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1583947017328_Policiamento Ambiental

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1 
 
 
 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
2 
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ 
 
CAMILO Sobreira de SANTANA 
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ 
 
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS 
 
ANDRÉ Santos COSTA 
SECRETÁRIO DA SSPDS 
 
ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO CEARÁ – AESP|CE 
 
JUAREZ Gomes Nunes Júnior 
DIRETOR-GERAL DA AESP|CE 
 
IVANA Coelho Marques Figueiredo 
DIRETORA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INTERNA DA AESP|CE 
 
CARLO Rômulo Matos Barreto 
RESP. PELA COORDENADORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO DA AESP|CE 
 
José ROBERTO de Moura Correia 
COORDENADOR ACADÊMICO PEDAGÓGICO DA AESP|CE 
 
José Alexandre Soares NOGUEIRA 
SECRETÁRIO ACADÊMICO DA AESP|CE 
 
CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA A CARREIRA DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES - CFPCO-PM/2018 – T2 
 
DISCIPLINA 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
CONTEUDISTA 
Pâmela Costa Landim Saboya 
 
REVISÃO DE COERÊNCIA DIDÁTICA 
Francisco Odélio FERREIRA Butrago 
Francisco WASHINGTON de Jesus Melo 
HELANA Paula Nascimento do Carmo 
HELENA Guilherme 
José Alexandre Soares NOGUEIRA 
José ROBERTO de Moura Correia 
Lindemberg Moreira SALMITO Lopes 
Luis André GASPAR Lopes 
Marcos José dos Santos RIBEIRO 
Paulo RAMON Rodrigues Tavares 
 
FORMATAÇÃO 
JOELSON Pimentel da Silva 
 
• 2020 • 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
3 
SUMÁRIO 
 
 
POLICIAMENTO AMBIENTAL ........................................................................................................................................................... 4 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................. 4 
1. BATALHÃO DE POLÍCIA DE MEIO AMBIENTE .............................................................................................................................. 4 
2. MODALIDADES DE POLICIAMENTO AMBIENTAL ........................................................................................................................ 5 
2.1 Policiamento em Viaturas .................................................................................................................................................... 5 
2.2 Policiamento em Motocicletas ............................................................................................................................................. 5 
2.3 Policiamento a Pé ................................................................................................................................................................. 6 
2.4 Policiamento em Embarcações ............................................................................................................................................ 6 
3. NOÇÕES DE DIREITO AMBIENTAL ............................................................................................................................................... 6 
3.1 Código Florestal .................................................................................................................................................................... 7 
3.2 Código de Pesca ................................................................................................................................................................... 8 
3.3 Instrução Normativa nº 009, de 13 de junho de 2012 ......................................................................................................... 9 
3.4 Instrução Normativa Nº 03 – MMA de 21/02/2005 ............................................................................................................. 11 
3.5 Instrução Normativa Nº 112, de 21/08/2006 ...................................................................................................................... 11 
3.6 Instrução Normativa Nº 138 – MMA de 06/12/2006 .......................................................................................................... 14 
3.7 Instrução Normativa Nº 206 – MMA de 14/11/2008 .......................................................................................................... 15 
3.8 Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2006 – Sistema Nacional de Unidades e Conservação da Natureza (SNUC) .................... 15 
3.9 Lei de Crimes Ambientais ................................................................................................................................................... 19 
3.10 “Lei do Paredão” .............................................................................................................................................................. 23 
4. AUTO DE CONSTATAÇÃO ........................................................................................................................................................... 24 
5. DECIBELÍMETRO ....................................................................................................................................................................... 26 
6. ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS AMBIENTAIS ....................................................................................................................... 26 
7. CONTENÇÃO DE ANIMAIS ........................................................................................................................................................ 27 
8. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................................................................ 27 
8.1 Guardiões Ambientais ........................................................................................................................................................ 27 
9. CURSOS AMBIENTAIS ................................................................................................................................................................ 28 
9.1 Curso de Embarcação ......................................................................................................................................................... 28 
9.2 Curso de Policiamento Ambiental (CPA) ............................................................................................................................ 28 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................................................ 28 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
4 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
INTRODUÇÃO 
 
Da necessidade de se proteger o meio ambiente, 
diversos estados brasileiros criaram em suas polícias a 
denominada polícia ambiental com a missão de dar um 
atendimento de melhor qualidade e de forma mais 
específica às ocorrências de natureza ambiental, em razão de 
suas peculiaridades. 
Conforme a previsão contida no Art. 225 da 
Constituição Federal de 1988 que nos mostra a importância 
do poder público de preservar o meio ambiente não 
somente para as presentes, mas também para as futuras 
gerações, houve um maior incentivo para que as polícias 
estaduais desenvolvessem setores específicos para a atuação 
no combate aos crimes ambientais. 
Assim como outras polícias militares dos estados 
brasileiros, ocorreu no Ceará a criação e implementação do 
denominado policiamento ambiental. 
 
