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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FITOTECNIA .......................................... 5 2.1 Fisiologia vegetal .................................................................................. 6 2.2. Principais características das plantas .................................................. 10 2.3 Funcionamento geral das plantas ...................................................... 11 2.4 Crescimento e desenvolvimento vegetal ............................................ 13 3 SOLOS: ASPECTOS GERAIS .................................................................. 14 3.1 Preparo do solo .................................................................................. 15 3.2 Preparo periódico do solo ................................................................... 18 3.3 Preparo convencional ......................................................................... 19 3.4 Limpeza da área ................................................................................. 20 4 PLANTIO E SEMEADURA ........................................................................ 21 4.1 A importância das sementes .............................................................. 22 4.2 Qualidades das sementes .................................................................. 24 4.3 Armazenamento das sementes .......................................................... 24 4.4 Tratamento de sementes .................................................................... 25 4.5 Tratamento de mudas/toletes ............................................................. 27 4.6 Características importantes de época de semeadura ........................ 28 4.7 Espaçamento e densidade ................................................................. 29 4.8 Tipos de plantio e semeadura ............................................................ 30 4.9 Operações .......................................................................................... 31 4.10 Aquisição......................................................................................... 31 5 PODA ........................................................................................................ 32 5.1 Poda de Formação ............................................................................. 33 5.2 Poda de frutificação ............................................................................ 33 3 5.3 Controle de pragas e doenças ........................................................... 34 5.4 Controle de pragas ............................................................................. 36 5.5 Controle de doenças .......................................................................... 36 6 COLHEITA ................................................................................................ 37 6.1 Fatores que afetam a eficiência da colheita ....................................... 38 6.2 Tipos de colheita ................................................................................ 38 7 SECAGEM DE SEMENTES E GRÃOS .................................................... 39 7.1 Métodos de Secagem......................................................................... 40 7.2 Elementos de secagem de uma semente .......................................... 42 7.3 Fases da secagem ............................................................................. 43 7.4 Temperaturas de secagem ................................................................. 44 8 ARMAZENAMENTO DA PRODUÇÃO...................................................... 44 8.1 Condições para o armazenamento .................................................... 45 8.2 Embalagens para armazenamento .................................................... 46 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 49 10 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 50 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FITOTECNIA Fonte:sites.uepg.br Desde que a vida surgiu, há mais de 3,5 bilhões de anos, os seres vivos vêm se diversificando e se adaptando às mudanças ocorridas em nosso planeta. Essa capacidade de adaptação os permitiu colonizar os mais variados ambientes na Terra. Os cientistas acreditam que, há cerca de 450 milhões de anos, no período Ordoviciano, a maior parte das classes de animais marinhos atuais já estava estabelecida STEIN (2018). Segundo Stein (2018), o ambiente de terra firme, porém, continuava desabitado. Nessa época, um grupo de algas verdes começou a colonizar a terra firme, originando as primeiras plantas terrestres. O cultivo de plantas faz parte da história da humanidade. O comportamento de seleção das plantas com melhor desempenho produtivo é antigo, mas os melhores resultados só foram obtidos nos últimos séculos, com o desenvolvimento e a utilização de técnicas de melhoramento de plantas (DALMOLIN, 2019). Ainda segundo Dalmolin (2019) : o melhoramento de plantas trouxe contribuições inimagináveis para as populações de diversos países, a exemplo do Brasil, líder de diversos setores 6 da produção agroindustrial. Em muitos casos, inclusive, a sustentação do agronegócio só pode ser mantida graças aos avanços promovidos pelo melhoramento de plantas, em particular o melhoramento genético de plantas. Os novos cultivares oriundos desses melhoramentos possibilitaram não somente um incremento em sua produtividade, mas também maior resistência às pragas e aos patógenos. Além disso, os anseios de muitos agricultores foram atendidos, sem falar das demandas de seus consumidores (DALMOLIN, 2019). A agricultura é uma atividade econômica que começou há aproximadamente dez mil anos, quando o homem passou a plantar, cultivar e aperfeiçoar erva raízes e árvores comestíveis e conseguiu domesticar, colocando sob sua dependência, algumas espécies de animais, em troca de alimento e da proteção que podia oferecer. Com a agricultura o homem passava de coletor a produtor de alimentos (BOLONHEZI, et al. 2012). Quando o homem aprendeu a usar a força do boi e dos ventos, inventou o arado e dominou os processos de fundição, acelerou o desenvolvimento da agricultura e concomitantemente o caminho da urbanização (BOLONHEZI, et al. 2012). A agricultura brasileira apresenta condições para elevar sua produção agrícola, em comparação com as outras nações, pois, possui significativas reservas de terras com potencial para exploração agrícola, têm disponibilidade de água para irrigação e também tecnologiasem constante processo de evolução para produção em regiões tropicais, aliado ao clima favorável (Ormond 2013). A agricultura moderna está cada vez mais adotando métodos que causem menos revolvimento e danos aos solos. Com isso os preparos conservacionistas demonstram melhores resultados em relação ao preparo convencional (ORMOND, 2013). 2.1 Fisiologia vegetal Segundo Silveira (2019), a fisiologia vegetal é um ramo da botânica que estuda a estrutura e os processos de crescimento e desenvolvimento das plantas, desde a organização celular até processos mais complexos, como respiração, fotossíntese e 7 nutrição. O conhecimento sobre o desenvolvimento e o crescimento das plantas é de fundamental importância para todas as áreas que estudam o meio ambiente, sua preservação e seus recursos. Mas é na área agrícola que o conhecimento sobre a fisiologia vegetal tem maior destaque. A fisiologia vegetal é considerada um dos pilares da ciência moderna. Isso porque ela possibilita os estudos relacionados às plantas transgênicas, à sustentabilidade da biodiversidade vegetal, às mudanças climáticas globais, dentre outros aspectos. Segundo Pes e Arenhardt (2015, p. 15 apud Silveira 2019) a fisiologia vegetal constitui-se na base fundamental do manejo de plantas extensivas de lavoura, plantas forrageiras, plantas frutíferas, plantas olerícolas, plantas ornamentais, plantas florestais e plantas medicinais, na biotecnologia/engenharia genética e na conservação de produtos de origem vegetal (fisiologia pós-colheita). A alta produtividade está diretamente relacionada com o ótimo desempenho de desenvolvimento das plantas no campo, proporcionando o equilíbrio de todos os processos e das funções vegetativas da planta. O papel do profissional é entender todos esses processos fisiológicos, para realizar uma adequada tomada de decisão em meio aos desafios da produção agrícola. Nesse contexto, estudar sobre as estruturas básicas das plantas é o primeiro passo para entendermos o funcionamento delas (SILVEIRA, 2019). Segundo Bettiol et al., (2005), a sociedade vem exigindo a produção de alimentos com a mínima degradação dos recursos naturais. Entre esses, destacam-se os portadores de selos que garantem a não utilização de agrotóxicos no processo produtivo. Com isso, sistemas de cultivo mais sustentáveis e menos dependentes do uso de agrotóxicos têm sido desenvolvidos. O conceito de agricultura sustentável envolve o manejo adequado dos recursos naturais, evitando a degradação do ambiente de forma a permitir a satisfação das necessidades humanas das gerações atuais e futuras (Bird et al., 1999 apud (BETTIOL et al. 2005). Esse enfoque altera as prioridades dos sistemas convencionais de agricultura em relação ao uso de fontes não renováveis, principalmente de energia, e muda a visão sobre os níveis adequados do balanço entre a produção de alimentos e os impactos no ambiente. As alterações implicam na redução da dependência de 8 produtos químicos e outros insumos energéticos e no