, por exemplo, o padrão de beleza de uma 
mulher apontava para formas fartas. Hoje, uma Vênus de Ticiano 
seria considerada simplesmente "gorda" (Figura 3). Já uma mulher 
que hoje tem formas de "top model" seria considerada naquele 
tempo completamente esquálida, provavelmente sofrendo de 
alguma enfermidade.
Figura 3 Vênus de Urbino, Ticiano, 1538, óleo sobre tela, 119 cm x 165 cm, Gal. Uffizi, 
Florença.
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Claretiano - Centro Universitário
© U1 – Introdução à Estética
Saindo dos exemplos relacionados às formas femininas e 
voltando ao assunto da unidade, devemos nos lembrar de que 
também iremos conhecer alguns dos conceitos básicos para a 
realização de uma análise estética, considerando todos os fatores 
que influenciam a crítica de determinado objeto artístico. Por fim, 
compreenderemos a importância deste estudo para a educação e 
para o conhecimento.5. O QUE é ESTéTICA?
A palavra "estética" tem origem grega. Vem da expressão 
aisthésis, que remete à ideia de "sensação" (impressão advinda 
por meio dos sentidos). Como já dissemos, a ideia de beleza tem 
sido discutida desde a Antiguidade. Tal discussão já aparece, 
por exemplo, com os estudos de Pitágoras e de seus seguidores 
(conhecidos como pensadores pitagóricos), no século 6º a.C. 
Muito pouco se sabe com precisão a respeito de Pitágoras, 
um dos primeiros grandes pensadores da cultura grega. Sabe-
se que nasceu na cidade de Samos e que fundou na cidade de 
Crotona, então uma colônia grega no sul da Itália, uma escola. Tal 
escola teria, depois da morte de seu fundador, dado continuidade 
às suas atividades, provavelmente sob os auspícios de familiares 
de Pitágoras e de seus discípulos, que passaram a ser conhecidos 
como "pitagóricos".
Pitágoras (Figura 4) e seus discípulos atuaram especialmente 
na descoberta das relações matemáticas. Por isso, foram os 
fundadores da geometria que, até hoje, estudamos. quem 
não se lembra do famoso "Teorema de Pitágoras", acerca das 
propriedades dos triângulos retângulos? Os estudos pitagóricos 
também influenciaram fundamentalmente outros campos que 
dependem muito da matemática, como a música, a arquitetura e 
outras artes. Pode-se dizer que, com os pitagóricos, se concretiza 
uma das pedras fundamentais da cultura grega, a que seria 
© Estética I26
também seu grande pressuposto estético: a ligação da ideia de 
beleza à noção de perfeição matemática, que traz consigo as ideias 
de "equilíbrio" e "harmonia".
Figura 4 Busto de Pitágoras, Museu Capitolini, Roma.
Os pitagóricos consideravam que regras matemáticas 
estavam por trás da sensação de harmonia e beleza causada por 
certos objetos ou cenários, como apresenta a Figura 5. Partindo 
desta noção, eles estudaram as maneiras pelas quais as proporções 
matemáticas atuavam "esteticamente" e, desses estudos, 
surgiram os primeiros parâmetros e sistemas para as construções 
arquitetônicas, as artes plásticas e a música. O conceito de belo 
estava intimamente relacionado, portanto, às ideias de proporção 
e harmonia, e, desde então, vem sendo estudado não como algo 
simplesmente "subjetivo", mas como algo que pode ser atingido 
segundo a observação de certas regras e parâmetros.
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Claretiano - Centro Universitário
© U1 – Introdução à Estética
Figura 5 O Parthenon de Atenas, obra arquitetônica construída segundo as regras de 
harmonia e beleza estudadas pelos pitagóricos e outros pensadores.
Depois de ser pensada pelos pitagóricos, a ideia de beleza 
continuou a ser objeto de estudo de filósofos como Platão e 
Aristóteles, que abordaremos na próxima unidade. Com estes 
pensadores, a ideia de beleza é ainda mais fortemente unida aos 
conceitos do que é "bom" e "verdadeiro". Ou seja, para os gregos, 
beleza, bondade e verdade eram valores que estavam sempre 
associados um ao outro, manifestando-se por meio da harmonia 
e do equilíbrio.
Tal visão de mundo é aquela que se consolida aproximada-
mente no século 6º a.C., com o crescimento das pólis, como eram 
conhecidas as cidades-estado gregas, o desenvolvimento da eco-
nomia, da filosofia e das artes, especialmente em Atenas, hoje ca-
pital da Grécia, que foi o principal centro econômico, político e 
cultural da Grécia Antiga. Durante o chamado "Período Clássico" 
(séculos 6º a 4º a.C.), surgiram em Atenas importantes trabalhos 
© Estética I28
nos campos da filosofia, das artes plásticas, do teatro, da arquite-
tura e mesmo da política, vindo daí, por exemplo, a ideia de "de-
mocracia ateniense".
Com a incorporação da Grécia ao Império Romano, ocorrida 
no século 2º a.C., a visão de mundo grega concernente à Estética 
foi, em grande parte, incorporada por Roma. É por isso, principal-
mente, que a cultura grega tanto nos influencia, sendo conside-
rada o alicerce da cultura ocidental. Difundida pelos romanos no 
mundo ocidental, essa cultura foi incorporada (com várias modi-
ficações) pelo Cristianismo, espalhando-se pelo mundo todo e se 
fazendo presente até hoje.
