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CONCEITO Glândula característica dos mamíferos, responsável, na fêmea, por produzir e secretar leite Seu parênquima é formado por glândulas cutâneas modificadas, que se especializaram na produção de leite Nos homens, são rudimentares e não funcionais EMBRIOLOGIA No embrião de 5 semanas, ocorre um espessamento do ectoderma, que se estende da axila à região inguinal bilateral. Ele é chamado de linha láctea Caso o desenvolvimento seja normal, observa-se, entre a 12-16 semana, sua condensação, que é o chamado broto mamário e que está presente no quarto espaço intercostal como uma invaginação do ectoderma ao mesoderma O restante da linha láctea entra em involução Na 17-32 semana, o broto mamário sofre uma tunalização, formando de 15 a 20 ductos Até a adolescência, a mama fica dormente e, pela ação dos hormônios estradiol, progesterona, do crescimento, insulina e prolactina, os ductos se arborizam, formando os alvéolos, que, uma vez em conjunto, são denominados lóbulos mamários Um conjunto de lóbulos mamários, por sua vez, presos a um ducto principal específico, é considerado o lobo mamário OBS: Em animais, pode ocorrer a formação de mamas em todo o trajeto da linha láctea, mas no ser humano, apenas dois brotos permanecem. Caso ocorra algum erro, podem ser formadas mamas acessórias ou papilas mamárias no trajeto da linha láctea original CLÍNICA POLIMASTIA Nome dado à completa formação da mama acessória POLITELIA Formação da papila mamária. HATELIA Não ocorra a formação da papila AMASTIA Não ocorre a formação da mama EXEMPLO DE POLITELIA EXEMPLO DE POLIMASTIA CONSTITUIÇÃO HISTOLÓGICA I – TECIDO GLANDULAR II – TECIDO CONJUNTIVO IIII – TECIDO ADIPOSO LOCALIZAÇÃO DA MAMA A mama está localizada no tórax, anteriormente ao músculo peitoral maior, serrátil anterior e oblíquo externo. É encontrada entre a segunda e a sexta costela, lateralmente ao esterno e medialmente a linha axilar média OBS: A mama direita ocasionalmente é maior e se localiza mais abaixo FORMATO DA MAMA Possui formato cônico com a base voltada à região posterior Sua forma e consistência são determinadas pela quantidade de tecido adiposo, além de variadas de acordo com as características genéticas e individuais Além disso, em uma mesma mulher, ela pode variar de acordo com a idade e de acordo com a paridade, que é o número de partos que uma mulher já teve OBS: Durante a gravidez e a amamentação, as mamas aumentam devido ao crescimento do tecido glandular MORFOLOGIA EXTERNA PAPILA MAMÁRIA OU MAMILO Da papila mamária, desembocam em torno de 15 a 20 ductos mamários pelos orifícios de comunicação. AREÓLA Área da pele hiperpigmentada, que se localiza ao entorno da papila Nela, pode se localizar pequenos nódulos, que são glândulas sebáceas, responsáveis pela lubrificação da papila para que não ocorra fissuras. Eles são nomeados nódulos de Montgomery e normalmente aumentam durante a lactação ARQUITETURA INTERNA O tecido mamário pode se estender além da mama propriamente dita em direção à axila, formando a cauda de Spencer A mama está localizada no tecido subcutâneo e é envolvida por uma fáscia, denominada fascia superficialis, que a delimita. Dela, saem projeções fibróticas, chamadas de ligamentos de Cupper, que a fornece sustentação Seu conteúdo pode ser dividido em parênquima e estroma. O parênquima é a glândula propriamente dita, formada pelos ductos, que possuem a dilatação do seio lactífero antes de desembocar nas papilas, e pelos lobos, cada qual com seus lóbulos. O estroma é formado, principalmente, por tecido adiposo, além de vasos, nervos e traves fibrosas QUADRANTES DA MAMA Importantes à localização de doenças e lesões na mama I – QUADRANTE SUPEROLATERAL Maior quantidade de tecido glandular, dada a cauda de spencer II – QUADRANTE SUPEROMEDIAL III – QUADRANTE INFEROMEDIAL IV – QUADRANTE INFEROLATERAL DRENAGEM LINFÁTICA 75% da linfa é drenada para os linfonodos axilares, principalmente a linfa dos quadrantes súperolaterais, onde há maior quantidade de tecido glandular. Eles podem, ainda, ir para os linfonodos subclaviculares Nos quadrantes mediais, a drenagem pode ser direcionada para os linfonodos paraesternais (mediastino) e, nos quadrantes inferiores, pode ser feita para a região intra-abdominal Alguns vasos linfáticos, levam linfa de uma mama para outra TUMORES DA GLÂNDULA MAMÁRIA Podem seguir pelos vasos linfáticos para regiões distantes do corpo, o que é denominado de metástase Como 75% da drenagem linfática é para a região da axila, é provável que a metástase seja encontrada nessa região TRATAMENTO Pode ser realizado a remoção de todos os linfonodos da axila, daqueles paraesternais, que estão no mediastino, ou da região perihepática IRRIGAÇÃO A mama é altamente vascularizada, em que recebe sangue da artéria torácica interna, que é ramo da subclávia, da artéria axilar, que origina a artéria torácica lateral e a toracoacromial, e das artérias intercostais posteriores, que são ramos diretos da aorta OBS: Dentre os ramos da artéria axilar, a artéria torácica lateral é a principal na irrigação da mama DRENAGEM VENOSA As veias acompanham as artérias, porém no fluxo contrário Veia torácica interna drena para a veia subclávia Veia torácica lateral drena para a veia axilar INERVAÇÃO Os nervos da mama derivam dos nervos cutâneos anteriores e laterais do quarto ao sexto nervo intercostal. Eles atravessam a fáscia peitoral para chegar