maior uso de processos biológicos nos sistemas agrícolas (Bettiol e Ghini, 2003 apud BETTIOL et al., 2005). De acordo com Silveira (2019), características das plantas Grande parte das plantas possuem basicamente a mesma estrutura, contendo semente, flor, fruto, caule, folha e raiz, como é o caso das angiospermas. Vejamos as principais funções dessas estruturas: • Semente: propaga e protege o material genético da planta. • Flor: é o órgão reprodutivo de determinadas plantas. • Fruto: protege as sementes e armazenam nutrientes. • Caule: conduz água e nutrientes da raiz para as partes aéreas. • Folhas: são responsáveis pela realização da fotossíntese e pela transpiração das plantas. • Raízes: são órgãos que fixam as plantas ao solo e dele retiram água e sais minerais. Fonte: todamateria.com.br 9 Ainda Segundo Silveira (2019), a célula vegetal é responsável por todos os processos fisiológicos que ocorrem na planta. Os elementos que compõem sua estrutura são eles: Parede celular (ausente em células animais): envoltório de celulose que protege a célula vegetal e determina sua forma. Cloroplastos (ausentes em células animais): estruturas membranosas que contêm pigmento verde (clorofila); são responsáveis pela fotossíntese. Vacúolo central (ausente em células animais): bolsa membranosa que contém água e sais. Membrana plasmática: envoltório que seleciona a entrada e a saída de substâncias. Citoplasma: toda a região interna da célula, situada entre as membranas plasmática e nuclear. Retículo endoplasmático: conjunto de tubos, canais e sacos membranosos, onde circulam substâncias fabricadas pelas células. Aparelho de Golgi: tem a função de armazenar substâncias que a célula fabrica. Ribossomos: grânulos responsáveis pela fabricação das proteínas celulares. Mitocôndrias: local onde ocorre a respiração celular. Lisossomos: contêm sucos digestivos, onde são digeridas partículas ou estruturas celulares desgastadas pelo uso. Núcleo: central de informações da célula, onde se localizam os cromossomos com os genes. Carioteca ou membrana nuclear: envoltório membranoso que separa o conteúdo nuclear do citoplasma. Nucléolo: local de fabricação e armazenamento temporário de ribossomos. Centríolos (ausente em células de plantas superiores): exerce função no esqueleto da célula e nos movimentos celulares. 10 Fonte: todamateria.com.br 2.2. Principais características das plantas Segundo Stein (2018), embora apresentem espécies adaptadas à vida aquática, as plantas são seres tipicamente terrestres, ou seja, desenvolvem-se em substratos não submersos (são fixas à terra ou às rochas). É de conhecimento comum a enorme diversidade de tamanhos e de forma que as plantas apresentam, podendo variar em sua altura de menos de 1 centímetro a mais de 100 metros. A morfologia, ou forma, da planta também é diversa de maneira surpreendente (TAIZ et al., 2017 apud STEIN, 2018). De acordo com Stein (2018), um dos grandes desafios enfrentados pelos ancestrais das plantas atuais durante sua evolução foi desenvolver processos reprodutivos em que gametas não precisassem nadar, uma vez que água em forma líquida é pouco abundante no ambiente terrestre. Amabis e Martho (1997 apud STEIN 2018) descrevem que o reino Planta e engloba seres autótrofos fotossintetizantes, que diferem das algas por apresentar tecidos e órgãos bem diferenciados. Atualmente, são conhecidas mais de 290 mil espécies de plantas, algumas com estruturas relativamente simples (por exemplo, os musgos) e outras de organização corporal complexa (como as árvores). Em geral, as plantas podem ser definidas como organismos multicelulares derivados de embriões, sésseis, adaptados ao ambiente terrestre e capazes de converter dióxido de carbono em compostos orgânicos complexos por meio da fotossíntese. Essa definição geral inclui um amplo espectro de organismos, desde musgos até́ plantas floríferas (com flores) (STEIN 2018). 11 De acordo com Sadava et al. (2009 apud Stein 2018), as plantas também podem ser classificadas pela presença ou não do sistema de tecido vascular, ou seja, células unidas em tubos que transportam água e nutrientes pelo corpo da planta. A maioria das plantas atuais tem um complexo sistema de tecido vascular, e são, portanto, chamadas de plantas vasculares. As plantas sem um sistema de transporte extenso (como as hepáticas, os musgos e os antó ceros) são descritas como avasculares, mesmo que alguns musgos tenham sistema vascular simples. As plantas avasculares são chamadas, informalmente, de briófitas (STEIN 2018). As plantas (assim como os animais) são consideradas seres pluricelulares, ou seja, apresentam muitas células em sua composição. Outra grande característica das plantas é que elassão eucariontes (gregos eu = verdadeiro + káryon = núcleo), ou seja, nas células, há uma membrana nuclear (carioteca) delimitando o núcleo, no interior do qual localizam-se os cromossomos. A célula eucariótica apresenta, além do núcleo, sistemas membranosos e organelas no citoplasma (STEIN 2018). 2.3 Funcionamento geral das plantas De acordo com Silveira (2019), o desenvolvimento das plantas depende de dois processos básicos: a fotossíntese e a respiração. Como vimos, a fotossíntese é o processo que utiliza a luz solar como fonte de energia para sintetizar compostos orgânicos, como a glicose, a partir de substâncias inorgânicas. Nesse processo, ocorre a síntese de carboidratos e a liberação de oxigênio a partir de dióxido de carbono e água, conforme mostra a figura. 12 Fonte: iguiecologia.com No processo de respiração aeróbica, os compostos biológicos são reduzidos e oxidados de maneira controlada. É durante a respiração que a energia é liberada e armazenada em forma de ATP (trifosfato de adenosina), que será utilizado em reações celulares para manutenção e desenvolvimento (SILVEIRA, 2019). A fotossíntese é afetada por diversos fatores, como a temperatura e a intensidade luminosa. O gás carbônico (CO2) é obtido da atmosfera, enquanto a água (H2 O) e os nutrientes são retirados do solo pela raiz. Na presença de luz solar, a fotossíntese ocorre nos cloroplastos, especialmente em estruturas como as folhas, conforme Taiz e Zeiger (2017) apud (SILVEIRA, 2019). Os fotoassimilados são compostos obtidos a partir da fotossíntese e são redistribuídos pela planta em movimentos denominados simplasto e apoplasto. No simplasto, ocorre o transporte por meio do floema pelo interior da célula, atravessando as membranas. Já o apoplasto ocorre por meio do xilema, sendo responsável pelo transporte de substâncias inorgânicas (água e nutrientes) absorvidas pelas raízes. Esses solutos não entram nas células durante seu movimento, sendo transportados pelos espaços nas paredes das células (SILVEIRA, 2019). http://www.iguiecologia.com/ 13 2.4 Crescimento e desenvolvimento vegetal Segundo Silveira (2018), o crescimento celular é avaliado pelo aumento em tamanho ou em massa, ou seja, o aumento em matéria seca. Para que ocorra o crescimento, é preciso que a taxa de fotossíntese seja maior do que a respiração. Já o desenvolvimento vegetal consiste em um processo de crescimento em que a planta passa por várias fases fenológicas, que são as seguintes: 1. Germinação das sementes; 2. Crescimento vegetativo; 3. Florescimento; 4. Frutificação; 5. Formação de semente; 6. Senescência. O crescimento e o desenvolvimento das plantas são controlados por interações complexas de fatores externos e internos ao vegetal. Dentre os fatores internos, conforme Pes e Arenhardt (2015 apud SILVEIRA 2019) destacam-se os hormônios vegetais, sendo os principais: auxina, giberelina, citocinina, ácido abscísico e etileno. Existem dois tipos de controle do desenvolvimento vegetal. O controle fisiológico, ou interno, é realizado pelas ações dos hormônios vegetais e está diretamente relacionado ao desenvolvimento vegetal, podendo atuar na inibição ou na indução do florescimento, no enraizamento de estacas, no amadurecimento de frutos e na quebra de dormência de sementes e gemas. Já o controle ambiental, ou externo, induz as plantas aos processos de desenvolvimento e é influenciado diretamente pela luz solar, pela temperatura e pela presença de água (SILVEIRA, 2019). Ainda de acordo com Silveira (2019), o ciclo de desenvolvimento das plantas se dá de diferentes formas, dependendo do tipo de planta: ➢ Plantas anuais: completam o ciclo de vida em menos de um ano. Produzem fruto uma vez e morrem, sendo classificadas como monocárpicas. ➢ Plantas bienais: completam o ciclo em menos de dois anos e em mais de um ano. Produzem fruto uma vez e morrem, sendo classificadas como monocárpicas. 14 ➢ Plantas perenes: ciclo superior a dois anos. Essas plantas produzem semente anualmente e são classificadas como policárpicas, ocorrendo na maioria das frutíferas. De acordo com Silveira (2019), o comportamento das folhas nas estações de outono/inverno é uma característica dessas plantas, que podem ser: ➢ Decíduas ou caducifólias: perdem as folhas no outono/inverno. ➢ Perenes ou sempre verdes: mantêm as folhas no outono/inverno. O crescimento vegetal pode ser conceituado como o processo irreversível de aumento da matéria seca da planta. Para que ocorra crescimento é necessário que a taxa de fotossíntese seja maior do que a respiração (FLOSS, 2006 apud PES; ARENHARDT, 2015). O desenvolvimento vegetal é caracterizado como o processo de crescimento em que a planta passa pelas diversas fases fenológicas (FLOSS, 2006 apud PES; ARENHARDT, 2015). 