Na Idade Média, por exemplo, teve continuidade o estudo 
acerca das ideias de "imitação" e beleza. Ele foi levado à frente por 
grandes pensadores como Santo Agostinho e São Tomás de Aqui-
no, que veremos detalhadamente na terceira unidade. Porém, é 
apenas em meados do século 18 que a Estética ganha autonomia 
definitiva enquanto disciplina e ramo da Filosofia. Isso ocorreu 
com a publicação, em 1750 e 1758, dos dois volumes da obra Aes-
thetica, escrita pelo filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgar-
ten (1714-1762). 
Nesta obra, Baumgarten desenvolve como uma de suas te-
ses a ideia, hoje tão óbvia para nós, de que os artistas modificam 
aquilo que representam por meio de suas emoções e sentimentos. 
Para o filósofo, a criatividade estaria, portanto, implícita no pro-
cesso artístico. E apesar da já citada obviedade de tal ideia nos dias 
de hoje, devemos nos lembrar de que a visão de Baumgarten, em 
sua época, ainda aparecia como uma relativa "novidade", já que 
se contrapunha ao paradigma clássico grego, que entendia a arte 
essencialmente como uma mera "mimesis" ("imitação") da reali-
dade.
Atualmente, a Estética está consolidada como disciplina. 
Atua, porém, no sentido não de "ditar regras" do que seria e do 
que não seria belo ou artístico, mas refletindo sobre as causas e 
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© U1 – Introdução à Estética
significados culturais, sociais e políticos da Arte. Ou seja, mais do 
que nunca podemos refutar o ditado que diz que "gosto não se 
discute". 
Há, hoje, grandes pensadores da Estética com importantes 
trabalhos publicados recentemente. Entre eles podemos citar o 
filósofo e escritor alemão Max Bense (1910-1990), cujos estudos 
situam-se na interconexão entre a Arte, a Estética e as teorias da 
percepção e da informação. Max Bense influenciou, especialmente, 
os estudos sobre Estética e Semiótica e foi o fundador da estética 
moderna teórico-informacional, baseada também na matemática 
moderna. O seu livro Pequena estética apresenta a variedade de 
interesses do filósofo em analisar as artes, o design, a pintura e a 
escultura. 
6. O QUE é ARTE?
Muitas pessoas, quando perguntadas sobre o que é a Arte, 
logo pensam em obras de grandes artistas como Michelangelo. 
Talvez se possa dizer que o florentino Michelangelo Buonarroti 
(1475-1564) constituiu a própria encarnação do gênio, e que 
representou, com seu talento para a escultura, a pintura e a 
arquitetura, um dos mais altos exemplos da universalidade que 
guiava os grandes nomes da Renascença. Suas obras ficaram 
para a posteridade como grandes marcos estéticos da História 
da humanidade. Entre elas, podemos citar a "Pietà", o "Davi", 
o projeto arquitetônico da cúpula da Basílica de São Pedro no 
Vaticano e, principalmente, os afrescos da Capela Sistina, também 
no Vaticano.
Também Leonardo da Vinci (1452-1519) é considerado um 
dos grandes gênios da Renascença italiana e, mais do que isso, um 
visionário que, transitando por diversos campos do saber humano, 
se imortalizou por sua arte, pela sua engenhosidade e curiosidade 
científica. Na pintura, desenvolveu soluções pictóricas através da 
© Estética I30
luz, sombra e efeitos de "sfumato", que dão a ilusão de volume 
e de atmosfera. Tais soluções podem ser encontradas em obras 
como a Mona Lisa (ou La Gioconda, de 1515), uma das obras de 
arte mais famosas – senão, a mais famosa – de todos os tempos.
Há ainda outras pessoas que se arriscam a listar diferentes 
expressões artísticas, como a dança, o teatro, o cinema e a 
música, quando perguntadas sobre o que é Arte. Entretanto, 
se nos aprofundarmos na investigação de uma resposta mais 
"científica", realizando considerações complexas, raciocínios que 
abranjam várias disciplinas e pontos de vista diversos, tendemos 
a reconhecer que não há uma resposta definitiva e permanente. 
Isso porque, antes de tudo, a Arte e seus significados 
mudaram muito ao longoda história. Assim, durante o período pré-
histórico, muitos dos desenhos hoje chamados de "arte rupestre" 
tinham, na realidade, uma função mágico-religiosa, ligada a rituais 
voltados principalmente para o sucesso nas caçadas. Depois, na 
Antiguidade, a Arte continuou tendo função ligada a religiões 
instituídas e hierarquizadas (como no Egito Antigo, na Grécia e em 
Roma, por exemplo). Veja as Figuras 6 e 7.
Figura 6 Pintura rupestre (pré-histórica) na caverna de Lascaux (França).
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© U1 – Introdução à Estética
Figura 7 Arte Egípcia – Capela Funerária de Tutmés III.
Com a expansão do Cristianismo, a função religiosa da Arte 
continuou e até se ampliou, passando a servir como poderoso 
instrumento de difusão da fé cristã. 
É importante relembrar que o Cristianismo se resume no 
conjunto de ensinamentos e preceitos pregados por Jesus Cristo, que 
formam o corpo filosófico das religiões cristãs (ou seja, originadas 
em Cristo). Trazendo muito da base filosófica da religião judaica 
(porém com algumas modificações doutrinárias fundamentais), o 
Cristianismo teve início com o próprio Cristo na região da Palestina 
e daí espalhou-se por todo o Império Romano (do qual, na época 
da vida de Jesus, a Palestina fazia parte), constituindo então a base 
religiosa de toda a Europa e, consequentemente, de grande parte 
do Ocidente nos dias de hoje. 
A partir do Renascimento, porém, iniciou-se um processo 
de contínua laicização, isto é, desvinculação da religião que, no 
século 20, desembocou na possibilidade de a Arte ser vista como 
© Estética I32
um conjunto de manifestações criativas, bastante livres de regras e 
cânones, no qual os artistas tinham de constantemente reinventar 
seus procedimentos, técnicas e estratégias de comunicação, como 
mostra a Figura 8.
