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Noções Básicas de Condução Ambiental no Ecoturismo Módulo 1

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Noções Básicas de Condução Ambiental no Ecoturismo –
Módulo 1
Site: Ambiente EAD - MMA
Curso:
Curso Noções Básicas de Condução Ambiental no
Ecoturismo - Turma 02/2021
Livro:
Noções Básicas de Condução Ambiental no Ecoturismo –
Módulo 1
Impresso por: KARLLA MIRANDA DA COSTA
Data: terça, 4 Mai 2021, 01:54
https://ead.mma.gov.br/
Sumário
Introdução
Pelos caminhos do turismo
Ecoturismo
Educação ambiental e lazer em áreas naturais
Legislação pertinente
Unidades de Conservação (UCs)
Encerramento
Referências
Introdução
Você já parou para prestar atenção em como o meio ambiente está presente na sua vida? 
 
Seja por meio de notícias, seja no seu caminho para o trabalho; quer no lugar escolhido para passar suas férias,
quer no seu dia a dia, o contato com a natureza sempre nos traz uma sensação de bem-estar. Além de garantir
maior qualidade de vida, o meio ambiente proporciona uma alternativa de renda para muitas comunidades, por
meio do uso dos recursos naturais e da visitação a áreas de natureza abundante.
As áreas naturais também são importantes refúgios para diferentes espécies que enriquecem nossa
biodiversidade. Por isso, é muito importante ter em mente que devemos reduzir as ações que possam ser danosas
ao meio ambiente. A partir do momento em que você vivencia ou usufrui dos recursos naturais ou, simplesmente,
está presente em meio a esses recursos, você passa a ser um agente ativo na preservação desses lugares, ao
mesmo tempo em que pode criar oportunidades de renda para você e sua comunidade.
É sobre as oportunidades de trabalho que vamos falar neste curso e, mais especi�camente, sobre os condutores
ambientais e o que você precisa saber para se tornar um.
Este curso não tem o objetivo de formar condutores ambientais, pois, a depender da área em que você deseje
trabalhar, poderá ser exigido um treinamento especí�co. Pretendemos apresentar a você um pouco mais do
universo do turismo, o papel e as responsabilidades de um condutor ambiental e o que você precisará fazer caso
opte por ser um.
Nos dias atuais, enfrentamos alguns cenários de crises e, cada vez mais, ao procurar opções de lazer, viajantes
buscam contato com a natureza e apresentam uma tendência mais sustentável de consumo.
Escutamos muito falar sobre a importância da sustentabilidade, não é mesmo? Ela pode ser entendida como a
qualidade daquilo que é sustentável. Ou seja, uma maneira de se produzir, comercializar, consumir e viver que
respeita e valoriza o meio ambiente e a cultura local, assegurando a geração de renda e a sobrevivência das
comunidades no curto, médio e longo prazos, ao mesmo tempo em que promove a conservação dos recursos
naturais e dos patrimônios histórico e cultural.
Portanto, o condutor ambiental é um agente essencial no
desenvolvimento turístico sustentável de um destino. Nossa intenção é
despertar seu interesse para essa atividade que proporciona troca de
experiências, geração de empregos e, principalmente, desenvolvimento
de valores para sua comunidade e para os visitantes.
Vamos começar entendendo um pouco mais sobre o que é o turismo, o
ecoturismo e as normas a que você precisa estar atento caso queira trabalhar como um condutor ambiental.
Vamos lá!
Pelos caminhos do turismo
Férias, feriados ou �ns de semana, um tempo livre para descansar da rotina muitas vezes exaustiva de trabalho são
coisas importantes para que se possa ter energia para seguir �rme no dia a dia. Viajar é sempre uma ótima
alternativa, pois proporciona conhecer novos lugares e culturas, e, assim, o turismo cresce cada vez mais no
mercado como uma boa opção de lazer, de entretenimento, de aquisição conhecimentos ou, simplesmente, como
forma de relaxar.
Segundo a Lei Geral do Turismo (Lei Nº 11.771, de 17 de setembro de 2008), considera-se
turismo as atividades realizadas por pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares
diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, com �nalidade de
lazer, negócios ou outras. Nessa perspectiva, temos a dimensão de que ele é uma atividade
ampla, pois, para o deslocamento e a permanência em um lugar, demanda-se o trabalho de
diversos setores.
Por esse motivo, o turismo se destaca na economia local, gerando emprego e renda onde ocorre. A renda que ele
traz não se restringe aos trabalhadores diretos da área (como guias ou hoteleiros). Existem outros serviços que
também ganham com a presença e o consumo de visitantes, como os setores de transportes, alimentação e o
comércio em geral.
