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UNIVERSO – UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
* Apostila elaborada pelo Prof. Ms. Antônio Marcos Lerbach adaptada pela Prof
a
 Ms. 
Rosemary Moreira Pouças 
1 
 
Disciplina: Voleibol 
Professora: Rosemary Moreira Pouças 
 
VOLEIBOL* 
A origem do Voleibol 
O vôlei foi criado em 1895 pelo americano William George Morgan, que 
assumira naquele ano a função de professor de educação física na YMCA 
(Associação Cristã de Moços) de Holyoke, Massachusetts (EUA). Ele tentava criar 
uma nova competição em quadra coberta que pudesse ser praticada pelos seus 
alunos. 
Antes de se formar na faculdade em Springfield, Morgan conheceu James 
Naismith, que havia criado o basquete em 1891. No entanto, este esporte 
apresentava atividades intensas e com demasiado contato físico, o que se tornava 
atrativo para os praticantes mais jovens. E a intenção de Morgan era criar um jogo 
recreativo que ao mesmo tempo fosse competitivo e sem contato físico, para atrair o 
público mais velho. Utilizando seus conhecimentos dos métodos de treinamentos 
esportivos e sua própria experiência como atleta, Morgan teve uma ideia, assim 
explicada por ele: 
Na procura de um jogo apropriado, o tênis veio a minha mente. No entanto, 
para jogar tênis são necessários raquetes, bolas, a rede e outros equipamentos. 
Então, o tênis estava fora de questão - mas a idéia da rede me pareceu boa. 
Fixamos uma rede a 1,85 m do chão, pouco acima da cabeça de um homem de 
estatura mediana. Precisávamos de uma bola e entre todas as que experimentamos 
estava à câmara da bola de basquete. Mas era muito leve e muito lenta. Então, 
testamos a própria bola de basquete, que era muito grande e muito pesada. 
Por fim, Morgan contratou a empresa A.G. Spalding & Bros. para fabricar uma 
bola especial, o que fizeram em sua fábrica em Chicopee, Massachusetts. O 
resultado foi uma bola nos padrões das utilizadas hoje em dia: era coberta de couro 
com uma câmara de borracha, sua circunferência variava de 63,5 cm a 68,6 cm, e 
seu peso ficava entre 252 g e 336 g. 
 
 
 
