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Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 1 Uma abordagem geral Conceito de texto Gêneros textuais Tipologia textual Gênero Dissertativo argumentativo – Esquemas Compreensão da proposta de redação Paragrafação, linearidade e tópico frasal Processo de comunicação Níveis de linguagem Coesão e coerência Critérios de avaliação do Enem Temas de provas anteriores Delimitação de temas Tipo de introdução Tipos de desenvolvimento Conclusão Ortografia e pontuação Analise de redações SUMÁRIO Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 2 omunicarmo-nos é criar. É oferecer a outrem os nossos ideias, as nossas opiniões, as nossas experiências de vida. É mostrar a nossa cultura e personalidade. A comunicação escrita, muito mais que a oral, é nosso auto-retrato. A redação surge como um verdadeiro espelho do que somo – é o peso da nossa bagagem cultural. A prova de redação do Enem é, em todos os anos reportados pela imprensa e TV, discutida nos cursinhos e acompanhada de perto pelas escolas. Sua relevância é notória pela importância e abrangência do exame e por ser uma prova que vale 1000 pontos, o que pode fazer a diferença para consegui uma aprovação nas Universidades Federais do Brasil. O exame de redação para o candidato expressar seu potencial, mostrar o quanto evoluiu durante o Ensino Básico em sua capacidade de leitura, compreensão, analise e expressão. Portanto, é necessário que cada um conscientizado de suas limitações e necessidades, se atire de corpo e alma a um trabalho de treinamento continuo e gradativo , com vista a melhorar a sua redação , à luz das técnicas e orientações dadas. REGRA PRIMORDIAL EU + FORÇA DE VONTADE proporcional ÀS MINHAS DIFICULDADES = TREINO + TREINO+TREINO+... Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele esta cá dentro e não quer sair. Carlos Drummond de Andrade C UMA ABORDAGEM GERAL Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 3 chmidt (1978:167) afirma que “não se instaura um texto sem uma função comunicativa”. Dessa forma, todo texto é a expressão de algum propósito comunicativo. Caracteriza-se, portanto, como uma atividade eminentemente funcional, no sentido de que a ele recorremos com uma finalidade, com o objetivo especifico, nem que seja, simplesmente , para não ficarmos calado. Conseqüentemente, todo texto é expressão de uma atividade social. Assim compreender um texto vai além de seu aparato lingüístico, pois se trata de um evento comunicativo em que operam, simultaneamente, ações lingüísticas, sociais e cognitivas. É importante dizer que o texto é caracterizado por uma orientação temática; quer dizer, o texto se constrói a partir de um tema, de um tópico, de uma idéia central, ou de um núcleo semântico, que lhe da continuidade e unidade. O que um conjunto de palavras precisa ter para funcionar e se identificar como um texto? Beaugrande e Dressler (1981) propõem como critério da textualidade: a coesão, a coerência, a intencionalidade,a aceitabilidade, a informatividade, a intertextualidade, a situcionalidade. S CONCEITO DE TEXTO Coerência: é responsável pela articulação das idéias em um todo harmônico e organizado. Coesão: articulação dos elementos lingüísticos (palavras e sentenças) por meio do processo que vai alinhavando a costura do texto. Intencionalidade: sua finalidade. Informatividade: um bom texto deve apresentar um numero suficiente e adequado de informação. Intertextualidade: textos que fazer referencia a outros textos. Situacionlidade; é produzido por um sujeito que interage com o outro, a linguagem deve ser adequada a uma situação. Aceitabilidade: aquele que recebe, e interpreta a mensagem. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 4 o processo de leitura e comunicação de sentido de textos, levamos em conta que a escrita \fala baseiam-se em formas padrões e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos diversos,como também produzimos ou ouvimos enunciados ,tais como :”escrevi uma carta”,”recebi um e-mail”,”achei o anúncio interessante”,”o artigo apresenta argumentos interessantes”. 1) Textos literários ficcionais: São textos voltados para a narrativa de fatos e episódios do mundo imaginário (não real). Entre estes, podemos destacar: contos, lendas, fábulas, crônicas, obras teatrais e novelas. 2) Textos do patrimônio oral, poemas e letras de músicas: Os textos do patrimônio oral, logo que são produzidos têm autoria, mas, depois, Tornam -se um registro escrito, tornam-se anônimos, passando a ser patrimôniodas comunidades. São exemplos: as trava-línguas, parlendas, quadrinhas, adivinhas, provérbios. Também fazem parte do segundo agrupamento os poemas e as letras de músicas 3) Textos com a finalidade de registrar e analisar as ações humanas individuais e coletivas:contribuir ara que as experiências sejam guardadas na memória das pessoas Tais textos analisam e narram situações vivenciadas pelas sociedades, tais como as biografias, testemunhos orais e escritos, obras historiográficas e noticiários N Os textos, orais ou escritos, que produzimos para nos comunicar, possuem um conjunto de características, e são estas características. Que irá constituir seu gênero textual. Algumas destas características são: Conteúdo forma e estilo. Conteúdo: aquilo que pode ser dito através do conteúdo. Estilo: as palavras expressões frases selecionadas e o modo de organiza- las Forma: a estrutura em que cada argumento textual é apresentado. Gêneros textuais Gênero Textual é o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém este será nomeado com o gênero que prevalecer.Os gêneros textuais são a forma como a língua se organiza para se manifestar nas mais diversas situações de comunicação, a língua em constante uso. Segundo Marcuschi “[...] é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente ao não ser por algum texto [...]” Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 5 4) Textos com a finalidade de construir e fazer circular entre as pessoas o conhecimento escolar/científico. São textos mais expositivos, que socializam informações, por exemplo, as notas de enciclopédia, os verbetes de dicionário, os seminários orais, os textos didáticos, os relatos de experiências científicas e os textos de divulgação científica. 5) Textos com a finalidade de debater temas que suscitam pontos de vista diferentes, buscando o convencimento do outro. Os sujeitos exercitam suas capacidades argumentativas. Cartas de reclamação, cartas de leitores, artigos de opinião, editoriais, debates regrados e reportagens são exemplos de textos com tais finalidades 6)Textos com a finalidade de divulgar produtos e/ou serviços e promover campanhas educativas no setor da publicidade. Também aqui a persuasão está presente, mas com a finalidade de fazer o outro adquirir produtos e/ou serviços ou mudar determinados comportamentos. São exemplos: cartazes educativos, anúncios publicitários, placas e faixas 7) Textos com a finalidade de orientar e prescrever formas de realizar atividades diversas ou formas de agir em determinados eventos. Os chamados textos instrucionais, tais como as receitas, os manuais de uso de eletrodomésticos, as instruçõesde jogos, as instruções de montagem e os regulamentos. 8) Textos com a finalidade de orientar a organização do tempo e do espaço nas atividades individuais e coletivas necessárias à vida em sociedade. São eles: as agendas, os cronogramas, os calendários, os quadros de horários, as folhinhas e os mapas. 9) Textos com a finalidade de mediar as ações institucionais. São textos que fazem parte, principalmente, dos espaços de trabalho: os requerimentos, os formulários, os ofícios, os currículos e os avisos 10) Textos epistolares utilizados para as mais diversas finalidades. As cartas pessoais, os bilhetes, os e-mails, os telegramas medeiam às relações entre as pessoas, em diferentes tipos de situações de interação. 