Figura 8 L. H. O. O. Q., Marcel Duchamp, 1919. 
O Renascimento, (ou "Renascença"), movimento cultural e 
artístico que teve origem nas cidades-estado italianas do século 
15, dava voz a uma nova confiança no poder e na dignidade do 
homem e inspirava-se num estudo cada vez mais intenso dos 
artistas e pensadores da Antiguidade Clássica (greco-romana). 
Entre os fatores que constituíram as bases para esse momento 
da cultura ocidental, estavam, entre outros, a estabilidade 
mercantil, a crescente importância da burguesia e um mecenato 
secular de nobres. Como consequência desses fatores, ocorreu o 
desenvolvimento da Arte, da Filosofia, da Matemática, da Anatomia 
e da curiosidade científica, além da invenção da imprensa móvel e 
da formulação das leis da perspectiva.
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Claretiano - Centro Universitário
© U1 – Introdução à Estética
No decorrer dos estudos deste Caderno de Referência de 
Conteúdo, veremos como a definição de Arte e o conceito de belo 
se modificam em cada período histórico. A busca humana pela 
expressão do belo sempre existiu, mas de maneiras diferentes em 
cada época e lugar.
Portanto, de acordo com o período histórico, o local e o 
contexto social em que se encontra uma obra de arte, mudam as 
técnicas segundo as quais ela é produzida e, principalmente, suas 
funções e maneiras de apreciá-la. Em relação à produção artística, 
os artesãos, pintores, arquitetos e escultores representaram 
papéis diferentes dentro de seus contextos sociais em cada 
período histórico. Com isso, puderam desenvolver sua atividade 
com maior ou menor facilidade, assim como mudavam também os 
fatores que influenciavam na análise das obras. 
Mas, então, como definir a Arte e refletir sobre ela, sendo 
uma atividade com características tão variadas? Basta que não 
deixemos de lado os diversos fatores que compõem o panorama 
que deve ser levado em conta, ou seja, história, técnicas, contexto 
social etc. Isso porque a obra de arte, além de manifestar a 
expressão de um artista, carrega em si toda a história e a bagagem 
cultural que esse artista traz da comunidade que o gerou. Tendo 
isso em mente, podemos tomar como obra de arte tanto uma 
joia quanto um cesto de vime ou uma pintura, por exemplo. De 
uma maneira ou de outra, mais ou menos explicitamente, mais 
ou menos propositalmente, o contexto histórico e social sempre 
estará presente em qualquer obra.
De acordo com Read (1968, p. 16): 
[...] toda e qualquer teoria geral da arte tem de começar por esta 
suposição: que o homem reage perante as formas, superfícies 
e massas dos objetos presentes aos seus sentidos, e que certos 
arranjos nas proporções dessas formas, superfícies e massas dão 
origem a sensações agradáveis, enquanto a ausência de tais arranjos 
conduz a reações de indiferença ou até real desconforto e repulsa. 
É correto afirmarmos que a arte tem passado, recentemente, por 
uma fase de grande transformação. No entanto, cabe ressaltar que 
ela sempre esteve como em uma metamorfose conceitual, técnica 
e estética, por estar em ressonância com o seu tempo.
© Estética I34
7. AnÁLISE ESTéTICA
Vamos, agora, abordar a análise estética. Inicialmente, 
devemos ter claro que o ato de realizar uma análise estética 
não se guia única e exclusivamente por padrões objetivos, pois 
se trata, antes de mais nada, de uma operação realizada no 
âmbito das ciências humanas. Não se traduz, portanto, em algo 
como uma equação matemática, por exemplo. Por outro lado, 
também não devemos nos guiar simplesmente por parâmetros 
subjetivos, ligados à percepção individual e ao gosto pessoal. Tudo 
deve ser analisado segundo parâmetros muito bem definidos e 
ter cada etapa da análise comprovada por dados teóricos bem 
fundamentados.
Devem ser considerados como elementos de ordem 
objetiva: o objeto em si, a estrutura, a forma, a matéria ou suporte 
(o material em que é realizado), a origem, a história e a destinação. 
Posteriormente, o objeto pode ser avaliado como um signo, 
sendo, portanto, submetido a interpretações de ordem subjetiva, 
mas que devem sempre ser fundamentadas e relacionar-se aos 
contextos social, cultural e histórico específicos da obra. Signo 
é uma designação que foi inicialmente difundida no campo das 
ciências humanas pelo linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-
1913), considerado o "pai" da Linguística moderna e o fundador 
de um tipo de metodologia chamado Estruturalismo, que acabou 
migrando da Linguística para diversos outros campos do saber.
Para Saussure, um signo traz em si, unidos, um significante 
(uma forma) e um significado (um "sentido"). Assim, grosso modo, 
pode-se dizer que uma palavra como "casa", por exemplo, tem 
como significante a própria forma da palavra (as letras c, a, s, a, 
unidas em determinada ordem) e, como significado, a ideia que 
cada um de nós faz do que é uma casa.
Depois da morte de Saussure, em meados do século 20, o 
conceito de signo e diversos postulados da Linguística e de outros 
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© U1 – Introdução à Estética
ramos das ciências humanas formaram um novo campo do saber, 
conhecido como "semiótica" ou "semiologia". Trata-se do ramo 
do conhecimento dedicado à decodificação e interpretação dos 
fenômenos, especialmente os artísticos, enquanto "sistemas 
de signos". Assim, quando interpretamos uma obra de arte, por 
exemplo, mesmo sem perceber já estamos aplicando semiótica.
