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apostila de filosofia

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​ APOSTILA DE FILOSOFIA  
 
 
 
 
 
   
 PROFESSORES: jeferson schoenstatt e larissa monteiro 
 
 
 
 Apresentação 
 
 
Esta apostila tem o intuito de apresentar os assuntos de Filosofia, de maneira 
contextualizada e informal, de acordo com as demandas manifestadas em provas 
como o ENEM e vestibulares. 
 
Cada conteúdo abordado terá uma lista de exercícios e indicações de materiais 
complementares, para que impulsione os seus estudos e mostre que a Filosofia, 
além de ser importante para essas provas, é importante também para a nossa vida 
cotidiana. 
 
Aproveitem esse material que foi feito com muito carinho e dedicação por nós, 
professores Jeferson e Larissa. Bons estudos e estaremos aqui à disposição de 
vocês! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ​Sumário 
 
 
 
1. Origens da Filosofia Ocidental 
 
2. Pré-Socráticos 
 
3. Sócrates e os Sofistas 
 
4. Platão e Aristóteles 
 
5. Helenismo 
 
6. Filosofia Medieval 
 
7. As Origens da Modernidade 
 
8. O Aprofundamento da Modernidade 
 
9. Racionalismo e Empirismo 
 
10. Contratualistas 
 
11. Immanuel Kant 
 
12. Iluminismo 
 
13. Positivismo 
 
14. Liberalismo 
 
15. Marxismo 
 
16. Existencialismo 
 
17. Escola de Frankfurt 
 
18. Filosofia Contemporânea 
 
 
 
1. Origens da Filosofia Ocidental 
 
 
 
Quando trata-se de falar sobre o surgimento da filosofia, alguns filósofos e 
historiadores falam que começou na Grécia Antiga, outros já dizem que no Oriente 
surgiram vários pensamentos que podem ser considerados filosóficos, e que de 
fato, podem ter surgido em vários lugares em diferentes períodos, mas neste tópico 
será trabalhado o pensamento filosófico ocidental, que é o foco das provas e 
vestibulares. 
 
Então, para começar a falar da filosofia ocidental, é importante entender as 
explicações que se utilizavam até chegar na mais conhecida Filosofia Grega. 
 
Mito e Senso Comum 
 
Na Antiguidade Clássica, especificamente na Grécia Antiga, a origem das coisas e 
do mundo eram explicadas a partir de mitologias. As mitologias eram histórias que 
eram contadas para explicar os fatos e os fenômenos da natureza, os sentimentos e 
comportamentos humanos. Tudo isso representado pelos deuses, que apesar de 
serem divindades, tinham características antropomórficas, se aproximando mais da 
realidade das pessoas. 
 
E a partir dos mitos, vinha o senso comum, como forma de pensamento não 
racional, que era passado de geração em geração, com um teor mais cultural de se 
explicar ou contar algo. 
 
 
Mas, com o passar do tempo, esses recursos não estavam mais sustentando como 
respostas das inúmeras perguntas que o ser humano fazia. E assim, foram 
aparecendo alguns pensadores que começaram a fazer indagações e 
questionamentos com o objetivo de buscar respostas mais racionais sobre a origem 
das coisas e do mundo: os ​Pré-Socráticos​, que serão vistos no próximo tópico. 
 
 
Materiais complementares: 
 
- Contos e Lendas da Mitologia Grega - 
https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/11157.pdf 
 
 
Lista de Exercícios 
1. (VESTIBULAR UnB 1/2012) ​No início do século XX, estudiosos esforçaram-se 
em mostrar a continuidade, na Grécia Antiga, entre mito e filosofia, opondo-se a 
teses anteriores, que advogam a descontinuidade entre ambos. A continuidade 
entre mito e filosofia, no entanto, não foi entendida univocamente. Alguns 
estudiosos, como Cornford e Jaeger, consideraram que as perguntas acerca da 
origem do mundo e das coisas haviam sido respondidas pelos mitos e pela filosofia 
nascente, dado que os primeiros filósofos haviam suprimido os aspectos 
antropomórficos e fantásticos dos mitos. Ainda no século XX, Vernant, mesmo 
aceitando certa continuidade entre mito e filosofia, criticou seus predecessores, ao 
rejeitar a ideia de que a filosofia apenas afirmava, de outra maneira, o mesmo que 
o mito. Assim, a discussão sobre a especificidade da filosofia em relação ao mito foi 
retomada. 
Considerando o breve histórico acima, concernente à relação entre o mito e a 
filosofia nascente, assinale a opção que expressa, de forma mais adequada, essa 
relação na Grécia Antiga. 
A) O mito é a expressão mais acabada da religiosidade arcaica, e a filosofia 
corresponde ao advento da razão liberada da religiosidade. 
https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/11157.pdf
 
B) O mito é uma narrativa em que a origem do mundo é apresentada 
imaginativamente, e a filosofia caracteriza-se como explicação racional que retoma 
questões presentes no mito. 
C) O mito fundamenta-se no rito, é infantil, pré-lógico e irracional, e a filosofia, 
também fundamentada no rito, corresponde ao surgimento da razão na Grécia 
Antiga. 
D) O mito descreve nascimentos sucessivos, incluída a origem do ser, e a filosofia 
descreve a origem do ser a partir do dilema insuperável entre caos e medida. 
2. (VESTIBULAR UnB 2/2013) ​Ora, entre os antigos, normas de vida e exercícios 
espirituais formavam a essência da “filosofia”, não da religião, e a religião estava 
mais ou menos separada das ideias sobre a morte e o além. Havia seitas, que eram 
filosóficas, pois a filosofia era a matéria de seitas que propunham convicções e 
normas de vida a quem elas pudessem interessar; um indivíduo se tornava estoico 
ou epicurista e se conformava mais ou menos a suas convicções. 
Paul Veyne. O Império Romano In: Philippe Ariès e Georges Duby. História da vida 
privada: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras, 2010 p. 
201 (com adaptações). 
Das informações do texto depreende-se que o saber filosófico: 
A)​ foi precursor da organização de crenças em religiões 
B) era formado, inicialmente, por ideias relacionadas à espiritualidade e à conduta 
humana. 
C) resultou, dado seu caráter normativo, no segregacionismo dos povos nos 
primórdios da humanidade. 
 
D) predominava entre os povos antigos, porque contemplava discussões sobre a 
morte e o mundo não visível, o além. 
GABARITO 
1. ​B 
2. ​B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Pré-Socráticos 
 
 
 
Os pré-socráticos foram os pioneiros no pensamento filosófico ocidental, e eles 
buscavam uma explicação racional e sistemática sobre a origem do mundo e da 
natureza ( ​physis​). 
 
Eles buscavam um princípio elementar no qual serviria de ponto de partida para 
tudo que existe, conhecido como ​arché (ou princípio universal). E podem ser 
classificados em quatro escolas: ​jônica, itálica, eleata e pluralista​. 
 
Escola Jônica: 
 
● Tales de Mileto (624-546 a.C.) 
 
Considerado o primeiro filósofo da physis, ele acreditava que o princípio elementar 
de todas as coisas era a água. Para Tales, a água era a essência de tudo, que 
poderia ser encontrada de todos os jeitos em qualquer estado, e que, sem ela, só 
existiria a morte. 
 
● Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.) 
 
Acreditava que o infinito era a substância primordial de todas as coisas, e por ter 
uma matéria ilimitada, isso poderia possibilitar a transformação de qualquer corpo, 
como a sua construção ou destruição. 
 
 
● Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) 
 
Anaxímenes já dizia que era o ar que provia a origem de tudo, pois, habitava tudo 
que cercavaos seres vivos e era indispensável para a vida humana. 
 
● Heráclito de Éfeso (540-470 a.C.) 
 
Considerado o pai da Dialética, ele acreditava que a natureza estava em constante 
mudança, e por isso, nada permanecia a mesma coisa, e que tudo flui e gera 
transformações, assim como o fogo, a sua arché, como fator importante de 
metamorfose. 
 
Escola Itálica: 
 
● Pitágoras de Samos (582-497 a.C.) 
 
Pitágoras, além de filósofo era matemático, e por tal influência, sua arché era os 
números, dado que a natureza poderia ser decifrada por números, trazendo ordem e 
harmonia, como por exemplo a música. 
 
Escola Eleata: 
 
● Parmênides de Eléia (530-460 a.C.) 
 
Diferente dos outros filósofos pré-socráticos, ele não elaborou exatamente um 
princípio elementar, e sim uma organização racional que se baseava no ser, ou 
seja, é a essência que faz o ser existir, que a partir da imobilidade do ser se tem 
uma espécie de algo universal e infinito, o qual o torna sempre idêntico a si mesmo 
já que é imutável. 
 
Escola Pluralista: 
 
● Empédocles de Agrigento (495-430 a.C.) 
 