UNIVERSO – UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
* Apostila elaborada pelo Prof. Ms. Antônio Marcos Lerbach adaptada pela Prof
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 Ms. 
Rosemary Moreira Pouças 
2 
Já com a idéia básica do Mintonette, Morgan convidou seus amigos Dr. Frank 
Wood e John Lynch para, baseados em suas sugestões, desenhar os conceitos 
básicos do jogo e formular as primeiras dez regras do novo esporte. 
No início de 1896, uma conferência foi organizada na faculdade YMCA de 
Springfield, na qual estiveram presentes todos os professores de educação física da 
YMCA. Morgan, então, foi convidado pela direção para fazer uma demonstração de 
seu jogo no ginásio recém-inaugurado da faculdade. Ele chamou seus amigos e 
formaram dois times, cada um com cinco jogadores. O capitão de uma das equipes 
foi J.J. Curran e da outra, John Lynch, que eram o prefeito e o chefe do Corpo de 
Bombeiros de Holyoke, respectivamente. 
Morgan explicou que o novo jogo era designado para ginásios cobertos, mas 
também poderia ser disputado em locais abertos. E um número ilimitado de atletas 
poderia participar - sendo o objetivo do jogo manter a bola em movimento por cima 
da rede, de um lado para o outro. 
Após assistir à demonstração e ouvir as explicações de Morgan, o professor 
Alfred T. Halstead chamou a atenção para a ação do voo da bola por cima da rede 
(voleio), sem tocar o chão, e propôs que o nome Mintonette fosse substituído por 
Volley- Ball. O nome foi aceito por Morgan e pela conferência, permanecendo desta 
forma até 1952, quando o Comitê Administrativo da então Associação de Volley-Ball 
dos Estados Unidos votou pela pronúncia do nome em apenas uma palavra, 
passando para a forma definitiva Volleyball. 
Na conferência, Morgan deu uma cópia manuscrita das regras aos outros 
professores como um guia para o uso e o desenvolvimento do esporte. Então, um 
comitê foi formado para estudar as regras e produzir sugestões para o ensino e a 
promoção do esporte. Em 1897, a prática do vôlei já havia se espalhado por todo o 
país, levada pelos professores das diversas unidades da YMCA. 
O primeiro país estrangeiro a conhecer o esporte foi o Canadá, em 1900, 
também por meio da associação. O segundo foi Cuba, em 1906, levado pelo oficial 
do Exército americano Augusto York, que participou da segunda intervenção militar 
dos EUA na ilha caribenha. A partir daí, Elwood S. Brown levou o esporte para as 
Filipinas (1910), J. Howard Crocker para a China, Franklin H. Brown para o Japão 
(1908), Dr. J.H. Gray para China e Índia, e outros precursores no México, na 
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América do Sul, Europa e África. Ocorre a primeira grande alteração nas regras: a 
altura da rede passa a ser de 2, 13 m. 
Em 1912, a ACM promove em Montevidéu (Uruguai), a primeira 
demonstração pública de vôlei. Em quase toda a América, a modalidade começa a 
ser difundida: são construídas quadras em praias, estações de veraneio e outras 
áreas de lazer, aumentando a popularidade do esporte e o número de praticantes. A 
altura da rede passa a ser alterada novamente, para 2,28 m do solo. Os sets 
passam a ter 15 pontos. O rodízio é introduzido. 
Em 1913, o vôlei já estava presente em toda a Ásia, tanto que foi incluído no 
programa dos primeiros Jogos Orientais, organizados em Manila, capital filipina. Por 
muitos anos, o esporte foi praticado segundo as regras ensinadas por Elwood S. 
Brown, nas quais os times eram formados por 16 atletas - para permitir um maior 
número de participantes. 
Em 1916, um artigo do Guia de Vôlei Spalding escrito por Robert C. Cubbon 
estimou que os praticantes de vôlei nos EUA já totalizava 200 mil. Naquele mesmo 
ano, a YMCA conseguiu que a NCAA (a maior liga de esportes universitários dos 
EUA) divulgasse o vôlei em seus artigos, contribuindo para o rápido crescimento do 
esporte entre os jovens universitários. 
Em 1918, o número de jogadores por time foi limitado a seis e, em 1922, o 
número máximo de toques na bola permitido foi fixado em três. Até os anos 30, o 
vôlei foi praticado mais como uma forma de recreação e lazer, e houve poucas 
atividades internacionais e competições. Isso devido ao fato que havia diferentes 
regras em várias partes do mundo. Entretanto, campeonatos nacionais já eram 
disputados nos países da Europa oriental, para onde o esporte foi levado pelos 
soldados americanos a partir de 1915, na 1ª Guerra Mundial. Também em função da 
1ª Guerra Mundial, o Egito foi o primeiro país africano a descobrir o vôlei. 
Em 1924, houve uma demonstração de esportes americanos nas Olimpíadas 
de Paris (FRA) e o vôlei estava entre eles. No entanto, foi apenas em setembro de 
1962, no Congresso de Sofia (Bulgária), que o vôlei foi admitido como esporte 
olímpico. Sua primeira disputa se realizou nas Olimpíadas de Tóquio (JAP), em 
1964, com a presença de dez países no masculino - Japão, Romênia, Rússia, 
Tchecoslováquia, Bulgária, Hungria, Holanda, Estados Unidos, Coréia do Sul e 
Brasil. O primeiro campeão olímpico masculino foi a Rússia, a Tchecoslováquia foi a 
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vice e a medalha de bronze ficou com o Japão. No feminino, o Japão também levou 
o ouro, a Rússia ficou em segundo e a Polônia, em terceiro. 
O primeiro Campeonato Mundial foi disputado em Praga, na Tchecoslováquia, 
em 1949, vencido pela Rússia. 
William Morgan, que era conhecido pelo apelido de Armário, devido ao seu 
porte físico, morreu em 27 dedezembro de 1942, aos 72 anos de idade. 
 