3 SOLOS: ASPECTOS GERAIS Fonte: www.rodeowest.com.br 15 De acordo Pes, Arenhardt (2015), o pré-requisito básico para iniciarmos os estudos sobre determinado tema é termos um mínimo de conhecimento sobre ele, ou seja, saber pelo menos do que se trata. Os solos, de maneira em geral, têm por origem as rochas, que com o passar dos anos e atuação de diversos fatores, vão se decompondo, até formar o solo. Portanto, na maioria dos casos, o solo é a camada que está entre seu material de origem (rochas) e a atmosfera. Sendo assim, podemos elaborar um conceito geral para solos, como sendo corpos naturais, que ocupam porções na superfície terrestre e servem de alicerce para os sistemas de produção agropecuária e edificações dos humanos, sendo resultado dos fatores e processos de sua formação (PES; ARENHARDT, 2015). Os solos podem ser originados a partir de dois materiais: os orgânicos e os minerais (rochas), que darão origem, respectivamente, aos solos orgânicos e aos solos minerais. Os solos minerais, originados a partir de rochas, são predominantes. Na sequência, veremos os tipos de rochas e sua origem (PES; ARENHARDT, 2015). Os solos podem ser originados a partir de: Material orgânico, formados, geralmente, em condições de má drenagem, Material mineral (rochas), no caso dos solos minerais. A influência do material de origem na formação do solo vai estar relacionada, principalmente, com o grau de consolidação, a granulometria e a composição deste material (PES; ARENHARDT, 2015). 3.1 Preparo do solo Fonte: agropro.com.br http://www.agropro.com.br/ 16 Os sistemas de manejo de solo afetam diferentemente sua densidade e porosidade e o armazenamento de água ao longo do perfil. Interferindo diretamente no desenvolvimento e produtividade das culturas. O uso do solo, com maior número de cultivos por ano, tem sido intensificado para aumentar a renda dos agricultores e a oferta de alimentos, resultando em maior produtividade da área, principalmente quando se adotam tecnologias apropriadas, como melhor manejo do solo e tratos culturais adequados para cada tipo de solo e cultura (FERREIRA, 1997 apud MIRANDA, 2015). O manejo adequado do solo é fundamental para a produção agrícola e visa atingir três objetivos básicos: descompactação, controle de plantas daninhas, incorporação de resíduos orgânicos e corretivos (OLIVEIRA et al,1996 apud MIRANDA, 2015). Segundo Miranda (2015), no sistema de plantio direto (SPD), a cobertura vegetal contribui efetivamente para a proteção do solo, pois diminui a possibilidade de impacto direto de gotas de chuva; melhora a estrutura do solo pela adição de matéria orgânica (COELHO, 1991 apud MIRANDA, 2015); reduz a velocidade de escoamento da enxurrada e aumenta a taxa de reflexão (albedo) que resulta em menor variação térmica do solo (SALTON e MIELNICZUK, 1995 apud MIRANDA. 2015), além de favorecer o desenvolvimento da microbiota. De acordo com Miranda (2015): A desestruturação do solo, a compactaçãoe a redução nos teores de matéria orgânica são consideradas os principais indutores da degradação dos solos agrícolas. Tal degradação, com todas as suas implicações e consequências, tem resultado no desafio de viabilizar sistemas de produção que possibilitem maior eficiência energética e conservação ambiental, criando-se novos paradigmas tecnológicos baseados na sustentabilidade. São operações iniciais sobre uma condição de vegetação natural ou regenerada, ou, ainda, necessidade de alguma movimentação de terra para tornar a sua superfície regular e fácil de trabalhar, com a finalidade de dar-lhe condições de receber sementes ou mudas de plantas cultivadas, incorporando novas áreas à produção de novas pastagens ou culturas (FILHO et al 2007). Segundo Filho, et al. (2007): 17 O preparo do solo é o método mais usual para modificar a rugosidade do solo. Quando o solo é submetido a um sistema conservacionista, onde o preparo é realizado com escarificador, seguido ou não de gradagem, a superfície do solo apresenta-se mais rugosa do que quando submetida ao sistema convencional com arados e grades (BERTOL et al., 2006 apud FILHO 2007 et al.). No entanto, o sistema convencional pode apresentar uma superfície mais rugosa comparado ao solo mantido sem preparo por algum tempo, como é o caso do plantio direto (SCHICK et al., 2000 apud FILHO et al. 2007). De acordo com Bolonhezi, et al. (2012), o primeiro passo é a obtenção junto aos órgãos oficiais, da autorização para a derrubada (solicitar junto ao DEPRN/IBAMA). A legislação ambiental tem por objetivo básico disciplinar o uso dos recursos naturais, por meio de medidas legais que estabelecem limitações e critérios para a sua utilização. Ainda segundo Bolonhezi, et al. (2012), os dispositivos legais encontram se na Lei nº. 4.771 de 15/09/65 e alterada pela Lei nº. 7.803 de 18/07/89, com as seguintes características: - Art. 1º: Estabelece que as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação são bens de interesse comuns a todos os habitantes do país. - Art. 2º e 3º: Área de Preservação Permanente - APP: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso de água desde seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja: - de 30 m para cursos d’água com menos de 10 m; - de 50 m para cursos d’água de 10 a 50 m; - de 100 m para cursos d’água de 50 a 200 m; - de 200 m para cursos d’água de 200 a 600 m; - de 500 m para cursos d’água maiores que 600 m; - de 100 m em Usinas Hidrelétricas. b) ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios naturais ou artificiais; c) nas nascentes, mesmo intermitentes em raio de 50 m; d) no topo de morros, montanhas, serras chapadas e encostas com declividade superior a 45º; e) em restingas, nas bordas de tabuleiros e em terrenos com altitude superior a 1800 metros; 18 f) tanques de piscicultura a faixa é de 15 m; g) nas áreas metropolitanas definidas por Lei e, ainda, em áreas declaradas por ato do poder público. - Art. 16: cria a figura da reserva florestal legal (Reserva Legal), deve ser de no mínimo 20 % da área total da propriedade. - Art. 44: estabelece que a Reserva Legal, na região Norte e na parte norte da Região Centro-Oeste, será de no mínimo 50 % da área de cada propriedade. O DEPRN deve ser consultado quando: antes da aquisição de áreas; suspensão de vegetação nativa; intervenção em Áreas de Preservação Permanente; e desinterdição de áreas embargadas pela Polícia Ambiental. (BOLONHEZI et al. 2012). 3.2 Preparo periódico do solo Segundo Filho et al 2007: Desde os mais remotos tempos, essas operações têm sido realizadas com a finalidade de oferecer às sementes que serão colocadas no solo as condições que teoricamente seriam as melhores para o seu desenvolvimento. Não se deve esquecer, todavia, que as modernas técnicas de semeadura direta têm demonstrado que, para determinadas condições de solo, clima e culturas, é possível se obter uma produtividade tão boa ou, em alguns casos, até melhor que com os métodos tradicionais de preparo do solo e semeadura. O preparo periódico do solo diz respeito a diversas operações agrícolas de mobilização do solo, realizadas antes da implantação periódica de culturas. Esse tipo de preparo pode ser feito em três sistemas principais: convencional (aração e gradagem em toda a área a ser cultivada), cultivo mínimo (onde as operações mecanizadas são reduzidas ao mínimo necessário) e plantio direto (onde a mobilização do terreno só ocorre apenas na fileira de semeadura) FILHO et al (2007). De qualquer forma, o preparo periódico do solo continuará a ser feito para as culturas ou condições onde não existe a possibilidade de utilização de técnicas de semeadura direta. (FILHO et al 2007). 19 3.3 Preparo convencional Segundo Filho et al (2007), Conjunto de operações realizadas no solo com a finalidade de facilitar a semeadura/plantio, germinação das sementes/ brotação e desenvolvimento das plantas. O sistema convencional de preparo do solo consiste na realização de uma aração, caracterizado pelo preparo primário do solo, seguida de duas gradagens para destorroamento e nivelamento (DERPSCH et al., 1991 apud FILHO et al 2007), também denominada de operações de preparo periódico secundário. O emprego desse mesmo manejo, ao longo de vários anos, poderá proporcionar a desestruturação da superfície dos solos, deixando-os mais suscetíveis ao processo de erosão e à formação de impedimentos mecânicos logo abaixo das camadas de solo movimentadas pelos equipamentos, os quais podem interferir no desenvolvimento radicular das culturas, acarretando redução na produtividade (BAUDER et al., 1981 apud FILHO et al 2007). De acordo com ASAE (1982) e DALLMEYER (1994) apud FILHO et al (2007), o preparo mínimo ou reduzido do solo pode ser definido como aquele que proporciona menor número de operações que o preparo convencional, resultando em menor incorporação de resíduos vegetais, menor inversão do solo, menor custo de preparo e redução das perdas de solo e água por erosão. Considera-se como preparo conservacionista aquele que proporciona a menor mobilização possível do solo, visando a preservar sua estruturação, mantendo no mínimo 30% da superfície do solo coberta com resíduos culturais, entre o período compreendido da colheita da cultura anterior e a implantação da cultura seguinte (GROHMANN & ARRUDA, 1961 e BUHLER, 1995 apud FILHO et al 2007). Assim, pode-se considerar que tanto o preparo reduzido quanto o sistema de semeadura direta, que é um tipo de preparo na linha com mínima mobilização do solo, podem ser enquadrados como preparo conservacionista. A avaliação dos perfis mobilizados pelos preparos do solo pode oferecer informações importantes. Segundo DANIEL & MARETTI (1990 apud et al FILHO 2007), dois são os fenômenos decorrentes da operação de preparo periódico: o deslocamento vertical do perfil do solo e a sua área mobilizada, devendo ser realizados levantamentos de três perfis: o perfil da superfície natural, da superfície de elevação e o perfil interno do solo mobilizado. 