11) Textos não verbais. Os textos que não veiculam a linguagem verbal, escrita, tendo, portanto, foco na linguagem não verbal, tais como as histórias em quadrinhos só com imagens, as charges, pinturas, esculturas e algumas placas de trânsito compõem tal agrupamento. Caricatura: a caricatura é vista como um resultado do exagero e da simplificação. Enquanto o realismo se apega aos detalhes, a caricatura elimina-os acrescentando-lhes automaticamente mais humor, tornando-se uma forma de impressionismo. Charge: A palavra é de origem francesa (charger) e significa carga, ou seja, trata-se de um texto de humor carregado, que costuma satirizar fatos atuais, fatos que normalmente saem nos noticiários. Note como a maioria das Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 6 críticas políticas que encontramos nos jornais são charges. Cartum: Já a cartum, ao contrário da charge, relata um fato atemporal, universal que independe do contexto de uma época ou cultura. Tirinha: a tirinha tem uma construção muito próxima da piada, sempre com um desfecho inesperado. Trata-se de um texto curto, moldado por um formato retangular e com poucos quadrinhos. HQ – História em Quadrinhos O HQ é uma forma de contar fatos e histórias por meio de imagens. Nos quadrinhos se utilizam ao mesmo tempo, desenhos e palavras escritas. A história que se quer contar é explicada por meio de quadros, que se distribui na página um depois do outro, para poder representar o que vai acontecendo em cada uma das cenas, como se fosse um filme. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 7 A propaganda é um gênero presente em diversos meio de comunicação. Impõem valores, mito, ideia visa à informação e apelos, a fim de persuadir o destinatário. Opera no sentido de atingir o subconsciente do consumidor, influenciando em suas decisões. Gêneros Textuais- exercício 1- (ENEM 2010) MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006. Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é (a) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado. (b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. (c) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. (d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. (e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna. 2- Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se a partir de características gerais de um determinado gênero, identifique os gêneros descritos a seguir: I. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero; II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens; III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua principal característica é a brevidade; IV. Linguagem linear e curta envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho; V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas, rótulos de produtos, entre outros. São respectivamente: (a) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta argumentativa. (b) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica. (c) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional. (d) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional. (e) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e carta argumentativa. 3- Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 8 em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é: (a) vender um produto anunciado. (b) informar sobre astronomia. (c) ensinar os cuidados com a saúde. (d) expor a opinião de leitores em um jornal. (e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. 4- Leia o texto a seguir para responder à questão: A outra noite Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal. Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim: - O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda. - Mas, que coisa... Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa. - Ora , sim sen hor. .. E, qua ndo salt ei e pag uei a corr ida, ele me diss e um “bo a noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei. Rubem Braga Analisando as principais características do texto lido, podemos dizer que seu gênero predominante é: (a) Conto. (b) Poesia. (c) Prosa. (d) Crônica. (e) Diário. 5- De acordo com os gêneros, respondas o que se pede. Texto 1 02/05/2016 14h02 - Atualizado em 02/09/2016 20h35 WhatsApp é bloqueadono Brasil; empresa recorre da decisão O bloqueio ao aplicativo WhatsApp começou a valer a partir das 14 horas desta segunda-feira (2) para clientes de TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel. A empresa afirma que recorreu da decisão e, em comunicado, lamentou a decisão e disse não ter a informação exigida pelo juiz. http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 9 DISSERTAÇÃO Dissertar é exploração lógica das ideias. É um texto que analisa e interpreta dados da realidade por meio de conceitos abstratos. Uma dissertação é composta de três partes: INTRODUÇÃO: apresenta-se a tese ou afirmação de caráter genérico sobre o tema a ser desenvolvido. O autor delimita o assunto de seu texto, praticamente definindo o objetivo do texto. DESENVOLVIMEN TO: É composta de ideias e exemplos que servem de argumentação em defesa da tese apresentada na introdução. CONCLUSÃO: Serve de fecho para o texto. O autor retoma, explicita ou implicitamente, a introdução e posiciona- se ante o tema, levando em conta a coerência dos argumentos desenvolvidos. Dependendo do texto, pode apresentar soluções ou sugestões. Gênero: Conteúdo: Finalidade: Meio de circulação: TEXTO 2 Gênero: Conteúdo: Finalidade: Meio de circulação NARRAÇÃO Conceito: narração é o relato de acontecimento em determinada sequencia. Os elementos que integram o texto narrativo são as personagens, os fatos, o tempo, o espaço e o foco narrativo. O texto narrativo envolve uma dinamicidade que determina uma transformação nos fatos e nas personagens. É o que se chama de progressão narrativa. Para que isso ocorra, é preciso que se estabeleça um conflito entre as personagens. Uma narração estrutura-se da seguinte forma: Situação: é a apresentação do assunto que determinou o relato. Complicação: é o estabelecimento de um conflito gerado pela ação das personagens. Solução: é a resolução (positiva ou negativa) do conflito. DESCRIÇÃO Descrição é a representação das características de uma pessoa, de uma cena, de um objeto ou de um processo. Para construir-se uma boa descrição, dois recursos são necessários: a pormenorização do espaço – apresentação minuciosa das características do seu objeto- e a sensibilização dos sentidos- a mobilizações das sensações olfativas, táteis, visuais, gustativas e auditivas. A descrição pode ser técnica ou literária, de acordo com sua finalidade. TIPOLOGIA TEXTUAL Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 10 Verbos terminados em AR, ER, ou IR; em seu estado natural. DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA Apresenta um saber teórico, um saber já construído, expõem, reflete e avalia as ideias de modo objetivo. Sua intenção é informar e esclarecer. DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA Faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. Caracteriza-se pela progressão lógica das ideias. INJUTIVA / INSTRUCIONAL Indica como realizar uma ação, utiliza linguagem objetiva e simples, os verbos são empregados no modo imperativo e infinitivo. PREDIÇÃO Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. Ex: Previsão astrológica, metereológica etc. DIALOGAL / CONVERSACIONAL Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. Questão 1 (Universidade Estácio de Sá – RJ) Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência correta. 1Narrar 2Argumentar 3Expor 4Descrever 5Prescrever ( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo. ( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. ( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto. ( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade. ( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão. a) 3, 5, 1, 2, 4 b) 5, 3, 1, 4, 2 c) 4, 2, 3, 1, 5 d) 5, 3, 4, 1, 2 e) 2, 3, 1, 4, 5 Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 11 o tipo de texto mais solicitado nas provas. Trata-se de expor uma idéia, um problema ou um questionamento, desenvolver um raciocínio com base em argumentos e apresentar uma consideração final. É importante que o candidato saiba problematizar o tema, colocar argumentos favoráveis e contrários para afirmar cada afirmação. Na dissertação, quem escreve quer persuadir o leitor acerca da opinião que defende e que deve ser explicitada em uma conclusão final. Essa conclusão não precisa fechar a questão, como quem encontra uma solução para todos os problemas do mundo. Não faça uma pergunta sem ao menos problematizá-las. A dissertação pede o uso da norma-padrão da língua, idéias desenvolvidas de forma clara e objetiva e boa paragrafação. Espera-se um texto impessoal, evite texto em primeira pessoa. É GÊNERO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO – ESQUEMAS TIPOS São definidos pela linguagem que empregam e são basicamente três. A dissertação é a mais solicitada nos vestibulares. Ela e a narração são os mais os mais importantes, pois se desdobram em uma grande quantidade de gêneros textuais. Já a descrição acaba sendo apenas uma linguagem empregada no interior de um texto e quase nunca como um texto integral. GÊNEROS São muitos! Na escola, durante o curso de literatura, estuda-se o gênero cantiga, romance, crônica, conto, poesia etc. