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6 Anatomia do Coração e Vasos da Base

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1 BBPM III - ANATOMIA 
Anatomia do Coração e Vasos da Base
LOCALIZAÇÃO 
• O mediastino médio inclui: o pericárdio, o coração e as 
raízes de seus grandes vasos – parte ascendente da aorta, 
tronco pulmonar e VCS – que entram e saem do coração 
PERICÁRDIO 
• O pericárdio é uma membrana fibrosserosa que cobre o 
coração e o início de seus grandes vasos 
• É um saco fechado formado por duas camadas: 
pericárdio fibroso e pericárdio seroso 
• Camada externa resistente, pericárdio fibroso, é contínua 
com o centro tendíneo do diafragma 
• A face interna do pericárdio fibroso é revestida por uma 
membrana serosa brilhante → a Lâmina parietal do 
pericárdio seroso 
• Essa lâmina é refletida sobre o coração nos grandes 
vasos (aorta, tronco e veias pulmonares e veias 
cava superior e inferior) como lâmina visceral do 
pericárdio seroso 
• Pericárdio seroso é composto principalmente por 
mesotélio, uma única camada de célula achatadas 
que formam um epitélio de revestimento da face 
interna do pericárdio fibroso e da face externa do 
coração 
• Cavidade do pericárdio: espaço virtual entre as 
lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso → 
fina película de líquido que permite ao coração se 
movimentar e bater sem atrito 
PERICÁRDIO FIBROSO 
• É contínuo superiormente com a túnica adventícia dos 
grandes vasos que entram e saem do coração e com a 
lâmina pré-traqueal da fáscia cervical 
• Fixado anteriormente à face posterior do esterno pelos 
ligamentos esternopericárdicos 
• Unido posteriormente por tecido conectivo frouxo às 
estruturas do mediastino posterior 
• Contínuo inferiormente com o centro tendíneo do 
diafragma 
• Ligamento pericardicofrânico: assoalho do saco 
pericárdico fibroso. A parede inferior do saco pericárdio 
fibroso apresenta-se bem fixada e confluente 
(parcialmente fundida) centralmente com o centro 
tendíneo do diafragma. O local de continuidade foi 
chamado de ligamento pericardicofrênico 
• Protege o coração contra o superenchimento súbito, 
porque é inflexível e intimamente relacionado aos grandes 
vasos que perfuram superiormente 
RELAÇÃO E POSIÇÃO 
• O coração e as raízes dos grandes vasos no interior do 
saco pericárdico apresentam relação anterior com: 
esterno, cartilagens costais e as extremidades anteriores 
das costelas III a V no lado esquerdo 
• O coração e o saco pericárdico estão situados 
obliquamente: cerca de dois terços à esquerda e um terço 
à direita do plano mediano 
 