20 A avaliação das áreas entre os perfis pode ser determinada por meio de gráficos, utilizando-se de técnicas de planimetria ou programas computacionais. FURLANI (2000 apud FILHO et al 2007), avaliando três sistemas de preparo do solo (convencional, escarificação e plantio direto), observou que a superfície do solo, após as operações de preparo, semeadura, cultivos e chuvas, voltou a sua condição original, destacando que, durante a safra da cultura, tem-se aos poucos o retorno à condição original. Segundo KAMPHORST et al. (2000 apud FILHO et al 2007), pode-se expressar a rugosidade superficial do solo por diversos índices. GAMERO & BENEZ (1990), SANTOS (1993), COAN (1995) e OLIVEIRA (1997) apud FILHO et al (2007), sugeremque a avaliação da rugosidade superficial de um solo pode ser feita por meio da utilização do índice de rugosidade proposto por ALLMARAS et al. (1966 apud FILHO et al 2007). A rugosidade do solo deve ser medida, também, após o preparo. Dessa maneira, pode-se determinar o índice de rugosidade da superfície mobilizada. O índice de modificação da rugosidade expressa, em termos percentuais, a mudança entre a rugosidade inicial e a rugosidade final, após o preparo do solo, ou seja, é a rugosidade resultante da ação dos equipamentos em relação ao estado natural em que o solo se encontrava. Dessa forma, solos mais rugosos podem tornar- se mais uniformes após a ação de certos equipamentos, bem como solos com superfície mais plana podem tornar-se mais rugosos (FILHO et al 2007). Segundo Filho et al (2007), o preparo do solo é o método mais usual para modificar a rugosidade do solo. Quando o solo é submetido a um sistema conservacionista, onde o preparo é realizado com escarificador, seguido ou não de gradagem, a superfície do solo apresenta-se mais rugosa do que quando submetida ao sistema convencional com arados e grades (BERTOL et al., 2006 apud FILHO et al 2007). No entando, o sistema convencional pode apresentar uma superfície mais rugosa comparado ao solo mantido sem preparo por algum tempo, como é o caso do plantio direto (SCHICK et al., 2000). 3.4 Limpeza da área Tem como finalidade, remover ou triturar pedaços de madeira e raízes que permanecem na área após o enleiramento ou na eliminação de plantas herbáceas e 21 subarbustivas, ou mesmo para início das operações de preparo do solo. A limpeza destes terrenos, por sua vez, pode ser manual (catação do material) e/ou mecanizada (roçadores rolos-facas e grade pesada) (BOLONHEZI, et al. 2012). Segundo Melo (2005), consiste em deixar o local o mais limpo possível, para maior eficiência dos trabalhos subseqüentes. Dependendo da área, as atividades dizem respeito ao desmatamento ou roçada, retirada de restos vegetais e de pedras da superfície. Esta etapa deve ser realizada com antecedência mínima de seis meses ao plantio das mudas ou porta-enxertos. No caso de solos de matas ou com bastante matéria orgânica (acima de 50,0g kg-1), é recomendável o cultivo de uma cultura anual no primeiro ano após o preparo do solo. 4 PLANTIO E SEMEADURA Fonte: culturasagricolas.wordpress.com Segundo Bolonhezi et al. (2012) define: O plantio: é o ato de se colocar partes vegetativas ou mudas no solo para instalação de uma determinada cultura. Ex.: cana-de-açúcar, mandioca, mudas de arroz inundado, algumas hortaliças, outras culturas com plantio ou transplantio. Semeadura: é o ato de se colocar a semente no solo. Exemplo: milho, arroz, soja, trigo, algodão, hortaliças, etc. * Ambos os sistemas visam à implantação de uma cultura de interesse sócio- econômico. De acordo com Finkler (2019): 22 Aguiar (2018 Finkler (2019), afirma que os conceitos botânico e agronômico de sementes diferem. Na agricultura, a semente engloba todas as estruturas resultantes do desenvolvimento da flor. Exemplificando, sementes são castanha-do-pará, mamona, algodoeiro, ervilha, pepino, abóbora e tomateiro; enquanto frutos são trigo-mourisco, cereais, avelã, nogueira, alface e girassol, conforme apontam Taiz et al. (2017 Finkler 2019). 4.1 A importância das sementes Fonte: www.segredosdaalimentacao.com.br Segundo Laboriau (1990), a importância das sementes para a vida humana decorre, antes de tudo, do fato de que a evolução do gênero Homo se processou numa época geológica em que quase todos os tipos de vegetação terrestre do planeta já haviam sido dominados por plantas fanerógamas. Era, pois, forçoso que a maior parte dos vegetais aproveitados pelo homem saísse desse grupo, ou seja, de plantas com sementes. A tarefa de identificar as plantas úteis discriminando as alimentícias, as tóxicas, as fontes de fibras, taninos, corantes e plásticos, assim como as medicinais e as alucinógenas, deve ter-se arrastado por muitos milênios. Mesmo antes da agricultura, já se encontram evidências arqueológicas do consumo de sementes como alimento (FLANNERY, 1973 apud LABOURIAU, 1990). http://www.segredosdaalimentacao.com.br/ 23 Como se teria processado a transição dessa economia coletora para a da produção agrícola? Essa questão, que vem sendo objeto de investigações interdisciplinares coordenadas pela etnobotânica, constitui ainda uma grande incógnita. Uma das pistas para esse estudo foi aberta no século passado por De Candolle (1886 apud LABOURIAU, 1990) e consiste em buscar as regiões geográficas de origem das plantas cultivadas.Essa linha de trabalho, implementada pelos métodos da genética e da biogeografia, levou Vavilov (1949 apud LABOURIAU, 1990) a descobrir que a cultura de certas espécies ter-se-ia irradiado de alguns centros de pequena extensão e muito distantes uns dos outros. Segundo Finkler (2019): Kerbauy (2017 apud FINKLER, 2019), comenta que a semente contribui para a sobrevivência das espécies, sendo um estágio fundamental do ciclo de vida das plantas. De acordo com Aguiar (2018, p. 134 apud Finkler 2019), a semente “é um primórdio seminal maduro, por regra, fecundado”. A semente consiste em um conjunto de esporófi to jovem (embrião em desenvolvimento), tecido de reserva (endosperma) e envoltório protetor. Ela é a unidade reprodutiva de espermatófi tas (gimnospermas e angiospermas), estando relacionada à sobrevivência das espécies, conforme lecionam Appezzato-da- Glória e Carmello-Guerreiro (2006 apud Finkler 2019). Aguiar (2018 Finkler apud 2019). É, pois, forçoso admitir que a agricultura começou independentemente em vários lugares. A continuação dos estudos iniciados por Vavilov mostrou, porém, que os locais de origem da agricultura nem sempre foram zonas restritas, havendo boas provas de que essa atividade também foi iniciada em regiões continentais bastante extensas (HARLAN, 1971 apud LABOURIAU, 1990). Além das diferenças quanto aos locais e às espécies, há o fato de que existem duas tradições agrícolas que operam de modo muito diverso, especialmente no que se refere às sementes (SAUER, 1969; HARRIS, 1972 apud LABOURIAU, 1990). Uma dessas agrotécnicas, que é típica das terras baixas tropicais úmidas, consiste em cultivos associados de várias espécies propagadas por multiplicação vegetativa, sendo por isso designada como "vegecultura". A essa modalidade pertencem, entre outras, as culturas da bananeira, do inhame e da cana-de-açúcar, iniciadas no 24 Sudeste Asiático; a de algumas Dioscoreas e o "kafir", na África; a mandioca, de outras Dioscoreas e do abacaxi, na América do Sul. A outra tradição agrícola, que é característica dos climas subtropicais mais secos, consiste em plantações que giram em torno da semente porque começam pela semeadura e terminam com a colheita do grão. A esse tipo pertencem a cultura do milho, iniciada na América Central; a do trigo, que começou no Oriente Médio; a do sorgo, feita pela primeira vez na África; e a do arroz, no Sudeste Asiático (HARLAN, 1971 apud LABOURIAU, 1990). 4.2 Qualidades das sementes Na compra de sementes, é indicado que o agricultor saiba a qualidade do produto que está adquirindo, para isso, existem laboratórios oficiais e particulares de análise de sementes que podem prestar esse tipo de serviço, informando a germinação, as purezas físicas e varietal e a qualidade sanitária da semente (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES, 2013). “Esta última informação é extremamente importante para a decisão do tratamento de semente com fungicida” (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES, 2013). 4.3 Armazenamento das sementes Gianluppi et al. (2009 apud LOPES, 2013) afirmam que as sementes devem ser armazenadas na propriedade até a época de semeadura com todos os cuidadospossíveis para se mantiver vivas, com boa germinação e emergência no campo. As seguintes medidas devem ser tomadas: ➢ Armazenar as sementes em galpão bem ventilado e sobre estrados de madeira; ➢ Não se deve empilhar as sacas de sementes contra as paredes do galpão; ➢ O ambiente deve estar livre de fungos e roedores; ➢ As sementes devem ser armazenadas separadas do adubo, calcário ou agroquímicos; 25 ➢ Dentro do armazém a temperatura deve ser no máximo de 25º C e a umidade relativa não deve ultrapassar 70% (GIANLUPPI et al., 2009). Nos casos onde essas condições não sejam possíveis na propriedade, é indicado que o agricultor somente retire a semente do armazém do seu fornecedor mais próximo da época de semeadura (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES, 2013). 