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TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR 2 Sumário Apresentação ...........................................................................................................................................5 Objetivos ..................................................................................................................................................5 Estrutura do Curso ...................................................................................................................................5 Módulo 1 - Identificação de Veículos de Passageiros ...................................................................... 6 Apresentação do módulo .........................................................................................................................6 Objetivos do módulo ................................................................................................................................6 Estrutura do módulo ................................................................................................................................6 Aula 1 – Breve histórico da indústria automobilística no Brasil, a NBR 3 N° 6066/80 e o VIN: Considerações e Estrutura ...................................................................................................................7 1.1 Breve histórico da indústria automobilística no Brasil. ........................................................7 1.2 A NBR 3 nº 6066/80....................................................................................................................8 1.3. O VIN: Considerações e Estrutura .......................................................................................... 10 Aula 2 – o Conteúdo VIN ................................................................................................................... 13 2.1. 1ª Seção – WMI – Identificação Internacional do Fabricante. ............................................... 13 2.2. Estudando a 2ª Seção do Código VIN ..................................................................................... 15 2.3. Estudando a 3ª Seção do Código VIN ..................................................................................... 16 Aula 03 – A localização, fixação e decodificação do VIN ................................................................... 21 3.1. A localização do VIN nas principais marcas de veículos de passageiros ................................ 21 3.2. A Fixação do VIN ..................................................................................................................... 22 3.3. A Decodificação do VIN .......................................................................................................... 23 3.4. Quadro de links das tabelas ESPECÍFICAS .............................................................................. 27 Módulo 2 – Leis, Resoluções que dispõem sobre a identificação veicular e aspectos relacionados . 32 Apresentação do Módulo ...................................................................................................................... 32 Objetivos do Módulo:............................................................................................................................ 32 Estrutura do Módulo ............................................................................................................................. 32 Aula 01 - Crimes relacionados à identificação veicular e critérios para identificação de veículos ... 33 1.1. Código Penal (alterado pela Lei 9426/96) ......................................................................... 33 1.2. Critérios para Identificação de Veículos ............................................................................ 35 Aula 2 – Sistema de placas de identificação de veículos .................................................................. 39 2.1. Principais características das placas dos veículos .................................................................. 40 2.2. Especificações dos elementos de segurança ......................................................................... 44 2.3. Fixação da placa ao veículo .................................................................................................... 48 Aula 3 – Carteira Nacional de Habilitação – CNH .............................................................................. 59 3.1 A CNH Digital ........................................................................................................................... 59 3 3.2 A CNH Física ....................................................................................................................... 61 3.3 Histórico e características das CNH anteriores ................................................................. 69 Aula 04 – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV ........................................... 76 4.1. Especificações Técnicas .......................................................................................................... 77 4.2. Leitura do QR Code da CNH-e, CRLV, e Placa Padrão Mercosul ............................................ 81 Módulo 3 – O Sistema RENAVAM ................................................................................................ 84 Apresentação do Módulo ...................................................................................................................... 84 Objetivos do Módulo:............................................................................................................................ 84 Estrutura do Módulo: ............................................................................................................................ 84 Aula 01 – Definição, mudanças introduzidas pelo sistema RENAVAM, seus usuários e informações ........................................................................................................................................................... 85 1.1. Definição............................................................................................................................ 85 1.2. Conceito e objetivos do Projeto RENAVAM ...................................................................... 85 1.3. Histórico ............................................................................................................................ 86 1.4. Mudanças introduzidas pelo sistema RENAVAM .............................................................. 88 1.5. O Projeto RENAVAM ......................................................................................................... 90 1.6. Usuários de informações do RENAVAM ............................................................................ 91 Aula 02 – O examinador e os exames veicular e documental .......................................................... 93 2.1. O examinador e os exames .................................................................................................... 94 2.2. Características de um bom examinador................................................................................. 95 2.3. Características de um local adequado para exames .............................................................. 95 2.4. A realização dos exames veicular e documental e o Sistema RENAVAM .............................. 97 2.5. Informações importantes para a realização do exame veicular ............................................ 97 Aula 03 – Decodificação de datas de fabricação de vidros ............................................................. 102 3.1. Por que pesquisar as datas de fabricação dos vidros veiculares? ....................................... 102 3.2. Decodificação de datas de fabricação de vidros .................................................................. 103 Aula 04 – A importância de saber oscódigos dos agregados ......................................................... 113 4.1. Técnicas de identificação veicular e documental ................................................................. 114 4.2. Materiais, instrumentos e procedimentos dos exames veicular e documental .................. 115 4.3. Procedimentos dos exames veicular e documental ............................................................. 118 Módulo 4 – Classificação do VIN, Fraudes Mais Comuns e Noções de Agregados ........................ 123 Apresentação do Módulo .................................................................................................................... 123 Objetivos do Módulo:.......................................................................................................................... 123 Estrutura do Módulo: .......................................................................................................................... 123 Aula 1 – Classificação do VIN quanto a sua essência, fraudes veiculares mais comuns e fraudes em documentos .................................................................................................................................... 124 4 1.1. Com relação à sua essência (natureza, idoneidade e credibilidade). ............................. 