Buscar

Redação Geral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
1 
Uma abordagem geral 
Conceito de texto 
Gêneros textuais 
Tipologia textual 
Gênero Dissertativo argumentativo – Esquemas 
Compreensão da proposta de redação 
Paragrafação, linearidade e tópico frasal 
Processo de comunicação 
Níveis de linguagem 
Coesão e coerência 
Critérios de avaliação do Enem 
Temas de provas anteriores 
Delimitação de temas 
Tipo de introdução 
Tipos de desenvolvimento 
Conclusão 
Ortografia e pontuação 
Analise de redações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
2 
 
 
 
 
omunicarmo-nos é criar. É oferecer a outrem os 
nossos ideias, as nossas opiniões, as nossas 
experiências de vida. É mostrar a nossa cultura e 
personalidade. A comunicação escrita, muito 
mais que a oral, é nosso auto-retrato. A redação surge como 
um verdadeiro espelho do que somo – é o peso da nossa 
bagagem cultural. 
A prova de redação do Enem é, em todos os anos reportados 
pela imprensa e TV, discutida nos cursinhos e acompanhada 
de perto pelas escolas. Sua relevância é notória pela 
importância e abrangência do exame e por ser uma prova que 
vale 1000 pontos, o que pode fazer a diferença para consegui 
uma aprovação nas Universidades Federais do Brasil. 
O exame de redação para o candidato expressar seu potencial, mostrar o quanto evoluiu durante o Ensino 
Básico em sua capacidade de leitura, compreensão, analise e expressão. 
Portanto, é necessário que cada um conscientizado de suas limitações e necessidades, se atire de corpo e 
alma a um trabalho de treinamento continuo e gradativo , com vista a melhorar a sua redação , à luz das 
técnicas e orientações dadas. 
REGRA PRIMORDIAL 
EU + FORÇA DE VONTADE proporcional ÀS MINHAS DIFICULDADES = TREINO + 
TREINO+TREINO+... 
 
Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro 
inquieto, vivo. Ele esta cá dentro e não quer sair. 
Carlos Drummond de Andrade 
 
 
 
C 
UMA ABORDAGEM GERAL 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
3 
 
 
 
chmidt (1978:167) afirma que “não se instaura um texto sem uma função comunicativa”. 
Dessa forma, todo texto é a expressão de algum propósito comunicativo. Caracteriza-se, 
portanto, como uma atividade eminentemente funcional, no sentido de que a ele recorremos com uma 
finalidade, com o objetivo especifico, nem que seja, 
simplesmente , para não ficarmos calado. 
Conseqüentemente, todo texto é expressão de uma atividade 
social. Assim compreender um texto vai além de seu aparato 
lingüístico, pois se trata de um evento comunicativo em que 
operam, simultaneamente, ações lingüísticas, sociais e 
cognitivas. 
É importante dizer que o texto é caracterizado por uma 
orientação temática; quer dizer, o texto se constrói a partir de 
um tema, de um tópico, de uma idéia central, ou de um núcleo 
semântico, que lhe da continuidade e unidade. 
O que um conjunto de palavras precisa ter para funcionar e se 
identificar como um texto? 
Beaugrande e Dressler (1981) propõem como critério da 
textualidade: a coesão, a coerência, a intencionalidade,a 
aceitabilidade, a informatividade, a intertextualidade, a 
situcionalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
S 
CONCEITO DE TEXTO 
 Coerência: é responsável 
pela articulação das idéias em 
um todo harmônico e 
organizado. 
 Coesão: articulação dos 
elementos lingüísticos (palavras 
e sentenças) por meio do 
processo que vai alinhavando a 
costura do texto. 
 Intencionalidade: sua 
finalidade. 
 Informatividade: um bom 
texto deve apresentar um 
numero suficiente e adequado 
de informação. 
 Intertextualidade: textos 
que fazer referencia a outros 
textos. 
 Situacionlidade; é 
produzido por um sujeito que 
interage com o outro, a 
linguagem deve ser adequada a 
uma situação. 
 Aceitabilidade: aquele que 
recebe, e interpreta a 
mensagem. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
4 
 
 
o processo de leitura e comunicação de sentido de textos, levamos em conta 
que a escrita \fala baseiam-se em formas padrões e relativamente estáveis de 
estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades 
comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos 
diversos,como também produzimos ou ouvimos enunciados ,tais como :”escrevi uma 
carta”,”recebi um e-mail”,”achei o anúncio interessante”,”o artigo apresenta 
argumentos interessantes”. 
 
1) Textos literários ficcionais: São textos 
voltados para a narrativa de fatos e episódios do 
mundo imaginário (não real). Entre estes, 
podemos destacar: contos, lendas, fábulas, 
crônicas, obras teatrais e novelas. 
2) Textos do patrimônio oral, poemas e letras 
de músicas: Os textos do patrimônio oral, logo 
que são produzidos têm autoria, mas, depois, 
Tornam -se um registro escrito, tornam-se 
anônimos, passando a ser patrimôniodas 
comunidades. São exemplos: as trava-línguas, 
parlendas, quadrinhas, adivinhas, provérbios. 
Também fazem parte do segundo agrupamento 
os poemas e as letras de músicas 
3) Textos com a finalidade 
de registrar e analisar as 
ações humanas 
individuais e 
coletivas:contribuir ara que 
as experiências sejam 
guardadas na memória das 
pessoas 
Tais textos analisam e 
narram situações 
vivenciadas pelas 
sociedades, tais como as 
biografias, testemunhos 
orais e escritos, obras 
historiográficas e noticiários 
N 
Os textos, orais ou 
escritos, que 
produzimos para 
nos comunicar, 
possuem um 
conjunto de 
características, e 
são estas 
características. 
Que irá constituir 
seu gênero 
textual. Algumas 
destas 
características 
são: Conteúdo 
forma e estilo. 
Conteúdo: aquilo 
que pode ser dito 
através do 
conteúdo. 
Estilo: as palavras 
expressões frases 
selecionadas e o 
modo de organiza-
las 
Forma: a estrutura 
em que cada 
argumento textual 
é apresentado. 
Gêneros textuais 
Gênero Textual é o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas 
nos textos. Estas formas podem ser mais formais ou mais informais, e até se 
mesclarem em um mesmo texto, porém este será nomeado com o gênero que 
prevalecer.Os gêneros textuais são a forma como a língua se organiza para se 
manifestar nas mais diversas situações de comunicação, a língua em constante 
uso. Segundo Marcuschi “[...] é impossível se comunicar verbalmente a não ser por 
algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente ao não ser por 
algum texto [...]” 
 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
5 
4) Textos com a finalidade de construir e fazer 
circular entre as pessoas o conhecimento 
escolar/científico. São textos mais expositivos, 
que socializam informações, por exemplo, as 
notas de enciclopédia, os verbetes de dicionário, 
os seminários orais, os textos didáticos, os 
relatos de experiências científicas e os textos de 
divulgação científica. 
5) Textos com a finalidade de debater temas 
que suscitam pontos de vista diferentes, 
buscando o convencimento do outro. Os 
sujeitos exercitam suas capacidades 
argumentativas. Cartas de reclamação, cartas de 
leitores, artigos de opinião, editoriais, debates 
regrados e reportagens são exemplos de textos 
com tais finalidades 
6)Textos com a finalidade de divulgar 
produtos e/ou serviços e promover 
campanhas educativas no setor da 
publicidade. Também aqui a persuasão está 
presente, mas com a finalidade de fazer o outro 
adquirir produtos e/ou serviços ou mudar 
determinados comportamentos. São exemplos: 
cartazes educativos, anúncios publicitários, 
placas e faixas 
7) Textos com a finalidade de orientar e 
prescrever formas de realizar atividades 
diversas ou formas de agir em determinados 
eventos. Os chamados textos instrucionais, tais 
como as receitas, os manuais de uso de 
eletrodomésticos, as instruçõesde jogos, as 
instruções de montagem e os regulamentos. 
8) Textos com a finalidade de orientar a 
organização do tempo e do espaço nas 
atividades individuais e coletivas 
necessárias à vida em sociedade. São eles: as 
agendas, os cronogramas, os calendários, os 
quadros de horários, as 
folhinhas e os mapas. 
9) Textos com a finalidade de mediar as ações 
institucionais. São textos que fazem parte, 
principalmente, dos espaços de trabalho: os 
requerimentos, os formulários, os ofícios, os 
currículos e os avisos 
10) Textos epistolares utilizados para as mais 
diversas finalidades. As cartas pessoais, os 
bilhetes, os e-mails, 
os telegramas medeiam às relações entre as 
pessoas, em diferentes tipos de situações de 
interação. 
11) Textos não verbais. Os textos que não 
veiculam a linguagem verbal, escrita, tendo, 
portanto, foco na linguagem não verbal, tais 
como as histórias em quadrinhos só com 
imagens, as charges, pinturas, esculturas e 
algumas placas de trânsito compõem tal 
agrupamento. 
Caricatura: a caricatura é vista como um 
resultado do exagero e da simplificação. 
Enquanto o realismo se apega aos detalhes, a 
caricatura elimina-os acrescentando-lhes 
automaticamente mais humor, tornando-se uma 
forma de impressionismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Charge: A palavra é de origem francesa 
(charger) e significa carga, ou seja, trata-se de 
um texto de humor carregado, que costuma 
satirizar fatos atuais, fatos que normalmente 
saem nos noticiários. Note como a maioria das 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
6 
críticas políticas que encontramos nos jornais são 
charges. 
 
 
Cartum: Já a cartum, ao contrário da charge, 
relata um fato atemporal, universal que 
independe do contexto de uma época ou cultura. 
 