Foi o primeiro a formular a teoria dos quatro elementos primordiais - ar, água, terra e 
fogo - que juntos formariam um elo de equilíbrio, baseado em uma relação de amor 
e ódio. 
 
● Anaxágoras de Clazômenas (500-428 a.C.) 
 
Acreditava em uma teoria pluralista em que as coisas eram formadas por 
“homeomerias”, que também eram chamadas de sementes, as quais eram 
 
consideradas elementos infinitos em número e tempo, em que tudo era formado por 
tudo. 
 
● Leucipo de Abdera (500-420 a.C.) e Demócrito de Abdera (460-370 a.C.) 
 
Foram os responsáveis pelo princípio de que a natureza era composta por átomos, 
que seriam elementos microscópicos, infinitos e indivisíveis que constituem os seres 
e os objetos. 
 
 
Materiais complementares: 
 
- A importância da Escola Jônica para a construção da racionalidade - 
http://www.pucrs.br/edipucrs/XSalaoIC/Ciencias_Humanas 
 
 
Lista de Exercícios 
 
1.(ENEM 2016) Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a 
mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo — 
terra, água, ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo —, se 
alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza 
própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e 
diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se 
umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar 
da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas 
não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, 
através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, 
retomando sempre a mesma coisa. 
 DIÓGENES. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1967. 
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados 
pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem 
A) ​cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos 
elementos da natureza ​. 
http://www.pucrs.br/edipucrs/XSalaoIC/Ciencias_Humanas
 
B) ​política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras 
da democracia. 
C) ​ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade 
como o bem maior. 
D) ​estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis 
2.(ENEM 2016) ​Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição 
que se insere no campo das 
A)​investigações do pensamento sistemático. 
B)​preocupações do período mitológico. 
C)​discussões de base ontológica. 
D)​ habilidades da retórica sofística. 
E)​verdades do mundo sensível. 
GABARITO 
1. ​A 
2. ​C 
 
 
 
3. Sócrates e os Sofistas 
 
 
 
Continuando ainda na Antiguidade Clássica, neste tópico será trabalhado sobre 
Sócrates, o marco importante na filosofia grega antiga, que tratará de assuntos bem 
diferentes dos primeiros filósofos. 
 
Sócrates foi um filósofo que vivia em Atenas. Nasceu em 470 a.C. e morreu em 399 
a.C., oriundo de uma família humilde, sua mãe era parteira e seu pai era artesão, e 
foi mestre de Platão e Xenofonte. 
 
Diferente dos pré-socráticos, como citado anteriormente, começou a focar mais nas 
questões acerca do ser humano. Ele traz uma necessidade de uma filosofia mais 
antropológica, ou seja, o centro das suas reflexões era as relações humanas, se 
dedicando a essência humana. 
 
Método Socrático 
 
 
Sócrates vivia no meio dos jovens, conversando e indagando as pessoas para testar 
o seu conhecimento e perceber até que ponto aquele indivíduo tinha consciência da 
sua ignorância. A partir disso, ele criou o método socrático. 
 
Esse método foi desenvolvido por meio de um diálogo de perguntas e respostas, 
chamado de “maiêutica”, que tinha o objetivo de mostrar as pessoas que apesar de 
achar que sabe tudo, ainda não conhece tudo que acreditava conhecer. O termo 
“maiêutica” foi inspirado pelo trabalho da mãe, que era parteira e trazia uma nova 
vida ao mundo, e tomando tal posição, acreditava que por meio daquele método 
poderia trazer ao mundo novas ideias e pensamento a aqueles que o seguiam. 
 
Sócrates utilizava muito da dúvida e da ironia para compor esse método, e também, 
prezava pela oralidade, não deixando nada registrado. 
 
Com isso, ele mostra que é fundamental sempre buscar o conhecimento de si 
mesmo, para poder entender a verdade do mundo. A verdade interior é inerente a 
cada tipo de pessoa. 
 
A famosa frase “Conhece-te a ti mesmo” retrata bem isso, o nascimento de uma 
filosofia que traz uma auto reflexão, um olhar para si mesmo. E por causa disso, a 
insistência de Sócrates pela busca do autoconhecimento, e reconhecer a sua 
ingenuidade perante ao mundo, foi considerado mais sábio de todos, como traz a 
famosa frase: “ Só sei que nada sei”. 
 
Julgamento e morte de Sócrates 
 
Um jovem ateniense chamado Meleto, acusa Sócrates de corromper a juventude de 
Atenas, denunciando-o de incitar os jovens a questionarem os políticos sobre suas 
ações, deixando-os insatisfeitos, e de não acreditar na religião e nos deuses gregos. 
Sócrates, então, apresenta um comportamento diferente sobre a sua defesa no 
julgamento e simplesmente decidiu aceitar o destino que o tribunal iria decidir. 
Acabou sendo condenado à morte, morrendo envenenado. 
 
Sofistas 
 
Os sofistas surgiram logo após dos pré-socráticos, quando a democracia já era 
considerada o sistema político da época, e por causa disso, precisavam de pessoas 
com uma boa oratória, para ter bons argumentos para serem defendidos em 
público. 
 
O termo “sofista” significa sábio. Eles eram bem convincentes, persuasivos e às 
vezes até manipulativos, com intuito de enganar as pessoas. Eram famosos por se 
 
considerarem sábios universais e prestavam seus serviços para quem poderia 
bancar com eles. Os sofistas também acreditavam na verdade relativa, ou seja, não 
existia apenas uma resposta para tudo no universo, pois poderiam existir várias 
verdades, de acordo com o contexto que vivemos e a cultura que compartilhamos. 
 
Alguns sofistas conhecidos:Hípias, Pródico, Antístenes, Trasímaco, Górgias e 
Protágoras. 
 
 
Materiais complementares: 
 
- Sócrates (Filme Completo) - 
https://www.youtube.com/watch?v=5TaaT30L8yg 
- Apologia de Sócrates 
- Monólogo Julgamento de Sócrates (Trechos) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=z3KnTwUy_-s​ ​(trecho 01) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=EvARijA897Q​ ​(trecho 02) 
 
 ​https://www.youtube.com/watch?v=tsczZwxrwsk​ ​(trecho 03) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ybCMIrTC1jU​ ​(trecho 04) 
 
 
Lista de Exercícios 
 
1. (UEM-PR) Sócrates representa um marco importante da história da filosofia; 
enquanto a filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da natureza 
(physis), Sócrates procura o conhecimento indagando o homem. Assinale a(s) 
alternativa(s) incorreta(s). 
 
A) Sócrates, para não ser condenado à morte, negou, diante dos seus juízes, os 
princípios éticos da sua filosofia. 
B) Ao proceder em suas investigações, Sócrates partia sempre de sua “dúvida 
metódica”. 
C)​ Sócrates sempre buscava pessoas em praça pública para dialogar e questionar. 
D) A célebre frase de Sócrates, que caracterizava parte de seu método é: “só sei 
que nada sei”, por isso questionava as ideias de seus interlocutores. 
E) Para fazer com que os seus interlocutores enxergassem a verdade por si 
próprios, Sócrates praticava o método “maiêutico” (assinalado por ele), ou “parto 
das ideias”, no qual ele demonstrava os erros e opiniões comuns entre os homens. 
https://www.youtube.com/watch?v=5TaaT30L8yg
https://www.youtube.com/watch?v=z3KnTwUy_-s
https://www.youtube.com/watch?v=EvARijA897Q
https://www.youtube.com/watch?v=tsczZwxrwsk
https://www.youtube.com/watch?v=ybCMIrTC1jU
 
2. (UEM) Sócrates foi um dos mais importantes filósofos da antiguidade. Para ele, a 
filosofia não era um simples conjunto de teorias, mas uma maneira de viver. Sobre o 
pensamento e a vida de Sócrates, assinale o que for incorreto. 
 
A) O exercício da filosofia, para Sócrates, consistia em questionar e em investigar a 
natureza dos princípios e dos valores que devem governar a vida. Assim se 
comportando, Sócrates contraiu inimizades de poderosos que o executaram sob a 
acusação de impiedade e de corromper a juventude. 
B) Nas conversações que mantinha nos lugares públicos da Atenas do século V 
a.C., Sócrates repetia nada saber para, assim, não responder às questões que 
formulava e motivar seus interlocutores a darem conta de suas opiniões. 
C) ​A maiêutica socrática é a arte de trazer à luz, por meio de perguntas e de 
respostas, a verdade ou os conhecimentos mais importantes à vida que cada 
pessoa retém em sua alma. 
D) Em polêmica com Aristóteles, para quem a cidade nasce de um acordo ou de um 
contrato social, Sócrates escreveu a República, na qual demonstra ser o homem um 
animal político. 
E) Sócrates acreditava que passar a vida filosofando, isto é, a examinar a si mesmo 
e a conduta moral das pessoas. 
 