124 1.2. Fraudes veiculares mais comuns ..................................................................................... 125 1.3. Fraudes em documentos ................................................................................................. 130 Aula 2 – Noções sobre agregados ................................................................................................... 132 2.1. Itens a serem analisados em um bom exame veicular ........................................................ 134 2.2. Plaquetas e carroceria .......................................................................................................... 137 2.3. Motor e câmbio .................................................................................................................... 142 2.4. Identificação dos motores .................................................................................................... 143 Aula 3 – Exemplos de marcação e codificação nos agregados ....................................................... 151 Módulo 05 – Localização dos Códigos e Prática de Decodificação de Veículos ............................. 160 Aula 01 – Decodificação .................................................................................................................. 161 1.1. Orientação para uma decodificação eficaz ..................................................................... 161 1.2. Dicas para facilitar a decodificação: teoria e prática ...................................................... 162 1.3. Na prática ........................................................................................................................ 164 Aula 02 – Localização e decodificação do NIV em diversos tipos de veículos ................................ 169 2.1. Localização e decodificação do NIV dos diversos modelos das principais marcas de veículos tipo motocicleta .......................................................................................................................... 169 2.2. Localização do NIV dos diversos modelos das principais marcas de veículos dos tipos utilitário, caminhão e ônibus ...................................................................................................... 170 2.3 Decodificação do NIV de veículos dos tipos utilitário, caminhão e ônibus ........................... 172 Aula 03 – Informações adicionais.................................................................................................... 177 3.1. Histórico de locais de fabricação de antigas e novas montadoras no Brasil .................. 182 Aula 04 – Mudanças de características dos veículos ...................................................................... 184 4.1. Exemplos de mudanças de características ........................................................................... 185 4.2. Como identificar mudanças de características .................................................................... 186 5 Apresentação Neste curso você estudará sobre dois dos principais problemas enfrentados pelas polícias: o roubo/furto e a fraude em veículos e respectivos documentos. Para efetuar uma melhor identificação veicular e documental e, em consequência, combater mais eficazmente esses crimes, é importante você conhecer a legislação pertinente à identificação veicular e documental e também as técnicas adequadas à investigação das possíveis fraudes. Objetivos Ao final deste curso você estará apto a: • Compreender a importância do número de identificação veicular - VIN e das informações nele contidas; • Analisar a legislação pertinente à identificação veicular e documental; • Utilizar técnicas que possibilitem a necessária identificação veicular e documental; e • Reconhecer que as técnicas e os procedimentos utilizados na identificação veicular e documental auxiliam na prevenção e na investigação dos crimes relacionados à falsificação e ao roubo de veículos. Estrutura do Curso Para alcançar os objetivos propostos, este curso foi dividido em 5 módulos: Módulo 1 – Identificação de Veículos de Passageiros. Módulo 2 – Leis e Resoluções que Dispõem Sobre a Identificação Veicular e Aspectos Relacionados. Módulo 3 – O Sistema RENAVAM. Módulo 4 – Classificação do VIN, Fraudes Mais Comuns e Noções de Gregados. Módulo 5 – Localização dos Códicos e Prática de Decodificação de Veículos. Bom curso!! 6 Módulo 1 - Identificação de Veículos de Passageiros Apresentação do módulo Neste módulo você estudará o Número de Identificação do Veículo (VIN), de acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da ABNT, que estabelece as orientações para sua padronização e os pontos mais importantes da norma: a estrutura; o conteúdo; a localização; e a fixação do número de identificação do veículo. Objetivos do módulo Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de: • Analisar os principais fatos históricos da indústria automobilística no Brasil; • Compreender as orientações contidas na NBR 3 Nº 6066/80; • Conceituar VIN; • Extrair informações das tabelas gerais; • Identificar as possíveis localizações do VIN; • Descrever as formas de fixação do VIN; • Decodificar o VIN a partir das informações contidas nas tabelas gerais e específicas. Estrutura do módulo Aula 1 – Breve histórico da indústria automobilística no Brasil, a NBR 3 N° 6066/80 e o VIN: considerações e estrutura; Aula 2 – O conteúdo do VIN; Aula 3 – A localização, fixação e decodificação do VIN. 7 Aula 1 – Breve histórico da indústria automobilística no Brasil, a NBR 3 N° 6066/80 e o VIN: Considerações e Estrutura 1.1 Breve histórico da indústria automobilística no Brasil. Há registro que o primeiro veículo motorizado chegou ao Brasil em 1891 e que várias montadoras tentaram estabelecer-se em solo brasileiro até 1956, época em que a indústria automobilística foi implantada oficialmente. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) (http://www.anfavea.com.br/), a data da implantação da indústria automobilística brasileira foi 16 de agosto de 1956, e a primeira fábrica entrou em operação em 1957. Com a implantação da indústria automobilística cresceram as preocupações com a melhoria da identificação veicular, porque cada montadora gravava a sua codificação como achava melhor. Cada empresa possuía uma codificação particular. A Volkswagen, por exemplo, utilizava inicialmente uma codificação com seis caracteres, depois sete. Já a Ford e GM usavam onze caracteres e a Fiat doze. Sentia-se,portanto, a necessidade de padronização. As quatro grandes empresas da nova indústria automobilística brasileira (Volkswagen, Ford, Fiat e GM), no período de 1956 a 1983, possuíam codificações particulares, com quantidades diferentes de caracteres e diferenciados significados, denominados fases. Essas fases serão expostas integralmente nas decodificações deste curso. A NBR 3 nº 6066/80 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foi instituída para padronizar a forma de identificação veicular, com alguns significados obrigatórios, porém sem engessar a participação das fábricas, permitindo-lhes usar as informações que desejam explicitar sobre seus produtos. http://www.anfavea.com.br/ 8 Importante! A NBR 3 nº 6066/80 estabeleceu uma nova nomenclatura, que passou a ser adotada em 1981 pela Fiat, em 1983 pela Volkswagen e em 1984 pela Ford e pela GM. Vale destacar que, inicialmente, a Fiat e a Ford (na gravação do VIN de veículos tipo passeio) contrariaram a norma: a Fiat não gravou código designativo representando o ano, e a Ford gravou o código representativo do ano na 11ª posição do VIN, quando o correto era utilizar a 10ª posição. Essas duas montadoras corrigiram a codificação de seus veículos a partir dos modelos 1987. 1.2 A NBR 3 nº 6066/80 A NBR 3 nº 6066/80 é uma norma técnica e não uma Lei, mas as suas normatizações subsidiaram e continuam como base de toda a legislação referente à identificação veicular. O objetivo da NBR 3 Nº 6066, de julho de 1980, é estabelecer um sistema de numeração para identificação dos veículos rodoviários, uniformizando as informações sobre a estrutura, o conteúdo, a localização e a fixação do número de identificação do veículo – VIN. Esta norma foi estruturada com 17 caracteres, onde a 10ª posição representa o ano do MODELO de fabricação ou o ano de FABRICAÇÃO do veículo (veículo fabricados entre 1988 e 1998). VIN – Vehicle Identification Number, sigla em inglês, que significa Número de Identificação do Veículo. Em Língua Portuguesa, no Brasil, pode-se utilizar a sigla NIV, com o mesmo significado. 9 1.2.1. Adequação das montadoras à NBR 3 n° 6066/80 As grandes montadoras de veículos tipo passeio se adequaram a esta norma durante a década de 1987. FIAT Iniciou a gravação com 17 caracteres em 1981, mas sem designar o ano dos veículos no VIN. Corrigiu a codificação a partir de 1987, designando o ano na 10ª posição conforme determina a legislação (NBR 3 nº 6066/80 da ABNT). Volkswagen Em 1983 (ano-modelo) passou a gravar de acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da ABNT. FORD Iniciou a gravação de 17 caracteres com o ano-modelo 1984 (em julho de 1983), mas designou o ano do veículo na 11ª posição. Corrigiu a partir de março de 1987, designando o ano na 10ª posição conforme determina a legislação. GM Em 1984 (ano-modelo) passou a gravar de acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da ABNT. Figura 1: Atenção Fonte:SCD/EaD/Segen 10 Os veículos importados não seguem o padrão estabelecido pela norma técnica brasileira NBR 3 nº 6066/80. Existem pelo menos quatro padrões utilizados para a formação de VIN’s no mundo. • FMVSS 115, Parte 565: Usado nos Estados Unidos e Canadá; • ISO 3779 Padrão: Utilizado na Europa e em muitas outras partes do mundo; • SAE J853: Muito parecido com o padrão ISO; • ADR 61/2: Utilizado na Austrália, referindo-se a ISO 3779 e 3780. 