 
Tirinha: a tirinha tem uma construção muito 
próxima da piada, sempre com um desfecho 
inesperado. Trata-se de um texto curto, moldado 
por um formato retangular e com poucos 
quadrinhos. 
 
 
 
 
HQ – História em Quadrinhos 
O HQ é uma forma de contar fatos e histórias por 
meio de imagens. Nos quadrinhos se utilizam ao 
mesmo tempo, desenhos e palavras escritas. A 
história que se quer contar é explicada por meio 
de quadros, que se distribui na página um depois 
do outro, para poder representar o que vai 
acontecendo em cada uma das cenas, como se 
fosse um filme. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
7 
 
A propaganda é um gênero presente em 
diversos meio de comunicação. Impõem valores, 
mito, ideia visa à informação e apelos, a fim de 
persuadir o destinatário. Opera no sentido de 
atingir o subconsciente do consumidor, 
influenciando em suas decisões. 
 
 
 Gêneros Textuais- exercício 
1- (ENEM 2010) 
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO 
QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA 
CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. 
Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006. 
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se 
como práticas de linguagem, assumindo funções 
específicas, formais e de conteúdo. 
Considerando o contexto em que circula o texto 
publicitário, seu objetivo básico é 
(a) definir regras de comportamento social 
pautadas no combate ao consumismo 
exagerado. 
(b) influenciar o comportamento do leitor, por 
meio de apelos que visam à adesão ao consumo. 
(c) defender a importância do conhecimento de 
informática pela população de baixo poder 
aquisitivo. 
(d) facilitar o uso de equipamentos de informática 
pelas classes sociais economicamente 
desfavorecidas. 
(e) questionar o fato de o homem ser mais 
inteligente que a máquina, mesmo a mais 
moderna. 
2- Partindo do pressuposto de que um texto 
estrutura-se a partir de características gerais de 
um determinado gênero, identifique os gêneros 
descritos a seguir: 
I. Tem como principal característica transmitir a 
opinião de pessoas de destaque sobre algum 
assunto de interesse. Algumas revistas têm uma 
seção dedicada a esse gênero; 
II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho 
voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o 
de maneira particular, refletindo o momento, a 
vida dos homens através de figuras que 
possibilitam a criação de imagens; 
III. Gênero que apresenta uma narrativa informal 
ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de 
lirismo e sua principal característica é a 
brevidade; 
IV. Linguagem linear e curta envolve poucas 
personagens, que geralmente se movimentam 
em torno de uma única ação, dada em um só 
espaço, eixo temático e conflito. Suas ações 
encaminham-se diretamente para um desfecho; 
V. Esse gênero é predominantemente utilizado 
em manuais de eletrodomésticos, jogos 
eletrônicos, receitas, rótulos de produtos, entre 
outros. 
São respectivamente: 
(a) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e 
carta argumentativa. 
(b) carta, bula de remédio, narração, prosa, 
crônica. 
(c) entrevista, poesia, crônica, conto, texto 
instrucional. 
(d) entrevista, poesia, conto, crônica, texto 
instrucional. 
(e) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e 
carta argumentativa. 
3- Câncer 21/06 a 21/07 
O eclipse em seu signo vai desencadear 
mudanças na sua autoestima e no seu modo de 
agir. O corpo indicará onde você falha – se anda 
engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O 
que ficou guardado virá à tona, pois este novo 
ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
8 
em suas ações, já que precisará de energia para 
se recompor. Há preocupação com a família, e a 
comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: 
palavra preciosa é palavra dita na hora certa. 
Isso ajuda também na vida amorosa, que será 
testada. Melhor conter as expectativas e ter 
calma, avaliando as próprias carências de modo 
maduro. Sentirá vontade de olhar além das 
questões materiais – sua confiança virá da 
intimidade com os assuntos da alma. 
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. 
O reconhecimento dos diferentes gêneros 
textuais, seu contexto de uso, sua função 
específica, seu objetivo comunicativo e seu 
formato mais comum relacionam-se com os 
conhecimentos construídos socioculturalmente. A 
análise dos elementos constitutivos desse texto 
demonstra que sua função é: 
 
(a) vender um produto anunciado. 
(b) informar sobre astronomia. 
(c) ensinar os cuidados com a saúde. 
(d) expor a opinião de leitores em um jornal. 
(e) aconselhar sobre amor, família, saúde, 
trabalho. 
 
4- Leia o texto a seguir para responder à 
questão: 
A outra noite 
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, 
uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como 
aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei 
um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a 
ele que lá em cima, além das nuvens, estava um 
luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias 
que cobriam a cidade eram, vistas de cima, 
enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma 
paisagem irreal. 
Depois que o meu amigo desceu do carro, o 
chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se 
para mim: 
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir 
sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? 
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e 
enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, 
perfeita e linda. 
- Mas, que coisa... 
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para 
olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou 
guiando mais lentamente. Não sei se sonhava 
em ser aviador ou pensava em outra coisa. 
- 
Ora
, 
sim 
sen
hor.
.. 
E, 
qua
ndo 
salt
ei e 
pag
uei 
a 
corr
ida, 
ele 
me 
diss
e 
um 
“bo
a noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão 
sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse 
feito um presente de rei. 
Rubem Braga 
Analisando as principais características do texto 
lido, podemos dizer que seu gênero 
predominante é: 
(a) Conto. 
(b) Poesia. 
(c) Prosa. 
(d) Crônica. 
(e) Diário. 
 
5- De acordo com os gêneros, respondas o 
que se pede. 
Texto 1 
 
 
 
 
 
 
02/05/2016 14h02 - Atualizado em 02/09/2016 
20h35 
WhatsApp é bloqueadono 
Brasil; empresa recorre da 
decisão 
O bloqueio ao aplicativo WhatsApp 
começou a valer a partir das 14 
horas desta segunda-feira (2) para 
clientes de TIM, Oi, Vivo, Claro e 
Nextel. A empresa afirma que 
recorreu da decisão e, em 
comunicado, lamentou a decisão e 
disse não ter a informação exigida 
pelo juiz. 
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/05/decisao-pune-mais-de-100-milhoes-de-brasileiros-diz-whatsapp.html
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
9 
DISSERTAÇÃO 
Dissertar é exploração 
lógica das ideias. É um 
texto que analisa e 
interpreta dados da 
realidade por meio de 
conceitos abstratos. 
Uma dissertação é 
composta de três partes: 
 INTRODUÇÃO: 
apresenta-se a tese ou 
afirmação de caráter 
genérico sobre o tema a 
ser desenvolvido. O 
autor delimita o assunto 
de seu texto, 
praticamente definindo o 
objetivo do texto. 
 DESENVOLVIMEN
TO: É composta de ideias 
e exemplos que servem 
de argumentação em 
defesa da tese 
apresentada na 
introdução. 
 CONCLUSÃO: 
Serve de fecho para o 
texto. O autor retoma, 
explicita ou 
implicitamente, a 
introdução e posiciona-
se ante o tema, levando 
em conta a coerência 
dos argumentos 
desenvolvidos. 
Dependendo do texto, 
pode apresentar 
soluções ou sugestões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gênero: 
Conteúdo: 
Finalidade: 
Meio de circulação: 
 
TEXTO 2 
 
 
 
Gênero: 
Conteúdo: 
Finalidade: 
Meio de circulação 
 
 
 
 
NARRAÇÃO 
Conceito: narração é o relato de acontecimento em determinada sequencia. 
Os elementos que integram o texto narrativo são as personagens, os fatos, 
o tempo, o espaço e o foco narrativo. 
O texto narrativo envolve uma dinamicidade que determina uma 
transformação nos fatos e nas personagens. É o que se chama de 
progressão narrativa. Para que isso ocorra, é preciso que se estabeleça um 
conflito entre as personagens. Uma narração estrutura-se da seguinte 
forma: 
Situação: é a apresentação do assunto que determinou o relato. 
Complicação: é o estabelecimento de um conflito gerado pela ação 
das personagens. 
Solução: é a resolução (positiva ou negativa) do conflito. 
 
DESCRIÇÃO 
Descrição é a representação das características de uma pessoa, de uma 
cena, de um objeto ou de um processo. Para construir-se uma boa 
descrição, dois recursos são necessários: a pormenorização do espaço – 
apresentação minuciosa das características do seu objeto- e a 
sensibilização dos sentidos- a mobilizações das sensações olfativas, táteis, 
visuais, gustativas e auditivas. A descrição pode ser técnica ou literária, de 
acordo com sua finalidade. 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
10 
Verbos 
terminados em 
AR, ER, ou IR; 
em seu estado 
natural. 
DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA
Apresenta um saber teórico, um saber já construído, expõem, reflete e avalia as ideias de modo objetivo. 
Sua intenção é informar e esclarecer. 
 
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA 
Faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. Caracteriza-se pela progressão lógica das ideias. 
INJUTIVA / INSTRUCIONAL 
Indica como realizar uma ação, utiliza linguagem objetiva e simples, os verbos são empregados no modo 
imperativo e infinitivo. 
 
PREDIÇÃO 
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor 
a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. 
Ex: Previsão astrológica, metereológica etc. 
 
DIALOGAL / CONVERSACIONAL 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. 
 
