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FACULDADE FECAF – TABOÃO DA SERRA CURSO DE MBA EM FINANÇA AUDITORIA E CONTROLADORIA PRICING ESTRATÉGICO São Paulo 2021 FACULDADE FECAF – TABOÃO DA SERRA CURSO DE MBA EM FINANÇA AUDITORIA E CONTROLADORIA PRICING ESTRATÉGICO Aluno: Jair Armando Chaves RGM 31291 Professor: João Eugênio Manetti São Paulo 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................5 2 CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS ..............................................................7 2.1 O QUE É CUSTO? ....................................................................................................7 2.2 O QUE É DESPESA? ................................................................................................7 3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ..........................................................................7 3.1 OBJETO ..................................................................................................................7 3.1.1 Custos diretos: ...............................................................................................7 3.1.2 Custos indiretos: ............................................................................................7 3.2.1 VOLUME .............................................................................................................8 3.2.2 Custos fixos: ...............................................................................................8 3.2.3 Custos variáveis:.........................................................................................8 3.3.1 MÉTODO DE CUSTEIO DO PRODUTO ..................................................................8 3.3.2 Custeio direto ou variável: ............................................................................8 3.3.3 Custeio por absorção: ....................................................................................8 3.3.4 ABC: ...........................................................................................................8 3.3.5 RKW: ..........................................................................................................9 3.4.1 SISTEMAS DE MENSURAÇÃO DO CUSTO .............................................................9 3.4.2 Custo real: ..................................................................................................9 3.4.3 Custo-padrão: .............................................................................................9 3.4.4 Custo orçado: .............................................................................................9 3.5.1 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS ...........................................................9 3.5.2 Por encomenda: .........................................................................................9 3.5.3 Por produção em série ou contínua: .......................................................10 3.5.4 Por operação: ...........................................................................................10 3.5.5 Misto: ........................................................................................................10 4 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS ...........................................................................10 a) Margem de Contribuição; ............................................................................10 b) Ponto de Equilíbrio; .....................................................................................10 c) Alavancagem Operacional. ..........................................................................10 4.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: ............................................................................10 4.2 PONTO DE EQUILÍBRIO: ......................................................................................11 4.3 ALAVANCAGEM OPERACIONAL: .........................................................................12 5 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS ...........................................................................12 5.1 PREÇO DE VENDA COM BASE NOS CUSTOS:.........................................................12 5.2 PREÇO DE VENDA COM BASE NO MERCADO: ......................................................12 5.3 DESPESAS ADMINISTRATIVAS; ............................................................................13 6 ANÁLISE DE DESEMPENHO HORIZONTAL E VERTICAL .......................14 6.1 ANÁLISE DE DESEMPENHO HORIZONTAL: ..........................................................14 6.2 ANÁLISE DE DESEMPENHO VERTICAL: ...............................................................14 7 THEORY OF CONSTRAINTS (TOC) - (TEORIA DAS RESTRIÇÕES) .......14 8 PRICING ESTRATÉGICO ...................................................................................15 8.1 FORMA TRADICIONAL DE PRECIFICAÇÃO: .........................................................15 8.2 PRICING ESTRATÉGICO: .....................................................................................16 CONCLUSÃO .............................................................................................................17 BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................18 5 1 INTRODUÇÃO No passado a humanidade já sentia a necessidade de identificar, qualificar e precificar seus produtos e serviços, não importando a forma e os critérios utilizados, o fato é que o único propósito era para memorizar os eventos que lhe diziam respeito, desde simples atos comerciais até dados de plantio, colheita ou até mesmo o aumento ou a diminuição de seus rebanhos. Contudo, por se tratar de informações pessoais e confidenciais, somente quem faziam tais anotações ou no máximo, algum membro de sua família tinha acesso às mesmas. Nessa época as relações econômicas estiveram restritas à agricultura, ao comércio e algumas atividades artesanais, assim essas anotações atendiam às necessidades de quem gerenciavam os seus próprios negócios, dando origem a uma forma importante nesse período de controle gerencial dos custos e serviços prestados. Após a Revolução industrial que o ocorreu na segunda metade do século XVIII, houve inúmeras consequências e pelo menos duas atingiram a complexidade das atividades fabris e o elevado custo dos equipamentos industriais, obrigando os empresários a conhecer e quantificar os custos de cada etapa do processo de industrialização, desde a requisição da matéria-prima até o produto final. A partir daí, vieram às máquinas e a contratações de mão de obra, como os artesãos, aumentando a capacidade de produção dos produtos, como por exemplo, os tapetes, de forma bem mais rápida. Nesta nova fase fabril, os empresários passaram a precisar de um espaço próprio, tipo um galpão, para abrigar os equipamentos e os artesãos, guardar a matéria - prima, (lã), burros, carroças e de condutores para transportarem as matérias-primas ou produtos de um lugar para outro, além dos custos com alugueis dos espaços fabris, manutenção das carroças, os salários dos condutores, compra dos burros e suas alimentações, consumiam recursos. Diante desse cenário, surgiram então, várias palavras que propunham classificar os gastos de acordo com a sua natureza, como: custos, despesas, diretos ou indiretos, fixos, variáveis, real, padrão e outros que serão abordados no tópico “custo dos produtos e serviços”. Não podemos deixar de citar os conceitos da TOC e a importância da sua aplicação na prática para a tomada de decisões empresariais, que não deixa de ser uma ferramenta tão 6 eficaz, desenvolvida e utilizada há quase 22 anos,para melhorar no momento de tomada de decisões, pois se utiliza de três conceitos: o Ganho, o Inventário e as Despesas Operacionais. O mercado hoje está muito competitivo e por conta disso, os empresários precisam adaptar-se as exigências dos clientes e procurarem outra forma de precificação adequada dos seus produtos e serviços, reconhecendo cada vez mais, a importância dos processos estratégicos para as organizações, tendo em vista que os mesmos consistem em um fator determinante para o sucesso e continuidade de qualquer tipo de negócio. A partir daí, os empresários brasileiros poderão contar com um novo conceito para elaborar propostas de precificação, alinhadas a estratégia mercadológica da empresa, considerando tanto aspectos internos (custeio, margens, operação e objetivos empresariais) quanto aspectos externos (comportamento do consumidor, comportamento da concorrência, mercado e ciclo de vida), denominado de Pricing Estratégico. 7 2 CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS Embora não podemos nos esquecer de que, quem faz o preço é o mercado, ou seja, o cliente e não os comerciantes, desta forma mesmo que a empresa tem um produto ótimo, contudo se o cliente não está disposto a pagar o que a mesma pedir, o produto não será vendido. A isto se dá o nome de “Lei da oferta e da procura”. Para entendermos melhor o que é o “Custo dos produtos e serviços”, é muito importante saber diferenciar o que é custo e despesa: 2.1 O que é custo? São gastos ou serviços voltados à produção nos processos industriais e que se recupera quando a mercadoria é vendida, desde que por valor igual ou maior ao custo do produto. 