2 BBPM III - ANATOMIA 
• Estende-se do início dos grandes vasos, contínuo com a 
lâmina parietal do pericárdio seroso no local onde a aorta 
e o tronco pulmonar deixam o coração e no local onde 
VCS, VCI e as veias pulmonares entram no coração 
• A cavidade do pericárdio é um espaço virtual entre a 
camadas opostas das lâminas parietal e visceral do 
pericárdio seroso. Normalmente contém uma fina película 
de líquido que permite ao coração se movimentar e bater 
sem atrito. 
PERICÁRDIO SEROSO 
• A lâmina visceral do pericárdio seroso forma o 
epicárdio (a mais externa das 3 camadas cardíacas). 
• Estende-se sobre o início dos grandes vasos e torna-se 
contínuo com a lâmina parietal do pericárdio seroso no 
local onde a aorta e o tronco pulmonar deixam o coração 
e no local onde a VCS, VCI e as vv pulmonares entram 
no coração 
• Seio transverso do pericárdio é uma passagem 
transversal dentro da cavidade pericárdica entre esses dois 
grupos de vasos e as reflexões do pericárdio seroso ao seu 
redor. Forma uma passagem transversal dentro da 
cavidade pericárdica 
IRRIGAÇÃO E INERVAÇÃO 
• Irrigação arterial do pericárdio provém principalmente de 
um ramo fino da artéria torácica interna: artéria 
pericardiofrânica (acompanha o nervo frênico) 
• Contribuições menores: 
- a. musculoffrênica: ramo terminal da a. torácica interna 
- a. bronquial esofágica e frênica superior: ramos da 
parte torácica da aorta 
- aa. Coronárias (apenas a lâmina visceral do pericárdio 
seroso): os primeiro ramos da aorta 
• Drenagem venosa: 
- veias pericardicofrênicas: tributárias das veias 
braquicefálicas (ou torácicas internas) 
- tributárias variáveis do sistema venoso ázigo 
• Inervação: nervos frênicos (C3-C5), origem primária das 
fibras sensitivas. 
- as sensações álgicas conduzidas por esses nervos são 
comumente referidas na pele (dermátomos C3-C5) da 
região supraclavicular ipsolateral 
- nervos vagos, função incerta 
- troncos simpáticos, vasomotores 
CORAÇÃO 
• Bomba dupla, autoajustável 
• Coração direito: recebe sangue pouco oxigenado 
(venoso) do corpo pelas VCS e VCI e o bombeia através 
do tronco e das artérias pulmonares para ser oxigenado 
nos pulmões 
• Coração esquerdo: recebe sangue bem oxigenado 
(arterial) dos pulmões através das vv. Pulmonares e o 
bombeia para a aorta, de onde é distribuído para o corpo 
• Quatro câmaras: átrios e ventrículos direito e esquerdo 
• Os átrios são câmaras de recepção que bombeiam sangue 
para os ventrículos (as câmaras de ejeção) 
• Ciclo cardíaco 
REVESTIMENTO 
• ENDOCÁRDIO: endotélio e tecido conectivo 
subendotelial ou membrana de revestimento do coração 
que também cobre suas valvas 
• MIOCÁRDIO: camada intermediária helicoidal e espessa, 
formada por músculo cardíaco 
• EPICÁRDIO: camada externa fina (mesotélio) formada 
pela lâmina visceral do pericárdio seroso 
ANATOMIA EXTERNAS 
 FACES 
• Face esterno costal: formada principalmente pelo VD 
• Face diafragmática: formada principalmente pelo VE e 
em parte pelo VD 
• Face pulmonar direita: formada principalmente pelo 
átrio direito 
• Face pulmonar esquerda: formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo 
MARGENS 
• Margem direita: ligeiramente convexa, formada pelo 
átrio direito e estendendo-se entre a VCS e a VCI 
• Margem superior: formada pelos átrios e aurículas 
direita e esquerda, em vista anterior, forma o limite 
inferior do seio transverso do pericárdio 
• Margem esquerda: oblíqua, quase vertical, formada 
principalmente pelo ventrículo esquerdo e pequena parte 
pela aurícula esquerda 
 
3 BBPM III - ANATOMIA 
• Margem inferior: quase horizontal, formada 
principalmente pelo ventrículo direito e pequena parte 
pelo ventrículo esquerdo 
 
• Parte Externa dos átrios = sulco coronário 
• VD e VE: sulcos interventriculares (IV) anterior e 
posterior 
ÁPICE DO CORAÇÃO: 
 
• É formado pela parte inferolateral do ventrículo 
esquerdo: quinto espaço intercostal esquerdo em adultos 
• Sons de fechamento da valva atrioventricular esquerda 
(mitral/ bicúspide) → batimento apical 
 