3. (Colégio Pedro II) Pode-se dizer que o conjunto das idéias sofistas (tal como 
apresentado por Platão) se opõe ao propósito teórico dos pré-socráticos no tocante 
a que: 
 
A) os sofistas investigam o nomos buscando saber por que tudo é como é e os 
pré-socráticos voltam-se para a physis ocupando-se com saber como o princípio 
perpassa o múltiplo. 
B) ​os sofistas entendem que a linguagem representa a realidade e os pré-socráticos 
buscam as regras da linguagem. 
C) os sofistas especulam sobre a origem de todas as coisas e os pré-socráticos 
admitem a possibilidade da verdade. 
D) ​os sofistas não defendem a possibilidade de verdades universais e os 
pré-socráticos buscam o princípio de todas as coisas. 
 
4. (CONUPE)​ Assinale a alternativa INCORRETA. 
 
A) Alguns preceitos são os fundamentos da filosofia socrática: "Conhece-te a ti 
mesmo" e "Sei que nada sei" são as duas expressões que ninguém no pensamento 
ocidental jamais duvidou que fossem de Sócrates. 
B) ​A ironia platônica consiste em simular aprender alguma coisa de seu interlocutor, 
para levá-lo a descobrir que não conhece nada no domínio do que pretende ser 
sábio. 
 
C) Os famosos "sofistas" do século V a. C são, muitas vezes, estrangeiros. O 
movimento de pensamento que eles representam mostra-se ao mesmo tempo como 
uma continuidade e como uma ruptura em relação ao que os precede. Sofista é o 
mestre ou o professor de uma arte ou técnica ou ofício. A palavra sofista não tem o 
sentido pejorativo, que veio a adquirir muito mais tarde, em Atenas. 
D) Os sofistas, inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma 
das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes 
de tudo, pedagogos. 
E) Os pensadores cristãos nunca se cansaram de comparar Sócrates e Jesus: 
ambos foram condenados por seus ensinamentos, ambos compareceram aos 
tribunais e não se defenderam, ambos nada deixaram escrito, ambos criaram uma 
posteridade sem limites, e tudo o quanto sabemos de ambos depende de fontes 
indiretas, escritas depois de estarem mortos. 
 
5. ​(UEM/2008 Adaptado) – Sócrates representa um marco importante da história da 
filosofia; enquanto a filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da 
natureza (physis), Sócrates procura o conhecimento indagando o homem. Assinale 
a alternativa correta. 
 
A) Sócrates, para não ser condenado à morte, admitiu, diante dos seus juízes, que 
não gostava de debater. 
B)​ O método socrático compõe-se de duas partes: a maiêutica e a sonegação. 
C) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a 
necessidade de adotar uma nova atitude diante do conhecimento e apontar um novo 
caminho para a sabedoria. 
D) Tal como os sofistas, Sócrates costumava cobrar dinheiro pelos seus 
ensinamentos. 
E) ​Discípulo de Aristóteles, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de 
seus diálogos, o seu mestre. 
 
6. (FUNCAB) Os sofistas, mestres da retórica e da oratória, opunham-se aos 
pressupostos de que as leis e os costumes sociais eram de caráter divino e 
universal. 
Deu-se assim, entre eles, o: 
 
A)​ Racionalismo. 
B)​ Ceticismo filosófico. 
C)​ Relativismo. 
D)​ Naturalismo. 
E) ​Cientificismo. 
 
 
7. (CONUPE) Na Grécia antiga, principalmente na cidade de Atenas no século V 
a.C., desenvolveu-se uma corrente de pensadores conhecidos como Sofistas. Tidos 
como “sábios”, eram pagos para ensinar os jovens principalmente a arte da 
argumentação. Abaixo, CONSIDERE as afirmações sobre a importância que esta 
(arte) tinha em seu pensamento. 
I – Os sofistas não acreditavam na verdade absoluta, para eles o importante era 
conseguir convencer os outros de suas ideias. 
II – Os sofistas acreditavam que uma boa argumentação era a única maneira de se 
chegar ao conhecimento da verdade absoluta. 
III – Os sofistas acreditavam que através dos argumentos era possível se chegar à 
melhor solução em cada caso. 
 
A) ​Apenas a I é falsa. 
B)​ Apenas a III é verdadeira. 
C)​ Apenas a II é falsa. 
D)​ Apenas a II é verdadeira. 
E)​ Apenas a I é verdadeira. 
 
8. (FUNCAB) A filosofia de Sócrates se estrutura em torno da sua crítica aos 
sofistas, que, segundo ele, não amavam a sabedoria nem respeitavam a verdade. O 
ataque de Sócrates à sofística NÃO tem como pressuposto a ideia de que: 
 
A) A verdade das coisas é obtida na vida cotidianados homens e, portanto, pode 
ser múltipla e inacabada. 
B) O conhecimento verdadeiro só pode ser resultado de um diálogo contínuo do 
homem com os outros e consigo mesmo. 
C) A ciência (epistéme) é acessível a todos os homens, contanto que estejam 
dispostos a renunciar ao mundo das sensações. 
D) O confronto de opiniões na política democrática afasta a possibilidade de se 
alcançar a sabedoria. 
E) O autoconhecimento é a condição primária de todos os outros conhecimentos 
verdadeiros. 
 
9. (ENEM 2017) ​Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato 
de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à 
atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que 
encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam 
essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens, 
muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. 
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. 
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na 
 
 
A)​ Contemplação da tradição mítica. 
B)​ Sustentação do método dialético. 
C)​ Relativização do saber verdadeiro. 
D)​ Valorização da argumentação retórica. 
E)​ Investigação dos fundamentos da natureza. 
 
10. (UNCISAL 2011) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por 
interpelar os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de 
determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o 
interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria ignorância. 
Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a 
acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar 
certos valores religiosos. 
Considerando essas informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma 
pela qual seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia 
 
A) Transmitia conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população 
ateniense. 
B)​ Transmitia conhecimentos de natureza científica. 
C)​ Baseava-se em uma contemplação passiva da realidade. 
D) ​Ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo 
Platão. 
E)​ Procurava transmitir às pessoas conhecimentos de natureza mitológica. 
 
GABARITO 
 
1. ​A e B 
2. ​D 
3. ​D 
4. ​B 
5. ​C 
6. ​C 
7. ​E 
8. ​A 
9. ​B 
10 ​. D 
 
 
 
 
 
 
 
4. Platão e Aristóteles 
 
 
 
Platão (427-347 a.C.), discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, foi o primeiro 
autor a unir as ideias de dois autores pré-socráticos (Heráclito e Parmênides). 
Através das duas opiniões, Platão vai formar uma síntese, que conhecemos como 
Teoria das Ideias. 
 
Para Platão, existem dois mundos: mundo material e mundo das ideias. O mundo 
material também é chamado de mundo sensível, já que é o mundo dos sentidos e 
das ilusões, que estão sempre nos enganando. Para ele, o mundo material seria 
uma cópia imperfeita do mundo das ideias. 
 
Já o mundo das ideias, por outro lado, é o mundo inteligível, perfeito, onde 
entendemos que as coisas são verdadeiras e puras em sua essência. 
 
Inclusive, em um primeiro momento, a nossa alma está em um mundo inteligível. 
Quando nascemos, o nosso espírito migra do mundo inteligível para o sensível. 
Nesta transição, todo nosso conhecimento é esquecido. Desta forma, à medida que 
vamos adquirindo conhecimento ao longo da vida, é a nossa alma se lembrando 
que já viu no mundo inteligível. 
 
Mito da Caverna 
 
Platão conta no mito que alguns homens estavam acorrentados, presos dentro de 
uma caverna, e só conseguiam olhar para o fundo da caverna e para as sombras 
que eram projetadas ali. 
 
 
Um dia, um homem é solto. Ao investigar uma luz que saía por uma brecha, 
descobriu que havia uma saída; e conseguiu sair. Depois de quase ser cegado pelo 
sol, o homem percebeu que fora da caverna, as coisas eram reais e verdadeiras, e 
que na verdade, as sombras não eram reais, já que se tratavam apenas de ilusões e 
distorções da realidade. 
Por conta da situação confortável onde viviam seus companheiros de caverna, ele 
foi morto, já que preferiram não acreditar e se manterem apegados às sombras. 
Esse homem é Sócrates, sendo uma das homenagens mais lindas de Platão para o 
seu mestre: aquele homem que saiu da caverna, questionou todos, não aceitou as 
verdades pré-estabelecidas e decidiu questionar, abrir os olhos e se esclarecer. 
 
Aristóteles 
 
Já Aristóteles (384-322 a.C.) vai se diferenciar da filosofia de seu mestre Platão, 
através da negação do dualismo platônico. Para Aristóteles, a divisão de dois 
mundos não era tão exata, e que na verdade, existia apenas um mundo, mas 
diferentes formas de conhecimentos. 
 
