Resumo dos Direitos Humanos

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Resumo dos Direitos Humanos
Conceito Direitos Humanos
· Conjunto de direitos Inerentes a dignidade da pessoa humana por meio da limitação do arbítrio do estado e do estabelecimento da igualdade com aspecto central das relações sociais.
· A ideia central dos direitos humanos, é prover meios jurídicos para defender a dignidade das pessoas
Diferença entre Direitos humanos e Direitos Fundamentais
· A diferenciação está no plano de positivação.
· Os direitos humanos são os direitos universalmente aceitos na ordem internacional
· Direitos fundamentais são conjuntos de valores de direitos positivados na ordem interna de um país para proteção da dignidade da pessoa.
Quando a Natureza ?
· Normogenética - os princípios fundamentam as regras
Quando a Aplicabilidade ?
· os princípios sujeitam-se a tecnica interpretativa (o Princípio não e definido, é generalizado)
· Já as regras possuem aplicação direta e imediata
Constituem normas dos direitos humanos
· Tratados internacionais
· Costumes
· Principios gerais do Direito Internacional
Ideias de Fundamentos:
Não dá para definir fundamentos para os direitos humanos, pois:
A ) Muda ao longo da História
B) Seria uma convicção Pessoal
C) È uma estrutura Aberto (esta em constante mudança de acordo com o avanço da história)
Fundamento JUSNATURALISTA
São Normas anteriores e superiores ao Direito estatal, decorrentes de um conjunto de ideias de origem divina ou frutos da razão humana
Direitos Humanos são Naturais
A) Escola do direito Natural Divina
Fundamento Positivista
Para os positivistas apenas os escritos em textos legais são considerados direitos humanos, antes de sua positivação são apenas valores e juízos morais 
Fundamento Moral
Para tal fundamentos, os direitos humanos consistem em um conjunto de direitos subjetivos, originados, diretamente dos princípios independentemente da existência de regras previas
Normativa
O conjunto dos direitos humanos, traz consigo valores considerados essenciais para a comunidade, de maneira que possuem superioridade normativa em relação as demais normas internacionais, ou seja, Jus Cogens. O Jus Cogens nos direitos humanos esta previsto na convenção internacional sobre o direito dos tratados de Viena 1969
Jus Cogens
Jus Cogens Conjunto de valores essenciais a comunidade superior a uma norma sendo imperativa
Historicidade
Os direitos humanos tem origem em processo de formação histórica, assim com o tempo os direitos humanos foram moldados cresceram e se solidificarem em razão das lutas da sociedade em defesa da dignidade da pessoa 
Os direitos humanos NÃO são atemporais, eles são históricos
Universalidade
Correntes q discutem a universalidade:
	1-Universalistas- Para os universalistas, os D.H destinam-se a todas as pessoas independente de qualquer característica (pessoal, cultural, econômica, racial) e também que os D.H abrangem todos os territórios, ou seja , qualquer lugar desse planeta sem qualquer limitação territorial ( em síntese ' Os direitos humanos se aplicam a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo )
	
	2-Relatividade afirma que: 
	
	A)-É possível observar na pratica divergências nos julgamentos morais entre as sociedades devido as diferenças culturais políticas e sociais 
	
	B)-A divergências possuem um sentido ou validade fora do seu contexto social particular 
	
	C)-Não há julgamentos morais justificáveis fora de contextos culturais específicos 
	
	D)-Relatividade ou limitabilidade= Pelo princípio da relatividade ou da ilimitabilidade temos que os D.H podem ser limitados ( por exemplo quando se legalizou o aborto em alguns casos, nessa decisão é limitado o direito fundamental a vida) pra adequá-los a outros valores com existência na norma jurídica - Vale lembrar que os direitos fundamentais podem ser limitados ou até alterados com EC, porem essas 'alterações' ou adições não podem descaracterizar a norma fundamental, em outras palavras não pode atingir o núcleo central do direito fundamental.( Quem diz quando o D.H está sendo descaracterizada ?? No brasil onde adotamos a teoria relativa, quem analisa isso é o judiciário ) (A outra teoria, a teoria absoluta diz que não se pode alterar a norma, pois na norma já é demarcado o núcleo essencial) 
	N.Borbio diz que existem 2 direitos que não podem ser relativizados de maneira alguma; Vedação( Não pode ser justificado de jeito nenhum a tortura) á tortura (Psicológica e física ) e escravidão. 
	
	Esse também é o entendimento do art.2 da convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis desumanas ou degradantes 
	
	http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0040.htm#:~:text=desumanos%20ou%20degradantes.-,2.,refira%20%C3%A0%20extradi%C3%A7%C3%A3o%20ou%20expuls%C3%A3o
	
	Obs.; No conflito de direitos fundamentais, é usada a ponderação pelo juiz onde ele olha o direito fundamental mais importante e além disso usa a regra do mais e menos, onde ele tenta sempre garantir mais direitos e limitar menos (princípio da concordância pratica)
	