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 12 MODELO DE ESQUEMA1 Para escrever bem, é preciso estar por dentro do assunto, refletir bem, para ver claramente a ordem dos pensamentos e formular deles uma sequencia, uma cadeia em que cada ponto represente uma idéia. Para isso separei para você estratégias de organização de idéias para um primeiro passo em uma boa dissertação. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 13 ESQUEMA DE REDAÇÃO 2 INTRODUÇÃO • O quê? O que se trata. • Assunto. Ponto de vista. DESENVOLVIMENTO • Por quê ? Razão objetivo. • Para quê? Finalidade • Causas; conseqüências; • Circunstâncias, como? • De que maneira? • Pros: argumento a favor. • Contra: argumentos contrários. • Análise, situação CONCLUSÃO • Observações; Soluções e • Conclusão Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 14 ESQUEMA 3 Introdução - Construção da tese - apresentação do tema - Ideia central / objetivo / topico frasal - Introdução deve conter 1 parágrafo Desenvolvimento - Organização das ideias. Momento de ratificação das ideias de forma bem elaborada e objetivo. Cada argumento deverá ser elaborado em paragrafos separados. Desenvolvimento deverá conter um ou dois parágrafos.conclusão Retomada das ideia central exposta na introdução + finalização do texto com uma possivel solução para o problema. Conclusão deverá conter um parágrafo. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 15 1º Parágrafo: tese + argumentos 2º Parágrafo: argumento 1 3º Parágrafo: argumento 2 4º Parágrafo: conclusão Introdução Exemplo: Vamos supor que você já tenha lido com bastante atenção os textos base da prova e concluiu que o tema é: A explosão do Crack nas cidades brasileiras. objetivo:Mostrar a real e trágica situação e apresentar soluções argumento 1: A infância e a adolescência sendo destruídas pelo consumo do crack argumento 2: a demora do governo em agir; argumento 3: governo Federal, Estados, prefeituras e a televisão devem unir esforços. Seguindo o esquema construído acima, a introdução ficaria assim: O consumo do crack é uma febre em todas as cidades brasileiras (frase inicial contendo o tema). E é preciso tomar medidas rápidas e eficazes contra essa epidemia (objetivo). Ela está tornando vários adolescentes e crianças verdadeiros "zumbis" (argumento1). Sabendo disso, o Governo federal já criou vários projetos, mas efetivamente ainda não agiu. Mas essa ação deve ter a ajuda das prefeituras e estados, atuando em conjunto (argumento 2). E como complemento, a televisão deve contribuir, expondo o problema em novelas e seriados (argumento 3). Agora é com você, ao produzir seu texto, treine um desses esquemas para ver qual melhor se encaixa no seu estilo de produção. Lembre-se TREINAR é fundamental para uma boa redação! Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 16 ompetência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo argumentativo. O assunto recebe uma delimitação por meio do tema, ou seja, um assunto pode ser abordado por diferentes temas. a) Leia com atenção a proposta da redação e os textos motivadores, para compreender bem o que está sendo solicitado. b) Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram apresentados apenas para despertar uma reflexão sobre o tema e não para limitar sua criatividade. c) Não copie trechos dos textos motivadores. Lembre-se de que eles foram apresentados apenas para despertar seus conhecimentos sobre o tema. d) Reflita sobre o tema proposto para decidir como abordá-lo, qual será seu ponto de vista e como defendê-lo. e) Reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema, procurando organizá-las em uma estrutura coerente para usá-las no desenvolvimento do seu texto. f) Desenvolva o tema de forma consistente para que o leitor possa acompanhar o seu raciocínio facilmente, o que significa que a progressão textual é fluente e articulada com o projeto do texto. g) Lembre-se de que cada parágrafo deve desenvolver um tópico frasal. h) Examine, com atenção, a introdução e a conclusão para ver se há coerência entre o início e o fim. i) Utilize informações de várias áreas do conhecimento, demonstrando que você está atualizado em relação ao que acontece no mundo. j) Evite recorrer a reflexões previsíveis, que demonstram pouca originalidade no desenvolvimento do tema proposto. l) Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Esse é um dos principais problemas identificados nas redações. m) Decida a posição (favorável ou contraria) que vale defender. n) Faça um rol de vocabulários (um elenco de palavras) que se refere ao assunto. o) Apresente os argumentos, começando pelos mais simples, já atacando os contrários e enaltecendo os favoráveis. p) Conclua sua redação com a posição que você esta defendendo. q) Revise o texto, elimine o que for supérfluo ou ineficaz, como repetição, altere se preciso a ordem dos argumentos, corrija os erros de concordância, de regência, de pontuação e acentuação. C COMPREENSÃO DA PROPOSTA DE REDAÇÃO O que é tangenciar o tema? Considera-se tangenciamento ao tema a abordagem parcial, realizada somente nos limites do assunto mais amplo a que o tema está vinculada, deixando em segundo plano a discussão em torno do eixo temático objetivamente proposto. O que é fuga total ao tema? Considera-se que uma redação tenha fugido ao tema quando nem o assunto mais amplo nem o tema proposto são desenvolvidos. O que é não atendimento ao tipo textual? Não atende ao tipo textual a redação que esteja predominantemente fora do padrão dissertativo- argumentativo – sem apresentar nenhum indício de caráter dissertativo (explicações, exemplificações, análises ou interpretações de aspectos dentro da temática solicitada) ou nenhum indício de caráter argumentativo (defesa ou refutação de ideias dentro da temática solicitada). PARAGRAFAÇÃO, TRANSLINEARIDADE E TÓPICO FRASAL. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 17 TRANSLINEARIDADE O enredo é a sequência de fatos que acontecem na história, as situações vividas pelos personagens, às ações que elas sofrem ou fazem. O enredo em sua sequência pode ser linear ou não linear. É linear quando o tempo, o espaço e os personagens são apresentados de maneira lógica e as ações desenvolvem-se cronologicamente, assim, observa-se o começo, o meio e o fim da narrativa. O enredo não linear não segue uma sequência cronológica, desenvolvem-se descontinuamente, com saltos, antecipações, retrospectivas, cortes e com rupturas do tempo e do espaço em que se desenvolvem as ações. O tempo cronológico mistura-se ao psicológico, da duração das vivências dos personagens. O espaço exterior se mistura aos espaços interiores (memória e imaginação dos personagens). - Linearidade na produção textual, o autor utiliza a linearidade linguística para organização de aspectos sintáticos, semânticos e pragmáticos. Em sua produção, o texto é uma progressão linear ininterrupta, seguindo uma sequência. TOPICO FRASAL O tópico frasal é a ideia central ou nuclear do parágrafo, ou seja, uma espécie de resumo do ponto a ser explorado no parágrafo que segue. Cada parágrafo tem um tópico frasal próprio, o que equivale a dizer que não se deve escrever parágrafos com mais de uma ideia nuclear. Além disso, cada ideia nuclear determina a criação de um parágrafo próprio. Normalmente, o tópico frasal é expresso em uma única frase, podendo, eventualmente, ser constituído de até duas frases curtas. O tópico frasal pode ser explicitado logo no início do parágrafo, garantindo maior clareza e coerência ao texto e facilitando a leitura. Nesse caso, ele se dá através de: 1-DECLARAÇÃO INICIAL – uma afirmação ou negação que será seguida de explicação, fundamentação, exemplos, evidências, etc. 1- DEFINIÇÃO: Esse é um método didático por meio do qual, como já se pode supor, o autor apresentará uma definição. 