2.2 O que é despesa? São consumos de recursos não voltados à produção, mas que tem haver com a atividade da empresa, que é irrecuperável, ou seja, que não pode ser repassado a terceiros. 3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Os custos podem ser classificados quanto ao objeto a ser custeado ou ao volume de produção, conforme explicação a seguir: 3.1 Objeto 3.1.1 Custos diretos: São os materiais e à mão de obra, perfeitamente identificados com o produto ou serviço em elaboração. 3.1.2 Custos indiretos: Por serem indiretos, não podem se identificados com o produto ou serviço em elaboração, normalmente, tais custos são distribuídos aos produtos por meio de rateios, conforme aprendemos em sala de aula. 8 3.2.1 Volume 3.2.2 Custos fixos: São aqueles que serão incorridos, qualquer que seja o volume de produção como: aluguel do espaço fabril, seguros de equipamentos, seguros de máquinas e utensílio, ou afins. 3.2.3 Custos variáveis: Variam de acordo com o volume de produção como: a mão de obra remunerada por hora trabalhada e as matérias-primas. De forma geral é importante, citar e entender melhor o que significado de Métodos de custeio, Sistemas de mensuração de custo e Sistema de acumulação de custos: 3.3.1 Método de custeio do produto 3.3.2 Custeio direto ou variável: Vale-se tão somente dos custos diretos e variáveis, não utilizado, em consequência, os custos indiretos e fixos, porque normalmente são apropriados por critério de rateio, ou seja, correspondem à mão de obra direta, matérias-primas, materiais diretos, embalagens e despesas variáveis, preocupa-se em identificar o custo em relação ao volume produzido. 3.3.3 Custeio por absorção: Absorve todos os custos, sejam eles, fixos ou variáveis, diretos ou indiretos. É o método indicado pela Lei 6.404/76 para as sociedades anônimas e aos itens que compõem o custeio direto soma-se a mão de obra indireta, as despesas gerais industriais ou gastos gerais de fabricação e a depreciação. O grande problema de qualquer metodologia de custeio reside na alocação dos custos indiretos aos produtos, contudo, o método por absorção se vale de critérios de rateio desses custos indiretos, ou seja, custo por metro quadrado, horas-maquinas, energia consumida, para alocá-los à produção. Tais critérios são, na maioria das vezes, arbitrários e discutíveis. 3.3.4 ABC: Sigla em inglês que significa Custo com Base em Atividades, também conhecido como Custeio Baseado em Transações. Inclui, além dos itens indicados no método por absorção, a mão de obra e as despesas administrativas e comerciais. 9 A diferença do ABC em relação a outros métodos é que ele procura mensurar os custos indiretos, vinculando-os às atividades que deram origem a tais custos. No Método ABC, os geradores de custos são as atividades e não os produtos. 3.3.5 RKW: Trata-se de um antigo método de custeio, de origem alemã, que inclui, além de todos os itens do ABC, também as despesas financeiras, ou seja, todos os custos e despesas da empresa. 3.4.1 Sistemas de mensuração do custo Podem utilizar dados reais ou projetados: 3.4.2 Custo real: É composto pelos gastos efetivamente ocorridos durante o processo produtivo. 3.4.3 Custo-padrão: É um sistema que estabelece, previamente, um custo sob condições normais de produção, permitindo que a empresa tenha condições de quantificar seus custos de forma mais rápida. Posteriormente ao encerramento contábil, a mesma apura e ajusta as variações ocorridas no período para maior ou menor. 3.4.4 Custo orçado: Igual ao Custo-Padrão, porém incorpora variáveis que se estima que possam ocorrer ao longo do período, enquanto que o custo-padrão não permite tais alterações, limitando-se a variações de quantidades e valores monetários. 3.5.1 Sistemas de acumulação de custos 3.5.2 Por encomenda: Aplicado em atividades cujo processo produtivo tem início e fim perfeitamente identificados, já que visa atender a uma solicitação específica, por exemplo, um Banco. Para esses casos, abre-se uma ordem de serviços e todos os gastos ocorridos na produção do Banco são acumulados nessa ordem de serviços. 10 3.5.3 Por produção em série ou contínua: São produtos elaborados dentro de um padrão único, contínuo e sem variações, como por exemplo, refinarias de álcool, fábricas de papel, etc. 3.5.4 Por operação: São produtos elaborados em lotes, de acordo com determinadas características, modos, tamanho, cor, potência, etc. O custeamento por operação é característico das indústrias automobilística, de eletroeletrônicos, de vestuário, entre outras. 3.5.5 Misto: Pode utilizar mais de uma forma de custeamento, dependendo da característica do processo produtivo. 