O Vôlei no Brasil 
 
Não se tem registro de quando o vôlei chegou às terras brasileiras. 
Oficialmente, a primeira competição do esporte no país foi realizada em Recife (PE), 
em 1915, organizada pela Associação Cristã de Moços (ACM) local, e com regras e 
regulamento definidos. Assim, tudo leva a crer que o esporte já era praticado 
informalmente antes desta data. A partir daquele momento, entretanto, colégios de 
outras cidades pernambucanas passaram a ter o vôlei como uma de suas disciplinas 
de educação física. Dois anos depois, em 1917, o esporte chegou a ACM de São 
Paulo. 
A primeira competição internacional da qual o Brasil participou foi o 1º 
Campeonato Sul-Americano, em 1951, mesmo antes da fundação da Confederação 
Brasileira de Volley Ball (CBV), em 1954. O Sul-Americano foi patrocinado pela 
então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), com o apoio da Federação 
Carioca de Volley Ball, e aconteceu no ginásio do Fluminense, no Rio de Janeiro, 
entre 12 e 22 de setembro daquele ano, sendo campeão o Brasil, no masculino e no 
feminino. 
Em 1954, a Confederação Brasileira de Voleibol foi criada com o objetivo de 
difundir e desenvolver o vôlei no país. Dez anos mais tarde, o vôlei brasileiro marcou 
presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando o esporte fez sua estréia na 
competição. Assim como no futebol o Brasil é o único país que disputou todas as 
Copas do Mundo, os sextetos nacionais masculinos de vôlei participaram de todas 
as edições das Olimpíadas. 
A estréia do país em competições em solo europeu foi para a disputa do 
Campeonato Mundial de Paris (FRA), em 1956, quando a Seleção masculina foi 
comandada pelo técnico Sami Mehlinsky. O Brasil terminou na 11ª colocação. 
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Os primeiros títulos importantes conquistados pelas Seleções Brasileiras 
masculina e femininas aconteceram em Jogos Pan-Americanos. Em 1959, a equipe 
feminina sagrou-se campeã da competição em Chicago (EUA) enquanto que a 
masculina foi vice-campeã. O feito da Seleção feminina foi repetido em 1963 em São 
Paulo, sendo que desta vez a Seleção masculina também foi campeã. 
A grande virada do vôlei brasileiro começou em 1975, quando Carlos Arthur 
Nuzman assumiu a presidência da CBV. Nuzman lutou para que o Brasil sediasse os 
mundiais juvenis masculino e feminino em 1977. Apostando na idéia de que 
marketing e esporte podem caminhar lado a lado, o dirigente atraiu a atenção das 
empresas para o esporte, o que nas Olimpíadas de Los Angeles possibilitou a 
criação de uma infra-estrutura permitindo a profissionalização dos atletas, no início 
da década de 80, e servindo de exemplo para os outros esportes coletivos do país. 
Logo os bons resultados começaram a aparecer. O país conquistou a primeira 
medalha em um torneio de nível mundial na Copa do Mundo do Japão, em 1981, 
quando a Seleção masculina garantiu a medalha de bronze. No ano seguinte, a 
mesma equipe sagrou-se vice-campeã mundial na Argentina. Nos Jogos Olímpicos 
de Los Angeles, em 1984, a seleção masculina conquistou a tão sonhada medalha, 
de prata. Num crescente, o Brasil chegou ao auge na conquista do ouro olímpico em 
Barcelona-1992. 
Depois, vieram à conquista da Liga Mundial, em 1993 e 2001, 2003, 2004 e 
2005, em 2002 o Mundial da Argentina, em 2004 a conquista da medalha de ouro na 
Olimpíada de Atenas, coroando um trabalho primoroso do esporte no país. 
Paralelamente, a Seleção feminina também passou a ser sinônimo de 
competitividade no cenário mundial ao conquistar duas medalhas olímpicas, ambas 
de bronze, em Atlanta/96 e Sydney/2000, além do Grand Prix (1993, 1995, 1997 e 
2005). 
E não foi apenas nas quadras duras que os brasileiros mostraram domínio. 
Nas areias, o Brasil vem dominando o cenário mundial há uma década. Na estréia 
do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de Atlanta, um feito histórico: ouro e prata no 
feminino.Na Olimpíada de Sydney, foram duas pratas e um bronze. 
Em Atenas 2004 foram as medalhas de ouro no masculino e prata no 
feminino. 
 