Antes de realizar a interpretação de um sistema de signos 
como obra de arte, por exemplo, devemos distinguir a "análise". 
Apenas realizando esta etapa, ou seja, o levantamento de todos 
os elementos que podem influir no sentido total do que está 
sendo analisado, é que podemos passar à interpretação, na qual, 
aí sim, podem ser usados critérios mais subjetivos (desde que 
fundamentados na relativa objetividade da análise).
De qualquer forma, devemos ter claro que uma análise 
estética pode adotar mais de um caminho. Pode, por exemplo, 
enfocar aspectos formais e, neste caso, seria chamada de análise 
formalista; a ênfase aos aspectos históricos constitui o método 
histórico; a ênfase em critérios sociológicos caracterizaria o 
método sociológico; e há, ainda, a possibilidadede analisar uma 
imagem de maneira mais isolada, levando em conta quase que 
exclusivamente seus aspectos plásticos, o que constituiria uma 
análise iconográfica. Há outros métodos, mas deve-se ressaltar, 
entretanto, que raramente as análises se restringem a um método, 
e que recentemente novas perspectivas têm sido utilizadas. Vários 
métodos podem ser utilizados e, em geral, não isoladamente, para 
uma análise estética. Independentemente da escolha (formalista, 
histórico, sociológico, iconográfico etc.), deve-se fundamentar a 
análise em dados teóricos consistentes e buscar, a princípio, ser o 
mais objetivo possível.
Objeto artístico
Chamamos de objeto artístico uma obra de arte, ou seja, 
algo que visa qualidade estética e não simplesmente ser funcional 
ou utilitário. De qualquer forma, como já foi visto, é bastante difí-
© Estética I36
cil definir o que é Arte, sendo, também, difícil definir o que é um 
objeto artístico.
O objeto artístico pode ser um quadro, uma escultura, uma 
instalação, um filme, um ato performático ou a conjunção e mes-
mo a anulação de todas essas possibilidades. É bastante conheci-
da, por exemplo, a ocasião em que o genial artista francês Mar-
cel Duchamp decidiu, ao participar de uma exposição, apresentar 
como "obra de arte" um urinol (que hoje chamaríamos de "mic-
tório"), como ilustrado na Figura 9. Marcel Duchamp (1887-1968) 
mostrou-se ao mundo por volta de 1911-1912. O marco inicial da 
sua brilhante carreira artística internacional foi uma exposição 
em Nova York em 1913. Depois, na Europa e nos Estados Unidos, 
tornou-se um dos maiores nomes da corrente artística conhecida 
como Dadaísmo, e um dos artistas mais importantes do século 20. 
fonte: Ferrier e Pichon (1988, p. 129).
Figura 9 Fonte (a peça de 1917 foi destruída e esta cópia 
foi realizada na década de 1960), Marcel Duchamp. 
Duchamp visava, com o ato inusitado, questionar a validade 
da arte "instituída" da época (falamos da década de 1910) como 
uma arte que perdera valor diante das mudanças e revoluções do 
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© U1 – Introdução à Estética
mundo moderno; visava também questionar os próprios critérios 
para a escolha do que é e do que não é artístico no novo mundo 
industrial, em que há a reprodutibilidade infinita dos objetos. Para 
Duchamp, portanto, o que caracteriza o "ato estético" de realizar 
uma obra de arte é, antes de mais nada, escolher um objeto 
mesmo que seja um objeto banal do mundo industrial, tendo 
este, às vezes, mais valor e significação na sociedade moderna do 
que uma escultura ou uma pintura. A esses objetos já prontos e 
escolhidos para serem chamados de obras de arte, Duchamp deu 
o nome de ready-mades (já prontos).
Para analisar um objeto artístico, devemos atentar à sua 
forma, à maneira como se apresenta no espaço, no papel, na tela 
de pintura ou mesmo na tela de televisão, computador ou cinema. 
Deve-se, de qualquer maneira, "presenciar" o objeto, ou seja, ter 
contato direto com ele. É então que o observador, por meio da 
sua mente, faz do objeto artístico um objeto de reflexão (Figura 
10). Depois do encontro entre observador e objeto, este mantém 
sua potencialidade estética, podendo ser lembrado, citado, 
questionado, analisado ou mesmo revisitado. 
© Estética I38
 
Figura 10 Observadores "presenciando" um objeto artístico (pintura de Jackson Pollock) em 
museu de Nova York.
No campo das artes plásticas, é possível encontrar objetos fí-
sicos tridimensionais (como, por exemplo, esculturas) ou bidimen-
sionais (como telas de pintura), mas também objetos que não pos-
suem "materialidade", como vídeos, registros cinematográficos 
ou mesmo holográficos, imagens geradas eletronicamente que, 
em vez de ter duas dimensões, como no vídeo, têm três, ou seja, 
projeta-se no espaço tridimensional e não apenas em planos (Fi-
gura 11). Esses objetos são chamados "imateriais" porque existem 
apenas quando reproduzidos no tempo e por algum equipamento, 
sem a materialidade de uma escultura, por exemplo.
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© U1 – Introdução à Estética
Figura 11 Exemplo de imagem (imaterial) holográfica.
Os objetos imateriais podem ser de natureza analógica, 
quando gerados por um sistema de codificação analógico, como o 
cinema, por exemplo; ou digitais, quando criados a partir de pro-
cessos digitais ou computadorizados, como exemplifica a Figura 
12. Tanto os analógicos quanto os digitais podem permanecer em 
estado "latente" por bastante tempo, manifestando-se apenas 
quando reproduzidos pelos equipamentos capazes de fazê-lo.