O efeito multiplicador do turismo, ou seja, essa capacidade que ele tem de ampliar as oportunidades para os
trabalhadores, não se limita aos ganhos em termos de emprego e dinheiro. Quando o turismo é explorado “a partir
de sua vivência de tempo livre, de ócio, de uma vivência lúdica e privilegiada do tempo livre, ele pode ser capaz de
promover autoconhecimento, capacidade crítica e emancipação” (FAZITO et al, 2018). Logo, fazer parte da cadeia
produtiva do turismo é uma chance para você adquirir uma nova visão sobre sua comunidade, sobre o patrimônio
que existe nela e ainda contribuir para a ampliação de oportunidades para outros moradores locais.
A cadeia produtiva do turismo é formada a partir do produto turístico que será ofertado. De acordo com o Ministério
do Turismo, podemos entender esse produto como "o conjunto de atrativos, equipamentos e serviços turísticos
acrescidos de facilidades, localizados em um ou mais municípios, ofertado de forma organizada por um
determinado preço” (BRASIL, MTUR, 2007, p. 17).
Veja abaixo um exemplo de um esquema de cadeia produtiva do turismo com os elementos mais comuns.
Perceba que, em geral, é necessário o trabalho conjunto de vários setores para que o turismo possa ocorrer. Antes
de chegar ao destino, o turista já teve contato, de alguma forma, com o local por meio de propagandas ou
indicações. Ele pode ter contratado os serviços de uma agência turística para facilitar sua experiência ou,
simplesmente, ter escolhido um meio de transporte para se deslocar até o local. Ao chegar ao destino, o turista
espera encontrar um conjunto de serviços que proporcionem a ele realizar a experiência almejada. Nesse momento,
o receptivo é muito importante.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm
Além da hospedagem e da alimentação, caso o visitante queira conhecer melhor alguns aspectos especí�cos da
região, o papel do condutor ambiental é um diferencial para que ele obtenha informações corretas sobre a cultura, a
biodiversidade, o patrimônio local, e conheça as opções de lazer e entretenimento.
Durante todo esse processo, é importante estar atento aos impactos gerados no meio ambiente pelas atividades de
cada um dos setores turísticos. Quando o turismo é praticado de forma predatória, ele pode trazer danos
irreparáveis a um destino. Por isso, tente priorizar as virtudes do produto turístico, garantindo que a comunidade
possa contar com a atividade para complementar sua renda ao mesmo tempo em que os recursos naturais, a fauna
e �ora local sejam preservados.
Portanto, concentre seus esforços na promoção do Turismo Sustentável. Esse modo de realizar o turismo surge
como uma alternativa que leva em consideração a garantia da conservação do meio ambiente, a equidade social e
a e�ciência econômica para o desenvolvimento do destino. Sua prática pode se tornar um importante vetor de bem-
estar da população (COSTA, 2013; MCCOOL, 2016).
No turismo, trabalhamos com segmentos para facilitar a organização da oferta e da demanda turística. Existem
segmentos do turismo que se aproximam mais desse viés de sustentabilidade. O principal é o Ecoturismo, já que
sua realização ocorre em áreas de natureza abundante ou próximas à natureza, sendo essas áreas o atrativo
principal ou o lugar de realização de alguma atividade. Por ser o segmento que mais concentra a atuação dos
Condutores Ambientais, vamos falar um pouco mais sobre o Ecoturismo na próxima seção.
Ecoturismo
Clique no "play" para visualizar o vídeo
Segundoo Ministério do Turismo (2006), o Ecoturismo é o segmento turístico que “utiliza, de forma sustentável, o
patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista
através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações” (BRASIL, MTUR, 2006, p.9).
Ele é um dos segmentos que mais se destacam no Brasil pelo fato de o país contar com muitas áreas de ambiente
natural, com grande diversidade na oferta de experiências. Tal fato faz com que o Brasil seja um destino com boas
chances de rápida recuperação do cenário de crise. Atualmente, as tendências apontam para uma renovação no
mercado, com um aumento do interesse por viagens domésticas, de curta distância, com maior contato com a
natureza e feitas de forma mais consciente. A Organização Mundial do Turismo acredita que, pelo fato de o turismo
ser capaz de reaproximar as pessoas, ele será um importante vetor de solidariedade nos próximos anos e pode,
portanto, contribuir para a consciência ambiental e a preservação da natureza (UNWTO, 2020), tal qual é proposto
pelo próprio conceito de turismo, como já vimos.