BASE DO CORAÇÃO 
• Face posterior 
• Formada principalmente pelo AE 
• T VI a T IX 
• Recebe: vv. Pulmonares nos lados direito e esquerdo de 
sua porção atrial esquerda 
• Vv. Cavas superior e inferior nas extremidades superior e 
inferior de sua porção atrial direita 
ANATOMIA INTERNA 
ÁTRIO DIREITO 
• Forma a margem direita do coração e recebe sangue 
venoso da VCS e VCI e seio coronário 
• Aurícula direita: bolsa muscular cônica que se projeta do 
átrio direito como uma câmara adicional, aumenta a 
capacidade do átrio e se superpões à parte ascendente da 
aorta 
• Seio das veias cavas (parte posterior lisa) e o seio 
coronário 
• Uma parede anterior muscular rugosa formada pelos 
Músculos pectíneos 
• As partes lisa e áspera da parede atrial são separadas 
externamente por um Sulco vertical superficial, o sulco 
terminal, e internamente pela crista terminal 
• Um óstio AV direito 
• A VCS: abre na parte superior do átrio direito no 
nível da 3ª cartilagem costal direita 
• A VCI: abre na parte inferior do átrio direito quase 
alinhada com a VCS, no nível aproximado da quinta 
cartilagem costal 
• Todas as estruturas venosas que entram no átrio direito se 
abrem no seio das veias cavas 
• A fossa oval superficial: fusão – valva embrionária do 
forame oval com o septo interatrial 
• O sangue da VCS: direcionadapara o óstio 
atrioventricular direito 
• O sangue da VCI: direcionado para a fossa oval, como 
era antes do nascimento 
ESQUELETO FIBROSO 
• Contração dos ventrículos produz um movimento de 
torção – orientação helicoidal dupla das fibras 
musculares cardíacas 
• Fixadas ao esqueleto fibroso do coração 
Forma: 
• 4 anéis fibrosos: circundam os óstios das valvas 
• trígono fibroso: direito e esquerdo, formado por 
conexões entre os anéis 
• partes membranáceas dos septos interatrial e 
interventricular 
Funções: 
• Mantém os óstios das valvas AV e arteriais permeáveis 
• Oferece fixação para as válvulas das valvas 
• Oferece fixação pra o miocárdio 
• Funciona como um isolante elétrico, separando os 
impulsos conduzidos mioentericamente dos átrios e 
ventrículos 
VENTRÍCULO DIREITO 
• Face esternocostal, parte da face diafragmática e margem 
inferior do coração 
• Forma um cone arterial – tronco pulmonar 
• Trabéculas cárneas: elevações musculares irregulares 
- aumentam a área para o sangue 
• Crista supraventricular: crista muscular espessa, separa 
a parede muscular rugosa na parte de entrada da câmara 
da parede lisa do cone arterial, ou parte de saída 
• Óstio AV direito (tricúspide): posteriormente ao corpo 
do esterno no nível do quarto e quinto EIC 
• Óstio AV direito: circundado por um dos anéis fibrosos, 
mantém o calibre do óstio constante, resistindo à dilatação 
que poderia resultar da passagem de sangue através dele 
com pressões variadas 
• Valva atrioventricular direita (tricúspide) protege o 
óstio AV direito 
• Cordas tendíneas fixam-se às margens livres e às 
superfícies ventriculares das válvulas anterior, posterior e 
septal 
• Cordas tendíneas originam-se dos ápices dos mm. 
Papilares, que são projeções musculares cônicas com 
bases fixadas à parede ventricular. 
• Mm. Papilares: contraem antes da contração do 
ventrículo direito, tendionando as cordas tendíneas e 
aproximando as válvulas 
• Cordas tendíneas: fixadas a faces adjacentes de duas 
válvulas = evitam a separação das válvulas e sua inversão 
é mantida durante toda a sístole = impede o prolapso das 
 
4 BBPM III - ANATOMIA 
válvulas da valva atrioventricular quando a pressão 
aumenta. Assim, a regurgitação (fluxo retrógrado) de 
sangue do VD para o AD durante a sístole ventricular é 
impedida pelas válvulas 
 
 
 
 
• Três músculos papilares no VD correspondem às válvulas 
da valva AV direita 
a. M. papilar anterior: maior, origina-se da parede anterior 
do VD, suas cordas tendíneas fixam-se nas válvulas 
anteriores e posterior da valva AV direita 
b. M. papilar posterior: parede inferior, suas cordas 
tendíneas origina-se da parede inferior do VD e se fixam 
nas válvulas posterior e septal 
c. M. papilar septal: origina-se do septo interventricular – 
suas cordas tendíneas se fixam às válvulas anterior e 
septal 
 