1.3. O VIN: Considerações e Estrutura 1.3.1. Considerações Divisores são símbolos, caracteres ou delimitação física usados para separar as ações do número de identificação do veículo (VIN) ou indicar seus limites (início e fim). Os divisores a serem usados são estabelecidos pelo fabricante, porém não devem ser utilizados, eles são impressos e gravados/fixados. IMPRESSO Quando impresso em documentos, o VIN deve ser disposto em uma única linha, sem espaços em branco e sem omitir nenhuma seção. GRAVADO OU FIXADO Quando gravado ou fixado ao veículo, VIN pode ser disposto em uma ou duas linhas, sem espaço em branco e sem omitir nenhuma seção. 11 1.3.2. A Estrutura do VIN O VIN é um código constituído por 17 caracteres alfabéticos ou numéricos, divididos em três seções: Figura 2: Estrutura do VIN Fonte: Conteudista 1ª Seção – WMI Identificador internacional do fabricante (World Manufacturer Identifier). Código designado a um fabricante de veículos a fim de permitir a sua identificação. Quando usado em conjunto com as outras seções do VIN, assegura a unicidade do número de identificação para todos os veículos produzidos no mundo por um período de 30 anos. 2ª Seção – VDS Seção descritiva do veículo (Vehicle Descriptor Section). Código que fornece informações sobre as características gerais do veículo. 12 3ª Seção – VIS Seção indicadora do veículo (Vehicle Indicator Section). Código constituído de uma combinação de caracteres designada pelo fabricante para distinguir um veículo do outro. Essa seção, em conjunto com a seção descritiva do veículo (VDS), assegura a unicidade do número de identificação de todos os veículso produzidos pelo fabricante por um período de 30 anos. Fonte: SCD/EaD/Segen Figura 3: Observação 13 Aula 2 – o Conteúdo VIN 2.1. 1ª Seção – WMI – Identificação Internacional do Fabricante. São correspondentes às 03 primeiras posições do VIN, o WMI identifica o fabricante do veículo e possui caracteres numéricos ou alfabéticos. 2.1.1. Estudando a 1ª Seção do Código VIN Figura 4: 1ª Seção do Código VIN Fonte: SCD/EaD/Segen Posição 1: Identifica a área geográfica (continente de origem) – conforme a necessidade, mais de um caractere pode ser designado para uma mesma área geográfica. No Brasil é preenchimento pelo 9 indicando o que o fabricante é da região sul do continente americano. Posição 2: Identifica o país de origem dentro de uma área geográfica específica. 3ª posição: Identifica, o fabricante dentro do país. Posição 3: Identifica o fabricante dentro do país. Conforme a necessidade, mais de um caractere pode ser designado para um mesmo país. 14 O WMI possui algumas caraterísticas importantes, veja: • A combinação dos dois primeiros caracteres será designada a todos os países produtores de veículos por uma organização Internacional sob autorização da ISO – atualmente a SAE – Society of Automotive Engineers Inc (USA); • Os códigos da seção WMI designados a todos os fabricantes são registrados e cadastrados pela Organização Internacional. O código da 3ª posição da WMI, designado a um fabricante, não deve ser designado a qualquer outro fabricante, pelo menos durante trinta anos após esse código ter sido usado pela última vez; • O terceiro caractere, que completa o código WMI, será designado por uma organização nacional (no caso do Brasil, a ABNT) a todos os fabricantes com sede no país e comunicado à Organização Internacional para ser registrado e cadastrado; • A utilização do dígito 9 como terceiro caractere indica que seu fabricante produz menos de 500 veículos por ano. Neste caso, a identificação do fabricante deve ser feita nos terceiro, quarto e quinto caracteres da seção descritiva do veículo – VDS (6ª, 7ª e 8ª posições do VIN). A designação dessa utilização caberá à organização nacional; • Os códigos dos países produtores de veículos são encontrados na tabela internacional de distribuição de códigos. As tabelas a seguir representam/sintetizam as decodificações dos caracteres que podem ocupar as posições da seção WMI, ou seja, as 03 primeiras posições do VIN. Tabela Internacional das duas primeiras posições do VIN Esta tabela fornece os códigos das duas primeiras posições do VIN, conforme designação da SAE – (Society of Automotive Engineers), comautorização da ISO. Acesse a tabela do Código da WMI de distribuição por país (disponível no material complementar). 15 CURIOSIDADE!! Para ampliar seu conhecimento, acesse a Tabela das 03 (três) primeiras posições do VIN (disponível no material complementar). 2.2. Estudando a 2ª Seção do Código VIN Esta seção corresponde a 06 posições do VIN, da 4ª à 9ª, a VDS – Seção descritiva do veículo – representa as características gerais do veículo e possui caracteres numéricos ou alfabéticos. Figura 5: 2ª Seção do Código VIN Fonte: SCD/EaD/Segen A codificação e a sequência dos caracteres desta ação devem ser estabelecidas pelo fabricante. Caso o fabricante não necessite de todos os caracteres, os espaços não utilizados devem ser preenchidos com caracteres numéricos ou alfabéticos de escolha do fabricante. 16 2.3. Estudando a 3ª Seção do Código VIN Esta seção corresponde a 08 posições do VIN, da 10ª à 17ª, a VIS – Seção Indicadora do Veículo – distingue os veículos entre si. Ela é formada por caracteres numéricos ou alfabéticos, mas a partir da 14ª posição apenas caracteres numéricos podem ser usados. Figura 6: 3ª Seção do Código VIN Fonte: SCD/EaD/Segen OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!! • Quando as posições desta seção não forem preenchidas com caracteres significativos, estas devem ser preenchidas com o número 0 (zero); • Veículos do mesmo fabricante (WMI) e com as mesmas características (VDS), somente podem ser identificados pela diferença existente na VIS; • Essa seção, em conjunto com a seção descritiva do veículo (VDS), assegura a unidade do número de identificação de todos os veículos produzidos pelo fabricante por um período de 30 anos. 17 VAMOS VER O SIGNIFICADO DA 10ª À 17ª POSIÇÃO 10ª posição Designa o modelo do veículo e deve ser preenchida por um caractere alfanumérico. A utilização do “ano do modelo” na 10ª posição foi vedada pela Resolução nº 691/88 do CONTRAN, que modificou a Resolução nº 659/85 do CONTRAN, passando a utilizar-se o ano de fabricação na 10ª posição; A Resolução do CONTRAN nº 24/98 revogou a Resolução nº 659/85 e estabeleceu que o 10º dígito do VIN deve ser gravado na estrutura ou em plaqueta; Tabela ano/modelo – 10º dígito do VIN Figura 7: Tabela ano/modelo - 10ª dígito do VIN Fonte: Conteudista 18 Observação importante: Em decorrência das Resoluções 659/1985, 691/1988 e 24/1998, a 10ª Posição do VIN identifica: Figura 8: Ponto que a 10ª Posição indica Fonte: SCD/EaD/Segen 11ª posição Designa se assim desejar o fabricante, a fábrica onde o veículo foi montado e deve ser preenchida por um caractere alfanumérico. 12ª a 17ª posições Individualizam cada veículo, conforme características gerais atribuídas pelo fabricante. As posições 12 e 13 podem ser preenchidas com caracteres alfanuméricos, enquanto as posições 14, 15, 16 e 17 devem ser preenchidas obrigatoriamente com caracteres numéricos. 19 Significados das Posições do VIN 1ª Seção – WMI Posições: 1ª = Continente 2ª = País 3ª = Fabricante As posições 1 e 2 são dadas pela tabela internacional designadas por uma Organização Internacional (atualmente a SAE) sob autorização da ISO. A posição 3 é designada por uma Organização Nacional (no caso do Brasil, a ABNT) e comunicada à SAE. Obs.: A utilização do dígito 9 na terceira posição indica que seu fabricante produz menos de 500 veículos por ano. Sua designação no Brasil cabe à ABNT. 2ª Seção – VDS Posições: 4ª à 9ª = Descrição do veículo Os códigos das posições 4 à 9 são estabelecidos pelo fabricante. A descrição do veículo é de responsabilidade da respectiva fábrica ou montadora, podendo ela escolher as informações que deseja explicitar. A utilização do dígito 9 na terceira posição implica a identificação do fabricante na 6ª, 7ª e 8ª posições do VIN (também designadas pela ABNT). 3ª Seção – VIS Posições: 10ª = Ano/modelo 11ª = Local da Fábrica 12 a 17 = Sequência numérica A utilização de ano-modelo ou ano de fabricação depende do período em que 20 foi fabricado o veículo, pois é regulamentada pelas Resoluções 659/85, 691/88 e 24/98. Antes das resoluções, a Norma NBR 6066/80 facultava a escolha ao fabricante. Veja a Tabela de adesão das grandes montadoras à nova nomenclatura, logo abaixo.(aula 3) O caractere da posição 11 indica o local de montagem do veículo, “se assim desejar o fabricante”, conforme item 5.4.b da NBR 6066/80 - não alterado pelas resoluções. Obs.: Como é opcional pela legislação, a fábrica pode escolher outro significado para esta posição. Os caracteres das posições 12 e 13 podem ser alfanuméricos. Os das posições 14 à 17 devem ser obrigatoriamente numéricos. 