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A influência da mídia na cultura do corpo e a moral da aparência na sociedade atual

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Por: Ana Luísa Marques R. Lins 
“A influência da mídia na cultura do corpo e a moral da aparência na sociedade atual.” 
 
Doravante à década de 1920, com a ascensão de filmes e de telenovelas, a estética 
corporal ganhou centralidade nos espaços cívicos e emergiu, no indivíduo, a necessidade de se 
auto desenhar de acordo com os padrões preestabelecidos na sociedade contemporânea. Dessa 
forma, é válido analisar a promoção da alienação midiática, bem como observar a errônea forma 
de utilização do corpo em busca de aceitação social. 
 Sob a óptica da Escola de Frankfurt, a civilização atual é alienada por meio da Indústria 
Cultural – termo designado às mídias de massa – que, em busca do lucro e regida pelo 
capitalismo, deturpa a consciência crítica da população e passa a retirar a análise da 
singularidade. Por conseguinte, a mídia difunde o culto ao corpo como tendência de 
comportamento e o indivíduo usufrui de sua estruturação física como signo de status, para a 
pseudogarantia de pertencimento a um grupo social com maior poderio. Logo, a exaltação do 
biotipo impecável tornou-se um produto de comércio, a qual, lamentavelmente, perpetua a 
insegurança pessoal e instiga a desigualdade em uma sociedade obcecada pela estética 
padronizada. 
 Atrelado a isso, em “O mal-estar da civilização”, de Sigmund Freud, o gozo da beleza e 
das formas de aproveitamento do corpo são estratégias parar buscar a felicidade, sem a 
valorização da personalidade e com a fomentação do narcisismo. Como consequência, a gama 
de estereótipos corpóreos transmitidos nos discursos midiáticos passou a ser uma exigência 
civilizacional, com a degradação da saúde mental e física da população – que está em busca de 
um modelo ideal no jogo das relações pessoais. Assim, a teatralização da vida na sociedade do 
espetáculo prejudica, de modo impiedoso, a concepção individual sobre a satisfação e a 
aceitação de sua própria identidade. 
 Faz-se pertinente, portanto, que o Poder Executivo amplie no setor educacional, em 
escolas de Ensino Fundamental e Médio e em Universidades, o debate sobre os temas de 
perfeição estética, por meio de palestras e de projetos interativos - ministrados por psicólogos 
e por nutricionistas, com vistas à formação de cidadãos com a real instrução e compreensão de 
que as ideologias transmitidas não devem, necessariamente, serem seguidas e absorvidas. 
Destarte, o ser humano se aceitará e perceberá que a felicidade depende do que você conserva 
no interior do seu ser, de maneira antagônica ao poder alienador da Indústria Cultural. 
C1: 180 
C2: 200 
C3: 200 
C4: 180 
C5: 200 
Nota: 960

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