• Septo interventricular (SIV): é uma divisória oblíqua 
forte entre os ventrículos. Possui uma parte muscular e 
uma membranácea. 
- Parte muscular do SIV constitui a maior parte do septo 
- Parte membranácea do SIV: no lado direito, a válvula 
septal da valva atrioventricular está fixada ao meio dessa 
parte membranácea do esqueleto fibroso 
 → isso significa que inferiormente à válvula, a 
membrana é um septo interventricular, mas superiormente 
à válvula é um septo atrioventricular 
• Trabécula septomarginal = é um feixe muscular curos 
que atravessa o VD da parte inferior do SIV até a base do 
músculo papilar anterior. É importante porque conduz 
parte do ramo direito do fascículo AV, uma parte do 
complexo estimulante do coração até o músculo papilar 
anterior 
• Crista supraventricular: direciona o fluxo de entrada 
para a cavidade principal do ventrículo e o fluxo de saída 
para o cone arterial em direção ao óstio do tronco 
pulmonar 
• Valva do tronco pulmonar: no ápice do cone arterial 
situa-se no nível da terceira cartilagem costal esquerda 
ÁTRIO ESQUERDO 
• O átrio esquerdo forma a maior parte da base do coração 
• Aurícula esquerda: tubular com músculos pectíneos, 
parede trabeculada com mm pectíneos, forma a parte 
superior da margem esquerda do coração e cavalga a raiz 
do tronco pulmonar 
• Depressão semilunar no septo interatrial: indica o 
assoalho da fossa oval; a crista adjacente é a valva do 
forame oval 
 
O interior do átrio apresenta: 
• Uma parte maior com paredes lisas e uma aurícula 
muscular menor, contendo mm pectíneos 
• Quatro veias pulmonares (duas superiores e duas 
inferiores) 
• Uma parede ligeiramente mais espessa do que a do átrio 
direito 
• Septo interatrial 
• Um óstio AV esquerdo 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
• Forma o ápice do coração, a face esquerda pulmonar e a 
maior parte da face diafragmática 
• VE trabalha mais que o VD → pressão é maior 
• Paredes duas a três vezes mais espessas do que as paredes 
do ventrículo direito 
• Paredes cobertas principalmente por uma tela de 
Trabéculas cárneas: finas e numerosas 
• Uma cavidade cônica mais longa do que a do VE 
• Músculos papilares anteriores e posteriores maiores 
• Vestíbulo da aorta: parte de saída, superoanterior, não 
muscular, de parede lisa levando ao óstio da aorta e à 
valva da aorta 
• Uma valva atrioventricular esquerda com duas válvulas 
• Óstio da aorta: posterossuperior direita e circundado por 
um anel fibroso onde estão fixadas as válvulas direita, 
posterior e esquerda da valva da aorta 
• Valva da aorta: situada entre o VE e a pparte 
ascendente da aorta, é posicionada obliquamente. Está 
localizada posteriormente ao lado esquerdo do esterno no 
nível do terceiro espaço intercostal 
• Valva atrioventricular esquerda (mitral) tem duas 
valvas: anterior e posterior 
- localização: posteriormente ao esterno, no nível da 
quarta cartilagem costal 
• Cada válvula recebe cordas tendíneas de mais de um 
músculo papilar. 
• Sustentam a valva atrioventricular esquerda: resistindo à 
pressão gerada durante contrações. 
• Cordas tendíneas tornam-se tensas - antes e durante a 
sístole. 
• Enquanto atravessa o ventrículo esquerdo, a corrente 
sanguínea sofre duas mudanças de trajeto 
perpendiculares; 
• Essa inversão de fluxo ocorre ao redor da válvula anterior 
da valva atrioventricular esquerda 
• Diástole ventricular: retração elástica da parede do 
tronco pulmonar ou da aorta força o sangue de volta 
 