	E)-Irrenunciabilidade 
 -Direitos disponíveis=aqueles que podem ser renunciados/não aceitos( heranças ,créditos e etc)
Pela renunciabilidade que a pessoa não pode dispor sobre a proteção sua dignidade. Assim renunciar a um D.H não tem validade jurídica 
F)-Ineabilidade= Direitos humanos não poderão ser alienados ( não posso vender meus D.H) 
G)-Imprescritibilidade = As normas de D.H não se esgotam nem se consomem com o passar do tempo, os D.H são imprescritíveis
H)-interdependência= É a mutua relação entre os direitos humanos protegido pelos diversos diplomas de direitos internacionais ( O direitos se relacionam e se complementam)
I)-Caráter 'erga omnes ' = erga omnes quer dizer que é validos e devem ser cumpridos por todos.
J)Exigibilidade: Denota preocupação com a implementação dos direitos humanos e a efetividade da responsabilização daqueles organismos internacionais que violarem os direitos humanos 
K. Abertura: Sempre será possível dependendo do desenvolvimento da sociedade o reconhecimento de novos direitos humanos pois possuem estrutura aberta.
 L. Aplicabilidade imediata: Consiste no reconhecimento formal em que os direitos humanos são completos e assim podem ser desde logo aplicados.
 M. Dimensão objetiva e Dimensão subjetiva: Por dimensão subjetivas entendemos que os direitos humanos constituem um conjunto de proposições jurídicas conferidas às pessoas, visando sua proteção. Quanto à dimensão objetiva, temos que os direitos humanos são capazes de impor uma atuação estatal voltada para a proteção de tais Direitos.
 N. Proibição do retrocesso ou efeito cliquet: Vedação ao retrocesso apresenta a proibição a supressão de direitos já reconhecidos em detrimento das conquistas históricas da humanidade 
O. Eficácia horizontal: compreende a aplicação obrigatória e direta dos direitos humanos nas relações entre pessoas e entes privados - é a aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares
1° Vinculação entre particulares 
2° Fiscalização pelo estado entre particulares 
P. Eficácia diagonal dos direitos humanos: Trata-se da incidência proporcional destes direitos em relações jurídicas assimétricas, tal qual a contratualidade trabalhista, com o escopo de vincular de forma equânime e proporcional os seus partícipes no cumprimento de deveres e garantias medulares.- consiste na necessária incidência e observância dos direitos fundamentais em relações privadas (particular-particular) que são marcadas por uma flagrante desigualdade de forças, em razão tanto da hipossuficiência quanto da vulnerabilidade de uma das partes da relação.
Direito Internacional sobre Direitos Humanos
Está presente na Carta das Nações Unidas de 1945 e na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948
Estabelece Obrigações aos Estados para promover e proteger os Direitos Humanos e as Liberdades Coletivas e Individuais
Gerações dos Direitos Humanos por Karel Vasak
princípios da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Esses três conceitossão utilizados para dividir, de forma didática, os direitos humanos em três perspectivas históricas de entendimento
Os direitos humanos são entendidos em: 
primeira geração (liberdade)
segunda geração (igualdade)
terceira geração (fraternidade)
A primeira geração de direitos humanos
 é associada ao contexto do final do século XVIII – mais precisamente à independência dos Estados Unidos e criação de sua constituição, em 1787  e à Revolução Francesa, em 1789. 
Essa geração tem como elemento principal a ideia clássica de liberdade individual, concentrada nos direitos civis e políticos. Esses direitos só poderiam ser conquistados mediante a abstenção do controle do Estado, já que sua atuação interfere na liberdade do indivíduo.
Bases dos Direitos aplicados:
direitos civis ou individuais
direitos políticos
direitos de cidadania
A Segunda geração de Direitos Humanos
Os direitos humanos de segunda geração surgem após a Primeira Guerra Mundial, quando começa a se fortalecer a concepção de Estado de Bem-Estar Social. Surge de uma necessidade do Estado garantir direitos de oportunidade iguais a todos os cidadãos, através de políticas públicas como acesso básico à saúde, educação, habitação, trabalho, lazer, entre outros.
Assim, a segunda geração está ligada ao conceito de igualdade e mais preocupada com o poder de exigir do Estado a garantia dos direitos sociais, econômicos e culturais, todos imprescindíveis à possibilidade de uma vida digna.
Estes direitos aparecem na forma dos chamados direitos fundamentais, pois impõem ao Estado um conjunto de obrigações que se materializam em normas constitucionais, execução de políticas públicas, programas sociais e ações afirmativas. Cabe ao Estado a obrigação de cumpri-las, sujeito a sanções em caso contrário.
A terceira Geração de Direitos Humanos
A partir dos anos 1960, aparece uma terceira geração de direitos humanos, norteada pelo ideal de fraternidade ou solidariedade. A principal preocupação passa a ser com os direitos difusos – ou seja, direitos cujos titulares não se pode determinar, nem mensurar o número exato de beneficiários – e com os direitos coletivos, que possuem um número determinável de titulares, que por sua vez compartilham determinada condição
Em resumo Direitos de terceira geração são imensuráveis pois não tem como contabilizar a ação e o impacto coletivo.
Exemplos de direitos de terceira geração: 
direito ao desenvolvimento
o direito à paz
o direito de comunicação
Difusos e coletivos são direitos do grupo das pessoas
Exemplos : Direito ao meio ambiente e Direito ao Consumidor
Marco Histórico : Pós Segunda guerra mundial e o Surgimento da ONU (Organização das Nações Unidas em 1945)
Marco Teórico : Todos os trabalhos acadêmicos que visam a proteção universal e solidariedade humana (Sempre visando Proteção Universal da Humanidade)
Marco Jurídico : Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948