Nós podemos conhecer o mundo através dos sentidos, mas também a partir da 
razão. A razão pensa o mundo e pode acessar a essência dos seres, mas ela 
precisa utilizar seus sentidos, já que é através dele que captamos atributos e 
qualidades dos seres do nosso mundo. 
 
Aristóteles também vai falar que todo ser é formado por matéria e forma, podendo 
sempre se utilizar de movimentos que fazem se transformar em outro ser (ato e 
potência). 
 
Segundo Aristóteles, todo ato e potência vieram do que ele chamou de Primeiro 
Motor Imóvel, sendo o ponto de partida do universo, que deu origem a todas as 
coisas, sendo o responsável por todas as relações de causa e efeito. 
 
Teoria das Quatro Causas 
 
Uma das teorias mais famosas de Aristóteles é a Teoria das Quatro Causas, que 
são as perguntas que nos ajudam a ter uma noção do objeto material que 
pretendemos conhecer. 
 
Causa formal: qual é a forma do objeto? 
Causa material: de que matéria o objeto é feito? 
Causa eficiente: o que originou aquele ser? 
Causa final: qual a natureza final dele? 
 
Aristóteles acreditava que a natureza final dos seres humanos era a eudaimonia, 
sendo esta a boa consciência, felicidade que era fruto de uma boa política e plena 
vida ética em sociedade. 
 
 
Materiais Complementares: 
 
- A República, de Platão - 
http://www.eniopadilha.com.br/documentos/Platao_A_Republica.pdf 
- Ética a Nicômaco, de Aristóteles - 
https://abdet.com.br/site/wp-content/uploads/2014/12/%C3%89tica-a-Nic%C3
%B4maco.pdf 
- Escola de Atenas, de Rafael Sanzio - 
https://i.ytimg.com/vi/gBtmYf4bWoA/maxresdefault.jpg 
 
 
Lista de Exercícios: 
1. (Enem 2013) ​A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível 
coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição 
existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; 
porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas 
mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como 
felicidade.
 ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. 
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a 
identifica como: 
A)​ busca por bens materiais e títulos de nobreza. 
B)​ plenitude espiritual e ascese pessoal. 
C)​ finalidade das ações e condutas humanas. 
http://www.eniopadilha.com.br/documentos/Platao_A_Republica.pdf
https://i.ytimg.com/vi/gBtmYf4bWoA/maxresdefault.jpg
 
D)​ conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.E)​ expressão do sucesso individual e reconhecimento público. 
2. (Enem 2017) ​Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos 
por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal 
fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, 
grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, 
ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele é de qual das ciências ou 
faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à 
arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. 
Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as 
ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão 
deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior 
apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como 
a política utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e 
o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, 
de modo que essa finalidade será o bem humano.
​ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. ln: Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991 
{adaptado). 
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe 
que: 
A)​ o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses. 
B)​ o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade. 
C)​ a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade. 
D)​ a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente. 
 
E)​ a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum. 
3. (Unespar 2015) ​Um dos textos mais importantes da história da filosofia que trata 
do tema da moral e da ética é a Ética a Nicômaco, de Aristóteles. Nesta obra, o 
pensador analisa a natureza e o caráter das ações humanas e, ao final, sugere que 
há um bem supremo, que é a finalidade última das ações humanas. Este bem 
supremo é: 
A)​ A virtude; 
B)​ A justiça; 
C)​ A felicidade; 
D)​ A liberdade; 
E)​ O meio termo. 
4. (ENEM 2016) ​Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: 
“Este objeto que estou vendo agora tem tendência para assemelhar-se a um outro 
ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, 
pelo contrário, inferior”. Assim, para podermos fazer estas reflexões, é necessário 
que antes tenhamos tido ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito 
objeto, ainda que imperfeitamente.
PLATÃO. Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 
1972 
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica: 
A)​ estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos 
 
B)​ comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele 
C)​ descrever corretamente as características do objeto observado 
D)​ fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser 
E)​ identificar outro exemplar idêntico ao observado 
5. Universidade Estadual de Goiás (UEG) 2010 ​O mundo grego no século IV a. C. 
era marcado por uma estrutura de cidades-Estado dispersas pelo território helênico. 
Essa fragmentação política levou os filósofos a procurarem estabelecer uma ideia 
sobre as formas de governo que fossem as mais adequadas. Entre essas ideias, 
pode-se destacar 
A)​ a democracia racional, defendida por Demócrito 
B)​ a oligarquia comercial, defendida por Sócrates 
C)​ a aristocracia rural, defendida por Heráclito 
D)​ o governo de filósofos, defendido por Platão 
GABARITO 
1. ​C 
2. ​C 
 
3. ​C 
4. ​D 
5. ​D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Helenismo 
 
 
 
Em um período marcado por muitas guerras e invasões entre as próprias cidades 
gregas, por volta do século IV a.C; o helenismo vai ser caracterizado como período 
ético, definido pela diversidade e mistura de culturas. 
 
Diante dessa globalização, os autores helenísticos estão preocupados com a busca 
pela ​ataraxia​. Em grego, significa serenidade, paz de espírito. 
 
Nós teremos o surgimento de quatro escolas filosóficas que vão tentar desenvolver 
a paz de espírito, mostrando que ela não é um lugar ou alguém que você encontra, 
nem mesmo uma paz de espírito exterior, mas uma paz interior, que está dentro de 
nós. 
 
Cinismo: 
Criado por Diógenes de Sínope (413 - 323 a.C.), o cinismo vai ser inspirado da 
palavra “cyno”, que significa cão, em grego. Diógenes se inspirou no afeto e na 
autenticidade canina, tendo em vista que os cães expressam amor, independente 
de cor ou poder aquisitivo. 
 
Diógenes também acredita que as convenções sociais são aceitas 
inconscientemente por nós e nos transformam de uma forma negativa, fazendo-nos 
achar que ter sucesso é acumular bens e títulos pessoais, quando, na verdade, a 
 
paz de espírito está dentro de nós e só depende de como enfrentaremos as 
situações da vida. 
 
Epicurismo: 
Epicuro (341 - 271 a.C.) diz que os seres humanos são animais e é normal que 
sempre busquem a fuga das dores e a presença do prazer, mas devemos tomar 
muito cuidado, pois a busca dos prazeres não deve ser feita de uma forma imediata 
e exagerada, tendo em vista que pode nos fazer mal. 
 
Para Epicuro, por exemplo, uma ótima forma de aproveitar os prazeres cotidianos é 
ter uma qualidade de alimentação. Comer bem não significa comer muito, mas ter 
qualidade no momento que você está desfrutando do alimento. 
 
Bem como ter bons amigos não significa ter muitos. Ou seja, para Epicuro, a 
temperança é algo que nos vai trazer a paz de espírito. 
 
Estoicismo: 
Embora tenha surgido na Grécia, o estoicismo foi até o Império Romano, com Marco 
Aurélio (121 - 180), conhecido como imperador filósofo. Sêneca (4 a.C. - 65) e 
Zenão (489 - 430 a.C) também figuraram entre os grandes nomes desta linhagem. 
 
Os estóicos dizem que a busca pela ​ataraxia vai ser feita através da apatia, sendo 
esta a supressão dos sentimentos destrutivos. Para os estóicos, portanto, o 
estoicismo será chamado de “filosofia da coragem”, já que a coragem se faz 
extremamente necessária no ato de ignorar sentimentos negativos (como a raiva, o 
ódio e a culpa) e que nos corroem por dentro. 
 
Ainda, segundo os estóicos, devemos aceitar o que não podemos mudar, tendo a 
coragem de fazer um domínio próprio, suportando as adversidades e mantendo a 
paz de espírito. 
 
Ceticismo Pirrônico: 
Pirro de Élis (365 - 270 a.C.), grande companheiro de Alexandre, o Grande, ao 
viajar para o oriente e ter contato com os iogues tibetanos, percebeu que diante de 
todos os problemas cotidianos, os iogues mantinham a paz de espírito em um 
estado inabalável. 
 
Pirro chegou à conclusão de que os monges nunca se preocupavam em ter a última 
palavra, nem a verdade absoluta como fundamento. Quando pensamos ser os 
donos da razão, acabamos deixando muitas considerações de lado, desprezando 
outras razões e criando inimizades. 
 
 
O pirronismo nos recomenda, no caso de duas razões opostas, a suspensão do 
julgamento (ou juízo). 
 