5 BBPM III - ANATOMIA 
para o coração – as válvulas fecham-se quando há 
inversão do fluxo sanguíneo 
• Elas se aproximam para fechar por completo o óstio, 
sustentando uma às outras quando suas bases se tocam 
VALVAS DO TRONCO PULMONAR E DA AORTA 
• 3 válvulas semilunares da valva do tronco pulmonar 
• (anterior, direita e esquerda) 
• 3 válvulas semilunares da valva da aorta (posterior, 
direita e esquerda) 
• As válvulas semilunares não têm cordas tendíneas para 
sustenta-las, tem área menor do que as valvas AV, força 
exercida sobre elas é metade da exercida sobre as valvas 
AV 
• As válvulas projetam-se para a artéria, mas são 
pressionadas em direção (e não contra) às suas paredes; 
• A margem de cada válvula é mais espessa na região de 
contato, formando a lúnula 
• O ápice da margem livre angulada é ainda mais espesso, 
formando o nódulo 
• Imediatamente superior a cada válvula semilunar, as 
paredes das origens do tronco pulmonar e da aorta são 
ligeiramente dilatadas, formando os seios da aorta e do 
tronco pulmonar 
• O sangue presente nos seios e a dilatação da parede 
impedem a adesão das válvulas à parede do vaso, o que 
poderia impedir o fechamento 
• A abertura da artéria coronária direita é no seio da 
aorta direito; 
• A abertura da artéria coronária esquerda é no seio da 
aorta esquerdo, e nenhuma artéria origina-se do seio da 
aorta posterior (não coronário) 
 
VASCULATURA DO CORAÇÃO 
• Os vasos sanguíneos do coração compreendem as 
Artérias coronárias e veias cardíacasque 
conduzem o sangue que entra e sai do miocárdio 
• Endocárdio e parte do tecido 
subendocárdico imediatamente externo ao 
endocárdio recebem oxigênio e nutrientes por 
difusão ou por microvascularização diretamente 
das câmaras do coração 
• Artérias coronárias, os primeiros ramos 
da aorta, irrigam o miocárdio e o epicárdio; 
• originam-se dos seios da aorta 
correspondentes na região proximal da parte 
ascendente da aorta, imediatamente superior à valva 
da aorta, e seguem por lados opostos do tronco 
pulmonar; 
ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA 
• artéria coronária direita (ACD) passa para 
o lado direito do tronco pulmonar, seguindo no 
sulco coronário; 
• próximo de sua origem, a ACD geralmente 
emite um ramo do nó sinoatrial ascendente, que 
irriga o nó SA. 
• A ACD desce no sulco coronário e emite o 
ramo marginal direito, que irriga a margem direita 
do coração, enquanto segue em direção ao ápice do 
coração, porém sem alcançá-lo; 
• Após emitir esse ramo, vira para a esquerda 
e continua no sulco coronário até a face posterior do 
coração; 
• Na face anterior da cruz do coração — a junção dos 
septos interatrial e interventricular entre as quatro 
câmaras cardíacas — a ACD dá origem ao ramo do nó 
atrioventricular, que irriga o nó AV. 
O domínio do sistema arterial coronário é definido pela 
artéria que dá origem ao ramo interventricular (IV) 
posterior 
 