Os ecoturistas possuem um per�l especí�co, já direcionado para esse comportamento de preservação e respeito ao
ambiente em que eles estão inseridos. Eles podem demonstrar interesse em conhecer melhor a biodiversidade
local, inclusive buscando projetos voltados à preservação e conservação da fauna e �ora. Porém, apesar de esse
ser o padrão dos ecoturistas, ainda podemos encontrar turistas que não possuem hábitos e comportamentos
voltados à preservação do meio ambiente. Isso faz com que a atuação do condutor ambiental seja muito
importante. Enquanto condutor ambiental, você deve estar preparado para acompanhar um público de per�l diverso
e aproveitar a situação para direcioná-lo ao aprendizado de práticas mais sustentáveis e de respeito aos
patrimônios ambiental e cultural locais.
Aproveite os momentos de troca para compartilhar saberes e informações sobre a região, destacando a
importância da manutenção do conjunto de recursos naturais e culturais em que você está presente. É interessante,
ao longo do caminho a ser percorrido, que sejam dispostas placas de sinalização e materiais promocionais que
induzam o visitante a absorver o quão especial é o lugar que ele está conhecendo é como esse lugar deve ser
conservado. Entre em contato com os proprietários ou responsáveis pelo local para veri�car a possibilidade de
utilização e distribuição de materiais informativos.
Dessa maneira, você contribuirá diretamente com a educação ambiental de mais pessoas, um dos fatores
principais para a prática do Turismo Sustentável.
Educação ambiental e lazer em áreas naturais
O potencial didático e lúdico da visita em áreas naturais é um dos pontos-chave para a oferta de condução
ambiental. Você pode explorar esse potencial lúdico por meio da promoção de atividades de lazer em áreas
naturais, fazendo parcerias com outras pessoas que trabalham com esse tema. A educação ambiental não se faz
de forma exclusivamente direta – você transmitindo informações de forma oral ou escrita e o turista absorvendo.
Ela pode ser induzida por meio de outras atividades, como a prática de jogos e brincadeiras, visitação a cachoeiras
e santuários, participação em modos de produção local e eventos culturais ou conversas com moradores locais e
comunidades tradicionais. Portanto, é essencial que você esteja preparado para oferecer diferentes opções para o
ecoturista.
O turista, ao contratar seus serviços, espera obter informações corretas, completas e que somem ao conhecimento
prévio que ele possui. Fique por dentro dos eventos, situações e novidades da sua região e busque uma formação
contínua para se destacar no mercado.
Ao ofertar tais experiências e incentivar a consciência ambiental, o visitante e os
próprios moradores locais estarão mais propícios a exercer comportamentos
considerados ambientalmente corretos. A postura ética adquirida ultrapassa as
ações feitas durante a viagem e pode ser absorvida no cotidiano das pessoas
que passam por essa experiência.
Durante a visita, podemos citar alguns comportamentos esperados: não jogar
lixo em lugares indevidos; não entrar em contato direto (sem acompanhamento
de um pro�ssional local) com espécies da fauna e �ora local; não colher
amostras sem autorização; caminhar e permanecer sobre as trilhas de�nidas;
carregar os resíduos produzidos consigo até o �nal do percurso proposto; dar
preferência ao consumo de produtos locais; respeitar os horários de funcionamento e de movimentação da
comunidade; respeitar especi�cidades da cultura local e tratar os trabalhadores com respeito e cordialidade.
Como condutor ambiental, você também terá a oportunidade de lidar com um público mais amplo, que não se limita
a turistas que residem em locais distantes do destino em que você atua. Visitações de escolas locais e regionais às
áreas naturais também é um campo de mercado interessante para se atuar, caso tenha interesse em intensi�car
seu trabalho junto à educação ambiental. Essa também é uma boa alternativa para que você não dependa de uma
movimentação exclusiva na alta estação, ou seja, em temporadas especí�cas, quando há maior movimentação de
turistas (geralmente nas férias escolares).
Vamos checar a seguir quais são as legislações que podem in�uenciar no seu trabalho como condutor
ambiental. Ainda que não sejam especí�cas para a condução (estas nós veremos no módulo 2), você deve
conhecê-las para melhor praticar a atividade turística.
Mas antes disso, que tal conhecer mais sobre o Ecoturismo e como ele é importante para a Educação Ambiental?
Assista ao vídeo e conheça a experiência que mostra a prática desse segmento no Rio de Janeiro. 
.