21 Aula 03 – A localização, fixação e decodificação do VIN De acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da ABNT: • O número de identificação do veículo (VIN) deve estar localizado no lado direito do veículo e, se possível, na metade dianteira; • Quando, por razões legais, o VIN deve ser lido da parte externa do veículo, ele deve ser localizado no interior do compartimento dos passageiros e adjacente à coluna do para-brisa; • O VIN deve ser localizado numa posição facilmente visível e de modo que evite a sua destruição; • A localização do VIN deve ser descrita no “Manual do Proprietário” ou equivalente. 3.1. A localização do VIN nas principais marcas de veículos de passageiros Fonte: do Conteudista Figura 9: Localização do VIN no veículo 22 3.2. A Fixação do VIN De acordo com a NBR nº 6066/88, para a fixação do VIN no veículo há duas soluções que, a critério do fabricante, podem ser adotadas simultaneamente no veículo: 1ª solução O VIN é gravado diretamente numa peça integrada ao veículo, podendo ser na estrutura do chassi. Em veículos com a estrutura integrada à carroceria, ele é gravado num componente que não seja facilmente removido. Para essa solução a altura dos caracteres gravados deve ser de, no mínimo 7 mm. (O Art. 2º da Resolução 659/85 acrescentou que deve ser 0,2 mm a profundidade mínima de gravação); 2º solução O VIN é gravado numa plaqueta que é fixada permanentemente ao veículo. Para esse tipo de solução a altura dos caracteres gravados deve ser de no mínimo 4mm. (O Art. 2º da Resolução 659/85 acrescentou que deve ser 0,2 mm a profundidade mínima de gravação). Importante: A Resolução 24/98, que revogou a Resolução 659/85 (alterada pela Resolução 691/88). Manteve, no seu Art. 2º e no respectivo parágrafo 1º, a profundidade mínima de gravação (0,2 mm) do código VIN, respectivamente na estrutura do chassi e na plaqueta. 23 Resumo das Recomendações da Norma Fonte: Conteudista 3.3. A Decodificação do VIN Codificação é a sequência de caracteres que individualizam o veículo. Cada fabricante cria, dentro dos padrões legais exigidos, a própria codificação do VIN dos veículos por ele produzidos; Decodificação é o significado de cada caractere do VIN do veículo, de acordo com o respectivo fabricante, o qual deve seguir os padrões legais exigidos. Importante!! Não é necessário decorar a decodificação de todos os veículos, mas é importante ter nessas informações sempre disponíveis para a consulta. Copie a versão impressa deste curso e a tenha sempre ao alcance das mãos. Adicione algumas páginas em branco para anotar informações sobre atualizações que for conseguindo com o passar do tempo. Você pode consegui-las observando os novos lançamentos nas concessionárias. Figura 10: Localização e fixação do VIN 24 3.3.1. Considerações sobre a decodificação Decodificar é uma tarefa relativamente fácil. Entretanto, a falta de critérios pode dificultar ou mesmo levar a erro na decodificação. Por isso, nessa aula você seráconduzido a uma boa prática de decodificação, seguindo os critérios a seguir: Figura 11: Velha e Nova nomenclatura Fonte: SCD/EaD/Segen Assim, para decodificar um NIV (sigla na língua portuguesa) de veículo gravado sob a égide da norma NBR 3 nº 6066 de 1980, da ABNT, é necessário que você tenha como acessar as tabelas GERAIS ou fundamentais e, também as tabelas ESPECÍFICAS de cada montadora. Acesse a Tabela de adesão das grandes montadoras à nova nomenclatura (disponível no material complementar). 25 3.3.2. Dicas para facilitar a decodificação: teoria e prática Para melhor aproveitamento da decodificação, é necessário que o examinador, ao mesmo tempo em que siga as dicas a seguir, tenha como consultar as tabelas gerais e as específicas das montadoras. Considerando um NIV da velha nomenclatura: Como a quantidade de caracteres varia conforme o fabricante e este estabelecia os próprios critérios de identificação, o melhor que se tem a fazer é comparar o teor da gravação do VIN do veículo estudado com as tabelas do respectivo fabricante. Considerando um NIV da nova nomenclatura (com 17 caracteres): Verifique em que continente o veículo foi fabricado. Consulte na tabela internacional o significado da primeira posição; Veja em que país o veículo foi fabricado. Consulte na tabela internacional o significado da segunda posição; Agora veja a 3º posição do NIV e identifique a marca. Consulte a tabela das 03 (três) primeiras posições do VIN; Olhe para o veículo e identifique a categoria, se passeio ou utilitário, caminhão, ônibus, motocicleta etc. Isto é importante porque as tabelas ESPECÍFICAS para veículos tipo passeio são diferentes das tabelas de outras categorias; Observe a 10ª posição e defina o ano de fabricação ou ano-modelo do veículo. Consulte Tabela ano/modelo – 10º dígito do VIN (figura 7, aula 2, módulo 1); Agora é só procurar a fase. Para tanto, observe as tabelas específicas da marca (montadora ou fabricante) e os respectivos períodos de validade (se necessário, consulte a Tabela 4 e veja Item C); Encontrando a fase, é só continuar decodificando os caracteres das demais posições dentro da respectiva tabela ESPECÍFICA. (Veja os quadros de links referentes a 23 marcas de veículos, após o item c que se segue). 26 Exceções Consulte a Tabela de adesão à nova nomenclatura (material complementar), ou as dicas a seguir: Com o passar do tempo os casos descritos neste item, tornam-se raros, mas vale apenas a observação. Se o veículo for Ford de passageiros, produzido antes de 1987, o ano de fabricação estará 11ª posição; Se o veículo for Fiat de passageiros, produzido antes de 1987 não terá codificação de ano no NIV. Saiba mais: No caso da Ford, a 4ª e a 5ª fases tem fórmulas de apresentação bem parecidas, mas com códigos diferentes. Na 4ª Fase (de julho de 1983 a março de 1987) o ano estará na 11ª Posição. Na 5ª Fase o ano de fabricação ou ano-modelo estará na 10ª Posição. Na 5ª Fase a 11ª Posição deverá conter um dos seguintes caracteres: A, B ou C (local da linha de montagem). Isto facilitará a definição da Fase, pois na 4ª Fase estas letras não aparecerão já que o primeiro ano da nova nomenclatura da Ford equivale à letra D (a partir de julho de 1983). Na 4ª fase o caractere usado na 4ª posição se repete na 10ª, o que não acontece na 5ª fase. 27 3.4. Quadro de links das tabelas ESPECÍFICAS Observe as tabelas ESPECÍFICAS da marca (montadora/fabricante) e os respectivos períodos de validade. Com elas, conhecendo a fase, você poderá decodificar todos os caracteres do VIN pesquisado. Saiba Mais! Além dos links para as tabelas específicas das 23 marcas de veículos, abrangendo modelos tipos passeio e motocicleta, que servirão para os exercícios de decodificação e para facilitar o trabalho de identificação veicular que será realizado pelos alunos e examinadores no ambiente da EaD, você encontrará todas as tabelas no material complementar. VEÍCULOS DE PASSAGEIROS (tabelas disponíveis no material complementar) 28 VEÍCULOS TIPO MOTOCICLETAS (tabelas disponíveis no material complementar) a) Para decodificar um VIN da velha nomenclatura compare o teor da gravação com o das fórmulas da respectiva marca, do mesmo tipo de veículo (no caso, de passageiros). b) Para decodificar um VIN da nova nomenclatura, siga os passos já estudados. Antes de terminar o estudo do Módulo 1, veja um exemplo de decodificação: Fonte: SCD/EaD/Segen Figura 12 :Exemplo de Chassi 29 Vamos analisar os campos do chassi acima, utilizado como exemplo: 4ª Posição Campo alfanumérico de um caractere que indica o tipo de carroceria. 5ª Posição Campo alfanumérico de um caractere que indica o tipo de motor. 6ª Posição Campo numérico que indica o sistema de segurança. 30 7ª à 9ª Posição Campo numérico de três caracteres que indicam a classe do veículo ou sua família, ou seja, o TMA (Tipo Modelo e Acabamento). ATENÇÃO!!! Na 9ª posição, o caractere é gerado aleatoriamente pelo computador. Veja a análise da imagem abaixo: Figura 13: Análise de Chassi Fonte: Conteudista; SCD/EaD/Segen 31 Finalizando... • Há registro que o primeiro veículo motorizado chegou ao Brasil em 1891 e que várias montadoras tentaram se estabelecer em solo brasileiro até 1956, época em que a indústria automobilística foi implantada oficialmente; • Objetivando da A NBR 3 N° 6066, de julho de 1980, é estabelecer um sistema de numeração para identificação dos veículos rodoviários, uniformizando as informações sobre a estrutura, o conteúdo, a localização e a fixação do número de identificação do veículo – VIN; • De acordo NBR 3 nº 6066/80 da ABNT: a) o número de identificação do veículo (VIN) deve estar localizado no lado direito do veículo e, se possível, na metade dianteira; b) para a fixação do VIN no veículo há duas soluções que, a critério do fabricante, podem ser adotadas simultaneamente no veículo: o VIN é gravado diretamente numa peça integrada ao veículo ou O VIN é gravado numa plaqueta que é fixada permanentemente ao veículo. • Codificação é a sequência de caracteres que individualizam o veículo. Cada fabricante cria, dentro dos padrões legais exigidos, a própria codificação para o VIN dos veículos por ele produzidos; • Decodificação é o significado de cada caractere do VIN do veículo, de acordo com o respectivo fabricante, o qual deve seguir os padrões legais exigidos. 