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APOSTILA 2 ANO

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Prefeitura Municipal de São Vicente 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO 
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
 
ENSINO MÉDIO 
 
TERMO II 
 
 
 
 
 
 
FILOSOFIA 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO À ÉTICA 
 
 AUTONOMIA E LIBERDADE 
 
 
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PLANEJAMENTO DE ESTUDOS 
 
Leia com atenção as dicas abaixo e tenha SUCESSO nos ESTUDOS. 
 
 Lembre-se de que você vai estudar sozinho, segundo suas oportunidades, conveniências e 
ritmo de trabalho. Mas, o hábito de estudar deve ser planejado de forma a ocorrer sempre 
em um determinado horário. 
 
 O local de estudo dever ser bem iluminado e silencioso. Evite musicas altas, TV ligada 
entre outros. 
 
 Realize todos os exercícios proposto na Unidade de estudo. Você esta com dificuldade 
na matéria? Não desanime! Vem para o CEJAIN. Converse com o professor que o 
orientará. 
 
 Quando o professor devolver uma atividade corrigida, refaça as questões que você errou, 
consultando a Unidade de estudo. APRENDA o que ainda não sabe. 
 
 Após a leitura, faça três perguntas difíceis sobre o assunto. Se você acertar é por que 
entendeu. 
 
ANTES DA AVALIAÇÃO 
 
 Nunca deixe pra estudar de véspera. Siga um plano diário para poder tirar as dúvidas. 
 
 Estude sempre a matéria na sequência da apostila. 
 
 Refaça os exercícios. Em caso de dúvida, consulte o professor. 
 
 Você deve repassar a matéria diariamente; na época da avaliação só precisará recordar o 
que estudou. 
 
NO DIA DA AVALIAÇÃO 
 
 Leve o material necessário para fazer a prova: lápis, borracha, caneta (azul ou preta), 
etc... 
 
 Leia toda a prova antes de respondê-la. Inicie sempre pelas questões mais fáceis. 
 
 Responda uma questão de cada vez. 
 
 Calcule o tempo para que sobre alguns minutos para revisar suas respostas. 
 
 Preste atenção ao enunciado das questões, isto é, o que elas pedem como respostas. 
 
 Evite rasuras. 
 
Lembre-se: toda avaliação é um documento, que deve ser feito a caneta. 
 
 
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INTRODUÇÃO À ÉTICA 
 
 
Em Filosofia, Ética significa o que é 
bom para o indivíduo e para a 
sociedade, e seu estudo contribui 
para estabelecer a natureza de 
deveres no relacionamento 
indivíduo - sociedade. 
Define-se Moral como um conjunto 
de normas, princípios, preceitos, 
costumes, valores que norteiam o 
comportamento do indivíduo no seu 
grupo social. Moral e ética não 
devem ser confundidos: enquanto a 
moral é normativa, a ética é teórica, 
e buscando explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como 
fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar 
claro que etimologicamente "ética" e "moral" são expressões sinônimas, sendo a primeira 
de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim. 
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa freqüência a lei 
tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum 
indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas 
éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode 
ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética. 
Modernamente, a maioria das profissões têm o seu próprio código de ética profissional, 
que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética, 
freqüentemente incorporados à lei pública. Nesses casos, os princípios éticos passam a 
ter força de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão 
incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influência, por exemplo, 
em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos à conduta profissional. Ademais, o 
seu não cumprimento pode resultar em sanções executadas pela sociedade profissional, 
como censura pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a 
profissão. 
 
ÉTICA 
 
A ética pode ser interpretada como um termo genérico que designa aquilo que é 
freqüentemente descrito como a "ciência da moralidade", seu significado derivado do 
grego, quer dizer 'Casa da Alma', isto é, suscetível de qualificação do ponto de vista do 
bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. 
Em Filosofia, o comportamento ético é aquele que é considerado bom, e, sobre a 
bondade, os antigos diziam que: o que é bom para a leoa, não pode ser bom à gazela. E, 
o que é bom à gazela, fatalmente não será bom à leoa. Este é um dilema ético típico. 
Portanto, de investigação filosófica, e devidas subjetividades típicas em si, ao lado da 
metafísica e da lógica, não pode ser descrita de forma simplista. Desta forma, o objetivo 
de uma teoria da ética é determinar o que é bom, tanto para o indivíduo como para a 
sociedade como um todo. Os filósofos antigos adotaram diversas posições na definição 
do que é bom, sobre como lidar com as prioridades em conflito dos indivíduos versus o 
todo, sobre a universalidade dos princípios éticos versus a "ética de situação". Nesta, o 
que está certo depende das circunstâncias e não de uma qualquer lei geral. E sobre se a 
bondade é determinada pelos resultados da ação ou pelos meios pelos quais os 
resultados sã o alcançados. 
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O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e 
responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma 
pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão 
central da Moral e da Ética. Enfim, a ética é julgamento do caráter moral de uma 
determinada pessoa. Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, 
a não ser quanto ao seu método analítico, jamais será normativa, característica esta, 
exclusiva do seu objecto de estudo, a Moral. Portanto, a Ética mostra o que era 
moralmente aceito na Grécia Antiga possibilitando uma comparação com o que é 
moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando através da comparação, 
mudanças no comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqüências, 
podendo daí, detectar problemas e/ou indicar caminhos. 
 