 
 
 
 
Questão 1 (Universidade Estácio de Sá – RJ) Preencha os parênteses com os números correspondentes; 
em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência correta. 
1Narrar 2Argumentar 3Expor 4Descrever 5Prescrever 
( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com 
emprego abundante de verbos no modo imperativo. 
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como 
explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. 
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e 
tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto. 
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto 
etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade. 
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa 
de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão. 
a) 3, 5, 1, 2, 4 
b) 5, 3, 1, 4, 2 
c) 4, 2, 3, 1, 5 
 
d) 5, 3, 4, 1, 2 
e) 2, 3, 1, 4, 5 
 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 o tipo de texto mais solicitado nas provas. Trata-se de expor uma idéia, um problema ou um 
questionamento, desenvolver um raciocínio com base em argumentos e apresentar uma consideração 
final. É importante que o candidato saiba problematizar o tema, colocar argumentos favoráveis e contrários para 
afirmar cada afirmação. 
Na dissertação, quem escreve quer persuadir o leitor acerca da opinião que defende e que deve ser explicitada 
em uma conclusão final. Essa conclusão não precisa fechar a questão, como quem encontra uma solução para 
todos os problemas do mundo. Não faça uma pergunta sem ao menos problematizá-las. A dissertação pede o 
uso da norma-padrão da língua, idéias desenvolvidas de forma clara e objetiva e boa paragrafação. Espera-se 
um texto impessoal, evite texto em primeira pessoa. 
 
 
É 
GÊNERO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO – ESQUEMAS 
 
TIPOS 
 São definidos pela linguagem que empregam e são basicamente três. A 
dissertação é a mais solicitada nos vestibulares. Ela e a narração são os mais os 
mais importantes, pois se desdobram em uma grande quantidade de gêneros 
textuais. Já a descrição acaba sendo apenas uma linguagem empregada no 
interior de um texto e quase nunca como um texto integral. 
GÊNEROS 
São muitos! Na escola, durante o curso de literatura, estuda-se o gênero cantiga, 
romance, crônica, conto, poesia etc. 
 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODELO DE ESQUEMA1 
 
Para escrever bem, é preciso estar por dentro do assunto, refletir bem, para ver claramente a 
ordem dos pensamentos e formular deles uma sequencia, uma cadeia em que cada ponto 
represente uma idéia. Para isso separei para você estratégias de organização de idéias 
para um primeiro passo em uma boa dissertação. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
13 
 
 
 
ESQUEMA DE REDAÇÃO 2 
 
INTRODUÇÃO
• O quê? O que se trata. 
• Assunto. Ponto de vista.
DESENVOLVIMENTO
• Por quê ? Razão objetivo.
• Para quê? Finalidade
• Causas; conseqüências; 
• Circunstâncias, como? 
• De que maneira?
• Pros: argumento a favor.
• Contra: argumentos contrários.
• Análise, situação 
CONCLUSÃO
• Observações; Soluções e 
• Conclusão
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
14 
 
 
 
ESQUEMA 3 
 
Introdução
- Construção da tese
- apresentação do tema 
- Ideia central / objetivo / topico frasal
- Introdução deve conter 1 parágrafo
Desenvolvimento
- Organização das ideias.
Momento de ratificação das ideias de forma bem
elaborada e objetivo. Cada argumento deverá ser
elaborado em paragrafos separados.
Desenvolvimento deverá conter um ou dois parágrafos.conclusão
Retomada das ideia central exposta na introdução + 
finalização do texto com uma possivel solução para o 
problema.
Conclusão deverá conter um parágrafo.
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
15 
1º Parágrafo: tese + argumentos 
2º Parágrafo: argumento 1 
3º Parágrafo: argumento 2 
4º Parágrafo: conclusão 
Introdução 
Exemplo: Vamos supor que você já tenha lido com bastante atenção os textos base da prova e concluiu 
que o tema é: A explosão do Crack nas cidades brasileiras. 
 
objetivo:Mostrar a real e trágica situação e apresentar soluções 
argumento 1: A infância e a adolescência sendo destruídas pelo consumo do crack 
argumento 2: a demora do governo em agir; 
argumento 3: governo Federal, Estados, prefeituras e a televisão devem unir esforços. 
Seguindo o esquema construído acima, a introdução ficaria assim: 
 
O consumo do crack é uma febre em todas as cidades brasileiras (frase inicial contendo o tema). E é 
preciso tomar medidas rápidas e eficazes contra essa epidemia (objetivo). Ela está tornando vários 
adolescentes e crianças verdadeiros "zumbis" (argumento1). Sabendo disso, o Governo federal já criou 
vários projetos, mas efetivamente ainda não agiu. Mas essa ação deve ter a ajuda das prefeituras e 
estados, atuando em conjunto (argumento 2). E como complemento, a televisão deve contribuir, expondo 
o problema em novelas e seriados (argumento 3). 
 
Agora é com você, ao produzir seu texto, treine um desses esquemas para ver qual melhor se 
encaixa no seu estilo de produção. 
Lembre-se TREINAR é fundamental para uma boa redação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
16 
 
ompetência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar 
conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver 
o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo argumentativo. 
 O assunto recebe uma delimitação por meio do tema, ou seja, um 
assunto pode ser abordado por diferentes temas. 
 
a) Leia com atenção a proposta da redação e os textos motivadores, para 
compreender bem o que está sendo solicitado. 
b) Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque 
foram apresentados apenas para despertar uma reflexão sobre o tema e 
não para limitar sua criatividade. 
c) Não copie trechos dos textos motivadores. Lembre-se de que eles foram 
apresentados apenas para despertar seus conhecimentos sobre o tema. 
d) Reflita sobre o tema proposto para decidir como abordá-lo, qual será 
seu ponto de vista e como defendê-lo. 
e) Reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema, procurando 
organizá-las em uma estrutura coerente para usá-las no desenvolvimento 
do seu texto. 
f) Desenvolva o tema de forma consistente para que o leitor possa 
acompanhar o seu raciocínio facilmente, o que significa que a progressão 
textual é fluente e articulada com o projeto do texto. 
g) Lembre-se de que cada parágrafo deve desenvolver um tópico frasal. 
h) Examine, com atenção, a introdução e a conclusão para ver se há 
coerência entre o início e o fim. 
i) Utilize informações de várias áreas do conhecimento, demonstrando que 
você está atualizado em relação ao que acontece no mundo. 
j) Evite recorrer a reflexões previsíveis, que demonstram pouca 
originalidade no desenvolvimento do tema proposto. 
l) Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado 
para não se afastar do seu foco. Esse é um dos principais problemas 
identificados nas redações. 
m) Decida a posição (favorável ou contraria) que vale defender. 
n) Faça um rol de vocabulários (um elenco de palavras) que se refere ao assunto. 
o) Apresente os argumentos, começando pelos mais simples, já atacando 
os contrários e enaltecendo os favoráveis. 
p) Conclua sua redação com a posição que você esta defendendo. 
q) Revise o texto, elimine o que for supérfluo ou ineficaz, como repetição, 
altere se preciso a ordem dos argumentos, corrija os erros de 
concordância, de regência, de pontuação e acentuação. 
 
 
 
C 
COMPREENSÃO DA PROPOSTA DE REDAÇÃO 
 
 O que é tangenciar o 
tema? 
 
Considera-se 
tangenciamento ao tema a 
abordagem parcial, 
realizada somente nos 
limites do assunto mais 
amplo a que o tema está 
vinculada, deixando em 
segundo plano a discussão 
em torno do eixo temático 
objetivamente proposto. 
 
 O que é fuga total 
ao tema? 
 
Considera-se que uma 
redação tenha fugido ao 
tema quando nem o 
assunto mais amplo nem o 
tema proposto são 
desenvolvidos. 
 
 O que é não 
atendimento ao tipo 
textual? 
 
Não atende ao tipo textual 
a redação que esteja 
predominantemente fora do 
padrão dissertativo-
argumentativo – sem 
apresentar nenhum indício 
de caráter dissertativo 
(explicações, 
exemplificações, análises 
ou interpretações de 
aspectos dentro da 
temática solicitada) ou 
nenhum indício de caráter 
argumentativo (defesa ou 
refutação de ideias dentro 
da temática solicitada). 
 
 
 
 
 
PARAGRAFAÇÃO, TRANSLINEARIDADE E TÓPICO FRASAL. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
17 
TRANSLINEARIDADE 
O enredo é a sequência de fatos que acontecem na história, as situações vividas pelos personagens, às 
ações que elas sofrem ou fazem. 
O enredo em sua sequência pode ser linear ou não linear. 
É linear quando o tempo, o espaço e os personagens são apresentados de maneira lógica e as ações 
desenvolvem-se cronologicamente, assim, observa-se o começo, o meio e o fim da narrativa. 
O enredo não linear não segue uma sequência cronológica, desenvolvem-se descontinuamente, com 
saltos, antecipações, retrospectivas, cortes e com rupturas do tempo e do espaço em que se desenvolvem 
as ações. 
O tempo cronológico mistura-se ao psicológico, da duração das vivências dos personagens. O espaço 
exterior se mistura aos espaços interiores (memória e imaginação dos personagens). 
 
- Linearidade na produção textual, o autor utiliza a linearidade linguística para organização de aspectos 
sintáticos, semânticos e pragmáticos. Em sua produção, o texto é uma progressão linear ininterrupta, 
seguindo uma sequência. 
TOPICO FRASAL 
O tópico frasal é a ideia central ou nuclear do parágrafo, ou seja, uma espécie de resumo do ponto a ser 
explorado no parágrafo que segue. Cada parágrafo tem um tópico frasal próprio, o que equivale a dizer 
que não se deve escrever parágrafos com mais de uma ideia nuclear. Além disso, cada ideia nuclear 
determina a criação de um parágrafo próprio. 
Normalmente, o tópico frasal é expresso em uma única frase, podendo, eventualmente, ser constituído de 
até duas frases curtas. 
O tópico frasal pode ser explicitado logo no início do parágrafo, garantindo maior clareza e coerência ao 
texto e facilitando a leitura. Nesse caso, ele se dá através de: 
1-DECLARAÇÃO INICIAL – uma afirmação ou negação que será seguida de explicação, fundamentação, 
exemplos, evidências, etc. 
1- DEFINIÇÃO: Esse é um método didático por meio do qual, como já se pode supor, o autor 
apresentará uma definição. 
2- DIVISÃO: É um processo didático, caracterizado pela objetividade e pela clareza. O tópico frasal é 
apresentado sob forma de divisão ou descriminação de ideias. 
3- INTERROGAÇÃO: Pode-se iniciar o parágrafo com uma interrogação direta, mas o autor não se 
pode esquecer de que o desenvolvimento deverá responder ou esclarecer a indagação feita no tópico 
frasal. 
 