4 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS Os custos fixos e variáveis possibilitam aos gestores estabelecer relações de proporção entre os gastos para produzir o serviço ou produto e receitas da empresa, comparativamente aos volumes produzidos ou vendidos. Tais relações são de suma importância para decidir pelo aumento ou redução dos volumes de produção, descontinuidade de algum produto, acréscimos de produtos, etc. Por trás desse tipo de análise, há três conceitos muito importantes: a) Margem de Contribuição; b) Ponto de Equilíbrio; c) Alavancagem Operacional. Além deles, os custos contribuirão para os cálculos dos preços de vendas, que veremos no tópico “Formação do preço de Venda”. 4.1 Margem de Contribuição: Como os custos variáveis sãos aqueles que variam de acordo com o volume de produção, assim à medida que o volume de produção aumenta, os custos variáveis aumentam na mesma proporção, desta forma quando uma empresa vende um determinado produto, a mesma acrescenta aos custos variáveis os impostos indiretos sobre vendas (ICMS, IPI, ISS, 11 PIS e a COFINS), de acordo com o regime de tributação da empresa, as despesas variáveis relacionadas à comercialização, ou seja, que correspondem às despesas comerciais relacionadas diretamente as vendas, como são os casos das comissões, fretes, bonificações, ou afins, um percentual que procura cobrir os custos fixos e ainda, propiciaruma sobra, denominada de “lucro”. A margem de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade, depois de deduzidos os custos variáveis, impostos indiretos sobre as vendas e despesas variáveis de comercialização associados ao produto. 4.2 Ponto de Equilíbrio: Chamado em inglês, break-even point, corresponde ao montante que a empresa precisa para conseguir recuperar todos os custos e despesas fixos ou variáveis. Determina-se ponto de equilíbrio porque é o ponto em que a empresa não obtém nem lucro e nem prejuízo e essa informação é muito importante, pois permite visualizar o menor patamar econômico em que a empresa ou setores devem manter suas atividades. Para calcular o Ponto de Equilíbrio, utiliza-se a equação abaixo: Assim, podemos verificar que, como o ponto de equilíbrio é o ponto em que as vendas se igualam aos custos, se, por exemplo, as vendas forem iguais a R$ 20.000,00, a soma dos custos e variáveis terá de ser igual a R$ 20.000,00. ( +) Receita com vendas ou (Preço de venda) ( - ) Custos variáveis ( - ) Despesas variáveis ( - ) Impostos Indiretos ( = ) Margem de contribuição ( +) Vendas ( - ) Custos variáveis ( - ) Despesas variáveis ( - ) Impostos Indiretos ( - ) Custos fixos ( - ) Despesas fixos ( = ) Zero 12 4.3 Alavancagem operacional: Corresponde ao máximo que uma empresa pode produzir mantendo o mesmo patamar de custos e despesas fixos. É necessário destacar que, embora os custos sejam fixos, a produção não é ilimitada. Fatores como capacidade de produção, demanda e armazenagem, criam limitações à produção, levando em consideração que ainda hoje, as empresas procuram evitar capacidade ociosa da linha de produção ou tentando diluir os custos fixos, elaborem estoques acima do volume possível de vendas e caso os produtos não são colocados no mercado, significa que a empresa está estocando recursos, ou seja, os valores pagos pelas matérias-primas e mão de obra, entre outros. Quando um setor produz muito mais peças do que alinha de montagem, como um todo, vai necessitar os excessos de produção acabam se tornando em estoques de produtos em processo. 5 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS Embora existam outros, os modelos de gestão de preço mais utilizados são dois: 5.1 Preço de venda com base nos custos: Corresponde ao somatório dos custos de produção acrescido de uma margem de lucro, contudo apesar de ser a forma mais usual de fixação de preço, principalmente em atividades comerciais de médio e pequeno porte, o risco desse modelo é que os compradores não aceitem o preço estabelecido. 5.2 Preço de venda com base no mercado: Leva em conta quanto o mercado está disposto a pagar, tendo em vista que os custos são secundários para estabelecimento do preço de venda, pois quem faz o preço de venda é o mercado, ou seja, os clientes. Em linhas gerais, antes de lançar um produto, é feita uma pesquisa para identificar quanto o mercado estaria disposto a pagar por um produto com certas características, após identificado o preço de venda, deduz-se dele a margem de lucro desejada e o que restar é o custo-meta ou custo máximo que a empresa poderá despender até o produto ser colocado no mercado. Utiliza-se a equação abaixo para calcular o Custo-Meta, utiliza-se a equação abaixo: 13 Essa conta de trás para frente tem algumas vantagens bastante consideráveis, pois caso seja inviável alcançar o Custo-Meta, o projeto