32 Módulo 2 – Leis, Resoluções que dispõem sobre a identificação veicular e aspectos relacionados Apresentação do Módulo No Módulo 1 você estudou que a NBR 3 nº 6066/80, é uma norma técnica e não uma Lei, mas as suas normatizações subsidiaram e continuam como base de toda a legislação referente à Identificação Veicular. Neste Módulo, você estudará os principais textos legais relacionados à identificação veicular. Objetivos do Módulo: Ao final do Módulo 2, você será capaz de: • Listar, com base no Código Penal (alterado pela Lei nº 9426/96), os crimes relacionados à identificação veicular; • Enumerar, com base na Resolução nº 24, de 21 de maio de 1998, os critérios para identificação de veículos; • Compreender os sistemas de placas de identificação de veículos; • Analisar as características da Carteira Nacional de Habilitação. Estrutura do Módulo Aula 01 – Crimes relacionados à identificação veicular e critérios para identificação de veículos; Aula 02 – Sistema de placas de identificação de veículos; Aula 03 – Carteira Nacional de Habilitação – CNH; Aula 04 – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV. 33 Aula 01 - Crimes relacionados à identificação veicular e critérios para identificaçãode veículos 1.1. Código Penal (alterado pela Lei 9426/96) A Lei nº 9.426/96, de 24 de dezembro de 1996 alterou o Decreto-lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal – Parte especial, no que diz respeito à receptação qualificada e à adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Essa Lei auxiliou a colocar fim nas dúvidas que o servidor da área de Segurança Pública tinha sobre como apreender um veículo e como providenciar o enquadramento do condutor e/ou da pessoa ou grupo criminoso envolvido em falsificá-lo. Veja alguns dos artigos do Código Penal (após ter sido atualizado pela Lei nº 9.426/96) que reforçam os tipos de crime relacionados à identificação veicular: Artigo 155 Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 5º A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. Artigo 157 Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. (...) § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: (...) IV - Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 34 § 3º - Se da violência resulta: I - lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15 (quinze) anos, além da multa; II - morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa. Artigo 180 Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime ou influir para que terceiro, de boa- fé, a adquira, receba ou oculte: Pena – Reclusão, de um a quatro anos, e multa. Receptação qualificada § 1º Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime: Pena – Reclusão, de três a oito anos, e multa. § 2º Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. § 3º Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: Pena – Detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. § 4º A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. § 5º Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do Art. 155. § 6º Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de 35 economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. Artigo 311 Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento: Pena – Reclusão, de três a seis anos, e multa. § 1º Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. § 2º Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. 1.2. Critérios para Identificação de Veículos A Resolução nº 24, de 21 de maio de 1998, estabelece o critério de identificação de veículos, a que se refere o Art. 144 do Código de Trânsito Brasileiro, destacando em seu Art. 1º: “os veículos produzidos ou importados a partir de 1º de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento, deverão estar identificados na forma desta Resolução. Parágrafo único: Excetuam-se do disposto neste artigo, os tratores, os veículos protótipos utilizados exclusivamente para competições esportivas e as viaturas militares operacionais das Forças Armadas”. 36 Importante!! Embora as Resoluções nº 659/85 e nº 691/88 tenham sido revogadas pela Resolução nº 24, de 21 de maio de 1998, é importante conhecê-las, pois os veículos fabricados na época de suas vigências seguem os critérios estabelecidos por elas. Veja a seguir os principais pontos da Resolução CONTRAN nº 24, sobre a gravação do VIN no chassi ou monobloco: Artigo 2º: A gravação do número de identificação veicular (VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser feita, no mínimo, em um ponto de localização, de acordo com as especificações vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3 nº 6066/80 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em profundidade mínima de 0,2 mm. § 1º Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados, no mínimo, com os caracteres VIS (número sequencial de produção) previsto na NBR 3 nº 6066, podendo ser, a critério do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de rua remoção, ou ainda por etiqueta autocolante e também destrutível no caso de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e componentes: 37 Figura 14: Locais de gravação de chassi Fonte: SCD/EaD/Segen Na prática, os itens I e II referem-se a etiquetas, e os itens III e IV se referem a gravações nos vidros. Outras modificações: A Resolução nº 24/98 do CONTRAN também: • Eliminou a obrigatoriedade da colocação da etiqueta no assoalho; • Modificou o teor do caractere da 10ª posição do NIV, que deixou de representar o ano de fabricação do veículo e passou a indicar o modelo (na prática, o ano-modelo); • Instituiu uma plaqueta ou etiqueta destrutível quando de sua remoção com a inscrição do ano de fabricação do veículo. 38 No período de vigência da Resolução nº 691/88, ou seja, de 1988 a 1998, era obrigatório inserir, na 10ª posição do NIV, o caractere representativo do ano de fabricação do veículo. Portanto, quem examinar veículos fabricados nessa época, deverá estar atento à codificação respectiva. Saiba Mais! Para que você possa fixar seu aprendizado sobre os critérios para a identificação de veículos, acesse o observe o Quadro-resumo do VIN (disponível no material complementar). Note que neste quadro as cores são iguais a da Tabela ano/modelo – 10º dígito do VIN (Módulo 1, figura 7). Isto é proposital e facilitará a compreensão do assunto, pois estão relacionadas a mesma legislação. 39 Aula 2 – Sistema de placas de identificação de veículos A Resolução nº 780, de 26 de junho de 2019 (disponível no material complementar), que revogou a Resolução 231, de 15 de março de 2007 estabelece o novo sistema de Placas de Identificação de Veículos (PIV). As placas confeccionadas de acordo com a Resolução nº 231, de 15 de março de 2007, ainda estarão em circulação. IMPORTANTE!! • A Resolução nº 780/2019 revogou a Resolução nº 729/2018 e a Resolução nº 231/07; • A Resolução 231/07 revogou as Resoluções do CONTRAN Nº 783/94 e 45/98; • A Resolução 231/07 (em vigor) foi alterada pelas Resoluções do CONTRAN Nº 241/07, 288/08 (revogada pela Resolução Nº 309), pela Deliberação do Contran nº 74/08 (referendada pela Resolução Nº 309); e pelas Resoluções Nº 309/09 e 372/11. O parágrafo 3º da Resolução nº 780/2019 prevê a utilização voluntária dos veículosjá em circulação (usando a placa antiga), fazendo alteração no segundo caractere numérico conforme padrão estabelecido. “Parágrafo 3º - Caso os proprietários de veículos que estejam em circulação desejem adotar voluntariamente o modelo de PIV previsto nesta Resolução, haverá a substituição automática do segundo caracter numérico do modelo do PIV anterior por uma letra, conforme padrão contido no Anexo II.” 40 2.1. Principais características das placas dos veículos O novo modelo de placa, conhecido como “Padrão Mercosul”, trouxe novos elementos de segurança como o código de barras bidimensionais dinâmico (Quick Response Code - QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante com o objetivo de controlar a produção, logística e estampagem e também a verificação de sua autenticidade. Traz também emblema oficial do Mercosul e a bandeira do Brasil impressos em película refletiva. Com o QR CODE houve a dispensa do uso do lacre nas placas traseiras. O QR Code substituiu o lacre numerado e a gravação da UF, ano de confecção e código do fabricante que consta na placa anterior. SAIBA MAIS!! A Resolução nº 729, de 06 de março de 2018, que iniciou o uso do modelo de placas do Mercosul, previa a bandeira do estado e o brasão do município de origem na lateral direita da placa, porém, após reclamação da ONG Observatório Nacional de Segurança Viária, o brasão foi retirado. Com a retirada do brasão, a placa do veículo não necessitará ser trocada caso o veículo seja cadastrado em um novo estado da federação. 