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estagio final comunicaçao nao violenta

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4
__________________________________________________________________________________
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
 Luciana Gonçalves da Silva
PLANO ADAPTADO COVID
ESTÁGIO III
 COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
___________________________________________________________________
SETE LAGOAS-2021
2021
 Luciana Gonçalves da Silva
PLANO ADAPTADO COVID
ESTÁGIO III
 COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da Universidade Pitagoras Unopar, para a disciplina de Estágio Obrigatório III.
Professor da disciplina: Estágio III
Sete Lagoas-MG
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DESENVOLVIMENTO	4
2.1 ATIVIDADE: Conhecer a Instituição estudada e sua utilidade no âmbito do território onde está localizada, com destaque para a atuação do assistente social dentro do serviço..........................................................................................................................5
2.2 ATIVIDADE: Conhecer a atuação do assistente social (Gestor, Coordenador, responsável por alguma atividade específica), a organização desse serviço escolhido e as etapas do processo de acolhida e atendimento junto ao público.........................6
2.3 ATIVIDADE: Elaboração do Relatório Final de Estágio.........................................7
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA	6
1 INTRODUÇÃO
Onde está localizada essa instituição?
O CEIP em Sete Lagoas/MG esta localizado na Rua Matozinhos nº456, Bairro: Santa Luzia, CEP: 35700340. Como instituição cautelar recebe adolescentes infratores de outros municípios dentro do estado e tem como missão o trabalho de ressocialização dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e fortalecimento dos vínculos familiares visando garantir o direito á cidadania.
Atualmente o CEIP atende adolescentes masculinos de 12 a 18 anos salvo aqueles que cometeram crimes antes da maioridade e que possam ainda sim ser punidos e encaminhados para o provisório aguardando decisão do juiz. Os adolescentes acautelados permanecem no CEIP por 45 dias, neste período eles são monitorados e acompanhados por uma equipe interdisciplinar, pedagógica e participam das oficinas ofertadas. 
Qual sua relevância para a comunidade local?
A Escolarização e o acompanhamento escolar juntamente com a inserção no mercado de trabalho e a profissionalização do adolescente em cumprimento da 8 medida socioeducativa são os principais objetivos que a liberdade assistida deve perseguir. Tudo isso sem perder de vista que por se tratar de medida executada em meio aberto deve valer-se de recursos comunitários que favoreçam a convivência social e comunitária e a descoberta de novas possibilidades para o adolescente.
Que serviços são prestados?
 Executar procedimentos profissionais para escuta qualificada, individual ou em grupo, identificando as necessidades do adolescente;
• Atendimento ao adolescente/família (acolhimento, entrevistas, orientações, visitas domiciliares) com encaminhamentos e/ou acompanhamento à rede social do Município e demais serviços sócio assistenciais;
• Realizar diagnóstico sócio familiar dos casos e proceder a orientação e o acompanhamento do adolescente e ou de seu grupo familiar, visando a garantia de seus direitos sociais para o pleno exercício da cidadania;
• Desenvolver trabalho em equipe;
• Participar de reuniões para discussão e avaliação de casos e do trabalho;
• Monitorar os serviços prestados aos adolescentes, com avaliação de resultados e impactos.
• Elaborar relatórios e estudos socioeconômicos.
 
Quais são as principais atividades desenvolvidas pelo assistente social?
Atender o adolescente e sua família através de uma escuta diferenciada, construindo sua história de vida a fim de possibilitar o reposicionamento diante da vida e a responsabilização por suas escolhas;
• Atender o adolescente/família (acolhimento, entrevistas, orientações, visitas domiciliares) com encaminhamentos e/ou acompanhamento à rede social do Município e demais serviços sócio assistenciais;
• Trabalhar em equipe;
• Produzir relatórios e documentos necessários ao serviço e demais instrumentos técnicos - operativos;
• Participação em reuniões para discussão e avaliação do trabalho;
• Monitorar os serviços prestados aos adolescentes, com avaliação de resultados e impactos. 
Caso você tenha informações sobre o estágio que realizou faça o descrito abaixo:
Breve descrição sobre:
A) A instituição e área em que foi desenvolvido o projeto de ação (contextualização do espaço socioinstitucional);
Inúmeros são os desafios que os assistentes sociais lidam no cotidiano seja no aspecto teórico quanto na prática pela diversidade da questão social a qual se apresenta, se modifica e se retrata na vida das pessoas que necessita deste profissional em busca de uma sociedade mais justa, igualitária e equânime a todos os cidadãos. 