 
Materiais complementares: 
 
- Alexandre, o Grande - A História de um Mito (Documentário) - 
https://www.youtube.com/watch?v=YbNo-4uWETc&feature=youtu.be- Alexandre, o Grande e Diógenes - 
https://miro.medium.com/max/2560/1*Uu9F5SkHwC8Nfz7bGeqDYA.jpeg 
- A difusão da cultura grega e a busca pela felicidade - 
https://colegiopxsflamboyant.com.br/Documentos/Capitulo5.pdf 
 
 
Lista de Exercícios 
 
1. ​(FGV) O período helenístico foi marcado por grandes transformações na 
civilização grega. Entre suas características, podemos destacar: 
A) O desenvolvimento de correntes filosóficas que, diante do esvaziamento das 
atividades políticas das cidades-Estado, faziam do problema ético o centro de suas 
preocupações visando, principalmente, o aprimoramento interior do ser humano. 
B) Um completo afastamento da cultura grega com relação às tradições orientais, 
decorrente, sobretudo, das rivalidades com os persas e da postura depreciativa que 
consideravam bárbaros todos os povos que não falavam o seu idioma. 
C) A manutenção da autonomia das cidades-Estado, a essa altura articuladas 
primeiro na Liga de Delos, sob o comando de Atenas e, posteriormente, sob a Liga 
do Peloponeso, liderada por Esparta. 
D) A difusão da religião islâmica na região da Macedônia, terra natal de Felipe II, 
conquistador das cidades-Estado gregas. 
E) O apogeu da cultura helênica representado, principalmente, pelo florescimento 
da filosofia e do teatro e o estabelecimento da democracia ateniense. 
 
2. (UECE) O período helenístico foi marcado pela troca de ricas experiências 
culturais e caracterizou-se, também, pela difusão da cultura e das ideias gregas no 
Egito e em todo o Oriente Próximo. 
https://www.youtube.com/watch?v=YbNo-4uWETc&feature=youtu.be
https://miro.medium.com/max/2560/1*Uu9F5SkHwC8Nfz7bGeqDYA.jpeg
 
Os valores e os ideais propostos pelas correntes filosóficas nesse período 
valorizavam 
A)​ o empenho social e civil, o amor à pátria, a competição econômica e a tolerância. 
B) o individualismo e a ausência de angústias e de paixões, obtida por meio da 
autodisciplina. 
C) o espírito competitivo, a participação na vida política, o individualismo e um 
particular prejuízo na vida moral. 
D) a austeridade, a perspectiva da vida após a morte, o amor à pátria e o empenho 
social. 
 
3. (UFPR)​ Sobre o período helenístico (séculos IV a II a.C.) é correto afirmar: 
A) Com a rápida conquista territorial feita pelos macedônios, liderados 
especialmente por Alexandre Magno, houve a difusão da cultura grega do Egito até 
a Índia, por meio da adoção da koiné, uma variante mais simples do grego. Ocorreu 
a fusão entre culturas orientais e a cultura grega, além da construção de polos 
culturais, como Alexandria. Esse período deixou uma influência duradoura, que se 
manteve também dentro dos limites do Império Romano. 
B) Foi um longo período de desenvolvimento econômico, em que a agricultura foi 
incentivada por todos os territórios conquistados por Alexandre Magno. O objetivo 
desse imperador era rivalizar com o Império Romano, estabelecendo em Alexandria 
um governo despótico e centralizador. Nesse período, a cultura grega se expandiu 
do Egito até a China. 
C) Foi marcado pelas conquistas de Alexandre Magno, que teve dificuldades em 
expandir o seu governo, por conta da resistência dos romanos e dos persas. Apesar 
de ter reinado por décadas, Alexandre Magno não conseguiu manter a 
independência grega, perdendo seus territórios para o nascente Império Romano. 
D) Foi um período de decadência cultural, em que manifestações culturais gregas 
misturaram-se a influências de outras culturas conquistadas pelos exércitos de 
Alexandre Magno. Devido ao seu rápido crescimento, o império helenístico permitiu 
que as culturas e costumes locais se preservassem em troca de lealdade política. 
Isso levou ao fim da língua, da filosofia, do teatro e da arquitetura gregas. 
 
E) Foi uma era de violência endêmica e de escravidão dos povos conquistados por 
Alexandre Magno, o que explica sua breve duração. Logo após a morte de 
Alexandre, o império se dividiu e foi conquistado pelos persas. Dessa forma, o 
projeto de difusão da cultura grega foi abandonado, deixando alguns poucos 
monumentos e bibliotecas pelo Oriente. 
 
4. (UECE) O fenômeno conhecido como Helenismo designa convencionalmente o 
período em que a cultura grega se difundiu em diferentes partes do mundo antigo, 
pelo mediterrâneo, pela Ásia, pela Síria, pela Fenícia, etc. e daí, tem-se o florescer 
de um modelo cultural em filosofia, economia, religião, ciência e arte. Este período 
que também se caracteriza pela intensa troca de experiências culturais entre 
dominadores e dominados começou a partir do(a) 
A)​ morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C. 
B)​ tomada de poder por Filipe II da Macedônia, em 359 a.C. 
C)​ declínio da polis, com o fim da guerra do Peloponeso. 
D) adoção do pensamento platônico como o modelo de cidade governada por 
filósofos. 
 
5. (UNIFOR-CE) Culturalmente, o resultado das campanhas de Alexandre foi a 
fusão da cultura grega com a oriental, transformando uma e outra numa nova 
expressão, que se denominou helenismo. 
Sobre a cultura helenística pode-se afirmar que: 
A) ​manteve e consolidou os ideais grego de beleza, equilíbrio e harmonia retratado 
nas obras clássicas de escultura, pintura e arquitetura. 
B) deixou como legado a ideia de leis e princípios universais regulando a natureza, 
as quais podem ser conhecidas pelo pensamento humano. 
C) desenvolveu o monumentalismo, pessimismo, negativismo e relativismo, 
abandonando a concepção clássica de que o “homem é a medida de todas as 
coisas”. 
 
D) tratou a história com espírito científico, separando as lendas dos fatos, buscando 
suas causas e seu fim, na tentativa de fazer uma análise equilibrada dos fatos. 
E) ​baseou-se nos princípios do cristianismo, influenciando as ideias religiosas dos 
povos conquistados. 
 
6. (UFTM-MG) O rei Filipe II, da Macedônia, conquistou as enfraquecidas cidades 
gregas. Foi, porém, seu filho Alexandre Magno quem ampliou os domínios e formou 
o Império Helenístico, cujo legado cultural manifestou-se na 
A)​ helenização da Ásia e na criação do primeiro alfabeto fonético. 
B)​ expansão da democracia grega na Ásia e na anulação do antropocentrismo. 
C)​ difusão do helenismo na Ásia e na sua mistura com costumes orientais. 
D)​ criação das primeiras leis escritas e na fundação de cidades gregas. 
E) ​invenção da arquitetura utilitarista e na fusão da cultura grega com a oriental. 
 
7. (FUVEST SP) “Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de 
Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que 
ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio 
traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, 
dos deuses gregos e do muro externo.” 
Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.). 
Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender 
A) ​o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a 
egípcia e as do Oriente Médio. 
B) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de 
Alexandre na região. 
C) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do 
helenismo no Egito. 
 
D) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no 
Império helênico. 
E) o impacto da arquiteturae da religião dos egípcios, na Grécia, após as 
conquistas de Alexandre. 
 
8. (CEFET-PR) “Momento de transição entre o esplendor da cultura grega e o 
desenvolvimento da cultura romana e caracterizou-se pela difusão da civilização 
grega, mas preservando elementos de origem oriental, persa e egípcia, numa vasta 
área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, 
foi a concretização do ideal de Alexandre difundir a cultura grega aos territórios que 
conquistava.” Trata-se do: 
A)​ Helenismo. 
B)​ Pan-Macedonismo. 
C)​ Estoicismo. 
D) ​Cosmopolitismo Clássico. 
E)​ Epicurismo. 
 
9. ​(Fundação Carlos Chagas – 2010 – SP) O termo ataraxia designa o ideal da 
imperturbabilidade ou da serenidade da alma, em decorrência do domínio sobre as 
paixões ou da extirpação destas. 
(Abbagnano, N. Dicionário de filosofia) 
O termo ataraxia está fortemente ligado ao 
A)​ epicurismo e estoicismo. 
B)​ hermetismo e ao congruísmo. 
C)​ jansenismo e ao laxismo. 
D)​ idealismo transcendental. 
 
E)​ materialismo. 
 