Legislação pertinente
Agora que você já conhece melhor o campo de atuação do condutor ambiental, é importante que você �que atento
às normas gerais que impactam o setor turístico.
A principal lei que rege a atividade turística é a Lei Nº 11.771, de 17 de setembro de 2008, também conhecida como
a Lei Geral do Turismo. Ela não versa especi�camente sobre condutores ambientais, mas pode direcionar você para
entender melhor o papel das atividades inerentes ao setor, principalmente caso você queira se somar a outras
iniciativas ou fazer parte de alguma empresa de prestação de serviços turísticos.
Outra legislação que você deve considerar é o Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de
1990. Qualquer ação de compra, venda e contratação de serviços é submetida às normas desse Código. Assim, o
turista pode recorrer a esse instrumento caso se sinta lesado em algum momento da experiência.
Um segmento com o qual você poderá ter maior contato, pelo acompanhamento na oferta de práticas esportivas e
outrasatividades, é o Turismo de Aventura.
Normalmente, a oferta desse segmento envolve
atividades que apresentam certo nível de risco
(desde lesões até risco de morte) aos praticantes.
Por isso, é importante seguir as normas que tratam
dos itens e procedimentos de segurança das
práticas ofertadas (veremos mais detalhadamente no próximo módulo). Essas normas estão dispostas na Agência
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Lembre-se sempre que o não cumprimento de normativas pode gerar
autuação, mesmo que não tenham ocorrido acidentes. Fique atento!
Por último, além dessas normas, esteja a par das leis e decretos ambientais referentes ao seu lugar de atuação.
Você pode estar trabalhando em uma área protegida, que detém diretrizes especí�cas para a conservação da
biodiversidade e proteção das comunidades locais. Você pode encontrar essas legislações nos sites do Ministério
do Meio Ambiente, do ICMBio e do IBAMA, e também, nos sites dos órgãos estaduais e/ou municipais da sua
região. Vamos saber mais sobre as Unidades de Conservação na seção a seguir.
Porém, antes de passarmos ao tema seguinte, lembre-se que, mesmo que pareça muita informação em um primeiro
momento, você pode contar com o apoio de algumas instituições que tambémsão agentes importantes e
trabalham em prol do desenvolvimento do seu destino, como os governos dos diferentes níveis: municipal, estadual
(Secretarias) e federal (Ministérios), os quais acompanham o setor turístico, promovendo-o, monitorando seu �uxo,
investindo em infraestrutura e capacitando pessoas interessadas em trabalhar no setor. Além deles, o Sistema S
(SEBRAE, SENAC, SESI), Organizações Não Governamentais (ONGs) e Universidades acompanham o setor com
projetos e pesquisas e são parceiros essenciais para o crescimento da atividade. Fique atento às oportunidades e
os consulte quando necessário.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/533814/cdc_e_normas_correlatas_2ed.pdf
https://www.mma.gov.br/
https://www.gov.br/icmbio/pt-br
https://www.gov.br/ibama/pt-br
Unidades de Conservação (UCs)
No decorrer da história recente, especialmente a partir do século passado, as áreas urbanas se expandiram de
maneira rápida, avançando sobre muitas regiões de natureza abundante para possibilitar a consolidação das
grandes cidades. Durante esse processo, ocorreu uma intensa perda de biodiversidade fazendo com que
perdêssemos muito das nossas riquezas naturais.
Para conter os impactos negativos promovidos pelo crescimento desordenado das cidades e com o intuito de
preservar as áreas naturais restantes do Brasil, foi promulgada, em 2000, a Lei nº 9.985, que instituiu o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação, o SNUC. Esse instrumento serve como principal marco regulatório voltado à
gestão e uso sustentável das unidades de conservação.
Busque identi�car se sua área de atuação é parte de uma Unidade de Conservação, pois elas possuem regras
especí�cas para a oferta de serviços em suas delimitações. Também esteja atento a possíveis leis estaduais e
municipais que podem incidir sobre seu território. Procure os órgãos responsáveis da sua região para esclarecer
seus direitos, deveres e restrições quanto ao uso da área.
As regras também mudam de acordo com cada tipo de UC. De acordo com o SNUC, elas estão divididas em dois
grupos principais: Unidades de Conservação de Proteção Integral, que permitem, dependendo do caso, o uso
indireto dos seus recursos, e Unidades de Conservação de Uso Sustentável, que permitem o uso sustentável de
uma parte dos seus recursos naturais.