PARAGRAFAÇÃO 
Parágrafo: é uma unidade de composição construída por um ou mais períodos, em que se desenvolve 
determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam a outras, secundarias, intimamente relacionadas 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
18 
pelo sentido e logicamente decorrente delas. (GARCIA, Othon M. comunicação em prosa moderna. Rio de 
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 19973. p.203). 
Exemplo: A expressão artística é tanto mais desinteressada quanto menos exclusivista e unilateral.É 
sendo abrangente ou, como diz Jean Paul Sartre, inclusiva, que ela pode revelar-nos, na transparência do 
mundo criado pelo artista, as possibilidades latentes do ser humano, e dar-nos uma visão mais integra e 
compreensiva da realidade. Em suma, é revelando as possibilidades das consciências moral e não 
adotando uma moral, que a arte cumpre a sua finalidade ética. 
(NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. São Paulo: Ática. 1989.) 
Trata-se de um parágrafo composto de três períodos. O 1º é o tópico frasal: caracteriza a expressão 
artística. O 2º período desenvolve-o, apresentando as prerrogativas da arte. O 3º período inicia uma 
expressão de conclusiva. – em suma – apresenta a conclusão do parágrafo: a arte tem uma finalidade 
ética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não é desconhecido que, em todo ato de comunicação, intervêm os seguintes elementos: 
Emissor: o que emite a mensagem, com necessidade de comunicar algo. 
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O 
período pode ser simples ou composto.Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, 
que recebe o nome de oração absoluta. 
Exemplos: O amor é eterno. 
As plantas necessitam de cuidados especiais. 
Quero aquela rosa. 
O tempo é o melhor remédio. 
Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. 
Exemplos: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. 
Quero aquelas flores para presentear minha mãe. 
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer. 
Cheguei, jantei e fui dormir. 
FRASE:É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
19 
a. Receptor: o que recebe a mensagem, interessado na mensagem. 
b. Mensagem: aquilo que é transmitido. 
c. Canal: a forma, o veiculo utilizado para o envio de mensagem. 
d. Código: sistema de sinais (EX. Língua portuguesa, inglesa, espanhola etc.) 
e. Referente: aquilo que a mensagem se refere. 
 
 Referente 
 Canal 
Emissor mensagem receptor 
 
 Código 
- problemas de comunicação: 
a) ruídos: tudo aquilo que interfere na compreensão da mensagem: voz baixa, falta de atenção. 
b) redundância: todo elemento que na mensagem não traz nenhuma informação nova. 
 
 
 
s níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e escrita em uma determinada situação 
comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em concordância para que haja entendimento. Assim 
sendo, cada ocasião exige uma linguagem diferente. 
 
Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não se trata de uma 
convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é mais desprendida 
de regras, e, portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, está suscetível a transformações, 
diariamente. Assim, a mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada e, por este motivo, esta 
é tão importante quanto à língua escrita. Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na 
escrita, mas somente aquelas que têm significação relevante à sociedade. 
Linguagem regional 
O 
Processo de comunicação 
 
Níveis de linguagem 
 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
20 
Refere-se aos falares locais, variações na fala que ocorrem de acordo com o local geográfico onde os 
falantes estão ou são naturais de lá. O Brasil é um país com extensa faixa territorial e com muitos falares 
regionais distintos. Algumas das falas características mais conhecidas são a nordestina, a fluminense, a 
mineira, a sulista e a baiana. 
Linguagem popular 
É também chamada de linguagem coloquial. Trata-se daquela que é usada de forma espontânea e fluente 
pelas pessoas. Raramente segue as regras da gramática normativa e é carregada de vícios de linguagem, 
tais como pleonasmo, cacofonia, barbarismo e solecismo. Gírias e expressões vulgares costumam 
aparecer com frequência neste tipo de linguagem. Ela está presente nas conversas entre amigos, 
familiares e também em programas de televisão. 
Gíria: A gíria é um estilo linguístico que está integrado à linguagem popular. Ela está relacionada ao 
cotidiano de certos grupos sociais, em especial os estudantes, os esportistas e também os ladrões, por 
exemplo. Utilizada como meio de expressão cotidiana, a gíria existe dentro de grupos para diferenciá-los, 
pois só os inseridos naquele determinado contexto sabem o seu significado. Bem, pelo menos foi assim 
que ela começou e ainda é usada em alguns grupos atualmente. Entretanto, a fala se encarrega de 
espalhar a gíria e seus significados e, muitos grupos, ainda que não tenham ligação entre si, podem falar a 
mesma gíria. 
Linguagem vulgar 
Indo de encontro com a linguagem culta, a vulgar é extremamente fora do padrão gramatical e faz parte da 
fala dos analfabetos ou semianalfabetos. As estruturas gramaticais são “bagunçadas” e barbarismos são 
frequentes. A exemplo temos os vícios “Nóis vai”, “vamo ir”, “pra mim comer”. 
Linguagem culta 
O total oposto da linguagem tratada anteriormente. A língua padrão é aquela ensinada nas escolas, usada 
em livros didáticos e, muitas vezes, é a usada nos telejornais. É mais comum usar esse tipo de linguagem 
na escrita. Ela reflete prestigio social e cultural, mas não é só isso que deve definir um indivíduo. 
 
 
 
 
 