 
AUTONOMIA E LIBERDADE 
 
 
Fazer o que se quer, liberdade, 
quem não quer? Liberdade de 
querer, liberdade de agir, liberdade 
de pensar, são os três sentidos do 
conceito de liberdade. A liberdade 
de querer é a mais fácil de todas, 
basta ter vontade, o que não é tão 
fácil pois muitas vezes não temos 
vontade própria e outras vezes 
vivemos momentos de um nada de 
vontade. Liberdade de pensar é 
pensar por si próprio, apesar de 
muitos agirem sem pensar, 
portanto, são livres na ação, mas não são livres no pensamento. A liberdade de agir é 
talvez a mais complicada de ser conquistada. É agir sem a ausência de obstáculos como 
diz Hobbes. Mas na relação com o mundo somos impedidos pela lei, pelo governo, pelo 
colega, pelo parceiro (e que parceiro, hein?), enfim, por um outro que representa um 
obstáculo a nossa liberdade. Somos livres para querer, para agir, para pensar, enquanto a 
liberdade depende de nós, mas nem sempre é assim. Ninguém é livre absolutamente, 
nem totalmente. Também ninguém nasce livre. A liberdade precisa ser conquistada e 
junto dela a autonomia. 
Autonomia é um termo de origem grega cujo significado está relacionado com 
independência, liberdade ou autossuficiência. 
O antônimo de autonomia é heteronomia, palavra que indica dependência, submissão ou 
subordinação. 
Em Filosofia, autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir 
livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a 
autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser 
diferente das outras, não é incompatível com elas. 
Segundo o Dicionário de Filosofia, em sentido geral, o termo liberdade é a condição 
daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio; autodeterminação; independência; 
autonomia. 
Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de 
servidão e de determinação,isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De 
maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto 
é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. 
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No sentido político, a liberdade civil ou individual é o exercício de sua cidadania dentro 
dos limites da lei e respeitando os direitos dos outros. "A liberdade de cada um termina 
onde começa a liberdade do outro" (Spencer). 
 
Apesar de muitas vezes associarmos o conceito de liberdade à decisão e determinação 
constante, esta não será bem assim, já que a nossa vida é condicionada a cada ousadia e 
passo. A deliberação está então conduzida pelo envolvente humano, no qual se inserem 
as leis físicas e químicas, biológicas e psicológicas. Caso contrário passa a chamar-se 
libertinagem. Associada à liberdade, está também a noção de responsabilidade, já que o 
acto de ser livre implica assumir o conjunto dos nossos actos e saber responder por eles. 
No geral, ser livre é ter capacidade para agir, com a intervenção da vontade. 
 
RESPONDER NO CADERNO: 
 
1. Qual é a definição de moral? 
2. Por que não podemos confundir moral e ética? 
3. O que é código de ética profissional? 
4. Como pode ser interpretada em termo genérico ética? 
5. Como é visto o comportamento ético em filosofia? 
6. Como a ética mostra o que era moralmente aceito na Grécia antiga, possibilitando 
comparação na ética de hoje na Europa? 
7. Qual a diferença entre autonomia e heteronomia? 
8. Como é visto liberdade no sentido político? 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
CHAUÍ, Marilena Iniciação à filosofia: ensino médio, volume único/ Marilena Chauí. – São 
Paulo: Ática, 2010. 
COTRIM, Gilberto Fundamentos de filosofia/ Gilberto Cotrim, Mirna Fernandes. – 1. Ed. 
– São Paulo: Saraiva, 2010. 
Ética e cidadania: Caminhos da filosofia: elementos para o ensino de filosofia/ 
(coordenação Sílvio Gallo). – Campinas, SP: Papirus, 1997.

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