O conjunto das UCs de Proteção Integral é composto por: Estação Ecológica; Reserva Biológica; Parque Nacional;
Monumento Natural, e Refúgio de Vida Silvestre. Já as Unidades de Uso Sustentável contemplam: Área de
Proteção Ambiental; Área de Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de
Fauna; Reserva de Desenvolvimento Sustentável, e Reserva Particular do Patrimônio Natural (SNUC, 2011).
Para organizar e possibilitar a prestação de serviços turísticos em Unidades de Conservação, baseado no SNUC e
no Decreto nº 4340, de 22 de agosto de 2002, foram utilizados instrumentos de delegação de serviços de apoio à
visitação. Como a maioria das UCs são áreas de domínio público (e não podem ser vendidas à iniciativa privada),
tais instrumentos visam estabelecer deveres e contrapartidas para o uso de bens públicos pela iniciativa privada.
Contamos com três tipos de instrumentos: a autorização, a concessão e a permissão. Ainda que a forma mais
conhecida seja a concessão de uso, ela é mais indicada para empreendimentos de grande porte. Por esse motivo,
ela tem um processo mais lento de obtenção.
Para iniciativas menores, os instrumentos mais indicados são a autorização e a permissão. Eles possuem
requisitos mais simples de serem obtidos e processos seletivos mais ágeis. Para a oferta da condução ambiental,
percebe-se que ela se insere no escopo do Decreto nº 4.340/2002, que discorre sobre a autorização.
Art. 25. É passível de autorização a exploração de produtos, subprodutos ou serviços inerentes às
unidades de conservação, de acordo com os objetivos de cada categoria de unidade.
Parágrafo único. Para os �ns deste Decreto, entende-se por produtos, subprodutos ou serviços
inerentes à unidade de conservação:
I - aqueles destinados a dar suporte físico e logístico à sua administração e à implementação das
atividades de uso comum do público, tais como visitação, recreação e turismo;
(BRASIL, Decreto nº 4340/2002)
Veri�que em qual categoria de Unidade de Conservação você pretende atuar e busque pela possibilidade de
obtenção da autorização. Veja se a iniciativa de que você fará parte já está adequada às normas locais e lembre-se
de acompanhar as atualizações dos decretos e normativas que podem afetar sua oferta. Estude qual se adequa
mais às suas necessidades e �que atento a chamadas e editais nos portais dos órgãos responsáveis por elas,
como o ICMBio.
https://www.gov.br/icmbio/pt-br
Encerramento
Este primeiro módulo concentrou um apanhado de informações sobre o campo de trabalho do condutor ambiental
e buscou introduzir você no universo do turismo e das suas oportunidades. Prepare-se, pois, no segundo módulo,
veremos mais a fundo a atuação do condutor ambiental, apresentando as competências e responsabilidades desse
importante agente do setor.
Referências
Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável - WWF, disponível em
http://www.ecobrasil.eco.br/images/BOCAINA/documentos/didaticos/manual_ecotur_wwf_2003.pdf
Práticas para o ecoturismo de base comunitária em Unidades de Conservação do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá, disponível em:
https://mamiraua.org/documentos/2e5638f2d0397658ec029464703c2abd.pdf
IFRN. Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Projeto Pedagógico do Curso de Formação Inicial e Continuada ou
Quali�cação Pro�ssional em Condutor Ambiental Local na modalidade presencial no âmbito do PRONATEC.
Disponível em: https://portal.ifrn.edu.br/ensino/cursos/cursos-de-quali�cacao-pro�ssional/pronatec/condutor-
ambiental-
local/view#:~:text=O%20Curso%20FIC%20em%20Condutor,tur%C3%ADsticas%20em%20%C3%A2mbito%20local%2Fregional%3
VENTURAS VIAGENS. Prepare-se para as tendências: o turismo pós-pandemia aponta para os destinos de natureza
no Brasil. Disponível em: https://blog.venturas.com.br/tendencias-pos-pandemia-no-turismo-apontam-para-turismo-
de-natureza/
http://www.ecobrasil.eco.br/images/BOCAINA/documentos/didaticos/manual_ecotur_wwf_2003.pdf
https://mamiraua.org/documentos/2e5638f2d0397658ec029464703c2abd.pdf
https://portal.ifrn.edu.br/ensino/cursos/cursos-de-qualificacao-profissional/pronatec/condutor-ambiental-local/view#:~:text=O%20Curso%20FIC%20em%20Condutor,tur%C3%ADsticas%20em%20%C3%A2mbito%20local%2Fregional%3B
https://blog.venturas.com.br/tendencias-pos-pandemia-no-turismo-apontam-para-turismo-de-natureza/

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