41 Modelo da placa padrão Mercosul, homologada pela Resolução 780/2019. Fonte: do Conteudista 2.1.1. Dimensões As placas dianteira e traseira dos veículos particulares, de aluguel, oficial, de experiência, de aprendizagem e de fabricante devem possuir suas medidas nas seguintes dimensões (aplicação em veículos de passageiros, ônibus, caminhão, caminhonete e assemelhados): Figura 15:Modelo Placa Mercosul - Resolução 780/2019 42 Figura 16: Dimensões das Novas Placas do Mercosul Fonte: SCD/EaD/Segen Placa de motocicletas, motonetas, triciclos, quadriciclos, ciclo- elétricos e ciclomotores, de acordo com a Resolução 780/2019. Fonte: Resolução nº 780/2019 Figura 17: Modelo Placa Mercosul 43 Fonte: Resolução nº 780/2019 Placas de demais veículos, de acordo com a Resolução 780/2019. Figura 19: Modelo Placa Mercosul Fonte: Resolução nº 780/2019 Figura 18: Modelo Placa Mercosul 44 Figura 20: Modelo Placa Mercosul Fonte: Resolução nº 780/2019 2.2. Especificações dos elementos de segurança Emblema do MERCOSUL É o Emblema Oficial do MERCOSUL, claramente visível e impresso na película retrorrefletiva, com um Pantone Azul (286) e Verde (347), com tamanho de 25mm por 20mm para motocicletas, motonetas, triciclos, ciclo elétricos, quadriciclos e ciclomotores e, de 32mm por 22mm, para os demais veículos. Esta aplicação é sobre fundo de cor conforme a Normativa, Emblema do MERCOSUL do Manual de Identidade Corporativa - Emblema do MERCOSUL/DEC CMC Nº 17/02. O extremo esquerdo da logomarca começa aos 15mm da borda esquerda, exceto para motocicleta, motoneta, triciclos, ciclo elétricos, quadriciclo e ciclomotor, em que a bissetriz do ângulo da placa deve coincidir com a bissetriz do ângulo do emblema Fonte: Resolução nº 780/2019 Figura 21: Emblema Mercosul 45 Bandeira do Brasil Deverá ser impressa na película retrorrefletiva e posicionada no canto superior direito, fazendo coincidir a bissetriz da bandeira com a bissetriz principal da placa, a uma distância de 4 mm tanto da parte superior quanto do lado direito da placa. As medidas da bandeira são de 23 mm por 16 mm para motocicletas, motonetas, triciclos, ciclo elétricos, quadriciclos e ciclomotores e, de 28 mm por 20 mm, para os demais veículos. Para ambas, os cantos serão arredondados e terão uma borda branca de 1 mm (±0,5 mm) de largura. Figura 22: Bandeira do Brasil Fonte: Resolução nº 780/2019 46 Signo/Distintivo internacional do Brasil – BR A sigla “BR” deverá ser na fonte Gill Sans, cor Preta, aplicada por calor ou impressa no canto inferior esquerdo: Figura 23: Signo/Distintivo Internacional do Brasil – BR Fonte: Resolução nº 780/2019 Marca d’água Consiste em um efeito óptico visível sob condições de luz normais, inscrito no interior da película com o emblema do MERCOSUL em formato circular, gravados na construção da película retrorrefletiva, ocorrendo a cada 72mm: Figura 24: Marca d´água Fonte: Resolução nº 780/2019 47 Código bidimensional (2D) Gravação de forma indelével no canto superior esquerdo da placa, abaixo da faixa azul, com lado entre 16mm a 22 mm. a) O código de barras bidimensionais dinâmico (Quick Response Code - QR Code), deve ser gerado a partir de algoritmo específico, de propriedade do DENATRAN, que deverá conter a identificação do fabricante e o número de série individual e acesso aos dados dos eventos envolvendo as placas, que permita a rastreabilidade sistêmica das placas desde a sua produção até a instalação aos respectivos veículos, além da verificação da autenticidade por meio de sistema eletrônico; b) A contenção QR Code será feita diretamente pelos fabricantes credenciados pelo DENATRAN, que terão acesso exclusivo aos sistemas informatizados capazes de realizar a comunicação do referido código. Figura 25: QR Code e Padrão das Inscrições sobre os Caracteres da PIV Fonte: SCD/EaD/Segen 48 2.3. Fixação da placa ao veículo I. A PIV deve afixada no veículo em primeiro plano, na extremidade traseira ou dianteira, em posição vertical, formando um ângulo de 90º em relação ao plano longitudinal, admitida uma tolerância de 10º, sem qualquer tipo de obstrução à sua visibilidade e legibilidade. Em relação ao plano transversal, a PIV não deverá apresentar inclinação; II. Admite-se, para os veículos de carga ou especial com PBT superior a 3.500 kg, que a placa traseira possa ser posicionada a uma distância afastada da extremidade do veículo, desde que garantido um ângulo máximo de visibilidade de 45º entre a extremidade superior da placa e a extremidade do veículo; III. Deve ser fixada por elementos de fixação (parafusos, rebites, etc.) nos pontos destinados a este fim conforme apresentado nas Figuras 17; 18; 19; e 20; IV. A fixação deve ser de tal forma que não prejudique a estrutura física da chapa da placa, podendo ser utilizado suporte específico para esta função; V. Quando utilizado suporte específico para a fixação da placa, este não poderá encobrir nada além da borda da placa, tampouco possuir elementos refletivos ou luminosos. Presumidamente só é obrigatório o uso de placas dianteira e traseira em veículos de 4 ou mais rodas, pois a Resolução 231/07 não cita explicitamente que se deva usar placa dianteira em motos ou assemelhados. Devido à Resolução 309/09 que alterou o item 1 do anexo da Resolução 231/07: Quando a placa não couber no receptáculo a ela destinado no veículo o DENATRAN poderá autorizar, desde que devidamente justificado pelo seu fabricante ou importador, redução de até 15% (quinze por cento) no seu comprimento, mantida a altura dos caracteres alfanuméricos e os espaços a eles destinados. 49 Há a previsão de troca voluntária do modelo anterior (LLL NNNN) para o modelo Mercosul (LLLNLNN) no § 3º do Art. 2º da Resolução 780/2019 do Contran: “Parágrafo 3º Caso os proprietários de veículos que estejam em circulação desejem adotar voluntariamente o modelo de PIV previsto nesta Resolução, haverá a substituição automática dosegundo caracter numérico do modelo de PIV anterior por uma letra, conforme padrão contido no Anexo II”. Veja a tabela de conversão dos caracteres alfanuméricos da PIV e um exemplo logo abaixo: Figura 26: Tabela de Conversão dos caracteres alfanuméricos da PIV Fonte: Resolução nº 780/2019 50 Figura 27: Exemplo de conversão dos caracteres alfanuméricos da PIV Fonte: SCD/EaD/Segen A faixa de letras de "A" a "J" será utilizada apenas para a conversão do modelo antigo para o novo de PIV, de forma a permitir a convivência entre ambos os modelos e possibilitar a consulta por ambos os critérios de placas. O modelo anterior de placa continuará em circulação, havendo necessidade de troca somente nos casos em que houve destruição, furto ou roubo da placa anterior e será preciso fazer uma nova, transferência de propriedade ou de município (transferência de domicílio). Uma das características da placa anterior é a utilização de lacre em material plástico ou silicone que substituíram os chumbos usados antigamente, os lacres possuem numeração que são cadastradas no sistema RENAVAM do veículo. A Portaria Nº 272, de 21 de dezembro de 2007 51 (https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-272-2007_201176.html), traz as características que o lacre utilizado no modelo de placa antiga deve conter, veja: Art. 2º Os veículos deverão ter suas placas lacradas à sua estrutura, com lacres de segurança de alta resistência e durabilidade, que apresentem resistência mecânica, estabilidade dimensional e características de inviolabilidade em condições de intempéries como a ação dos raios UV, a salinidade e a poluição, em conformidade com esta Portaria e as normas ISO/PAS 17712:2006, ASTM G 154-04. Art. 3º Os Lacres deverão conter, além da personalização moldada em alto relevo da sigla “DETRAN” seguida da “UF”, uma codificação numérica seqüencial composta de nove dígitos numéricos e um dígito verificador gravados a laser ou estampado, de modo indelével, garantindo, a partir destas duas informações, a unicidade do lacre e seu controle. Art. 6º A informação da codificação dos lacres estará disponível no RENAVAM, segundo especificações técnicas do sistema disponibilizadas aos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal pela Coordenação Geral de Informatização e Estatística do DENATRAN. Figura 28: Modelos de Lacres Fonte: o Conteudista https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-272-2007_201176.html 52 Outra característica da placa anterior é a gravação em baixo ou alto relevo do código do fabricante, UF e ano de confecção na lateral direita da placa. Figura 29: Gravação em alto relevo de lacre Fonte: o Conteudista Outras informações referentes ao modelo anterior de placas, que permaneceram em circulação, estão dispostas no artigo 1º, Parágrafo 1º e 2º da Resolução nº 231, de 15 de março de 2007, vamos estudá-las: Art.1º, Parágrafo 1º As placas dianteira e traseira deverão conter, gravados em tarjetas removíveis a elas afixadas, a sigla identificadora da Unidade da Federação e o nome do Município de registro do veículo, exceto nas placas dos veículos oficiais, de representação, aos pertencentes as missões diplomáticas, às repartições consulares, aos organismos internacionais, aos funcionários estrangeiros administrativos de carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação internacional. Art.1º, Parágrafo 2º As placas excepcionalizadas no parágrafo anterior, deverão conter, gravados nas tarjetas ou, em espaço correspondente, na própria placa, os seguintes caracteres: I. Veículos oficiais da União: B R A S I L; 53 II. Veículos oficiais das Unidades da Federação: nome da Unidade da Federação; III. Veículos oficiais dos Municípios: sigla da Unidade da Federação e nome do Município; IV. As placas dos veículos automotores pertencentes às Missões Diplomáticas, às Repartições Consulares, aos Organismos Internacionais, aos Funcionários Estrangeiros Administrativos de Carreira e aos Peritos Estrangeiros de Cooperação Internacional deverão conter as seguintes gravações estampadas na parte central superior da placa (tarjeta), substituindo-se a identificação do Município; Figura 30: Substituições na identificação do Município Fonte: SCD/EaD/Segen Veja abaixo o modelo anterior, ainda em circulação e o modelo Padrão Mercosul. Atentem que o modelo Mercosul abaixo é da primeira geração, quando havia a bandeira do estado e o brasão do município na lateral esquerda da placa. Atente apenas para a cor da placa e desconsidere esses itens. 