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6 
Referências bibliográficas 
 
Disponível em: www.planetavolei.com.br. Acesso em 29/07/05. 
 
http://www.planetavolei.com.br/
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O VOLEIBOL – ESTRUTURA FUNCIONAL 
 
O voleibol como esporte 
 
O Voleibol pertence ao grupo dos jogos esportivos coletivos e, como tal, é 
condicionado por leis específicas do jogo. Este código de conduta apresenta-se, na 
sua essência, como um conjunto de prescrições que, aliadas às noções de equipe e 
adversário, dão corpo àquilo que se pode designar por lógica do jogo. 
A análise do comportamento específico do jogador dentro do jogo pode 
contribuir para uma melhor compreensão e estudo da estrutura funcional do jogo de 
voleibol. 
 
Características do jogo 
 
O voleibol é praticado num campo dividido em duas metades, sendo que a 
separação das metades é feita por uma rede, que impede o contato direto entre os 
jogadores das equipes disputantes. No campo de jogo, doze jogadores disputam a 
partida, sendo seis de cada lado (nunca mais que seis em quadra), sendo destinada 
uma área muito reduzida para cada jogador – aproximadamente três metros 
quadrados do campo para cada um. 
Os jogadores devem saber jogar em todas as posições, cada uma das quais 
requer distintas capacidades físicas e técnicas. 
O tempo regulamentar do contato com a bola é muito limitado tanto pelo que 
se refere ao tempo como a distância, fazendo com que os movimentos previstos no 
toque da bola sejam extremamente importantes. 
O jogo se caracteriza por deslocamentos curtos e rápidos, com forte atividade 
dos jogadores das duas equipes e com períodos de intervalo entre uma disputa e 
outra na quadra. O cenário do jogo de vôlei troca rápido e constantemente devido ao 
movimento dos jogadores, a velocidade da bola, a variedade das ações e 
movimentos das duas equipes e a relação da bola com os jogadores de ambos os 
lados. Os movimentos exigidos a cada jogada trocam a uma velocidade muito alta, e 
a grande variedade de manobras ofensivas e defensivas (de indivíduos ou de toda 
uma equipe) faz o cenário trocar ainda com maior rapidez. O voleibol exige também 
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grande quantidade de estratégias planejadas por parte das equipes altamente 
treinadas. Dessa forma, os jogadores de voleibol devem reunir grande leque de 
habilidades e o correspondente treinamento deve ter ampla base. 
 
O campo de jogo 
 
O voleibol é jogado num campo (ou quadra) de dezoito metros de 
comprimento por nove de largura. O campo se encontra definido por várias linhas, 
assim distribuídas: linhas de saque, linhas de fundo, linhas de ataque, linha central e 
linhas laterais. 
As linhas de saque são duas de cada lado do campo e se encontram 
demarcadas em cada extremidade, no prolongamento das linhas laterais. Cada uma 
mede quinze centímetros de comprimento e cinco centímetros de largura e distam 
vinte centímetros atrás e perpendicularmente das linhas de fundo. Essas linhas de 
saque demarcam a área chamada de zona de saque, onde o jogador da equipe que 
detém o serviço deverá executar o saque. A distânciacorrespondente à zona do 
saque (vai de uma a outra linha de saque) é de nove metros. As linhas de fundo e 
lateral servem para delimitar o campo em suas extremidades (lateral e fundo). As 
linhas de ataque são utilizadas como orientação para os atacantes e desde ali se 
inicia a aproximação final do jogador para a bola (para o ataque). Essas linhas se 
encontram a três metros da linha de centro e paralelamente a cada lado da mesma. 
A linha central se encontra justamente embaixo da rede e divide a área de jogo em 
duas partes iguais. 
A totalidade do campo se encontra rodeada por linhas de jogo de cinco 
centímetros de largura e a uma distância de pelo menos dois metros de qualquer 
obstáculo. A altura da rede medida desde o centro do campo é de 2,43 metros para 
os homens e 2,24 metros para as mulheres, variando essas alturas nas categorias 
de iniciantes.(FIG. 1, 2 e 3). 
 