 
© Estética I40
Figura 12 Imagem de vídeo (objeto artístico imaterial) do norte-americano Bill Viola.
Recepção estética
A recepção estética depende de diversos fatores, ligados 
em sua maioria ao contexto sociocultural em que acontece e ao 
repertório e contexto de onde provém o receptor. A recepção 
começa, de qualquer maneira, com uma simples e rápida apreensão 
do objeto artístico (um breve olhar, por exemplo). Em seguida, o 
indivíduo se utiliza de toda a sua bagagem cultural, travando com 
o objeto e com o espaço relações que são absorvidas de acordo 
com as próprias referências que o indivíduo tiver. 
Assim, conjugam-se informações visuais, sonoras, táteis e 
de outras ordens sensíveis e conceituais para atingir o observador 
da arte, de tal forma que este possa ordenar tais informações e 
criar os parâmetros mentais adequados para a assimilação do 
fenômeno estético a que está exposto. Tal assimilação ocorre, 
evidentemente, a partir dos limites pessoais do gosto e do 
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© U1 – Introdução à Estética
repertório de quem se depara com a obra de arte. Deve-se ressaltar 
que a conjugação de tantos elementos compondo os fenômenos 
estéticos contemporâneos permite infinitas leituras por meio dos 
espectadores. 
Imagem e imaginário
A palavra "imagem" vem de imago, do latim. O prefixo "im", 
proveniente do latim in, é um elemento que se refere ao objeto 
inserido em determinado espaço ou contexto. Podemos tomar 
como exemplo as palavras "incorporar", "infiltrar" e "inspecionar".
Na psicanálise, a palavra "imagem" tem uma relação íntima 
com "imaginário", o conjunto de imagens mentais criado a partir 
dos nossos desejos, medos, realizações e relações interpessoais. 
Já para a física ótica, "imagem" é uma reprodução invertida que 
uma superfície polida revela de determinado objeto que reflete. 
Assim, os raios luminosos penetram nos olhos, são desviados pela 
córnea e pelo cristalino, que os faz convergir para a retina. As 
células nervosas da retina transformam a luminosidade captada 
em impulso nervoso, e este segue para o cérebro por meio dos 
nervos óticos (Figura 13). Ou seja: a imagem, na física, pode ser 
considerada como um conjunto de pontos luminosos provindos de 
diversos pontos de um dado objeto. 
Figura 13 O olho humano e as imagens.
© Estética I42
Esta imagem pode ser considerada real ou virtual. A imagem 
real é aquela registrada em uma superfície. Já a virtual é aquela 
que não tem existência real no espaço. O exemplo mais utilizado 
na física é a imagem vista em um espelho plano: esta seria formada 
apenas enquanto fenômeno na consciência do receptor.
Podemos, portanto, afirmar que a palavra "imagem" sintetiza 
um conjunto de diferentes definições, de acordo com as várias 
disciplinas do conhecimento. Se forem colocados lado a lado os 
muitos conceitos, podemos chegar à ideia geral de que a imagem 
seria um protótipo gerado a partir da interpretação cerebral, 
aproximando o indivíduo da percepção do lugar e do contexto. 
A concepção da física está subordinada à ideia de olhar, mas 
é sabido que o impulso nervoso pode ser gerado por diferentes 
órgãos dos sentidos, ou mesmo pelo estímulo não programado 
do nosso imaginário, como acontece nos sonhos. Não é apenas 
dos sentidos, portanto, que provém a nossa capacidade de ver 
imagens, mas também dos sentimentos, da memória e de todos 
os elementos que,conjugados, nos asseguram a percepção visual.
Assim, quando se tem uma alucinação, por exemplo, há a 
produção de imagens. O mesmo ocorre, como já foi dito, quando 
sonhamos. E este campo do imaginário, que abre a possibilidade 
de surgimento de imagens vindas do inconsciente ou mesmo 
deliberada e conscientemente produzidas, é um dos terrenos mais 
férteis para a produção artística. que o digam os surrealistas, que 
tiveram como viga mestra da sua escola artística a capacidade 
humana de sonhar, delirar ou mesmo imaginar sem que essa 
capacidade seja, necessariamente, atrelada à parte consciente da 
mente.
É interessante relembrar que o Surrealismo teve início como 
um movimento literário, caminhando depois para a esfera das artes 
plásticas. Seu principal líder e "fundador" foi o poeta francês André 
Breton, (1896-1966), um dos responsáveis pela organização e pela 
edificação teórica da corrente. Em 1919, fundou a revista Littérature 
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© U1 – Introdução à Estética
e pouco depois começou, com o auxílio de outros artistas, a 
desenvolver o princípio do automatismo, que se traduzia na defesa da 
criação "automática", rápida, direta, com o mínimo de interferência 
do lado consciente da mente. Para desenvolver algumas das bases 
da estética surrealista, Breton partiu de seus conhecimentos em 
psiquiatria, literatura e pintura. A aplicação "prática" dessa bagagem 
aconteceu em 1922, quando ele iniciou seus experimentos com o 
automatismo em escrita e desenho, mas o Surrealismo atingiu seu 
ápice na década de 1930. Veja a Figura 14.
fonte: Lucie-Smith (1982, p. 62).
Figura 14 Exemplo de obra de arte surrealista: Seis aparições de Lênin sobre um piano, 
Salvador Dalí, 1933, 114 x 146 cm.
O movimento defendia a criação artística que fugisse ao 
controle do consciente, isto é, que fosse voltada às imagens 
(poéticas ou plásticas) que dessem asas aos sonhos, medos e delírios 
que temos represados dentro de nós. Por isso, o Surrealismo foi 
bastante atrelado à Psicanálise, desenvolvida pelo médico tcheco 
– que cresceu em Viena – Sigmund Freud (1856-1939). 