Coesão e coerência 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
21 
requentemente, ao lermos ou ouvirmos 
algum texto, manifestamos nossa 
avaliação: isso faz sentido, é coerente; 
aquilo não faz sentido, não é coerente. 
De um modo geral, tentamos produzir sentidos 
para o que lemos ou ouvimos, recorrendo aos 
nossos conhecimentos sociocognitivo- 
interacionalmente constituído. 
O QUE É COERÊNCIA TEXTUAL? 
Quando falamos em COERÊNCIA textual, 
falamos acerca da significação do texto, e não 
mais dos elementos estruturais que o compõem. 
Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém 
incoerente. É o caso do exemplo abaixo: 
"As ruas estão molhadas porque não choveu" 
Há elementos coesivos no texto acima, como a 
conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, 
do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem 
nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o 
texto, percebemos facilmente que há uma 
incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é 
porque alguém molhou ou a chuva, ou algum 
outro evento. Não ter chovido não é o motivo de 
as ruas estarem molhadas. O texto está 
incoerente. 
Podemos entender melhor a coerência 
compreendendo os seus três princípios básicos: 
Princípio da Não Contradição: em um texto não 
se pode ter situações ou ideias que se 
contradizem entre si, ou seja, que quebram a 
lógica. 
Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um 
vício de linguagem que consiste na repetição de 
alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um 
texto coerente precisa transmitir alguma 
informação, mas quando há repetição excessiva 
de palavras ou termos, o texto corre o risco de 
não conseguir transmitir a informação. Caso ele 
não construa uma informação ou mensagem 
completa, então ele será incoerente. 
Princípio da Relevância: Fragmentos de textos 
que falam de assuntos diferentes, e que não se 
relacionam entre si, acabam tornando o texto 
incoerente, mesmo que suas partes contenham 
certa coerência individual. Sendo assim, a 
representação de ideias ou fatos não 
relacionados entre si, fere o princípio da 
relevância, e trazem incoerência ao texto. 
Outros dois conceitos importantes para a 
construção da coerência textual são a 
CONTINUIDADE TEMÁTICA e a PROGRESSÃO 
SEMÂNTICA. 
Há quebra de continuidade temática quando não 
se faz a correlação entre umas e outras partes do 
texto (quebrando também a coesão). A sensação 
é que se mudou o assunto (tema) sem avisar aoleitor. 
Já a quebra da progressão semântica acontece 
quando não há a introdução de novas 
informações para dar sequência a um todo 
significativo (que é o texto). A sensação do leitor 
é que o texto é demasiadamente prolixo, e que 
não chega ao ponto que interessa ao objetivo 
final da mensagem. 
Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata 
da conexão harmoniosa entre as partes do texto, 
do parágrafo, da frase. Ela permite a ligação 
entre as palavras e frases, fazendo com que 
um dê sequência lógica ao outro. A 
COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica 
entre as ideias, fazendo com que umas 
F 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
22 
complementem as outras, não se contradigam e 
forme um todo significativo que é o texto. 
Vale salientar também que há muito para se 
estudar sobre coerência e coesão textuais, e que 
cada um dos conceitos apresentados acima 
possa e deve ser melhor investigado para serem 
melhor compreendidos. 
O QUE É COESÃO TEXTUAL? 
Quando falamos de COESÃO textual, falamos a 
respeito dos mecanismos linguísticos que 
permitem uma sequência lógico-semântica entre 
as partes de um texto, sejam elas palavras, 
frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que 
garantem a coesão de um texto, temos: As 
referências e as reiterações: Este tipo de coesão 
acontece quando um termo faz referência a outro 
dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito 
antes ou quando uma palavra é substituída por 
outra que possui com ela alguma relação 
semântica. Alguns destes termos só podem ser 
compreendidos mediante estas relações com 
outros termos do texto, como é o caso da anáfora 
e da catáfora. 
As substituições lexicais (elementos que fazem a 
coesão lexical): este tipo de coesão acontece 
quando um termo é substituído por outro dentro 
do texto, estabelecendo com ele uma relação de 
sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, 
ou mesmo quando há a repetição da mesma 
unidade lexical (mesma palavra). Os conectores 
(elementos que fazem a coesão interfrásica): 
Estes elementos coesivos estabelecem as 
relações de dependência e ligação entre os 
termos, ou seja, são conjunções, preposições e 
advérbios conectivos. 
A correlação dos verbos (coesão temporal e 
aspectual): consiste na correta utilização dos 
tempos verbais, ordenando assim os 
acontecimentos de uma forma lógica e linear, que 
irá permitir a compreensão da sequência dos 
mesmos. 
São os elementos coesivos de um texto que 
permitem as articulações e ligações entre suas 
diferentes partes, bem como a sequenciação das 
ideias. 
Mecanismos de Coesão 
 Referência (pessoal, demonstrativo, 
comparativo); 
 Substituição (nominal, verbal, frasal); 
 Elipse (nominal, verbal, frasal); 
 Conjunção (aditiva, adversativa, 
causal, temporal e comunicativa); 
Referência: São elementos de referência os itens 
da Língua que não podem ser interpretados 
Semanticamente por si mesmo, mas remetem a 
outros itens do discurso necessários á sua 
Interpretação. 
Anáfora e Catáfora: Se referem à informação 
expressa no texto e que por esse motivo são 
qualificadas como endofóricas. Enquanto a 
anáfora retoma um componente, a catáfora, pelo 
inverso, antecipa um componente textual, 
contribuindo para ligar o texto entre si e fazê-lo 
fluir de forma harmoniosa e sem repetições. 
Pessoal: utilização de pronomes pessoais e 
possessivos. 
Exemplo: João e Maria casaram. Eles são pais 
de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica) 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
23 
Demonstrativa: utilização de pronomes 
demonstrativos e advérbios. 
Exemplo: Fiz todas as tarefas, com 
exceção desta: arquivar a correspondência. 
(Referência demonstrativa catafórica) 
Realizara todos os seus sonhos, menos este: o 
de entrar para a Academia (Referência 
demonstrativo) 
Comparativa: utilização de comparações através 
de semelhanças. 
Exemplo: Mais um dia igual aos outros… 
(Referência comparativa endofórica) 
É um exercício semelhante ao de ontem. 
Substituição 
Consiste na colocação de um item em lugar de 
outro (s) elemento(s) do texto, ou até mesmo, de 
uma oração inteira. Seria uma relação interna ou 
externa, em que uma espécie de “coringa” é 
usada em lugar da repetição de um item 
particular. 
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) 
por outro é uma forma de evitar as repetições. 
Pedro comprou um carro novo e José também. 
O professor acha que os alunos não estão 
preparados, mas eu não penso assim. 
O padre ajoelhou-se todos fizeram o mesmo. 
Minha prima comprou um celular. Eu também 
estou querendo um. 
Elipse: Um componente textual quer seja um 
nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido 
através da elipse. 
Exemplo: Temos ingressos a mais para o 
concerto. Você os quer ᴓ? 
(A segunda oração é perceptível mediante o 
contexto. Assim, sabemos que o que está sendo 
oferecido são ingressos para o concerto.) 
Conjunção: A conjunção liga orações 
estabelecendo relação entre elas; Permite 
estabelecer relações significativas especificas 
entre elementos ou orações do texto; 
Caracterizado por marcadores formais que 
correlacionam o que esta para ser dito aquilo que 
foi dito. Trata-se dos diversos tipos de conectores 
e partículas de ligação. 
Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, 
mas ele sabe. (adversativa) 
Exemplos: 
1 estabelecem relação de concessão e 
contradição. 
Embora não simpatizasse com algumas pessoas 
ali presentes, compareceu à festa. 
2 Exemplifica o que já foi expresso. 
Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa 
forma, o trabalho precisou ser refeito. 
3 Estabelecem oposição entre dois 
enunciados. 
Esforçou-se bastante, contudo não obteve 
sucesso no exame avaliativo. 
4 Temporalidade: 
Houve um violento tumulto, logo após seguiu-se 
uma grande paz. 
ELEMENTOS DE COESÃO 
Semelhança, comparação, conformidade: 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
24 
Como, consoante, segundo, da mesma maneira 
que, do mesmo modo que, igualmente, da 
mesma forma, assim também, do mesmo modo, 
segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, 
tal qual, como, assim como, bem como, como se, 
à medida que, à proporção que, quanto (mais, 
menos, menor, melhor, pior)... tanto (mais, 
menos, menor, melhor, pior), tanto quanto, que 
(do que), (tal) que, (tanto) quanto, (tão) quão, 
(não só) como, (tanto) como, (tão) como, etc. 
Condição, hipótese; Se, desde que, salvo se, 
exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não 
ser que, a menos que, sem que, suposto que, 
desde que, eventualmente, etc. 
Adição, continuação: Além disso, (a)demais, 
mas também, outrossim, ainda mais, por outro 
lado, também, e, nem, não só... mas também, 
não apenas... como também, não só... bem 
como, e, além de, ainda, etc. 
Dúvida: Talvez, provavelmente, possivelmente, 
quem sabe, é provável, não é certo, se é que, a 
caso, por ventura, etc. 
Certeza, ênfase: Decerto, por certo, certamente, 
indubitavelmente, inquestionavelmente, sem 
dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, etc. 
Surpresa, imprevisto inesperadamente, 
inopinadamente, de súbito, imprevistamente, 
surpreendentemente, etc. 
Ilustração, esclarecimento: Por exemplo, isto é, 
quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a 
saber, ou seja, ou melhor, aliás, ou antes, vale 
dizer, etc. 
Propósito, intenção, finalidade: Com o fim de, 
a fim de, com o propósito de, para que, a fim de 
que, com o intuito de, com o objetivo de, para, 
etc. 
Lugar, proximidade, distância: Perto de, 
próximo a ou de, junto a ou de, fora, mais 
adiante, além, lá, ali, algumas preposições e os 
pronomes demonstrativos, etc. 
Conclusão, resumo, recapitulação, etc Em 
suma, em síntese, enfim, em resumo, portanto, 
assim, dessa forma, dessa maneira, logo, por 
isso, por consequência, assim, desse modo, etc. 
Causa e consequência, explicação: Por 
consequência, por conseguinte,como resultado, 
por isso, por causa de, em virtude de, assim, de 
fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, 
porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, 
visto que, como (=porque), portanto, logo, que 
(=porque), de tal sorte que, de tal forma que, 
visto que, dado que, como, devido a, em virtude 
de, tendo em vista isso, face a isto, etc. 
Contraste, oposição, restrição, ressalva, 
concessão: Pelo contrário, em contraste com, 
salvo, exceto, porém, menos, mas, contudo, 
todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar 
de, ainda que, mesmo que, por menos que, a 
menos que, a não ser que, em contrapartida, 
enquanto, ao passo que, por outro lado, sob 
outro ângulo, apesar de, a despeito de, porém, 
sob outro ponto de vista, de outro modo, por 
outro lado, em desacordo com, etc. 
Afirmação: Sim, certamente, efetivamente, 
realmente, seguramente, indubitavelmente, 
inquestionavelmente, sem dúvida, decerto, por 
certo, com certeza, etc. 
Modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, 
como, alerta, melhor (mais bem), pior (mais mal), 
às pressas, à toa, às escuras, à vontade, de 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
25 
Critérios de avaliação do Enem 
 
mansinho, em silêncio, em coro, face a face, às 
cegas, a pé, a cavalo, de carro, às escondidas, 
às tontas, ao acaso, de cor, de improviso, de 
propósito, de viva voz, de uma assentada, de 
soslaio, passo a passo, cara a cara, etc. Também 
exprime modo a maioria dos advérbios 
terminados em mente: suavemente, 
corajosamente, etc. 
Referência: A, ante, após, até, com, contra, de, 
desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, 
sobre, trás, além de, antes de, antes de, aquém 
de, até a, dentro em, dentro de, depois de, fora 
de, ao modo de, à maneira de, junto de, junto a, 
devido a. 
Intensidade: Muito, pouco, assaz, bastante, 
deveras, menos, tão, tanto, demasiado, mais, 
demasiadamente, meio, todo, completamente, 
profundamente, excessivamente, extremamente, 
demais, nada (Isto não é nada fácil), 
ligeiramente, levemente, que (Que fácil é este 
exercício!), quão, como (Como cantam!), quanto, 
bem, mal, quase, etc. 
Inclusão: Até, inclusive, mesmo, também, ainda, 
ademais, além disso, de mais a mais, etc. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como será atribuída a nota à redação? 
Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para cada uma das 
cinco competências, e a soma desses pontos comporá a nota total década avaliador, que pode 
chegar a 1000 (mil) pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais 
atribuídas pelos dois avaliadores. 
Competência 1 
O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua 
portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, 
neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam 
reincidência. 
Competência 2 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
26 
O participante desenvolve o tema por meio de argumentos consistentes, a partir de um 
repertorio sociocultural produtivo e, apresenta excelente domínio do texto dissertativo- 
argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e 
autoral, por meio de acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e 
articulada ao projeto do texto. 
Competência 3 
Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões 
relacionadas ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, 
ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma 
consistente com o ponto de vista defendido e com tema proposto, configurando-se 
independência de pensamento e autoria. 
Competência 4 
O participante demonstra bem as idéias, os argumentos, as partes do texto e apresenta 
repertorio diversificado de recursos coesivos, sem inadequações. 
Competência 5 
Trata-se de redação cuja proposta de intervenção é muito bem elaborada, relacionada ao 
tema, decorrente das discussões desenvolvidas no texto, abrangente e bem detalhada. 
 