Para a garantia dos direitos do adolescente em internação provisória, é imprescindível o contato com a rede. Isso porque, aparecem situações que necessitam do trabalho de outras políticas públicas e que diante da situação os familiares não conseguem atender o que é proposto sendo necessário mobilizar o Conselho Tutelar, CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), o CAPs (Centro de Atenção Psicosocial) da região o qual a família esta inserida. Todo esse envolvimento está ligado ao profissional Assistente Social.
O Assistente Social nos atendimentos individuais busca impactar aos familiares sua importância no processo de ressocialização do adolescente. O serviço social é uma profissão que age na sociedade na concepção da defesa e garantia dos direitos e deveres do cidadão, assegurando isonomia, contribuindo nas tomadas de decisões, clareza social e a qualidade de vida. Segundo Iamamoto (2004, p.19) “pensar o Serviço Social [...] requer olhos abertos para o mundo contemporâneo para decifrá-lo e participar de sua recriação”. Por essa razão, o Serviço Social respalda num método universal, ou seja, estabelece laços harmoniosos na profissão fazendo menção á abordagem teórica e metodológica.
Na medida socioeducativa o assistente social além de realizar intervenções e estratégias propicia uma reflexão sobre a trajetória social, familiar e infracional. Além disso, o assistente social é responsável nos encaminhamentos dos adolescentes durante o cumprimento da medida. Sendo assim a atuação do profissional se dará por intermédio de ação criadora, no âmbito da cidadania englobando direitos e deveres elencados no código de ética do assistente social, com vistas a respaldar a autonomia, emancipação, empoderamento e o protagonismo do sujeito.
 Vale ressaltar que o trabalho realizado no CEIP requer desafios que são gerados em torno da prática, portanto torna-se essencial uma equipe multiprofissional capaz de atender as necessidades dos adolescentes a partir das particularidades e singularidades de cada área de atuação bem como promover a comunicação dos profissionais por meio de diálogos com intuito de aproximar os saberes das diversas áreas do conhecimento. Sendo assim é imprescindível que a equipe trabalhe em consonância de forma alinhada para as tomadas de decisões.
Na práxis a equipe está voltada para o estudo de caso de cada adolescente que são realizados todas as terças feiras juntamente com a diretora geral para discussão e análise. A partir das informações no estudo de caso a técnica jurídica começa o relatório preenchendo o cabeçalho, situação jurídica, comportamental e disciplinar do adolescente. Em seguida, a assistente social relata sobre as questões familiares. Logo após as questões escolares são descritas pela pedagoga. Ao final, os relatórios são apresentados á direção geral para possíveis correções, depois protocolado e encaminhado ao juízo competente.
A magnitude social desse estudo esteia-se na concretização de ações noProjeto Ético-Político que está voltado para a independência humana e social.	O Serviço Social na sua trajetória motivou o processo de ruptura devido á necessidade de mudanças junto à perspectiva conservadora que o Serviço Social portava, mais não desfazendo do conservadorismo de sua origem como afirma Faleiros (2001, p. 143). 
“É nessa conjuntura que é preciso situar o movimento de reconceituação não como um projeto isolado e vanguardista, mas como um processo vivo e contraditório de mudanças no interior do Serviço Social latino-americano. A ruptura com o Serviço Social tradicional se inscreve na dinâmica de rompimento das amarras imperialistas, de luta pela libertação nacional e de transformações da estrutura capitalista excludente, concentradora, exploradora”. (FALEIROS, 2001, p. 143) 
Tais conflitos propiciaram ao Serviço Social pensar de forma crítica nas diversas áreas, seja no âmbito teórico e prático como político. Essa modificação torna-se por meio de uma ligação da concepção com os movimentos sociais segundo Faleiros (2001, p. 161).
A conceituação do Serviço Social não consiste numa revolução linear da assistência social á sua transformação, mas na luta constante pela construção de uma sociedade sem exploração e dominação mudando-se ás relações pessoal, políticas, ideológicas e econômicas nas diferentes instituições da cotidianidade. (FALEIROS, 2001, p. 161) 
A partir desse fluxo dizemos que o Serviço Social é executado com utilização de instrumentos e técnicas ligadas a um referencial teórico e a um dado entendimento ético político do fazer, tendo uma visão de totalidade no meio profissional visando garantir a trajetória do assistente social e compreender uma das dimensões da atuação do profissional que é a dimensão técnico-operativa.
É importante ressaltar que no CEIP o assistente social utiliza-se diversos instrumentos técnico-operativos: 
· Plano Diário: utiliza um caderno constando dia, mês e ano para anotar as demandas diárias e ocorrência dos atendimentos para controle que é registrado numa planilha no final do mês.
· Entrevistas: são aplicadas durante todo o tempo em que o adolescente estiver acautelado, bastante utilizada para levantamento e registro de informações. E visando compor a história de vida, definir procedimentos metodológicos, e colaborar no diagnóstico social. 