4.4 Tratamento de sementes O tratamento de semente com produtos como fungicidas, inseticidas, micronutrientes e inoculantes pode ser feito com máquinas específicas de tratar semente, desde que, essas disponham de tanques separados para os produtos, uma vez que não foi regulamentada a mistura de agrotóxicos em tanque (Instrução Normativa 46/2002, de 24 de julho de 2002, que revoga a Portaria DAS Nº 67 de 30 de maio de 1995) (EMBRAPA, 2011 apud LOPES, 2013). Os fungos são organismos que mais infectam as sementes, sendo responsáveis não só pela disseminação da doença, mas também pelo apodrecimento das sementes no solo, deterioração durante o armazenamento e a produção de micotoxinas (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES, 2013). Assim, uso de sementes sadias é importante, no entanto, nem sempre o produtor tem condições de fazer a análise fitossanitária das sementes que irá utilizar, por isso é importante o tratamento com fungicida (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES, 2013). Para um tratamento eficiente das sementes com fungicidas deve-se levar em conta os seguintes fatores, segundo Gianluppi et al. (2009 apud LOPES, 2013): a) Uso da dosagem recomendada pelo fabricante; b) Distribuição uniforme do produto nas sementes; c) Aderência eficiente do produto às sementes para que se evite perdas durante a semeadura; d) Eliminação do risco para o operador; e) Não deve haver contaminação ambiental (MAUDE, 1996 apud GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES, 2013). 26 Segundo Finkler (2019): De acordo com Gurevitch, Scheiner e Fox (2009 apud Finkler (2019), os ecólogos consideram o nascimento quando a semente está madura ou quando a planta-mãe desprende a semente. A germinação não é considerada como nascimento, uma vez que as sementes são novos indivíduos antes da germinação. Também, as sementes podem permanecer no solo por um longo período de tempo antes da germinação O produtor deve optar por formulações líquidas ou pó de fungicidas e micronutrientes, para que o volume final da mistura não ultrapasse 300 ml de calda por 50 kg de semente (EMBRAPA SOJA, 2011 apud LOPES, 2013). De acordo com Bolonhezi et al. (2012), o tratamento de sementes com fungicidas, a aplicação de micronutrientes e a inoculação podem ser feitos com máquinas especificas de tratar sementes, tambor giratório ou com betoneiras. Deve- se evitar o uso de lona ou o tratamento direto na semeadora pois há problema com intoxicação e mistura não é uniforme. Betoneira: uniformidade de tratamento e grande rendimento de operação. Tambor giratório: barato e propicia uma mistura uniforme. Maquinas de tratamento de sementes: propicia maior rendimento Encerado: maior cuidado com intoxicação e mistura não é uniforme. Segundo Lopes (2013), outros produtos para tratamento de sementes: ➢ Inoculantes; ➢ Antídotos para herbicidas; ➢ Peletização com nutrientes. 27 Fonte: (EMBRAPA, 2011) Fonte: (EMBRAPA, 2011) Não é aconselhável o tratamento da semente diretamente na caixa semeadora, devido à baixa eficiência, ou seja, a pouca aderência e cobertura desuniforme das sementes (EMBRAPA, 2011 apud LOPES, 2013). Atualmente é recomendado o uso dos micronutrientes cobaltos (Co) e molibdênio (Mo) nas sementes junto aos fungicidas antes da inoculação (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES, 2013). 4.5 Tratamento de mudas/toletes De acordo com Lopes (2013), as mudas destinadas ao plantio devem, sempre que possível, ser obtidas pelo produtor diretamente no campo, tendo toda sua atenção voltada para a retirada de partes vigorosos, sem nenhum sintoma de doenças e pragas e provenientes de plantas produtoras e sadias. As plantas podem ser a tacado por pragas e doenças as quais são transmitidas através da muda. Assim, através do tratamento da muda é possível um controle fitossanitário parcial das plantas. Por exemplo, no abacaxizeiro: após a retirada dos filhotes da planta-mãe, as mudas devem ficar espalhadas no campo mesmo com a parte do corte para cima, para a realização da "cura". Em seguida, é feita uma rigorosa seleção, eliminando-se toda e qualquer muda que apresentar sintomas de exsudação (resina), amarelecimento e outros defeitos. Além disso, devem ser colocadas em caixas plásticas, vazadas, para o tratamento. (LOPES 2013). As caixas com os mudas serão submersas em solução de agrotóxicos para tratamento. Deve ser preparado também um outro tipo de recipiente, para contera 28 solução de tratamento, onde a caixa com asmudas serão submersos. A solução de tratamentodevera ser preparada com água limpa, com volume suficiente para submersão das mudas epreparada com fungicidas e inseticidas registrados para a cultura (LOPES 2013). 4.6 Características importantes de época de semeadura Segundo Bolonhezi, et al. (2012), as culturas são divididas em três categorias quanto ao seu ciclo: Anuais: também conhecida como temporária, a cultura anual é aquela que completa o seu ciclo de vida dentro de uma estação, perecendo após a colheita, apresenta época definida, nesses casos a época de semeadura/plantio é de grande importância. Exemplo: arroz, feijão, milho, soja, olerícolas, flores, etc. Perenes: conhecida também como permanente, a cultura perene é aquela que cresce de ano para ano, sendo muitas vezes necessário um período de vários anos para que se torne produtiva. Esta não perece necessariamente após a colheita. Caso exista a possibilidade de irrigação, a época de semeadura/plantio não importa. Exemplo: citrus, café, seringueira, coco, abacate, etc. Semi-perenes: também chamada de bienal, a cultura semi-perene é aquela que normalmente completa seu ciclo num período de duas ou mais estações de crescimento. Exemplo: cana-de-açúcar, abacaxi, banana, mamão, etc. Ainda segundo Bolonhezi, et al. (2012), a profundidade deve ser 2,5 vezes o tamanho da semente. Sementes maiores possuem mais reservas para o desenvolvimento inicial. A profundidade de semeadura depende: a) Características da semente: Normalmente as leguminosas são mais exigentes que as gramíneas, além disso, existem diferenças quanto ao tipo de germinação. Tipo de germinação: Epígea é quando os cotilédones se elevam acima do solo (feijão). Hipógea - é quando os cotilédones permanecem abaixo do solo (milho). b) Tamanho da semente: 29 As sementes maiores apresentam maior quantidade de reservas e consequentemente podem ser cobertas com uma maior quantidade de terra. c) Tipos de solo: Os solos arenosos normalmente apresentam menor retenção de água na camada superficial ou perdem água mais rapidamente nessa camada. Portanto a semeadura nos solos mais arenosos deve ser mais profunda que nos argilosos, entretanto no caso de ocorrer chuvas pesadas, pode haver assoreamento do sulco como acontece muitas vezes com a cultura do milho e cana-de-açúcar. No caso da utilização de mudas, como exemplo café, citrus, seringueira, etc. deve coloca-las no campo à mesma profundidade que se encontravam nas condições de viveiro. As mudasde citrus, por exemplo, quando colocadas em profundidades maiores do que aquelas do viveiro, ficam mais sujeitas à ocorrência de gomose (BOLONHEZI, et al. 2012). 4.7 Espaçamento e densidade De acordo com Bolonhezi, et al. (2012) define: Espaçamento: distância entre linhas. Densidade: distância entre plantas ou número de plantas na linha que vai ter menor competição, com maior produtividade. O Espaçamento e a Densidade definem o "stand" da cultura, a população de plantas ou número de plantas/área. Exemplo: - Milho: 50.000 plantas/ha (1,00 x 0,20 m) - Feijão: 250.000 plantas/ha (0,50 x 12-13 plantas/m) Manutenção da população stand • Características da cultura No caso de cultura perene normalmente se realiza o replantio. Exemplo: citrus, café, seringueira, etc., até certa idade. No caso de cultura anual muitas vezes se realiza a gradagem e nova semeadura. • Finalidade da cultura Muitas vezes a finalidade interfere na população de plantas: Exemplo: - Milho para produção de grãos 50.000 plantas/ha; 30 - Milho para produção de silagem 75.000 plantas/ha; - Cana-de-açúcar para produção de álcool ou açúcar 1,40m; - Cana-de-açúcar para silagem 0,90 m. 4.8 Tipos de plantio e semeadura Fonte: www.agrisus.org.br Segundo Bolonhezi, et al. (2012), Utiliza estruturas vegetativas e pode ser realizado em covas, sulco ou a lanço. Estruturas vegetativas: mudas, toletes, manivas (mandioca), estacas. Covas: mais utilizado para culturas perenes, como citrus, café, seringueira, e outras, entretanto algumas culturas semi-perenes, principalmente em pequenas áreas, podem ser plantadas em covas, como é o caso da mandioca. Entretanto, muitas culturas mesmo com o plantio em covas, se fazem à abertura dos sulcos, facilitando a demarcação das linhas de plantas e também a construção da cova. Sulcos: mais utilizado para culturas semi-perenes como mandioca e cana-de- açúcar. Lanço: pode ser utilizado na formação de pastagem Exemplo: capim pangola. Existe uma modalidade especial de plantio, que é a do arroz inundado, onde a http://www.agrisus.org.br/ 31 semeadura é realizada em canteiros e depois o plantio é feito dentro da água, utilizando-se máquinas ou manualmente. 