 
 
 
Competência 1 – “Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita” 
 
200 
O participante demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando ou 
apresentando pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. 
160 
Bom domínio da norma padrão, apresentando poucos desvios gramaticais leves 
e de convenções da escrita. Assim, o mesmo desvio não ocorre em várias partes 
do texto, 
120 
Domínio adequado da norma padrão, apresentando alguns desvios gramaticais 
graves e de convenções da escrita, ou muitos desvios leves. Assim, há certos 
desvios que ocorrem em várias partes do texto 
80 
Domínio mediano da norma padrão, apresentando grande quantidade de desvios 
gramaticais e de convenções da escrita graves ou gravíssimos, além de 
presença de marcas de oralidade. 
40 
Domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes 
desvios gramaticais e de convenções da escrita, além de presença de gírias e 
marcas de oralidade. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
27 
 
0 
O participante demonstra desconhecimento total da norma 
padrão, de escolha de registro e de convenções da escrita. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
28 
Competência 2 – “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do 
conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-
argumentativo”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 3 – “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, 
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”
 
200 
O participante seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e 
argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, configurando 
autoria, em defesa de seu ponto de vista. 
160 
O participante seleciona, organiza e relaciona informações, fatos, opiniões e 
argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, em defesa de seu 
ponto de vista. 
120 
O participante apresenta informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao 
tema proposto, porém os organiza e relaciona de forma pouco consistente em 
defesa de seu ponto de vista. 
80 
O participante apresenta informações, fatos e opiniões pouco 
articulados ou contraditórios, embora pertinentes ao tema 
proposto.. 
40 
. desenvolve de maneira tangencial o tema,detendo-se em tema vinculado ao 
mesmo assunto, o que revela má interpretação do tema proposto. Apresenta 
inadequação ao tipo textual 
200 
Desenvolve muito bem o tema, explorando os seus principais aspectos. A 
redação contém uma argumentação consistente, revelando excelente domínio 
do tipo textual 
160 
Desenvolve bem o tema, mas não explora os seus aspectos principais. 
Desenvolve uma argumentação consistente e apresenta bom domínio do tipo 
textual 
120 
desenvolve de forma adequada o tema, mas apresenta uma abordagem 
superficial, discutindo outras questões relacionadas. Desenvolve uma 
argumentação previsível e apresenta domínio adequado do tipo textual 
80 
desenvolve de forma mediana o tema, apresentando tendência ao 
tangenciamento. Desenvolve uma argumentação previsível a partir de 
argumentos do senso comum, de cópias dos textos motivadores 
40 
desenvolve de maneira tangencial o tema, detendo-se em tema vinculado ao 
mesmo assunto, o que revela má interpretação do tema proposto. Apresenta 
inadequação ao tipo textual dissertativo-argumentativo, 
0 
O participante desenvolve texto que não contempla a proposta 
de redação: desenvolve outro tema e/ou elabora outra estrutura 
textual que não a dissertativo-argumentativa – por exemplo, faz 
um poema, descreve algo ou conta uma história. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
29 
0 
texto que não contempla a proposta 
de redação: desenvolveoutro tema e/ou elabora outra estrutura 
textual que não a dissertativo-argumentativa – 
 Competência 4 – “Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à 
construção da argumentação” 
 
200 
O participante articula as partes do texto, sem inadequações na 
utilização dos recursos coesivos. 
160 
A redação enquadrada neste nível não poderá conter: frases fragmentadas que 
comprometam a estrutura lógico-gramatical; sequência justaposta de idéias sem 
encaixamentos sintáticos; ausência de paragrafação; frase 
com apenas oração subordinada, sem oração principal. 
120 
O participante articula as partes do texto, porém com algumas inadequações na 
utilização dos recursos coesivos. A redação enquadrada neste nível poderá conter 
eventuais desvios, 
80 
O participante articula as partes do texto, porém com muitas inadequações na 
utilização dos recursos coesivos. A redação enquadrada neste nível poderá conter 
desvios, como: frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico-
gramatical; sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos; 
ausência de paragrafação; frase com apenas oração subordinada, 
sem oração principal. 
40 
O participante não articula as partes do texto ou as articula de forma 
precária e/ou inadequada, apresentando graves e freqüentes desvios de 
coesão textual. Na redação enquadrada neste nível, há sérios problemas na 
articulação das ideias e na utilização de recursos coesivos: frases fragmentadas; 
frase sem oração principal 
0 
O participante apresenta informações desconexas, que não se 
configuram como texto 
 
Competência 5 – “Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, 
respeitando os direitos humanos” 
 
200 
O participante elabora proposta de intervenção clara e inovadora, 
relacionada à tese e bem articulada com a discussão desenvolvida 
no texto. São explicitados os meios para realizá-la. 
160 
O participante elabora proposta de intervenção clara, relacionada 
à tese e bem articulada com a discussão desenvolvida no texto. 
São explicitados os meios para realizá-la. 
120 
O participante elabora proposta de intervenção relacionada ao 
tema, mas pouco articulada à discussão desenvolvida no texto 
80 
O participante elabora proposta de intervenção relacionada 
ao tema de forma precária, não articulada com a discussão] 
desenvolvida no texto, ou com desenvolvimento precário dos 
meios para realizá-la. 
40 
O participante elabora proposta de intervenção tangencial ao 
tema ou subentendida no desenvolvimento da argumentação. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
30 
0 O participante não apresenta proposta de intervenção.– 
 
 
 
 
1998: Viver e aprender 
1999: Cidadania e participação social 
2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional 
2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar interesses em conflito? 
2002: O direito de votar 
2003: Violência na sociedade brasileira 
2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação? 
2005: O trabalho infantil na realidade brasileira 
2006: O poder de transformação da leitura 
2007: O desafio de conviver com a diferença 
2008: A máquina de chuva da Amazônia 
 (prova reaplicada): “Qual o efeito em nós do ‘Eles são todos corruptos’?” 
2009 : O individuo frente a ética nacional 
2009: Valorização do Idoso 
2010: (prova oficial): “Ajuda humanitária” e (prova reaplicada): “O trabalho na construção da 
dignidade humana” 
2011: Viver em rede no século XXI 
2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI 
2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil 
2014: Publicidade infantil em questão no Brasil 
2015: A persistência da violência contra a mulher no Brasil 
TEMAS DE PROVAS ANTERIORES 
RETROSPECTIVA DE TEMAS ENEM 
O que caiu nas provas anteriores 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
31 
2016: "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil 
 
 
 
 
 
A falta de água 
As manifestações políticas 
A mobilidade urbana 
Dengue, Zica e Chikungunya 
As campanhas de vacinação 
O limite da estética e da saúde 
A sustentabilidade de empresas e o aquecimento global 
Justiça com as próprias mãos 
Corrupção na Petrobras 
Desigualdade étnica e de gênero 
Liberdade de expressão e mídia 
Escândalo e corrupção na FIFA 
Consumo de álcool e droga por adolescentes 
Limites entre humor e bullying 
 
 
uitos textos dissertativos não se estruturam adequadamente por causa da mistura de assuntos 
e da diluição de seu objetivo. Por isso, duas medidas são necessárias para a boa organização 
desses textos: a delimitação do assunto e a fixação do objetivo. 
Todo texto dissertativo faz um comentário, trata de um assunto, que é sua referência. Os 
assuntos, em geral, são amplos e genéricos. Ao elaborarmos uma dissertação é preciso delimitar o 
assunto, caso contrário, corremos o risco de fazer um texto de conteúdo vago e muito obvio. 
M 
 POSSÍVEIS TEMAS DE REDAÇÃO DO ENEM 2017 
 
DELIMITAÇÃO DE TEMAS 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
32 
Anote suas idéias sobre o 
assunto, pesquise sobre o 
tema, busque dados 
estatísticos, definições, 
assim você irá ampliar suas 
ideias. 
Delimitar o assunto é explicitar sob que perspectiva o texto será construído. Quando se define o ângulo, a 
partir do qual o assunto será tratado, Chega-se ao tema do texto. 
Suponhamos que o texto seja “A FOME”. Alguns dos temas que poderiam ser 
extraídos desse assunto são: 
- A fome como conseqüência da má distribuição de renda. 
- A fome e as limitações da aprendizagem. 
- A mudança da conduta social decorrente da fome. 
 
Outro ponto fundamental na dissertação é a 
determinação de seu objetivo. 
Isso significa facilitar a seleção de idéias e a 
organização do próprio texto. É necessário saber para que escrever, 
qual a finalidade do texto a ser escrito. 
 
Agora é com você! 
 
1 - Delimite o assunto conforme o exemplo dado. 
 
a) Menor abandonado 
 
 
 
 
 
 
b) A poluição do ar 
 
 
 
 
 
c) Sistema educacional brasileiro 
 
 
 
 
 
 
d) Cultura do esporte no Brasil 
 
 
 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
33 
 
 
 
e) Sistema de saúde do Brasil. 
 