2- DIVISÃO: É um processo didático, caracterizado pela objetividade e pela clareza. O tópico frasal é apresentado sob forma de divisão ou descriminação de ideias. 3- INTERROGAÇÃO: Pode-se iniciar o parágrafo com uma interrogação direta, mas o autor não se pode esquecer de que o desenvolvimento deverá responder ou esclarecer a indagação feita no tópico frasal. PARAGRAFAÇÃO Parágrafo: é uma unidade de composição construída por um ou mais períodos, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam a outras, secundarias, intimamente relacionadas Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 18 pelo sentido e logicamente decorrente delas. (GARCIA, Othon M. comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 19973. p.203). Exemplo: A expressão artística é tanto mais desinteressada quanto menos exclusivista e unilateral.É sendo abrangente ou, como diz Jean Paul Sartre, inclusiva, que ela pode revelar-nos, na transparência do mundo criado pelo artista, as possibilidades latentes do ser humano, e dar-nos uma visão mais integra e compreensiva da realidade. Em suma, é revelando as possibilidades das consciências moral e não adotando uma moral, que a arte cumpre a sua finalidade ética. (NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. São Paulo: Ática. 1989.) Trata-se de um parágrafo composto de três períodos. O 1º é o tópico frasal: caracteriza a expressão artística. O 2º período desenvolve-o, apresentando as prerrogativas da arte. O 3º período inicia uma expressão de conclusiva. – em suma – apresenta a conclusão do parágrafo: a arte tem uma finalidade ética. Não é desconhecido que, em todo ato de comunicação, intervêm os seguintes elementos: Emissor: o que emite a mensagem, com necessidade de comunicar algo. Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos: O amor é eterno. As plantas necessitam de cuidados especiais. Quero aquela rosa. O tempo é o melhor remédio. Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. Exemplos: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. Quero aquelas flores para presentear minha mãe. Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer. Cheguei, jantei e fui dormir. FRASE:É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 19 a. Receptor: o que recebe a mensagem, interessado na mensagem. b. Mensagem: aquilo que é transmitido. c. Canal: a forma, o veiculo utilizado para o envio de mensagem. d. Código: sistema de sinais (EX. Língua portuguesa, inglesa, espanhola etc.) e. Referente: aquilo que a mensagem se refere. Referente Canal Emissor mensagem receptor Código - problemas de comunicação: a) ruídos: tudo aquilo que interfere na compreensão da mensagem: voz baixa, falta de atenção. b) redundância: todo elemento que na mensagem não traz nenhuma informação nova. s níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e escrita em uma determinada situação comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em concordância para que haja entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige uma linguagem diferente. Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não se trata de uma convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada e, por este motivo, esta é tão importante quanto à língua escrita. Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na escrita, mas somente aquelas que têm significação relevante à sociedade. Linguagem regional O Processo de comunicação Níveis de linguagem Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 20 Refere-se aos falares locais, variações na fala que ocorrem de acordo com o local geográfico onde os falantes estão ou são naturais de lá. O Brasil é um país com extensa faixa territorial e com muitos falares regionais distintos. Algumas das falas características mais conhecidas são a nordestina, a fluminense, a mineira, a sulista e a baiana. Linguagem popular É também chamada de linguagem coloquial. Trata-se daquela que é usada de forma espontânea e fluente pelas pessoas. Raramente segue as regras da gramática normativa e é carregada de vícios de linguagem, tais como pleonasmo, cacofonia, barbarismo e solecismo. Gírias e expressões vulgares costumam aparecer com frequência neste tipo de linguagem. Ela está presente nas conversas entre amigos, familiares e também em programas de televisão. Gíria: A gíria é um estilo linguístico que está integrado à linguagem popular. Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais, em especial os estudantes, os esportistas e também os ladrões, por exemplo. Utilizada como meio de expressão cotidiana, a gíria existe dentro de grupos para diferenciá-los, pois só os inseridos naquele determinado contexto sabem o seu significado. Bem, pelo menos foi assim que ela começou e ainda é usada em alguns grupos atualmente. Entretanto, a fala se encarrega de espalhar a gíria e seus significados e, muitos grupos, ainda que não tenham ligação entre si, podem falar a mesma gíria. Linguagem vulgar Indo de encontro com a linguagem culta, a vulgar é extremamente fora do padrão gramatical e faz parte da fala dos analfabetos ou semianalfabetos. As estruturas gramaticais são “bagunçadas” e barbarismos são frequentes. A exemplo temos os vícios “Nóis vai”, “vamo ir”, “pra mim comer”. Linguagem culta O total oposto da linguagem tratada anteriormente. A língua padrão é aquela ensinada nas escolas, usada em livros didáticos e, muitas vezes, é a usada nos telejornais. É mais comum usar esse tipo de linguagem na escrita. Ela reflete prestigio social e cultural, mas não é só isso que deve definir um indivíduo. Coesão e coerência Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 21 requentemente, ao lermos ou ouvirmos algum texto, manifestamos nossa avaliação: isso faz sentido, é coerente; aquilo não faz sentido, não é coerente. De um modo geral, tentamos produzir sentidos para o que lemos ou ouvimos, recorrendo aos nossos conhecimentos sociocognitivo- interacionalmente constituído. O QUE É COERÊNCIA TEXTUAL? Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo: "As ruas estão molhadas porque não choveu" Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente. Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos: Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica. Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste na repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando há repetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente. Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto. Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE TEMÁTICA e a PROGRESSÃO SEMÂNTICA. Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre umas e outras partes do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar aoleitor. Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que interessa ao objetivo final da mensagem. Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas F Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 22 complementem as outras, não se contradigam e forme um todo significativo que é o texto. Vale salientar também que há muito para se estudar sobre coerência e coesão textuais, e que cada um dos conceitos apresentados acima possa e deve ser melhor investigado para serem melhor compreendidos. O QUE É COESÃO TEXTUAL? Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos: As referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora. As substituições lexicais (elementos que fazem a coesão lexical): este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra). Os conectores (elementos que fazem a coesão interfrásica): Estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos. A correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos. São os elementos coesivos de um texto que permitem as articulações e ligações entre suas diferentes partes, bem como a sequenciação das ideias. Mecanismos de Coesão Referência (pessoal, demonstrativo, comparativo); Substituição (nominal, verbal, frasal); Elipse (nominal, verbal, frasal); Conjunção (aditiva, adversativa, causal, temporal e comunicativa); Referência: São elementos de referência os itens da Língua que não podem ser interpretados Semanticamente por si mesmo, mas remetem a outros itens do discurso necessários á sua Interpretação. Anáfora e Catáfora: Se referem à informação expressa no texto e que por esse motivo são qualificadas como endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora, pelo inverso, antecipa um componente textual, contribuindo para ligar o texto entre si e fazê-lo fluir de forma harmoniosa e sem repetições. Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica) Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 23 Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz todas as tarefas, com exceção desta: arquivar a correspondência. (Referência demonstrativa catafórica) Realizara todos os seus sonhos, menos este: o de entrar para a Academia (Referência demonstrativo) Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças. Exemplo: Mais um dia igual aos outros… (Referência comparativa endofórica) É um exercício semelhante ao de ontem. Substituição Consiste na colocação de um item em lugar de outro (s) elemento(s) do texto, ou até mesmo, de uma oração inteira. Seria uma relação interna ou externa, em que uma espécie de “coringa” é usada em lugar da repetição de um item particular. Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as repetições. Pedro comprou um carro novo e José também. O professor acha que os alunos não estão preparados, mas eu não penso assim. O padre ajoelhou-se todos fizeram o mesmo. Minha prima comprou um celular. Eu também estou querendo um. Elipse: Um componente textual quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido através da elipse. Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer ᴓ? (A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo oferecido são ingressos para o concerto.) Conjunção: A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas; Permite estabelecer relações significativas especificas entre elementos ou orações do texto; Caracterizado por marcadores formais que correlacionam o que esta para ser dito aquilo que foi dito. Trata-se dos diversos tipos de conectores e partículas de ligação. Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe. (adversativa) Exemplos: 1 estabelecem relação de concessão e contradição. Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa. 2 Exemplifica o que já foi expresso. Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito. 3 Estabelecem oposição entre dois enunciados. Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo. 4 Temporalidade: Houve um violento tumulto, logo após seguiu-se uma grande paz. ELEMENTOS DE COESÃO Semelhança, comparação, conformidade: Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 24 Como, consoante, segundo, da mesma maneira que, do mesmo modo que, igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, como, assim como, bem como, como se, à medida que, à proporção que, quanto (mais, menos, menor, melhor, pior)... tanto (mais, menos, menor, melhor, pior), tanto quanto, que (do que), (tal) que, (tanto) quanto, (tão) quão, (não só) como, (tanto) como, (tão) como, etc. Condição, hipótese; Se, desde que, salvo se, exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não ser que, a menos que, sem que, suposto que, desde que, eventualmente, etc. Adição, continuação: Além disso, (a)demais, mas também, outrossim, ainda mais, por outro lado, também, e, nem, não só... mas também, não apenas... como também, não só... bem como, e, além de, ainda, etc. Dúvida: Talvez, provavelmente, possivelmente, quem sabe, é provável, não é certo, se é que, a caso, por ventura, etc. Certeza, ênfase: Decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, etc. Surpresa, imprevisto inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente, etc. Ilustração, esclarecimento: Por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, ou melhor, aliás, ou antes, vale dizer, etc. Propósito, intenção, finalidade: Com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que, com o intuito de, com o objetivo de, para, etc. Lugar, proximidade, distância: Perto de, próximo a ou de, junto a ou de, fora, mais adiante, além, lá, ali, algumas preposições e os pronomes demonstrativos, etc. Conclusão, resumo, recapitulação, etc Em suma, em síntese, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, por isso, por consequência, assim, desse modo, etc. Causa e consequência, explicação: Por consequência, por conseguinte,como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (=porque), portanto, logo, que (=porque), de tal sorte que, de tal forma que, visto que, dado que, como, devido a, em virtude de, tendo em vista isso, face a isto, etc. Contraste, oposição, restrição, ressalva, concessão: Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, porém, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, por menos que, a menos que, a não ser que, em contrapartida, enquanto, ao passo que, por outro lado, sob outro ângulo, apesar de, a despeito de, porém, sob outro ponto de vista, de outro modo, por outro lado, em desacordo com, etc. Afirmação: Sim, certamente, efetivamente, realmente, seguramente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, decerto, por certo, com certeza, etc. Modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, como, alerta, melhor (mais bem), pior (mais mal), às pressas, à toa, às escuras, à vontade, de Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 25 Critérios de avaliação do Enem mansinho, em silêncio, em coro, face a face, às cegas, a pé, a cavalo, de carro, às escondidas, às tontas, ao acaso, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de uma assentada, de soslaio, passo a passo, cara a cara, etc. Também exprime modo a maioria dos advérbios terminados em mente: suavemente, corajosamente, etc. Referência: A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, além de, antes de, antes de, aquém de, até a, dentro em, dentro de, depois de, fora de, ao modo de, à maneira de, junto de, junto a, devido a. Intensidade: Muito, pouco, assaz, bastante, deveras, menos, tão, tanto, demasiado, mais, demasiadamente, meio, todo, completamente, profundamente, excessivamente, extremamente, demais, nada (Isto não é nada fácil), ligeiramente, levemente, que (Que fácil é este exercício!), quão, como (Como cantam!), quanto, bem, mal, quase, etc. Inclusão: Até, inclusive, mesmo, também, ainda, ademais, além disso, de mais a mais, etc. . Como será atribuída a nota à redação? Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para cada uma das cinco competências, e a soma desses pontos comporá a nota total década avaliador, que pode chegar a 1000 (mil) pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores. Competência 1 O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência. Competência 2 Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 26 O participante desenvolve o tema por meio de argumentos consistentes, a partir de um repertorio sociocultural produtivo e, apresenta excelente domínio do texto dissertativo- argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio de acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto. Competência 3 Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionadas ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria. Competência 4 O participante demonstra bem as idéias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertorio diversificado de recursos coesivos, sem inadequações. Competência 5 Trata-se de redação cuja proposta de intervenção é muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente das discussões desenvolvidas no texto, abrangente e bem detalhada. Competência 1 – “Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita” 200 O participante demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou apresentando pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. 