4.9 Operações Ainda segundo Bolonhezi, et al. (2012), as operações irão depender do tipo de sistema a ser utilizado, do solo, da quantidade da cobertura do solo, da característica da cultura, dentre outras, mas em geral as operações são: Sistema convencional: • Preparo do solo; • Adubação; • Incorporação do adubo (grade de disco); • Semeadura; e • Aplicação de herbicida. Sistema Direto: • Aplicação de herbicida; e • Semeadura com a adubação • Arroz irrigado por inundação Sistema pré-germinadas: • As sementes pré-germinadas são distribuídas ao lanço na área. Adubação de Semeadura/Plantio: A adubação química básica nas áreas de semeadura/plantio para o Estado de São Paulo deve-se calculada de acordo com as características químicas do solo e as recomendações de Cantarella et al. (1996 apud BOLONHEZI et al., 2012), por isso também que se recomenda a realizar a análise do solo e histórico da área em mãos. 4.10 Aquisição Orienta-se que o agricultor conheça, o melhor possível, a qualidade do produto que está comprando. Para isso, existem diversos laboratórios públicos e privados capazes de prestar este serviço (BOLONHEZI et al., 2012). 32 Testes laboratoriais: Germinação, Pureza física, Pureza varietal, Qualidade sanitária, Testes de vigor (Envelhecimento acelerado e Tetrazólio). Este teste tem por objetivo verificar a qualidade fisiológica da semente (BOLONHEZI et al., 2012). 5 PODA Fonte: portal.brcondos.com.br Segundo Balonhezi et al., (2012): Algumas plantas necessitam de podas, para a sua boa formação, para a produção bons frutos, regularização da produção, para a reforma da planta, para limpeza, etc., algumas plantas necessitam de podas anuais, pois produz em ramos de ano, ou seja, ramos novos. Segundo Silva et al., (2018), a poda é um conjunto metódico de cortes executados na árvore. Os seus objetivos variam consoante a idade e o estado da árvore a podar. De um modo geral, no caso das fruteiras, os principais objetivos a atingir com esta operação são a orientação estrutural da árvore, melhorando o seu vigor, e a regularização da produção, através da manutenção de um bom equilíbrio entre a frutificação e a vegetação, permitindo uma maior e melhor produção. A poda deve ser executada de forma cuidada, atendendo sempre aos objetivos que se pretendem alcançar a partir da árvore. Uma vez formado, não requer grandes intervenções, podendo fazer-se podas sanitárias de limpeza, para tirar ramos secos ou, quando há problemas de cancro, ramos feridos ou mal inseridos, nos quais a 33 probabilidade de ataque fúngico é maior. Mais raramente, fazem-se podas de renovação, quando se deseja a formação de novos ramos, a partir de zonas mais próximas do centro da árvore, ou quando se pretende fazer reenxertia (SILVA et al., 2018). Para a execução da poda, são necessários tesoura de poda, serrote e material para isolar as zonas de corte como a emulsão betuminosa. Após a poda de uma árvore, devem limpar-se bem os utensílios usados e, seguidamente, devem ser mergulhados numa solução desinfetante, antes de os utilizar na poda de outras árvores (Silva et al., 2018). 5.1 Poda de Formação Visa orientar a formação da copa para sustentar futuras produções, aproveitando melhor o potencial de produção da planta. É executada desde o plantio da muda até que a planta tome o tamanho e o formato desejável. Deve ser realizada em um ou dois anos, para formação de um dos três tipos de copa: taça aberta, "Y" e líder central, sendo a primeira a mais utilizada (BOLONHEZI et al., 2012). 5.2 Poda de frutificação Segundo Bolonhezi et al., (2012), após a entrada em frutificação, a planta deve ser podada com frequência, em função do hábito de frutificação da espécie. Algumas plantas frutificam em ramos novos, de um ano, e, anualmente, ramos novos devem ser emitidos para serem os produtores no ciclo subsequente. Exemplo: pêssego, uva, etc. Os principais objetivos da poda de frutificação são: • Deixar um número adequado de ramos produtivos, para obter equilíbrio entre a produção e a vegetação; • Manter a produção mais próxima dos ramos principais; • Obter maior quantidade de frutos com boa qualidade para comercialização; • Diminuir o trabalho de raleio; • Eliminar ramos com problemas ou mal localizados; 34 • Formar novos ramos produtivos para o ciclo seguinte; • Controlar a estrutura e a altura das plantas; • Facilitar o manejo fitossanitário da planta, promovendo melhor insolação e arejamento da copa; • Em plantas jovens (1 a 2 anos), desenvolver ramificações primárias fortes e bem localizadas. Ainda segundo Bolonhezi et al., (2012), a poda de frutificação deve ser realizada conforme segue: 1. Eliminação dos ramos doentes, secos, quebrados, machucados, mal situados, próximos entre si e ramos ladrões (ramos vigorosos, com orientação vertical para cima ou para baixo do ramo); 2. Eliminação e/ou encurtamento de ramos que já produziram, visando a renovação de ramos de produção para o próximo ano. Os ramos produtivos podem ser despontados dependendo da cultura, cultivar, finalidade de cultivo, do estado nutricional da planta e da distância entre as gemas floríferas; 3. Seleção de ramos mistos de ano que permanecerão e deverão produzir na safra atual. 5.3 Controle de pragas e doenças Fonte: boaspraticasagronomicas.com.br 35 Segundo Sujii (2010), uma abordagem ecológica da produção agrícola deve intervir na causa do problema e não apenas nos sintomas. Devem ser adotadas estratégias de controle de pragas de caráterpreventivo, definindo-se assim ou manejo ecológico de pragas. Para esse manejo, é fundamental que haja amplo entendimento sobre as necessidades biológicas e ecológicas das espécies-praga e de seus inimigos naturais para o incremento da biodiversidade torne-se funciona. Medidas preventivas referem-se às práticas agronômicas que dificultam ou impedem que a praga encontre condições favoráveis à colonização e estabelecimento de sua população nas culturas. Unidades de produção mais diversificado no tempo e no espaço promovido ou aumentado da agro biodiversidade e o controle biológico natural, conferindo à agro ecossistemas maiores resistência a perturbações e maior resiliência (SUJII, 2010). Uma estratégia chave agricultura sustentável é reintroduzir uma diversidade na área cultivada, bem como na paisagem agrícola, e manejá-la de forma mais efetiva. Andow (1991 apud SUJII, 2010), em uma revisão sobre o efeito da diversificação do sistema produtivo em artrópodes, redução que, na maioria dos casos, ou aumento da diversidade nos sistemas produtos reduzidos em abundância de herbívoros. Diversas estratégias de diversi-Ficção dos sistemas de produção que contribuem para o manejo de pragas são descritas em trabalhos recentes (Venzon & Sujii, 2009; Medeiros et al., 2010ª apud SUJII, 2010) e são brevemente necessárias a seguir (SUJII, 2010). Um dos principais problemas da agricultura sustentável refere-se ao controle de doenças, pragas e plantas invasoras. Antes das facilidades para aquisição de agrotóxicos para o controle dos problemas fítossanitários, os agricultores preparavam e utilizavam produtos obtidos a partir de materiais disponíveis nas proximidades de suas propriedades (BETTIOL et al., 2005). Com a popularização do uso dos agrotóxicos, aqueles produtos foram quase que totalmente abandonados e, hoje, muitos deles são chamados de alternativos. Devido à conscientização dos problemas causados pelos agrotóxicos para o ambiente, a sociedade vem exigindo a redução de seu uso, de forma que a pesquisa vem testando os mais diversos produtos, muitos deles já utilizados pelos agricultores em décadas passadas (BETTIOL et al., 2005). 36 5.4 Controle de pragas Segundo Sujii et al., (2010): Métodos legislativos: consistem na fiscalização de portos, aeroportos, etc. Realizado através do serviço de vigilância sanitária (serviço de quarentena). Métodos mecânicos: utilizado em pequenas áreas, consiste na catação manual das pragas. Métodos culturais: - Rotação de culturas: é eficiente no controle de pragas mais específicas das culturas; - Aração do solo: através da aração as larvas presentes no solo são expostas À ação de pássaros, raios solares, etc.; - Época de semeadura e de colheita: normalmente as antecipações na época de semeadura e de colheita propiciam menor ocorrência de pragas; - Destruição de restos: a destruição de restos culturais diminui a fonte de alimentação de determinadas pragas. Ex: bicudo do algodoeiro; - Poda e destruição de ramos: é uma prática mais utilizada em culturas perenes, principalmente frutíferas. A poda dos ramos atacados diminui a população da praga; - Adubação e irrigação: condição mais adequada ao desenvolvimento propicia planta maior tolerância à ocorrência de pragas. 5.5 Controle de doenças Ainda segundo Sujii et al., (2010): - Rotação de culturas: é recomendado para o controle da maioria das doenças de plantas; - Tratamento de sementes: tem por finalidade proteger a semente e a planta na fase inicial de desenvolvimento e eliminar doenças transmitidas por sementes; - Uso de sementes sadias: prática importante no controle de doenças transmitidas por sementes; - Enterro profundo dos restos: a destruição e enterro profundo dos restos é medida de controle recomendada para várias culturas; 37 - Época de semeadura: na cultura do feijão, por exemplo, o mosaico dourado transmitido pela mosca branca. A melhor medida de controle é realizar a semeadura em época de baixa população de mosca no campo; - Resistência de plantas: medida "ideal" de controle. Ex: cultivares de feijoeiro resistentes ao mosaico comum do feijoeiro; - Controle químico: realizado através de fungicidas e bactericidas, que podem ser aplicados nas sementes, em pulverização ou através da água de irrigação. 