à tela subcutânea sobreposta à pele da mama. Os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas para a pele da mama e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos, músculo liso na pele e na papila PRODUÇÃO DO LEITE O leite se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos pelos ductos ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MAMÁRIO I – EMBRIOGÊNESE Estágio que ocorre a partir da 18 à 19 semana do período de gestação II – MAMOGÊNESE Durante a puberdade e a gravidez III – LACTOGÊNESE Início e produção do leite, que começa logo após o parto, entre 48 a 72 horas depois do nascimento do bebê IV – LACTAÇÃO Processo em que ocorre a continuidade da produção do leite, diretamente relacionada à ação hormonal da progesterona, prolactina e ocitocina V – INVOLUÇÃO Perda da capacidade de produzir leite devido à diminuição de estímulos, alterações hormonais e alterações de tecidos MAMOGÊNESE Glândulas mamárias estão presentes em ambos os sexos; porém, no homem, elas permanecem atrofiadas por toda a vida Já, na mulher: NASCIMENTO Presença dos ductos lactíferos PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA Liberação de hormônios, como o estrógeno, que estimula o desenvolvimento o desenvolvimento dos canais ou ductos mamários Esse hormônio é responsável pelo desenvolvimento da mama por até 2 a 3 anos após o início da puberdade Ao longo desse processo, o volume e a elasticidade do tecido conjuntivo ao redor dos ductos aumentam, assim como a vascularização e o acúmulo de gorduras A ação combinada de estrogênio e progesterona determina o desenvolvimento completo da mama e a pigmentação da aréola LACTOGÊNESE LACTOGÊNESE I Ocorre no último trimestre da gestação, a partir da 20 semana de gravidez, quando ela já está pronta para a produção do leite Controle endócrino LACTOGÊNESE II Ocorre após o nascimento, quando há o pico de prolactina, dada a diminuição da progesterona Controle autócrino, já que a regulação começa a ser feita no próprio local de produção do leite e que depende da demanda e do número de mamadas. Isso ocorre, pois, a sucção do bebê no peito estimula as terminações nervosas do mamilo e da aréola, de forma a enviar impulsos parao hipotálamo a fim de estimular a liberação de prolactina. Além do hipotálamo, a hipófise anterior é estimulada a secretar ocitocina, hormônio responsável pela ejeção do leite, dado que ela contrai os músculos ao redor dos alvéolos, permitindo o caminho do leite ao mamilo Logo, a produção do leite diminui ou cessa completamente caso a mãe não amemente o seu filho OBS: A presença da placenta inibe a prolactina, hormônio responsável pela síntese do leite, devido ao estímulo da presença de progesterona FORMA DO MAMILO I – POSTRUSO Saliente, bem delimitado e forma um ângulo de cerca de 90 graus na junção do mamilo e da aréola II – SEMI PROSTRUSO Pouco saliente e sem delimitação precisa entre mamilo e aréola III – INVERTIDO OU UMBILICADO Malformado, pois, após os estímulos hormonais, continua inalterado IV - PSEUDOINVERTIDO Malformado, mas, após o estímulo e exercícios, fica mais exterior e pode se assemelhar ao prostruso ou ao semi prostruso GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO GRAVIDEZ Durante a gravidez, devido à ação de hormônios liberados nesse processo, ocorre o crescimento do tecido mamário, há o aumento da pigmentação da aréola e do mamilo, além do aumento do fluxo sanguíneo e o início da atividade secretora do alvéolo AMAMENTAÇÃO COMO REALIZAR Favorecer a pega da aréola pelo bebê Testar a flexibilidade do mamilo Queixo tocado a mama Boca aberta e lábio inferior voltado para fora Bochechas arredondadas Amamentar o bebê até ele soltar o peito OBS: É importante oferecer os peitos alternadamente enquanto o bebê quiser OBS: Caso seja necessário interromper a mamada, o que não é recomendado enquanto o bebê não soltar a mama, insira o dedo mínimo suavemente na comissura labial, ponto de união dos lábios no canto da boca, da criança IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO BEBÊ Nutrição, crescimento e hidratação Desenvolve vínculo afetivo entre a mãe e a criança Protege contra infecções e alergias Ajuda a ter melhor resposta à vacina Protege contra diabetes e câncer infantil Evita problemas que possam vir a ocorrer com os ossos, com os dentes, com a audição e com a fala MÃE Ajuda na recuperação pós-parto e reduz o risco de hemorragia Reduz o risco de câncer de mama e ovário Retarda uma nova gravidez OBS: Até 6 meses de vida, é preciso que haja apenas a amamentação. Após isso, é aconselhável inserir alimentos complementares na dieta da criança, mas a amamentação deve continuar até 2 anos de idade ou mais. PROBLEMAS COM A MAMA AO LONGO DA AMAMENTAÇÃO E LACTAÇÃO I – INGURGITAMENTO MAMÁRIO Acúmulo de leite nas mamas, que causa dor e aumento de seu volume PREVENÇÃO: Amamentar logo após o nascimento Amamentar de forma livre Amamentar com as duas mamas Realizar um esvaziamento parcial sempre que a mãe estiver sentido alguma dor ao realizar o toque Cuidar bem da mama Realização de massagens para deixar o leite mais fluido II – LESÃO MAMILAR Algo que pode provocar um ferimento, seja pela amamentação ou não Esse processo dificulta a amamentação, já que pode ser bastante doloroso PREVENÇÃO Posicionamento adequado de amamentação Afastar a criança do peito corretamente na hora de interromper a sucção
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