 
 
 
 
ntrodução: O primeiro espaço de apresentação das nossas 
ideias é a introdução, é com ela que mostramos aos nossos 
leitores a interpretação que fizemos do tema e as relações que 
estabelecemos e nos fizeram defender determinado ponto de 
vista. 
1- Narração: Nesse caso, você narrará um acontecimento que representará a 
problematização feita por você e proposta pelo tema. Para obter sucesso nesse recurso, 
atente-se aos detalhes que escolherá relatar, visto que essa seleção já indicará seu 
posicionamento aos leitores. 
Ex: Em agosto de 1976, faleceu o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em cuja 
gestão foi construída a monumental capital brasileira... 
2- Fato histórico: Introduzir um texto por alusão histórica é recortar um fato, um período 
histórico, um hábito antigo a fim de comparar com o presente. Essa comparação evidenciará 
uma permanência, ou não, de determinada situação e isso será base para a problemática do 
que o tema apresentou para discussão. 
 Esse tipo de introdução permite que o autor apresente domínio de uma área de conhecimento 
de relevância, a história, o que contribui para o objetivo final de um texto dissertativo-
argumentativo: defesa de um ponto de vista. 
Ex: Na década de 60, estudantes, representados pela une, combatiam o uso de ritmos e 
instrumentos estrangeiros trazidos pelo movimento conhecido como tropicalismo. Já na década 
de 70 a invasão da música estrangeira e dos estrangeirismos fica evidente devido a nova mania 
‘’nacional” – as discotecas. Hoje o Deputado Federal Aldo Rebelo procura barrar o uso de 
expressõesestrangeiras no cotidiano nacional. 
I 
TIPO DE INTRODUÇÃO 
Os tipos de Introdução 
 
Narração 
 Fato histórico 
Definição 
Citação 
 Dados estatísticos 
Perguntas 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
34 
3- Definição: Podemos definir algo de diversas formas: dicionário, definição histórica, 
definição teórica e definição própria (que consiste em definir algo a partir de sua visão de 
mundo, suas experiências). 
A forma mais adequada é você quem definirá, uma vez que essa escolha dependerá do ponto 
de vista que será defendido ao longo do texto. 
Ex: “Menor”. O pequeno, de segundo plano, inferior, aquele que não atingiu a Maioridade. O 
uso da palavra “menor” para se referir às crianças no Brasil já demonstra como são tratadas: em 
segundo plano. Vale perceber que há, muitas vezes, mais de uma maneira de se definir algo e, 
portanto a escolha da definição mais adequada dependera do ponto de vista a ser defendido. 
4- Citação: Esse recurso consiste em fazer referência a ideias de outros autores a fim de 
que o seu ponto de vista seja fortalecido, sua opinião será destaque mesmo quando você 
desconstruir a opinião do autor citado, uma vez que terás mostrado conhecimento crítico aos 
leitores. 
• Há duas possibilidades de citação: a direta e a indireta. A primeira é quando é apresentado 
no texto a ideia com as palavras do próprio autor, exemplo: 
 Segundo Marx, “A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”. 
• A citação indireta é quando, com as suas palavras, são apresentadas as ideias do autor 
que será citado. exemplo: 
 “Sakamoto evidencia a necessidade de uma formação educacional em que o senso crítico e o 
bom senso sejam instigados nas crianças.” 
5- Dados estatísticos 
Ex: A língua portuguesa é um dos maiores patrimônios culturais do país. Hoje 75% de todos os 
lusófonos do planeta são brasileiros. 
6- Perguntas: Consiste em lançar interrogações a respeito da questão que será analisada e 
respondida no percurso do textual. As perguntas delimitam o tema e poderão servir para 
antecipar quais serão os passos seguidos pelos enunciados na sequencia do texto, situando os 
leitores. 
 
 
 
 
Agora é com você! Escolha 
temas que poderão cair na 
redação, e treine os tipos de 
Introdução. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
aqui que aparecem as ideias, os argumentos, a originalidade. É a parte mais longa do 
texto. Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente analisando as ideias e 
exemplificando de maneira rica. 
 
1- DESENVOLVIMENTO POR EXEMPLIFICAÇÃO: 
Exemplos, além de serem de leitura interessante, têm a propriedade de tornar clara e concreta 
a idéia que se quer expressar. O tópico frasal pode ser desenvolvido por até dois exemplos 
representativos, ou por um só exemplo que seja especialmente detalhado 
 
Ex. Há muito tempo que vem sendo estudada a possibilidade de haver, no reino animal, outros 
tipos de inteligência além da humana. Por exemplo, O golfinho. Dizem que esses simpáticos 
mamíferos pensam mais rápido do que o homem tem linguagem própria e também podem 
aprender uma língua humana. Além disso, chegam a adquirir úlceras de origem psicológica e 
sofrem. stress por excesso de atividade. 
2- DESENVOLVIMENTO POR COMPARAÇÃO E CONTRASTE: 
 Comparar é procurar semelhanças, contrastar é estabelecer diferenças. Tenha o cuidado de 
comparar ou contrastar apenas idéias pertencentes à mesma classe; é indispensável que 
as duas idéias tenham uma base comum. Assim, você pode comparar um técnico de futebol 
com um maestro, desde que consiga estabelecer entre eles uma relação que sirva de base. 
 Ex. A principal diferença entre escrever e falar é o tempo de que se pode dispor para fazer uma e 
outra coisa. Não é de estranhar, portanto, que essas atividades exijam habilidades diferentes e 
cheguem a produtos diferentes. Fala bem quem consegue organizar o maior número de idéias no 
exato momento da fala. Escreve bem quem é capaz de registrar, com precisão, clareza e 
organização, as idéias que pretende transmitir a seu leitor, não importando o tempo que leve para 
fazer isso. 
É 
Tipos de desenvolvimentos 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
36 
3- Desenvolvimento por causa e efeito: 
 Um parágrafo desenvolvido por causa e efeito explana o tópico frasal, apresentando as causas 
que ocasionaram determinada situação, ou que levaram a que uma determinada afirmação fosse 
feita. 
 Ex. A prática da redação é muito importante para a formação profissional. Não é apenas por 
causa da necessidade de redigir cartas, relatórios, ofícios e, eventualmente, artigos que um 
agrônomo, por exemplo, precisa saber escrever. A prática da redação é fundamental porque é um 
excelente treinamento para a organização do raciocínio e para o desenvolvimento da capacidade 
de se expressar. 
4- DESENVOLVIMENTO POR ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO: 
 Desenvolver um parágrafo por análise é dividir a idéia-tópico em partes e tratar de cada uma 
delas; fazê-lo por classificação é colocar em classes definidas as coisas ou as pessoas 
compreendidas na idéia-tópico e falar sobre cada uma em separado. 
 Ex. Há três espécies de “donos de livros”. Uns limitam-se a contemplá-los; acumulam-nos pelo 
simples prazer de ver, nas prateleiras, as extensas filas de volumes. Outros gostam apenas de 
falar dos livros que têm; transformam em seu assunto constante o fato de possuir tal obra. Há, por 
fim, o pequeno e discreto grupo dos que lêem 
seus livros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora é com você! Dando 
continuidade, use os mesmo 
temas da introdução para 
treinar os tipos de 
desenvolvimentos. 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
37 
 
 
 
 
 
 
 
o acabamento da redação. Resume todas as ideias apresentadas e discutidas no 
desenvolvimento. É a comprovação da tese levantada na introdução. A conclusão 
não deve ser muito longa, a exemplo da introdução, e deve ocupar também, somente um 
parágrafo. 
1- DEDUÇÃO 
Trata-se de um processo de raciocínio em que a conclusão é alcançada a partir de um conjunto 
de premissas abordadas em uma afirmação e que constroem um pensamento lógico. Isso se 
chama “regras de inferência”. 
2- SÍNTESE 
A síntese tem como objetivo defender uma tese ou ideia através da argumentação, basicamente 
é o ato de abordar as principais ideias e pontos de conexão de um determinado raciocínio. 
Uma síntese pode ser um resumo, um sumário ou uma sinopse, ou seja, uma descrição 
abreviada com um texto. 
3 - CONCLUSÃO COM INTERVENÇÃO 
Trata-se de elaborar uma sugestão para “solucionar” o problema posto em debate na proposta de 
redação. O candidato deve sempre buscar propostas concretas, específicas e consistentes com o 
desenvolvimento de suas ideias. Deve-se elaborar uma proposta de intervenção detalhada, 
relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Ela deve ser clara, inovadora 
e, sobretudo, viável. 
 