6 BBPM III - ANATOMIA 
• O domínio da artéria coronária direita é mais comum 
(aproximadamente 67%); 
• A ACD da origem ao grande Ramo interventricular 
posterior que desce no sulco IV posterior em direção ao 
ápice do coração. 
- esse ramo irriga áreas adjacentes de ambos os 
ventrículos e envia ramos interventriculares septais 
perfurantes para o septo; 
• O ramo terminal (ventricular esquerdo) da ACD continua 
por uma curta distância no sulco coronário; 
• Assim, no padrão mais comum de distribuição, a ACD 
supre a face diafragmática do coração 
• Tipicamente, a ACD supre: 
- O átrio direito; 
- A maior parte do ventrículo direito; 
- Parte do ventrículo esquerdo (a face diafragmática); 
- Parte do septo IV, geralmente o terço posterior 
- O nó SA (em cerca de 60% das pessoas) 
- O nó AV (em cerca de 80% das pessoas) 
ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA 
• A artéria coronária esquerda (ACE): passa entre a 
aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco pulmonar e 
segue no sulco coronário; 
• Em 40% das pessoas, o ramo do nó SA origina-se do 
ramo circunflexo da ACE; 
• Quando entra no sulco coronário, na extremidade superior 
do sulco IV anterior, a ACE divide-se em dois ramos, o 
ramo IV anterior e o ramo circunflexo 
• O ramo IV anterior: segue ao longo do sulco IV até o 
ápice do coração; 
- a seguir, faz a volta ao redor da margem inferior do 
coração e costuma fazer anastomose com o ramo IV 
posterior da artéria coronária direita; 
- O ramo IV anterior supre partes adjacentes de ambos os 
ventrículos, e através de ramos IV septais, os dois terços 
anteriores do SIV; 
- em muitas pessoas, o ramo IV anterior dá origem ao 
ramo lateral (artéria diagonal), que desce sobre a face 
anterior do coração; 
• O ramo circunflexo da ACE: acompanha sulco 
coronário ao redor da margem esquerda do coração 
até a face posterior do coração. 
- O ramo marginal esquerdo do ramo circunflexo 
acompanha a margem esquerda do coração e supre o 
ventrículo esquerdo. 
- Na maioria das vezes, o ramo circunflexo termina no 
sulco coronário na face posterior do coração antes de 
chegar à crux cordis (cruz de Has), mas em 
aproximadamente um terço das pessoas, ele continua 
como um ramo que segue dentro do sulco IV posterior ou 
adjacente a ele 
• Tipicamente, a ACE supre: 
- O átrio esquerdo 
- A maior parte do ventrículo esquerdo 
- Parte do ventrículo direito 
- A maior parte do SIV (geralmente seus dois terços 
anteriores), inclusive o feixe AV do complexo estimulante do 
coração, através de seus ramos IV septais perfurantes 
- O nó SA (em cerca de 40% das pessoas) 
 
 
 
 
• CIRCULAÇÃO COLATERAL CORONARIANA: 
Os ramos das artérias coronárias geralmente são considerados 
artérias terminais funcionais (artérias que irrigam regiões do 
miocárdio que não têm anastomoses suficientes com outros 
grandes ramos para manter a viabilidade do tecido em caso de 
oclusão). Entretanto, há anastomoses entre ramos das artérias 
coronárias, subepicárdicos ou miocárdicos e entre essas artérias 
e os vasos extracardíacos como os vasos torácicos (Standring, 
2008). Existem anastomoses entre as terminações das artérias 
coronárias direita e esquerda no sulco coronário e entre os 
ramos IV ao redor do ápice em cerca de 10% dos corações 
aparentemente normais. O potencial de desenvolvimento dessa 
circulação colateral é provável na maioria dos corações, se não 
em todos 
VEIAS 
• O coração é drenado principalmente por veias que se 
abrem no seio coronário e em parte por pequenas veias 
que drenam para o átrio direito; 
• O seio coronário: canal venoso largo que segue da 
esquerda para a direita na parte posterior do sulco 
coronário. 
- Recebe a veia cardíaca magna em sua extremidade 
esquerda e a veia interventricular posterior e veia cardíaca 
parva em sua extremidade direita. 
- a veia posterior do ventrículo esquerdo e a veia 
marginal esquerda também se abrem no seio coronário. 
• A veia cardíaca magna: é a principal tributária do seio 
coronário 
- sua primeira parte, a veia interventricular anterior: 
começa perto do ápice do coração e ascende com o ramo 
IV anterior da ACE. No sulco coronário, vira-se para a 
esquerda, e sua segunda parte segue ao redor do lado 
esquerdo do coração como ramo circunflexo da ACE para 
chegar ao seio coronário. A veia cardíaca magna drena as 
áreas do coração supridas pela ACE. 
• Veia IV posterior acompanha o ramo interventricular 
posterior (geralmente originado da ACD). 
 