54 Figura 31: Placas Antigas X Placas Padrão Mercosul Fonte: SDC/EaD/Segen Fique atento!! A categoria de placas denominadas “DIPLOMÁTICO” na cor dourada e branco incluem: Diplomático/Consular (Missão Diplomática, Corpo Consular, Corpo Diplomático, Organismo Consular e/ou Internacional e Acordo Cooperação Internacional). As especiais, na cor verde e branco, consistem: Experiência / Fabricantes de veículos, peças e implementos 55 Com referência à placa de identificação dos veículos relacionados nas letras “a” até “f”, e os procedimentos necessários para obtê-la, em conformidade com o RENAVAM, a Resolução 286/2008 institui (no Art. 2º) que: “o registro do veículo, a expedição do Certificado de Registro e a designação da combinação alfanumérica da placa de identificação serão realizadas pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal mediante a apresentação de autorização expedida pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.” Igualmente, todo ato de mudança de categoria, ou propriedade, será procedido pelos mesmos órgãos executivos de trânsito mediante as exigências relacionadas no Art. 3º. DISPOSIÇÕES DAS PLACAS NOS VEÍCULOS Quanto a disposições das placas nos veículos, a Resolução nº 231 de 2007, traz em seu artigo 1º, parágrafos 3º e 4º que: A placa traseira será obrigatoriamente lacrada à estrutura do veículo, juntamente com a tarjeta, em local de visualização integral. (somente para placas modelo anterior ao Mercosul). Os caracteres das placas de identificação serão gravados em alto relevo. Conforme artigo 6º, da resolução, a partir de 1º de janeiro de 2008, ficam obrigados a utilizar placa traseira de identificação com película refletiva os veículos de 2 ou 3 rodas do tipo de motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclo (redação modificada pela Resolução Nº 241/07): a) que foram registrados na categoria aluguel; b) que foram registrados nas demais categorias a partir de 1º de janeiro de 2008; 56 c) que foram transferidos de município a partir de 1º de janeiro de 20.08 IMPORTANTE!! Aos demais veículos (registrados antes de 1º de janeiro de 2008) é facultado o uso de placas com película refletiva, desde que atendidas as especificações do anexo desta Resolução. (Parágrafo único do Art. 6º, válido até 1º/01/2012). Os demais veículos, fabricados a partir de 1º de janeiro de 2012, deverão utilizar obrigatoriamente, placas e tarjetas confeccionadas com película refletiva, atendidas as especificações do Anexo desta Resolução. (Parágrafo único do Art. 6º, válido a partir de 1º de janeiro de 2012. (Nova redação dada pela Resolução Nº 372/11, de 18/03/11). Quando a disposição de uma segunda placa para identificação de veículos com dispositivo de engate, o artigo 8º e o parágrafo único do artigo 9º traz a seguinte redação: • Artigo 8º - Será obrigatório o uso de segunda placa traseira de identificação nos veículos em que a aplicação do dispositivo de engate para reboques resultar no encobrimento, total ou parcial, da placa traseira localizada no centro geométrico do veículo. (Resolução Nº 231/07); • Artigo 9º, Parágrafoúnico - A segunda placa de identificação será lacrada na parte estrutural do veículo em que estiver instalada (para-choque ou carroceria). (Resolução Nº 231/07). 57 DEMAIS CARACTERÍSTICAS (não se aplica ao modelo padrão Mercosul) O código de cadastramento do fabricante da placa e da tarjeta será composto por um número de 3 algarismos, seguido da sigla da Unidade da Federação e dos dois últimos algarismos do ano de fabricação, gravados em alto ou baixo relevo, em cor igual à do fundo da placa. Observação: na prática, em algumas placas os anos de fabricação aparecem marcados com 4 algarismos. Veja na foto que ilustra as inscrições do fabricante. Figura 32: Inscrição do Fabricante Fonte: SCD/EaD/Segen Os veículos, após identificados, deverão ter sua placa traseira lacrada à estrutura (apenas a placa traseira, conforme imagem abaixo) com lacre de material sintético virgem ou metálico, de uso exclusivo e com identificação do órgão de trânsito 58 responsável. Deve ter características de inviolabilidade e permitir a passagem de arame galvanizado trançado por seu interior. A Resolução nº 231/2007 não específica cor para os lacres. Apenas estabelece que deverão ter dimensões mínimas de 15 x 15 x 4mm. O Subitem 5.1 estabelece que as cores utilizadas para placas e caracteres deverão manter seu contraste em todo período de vida útil de utilização do veículo, tal característica deve ser estendida para as tarjetas. Figura 33: Modelo de lacre com inscrição do DETRAN, UF e Ano Fonte: SCD/EaD/Segen 59 Aula 3 – Carteira Nacional de Habilitação – CNH Nesta aula você tomará conhecimento sobre as características das CNHs anteriores a Resolução nº 598, 24 de maio de 2016 (disponível no material complementar), e estudará as mudanças que a resolução trouxe para a expedição do novo modelo da Carteira Nacional de Habilitação. Esta resolução regulamenta a expedição do documento único da atual CNH - Carteira Nacional de Habilitação. A CNH mais atualizada é a prevista na Resolução nº 598, de 24 de maio de 2016. A Resolução do Contran 687/2017 altera o art. 8º-A, da Resolução nº 598/2016 acrescentado pela Resolução nº 684/2017, regulamentando a Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e), que previu a expedição do documento por meio eletrônico, na forma estabelecida em portaria do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). Essa portaria foi a de nº 1.657, de 27 de dezembro de 2018. A Resolução nº 775, de 28 de março de 2019, substituindo o texto “Ministério das Cidades” por “Ministério da Infra Estrutura”, a Resolução nº 727 de 2018 revogou a Resolução nº 687/2017 que altera o art. 8º-A, que passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 8º-A A Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e) deverá ser implantada pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal até 1º de julho de 2018” 3.1 A CNH Digital A Portaria nº 1.657, de 27 de dezembro de 2018 (disponível no material complementar), da CNH em meio eletrônico, possuindo o mesmo valor jurídico do documento impresso. Para a emissão e utilização da Habilitação digital, será necessário a instalação do aplicativo “Carteira Digital de Trânsito”, o qual exigirá a leitura do QR Code, que 60 deve estar impresso no verso da CNH. Após a validação e demais cadastros, será realizado a leitura fácil e comparado ao banco de dados do DENATRAN. O artigo 10 da referida portaria traz a seguinte redação: Art. 10. Cada órgão ou entidade executivo de trânsito dos estados e do Distrito Federal deverá possuir um certificado digital que ficará armazenado em um Hardware Security Module (HSM) no Serviço Federal de Processamento de dados (SERPRO) e será utilizado para a assinatura da CNH Digital. Figura 34: CHN Digital Fonte: https://www.detran.mg.gov.br/habilitacao/cnh-e-permissao-para-dirigir/cnh-digital https://www.detran.mg.gov.br/habilitacao/cnh-e-permissao-para-dirigir/cnh-digital 61 Modelo de CNH com QR Code no Verso Figura 35: Modelo CNH com QR Code Fonte: do Conteudista 3.2 A CNH Física A Resolução nº 598/2016 regulamenta a produção e expedição da Carteira Nacional de Habilitação – CNH, com novo leiaute e requisitos de segurança. A CNH deverá conter novo leiaute, papel com marca d`agua, requisitos de segurança e 2 (dois) números de identificação nacional e 1 (um) número de identificação estadual. 62 Figura 36: CHN - Novo Leiaute Fonte: SCD/EaD/Segen Veja quais são os números de identificação exigidos na CHN: Registro Nacional Primeiro número de identificação nacional, que será gerado pelo sistema informatizado da Base Índice Nacional de Condutores – BINCO, composto de 9 (nove) caracteres mais 2 (dois) dígitos verificadores de segurança, sendo único para cada condutor e o acompanhará durante toda a sua existência como condutor, não sendo permitida a sua reutilização para outro condutor. Número do Espelho da CNH Segundo número de identificação nacional, que será formado por 9 (nove) caracteres mais 1 (um) dígito verificador de segurança, autorizado e controlado pelo Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União e identificará cada espelho de CNH expedida. a) O dígito verificador será calculado pela rotina denominada de “módulo 11” e sempre que o resto da divisão for zero (0) ou um (1), o dígito verificador será zero (0). 