É 
TIPOS DE CONCLUSÃO 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa 
escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto 
fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de 
uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os 
diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, 
escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida 
1º Emprego dos SS 
Usa-se SS em palavras derivadas de verbo 
cujo radical é CED, GRED, PRIM, MET, TIR. 
Ex. CEDER–CESSÃO IMPRIMIR – IMPRESSÃO 
AGREDIR – AGRESSÃO INTROMETER–
INTROMISSÃO DISCUTIR – DISCUSSÃO 
EXCEDER- EXCESSO\EXCESSIVO 
CONCEDER– CONCESSÃO PROCEDER-
PROCESSO DEPRIMIR-DEPRESSÃO 
COMPRIMIR- COMPRESSA PROGREDIR–
PROGRESSÃO AGREDIR-
AGRESSOR\AGRESSÃO\ AGRESSIVO 
TRANSGREDIR-
TRANSGRESSÃO\TRANSGRESSÃO 
COMPROMETER- COMPROMISSO 
PROMETER- PROMESSA INTROMETER- 
INTROMISSÃO 
Obs.: Se o T original permanecer, será usado 
Ç. 
Ex. REPETIR – REPETIÇÃO CURTIR – 
CURTIÇÃO INTROSPECTIVO – 
INTROSPECÇÃO IMPORTAR – IMPORTAÇÃO 
REPARTIR- REPARTIÇÃO 
2º Emprego do S 
Usa-se S em palavras derivadas de verbos 
com radicais em ND, RG, RT, PEL, CORR. 
Ex. EXPANDIR - EXPANSÃO IMERGIR – 
IMERSÃO INVERTER - INVERSÃO IMPELIR – 
IMPULSO PRETENDER – 
PRETENSÃO\PRETENSA\ PRETENSIOSO 
COMPREENDER- 
COMPREENSÃO\COMPREENSIVO 
EXPANDIR-EXPANSÃO CONFUNDIR-
CONFUSÃO CONVERTER- CONVERSÃO 
Obs. No final de adjetivos derivados de 
substantivos. 
CORTE – CORTÊS CHINA – CHINÊS BURGO – 
BURGUÊS 
 A 
ORTOGRAFIA 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
39 
Obs.: Letra S representa também o som de Z. 
Nesse caso, geralmente se usará S entre 
vogais. 
Ex. MESA, ROSA, ALUSÃO, VISÃO, PESQUISA, 
ANÁLISE, PESO, PESAR, PÊSAMES. 
 Usa-se S nos sufixos OSO, OSA 
Ex.BONDOSO,HORROROSO, GOSTOSO. 
3º EMPREGO DO Z 
No sufixo IZAR: se no final do radical da 
palavra primitiva não houver S, usa-se Z. 
VALOR – VALORIZAR VIÁVEL – VIABILIZAR 
HOSPITAL – HOSPITALIZAR CATEQUESE – 
CATEQUIZAR 
Obs.: Nas palavras ANALISAR E PESQUISAR, 
o sufixo é AR e não IZAR. Daí grafarem-se 
com S. 
Nos substantivos abstratos derivados e 
adjetivos. 
Belo – beleza rico – riqueza rápido – rapidez 
Nos sufixos ZAL, ZINHO, ZEIRO, AZ, IZ. 
Ex. CAFEZAL , CAFEZINHO, CAQUIZEIRO, 
MORDAZ, VORAZ, MATRIZ. 
4º EMPREGO DO X 
Depois de ditongos AI, EI, OU. 
Ex. CAIXA, QUEIXO, TROUXA. 
Depois de EN. 
Ex. ENXADA, ENXUTO, ENXERTO, 
ENXURRADA, ( Exceção :encher) 
Depois de MI, ME ,quando esses foram a 
primeira sílaba. 
Ex. MIXÓRDIA, MEXER, MEXILHÃO MÉXICO ( 
Exceção : mecha, mechar, mechoacão.) 
Obs.: A letra X pode representar o som de Z, 
depois de E , quando este é a primeira sílaba. 
Ex. EXÉRCITO, EXÍLIO, EXÍMIO, ÊXODO. 
5º EMPREGO DO J 
Escreve-se com j a conjugação dos verbos 
terminados em JAR: 
Viajar – espero que eles viajem. 
Encorajar- para que eles se encorajem. 
Enferrujar- que não se enferrujem as portas. 
Escreve-se com J as palavras derivadas de 
vocábulos terminados em JA. 
LOJA- Lojista Canja- canjica Sarja- sarjeta 
Escreve-se com J palavras derivadas do 
vocabulário tupi-guarani: 
JILO JIBOIA JIRAU 
1. Regra dos hiatos (abolida pela reforma 
Ortográfica): 
Como era :Todas as palavras terminadas em 
OO(s) e as formas verbais terminadas em EEM 
recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, 
enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, lêem, 
vêem, relêem, prevêem. 
Como fica: Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, 
abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, 
releem, preveem. 
O que não muda 
a) Eles têm e eles vêm (terceira pessoa do plural 
do presente do indicativo dos verbos TER e VIR); 
b) Ele contém, detém, provém, intervém (terceira 
pessoa do singular do presente do indicativo dos 
verbos derivados de TER e VIR: conter, deter, 
manter, obter, provir, intervir, convir); 
c) Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (terceira 
pessoa do plural do presente do indicativo dos 
verbos derivados de TER e VIR). 
2. Regra do U e do I (parcialmente abolida): 
O que não muda 
As vogais I e U recebem acento agudo sempre 
que formam hiato com a vogal anterior e ficam 
sozinhas na sílaba ou com S: 
Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga-
ú-cho, eu re-ú-no, ele re-ú-ne, eu sa-ú-do, eles 
sa-ú-dam; 
I-ca-ra-í, eu ca-í, eu sa-í, eu tra-í, o pa-ís, tu ca-
ís-te, nós ca-í-mos, eles ca-í-ram, eu ca-í-a, ba-í-
a, ra-í-zes, ju-í-za, ju-í-zes, pre-ju-í-zo, fa-ís-ca, 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
40 
pro-í-bo, je-su-í-ta, dis-tri-bu-í-do, con-tri-bu-í-do, 
a-tra-í-do? 
Observações: 
a) A vogal I tônica, antes de NH, não recebe 
acento agudo: rainha, bainha, tainha, ladainha, 
moinho. 
b) Não há acento agudo quando formam ditongo 
e não hiato: gra-tui-to, for-tui-to, in-tui-to, cir-cui-
to, mui-to, sai-a, bai-a, que eles cai-am, ele cai, 
ele sai, ele trai, os pais. 
c) Não há acento agudo quando as vogais I e U 
não estão isoladas na sílaba: ca-iu, ca-ir-mos, sa-
in-do, ra-iz, ju-iz, ru-im, pa-ul 
O que muda 
Perdem o acento agudo as palavras em que as 
vogais I e U formam hiato com um ditongo 
anterior: fei-u-ra, bai-u-ca, Bo-cai-u-va 
Como era 
Feiúra, baiúca, bocaiúva 
Como fica 
Feiura, baiuca, bocaiuva 
3. Regra dos ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI 
(parcialmente abolida): 
Como era 
Acentuavam-se todas as palavras que 
apresentam ditongos abertos: 
ÉU: céu, réu, chapéu, troféus 
ÉI: papéis, pastéis, anéis, idéia, assembléia 
ÓI: dói, herói, eu apóio, esferóide 
Observações: 
a) Não se acentuam os ditongos fechados: 
EU: seu, ateu, judeu, europeu 
EI: lei, alheio, feia 
OI: boi, coisa, o apoio 
b) No Brasil, colmeia e centopeia são 
pronunciados com o timbre aberto. 
O que muda? 
Perdem o acento agudo somente as palavras 
paroxítonas: ideia, epopeia, assembleia, jiboia, 
boia, eu apoio, ele apoia, esteroide, heroico 
O que não muda 
O acento agudo permanece nas palavras 
oxítonas: dói, mói, rói, herói, anéis, papéis, 
pastéis, céu, réu, troféu, chapéus 
4. Regra do acento diferencial (parcialmente 
abolida): 
Como era 
Recebiam acento gráfico: 
Ele pára (do verbo PARAR - só a 3ª. pessoa do 
singular do presente do indicativo); 
Eu pélo, tu pélas e ele péla (do verbo PELAR); 
O pêlo, os pêlos (substantivo = cabelo, 
penugem); 
A pêra (substantivo = fruta - só no singular); 
O pólo, os pólos (substantivos = jogo ou 
extremidade). 
Como fica 
Sem acento gráfico: 
Ele para (do verbo PARAR - 3ª. pessoa do 
singular do presente do indicativo); 
Eu pelo, tu pelas e ele pela (do verbo PELAR); 
O pelo, os pelos (substantivo = cabelo, 
penugem); 
A pera (substantivo = fruta); 
O polo, os polos (substantivos = jogo ou 
extremidade). 
O que não mudou 
a) PÔR (só o infinitivo do verbo): "Ele deve pôr 
em prática tudo que aprendeu"; POR 
(preposição): "Ele deve ir por este caminho". 
b) PÔDE é a 3ª pessoa do singular do pretérito 
perfeito do indicativo: "Ontem ele não pôde 
resolver o problema"; PODE é a 3ª pessoa do 
singular do presente do indicativo: "Agora ele não 
pode sair". 
Observação: 
 
Prof. Luana Vieira – Redação – UniENEM/PIAP - 2017 
41 
Sugiro que acentuemos fôrma ("fôrma de pizza"), 
como orienta o dicionário Aurélio, a fim de 
diferenciar de forma (“‘forma física ideal”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos separar os sinais de pontuação em 
dois grupos: 
1º destinados á marcação de pausas. 
VÍRGULA [,] a menor pausa. 
PONTO E VÍRGULA [;] uma pausa média, 
intermediária entre a vírgula e o ponto. 
PONTO [.] uma pausa mais acentuada. 
VÍRGULA 
• A vírgula é sem dúvida, aquela que 
aparece nas mais diversas situações do 
discurso escrito: enumera palavras ; 
ordena ideias e separa expressões. 
• Serve para indicar pequena pausa na 
leitura, mas, sobretudo mudança de 
entoação. 
• O homem que trabalha vive mais. 
• O homem que trabalha, vive mais. 
• Quando as crianças voltarem ponha-as na 
cama! 
• Quando as crianças voltarem, ponha-as 
na cama ! 
REGRAS PARA O USO DA VÍRGULA 
• 1º separa termos que possuem mesma 
função sintática no período. 
Ex. 
O menino berrou, chorou, esperneou e enfim, 
dormiu. 
José, Maria, Antônio e Joana foram ao mercado. 
• 2ª Isola o vocativo – presente nos 
diálogos, nas invocações e nas frases 
imperativas. 
 Ex. 
“Tudo isso está muito bem, Vanda.” 
“Onde é que aprendeu isso, menino?” 
“Estamos contigo, Aryosvaldo !” 
“Então, meu aluno, vamos estudar pontuação?” 
• 3º Isola o aposto explicativo. 
Ex. 
 Mario, ex-integrante do time, foi ao treino.

Continue navegando