© Estética I44
Pode-se dizer que, grosso modo, os dois pontos-chave da 
psicanálise são: o inconsciente e o sexo. A Psicanálise coloca o sexo 
não apenas na esfera do orgânico, mas também no domínio do 
psíquico. O que Freud propôs foi principalmente a ideia de que 
os fenômenos histéricos têm um sentido, surgindo a partir do 
inconsciente, que funcionaria como uma espécie de depósito de 
todos os nossos desejos e frustrações, algo que evidentemente 
torna inconsciente e sexo elementos praticamente inseparáveis. 
O estudo das neuroses, dos sonhos, dos atos falhos e dos ditos 
espirituosos seria um meio de se chegar ao inconsciente (e de se 
tratar as neuroses e seus sintomas) e às teorias de Sigmund Freud, 
não com sentido rigoroso, mas utilizando-as como um dos pontos 
de partida para um novo tipo de criação artística.
quando utilizada como instrumento da economia capitalista, 
especialmente por meio da publicidade, a imagem torna-se uma 
verdadeira ferramenta de sedução, estimulando o consumo de 
determinado produto ou favorecendo a absorção de determinada 
ideia. Uma vez assimilada, a imagem passa a fazer sentido para o 
receptor servindo de parâmetro para novas sinapses mentais. Por 
isso, a imagem sedutora, aquela que "induz", não é necessariamente 
a imagem clara e explícita, a que mostra tudo e explica tudo; ao 
contrário, a imagem mais apta a "seduzir" é a que deixa um bom 
espaço para ser preenchido com a imaginação do próprio receptor. 
Isso porque o homem possui a necessidade de avançar cada vez 
mais em sua curiosidade e busca do conhecimento, caminhada 
que é alimentada pelo desejo, segundo o alemão Georg Wilhelm 
Friedrich Hegel (1770-1831), um dos mais importantes filósofos 
do século 19, responsável pelo desenvolvimento moderno do 
processo dialético de busca do conhecimento. Suas teorias foram 
alguns dos grandes pilares do pensamento filosófico do final dos 
anos 1800 e início dos anos 1900, sendo que uma das áreas da 
Filosofia em que Hegel mais atuou foi, justamente, a Estética.
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© U1 – Introdução à Estética
Assim, retomando a ideia simplificada de imagem como fruto 
mental da percepção, e considerando o processo decodificador e 
de absorção da imagem como uma caminhada movida pelo desejo, 
chegamos a um terceiro elemento: o homem contemporâneo.
Nós, homens contemporâneos, vivemos em uma sociedade 
que transformou as individualidades em números e códigos de 
barra. Trata-se, metaforicamente falando, de uma sociedade de 
formigas, massificada e comandada pelas grandes corporações 
por meio da tecnologia. Nesta sociedade, o sujeito é submetido 
ao enquadramento de uma racionalidade niveladora. Passamos a 
ser, portanto, não homens "qualificados", mas "quantificados". A 
Figura 15 ilustra o homem contemporâneo.
Figura 15 Imagem metafórica do homem contemporâneo.
Tal visão de mundo já fora prenunciada por Freud em sua obra 
O mal-estar na civilização, na qual o "pai da psicanálise" comenta 
acerca das desventuras do homem comum e das possibilidades de 
tratá-lo e compreendê-lo por meio do processo analítico. Opções 
frente a este estado de coisas são, entre outras, as propostas pelo 
© Estética I46
Surrealismo, que aproxima os limites da arte e da vida, e por teorias 
como as do pensador Edgar Morin, sociólogo e filósofo francês de 
origem judaico-espanhola, autor de mais de trinta livros em áreas 
como a Filosofia, a Sociologia e a Epistemologia e um dos pensadores 
mais importantes do século 20. Segundo ele (2008, n.p.): 
[...] a arte nos fala de nós mesmos, dos problemas de nossa vida. 
Se tomarmos, por exemplo, a última obra de Beethoven, no final, 
ele quis escrever o sentido de sua música. Ele escreveu 'Mussen 
es seinen? Es mussen sein' (São possíveis todas as tragédias da 
vida, todas as dores da vida, todas as dificuldades da vida? Sim, 
são possíveis). A primeira frase é uma revolta contra o destino e a 
segunda nos diz que é preciso aceitá-lo. Beethoven nos deixa diante 
de suas contradições. Cada um de nós deve se revoltar contra o 
destino e aceitá-lo ao mesmo tempo.
De qualquer maneira, não se trata de uma concepção 
absolutamente original da contemporaneidade. Na verdade, algo 
próximo já aparece no pensamento de Lao-Tzu, também conhecido 
como Lao Tsé. Pouco se sabe sobre esse pensador, e não há a certeza 
de ter-se tratado de um personagem real ou mítico. Entretanto, 
Lao Tzu aparece como um dos principais nomes da antiga filosofia 
oriental (no caso, chinesa), sendo atribuída a ele a autoria de um 
dos livros mais importantes desta tradição: o Tao Te Ching, utilizado 
na filosofia e na religião taoístas, aproximadamente 500 a.C. Para 
ele, a evolução do homem começa nos sentidos, passando pela 
inteligência e chegando ao "logos", a razão. 
A emoção surge do encontro entre as imagens e os valores 
pessoais ativados pelas imagens. Portanto, o objeto artístico 
comunica, mas não é o responsável por todo o percurso da 
apreensão estética, tornando-se um instrumento que reúne 
reflexão e desejo. 