63 Número do formulário RENACH Número de identificação estadual, documento de coleta de dados do candidato/condutor gerado a cada serviço, composto, obrigatoriamente, por 11 (onze) caracteres, sendo as duas primeiras posições formadas pela sigla da Unidade de Federação expedidora, facultada a utilização da última posição como dígito verificador de segurança. O número do formulário RENACH identificará a Unidade da Federação onde o condutor foi habilitado ou realizou alterações de dados no seu cadastro pela última vez. O Formulário RENACH que dá origem às informações na BINCO e autorização para a impressão da CNH deverá ficar arquivado em segurança no órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. Dentro do campo “Observações” do modelo da CNH, deverão constar as restrições médicas, a informação sobre o exercício de atividade remunerada e os cursos especializados que tenham certificações expedidas, todos em formatos padronizados e abreviados, conforme Anexo II desta Resolução. O art. 8° desta resolução traz as situações em que será obrigatório a expedição da Carteira Nacional de Habilitação – CNH, modelo único, veja: I – da obtenção da Permissão para Dirigir na “ACC” e nas categorias “A”, “B” ou “AB”, com validade de 1(um) ano; II – da substituição da Permissão para Dirigir pela CNH definitiva, ao término do prazo de validade de 1 (um) ano, desde que atendido ao disposto no §3º do Art. 148 do CTB; III – da adição ou da mudança de categoria; 64 IV – da perda, dano ou extravio; V – da renovação dos exames para a CNH; VI – houver a reabilitação do condutor; VII – ocorrer alteração de dados do condutor; VIII – da substituição do documento de habilitação estrangeira. Modelo da Carteira Nacional de Habilitação e de Autorização para Conduzir Ciclomotor Figura 37: CNH Fonte: Anexo I da Resolução 598/2016 65 Indicação e localização dos Itens de Segurança Figura 38: Indicação dos itens de segurança Fonte: Anexo I da Resolução 598/2016 66 Verso da CNH e itens de segurança Figura 39: Verso da CNH Fonte: Anexo I da Resolução 598/2016 67 Indicação e localização dos Itens de Segurança – Fundo Invisível e Fluorescente Figura 40: Fundoinvisível fluorescente Fonte: Anexo I da Resolução 598/2016 68 Indicação e localização dos Itens de Segurança – Película Protetora com Fundo Invisível e Fluorescente Figura 41: Película protetora com fundo invisível fluorescente Fonte: Anexo I da Resolução 598/2016 69 3.3 Histórico e características das CNH anteriores A carteira antiga regulamentada pela Resolução nº 734/89 Não oferecia espaço para fotografia e possuía poucos detalhes de segurança. Características: • Sem fotografia e poucos detalhes de segurança; • Validade original de 18 a 40 anos; • Considerando não vencidos os exames de sanidade física e mental; • Validade até o motorista completar 40 anos. Limites impostos pela Resolução 276/98: • 30 dias após o vencimento, para recadastrar e participar do cadastro de condutores RENACH (Registro Nacional de carteira de habilitação), para não ter a carteira cancelada; • Prazo máximo para cadastramento de condutores RENACH e inclusão na BINCO (Base Índice Nacional de Condutores) em 31 janeiro 2012. Figura 42: Modelo CNH, Resolução nº 734/89 Fonte: do Conteudista 70 A carteira criada pela Resolução nº 765/93 Alterada pela Resolução nº 71/98, trouxe muitas inovações, incluiu fotografia e detalhes de segurança contra falsificações, como também passou a ser aceita como documento de identidade. Modelo da CNH (a partir de 1993/1998) Figura 43: Modelo CNH 1993/1998 Fonte: do conteudista 71 A Lei nº 9.503/97, que institui o atual CTB, em seu Art. 159, dispõe que: A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo território nacional. . A Resolução 168/04, modificada pela Resolução 169/05, no seu parágrafo 3º, normatiza que a CNH deve produzir seus efeitos legais quando apresentada no original e dentro do prazo de validade. A CNH, é provavelmente o melhor documento de identificação disponível atualmente no Brasil, tendo em vista os seguintes motivos: Figura 44: CNH, 3 motivos que tornam um documento completo Fonte: SCD/EaD/Segen 72 Características da CNH da Resolução 765/93 Alterada pela Resolução 71/98, conforme fotografia abaixo: Figura 45: Modelo CNH, Resolução 765/93 Fonte: do Conteudista; e SCD/EaD/Segen Observe que na área do fundo anticopiadoras coloridas, as cópias aparecem com a sombra da palavra FRAUDE (veja detalhe ampliado): 73 Figura 46: Fundo anticopiadora ampliada Fonte: do conteudista A Carteira Nacional de Habilitação, após Resolução 192/2006 A CNH regulamentada pela Resolução nº 192/2006, além de atestar a aptidão do cidadão para a condução de veículos, inclui mais detalhes de segurança, como dois números de identificação nacional e um número de identificação estadual (Art.2º). As dimensões da CNH são: • 85 x 120 mm, documento aberto; • 85 x 60 mm, Documento dobrado. Figura 47: Modelo CNH, Resolução 192/2006 Fonte: do Conteudista; e SCD/EaD/Segen 74 Mais características de segurança Esse modelo de CNH possui 10 características de segurança na parte superior do documento, mais 11 na parte inferior. Figura 48: Itens de Segurança CNH, parte superior Fonte: do Conteudista 1. Foto personalizada, não impacto em policromia, com alta definição; 2. Filigrana negativa incorporando textos de identificação; 3. Fundo invisível sensível à luz ultravioleta (Brasão da República, Bandeira do Brasil e geométrico positivo); 4. Fundo off-set numismático duplex, com brasão da República incorporado. 5. Microtexto positivo e negativo com falha em talho-doce. 6. Personalização não impacto à cores (vermelho); 7. Papel de segurança (Mould Made); 8. Texto de identificação e numeração tipográfica com dígito verificador, sensível à luz ultravioleta; 75 9. Fundo anti-scanner duplex, tarja geométrica positiva e microletra; negativa “CNH”; 10. Brasão da república em talho-doce. Figura 49: Itens de Segurança CNH, parte Inferior Fonte: do Conteudista 1. Fundo off-set numismático duplex, com bandeira estilizada. 2. Microtexto positivo e negativo com falha técnica em talho-doce; 3. Registro coincidente (see-through); 4. Número identificador da CNH criptográfico; 5. Filigrana negativa incorporando textos de identificação; 6. Holograma; 7. Fundo geométrico positivo em off-set; 8. Fio de microtextos positivos “DENATRAN” em talho-doce; 9. Fundo anti-scanner duplex, tarja geométrica positiva e microletra negativa “CNH”; 10. Texto de identificação e numeração tipográfica com dígito verificador, sensível à luz ultravioleta; 11. Imagem latente “Original”. 76 Aula 04 – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV De acordo com a Deliberação do Contran, nº 180 de 30 de dezembro de 2019, onde prevê em seu Artigo 2º que: “O Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo em meio eletrônico (CRLV-e) será expedido em substituição ao CRLV em meio físico, na forma estabelecida Departamento Nacional d Trânsito (DENATRAN)”. (grifo nosso) Portanto, será extinta a emissão do CRLV na cor verde, emitido em papel moeda que era utilizado até então. A Deliberação Contran prevê ainda que: • O proprietário do veículo poderá imprimir o CRLV-e, o qual será considerado válido para o fim previsto no caput; • O DENATRAN disponibilizará sistema eletrônico para validação do CRLV-e, ou sua versão impressa, por meio de leitura do código de barras bidimensionais dinâmico (Quick Response Code – QRCode) inserido no documento; • O QRCode será gerado a partir de algoritmo específico, de propriedade do DENATRAN, composto pelos dados individuais do veículo obtidos por meio do Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM); • A expedição do CRLV-e, sem obrigatoriedade de sua impressão deverá ser implantada em todo o território nacional até 30 de junho de 2020 (Resolução nº 769), facultada sua antecipação; • O CRLV em meio físico com modelo previsto na Resolução CONTRAN nº 16, de 06 de fevereiro de 1998, com a alteração dada pela Resolução CONTRAN nº 775, de 28 de março de 2019, poderá ser utilizado para o licenciamento de veículos para o exercício de 2020, portanto, pela regra, esse é o último CRLV com os moldes do modelo anterior; 77 • IMPORTANTE: para transitar em outro país, o condutor deverá portar obrigatoriamente a versão impressa do CRLV-e na forma do parágrafo 1º do art. 4º ou do parágrafo único do art. 7º, enquanto disponível. 4.1. Especificações Técnicas O CRLV será composto por partes contendo os seguintes dados: 1ª e 2ª Partes: Informações dos órgãos emissores, do veículo e do proprietário: Cabeçalho com impressão "REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL", "MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA", "DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO", Identificação do DETRAN/UF, número de série, código RENAVAM, exercício, nome do proprietário, CPF/CNPJ do proprietário, placa atual, placa anterior, nº do VIN (chassi), tipo/espécie, combustível, marca/modelo/versão, ano de fabricação, ano do modelo, capacidade/lotação, potência/cilindrada, categoria, cor do veículo, quantidade de eixos, CMT, PBT, nº de motor, tipo de carroceria, local e data da expedição e QR Code. 3ª Parte: Informações do campo observações do cadastro do veículo; 4ª Parte: Mensagens do DENATRAN. O CRLV poderá conter informações do bilhete do seguro DPVAT, conforme procedimentos estabelecidos pelo DENATRAN, respeitada a legislação de seguros. A versão impressa conterá o mesmo leiaute do CRLV-e, em tinta preta, em página única, papel sulfite branco e formato A4. Acesse o modelo
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