 
 
 
 
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FIGURA 1 – Diagrama com as medidas e zonas do campo de vôlei.(Regras do 
voleibol – Fonte CBV). 
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FIGURA 2 – Diagrama da área de jogo (Regras do voleibol – Fonte CBV) 
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FIGURA 3 – Desenho da rede. (Regras do voleibol – Fonte: CBV) 
 
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 A bola – instrumento do jogo 
 
A bola de voleibol tem uma circunferência de 65 a 67 centímetros e pesa de 
260 a 280 gramas (FIG. 4). Ela é confeccionada através de partes que chamamos 
de gomos, sendo que atualmente, esses gomos são pintados de várias cores (três 
cores são utilizadas para a pintura dos gomos), dando um aspecto colorido à bola de 
jogo. 
 
 
FIGURA 4 – Bola de voleibol 
 
A bola deverá estar inflada a uma pressão estabelecida para a mesma, no 
qual devemos respeitar a sua forma arredondada a fim de assegurar o tato e a 
própria vida útil da bola. A pressão deve oscilar entre 0.45 a 0.50 kg por 
centímetro.O árbitro deve examinar a bola antes e durante uma partida para 
assegurar-se de que a mesma mantém suas características arredondadas e a 
calibragem correta. 
 
O Objetivo do jogo 
 
O objetivo do jogo consiste em fazer com que a bola toque o chão da quadra 
adversária, procurando evitar que a mesma toque o chão da quadra em prontidão. 
Para isto, são apresentadas duas situações básicas do jogo: atacar e defender. 
(FIVB, Manual do treinador, 1979). 
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Para cumprir essas situações de atacar e defender, as equipes utilizam 
maneiras de jogar, observando características específicas de seus jogadores e do 
adversário. Essas maneiras de jogar são chamadas de tática. 
A tática está determinada, essencialmente através de regras, sobre a forma e 
o terreno de jogo, número de jogadores, número possível de ações e o número de 
formas (técnicas). 
 
Os procedimentos de jogo 
 
Para atingir o objetivo do jogo, os jogadores executam ações individuais. 
Constam de procedimentos técnicos com uma estrutura específica, subordinados, ao 
denominado pensamento tático. A técnica são atos motores integrados, típicos do 
jogo de voleibol, que permitem ao jogador manobrar a bola, deslocar-se e executar 
os movimentos necessários para a ação de jogo pretendida. 
No jogo de voleibol, podem-se distinguir como procedimentos técnico-táticos: 
o saque, a recepção do saque, o levantamento, o ataque, o bloqueio e a defesa. As 
formas de execução de tais procedimentos podem ocorrer em caráter individual ou 
coletivo, seguindo princípios de tática individual e de tática coletiva. 
O jogo segue uma seqüência, que, em determinado momento, se pode 
constituir em circular e repetitiva (FIG 5). 
 
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FIGURA 5 – Seqüência cíclica do Voleibol 
Fonte: FIVB,Coaches Manual(1989) 
 
Para a execução técnica dos procedimentos do jogo, identificam-se no 
voleibol os seguintes gestos técnicos: as posições fundamentais, os deslocamentos, 
o saque, a recepção, o levantamento, a cortada e suas variações, o bloqueio e a 
defesa. 
 