pode ser abandonado com perdas financeiras relativamente pequenas, mas se por outro lado, se a meta for possível, a probabilidade de sucesso é muito maior. A formação de preço de venda com base nos custos levou empresas de grande e pequeno porte a adotar o conceito de Mark-up, ou seja, um percentual a ser acrescentado aos custos, contudo não se trata de um numero aleatório, mas sim um montante calculado a partir dos componentes que se adicionam aos custos de produção. São eles: 5.3 Despesas administrativas; a) Despesas comerciais; b) Outras despesas operacionais (Assistência técnica, por exemplo); c) Custos financeiros de produção e vendas; d) Margem de lucro estabelecida; e) Impostos indiretos sobre as vendas (ICMS, PIS, COFINS ETC.) Formação de preço de venda com base no mercado é uma forma de cálculo de frente para trás, ou seja, os parâmetros para estabelecer o preço são, exclusivamente, a concorrência e o valor que os clientes estariam dispostos a pagar, assim, de acordo com essa lógica, os custos de produção, em um primeiro momento, são colocados ao segundo plano. As empresas que introduziram o Custo-Meta, que é quando a empresa estabelece um preço máximo de venda ao produto e dele deduz sua margem de lucro e o que sobrar é o máximo de custos a ser incorrido para fabricação do item em estudo. Exemplo: Embora esse conceito seja bastante interessante e competitivo, é importante alertar que sua prática apresenta diversas dificuldades. ( + ) Preço de venda ( - ) Margem de lucro desejada ( = ) Custo-Meta ( +) Preço de venda preestabelecido........R$ 100,00 ( - ) Margem de lucro desejada (20%)......R$ 20,00 ( = ) Custo-Meta.......................................R$ 80,00 14 6 ANÁLISE DE DESEMPENHO HORIZONTAL E VERTICAL Consideradas como as formas mais primárias de análise, a horizontal e a vertical são bem utilizadas nas empresas, inclusive no Brasil. 6.1 Análise de desempenho horizontal: Utilizada para realização de comparações de saldos de contas entre períodos, mas é muito importante entendermos que no caso de economias estáveis, essa forma de análise é bastante válida, porém não se deve descartar o efeito da inflação, ainda que pequena, pois num determinado período que empresa possa aumentar seu faturamento, onde a inflação teve um aumento de 4 a 5%, a empresa poderá acreditar, à primeira vista, que está crescendo gradativamente, nesse caso, ficaremos na dúvida se, de fato, houve crescimento ou estagnação por conta da mera reposição da inflação que ocorreu no período. Embora importante, a análise horizontal, por si só, não é suficiente, sendo necessário também combiná-la com a análise vertical a seguir. 6.2 Análise de desempenho vertical: Se a soma das contas do ativo e passivo corresponde a 100% de cada um desses componentes das demonstrações contábeis, então, à medida que determinada conta aumenta, outra (ou outras) diminuirá e sobre essas variações percentuais é que se efetuam as análises verticais. Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), a receita de vendas representa os 100% e as demais contas são proporcionalizadas em relação à mesma. É muito importante saber que não apenas com essas duas análises que avaliamos o desempenho de uma empresa, mas que existe uma série de relações que podem se estabelecidas entre as diversas contas das demonstrações contábeis, onde cada uma dessas contas poderá fornecer um quociente que permite um tipo de análise específico. 7 THEORY OF CONSTRAINTS (TOC) - (TEORIA DAS RESTRIÇÕES) Em geral, as empresas no mundo inteiro, inclusive no Brasil, são constituídas com a finalidade de ganhar dinheiro, vender produtos e serviços de qualidade, se tornar líder 15 nacional ou até mesmo mundial, ou simplesmente com intenção de sobreviver diante de um mercado tão competitivo, contudo tendo o maior ganho possível com o menor gasto de recursos possíveis. Assim se o empresário pretende fortalecer a sua empresa, o mesmo deverá investir nas restrições que são os gargalos (afunilamento do processo), ou restrições no sistema de produção, que podem ser uma de mercado, restrição de máquina, mão de horas, matéria- prima. TOC, ou Teoria das Restrições trata da Margem de Contribuição com Fator Limitante, monitorando o setor produtivo e sabendo tirar o maior proveito desse gargalho possível.Um exemplo seria, quando o fornecedor não forneceu toda a matéria-prima necessária para a empresa produzir os produtos que são muito bem aceito pelo mercado, numa citação assim o gestor precisará saber qual a melhor decisão que deverá ser tomada, ou seja, quais produtos terá que diminuir a produção e qual terá que aumentar a produção. Esse método permite identificar o mix (mais rentável) de produção do produto que proporciona o maior resultado econômico possível. 