6 COLHEITA Fonte: www.agrosomar.com.br Ainda de acordo com Bolonhezi et al., (2012): A colheita também recebe o nome de agricultura de pós-colheita. A agricultura pratica da após a colheita é tão importante quanto àquela praticada antes da colheita. É tão importante, porque é dela que às vezes depende a qualidade e em muitos casos a quantidade do produto agrícola colhido. A colheita deve ser iniciada tão logo a soja atinja o estádio R8 (ponto de colheita), ou seja, quando os teores de água dos grãos estiverem em torno de 15% a 16% (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES 2013). A regulagem da colheitadeira deve ser a melhor possível para evitar perdas, adotando preferencialmente, as colheitadeiras com plataformas de corte flexível para 38 acompanhar as ondulações do terreno e de cilindro de trilha com barras corrugadas, além de esparramador de palha (GIANLUPPI et al., 2009 apud LOPES 2013). 6.1 Fatores que afetam a eficiência da colheita Segundo Lopes (2013), além da umidade dos grãos, para reduzir as perdas são necessários que sejam observados alguns fatores (EMBRAPA, 2003 apud LOPES 2013): • O mau preparo do solo que provocam oscilações na barra de corte da colhedora danificando as vagens; • Inadequação da época de semeadura, do espaçamento, da densidade e cultivares não adaptadas podem acarretar baixa estatura das plantas e baixa inserção das primeiras vagens, que consequentemente, fará com que ocorram maior perda na colheita; • Ocorrência de plantas prejudica o bom funcionamento da colhedora e exige maior velocidade no cilindro de trilha, resultando em maior dano mecânico às sementes; • Retardamento da colheita principalmente em lavouras destinadas à produção de sementes, onde muitas vezes a espera de menores teores de umidade para efetuar a colheita pode provocar a deterioração das sementes pela ocorrência de chuvas inesperadas e consequente elevação da incidência de patógenos (EMBRAPA, 2003 apud LOPES 2013). 6.2 Tipos de colheita Segundo Bolonhezi et al., (2012), a colheita pode ser: a) Manual: mais utilizada em pequenas áreas, em regiões onde a mão-de-obra é barata ou naquelas onde, limitações impostas por obstáculos (pedras, tocos, etc.) ou topografia, impeçam a utilização de outros métodos de colheita. b) Semi mecanizada: consiste na associação da colheita manual com a mecânica. Ex: feijão, arranque manual e trilha mecânica. 39 c) Mecanizada: todas as operações são realizadas mecanicamente. Ex: uso de colhedora automotriz na colheita do milho, arroz, soja, cana, eucalipto etc. 7 SECAGEM DE SEMENTES E GRÃOS A secagem é um tipo de tratamento térmico em que se procede à redução do teor de umidade dos produtos a níveis ideais para a conservação. Com a diminuição do teor de umidade são reduzidas: a disponibilidade de água aos agentes responsáveis pela deterioração dos produtos; a taxa de respiração dos grãos; e as velocidades de processos bioquímicos que podem auto degenerar os grãos (BOLONHEZI, et al. 2012). Grãos e, ou, sementes após atingirem o ponto de maturação fisiológica desvinculam-se da planta mãe, momento que se tem o início do processo de secagem. Para a maioria dos tipos de grãos isto se procede quando o teor de umidade é de aproximadamente 50%. Geralmente na fase da colheita os produtos possuem umidade de 13 – 14%, as vezes até 15% ou mais. Considerando as condições climáticas brasileiras o ideal é que o teor de umidade seja reduzido a 13% no menor espaço de tempo, isto por causa dos processosde deterioração (BOLONHEZI, et al. 2012). A colheita de sementes com grau de umidade acima dos recomendados para armazenamento seguro torna-se uma prática comum entre os produtores de sementes, pois, as sementes permanecendo na lavoura após a maturidade fisiológica, ficam expostas à ação das flutuações de temperatura e umidade relativa e do orvalho e/ou chuvas que, em processos alternados de sorção e dessorção de água, podem causar significativos danos físicos e fisiológicos (GARCIA, 2004). Assim, para evitar o “armazenamento de campo” torna-se necessário antecipar ao máximo o momento de colheita, obtendo sementes com grau de umidade tal que ocorrerá a necessidade de secagem imediata, mas, em contrapartida, possibilitando obter sementes que apresentem reduzidos índices de danificação e deterioração, permitindo ao produtor melhor planejar a colheita. O intervalo de tempo que separa o final da colheita do início do processo de secagem deve ser o mais reduzido possível porque, nesta fase do processo, as sementes com umidade elevada apresentam altas taxas de atividade respiratória e, o consumo antecipado de reservas provoca um 40 desgaste fisiológico que, na prática, produzirão baixos índices de germinação e vigor no futuro (GARCIA, 2004). Princípios de Secagem O vapor d’água presente nas sementes tende a ocupar todos os espaços intercelulares, gerando pressões em todas direções. Por outro lado, a água presente no ar de secagem sob a forma de vapor exerce, também, uma pressão parcial, designada pressão parcial de vapor d’água no ar. O processo de secagem envolve a retirada parcial de água das sementes através da transferência simultânea de calor do ar para as sementes e de água, por meio de fluxo de vapor, das sementes para o ar (GARCIA, 2004). Assim, a secagem de sementes, mediante convecção forçada do ar aquecido compreende, essencialmente, dois processos simultâneos: a) evaporação da água superficial das sementes para o ar circundante; b) movimento de água do interior para a superfície das sementes, em virtude de gradiente hídrico entre essas duas regiões. O modo mais utilizado para aumentar o diferencial entre as pressões de vapor da superfície das sementes e do ar de secagem é o aquecimento do ar, diminuindo sua umidade relativa, que adquire maior capacidade de retirada de água (GARCIA, 2004). 7.1 Métodos de Secagem Secagem Natural A secagem natural utiliza as energias solar e eólica para remover a umidade das sementes, utilizando recursos como eiras ou lonas. Cuidados especiais devem ser tomados para que as sementes não sofram aquecimento excessivo e que a secagem ocorra do modo mais uniforme possível. Este método, em geral, é pouco suscetível a riscos de danificação mecânica e térmica sendo, no entanto, dependente das condições psicrométricas do ar ambiente, que muitas vezes não são adequadas para a secagem das sementes. É um método adequado para reduzida quantidade de sementes (GARCIA, 2004). Secagem artificial 41 Secagem estacionária consiste, basicamente, no insuflamento de ar aquecido através de um volume de sementes que permanece estático. A secagem ocorre em camadas com a formação de zonas de secagem onde, a camada de sementes onde mais efetivamente se verifica a passagem de água das sementes para o ar é denominada de frente de secagem. Os secadores estacionários mais utilizados para secagem de sementes utilizando este método são os silos com distribuição axial ou radial do fluxo de ar (GARCIA, 2004). Deve-se ter cuidados operacionais para evitar secagem excessiva na camada de sementes próxima a entrada de ar quente e a demora de secagem das camadas mais distantes. Resultados de pesquisas indicam para sementes com 16 a 18% de umidade a utilização de fluxos de ar de 8 a 10 m³/min./t, temperatura do ar máxima de 40 a 43°C, umidade relativa do ar mínima de 40% e altura da camada de sementes não superior a 1,5m para sementes com dimensões semelhantes a soja (GARCIA, 2004). Fonte: coral.ufsm.br Secagem Intermitente Na secagem intermitente, as sementes são submetidas à ação do ar aquecido na câmara de secagem a intervalos regulares de tempo permitindo, assim, a homogeneização da umidade e resfriamento quando as mesmas estão passando http://www.coral.ufsm.br/ 42 pelas partes do sistema onde não recebem ar aquecido (elevador e câmara de equalização ou resfriamento). Neste método a rapidez e uniformidade de secagem são as características mais relevantes (GARCIA, 2004). A secagem de sementes empregando ar aquecido durante intervalos regulares de tempo, intercalado por períodos sem aquecimento (equalização), possibilita a redistribuição de umidade, reduzindo os gradientes hídrico e térmico e, como consequência os danos físicos (fissuras) às sementes. Em razão da intermitência, é possível o emprego de temperaturas do ar aquecido que alcançam até 70 a 80°C, sem, no entanto, ocasionar excessivo aquecimento das sementes que, em geral, não atingem temperaturas acima de 40 a 43°C (GARCIA, 2004). Fonte: SILVA (1998) 7.2 Elementos de secagem de uma semente De acordo com Bolonhezi, et al. (2012), a semente sempre se encontra em equilíbrio com a umidade relativa do ar. Se a umidade relativa aumenta, a semente ganha umidade, se a umidade relativa diminui a semente perde umidade. Como elementos de secagem, temos a temperatura e a movimentação do ar. A temperatura provoca variação na umidade relativa do ar, logo varia a umidade da semente. Umidade relativa (UR) – Quantidade de vapor de água contido em um volume de ar a uma determinada temperatura (Bolonhezi, et al. 2012). 43 Segundo Bolonhezi, et al. (2012) temos: 100 g de vapor de água (máximo que o volume consegue reter) 70 g de vapor de água (é o que possui) Se a UR é a quantidade de água que o volume possui em relação ao que ele poderia reter, então no caso, a UR é 70%. Ainda de acordo com Bolonhezi, et al. (2012), Movimentação do ar também provoca variações no teor de água das sementes. Se tivermos um ambiente contendo sementes, existirá pressão de vapor que nada mais é do que a força com que a umidade se movimenta num ou no outro sentido. Deve-se esperar em horas mais quentes do dia para injeção de ar para secagem das sementes. 