7 BBPM III - ANATOMIA 
• Veia cardíaca parva acompanha o ramo marginal direito 
da ACD; 
- Assim, essas duas veias drenam a maioria das áreas 
comumente supridas pela ACD. 
• Algumas pequenas veias anteriores do ventrículo 
direito começam sobre a face anterior do ventrículo 
direito, cruzam sobre o sulco coronário e, em geral, 
terminam diretamente no átrio direito; às vezes elas 
entram na veia cardíaca parva. 
• As veias cardíacas mínimas são pequenos vasos que 
começam nos leitos capilares do miocárdio e se abrem 
diretamente nas câmaras do coração, principalmente 
os átrios. Embora sejam denominadas veias, são 
comunicações avalvulares com os leitos capilares do 
miocárdio e podem conduzir sangue das câmaras 
cardíacas para o miocárdio 
INVERVAÇÃO DO CORAÇÃO 
• É suprido por fibras nervosas autônomas do plexo cardíaco 
que é dividido em parte superficial e profunda 
• O plexo cardíaco é formado por fibras simpáticas e 
parassimpáticas que seguem em direção ao coração e 
também por fibras aferentes viscerais que conduzem fibras 
reflexas e nociceptivas provenientes do coração. As fibras 
partem do plexo e são distribuídas ao longo dos vasos 
coronários para estes vasos e para componentes do 
complexo estimulante, sobretudo o nó SA. 
• A inervação simpática provém das fibras pré-
ganglionares, com corpos celulares nas colunas celulares 
intermediolaterais (IML) dos cinco ou seis segmentos 
torácicos superiores da medula espinal, e das fibras 
simpáticas pós-ganglionares, com corpos celulares nos 
gânglios paravertebrais cervicais e torácicos superiores dos 
troncos simpáticos. As fibras pós-ganglionares atravessam 
os nervos esplâncnicos cardiopulmonares e o plexo 
cardíaco, terminando nos nós SA e AV e em relação às 
interrupções das fibras parassimpáticas nas artérias 
coronárias. 
• A estimulação simpática aumenta a frequência 
cardíaca, a condução de impulso, a força de contração e, 
ao mesmo tempo, o fluxo sanguíneo pelos vasos coronários 
paragarantir o aumento da atividade. A estimulação 
adrenérgica do nó SA e do tecido condutor aumenta a 
frequência de despolarização das células marca-passo e a 
condução atrioventricular. A estimulação adrenérgica 
direta pelas fibras nervosas simpáticas, bem como a 
estimulação indireta pelos hormônios suprarrenais, 
aumenta a contratilidade atrial e ventricular. A maioria dos 
receptores adrenérgicos nos vasos sanguíneos coronários 
consiste em receptores β2 que, quando ativados, causam 
relaxamento (ou talvez inibição) do músculo liso 
vascular e, portanto, dilatação das artérias 
(Wilson-Pauwels et al., 1997). Isso aumenta a 
oferta de oxigênio e nutrientes para o miocárdio 
durante períodos de atividade intensificada. 
• A inervação parassimpática provém das 
fibras pré-ganglionares dos nervos vagos. Os 
corpos das células parassimpáticas pós-
ganglionares (gânglios intrínsecos) estão 
localizados na parede atrial e no septo interatrial 
próximo dos nós SA e AV e ao longo das artérias 
coronárias. A estimulação parassimpática 
diminui a frequência cardíaca, reduz a força da 
contração e constringe as artérias coronárias, 
poupando energia entre períodos de maior 
demanda. As fibras parassimpáticas 
pós ganglionares liberam acetilcolina, que se 
liga aos receptores muscarínicos para reduzir as 
frequências de despolarização das células 
marcapasso e a condução atrioventricular e diminuir a 
contratilidade atrial.

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