160 Bom domínio da norma padrão, apresentando poucos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. Assim, o mesmo desvio não ocorre em várias partes do texto, 120 Domínio adequado da norma padrão, apresentando alguns desvios gramaticais graves e de convenções da escrita, ou muitos desvios leves. Assim, há certos desvios que ocorrem em várias partes do texto 80 Domínio mediano da norma padrão, apresentando grande quantidade de desvios gramaticais e de convenções da escrita graves ou gravíssimos, além de presença de marcas de oralidade. 40 Domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais e de convenções da escrita, além de presença de gírias e marcas de oralidade. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 27 0 O participante demonstra desconhecimento total da norma padrão, de escolha de registro e de convenções da escrita. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 28 Competência 2 – “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo- argumentativo” Competência 3 – “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista” 200 O participante seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, configurando autoria, em defesa de seu ponto de vista. 160 O participante seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, em defesa de seu ponto de vista. 120 O participante apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto, porém os organiza e relaciona de forma pouco consistente em defesa de seu ponto de vista. 80 O participante apresenta informações, fatos e opiniões pouco articulados ou contraditórios, embora pertinentes ao tema proposto.. 40 . desenvolve de maneira tangencial o tema,detendo-se em tema vinculado ao mesmo assunto, o que revela má interpretação do tema proposto. Apresenta inadequação ao tipo textual 200 Desenvolve muito bem o tema, explorando os seus principais aspectos. A redação contém uma argumentação consistente, revelando excelente domínio do tipo textual 160 Desenvolve bem o tema, mas não explora os seus aspectos principais. Desenvolve uma argumentação consistente e apresenta bom domínio do tipo textual 120 desenvolve de forma adequada o tema, mas apresenta uma abordagem superficial, discutindo outras questões relacionadas. Desenvolve uma argumentação previsível e apresenta domínio adequado do tipo textual 80 desenvolve de forma mediana o tema, apresentando tendência ao tangenciamento. Desenvolve uma argumentação previsível a partir de argumentos do senso comum, de cópias dos textos motivadores 40 desenvolve de maneira tangencial o tema, detendo-se em tema vinculado ao mesmo assunto, o que revela má interpretação do tema proposto. Apresenta inadequação ao tipo textual dissertativo-argumentativo, 0 O participante desenvolve texto que não contempla a proposta de redação: desenvolve outro tema e/ou elabora outra estrutura textual que não a dissertativo-argumentativa – por exemplo, faz um poema, descreve algo ou conta uma história. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 29 0 texto que não contempla a proposta de redação: desenvolveoutro tema e/ou elabora outra estrutura textual que não a dissertativo-argumentativa – Competência 4 – “Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação” 200 O participante articula as partes do texto, sem inadequações na utilização dos recursos coesivos. 160 A redação enquadrada neste nível não poderá conter: frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico-gramatical; sequência justaposta de idéias sem encaixamentos sintáticos; ausência de paragrafação; frase com apenas oração subordinada, sem oração principal. 120 O participante articula as partes do texto, porém com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos. A redação enquadrada neste nível poderá conter eventuais desvios, 80 O participante articula as partes do texto, porém com muitas inadequações na utilização dos recursos coesivos. A redação enquadrada neste nível poderá conter desvios, como: frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico- gramatical; sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos; ausência de paragrafação; frase com apenas oração subordinada, sem oração principal. 40 O participante não articula as partes do texto ou as articula de forma precária e/ou inadequada, apresentando graves e freqüentes desvios de coesão textual. Na redação enquadrada neste nível, há sérios problemas na articulação das ideias e na utilização de recursos coesivos: frases fragmentadas; frase sem oração principal 0 O participante apresenta informações desconexas, que não se configuram como texto Competência 5 – “Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos” 200 O participante elabora proposta de intervenção clara e inovadora, relacionada à tese e bem articulada com a discussão desenvolvida no texto. São explicitados os meios para realizá-la. 160 O participante elabora proposta de intervenção clara, relacionada à tese e bem articulada com a discussão desenvolvida no texto. São explicitados os meios para realizá-la. 120 O participante elabora proposta de intervenção relacionada ao tema, mas pouco articulada à discussão desenvolvida no texto 80 O participante elabora proposta de intervenção relacionada ao tema de forma precária, não articulada com a discussão] desenvolvida no texto, ou com desenvolvimento precário dos meios para realizá-la. 40 O participante elabora proposta de intervenção tangencial ao tema ou subentendida no desenvolvimento da argumentação. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 30 0 O participante não apresenta proposta de intervenção.– 1998: Viver e aprender 1999: Cidadania e participação social 2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional 2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar interesses em conflito? 2002: O direito de votar 2003: Violência na sociedade brasileira 2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação? 2005: O trabalho infantil na realidade brasileira 2006: O poder de transformação da leitura 2007: O desafio de conviver com a diferença 2008: A máquina de chuva da Amazônia (prova reaplicada): “Qual o efeito em nós do ‘Eles são todos corruptos’?” 2009 : O individuo frente a ética nacional 2009: Valorização do Idoso 2010: (prova oficial): “Ajuda humanitária” e (prova reaplicada): “O trabalho na construção da dignidade humana” 2011: Viver em rede no século XXI 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI 2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil 2015: A persistência da violência contra a mulher no Brasil TEMAS DE PROVAS ANTERIORES RETROSPECTIVA DE TEMAS ENEM O que caiu nas provas anteriores Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 31 2016: "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil A falta de água As manifestações políticas A mobilidade urbana Dengue, Zica e Chikungunya As campanhas de vacinação O limite da estética e da saúde A sustentabilidade de empresas e o aquecimento global Justiça com as próprias mãos Corrupção na Petrobras Desigualdade étnica e de gênero Liberdade de expressão e mídia Escândalo e corrupção na FIFA Consumo de álcool e droga por adolescentes Limites entre humor e bullying uitos textos dissertativos não se estruturam adequadamente por causa da mistura de assuntos e da diluição de seu objetivo. Por isso, duas medidas são necessárias para a boa organização desses textos: a delimitação do assunto e a fixação do objetivo. Todo texto dissertativo faz um comentário, trata de um assunto, que é sua referência. Os assuntos, em geral, são amplos e genéricos. Ao elaborarmos uma dissertação é preciso delimitar o assunto, caso contrário, corremos o risco de fazer um texto de conteúdo vago e muito obvio. M POSSÍVEIS TEMAS DE REDAÇÃO DO ENEM 2017 DELIMITAÇÃO DE TEMAS Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 32 Anote suas idéias sobre o assunto, pesquise sobre o tema, busque dados estatísticos, definições, assim você irá ampliar suas ideias. Delimitar o assunto é explicitar sob que perspectiva o texto será construído. Quando se define o ângulo, a partir do qual o assunto será tratado, Chega-se ao tema do texto. Suponhamos que o texto seja “A FOME”. Alguns dos temas que poderiam ser extraídos desse assunto são: - A fome como conseqüência da má distribuição de renda. - A fome e as limitações da aprendizagem. - A mudança da conduta social decorrente da fome. Outro ponto fundamental na dissertação é a determinação de seu objetivo. Isso significa facilitar a seleção de idéias e a organização do próprio texto. É necessário saber para que escrever, qual a finalidade do texto a ser escrito. Agora é com você! 1 - Delimite o assunto conforme o exemplo dado. a) Menor abandonado b) A poluição do ar c) Sistema educacional brasileiro d) Cultura do esporte no Brasil Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 33 e) Sistema de saúde do Brasil. ntrodução: O primeiro espaço de apresentação das nossas ideias é a introdução, é com ela que mostramos aos nossos leitores a interpretação que fizemos do tema e as relações que estabelecemos e nos fizeram defender determinado ponto de vista. 