1. Pressão de vapor externa > interna – semente ganha umidade; 2. Pressão de vapor externa = interna – semente se encontra em equilíbrio higroscópico; 3. Pressão de vapor externa < interna – a semente perde umidade (está secando). 7.3 Fases da secagem Segundo Bolonhezi, et al. (2012), a perda de umidade pela semente ocorre em duas fases: FASE I – durante esta fase, a semente perde água na sua periferia; FASE II – a umidade do interior da semente se movimenta para a camada periférica e posteriormente é perdida. Existe uma diferença entre as duas fases, ou seja, a umidade da camada periférica é perdida rapidamente, enquanto que a fase II é lenta. A fase I é tanto mais rápida quanto maior a temperatura de secagem. Entretanto esta alta velocidade de ocorrência da fase I, pode resultar na formação de uma camada de envidramento (BOLONHEZI, et al. 2012). 1 m3 T 25oC 44 7.4 Temperaturas de secagem De acordo com (BOLONHEZI, et al. 2012), a temperatura máxima de secagem vai depender da finalidade do produto. Quando o produto é destinado à semeadura, existe necessidade de se utilizar temperaturas de secagem bem menores. 8 ARMAZENAMENTO DA PRODUÇÃO Fonte: www.canalrural.com.br O armazenamento tem por objetivo conservar as sementes, preservando suas qualidades físicas, fisiológicas e sanitárias, para posterior semeadura e obtenção de plantas sadias após a germinação (UFSM, 2004 apud FLORIANO, 2004). Os objetivos das sementes armazenadas podem ser diversos, desde a formação de plantios comerciais,até a de bancos de genes de florestas nativas. Dependendo do objetivo, pode ser necessário a sua conservação por períodos curtos ou longos (FLORIANO, 2004). As sementes de várias espécies podem ser armazenadas por longos períodos sem tratamento, como muitas leguminosas pioneiras, mas outras necessitam preparação para o armazenamento e condições ambientais especiais. Assim, além do tratamento da própria semente, são necessários embalagem e ambiente apropriados. Os principais meios utilizados para o armazenamento de sementes são a câmara fria, http://www.canalrural.com.br/ 45 a câmara seca e a câmara fria seca, que se adaptam à maioria das situações (Vieira et al., 2002 apud FLORIANO, 2004). 8.1 Condições para o armazenamento São princípios gerais do armazenamento de sementes (UFSM, 2004 apud FLORIANO, 2004): • O armazenamento não melhora a qualidade das sementes, apenas as mantêm; • Quanto maior a temperatura e a umidade no armazenamento, maior será a atividade fisiológica da semente e mais rápida sua deterioração; • A umidade é mais importante do que a temperatura; • A umidade da semente é função da umidade relativa e em menor escala da temperatura; • O frio seco é a melhor condição para o armazenamento de sementes ortodoxas; Sementes imaturas e danificadas não resistem bem ao armazenamento, enquanto as sementes maduras e não danificadas permanecem viáveis por mais tempo; • O potencial de armazenamento varia com a espécie; De acordo com FLORIANO (2004), pode-se acrescentar ainda que: sementes armazenadas sempre deterioram com o passar do tempo (Kramer e Kozlowski, 1972 apud FLORIANO (2004). As condições acima são adequadas para sementes ortodoxas, enquanto para as recalcitrantes, nem sempre são aplicáveis e, destas, cada espécie tem suas exigências específicas. Espécies recalcitrantes, geralmente, necessitam manter a umidade com que foram colhidas, não suportando perdas superiores a 5% da umidade inicial para permanecerem viáveis. O ambiente adequado à conservação, pode ser obtido enterrando-as em carvão úmido, serragem úmida, ou areia úmida; mas 6 há espécies que necessitam de boa aeração e não podem ser enterradas, devendo ser acondicionadas em sacolas de papel ou em caixas abertas para possibilitar boa difusão de oxigênio, devendo ser colocadas em ambiente com elevada umidade relativa para não desidratar. (Hong e Ellis, 2003 apud FLORIANO 2004). 46 Segundo Floriano (2004), as espécies intermediárias tropicais apresentam comportamento, com relação à temperatura, diferente das de clima temperado (incluindo altas altitudes nos trópicos). Sementes intermediárias tropicais, como as de Coffea arabica e de Carica papaya, podem ser armazenadas com teor de umidade de 9 a 10 % e 10 °C de temperatura por até 5 e 6 anos, respectivamente, sem perda de viabilidade; de outro lado, a viabilidade de sementes de espécies de clima temperado, de comportamento intermediário, pode ser conservada com a mesma umidade, mas a temperaturas mais baixas, de 5 °C a -10 °C. Sementes de espécies de comportamento intermediário podem ter longevidade média no armazenamento, contanto que o ambiente ótimo tenha sido identificado e possa ser mantido. (Hong e Ellis, 2003 apud FLORIANO 2004). A longevidade das sementes armazenadas é influenciada principalmente pelos seguintes fatores (Hong e Ellis, 2003; Bonner, 2001 apud FLORIANO 2004): Qualidade inicial das sementes; Teor de umidade da semente; Tempo decorrido entre colheita e o armazenamento; Tratamentos fitosanitários e térmicos aplicados; Tipo de embalagem; Temperatura de armazenamento; Umidade relativa de armazenamento. 8.2 Embalagens para armazenamento Fonte: www.agrosolsementes.com.br http://www.agrosolsementes.com.br/ 47 De acordo com Floriano (2004), o tipo de embalagem afeta a viabilidade das sementes de muitas espécies de forma diferenciada. Por exemplo, as sementes de Cabralea canjerana armazenadas a 5º C de temperatura em saco plástico matém o período de germinação inicial por mais tempo do que em ambiente aberto, enquanto o saco de filó prolonga sua viabilidade (Frassetto, 1997 apud FLORIANO (2004). As embalagens para armazenamento podem ser abertas ou fechadas. As abertas são utilizadas para sementes que necessitam de aeração e as fechadas para as que são sensíveis às flutuações da umidade e não tem problemas quanto à aeração (Hong e Ellis, 2003 apud FLORIANO (2004). Além disso, as embalagens podem ser permeáveis, semipermeáveis e impermeáveis, como segue: • Embalagens permeáveis e semipermeáveis – Sacolas de papel e sacolas plásticas de pequena espessura permitem troca de gases e de umidade com o ambiente e são adequadas para a conservação de sementes ortodoxas de tegumento duro e para as recalcitrantes que necessitam de aeração (Hong e Ellis, 2003 apud Floriano 2014). • Embalagens impermeáveis – São adequadas para estocagem de sementes ortodoxas por longos períodos (de 2 a 10 anos), sob temperaturas de 0 a 10º C, com teor de umidade de 8 a 10% (Hong e Ellis, 2003 apud FLORIANO 2014). Podem ser de vidro, metal ou de plástico espesso. Conforme Silva (2010), a semente tem um papel fundamental na produção de grãos do país, sendo que, grande parte dos pequenos produtores tem como prática guardar parte de sua produção de grãos para ser utilizada na nova safra como semente. Mas para que isto ocorra, as sementes devem ser armazenadas de forma segura e correta, a fim de manter sua qualidade fisiológica durante todo este período de armazenamento. Os problemas de conservação de produtos agrícolas constituem objeto de estudo permanente, visando prolongar ao máximo a qualidade dos produtos armazenados, sejam eles semente ou grão para consumo (Bragantini, 2005 apud SILVA, 2010). O armazenamento das sementes se inicia no momento em que a maturidade fisiológica é atingida no campo, sendo este o ponto de maior qualidade. Dependendo das condições ambientais e de manejo, pode haver em seguida, 48 redução de sua qualidade fisiológica, pela intensificação do fenômeno da deterioração, processo inexorável e irreversível (Harrington, 1971 SILVA, 2010). A embalagem das sementes é importante não apenas para o transporte, armazenamento e comercialização, mas também no que se refere à conservação da qualidade das sementes sob determinadas condições ambientais de temperatura e umidade relativa do ar (Popinigis, 1985 apud SILVA, 2010). O tipo de embalagem utilizada no acondicionamento das sementes durante o armazenamento também assume relevante importância manutenção da sua viabilidade e vigor, sementes conservadas em embalagens que permitem trocas de vapor d’água com o ar atmosférico podem absorver água sob alta umidade relativa do ar, deteriorando-se com facilidade (Crochemore, 1993 apud SILVA, 2010). 49 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARF, Orivaldo; BOLONHEZI, Antonio César. Apostila de agricultura geral. 2012. BETTIOL, Wagner. Alguns métodos alternativos para o controle de doenças de plantas disponíveis no brasil.2005. FILHO, Alberto Carvalho. Métodos de preparo do solo: alterações na rugosidade do solo. 2007. FILHO”, Júlio de Mesquita. APOSTILA DE AGRICULTURA GERAL. Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia, p. 1-96, 1 jan. 2012. FLORIANO, Eduardo Pagel. Armazenamento de sementes florestais. 2004. GARCIA, Danton Camacho. Secagem de sementes. 2004. LABOURIAU, Luiz Fernando Gouvêa. O interesse do estudo das sementes.1990. LOPES, Alessandra Lomelino Campos. Cultivo e manejo da soja. 2013. MIRANDA, Murilo Santana. Avaliação da influência de diferentes tipos de preparo de solo no crescimento e produtividade da cultura do feijão (Phaseolus vulgaris). Instituto federal de educação, ciência e tecnologia do sertão
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