10. (MSCONCURSOS – 2011 – RS) Em 322, após a morte de Alexandre Magno, o 
sucessor deste decide expulsar de Samos todos os colonos atenienses, entre os 
quais a família inteira de Epicuro. Os historiadores da cultura convencionaram 
designar Helenismo as atividades culturais desenvolvidas no período transcorrido 
entre a morte de Alexandre Magno, em 323 a.C., e o fim da república romana, em 
31 a.C., quando Augusto (vencedor da batalha de Actium, em 27 a.C.) se torna 
imperador de Roma. A designação refere-se à presença dominante da língua e da 
cultura gregas em todo o mundo conhecido, numa difusão sem precedentes cuja 
causa inicial foi a convicção de Alexandre, aluno de Aristóteles, de que por seu 
intermédio a Grécia devia cumprir uma missão civilizatória sobre todos os povos da 
terra. A língua grega transformou-se na koiné, dialeto comum em todas as terras 
conquistadas por Alexandre, e Alexandria, no Egito, tornou-se a capital cultural da 
Antiguidade, papel que conservou mesmo quando Roma ocupou o lugar de centro 
político e econômico de um império que se estendia do Próximo Oriente ao Sul da 
Europa, do Mediterrâneo ao Atlântico. Embora o termo Helenismo pareça indicar 
apenas a hegemonia da cultura grega, na realidade, exprime a comunicação intensa 
entre as criações culturais helênicas e as orientais enquanto submetidas a um 
mesmo e único poder central, ligadas por rotas comerciais e tendo como ponto de 
encontro Alexandria e, mais tarde, Roma. Muitos preferem usar a expressão 
alexandrinismo para acentuar o papel que a dinastia dos Ptolomeus conferiu a 
Alexandria como centro de confluência da cultura grega e da oriental, com a criação 
do Museu e da Biblioteca, espaços destinados às atividades do conhecimento e das 
artes. 
No caso da história da filosofia, fala-se em período helenístico para designar os três 
grandes sistemas filosóficos predominantes nessa época. São eles: 
A)​ Ceticismo, epicurismo e estoicismo. 
B) ​Epicurismo, neoplatonismo e patrística. 
C)​ Neoplatonismo, ceticismo e patrística. 
D)​ Escolástica e epicurismo. 
E)​ Ceticismo e escolástica. 
GABARITO 
 
 
1. ​A 
2. ​B 
3. ​A 
4. ​A 
5. ​C 
6. ​C 
7. ​A 
8. ​A 
9. ​A 
10 ​. A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Filosofia Medieval 
 
 
 
Na transição do Período Clássico Antigo para a Idade Média, com a consolidação 
do domínio da Igreja Católica sobre os feudos, teve-se uma necessidade de uma 
reformulação de um pensamento filosófico desenvolvido acerca dos preceitos 
religiosos, de forma que o conhecimento estivesse mais próximo da fé cristã. Com a 
filosofia medieval, a imagem da época de “Idade das Trevas” foi desmitificada, já 
que era um termo usado de maneira equivocada. 
 
Depois de muita perseguição do Império Romano sobre Cristianismo, este só foi 
realmente oficializado em Roma durante o século II, já apresentando um grande 
número de seguidores, levando aproximadamente 200 anos para se expandir por 
completo pela Europa. Logo mais, o Império Romano do Ocidente entra em 
decadência, dando início a Idade Média, que teve seu auge do séc. VIII a XIV. 
 
A Filosofia Medieval pode ser divida em quatro escolas: ​Apostólica, Apologética, 
Patrística e Escolástica ​. 
 
Apostólica: 
Nos séculos I e II, foi desenvolvida esta vertente que consistia na forte defesa e 
propagação dos ensinamentos cristãos, em espaços que eram considerados 
pagãos. 
 
 
Esses ensinamentos eram baseados nas epístolas dos apóstolos, e um dos nomes 
mais conhecidos era Paulo de Tarso, o apóstolo, que tinha vários escritos que 
poderiam ser encontrados no Novo Testamento da Bíblia. 
Apologética: 
Já pelo século III e IV, a filosofia medieval passa por um processo que estava 
relacionada a apologias. Eles utilizavam desse recurso para defender fortemente a 
fé cristã, a ponto de negar totalmente o paganismo. 
 
Os nomes que mais se destacavam eram Justino Mártir (100 d.C.- 165 d.C.) e 
Tertuliano (160 d.C.- 220 d.C.). 
 
Tanto a Apologética quando a filosofia Apostólica serviram como base de influência 
para as vertentes seguintes. 
 
Patrística: 
Formada pelos primeiros padres da filosofia cristã, iniciou sua escola com base nas 
primeiras cartas divulgadas de Pedro e Paulo - cartas que eram o princípio da 
religião cristã - fundou as primeiras regras da Igreja como instituição, além do 
evangelho cristão. 
Teve como principal filósofo Santo Agostinho de Hipona, mais conhecido como 
Santo Agostinho. 
 
Santo Agostinho 
 
Agostinho de Hipona (354 d.C. - 430 d.C) era filho de comerciantes, tinha estudado 
filosofia e retórica, e diferente dos outros clérigos, se converteu tardiamente ao 
cristianismo (aproximadamente 30 anos), tornando-se assim sacerdote. 
 
Inspirado pelas teorias platônicas, ele reinterpretou a Teoria das Ideias dentro dos 
seus estudos que conciliavam fé e razão. Acreditava que o reino dos céus era o que 
Platão chamava de Mundo Inteligível, ou seja, era o reino perfeito, o real, o famoso 
“paraíso” que a Igreja tanto pregava para seus fiéis. Já o reino dos homens, na 
teoria platônica o Mundo Sensível, mesmo que seja a imagem e semelhança de 
Deus, era onde habitava o pecado, a imperfeição e as falhas. 
 
Então, Agostinho afirmava que a salvação é atingida através da conversão, da 
aceitação de Deus e da meditação. Esta era a relação do ser humano com Deus. 
 
Fé e razão podem estar unidas, desde que a fé prevaleça a razão. “É preciso crer 
para poder compreender.” 
 
 
Ele também formulou outras produções filosóficas como o conceito de vida, que 
consistia em ser uma noção de dádiva divina; teve também os estudos sobre o 
conceito de verdade (o ser humano se empenha para buscar o conhecimento da 
verdade, além de trabalhar com questões que o homem não consegue resolver, 
como por exemplo, a morte) e o problema do mal (o mal é a ausência de Deus, 
quanto mais o indivíduo se afasta de Deus, mais ele fica perto do mal; e justamente 
por ele ter a oportunidade de escolher se quer ficar perto ou não de Deus, ele tem o 
direito do livre arbítrio). 
 
Escolástica: 
Filosofia desenvolvida pelos teóricosdas primeiras escolas e universidades cristãs, 
tinham o objetivo de impulsionar as formações em massa de futuros padres, para 
proporcionar pesquisas intelectuais e científicas em prol da Igreja, já que ela tinha 
bastante força na Europa. 
 
As escolas e universidades cristãs promoviam estudos em duas categorias: a 
Trivium (gramática, lógica e retórica) e a Quadrivium (aritmética, geometria, 
astronomia e música). 
 
O filósofo que mais se destacou nessa escola foi São Tomás de Aquino. 
 
São Tomás de Aquino 
 
Tomás de Aquino (1226 - 1275) sempre teve uma educação dominicana, já então se 
preparando para a formação do sacerdócio. Foi aluno do filósofo e professor 
religioso Alberto Magno, que reconheceu a sua capacidade intelectual e sendo 
importante em sua formação intelectual cristã. 
 
Sendo fortemente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino reune os estudos 
aristotélicos, rompendo com a proibição de alguns textos que tinham sido proibidos 
pela Igreja, trazendo um valor mais agregado para o pensamento cristão. 
 
Tomás de Aquino pensava que o mundo sensível é capaz de gerar conhecimento 
para compreender a fé cristã e a existência de Deus. Com isso, ele se fundamenta 
na Teoria das Quatro Causas de Aristóteles para provar a existência de Deus por 
cinco vias: 
1- Primeiro Motor Imóvel: Deus é o motor que iniciou e o que causou tudo que se 
tem movimento, pois, nenhum corpo se move sozinho; 
2- Primeira Causa Eficiente: Deus dá os motivos e efeitos de tudo existir; 
3- Contingente Necessário: As origens e as formas do mundo tem um motivo. 
4- Graus de Perfeição: Deus é parâmetro para tudo (maior e menor, forte e fraco); 
 
5- Governo Supremo: Existe uma ordem racional no mundo cuja tem uma finalidade 
para existirmos; há vida após a morte. 
 
Ele defendia também a atuação das ciências inserida em uma formação intelectual 
contra as heresias da Igreja, conciliando a fé e a razão. 
 
 
Materiais complementares: 
 
- Filosofia Medieval Ilustrada - 
 ​https://www.youtube.com/watch?v=EIGiCMbPz60 
- As Cinco Vias de São Tomás de Aquino para provar a existência de Deus - 
https://portalconservador.com/as-cinco-vias-de-sao-tomas-para-provar-a-exist
encia-de-deus/ 
- O Nome da Rosa (Filme Completo) - 
https://www.youtube.com/watch?v=uqL7gn13JoQ&feature=youtu.be 
 
 
Lista de Exercícios 
 
1. (UFF 2012) A grande contribuição de Tomás de Aquino para a vida intelectual foi 
a de valorizar a inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade por 
meio da razão natural, inclusive a respeito de certas questões da religião. 
Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a verdade divina”, ele diz que há 
duas modalidades de verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a verdades da 
revelação que a razão humana não consegue alcançar, por exemplo, entender 
como é possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade é composta de 
verdades que a razão pode atingir, por exemplo, que Deus existe. 
 