· Os Relatórios: são realizados para subsidiar decisões sendo encaminhadas ao juízo, constando informações relevantes, observações, pesquisas, investigações, fatos, que varia de acordo com o assunto abordado.
· Os Encaminhamentos: são utilizados constantes mediante os procedimentos de articulação com a rede socioassistencial, e saúde não deixando de mencionar que o eixo da medida “saúde” é prioridade total. 
Enfim o Serviço Social está voltado para uma perspectiva dialética, acreditando na dinâmica social, e propõe diversas mudanças. É nesta perspectiva que o Serviço Social está procurando se moldar, sendo ativo, inovador para atender as demandas futuras na proporção em que infelizmente cresce as desigualdades sociais.
B) Apresentação dos principais aspectos da situação problema apresentados e os objetivos propostos;
Na condição de órgãos deliberativos, os Conselhos decidem, mas não possuem a primazia na formulação de políticas, haja vista que outros órgãos de governo podem adotar suas próprias políticas. Deste modo, ganha especial importância a função de controle através da qual os Conselhos apreciam e fiscalizam as ações executadas pelo poder público e pela sociedade civil, na hipótese de descentralização administrativa. A apreciação pressupõe que todas as políticas sejam submetidas ao crivo dos Conselhos, do contrário restam eivadas de ilegalidade, contrariando o Estatuto e a Constituição.
 A fiscalização dá-se pelo exame de contas públicas e inspeção sobre as políticas de governo em todos os aspectos (financeiros administrativos e pedagógicos). 
Os Conselhos podem formar comissões que visitem os equipamentos sociais públicos, em qualquer horário. É importante frisar que as decisões dos Conselhos somente têm validade dentro do Poder Executivo ao qual estão vinculados, não havendo qualquer ingerência nos Poderes Judiciário e Legislativo, nem tampouco entre uma esfera e outra.
 O Conselho Estadual, por exemplo, delibera, formula e controla somente as políticas estaduais de atendimento à infância e juventude. A exceção a tal regra somente é admitida no que se refere às resoluções do CONANDA, que têm aplicabilidade em todo o território nacional e nas hipóteses de atuação paralela entre estados e municípios.
C) Descrever de forma concisa o envolvimento da equipe (alunos/profissionais) na execução do projeto de intervenção.
A discussão acerca da problemática do adolescente autor de ato infracional no Brasil pode ser analisada a partir de diversos aspectos, e neste artigo optou-se por enfatizar a reflexão sobre a garantia de direitos. Considerando a legislação brasileira, tem-se um avanço significativo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, pode ser considerado o marco da mudança de perspectiva em relação ao adolescente autor de ato infracional.
Antes do ECA, pode-se destacar que as ações direcionadas para os adolescentes estavam pautadas na doutrina da situação irregular, ou seja, a perspectiva era fundamentalmente corretiva, enquanto a partir do ECA a orientação direciona-se para a garantia de direitos, compreendida a partir da doutrina da proteção integral, conforme já apontava a Constituição brasileira de 1988, ao compreender a criança e o adolescente como pessoas em condição peculiar de desenvolvimento. Essa concepção direciona-se para todas as crianças e adolescentes, consequentemente, para adolescentes que porventura tenham praticado ato infracional.
O Sistema Nacional de Garantia de Direitos, base da doutrina da proteção integral, contempla as dimensões que devem ser significativas no atendimento à criança e ao adolescente, ou seja, saúde, educação, segurança, habitação, convivência familiar, entre outras.
De acordo ainda com o ECA, no artigo 103 (Brasil, 1990), o ato infracional, é "a conduta descrita como crime ou contravenção penal", sendo assegurado aos adolescentes que cometem tais atos, tratamento condizente com a sua condição especial de pessoa em desenvolvimento.
A partir da comprovação do ato infracional são aplicadas ao adolescente medidas orientadas pela necessidade de processo socioeducativo, e não de simples sanção. As medidas socioeducativas são a forma instituída na legislação brasileira de responsabilizar o adolescente pelos atos infracionais por ele praticados, mas concomitantemente, oferecer condições para a reinserção social.
O ECA estabelece que as medidas socioeducativas impostas ao adolescente podem ser: "advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços a comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação" (Brasil, 1990). Essas medidas são aplicadas visando garantir que o adolescente seja responsabilizado pelos atos por ele praticados, mas que também lhe sejam oferecidas oportunidades de desenvolvimento pessoal e social, visto que, como já foi colocado, trata-se, segundo a lei, de pessoa em desenvolvimento.