1- Narração: Nesse caso, você narrará um acontecimento que representará a problematização feita por você e proposta pelo tema. Para obter sucesso nesse recurso, atente-se aos detalhes que escolherá relatar, visto que essa seleção já indicará seu posicionamento aos leitores. Ex: Em agosto de 1976, faleceu o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em cuja gestão foi construída a monumental capital brasileira... 2- Fato histórico: Introduzir um texto por alusão histórica é recortar um fato, um período histórico, um hábito antigo a fim de comparar com o presente. Essa comparação evidenciará uma permanência, ou não, de determinada situação e isso será base para a problemática do que o tema apresentou para discussão. Esse tipo de introdução permite que o autor apresente domínio de uma área de conhecimento de relevância, a história, o que contribui para o objetivo final de um texto dissertativo- argumentativo: defesa de um ponto de vista. Ex: Na década de 60, estudantes, representados pela une, combatiam o uso de ritmos e instrumentos estrangeiros trazidos pelo movimento conhecido como tropicalismo. Já na década de 70 a invasão da música estrangeira e dos estrangeirismos fica evidente devido a nova mania ‘’nacional” – as discotecas. Hoje o Deputado Federal Aldo Rebelo procura barrar o uso de expressõesestrangeiras no cotidiano nacional. I TIPO DE INTRODUÇÃO Os tipos de Introdução Narração Fato histórico Definição Citação Dados estatísticos Perguntas Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 34 3- Definição: Podemos definir algo de diversas formas: dicionário, definição histórica, definição teórica e definição própria (que consiste em definir algo a partir de sua visão de mundo, suas experiências). A forma mais adequada é você quem definirá, uma vez que essa escolha dependerá do ponto de vista que será defendido ao longo do texto. Ex: “Menor”. O pequeno, de segundo plano, inferior, aquele que não atingiu a Maioridade. O uso da palavra “menor” para se referir às crianças no Brasil já demonstra como são tratadas: em segundo plano. Vale perceber que há, muitas vezes, mais de uma maneira de se definir algo e, portanto a escolha da definição mais adequada dependera do ponto de vista a ser defendido. 4- Citação: Esse recurso consiste em fazer referência a ideias de outros autores a fim de que o seu ponto de vista seja fortalecido, sua opinião será destaque mesmo quando você desconstruir a opinião do autor citado, uma vez que terás mostrado conhecimento crítico aos leitores. • Há duas possibilidades de citação: a direta e a indireta. A primeira é quando é apresentado no texto a ideia com as palavras do próprio autor, exemplo: Segundo Marx, “A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”. • A citação indireta é quando, com as suas palavras, são apresentadas as ideias do autor que será citado. exemplo: “Sakamoto evidencia a necessidade de uma formação educacional em que o senso crítico e o bom senso sejam instigados nas crianças.” 5- Dados estatísticos Ex: A língua portuguesa é um dos maiores patrimônios culturais do país. Hoje 75% de todos os lusófonos do planeta são brasileiros. 6- Perguntas: Consiste em lançar interrogações a respeito da questão que será analisada e respondida no percurso do textual. As perguntas delimitam o tema e poderão servir para antecipar quais serão os passos seguidos pelos enunciados na sequencia do texto, situando os leitores. Agora é com você! Escolha temas que poderão cair na redação, e treine os tipos de Introdução. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 35 aqui que aparecem as ideias, os argumentos, a originalidade. É a parte mais longa do texto. Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente analisando as ideias e exemplificando de maneira rica. 1- DESENVOLVIMENTO POR EXEMPLIFICAÇÃO: Exemplos, além de serem de leitura interessante, têm a propriedade de tornar clara e concreta a idéia que se quer expressar. O tópico frasal pode ser desenvolvido por até dois exemplos representativos, ou por um só exemplo que seja especialmente detalhado Ex. Há muito tempo que vem sendo estudada a possibilidade de haver, no reino animal, outros tipos de inteligência além da humana. Por exemplo, O golfinho. Dizem que esses simpáticos mamíferos pensam mais rápido do que o homem tem linguagem própria e também podem aprender uma língua humana. Além disso, chegam a adquirir úlceras de origem psicológica e sofrem. stress por excesso de atividade. 2- DESENVOLVIMENTO POR COMPARAÇÃO E CONTRASTE: Comparar é procurar semelhanças, contrastar é estabelecer diferenças. Tenha o cuidado de comparar ou contrastar apenas idéias pertencentes à mesma classe; é indispensável que as duas idéias tenham uma base comum. Assim, você pode comparar um técnico de futebol com um maestro, desde que consiga estabelecer entre eles uma relação que sirva de base. Ex. A principal diferença entre escrever e falar é o tempo de que se pode dispor para fazer uma e outra coisa. Não é de estranhar, portanto, que essas atividades exijam habilidades diferentes e cheguem a produtos diferentes. Fala bem quem consegue organizar o maior número de idéias no exato momento da fala. Escreve bem quem é capaz de registrar, com precisão, clareza e organização, as idéias que pretende transmitir a seu leitor, não importando o tempo que leve para fazer isso. É Tipos de desenvolvimentos Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 36 3- Desenvolvimento por causa e efeito: Um parágrafo desenvolvido por causa e efeito explana o tópico frasal, apresentando as causas que ocasionaram determinada situação, ou que levaram a que uma determinada afirmação fosse feita. Ex. A prática da redação é muito importante para a formação profissional. Não é apenas por causa da necessidade de redigir cartas, relatórios, ofícios e, eventualmente, artigos que um agrônomo, por exemplo, precisa saber escrever. A prática da redação é fundamental porque é um excelente treinamento para a organização do raciocínio e para o desenvolvimento da capacidade de se expressar. 4- DESENVOLVIMENTO POR ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO: Desenvolver um parágrafo por análise é dividir a idéia-tópico em partes e tratar de cada uma delas; fazê-lo por classificação é colocar em classes definidas as coisas ou as pessoas compreendidas na idéia-tópico e falar sobre cada uma em separado. Ex. Há três espécies de “donos de livros”. Uns limitam-se a contemplá-los; acumulam-nos pelo simples prazer de ver, nas prateleiras, as extensas filas de volumes. Outros gostam apenas de falar dos livros que têm; transformam em seu assunto constante o fato de possuir tal obra. Há, por fim, o pequeno e discreto grupo dos que lêem seus livros. Agora é com você! Dando continuidade, use os mesmo temas da introdução para treinar os tipos de desenvolvimentos. Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 37 o acabamento da redação. Resume todas as ideias apresentadas e discutidas no desenvolvimento. É a comprovação da tese levantada na introdução. A conclusão não deve ser muito longa, a exemplo da introdução, e deve ocupar também, somente um parágrafo. 1- DEDUÇÃO Trata-se de um processo de raciocínio em que a conclusão é alcançada a partir de um conjunto de premissas abordadas em uma afirmação e que constroem um pensamento lógico. Isso se chama “regras de inferência”. 2- SÍNTESE A síntese tem como objetivo defender uma tese ou ideia através da argumentação, basicamente é o ato de abordar as principais ideias e pontos de conexão de um determinado raciocínio. Uma síntese pode ser um resumo, um sumário ou uma sinopse, ou seja, uma descrição abreviada com um texto. 