O Sistema de Pontuação 
 
Decorrente dos aspectos regulamentares, outro fator determinante na 
estrutura interna do jogo é o sistema de pontuação. 
No voleibol não há empates, as estratégias traçadas pelas equipes terão 
obrigatoriamente que buscar a vitória, caso contrário à derrota. 
O jogo é disputado através de “sets”. O “set” é o tempo e espaço de jogo 
necessário para que uma equipe alcance vinte e cinco pontos, ou em caso de 
empate em vinte quatro pontos, o “set” só terminará quando uma equipe colocar dois 
pontos de vantagem sobre o adversário. O número de “set’s” disputados em uma 
partida varia conforme a faixa etária dos praticantes e a natureza das disputas. Nas 
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competições oficiais, tanto nacionais quanto internacionais, os jogos são disputados 
objetivando que uma equipe para se tornar vitoriosa alcance três “set’s” vencedores, 
ou seja, o jogo pode ter um mínimo de três “set’s” e um máximo de cinco “set’s” 
disputados. Cabe ainda ressaltar que qualquer que seja a quantidade de “set’s” 
definidos para a disputa de uma partida, em caso de empate entre as equipes em 
“set’s”, o jogo será decidido em um “set” especial, chamado de “tie-break”. No “tie-
break”, se torna vencedora a equipe que primeiro completar quinze pontos, ou em 
caso de empate em quatorze pontos, vencerá a equipe que colocar dois pontos de 
vantagem sobre a outra. 
A pontuação de cada “set” é continua, ou seja, cometendo um erro ou uma 
falta, a equipe adversária conquista um ponto. Chama-se este tipo de contagem de 
pontos contínuos. 
Este tipo de pontuação torna o jogo de voleibol emocionante tanto por quem 
pratica quanto para quem o assiste, criando uma atmosfera de disputa não hostil e 
plasticidade técnica. Essa visão de jogo é assim observada por 
TEODORESCU(1984): “o jogo desportivo coletivo representa uma forma de 
atividade social organizada (...) com caráter lúdico e processual (...) na qual os 
praticantes (jogadores) estão agrupados em duas equipes numa relação de 
adversidade típica não hostil (rivalidade esportiva) – relação determinada pela 
disputa através da luta com vista à obtenção da vitória esportiva, com a ajuda da 
bola (...) manobrada de acordo com regras pré-estabelecidas”. 
 
Referências bibliográficas 
 
CBV, Regras Oficiais de Voleibol. Rio de Janeiro: Sprint, 2003. 
FIVB, Manual do treinador. Rio de Janeiro, RJ: 1a. Edição, Palestra Edições, 1979. 
FIVB, Coaches Manual. Lausanne, Switzerland: Publisher: Fédération Internationale 
de Volleyball. 1989 
MOUTINHO, Carlos Alberto. “A estrutura funcional do voleibol”. In: GRAÇA, 
Amândio,OLIVEIRA, José. (Org). O Ensino dos Jogos Desportivos. Porto, 
Portugal: 3a. Edição, Editores Amândio Graça e José Oliveira, FCDEF-UP, 1998. 
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TEODORESCU, L. Problemas de teoria e metodologia nos jogos desportivos. 
Lisboa, Portugal: Coleção Horizonte de Cultura Física, n°. 9. 1a. Edição, Livros 
Horizonte,1984. 
 
TÉCNICA E TÁTICA INDIVIDUAL 
 
Definições 
 
 Segundo GRECO (1998), a técnica pode ser definida como sendo “a 
interpretação, no tempo, espaço e situação, do meio instrumental operativo inerente 
à concretização da resposta para a solução de tarefas ou problemas motores”. 
 No esporte se entende por técnica geralmente, “um procedimento racional, ou 
seja, eficaz e econômico para alcançar grandes resultados” FIDLER (1976). 
 A técnica individual de determinado esporte representa todo um repertório de 
gestos próprios da especialidade esportiva, fruto da história e da evolução de cada 
jogo esportivo coletivo. Por conseguinte, a técnica é a forma de realizar um 
movimento, seu curso, na qual tem que considerar as regras especiais de cada tipo 
de esporte. Essas regras têm uma grande influência e em especial na técnica do 
voleibol. 
 Os gestos técnicos são “ferramentas” que o atleta possui para resolver tarefas 
e problemas em esportes. As habilidades básicas inerentes às capacidades 
coordenativas dão base e sustento à técnica. Toda técnica passa a ser uma 
habilidade básica, no momento que o indivíduo possui um ótimo nível de domínio e 
controle da mesma. 
 Mas quando colocamos que a técnica se apresenta como uma ferramenta, 
devemos analisar que o atleta utiliza o gesto técnico no desenvolvimento do jogo e, 
naturalmente, em observação a uma ação do adversário. A utilização perceptiva da 
técnica no calculo das reações do adversário, nós chamamos de tática individual 
(LERBACH, 2002). 
 Em geral é muito difícil diferenciar, onde termina a técnica e onde começa a 
tática, isto corresponde em grande medida a inter-relação da técnica com a 
totalidade na tática individual. 
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FIGURA 1 – Técnica e tática individual (LERBACH, 1995). 
 