2 DESENVOLVIMENTO
O Objetivo para a proposta do projeto de execução seria a composição de mais profissionais assim como os pedagogos, professores de educação física e agentes educacionais, com especializações diversas. Responsável pelas atividades realizadas pelos adolescentes. 
Também fazer parte dessa equipe os monitores de cursos realizados em parceria com instituições. Ainda conforme as atribuições de cada cargo, pode-se identificar que algumas ações são comuns aos dois cargos, como realizar o acolhimento dos adolescentes e familiares, participar da elaboração do projeto político-pedagógico da unidade, elaborar relatórios com informações destinadas ao Poder Judiciário. 
Cabe ao assistente social atuar de acordo com sua especificidade, garantindo o diálogo interdisciplinar, sem perder de vista o que é particularidadedo Serviço Social.
Para a discussão a que se propõe o projeto, é importante apresentar o trabalho cotidiano do assistente social em unidades de internação. Para tanto, deve-se utilizar como referência o adolescente na unidade, ou seja, sua entrada na instituição, o acompanhamento da medida a ele imposta e a desinternarão. Destaca-se ainda que essas informações façam referência às unidades de internação por tempo indeterminado.
Como já discutido na introdução deste artigo, a construção teórica no Serviço Social precisa também privilegiar a intervenção, o trabalho profissional, uma vez que:
É a intervenção que dá forma, caracteriza e determina o modo do fazer profissional, desvelando a especificidade do Serviço Social no campo das ciências sociais aplicadas. [...] desenvolve-se por um conjunto de ações com o usuário, com a equipe, nas diversas instâncias institucionais e locais, espaços em que se manifestam as relações objetivas e subjetivas. Neste sentido é através da intervenção que se operam os significados, os rumos, as mediações, a intencionalidade da ação profissional, revelando, assim, os valores morais, éticos e políticos. (Rodrigues, 1999, p. 15)
Feitas essas considerações, a discussão acerca do trabalho profissional do assistente social na medida socioeducativa de internação parte do cotidiano da unidade de internação.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção do saber teórico na profissão passa por essas reflexões sobre a realidade do trabalho profissional. As teorias no Serviço Social precisam estar repletas de saber prático, precisam conter o conhecimento acumulado nas intervenções da profissão nos diversos campos de trabalho.
O aprimoramento profissional, previsto no Código de Ética profissional, pressupõe essa integração entre saber teórico e saber profissional, entendendo que só assim a profissão consegue caminhar na construção do conhecimento.
Desta forma, esse texto procurou trazer contribuições tanto para estudantes e professores de Serviço Social, na medida em que traz muitas informações sobre a dinâmica do trabalho profissional com a medida socioeducativa de internação, bem como para a categoria profissional, no sentido de olhar o próprio trabalho e avaliar como o mesmo tem contribuído para a construção do saber profissional.
O assistente social inserido no espaço de trabalho das instituições que executam as sanções previstas na lei brasileira muitas vezes percebe-se isolado da categoria, como se sua prática estivesse contra os princípios históricos do Serviço Social.
É preciso enxergar com nitidez que essas sanções (privação de liberdade, por exemplo) estão previstas na legislação brasileira e podem constituir possibilidades concretas de tomada de consciência por parte dos sujeitos que a ela são submetidos.
Por outro lado, a presença do profissional de Serviço Social nesses espaços pode constituir-se também em esforços na garantia de direitos dos sujeitos atendidos. Assim, produzir conhecimento acerca desse espaço de trabalho é também mostrar que a categoria tem condições de desenvolver um trabalho profissional comprometido com os pressupostos do projeto ético-político profissional, mesmo em instituições que trabalham com a execução de "sanções".
A práxis do Serviço Social está orientada para a possibilidade de ressocialização, reinserção social saudável, não compreendida apenas na dimensão produtivo-consumidora, mas como emancipatória, na medida em que o indivíduo tem condições de tornar-se sujeito da própria história. Trata-se, evidentemente, de um desafio de proporções assustadoras. Contudo, os profissionais inseridos nesses espaços de privação de liberdade conseguem, a partir do cotidiano, desenvolver práticas que possibilitam o resgate dessa condição peculiar de humanidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990. Promulgado em 13 de julho de 1990.
FALEIROS, Vicente de Paula. Serviço Social nas instituições: hegemonia e prática. Serviço Social & Sociedade, ano VI, n. 17, 30 abr. 1985.
FUNDAÇÃO CASA. Regimento interno: unidades de atendimento de internação e semiliberdade. 2. ed. São Paulo, maio 2008.       
  
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006MARTINELLI, Maria Lúcia (Org.). Pesquisa qualitativa: um instigante desafio. São Paulo: Veras, 1999. (Série Núcleos de Pesquisa, n. 1.

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