8 PRICING ESTRATÉGICO 8.1 Forma tradicional de precificação: Na forma tradicional de se precificar produtos e serviços, a formação dos preços são respaldando, nos custos fixos e variáveis do produto multiplicado por um fator (mark-up) preestabelecido. Nesse processo tradicional de precificação, suponhamos que uma determinada empresa cria um produto qualquer, como por exemplo, um bolo e resolve precificar o mesmo baseando-se nos custos necessários para produzir o bolo, ou seja, o custo foi de R$ 25,00 reais e como a empresa pretende ganhar uma margem de R$ 25,00 reais em cima desse custo, vendendo o mesmo por R$ 50,00 reais. O problema nesse caso é que a empresa fez o produto, o bolo, mas será que os clientes, as padarias estão dispostos a pagar esse preço de R$ 50,00 reais? E se as pessoas quiserem pagar apenas R$ 40,00 ou até mais e o produto ficar encalhado no estoque? Ou até mesmo se os clientes gostarem do produto que estejam dispostos a pagar bem mais? A empresa acaba ficando nas mãos dos clientes, onde os mesmo acabam se tornando uma consequência de um produto e preço que foi estabelecido pela empresa, podendo ser muito arriscado porque pode 16 acontecer da mesma, não encontrar clientes suficientes, deixar de cobrar um valor que poderia ter sido bem maior ou dar uma sorte e acertar no preço ideal. 8.2 Pricing estratégico: Nesta forma de precificar os preços, não muito conhecida no Brasil, as empresas precisam esquecer a velha prática do mark-up, pois nesse novo método, não são os custos somados com uma margem que determinam os preços ou seja, o processo de precificação irá começar, ao contrário, ou seja, a partir cliente que estará no inicio do fluxo, pois o que importa na verdade nesse método é o valor que o cliente (mercado) está disposto a pagar e para isso, será preciso a realização de pesquisas de mercado, para identificar o publico ideal que irá consumir o produto ou serviço, descobrindo: O quanto essas pessoas pagariam pelo bolo? Qual o tamanho do bolo que as mesmas preferem? Qual o tipo de embalagem? Se as pessoas querem receber o produto em casa? Para ai sim estabelecer o melhor preço e caso não for viável produzir o produto a empresa nem investi no produto, evitando prejuízos e tenta achar outro tipo de produto que possa proporcionar o máximo de dinheiro possível com o mínimo de custo. O desenho abaixo ilustra bem o fluxo de precificação de produto baseado na forma tradicional ou no Pricing estratégico: 17 CONCLUSÃO Conclui-se que, não existe o melhor método de precificação ou custeio que melhor se adapta às necessidades de uma precificação eficaz nas empresas. A empresa pode aplicar qualquer método de formação de preços que a mesma ache interessante, contudo é sempre necessário buscar apurar a sua margem de contribuição da venda do seu produto ou serviço que são comercializando no mercado e entender que para cada real ganho daquele produto ou serviço, o quanto de lucro efetivamente ficará para a empresa, levando em consideração que o objetivo da empresa é ganhar o máximo de dinheiro possível, gastando o mínimo de recursos necessários. Desta forma, a partir de um controle estratégico, a empresa poderá conseguir prever as suas metas de venda, o quanto a mesma terá de impacto financeiro positivo ou negativo, em cima daquela comercialização e entender se produto comercializado é verdadeiramente viável para a sua estratégia de retorno. Ressaltamos que, nunca devemos nos esquecer de que, quem faz o preço é o mercado (as pessoas) e não o comerciante, pois não adianta nada a empresa ter um produto ótimo, mas se os clientes não estão dispostos a pagar o preço ofertado, o produto não será vendido, conforme dito anteriormente, a chamada “Lei da oferta e da procura”. 18 BIBLIOGRAFIA MANETTI, João Eugênio. Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso, Uma Abordagem Jurídica e Contábil, Um Guia para a Tomada de Decisões Empresariais UNIP - Universidade Paulista, Campus Alphaville, Santana de Parnaíba-SP, 2013. Deloitte, O Verdadeiro Valor do Pricing, Da estratégia de preços à excelência comercial. São Paulo-SP, link pesquisado no dia 26/03/2021. https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/br/Documents/strategy/Verdadeiro- Valor-Pricing-PT.pdf COGAN, Samuel. Contabilidade Gerencial: uma abordagem da teoria das restri-ções. São Paulo: Saraiva, 2007. . https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/br/Documents/strategy/Verdadeiro-Valor-Pricing-PT.pdf https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/br/Documents/strategy/Verdadeiro-Valor-Pricing-PT.pdf
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