A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor expressa o pensamento de 
Tomás de Aquino. 
 
a) ​A fé é o único meio do ser humano chegar à verdade. 
 
b)​ O ser humano só alcança o conhecimento graças à revelação da verdade que 
Deus lhe concede. 
 
c) ​Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar certas verdades por seus 
meios naturais. 
d) ​A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades acerca de Deus. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=EIGiCMbPz60
https://portalconservador.com/as-cinco-vias-de-sao-tomas-para-provar-a-existencia-de-deus/
https://portalconservador.com/as-cinco-vias-de-sao-tomas-para-provar-a-existencia-de-deus/
https://www.youtube.com/watch?v=uqL7gn13JoQ&feature=youtu.be
 
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser humano nada pode conhecer 
d’Ele. 
 
 
 
2. (UFU 2010) A filosofia de Agostinho (354 –430) é estreitamente devedora do 
platonismo cristão milanês: foi nas traduções de Mário Vitorino que leu os textos de 
Plotino e de Porfírio, cujo espiritualismo devia aproximá-lo do cristianismo. Ouvindo 
sermões de Ambrósio, influenciados por Plotino, que Agostinho venceu suas últimas 
resistências (de tornar-se cristão). 
 
(PEPIN, Jean. Santo Agostinho e a patrística ocidental. In: CHÂTELET, François (org.) A Filosofia 
medieval. Rio de Janeiro Zahar Editores: 1983, p.77.) 
 
Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Platão, por meio dos escritos de 
Plotino, o pensamento de Agostinho apresenta muitas diferenças se comparado ao 
pensamento de Platão. 
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma dessas diferenças: 
 
a) Para Agostinho, é possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro, 
enquanto, para Platão, a verdade a respeito do mundo é inacessível ao ser humano. 
 
b) Para Platão, a verdadeira realidade encontra-se no mundo das Ideias, enquanto 
para Agostinho não existe nenhuma realidade além do mundo natural em que 
vivemos. 
 
c) ​Para Agostinho, a alma é imortal, enquanto para Platão a alma não é imortal, já 
que é apenas a forma do corpo. 
 
d) Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as 
Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é 
resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um. 
 
 
3. (ENEM 2018) Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles 
que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e 
nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos 
séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo 
movimento, uma vontade nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, 
como pode haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vontade que antes 
não existia?” 
 
 
 AGOSTINHO. Confissões, São Paulo: Abril Cultural, 1984. 
 
A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo de reflexão 
filosófica sobre a(s) 
 
a) ​ essência da ética cristã. 
 
b)​ natureza universal da tradição. 
 
c) ​ certezas inabaláveis da experiência. 
 
d)​ abrangência da compreensão humana. 
 
e) ​ interpretações da realidade circundante. 
 
 
4. (ENEM 2015) ​Se os nossos adversários, que admitem a existência de uma 
natureza não criada por Deus, o Sumo Bem, quisessem admitir que essas 
considerações estão certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de 
atribuir a Deus tanto a autoria dos bens quanto dos males. pois sendo Ele fonte 
suprema de Bondade, nunca poderia ter criado aquilo que é contrário à sua 
natureza. 
 
 AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado). 
 
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque 
 
a) ​ o surgimento do mal é anterior à existência de Deus. 
 
b)​ o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus. 
 
c) ​ Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má. 
 
d)​ por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal. 
 
e) ​Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem e o mal. 
 
 
5. (ENEM 2018) Desde que tenhamos compreendido o significado da palavra 
“Deus”, sabemos, de imediato, que Deus existe.Com efeito, essa palavra designa 
uma coisa de tal ordem que não podemos conceber nada que lhe seja maior. Ora, o 
que existe na realidade e no pensamento é maior do que o queexiste apenas no 
 
pensamento. Donde se segue que o objeto designado pela palavra “Deus”, que 
existe no pensamento, desde que se entenda essa palavra, também existe na 
realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é evidente. 
 
 TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002. 
 
O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de Aquino caracterizada por 
 
a) ​ reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos. 
 
b)​ sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé. 
 
c) ​explicar as virtudes teologais pela demonstração. 
 
d)​ flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados. 
 
e) ​ justificar pragmaticamente crença livre de dogmas. 
 
 
6. (SEEDUC UNB 2013) ​O pensamento ético-cristão, nomeadamente em Agostinho 
e Tomás, retoma a ética platônico-aristotélica, mas a redimensiona no horizonte da 
compreensão bíblica. Considerando esse assunto, assinale a opção correta acerca 
da referida ética cristã. 
 
a) ​ A felicidade é o fim último do homem; e a virtude, o meio para o homem alcançar 
a felicidade. Além disso, a felicidade suprema pode ser alcançada nesta vida. 
 
b) O homem é imagem e semelhança de Deus, dotado de inteligência, livre-arbítrio 
e de domínio sobre os seus atos. Ele abraçará não somente as virtudes naturais, 
mas também as virtudes sobrenaturais da graça, como fé, esperança e caridade. 
 
c) Virtude é uma questão de dever e, dessa forma, não possui relação com 
felicidade, visto que o cumprimento do dever é penoso para o homem, e a felicidade 
é um sentimento de contentamento pleno. 
 
d) A justiça e a prudência são as virtudes supremas; além destas virtudes, que 
estão ao alcance do homem, não há outras. 
e) ​ A felicidade consiste no prazer e no bem-estar material. 
 
 
7. (ENEM 2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver 
algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, 
 
que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria 
ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o 
homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, 
agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade 
dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um 
dirigente para o fim. 
 
AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás 
de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado). 
 
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo 
capaz de 
 
a) ​refrear os movimentos religiosos contestatórios. 
 
b) ​promover a atuação da sociedade civil na vida política. 
 
c) ​unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum. 
 
d)​ reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística. 
 
e) ​ dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual. 
 
 
8. (UFU 09/2002) A Patrística, filosofia cristã dos primeiros séculos, poderia ser 
definida como 
 
A)​ retomada do pensamento de Platão, conforme os modelos teológicos da época, 
estabelecendo estreita relação entre filosofia e religião. 
 
B) ​configuração de um novo horizonte filosófico, proposto por Santo Agostinho, 
inspirado em Platão, de modo a resgatar a importância das coisas sensíveis, da 
materialidade. 
 
C)​ adaptação do pensamento aristotélico, conforme os moldes teológicos da época. 
 
D)​ criação de uma escola filosófica, que visava combater os ataques dos pagãos, 
rompendo com o dualismo grego. 
 
 
9. (Uncisal 2012)​ A filosofia de Santo Agostinho é essencialmente uma fusão das 
 
concepções cristãs com o pensamento platônico. Subordinando a razão à fé, 
Agostinho de Hipona afirma existirem verdades superiores e inferiores, sendo as 
primeiras compreendidas a partir da ação de Deus. Como se chama a teoria 
agostiniana que afirma ser a ação de Deus que leva o homem a atingir as verdades 
superiores? 
 
a) ​Teoria da Predestinação. 
 
b)​ Teoria da Providência. 
 
c) ​ Teoria Dualista. 
 
d)​ Teoria da Emanação. 
 
e) ​ Teoria da Iluminação. 
 
 
10.(ENEM 2012) 
 
TEXTO I 
 
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, 
existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se 
dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As 
nuvens formam- se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, 
transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em 
terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras. 
 
 BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). 
 
TEXTO II 
 
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, 
está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos 
apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos 
filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, 
como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a 
impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”. 
 
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 
(adaptado). 
 
 
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a 
origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, 
filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua 
fundamentação teorias que 
 
a) ​eram baseadas nas ciências da natureza. 
 
b)​ refutavam as teorias de filósofos da religião. 
 
c) ​tinham origem nos mitos das civilizações antigas. 
 
d)​ postulavam um princípio originário para o mundo. 
 
e) ​defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 
 
GABARITO 
 
1. ​C 
2. ​D 
3. ​D 
4. ​D 
5. ​B 
6. ​B 
7. ​C 
8. ​A 
9. ​E 
10. ​D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. As Origens da Modernidade 
 
 
 
Com a crise do feudalismo, as constantes críticas sobre a Igreja Católica, com a 
tomada de Constantinopla pelo Império Otamano, o período medieval foi entrando 
em decadência. Esses são os primeiros passos para uma nova era, a Modernidade. 
 
Durante o século XIII, acontece um fenômeno chamado Renascimento Cultural e 
Urbano, no qual a Europa começa a entrar em crise - devido a fome, a peste e as 
guerras - algumas mudanças desse processo foram acontecendo como o 
crescimento das cidades, as trocas comerciais ficaram mais frequentes e novos 
grupos sociais estavam sendo formados, conhecidos como “burgos”. Vale lembrar 
também que isso refletiu no meio das artes, na filosofia e na ciência. 
 