Podemos dizer, portanto, que tudo o que é visto passa a 
compor o chamado "imaginário" após ser interligado à nossa rede 
cerebral. Vale, contudo, ressaltarmos a diferença entre "ver" e 
"olhar". Enquanto "ver" está ligado ao sentido da visão, "olhar" 
significa um pouco mais: o processo através do qual a imagem 
atravessa a retina e se torna imagem cerebral.
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8. A ESTéTICA COMO DISCIPLInA
A Estética, enquanto ramo da Filosofia, evidentemente pode 
ser estudada segundo esta ou aquela corrente de pensamento, 
esta ou aquela escola filosófica. O que deve ficar claro em nosso 
contato inicial com esse tipo de conhecimento é que devemos nos 
armar de ferramentas que nos permitam averiguar a pertinência 
dos discursos críticos. Tais ferramentas partem de uma redobradaatenção conceitual que, acima de tudo, deve tentar nos livrar dos 
erros de análise que Edgar Morin chamou de erros mentais, da 
razão e paradigmáticos.
Eles são causados, sobretudo, pela interferência excessiva da 
nossa subjetividade nas análises estéticas. Isso faz que estas sejam 
contaminadas demais com nossa visão de mundo, que por sua vez 
é construída segundo a nossa própria vivência, conhecimento e fé. 
Em outras palavras, nossas concepções e ideais podem, sem per-
cebermos, sobrepor-se à racionalidade e meticulosidade exigidas 
para uma boa análise estética. Por isso, devemos estar atentos aos 
erros:
• Mentais: causados pelos dispositivos cerebrais que nos 
permitem distinguir o que é imaginado e o que realmen-
te se apresenta diante de nós enquanto realidade mate-
rial e física. Tais erros mentais podem ser, muitas vezes, 
de cunho intelectual, ou seja, causados por sistemas de 
ideias (teorias, doutrinas, ideologias) que atuam forte e 
imperceptivelmente sobre nossa percepção.
• Racionais: a racionalidade é a melhor proteção contra o 
erro e a ilusão, mas traz a possibilidade de erro quando é 
"pervertida". Tal perversão pode ocorrer quando a racio-
nalização acaba criando falsas justificativas para respon-
der às questões estéticas, justificativas promovidas por 
crenças e paradigmas que atuam sem que possamos nos 
dar conta.
© Estética I48
• Paradigmáticos: causados pela tomada de modelos ex-
plicativos ou paradigmas falhos como pontos de partida 
analíticos. Assim, o próprio paradigma cartesiano, mé-
todo racional do filósofo francês René Descartes (1596-
1650) baseado na dúvida e que serviu como base para 
os primeiros passos da ciência moderna, pode, em alguns 
casos, por fundamentar-se em princípios binários (como 
sujeito/objeto, alma/corpo, espírito/matéria, qualidade/
quantidade, sentimento/razão, existência/essência, cer-
to/errado etc.), estar sujeito ao erro quando é necessário 
considerar-se mais variáveis e fatores para uma análise 
estética.
Por fim, podemos dizer que a evolução da 0 conduziu-a a 
uma conexão com a ideia de liberdade. O homem é, muitas vezes, 
considerado historicamente prisioneiro (de suas crenças, paradig-
mas e ideias), mas tal situação pode ser revertida, ou pelo menos 
reconfigurada, quando o inesperado, ou seja, o novo, manifesta-
-se. E não é raro que este tipo de manifestação ocorra por meio da 
linguagem artística.
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu 
desempenho no estudo desta unidade:
1) Há maneiras de avaliar uma obra de arte ou qualquer manifestação estética 
fora dos critérios pessoais da subjetividade? Para fazê-lo, qual critério 
podemos utilizar?
2) As teorias e as abordagens conceituais da Arte e da Estética partiram apenas 
da subjetividade dos filósofos e estudiosos ou foram embasadas em critérios 
firmes de construção intelectual?
3) quais pensadores são exemplos de construtores de critérios objetivos 
para a análise estética? Cite um tipo de teoria construída por algum desses 
pensadores.
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© U1 – Introdução à Estética
4) As imagens são apenas reais ou parte de um processo que inclui os sentidos, 
o cérebro e os sentimentos? Por quê?
5) Numa análise estética, quais são os tipos de erros metodológicos mais 
cometidos? Cite um exemplo.
10. COnSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você conheceu o universo de significações 
que circundam a Arte, sua produção e circulação. Este estudo teve 
por objetivo funcionar como introdução ao campo da Estética, 
abordando diversos autores que voltarão a ser comentados com 
maior profundidade nas próximas unidades.
Você já começa a perceber, portanto, o quanto é importante 
para seus estudos a busca constante pelo conhecimento sobre a 
Arte, suas técnicas, seus meios e suas finalidades; pois a Arte é, 
sobretudo, um campo com inúmeros fatores a serem analisados, 
sendo este conjunto o que garantirá a potencialidade das obras.
11. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
figura 1 Marylin Monroe – "ideal" de beleza feminina na década de 1950. Disponível em: 
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Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/ba/Tizian_102.
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© Estética I52
12. REfERênCIAS BIBLIOGRÁfICAS
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Zahar Editor, 1976.
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BENSE, M. Pequena estética. São Paulo: Perspectiva, 1971.
BOSI, A. Reflexões sobre a arte. 2. ed. São Paulo: Ática, 1986.
EAGLETON, T. A ideologia da estética. Tradução de Mauro Sá Rego Costa. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar Editor, 1993.
FERRIER, J.; PICHON, Y. L'Aventure de l'Art du XXº Siécle. Paris: Hachette, 1988.
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. 16. ed. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: 
LTC, 2000.