O ato tático 
 
A resposta motora a uma determinada situação de jogo passa antes por um 
processo que inclui a percepção da situação, a capacidade do atleta de analisar e 
interpretar a situação percebida e, imediatamente, executar a resposta motora 
específica com o máximo de precisão. Ao descrevermos esta situação estamos na 
realidade retratando a realização de um movimento voluntário ao qual chamamos de 
“ato tático”. 
Segundo MAHLO(1969), “o ato tático em jogo partilha com todas as ações 
esportivas o fato de ser um ato consciente e orientado”. Ao seguirmos uma formação 
adequada, podemos constituir vias para se atingir rendimentos cada vez mais 
elevados. 
MAHLO define um modelo (FIG.1), que permite compreender as fases da 
ação tática. Trata-se de um processo que se inicia com a coleta das informações por 
parte do jogador, necessárias para identificar a situação problema (percepção e 
análise da situação); em seguida, elaborar a solução que ele pensa ser a mais 
adequada para resolver o problema (solução mental do problema); imediatamente, 
executar eficazmente, do ponto de vista motor, essa solução (solução motora do 
problema). 
UNIVERSO – UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
* Apostila elaborada pelo Prof. Ms. Antônio Marcos Lerbach adaptada pela Prof
a
 Ms. 
Rosemary Moreira Pouças 
18 
 
FIGURA 2 – Modelação das fases da ação tática (MAHLO, 1969). 
 
Seguindo a perspectiva apresentada por MAHLO, verifica-se que as três 
fases não estão isoladas do “ato tático”. Quando um jogador resolve mentalmente 
uma situação, as relações próximas que se desenrolam entre as três fases devem-
se às percepções advindas da situação exterior e da sua própria conduta motora, 
proporcionando toda a dinâmica da situação. 
O desenvolvimento desse processo exige elevado potencial intelectual por 
parte do atleta, pois representa a síntese das capacidades perceptivas, intelectuais e 
psicomotoras que tem influência na realização da ação ou do ato tático. Para 
desenvolver todo esse processo é necessário que o atleta adquira o que se chama 
de capacidade tática. GRECO(1995), citando THIESS, SCHNABEL(1986:61), 
observa que a capacidade tática é “pré-requisito do rendimento naquelas atividades 
esportivas que oferecem ao atleta o espaço de tomada de decisão para escolher os 
gestos motores, os meios e ações, caracterizados por um elevado potencial 
intelectual”. 
UNIVERSO – UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
* Apostila elaborada pelo Prof. Ms. Antônio Marcos Lerbach adaptada pela Prof
a
 Ms. 
Rosemary Moreira Pouças 
19 
 
Referências Bibliográficas: 
 
FIEDLER, Marianne. Voleibol Moderno. Buenos Aires, Argentina: Editorial 
Stadium, 1976. 
GRECO, Pablo Juan. O ensino do comportamento tático nos jogos 
esportivos coletivos: aplicação no handebol. Tese. (Doutorado em Educação 
na área de Psicologia Educacional) Faculdade de Educação, UNICAMP, 
Campinas, 1995, 224 p. 
___________, BENDA, Rodolfo Novellino. Iniciação Esportiva Universal. 
V.1.Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte, MG: 
Editora UFMG, 1998. 
LERBACH, Antônio Marcos. O nível de escolaridade e o desempenho tático 
de jogadores de voleibol de alto rendimento. Dissertação (Mestrado em 
Educação). Unincor, Três Corações, 2002. 227 p. 
MAHLO, F. L´Acte tactique em Jeu. Paris, France: Vigot, 1969.

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