Todas essas mudanças influenciaram em um processo de transição do período 
medieval para o que seria chamado de moderno. 
 
No âmbito da filosofia, há filósofos que devem ser citados, pois foram importantes 
nessa passagem de fase, ​o Giordano Bruno, Erasmo de Roterdão e Thomas 
More. 
 
Giordano Bruno 
 
 
Nascido na Itália, em 1548 e morreu em 1600. Ele era filósofo, matemático e 
teólogo. Entrou na vocação religiosa muito cedo, tornando-se sacerdote aos 24 
anos. 
 
Por ter exposto ideias diferentes do que dizia a Igreja, acabou sendo acusado de 
heresia, tendo que deixar a Itália. Logo mais, ele abandona o sacerdócio. Nos anos 
seguintes, acabou sendo queimado vivo pela Inquisição.Giordano fora muito influenciado por Nicolau Copérnico (1473 - 1543), pela sua 
Teoria Heliocêntrica, durante o século XVI na Inglaterra. Sua filosofia era baseada 
em uma reinterpretação do neoplatonismo e em Nicolau Cusa (1401 - 1464). 
 
Ele afirmava que a realidade natural e o meio espiritual eram a mesma coisa, 
porque Deus habitava em tudo e em todos, fazendo com que a sua dimensão fosse 
questionada, já que não poderia ser algo determinado e limitado, trazendo assim a 
conclusão de que Deus e o universo eram infinitos. Além disso, Bruno também 
questionava a divindade de Jesus Cristo e a virgindade de Maria, deixando a Igreja 
mais contrariada com as suas ideias. 
 
Erasmo de Roterdã 
 
Erasmo foi um filósofo, escritor e teólogo humanista holandês, nascido em 1466 e 
faleceu em 1536, na Holanda. Apesar de ter dedicado sua vida a teologia, criticava 
fortemente a vida monástica, o clero e a Igreja. 
 
Por ser muito envolvido na área da educação, defendia o conhecimento dos 
clássicos, além de acreditar que a Igreja deveria se separar da função educacional. 
Ele também foi um dos responsáveis por ter dado um embasamento intelectual de 
seus pensamentos críticos para a Reforma Protestante. 
 
Escreveu a famosa obra, ​Elogio da Loucura​, publicada em 1511, que fora dedicada 
a seu a amigo, Thomas More (1478 - 1535). A obra contém um tom satírico, sobre 
os séculos XV e XVI, criticando as instituições religiosas, os costumes, crenças e 
comportamentos que a sociedade, não só daquela época, mas de um modo 
atemporal, reproduzem por serem passados de geração em geração. 
 
Thomas More 
 
More (1478 - 1535) foi um filósofo, diplomata e estadista inglês, além de ter sido 
chanceler no reinado de Henrique VIII. Era muito amigo íntimo de Erasmo de 
Roterdã. 
 
 
Em 1516 publicou a sua obra mais simbólica, ​A Utopia​, fazendo críticas a sociedade 
inglesa da sua época, criando uma “utopia” de uma sociedade inglesa perfeita, sem 
desigualdades e mazelas sociais, que habitava em uma ilha, porém, inalcançável já 
que tudo fazia parte de uma idealização. Além disso, foi contra a Reforma 
Protestante, defendendo os preceitos da Igreja. 
 
 
Materiais complementares: 
 
- Entrevista com Bruno Borges desaparecido no Acre - 
https://youtu.be/to_RvhNc3dk 
- Episódio da série “American Gods” - 
https://youtu.be/dpBjph1T3Ls 
- Livro “Elogio da Loucura” - 
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/erasmo.pdf 
- Vídeo sobre o “Elogio da Loucura” - 
https://www.youtube.com/watch?v=j8owY1ZGguc 
- Livro “A Utopia” 
http://funag.gov.br/biblioteca/download/260-Utopia.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/to_RvhNc3dk
https://youtu.be/dpBjph1T3Ls
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/erasmo.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=j8owY1ZGguc
http://funag.gov.br/biblioteca/download/260-Utopia.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. O aprofundamento da Modernidade 
 
 
 
A partir da breve introdução sobre a transição da Idade Média para a Idade 
Moderna, os acontecimentos que proporcionaram essa passagem, os filósofos que 
foram marcantes para todo esse processo, veremos com mais detalhes os marcos 
importantes e os filósofos que estavam inseridos na época moderna. 
 
- A invenção da prensa dos tipos móveis, por Gutenberg por volta de 1430, 
tornando-se um marco inicial para as imprensas,o que auxiliou na disseminação das 
publicações, atingindo o máximo de pessoas possíveis,para modificar e moldar um 
novo pensamento moderno; 
 
- Um dos primeiros a revolucionar a ciência com uma nova teoria foi ​Nicolau 
Copérnico (1473 - 1543)​, com a ​teoria heliocêntrica​; 
 
 
- Esse período trouxe a constante busca do conhecimento racional e científico, 
aprofundando nas pesquisas científicas como ​Galileu Galilei e Johannes Kepler; 
 
- ​Galileu Galilei (1564 - 1642)​: foi um marco nas áreas da física e matemática, 
desenvolvendo o movimento dos corpos e a descobertas dos satélites e planetas, 
além de ser responsável pela a criação do método científico; 
 
- ​Johannes Kepler (1571 - 1630)​: foi um dos responsáveis pela revolução científica, 
formulando as “Leis de Kepler” que descrevem o movimento dos astros celestes de 
acordo com a teoria heliocêntrica; 
 
- Duas teorias do conhecimento surgiram no período moderno: Racionalismo e 
Empirismo​, que serão abordadas no próximo módulo; 
 
- No âmbito da filosofia política, o primeiro que se destaca é ​Nicolau Maquiavel​; 
 
- ​Nicolau Maquiavel (1469 - 1527)​: importante filósofo renascentista, é considerado 
pai da ciência política moderna, separando a política da ética como forma de 
aprofundar melhor nos seus estudos políticos. Em 1532, ele publica a sua famosa 
obra ​O Príncipe​, o qual basicamente dizia que o pensamento político não devia 
recorrer aos segmentos religiosos, prezando pela legitimidade e autonomia do 
poder; 
 
- Logo mais, surgem as teorias contratualistas, com ​Thomas Hobbes (1588 - 1679), 
John Locke (1632 - 1704) e Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778)​; 
 
- Aproximadamente no final da modernidade, o Iluminismo foi uma nova fase na 
era da razão, com foco em uma filosofia mais lógica e antropocêntrica, colocando 
em evidência a racionalidade humana como uma nova forma de se relacionar com o 
mundo; 
 
- O iluminismo foi essencial para a consolidação da filosofia moderna e na 
constituição de uma próxima estação da filosofia, o que seria conhecida como 
filosofia contemporânea; 
 
- ​Montesquieu (1689 - 1755)​: sua filosofia era voltada para a moral, os costumes e 
a política. Por ser totalmente contrário ao absolutismo, era a favor de um Estado 
liberal que tivesse um sistema de leis cujo haveria uma separação dos poderes do 
poder público (executivo, legislativo e judiciário), para que não acontecesse abusos 
de autoridade. 
 
 
- Outros nomes que são importantes a serem citados são ​Voltaire e Alexis de 
Tocqueville​, ​que foram considerados defensores do Princípio da Liberdade 
Humana, sendo responsáveis pela fundação do pensamento liberal no final da era 
moderna; 
 
- ​Voltaire (1694 - 1778)​: Junto com John Locke, começaram suas análises acerca 
da liberdade individual; 
 
- ​Alexis de Tocqueville (1805 - 1859)​: Por ter participado do processo de 
independência dos Estados Unidos, seu pensamento já envolvia a liberdade da 
formação da América na formação dos EUA; 
 
- ​Denis Diderot (1713 - 1784) e Jean le Rond D'Alembert (1717 - 1783) ​foram os 
criadores da enciclopédia, onde reuniram todos os saberes que existia no mundo, 
deixando acessível e atingível a todos, com o intuito de promover uma evolução 
moral e intelectual da sociedade através do conhecimento; 
 
- ​Immanuel Kant (1724 - 1804) ​e seu Ceticismo; 
 
- ​Friedrich Hegel (1770 - 1831) ​com seu Sistema Totalizante e a formação do 
espírito científico. 
 
 
Materiais Complementares: 
 
- “O Príncipe” de Maquiavel - 
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/principe.pdf 
- Frase do Galileu: “ Eppur si muove” - 
http://revistagiz.sinprosp.org.br/?p=6817 
- Introdução ao pensamento de Hegel - 
https://youtu.be/tN58Q6gYw1s 
 
 
Lista de Exercícios 
 
1. (UNESP 2020) Do nascimento do Estado moderno até a Revolução Francesa, ou 
seja, do século XVI aos fins do século XVIII, a filosofia política foi obrigada a 
reformular

Outros materiais