LUCIE-SMITH, E. Chefs d'Euvres du Musée National d'Art Moderne. Londres: Thames and 
Hudson, 1982.
OSBORNE, H. Estética e teoria da arte: uma introdução histórica. 3. ed. Tradução de 
Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, 1978.
PANOFSKY, E. Idea: a evolução do conceito de belo. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
READ, H. O significado da arte. Tradução de A. Neves-Pedro. Lisboa: Ulisseia, 1968.
EA
D
Arte e Conhecimento
2
1. OBjETIVOS
• Conhecer os principais pensadores da Antiguidade grega 
e suas concepções sobre Arte e Estética. 
• Compreender a intersecção entre Estética e manifesta-
ções artísticas na escultura, pintura e teatro gregos. 
• Conhecer os principais pensadores da antiga China e suas 
ideias sobre o mundo, a Arte e a beleza. 
2. COnTEúDOS
• Conceitos gerais.
• Filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles.
• Teatro grego.
• Artes plásticas gregas.
• Filósofos chineses: Confúcio e Lao-Tzu.
• O Belo na China.
• Escultura e pintura.
© Estética I54
3. ORIEnTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UnIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Para saber mais sobre a vida e a obra de Sócrates, assista 
ao filme Sócrates, produzido pela televisão italiana e 
dirigido pelo cineasta italiano Roberto Rosselini, lançado 
pela Versátil Home Vídeo em 1974.
2) Para fazer e manter contato com a filosofia platônica, 
leia o livro de bolso lançado pela Editora L&PM, em 
2009, Apologia de Sócrates, que reproduz os diálogos de 
Platão: Críton e Eutífron. 
3) É interessante fazer a leitura de A Poética de Aristóteles e 
Édipo Rei, ambos com várias traduções para o português. 
4. InTRODUÇÃO à UnIDADE
Na Unidade 1, tivemos uma visão geral dos conceitos 
relacionados aos estudos de Estética. Nesta, conheceremos os 
principais filósofos gregos e chineses que influenciaram esses 
estudos, e de que maneira as reflexões desses pensadores da 
Antiguidade ainda ecoam nos dias de hoje.
Perceber o alcance atual de ideias surgidas há tantos séculos 
é algo que vem se tornando recorrente. Há algum tempo, as 
filosofias da Antiguidade grega e oriental voltaram a ser valorizadas 
e compreendidas como parte de um corpo de conhecimento 
holístico. O holismo busca abarcar todos os aspectos do saber, 
vendo-o como um conjunto e não como algo divisível, que possa 
ser estudado em partes. Além disso, essas filosofias voltaram a 
integrar o conhecimento metafísico, regido pela razão pura – ou 
seja, abdicando de experiências empíricas em prol de proposições 
e deduções lógicas. 
Nesta unidade, embarcaremos, portanto, nesse processo de 
revalorização, tratando da origem dos estudos acerca da percepção 
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Claretiano - Centro Universitário
© U2 – Arte e Conhecimento
do "belo" e do surgimento dos conceitos filosóficos aos quais hoje 
chamamos de componentes dos estudos estéticos.
É importante perceber que o conceito de "beleza" estava 
diretamente relacionado à sociedade da época e a seu modo 
de vida. Tendo isso em mente, poderemos também perceber a 
diferença entre a Estética do Oriente e a do Ocidente por meio de 
seus grandes filósofos. 
A Estética (enquanto estudo) na Antiguidade teve grande 
influência não apenas no campo filosófico, mas sobretudo na 
aplicação de ideias e visões do mundo da Arte. Veremos nesta 
unidade como tudo isso se deu. Bons estudos! 
5. COnCEITOS GERAIS
A tarefa dos estudos de Estética não está propriamente 
em ditar regras de como deve ser uma "boa" obra de arte, nem 
em teorizar normativamente, ou seja, de maneira prescritiva, 
enumerando o que deve ser feito, a respeito da Arte. Em vez 
disso, os estudos estéticos analisam as obras de arte segundo 
critérios filosóficos bem fundamentados. Tampouco se pode dizer 
que a Estética determina técnicas ou materiais que devem ser 
empregados, mas compreende a importância deles no campo das 
artes, conectando-os aos estilos artísticos, à História, à Sociologia e 
à própria Filosofia. Pode-se dizer, então, que a Estética é o próprio 
conhecimento relacionado à Arte e às questões que a envolvem.
Devemos salientar que a Estética, além de não ser Arte, mas 
sim um estudo sobre a Arte, não é um estilo artístico, tampouco é 
uma teoria que defenda este ou aquele estilo artístico. A Estética 
é um estudo especulativo e não pragmático, tendo fim em si 
mesma. Sua finalidade está sempre no conhecimento, no exercício 
filosófico e na crítica reflexiva a respeito da Arte.
Os primeiros filósofos surgiram na Antiguidade. Alguns 
deles discutiram a essência do belo em um contexto histórico de 
importantes definições, sobretudo políticas e sociais. A seguir, 
conheceremos mais sobre alguns desses filósofos.
© Estética I56
6. fILóSOfOS GREGOS
Iniciaremos este tópico com uma citação na qual Platão cita 
Sócrates discutindo a respeito de juízos éticos ou estéticos:
Então, qual seria o assunto que, por não ser passível de decisão, 
causaria entre nós inimizade e nos tornaria reciprocamente 
irritados? Pode ser que não esteja a teu alcance, mas considera, 
pelo fato que estou dizendo, se se trata do justo e do injusto, do 
belo e do feio, ou do bom e do mau. Com efeito, não é por causa 
disso que, justamente devido às nossas diferenças e por não poder 
conseguir uma decisão unânime, nos convertemos em inimigos uns 
dos outros, quando

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