3 - CONCLUSÃO COM INTERVENÇÃO Trata-se de elaborar uma sugestão para “solucionar” o problema posto em debate na proposta de redação. O candidato deve sempre buscar propostas concretas, específicas e consistentes com o desenvolvimento de suas ideias. Deve-se elaborar uma proposta de intervenção detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Ela deve ser clara, inovadora e, sobretudo, viável. É TIPOS DE CONCLUSÃO Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 38 ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida 1º Emprego dos SS Usa-se SS em palavras derivadas de verbo cujo radical é CED, GRED, PRIM, MET, TIR. Ex. CEDER–CESSÃO IMPRIMIR – IMPRESSÃO AGREDIR – AGRESSÃO INTROMETER– INTROMISSÃO DISCUTIR – DISCUSSÃO EXCEDER- EXCESSO\EXCESSIVO CONCEDER– CONCESSÃO PROCEDER- PROCESSO DEPRIMIR-DEPRESSÃO COMPRIMIR- COMPRESSA PROGREDIR– PROGRESSÃO AGREDIR- AGRESSOR\AGRESSÃO\ AGRESSIVO TRANSGREDIR- TRANSGRESSÃO\TRANSGRESSÃO COMPROMETER- COMPROMISSO PROMETER- PROMESSA INTROMETER- INTROMISSÃO Obs.: Se o T original permanecer, será usado Ç. Ex. REPETIR – REPETIÇÃO CURTIR – CURTIÇÃO INTROSPECTIVO – INTROSPECÇÃO IMPORTAR – IMPORTAÇÃO REPARTIR- REPARTIÇÃO 2º Emprego do S Usa-se S em palavras derivadas de verbos com radicais em ND, RG, RT, PEL, CORR. Ex. EXPANDIR - EXPANSÃO IMERGIR – IMERSÃO INVERTER - INVERSÃO IMPELIR – IMPULSO PRETENDER – PRETENSÃO\PRETENSA\ PRETENSIOSO COMPREENDER- COMPREENSÃO\COMPREENSIVO EXPANDIR-EXPANSÃO CONFUNDIR- CONFUSÃO CONVERTER- CONVERSÃO Obs. No final de adjetivos derivados de substantivos. CORTE – CORTÊS CHINA – CHINÊS BURGO – BURGUÊS A ORTOGRAFIA Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 39 Obs.: Letra S representa também o som de Z. Nesse caso, geralmente se usará S entre vogais. Ex. MESA, ROSA, ALUSÃO, VISÃO, PESQUISA, ANÁLISE, PESO, PESAR, PÊSAMES. Usa-se S nos sufixos OSO, OSA Ex.BONDOSO,HORROROSO, GOSTOSO. 3º EMPREGO DO Z No sufixo IZAR: se no final do radical da palavra primitiva não houver S, usa-se Z. VALOR – VALORIZAR VIÁVEL – VIABILIZAR HOSPITAL – HOSPITALIZAR CATEQUESE – CATEQUIZAR Obs.: Nas palavras ANALISAR E PESQUISAR, o sufixo é AR e não IZAR. Daí grafarem-se com S. Nos substantivos abstratos derivados e adjetivos. Belo – beleza rico – riqueza rápido – rapidez Nos sufixos ZAL, ZINHO, ZEIRO, AZ, IZ. Ex. CAFEZAL , CAFEZINHO, CAQUIZEIRO, MORDAZ, VORAZ, MATRIZ. 4º EMPREGO DO X Depois de ditongos AI, EI, OU. Ex. CAIXA, QUEIXO, TROUXA. Depois de EN. Ex. ENXADA, ENXUTO, ENXERTO, ENXURRADA, ( Exceção :encher) Depois de MI, ME ,quando esses foram a primeira sílaba. Ex. MIXÓRDIA, MEXER, MEXILHÃO MÉXICO ( Exceção : mecha, mechar, mechoacão.) Obs.: A letra X pode representar o som de Z, depois de E , quando este é a primeira sílaba. Ex. EXÉRCITO, EXÍLIO, EXÍMIO, ÊXODO. 5º EMPREGO DO J Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR: Viajar – espero que eles viajem. Encorajar- para que eles se encorajem. Enferrujar- que não se enferrujem as portas. Escreve-se com J as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA. LOJA- Lojista Canja- canjica Sarja- sarjeta Escreve-se com J palavras derivadas do vocabulário tupi-guarani: JILO JIBOIA JIRAU 1. Regra dos hiatos (abolida pela reforma Ortográfica): Como era :Todas as palavras terminadas em OO(s) e as formas verbais terminadas em EEM recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, lêem, vêem, relêem, prevêem. Como fica: Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem. O que não muda a) Eles têm e eles vêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos TER e VIR); b) Ele contém, detém, provém, intervém (terceira pessoa do singular do presente do indicativo dos verbos derivados de TER e VIR: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, convir); c) Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos derivados de TER e VIR). 2. Regra do U e do I (parcialmente abolida): O que não muda As vogais I e U recebem acento agudo sempre que formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba ou com S: Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga- ú-cho, eu re-ú-no, ele re-ú-ne, eu sa-ú-do, eles sa-ú-dam; I-ca-ra-í, eu ca-í, eu sa-í, eu tra-í, o pa-ís, tu ca- ís-te, nós ca-í-mos, eles ca-í-ram, eu ca-í-a, ba-í- a, ra-í-zes, ju-í-za, ju-í-zes, pre-ju-í-zo, fa-ís-ca, Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 40 pro-í-bo, je-su-í-ta, dis-tri-bu-í-do, con-tri-bu-í-do, a-tra-í-do? Observações: a) A vogal I tônica, antes de NH, não recebe acento agudo: rainha, bainha, tainha, ladainha, moinho. b) Não há acento agudo quando formam ditongo e não hiato: gra-tui-to, for-tui-to, in-tui-to, cir-cui- to, mui-to, sai-a, bai-a, que eles cai-am, ele cai, ele sai, ele trai, os pais. c) Não há acento agudo quando as vogais I e U não estão isoladas na sílaba: ca-iu, ca-ir-mos, sa- in-do, ra-iz, ju-iz, ru-im, pa-ul O que muda Perdem o acento agudo as palavras em que as vogais I e U formam hiato com um ditongo anterior: fei-u-ra, bai-u-ca, Bo-cai-u-va Como era Feiúra, baiúca, bocaiúva Como fica Feiura, baiuca, bocaiuva 3. Regra dos ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI (parcialmente abolida): Como era Acentuavam-se todas as palavras que apresentam ditongos abertos: ÉU: céu, réu, chapéu, troféus ÉI: papéis, pastéis, anéis, idéia, assembléia ÓI: dói, herói, eu apóio, esferóide Observações: a) Não se acentuam os ditongos fechados: EU: seu, ateu, judeu, europeu EI: lei, alheio, feia OI: boi, coisa, o apoio b) No Brasil, colmeia e centopeia são pronunciados com o timbre aberto. O que muda? Perdem o acento agudo somente as palavras paroxítonas: ideia, epopeia, assembleia, jiboia, boia, eu apoio, ele apoia, esteroide, heroico O que não muda O acento agudo permanece nas palavras oxítonas: dói, mói, rói, herói, anéis, papéis, pastéis, céu, réu, troféu, chapéus 4. Regra do acento diferencial (parcialmente abolida): Como era Recebiam acento gráfico: Ele pára (do verbo PARAR - só a 3ª. pessoa do singular do presente do indicativo); Eu pélo, tu pélas e ele péla (do verbo PELAR); O pêlo, os pêlos (substantivo = cabelo, penugem); A pêra (substantivo = fruta - só no singular); O pólo, os pólos (substantivos = jogo ou extremidade). Como fica Sem acento gráfico: Ele para (do verbo PARAR - 3ª. pessoa do singular do presente do indicativo); Eu pelo, tu pelas e ele pela (do verbo PELAR); O pelo, os pelos (substantivo = cabelo, penugem); A pera (substantivo = fruta); O polo, os polos (substantivos = jogo ou extremidade). O que não mudou a) PÔR (só o infinitivo do verbo): "Ele deve pôr em prática tudo que aprendeu"; POR (preposição): "Ele deve ir por este caminho". b) PÔDE é a 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: "Ontem ele não pôde resolver o problema"; PODE é a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo: "Agora ele não pode sair". Observação: Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 41 Sugiro que acentuemos fôrma ("fôrma de pizza"), como orienta o dicionário Aurélio, a fim de diferenciar de forma (“‘forma física ideal”). Podemos separar os sinais de pontuação em dois grupos: 1º destinados á marcação de pausas. VÍRGULA [,] a menor pausa. PONTO E VÍRGULA [;] uma pausa média, intermediária entre a vírgula e o ponto. PONTO [.] uma pausa mais acentuada. VÍRGULA • A vírgula é sem dúvida, aquela que aparece nas mais diversas situações do discurso escrito: enumera palavras ; ordena ideias e separa expressões. • Serve para indicar pequena pausa na leitura, mas, sobretudo mudança de entoação. • O homem que trabalha vive mais. • O homem que trabalha, vive mais. • Quando as crianças voltarem ponha-as na cama! • Quando as crianças voltarem, ponha-as na cama ! REGRAS PARA O USO DA VÍRGULA • 1º separa termos que possuem mesma função sintática no período. Ex. O menino berrou, chorou, esperneou e enfim, dormiu. José, Maria, Antônio e Joana foram ao mercado. • 2ª Isola o vocativo – presente nos diálogos, nas invocações e nas frases imperativas. Ex. “Tudo isso está muito bem, Vanda.” “Onde é que aprendeu isso, menino?” “Estamos contigo, Aryosvaldo !” “Então, meu aluno, vamos estudar pontuação?” • 3º Isola o aposto explicativo. Ex. Mario, ex-integrante do time, foi ao treino.
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