1. BATALHÃO DE POLÍCIA DE MEIO AMBIENTE 
 
A Polícia de Meio Ambiente do Ceará, que teve 
origem com a criação do Pelotão de Policiamento Ecológico 
na data de 30 de agosto de 1991, é responsável pelo 
atendimento em todo o estado do Ceará das demandas 
relacionadas ao atendimento de ocorrências ambientais. 
Em 1º de abril de 1996, por meio da Portaria nº 018 
do Comando da Polícia Militar do Ceará foi transformado em 
Companhia de Polícia de Meio Ambiente. 
Já na data de 23 de novembro de 1998 houve uma 
mudança na denominaçãoda Companhia, passando a ser 
chamada Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA), 
conforme Portaria Nº 044, devidamente publicada no 
Boletim do Comando Geral Nº 216, de 23 de novembro de 
1998. 
Em setembro de 2012, a companhia de Polícia Militar 
Ambiental foi elevada a categoria de Batalhão de Polícia de 
Meio Ambiente por meio da Lei de Organização Básica (LOB) 
da Polícia Militar do estado do Ceará, Lei N° 15.217, de 05 de 
setembro de 2012, sendo a estrutura do referido Batalhão 
modificada em 2019, com o advento do Decereto Estadual 
nº 32.974 , de 18 de fevereiro de 2019, estando assim 
composta: 
 
Art. 1º A estrutura organizacional da Polícia Militar 
do Ceará (PMCE) passa a ser a seguinte: 
... 
IV - DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA 
Art.8º. São Órgãos de Execução Programática: 
13. Coordenadoria do Comando de Policiamento 
Especializado – CPE: 
…. 
13.2 Batalhão de Polícia de Meio Ambiente – BPMA: 
13.2.1. 1ª Companhia do BPMA; 
13.2.2. 2ª Companhia do BPMA; 
13.2.3. 3ª Companhia do BPMA; 
 
 
A sede do Batalhão de Polícia de Meio Ambiente está 
localizada na Avenida Raul Barbosa, n° 6801, Bairro: 
Aerolândia, tendo sido estabelecido na Lei de Organização 
Básica no seu Art. 2°, inciso VIII, que a Polícia Militar do 
Ceará tem como atribuição a efetuar o policiamento 
ostensivo de proteção ambiental, de caráter específico. 
A 1ª. Companhia do BPMA é sediada em Fortaleza, 
sendo incorporada ao Batalhão, a 2ª. Companhia do BPMA 
tem previsão de instalação no município do Pecém, 3ª 
Companhia do BPMA com localização em Juazeiro do Norte 
Sobral e a 4ª Companhia do BPMA com sede em Sobral. 
O uniforme utilizado pelos policiais ambientais é o 5º 
G. Assim como as demais policias ambientais dos outros 
estados da federação, a polícia ambiental cearense dispõe de 
um uniforme próprio para o exercício do trabalho, tendo a 
seguinte descrição conforme a última modificação feita pelo 
Comandante Geral da PMCE do Regulamento de Uniformes 
da PMCE, no Decreto nº 18.063, de 06 de agosto de 1986 
(Regulamento de Uniformes da Polícia Militar do Ceará), 
mediante Portaria nº 094/2013, publicado no Boletim do 
Comando Geral nº 224, de 28 de novembro de 2013. 
 
XIII - 5º Uniforme G – Policiamento de Meio 
Ambiente. 
a) Posse obrigatória para Oficiais e praças do 
Batalhão de Polícia Meio Ambiente - BPMA. 
b) Composição: 
1. Camisa rajada, manga longa, com fundo bege 
escuro, cor referência pantone internacional 
171319TP, verde claro, cor referência pantone 
internacional 160322TP, verde escuro, cor 
referência pantone internacional 190419TP e 
vermelha, cor referência pantone internacional 
181444TP; 
2. Calça rajada nas mesmas cores da camisa; 
3. Camisa em algodão, cor rajada, na cor da 
respectiva farda, sendo confeccionada em 
poliviscose e terá do lado esquerdo o brasão da 
corporação, bordado diretamente na camisa, e 
abaixo deste a identificação do posto ou graduação 
e nome, ambos na cor preta, e tipo sanguíneo e 
fator RH, na cor vermelha, ficando proibida a 
aposição de qualquer distintivo, brevê de curso ou 
qualquer outra identificação na camisa de malha 
diferente da prevista neste artigo; 
5. Insígnia de identificação do posto ou graduação 
confeccionada em material emborrachado, fundo 
preto, com insígnias do posto ou graduação na cor 
cinza; (Redação §5º, art. 7º Dec. 29.482/08). 
6. Cinto de nylon na cor preta com fivela contendo 
o símbolo das Polícias Militares; 
7. Colete de proteção balístico na cor preta, 
utilizado, prioritariamente, quando da execução do 
policiamento ostensivo. 
8. Meia de malha na cor preta; 
9. Fiel na cor verde escuro; 
10. Apito metálico; 
11. Cinto porta-armamento e equipamento na cor 
preta; 
12. Coturnos cano curto na cor preta com detalhes 
na cor verde; 
13. Gorro com pala camuflado nas mesmas cores da 
camisa, contendo brasão do Estado tendo 6 cm de 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
5 
comprimento e 4 cm de largura, sendo 
confeccionado em etiqueta monocromática 
bordada em alta definição, tendo ainda, na parte 
inferior, a designação Polícia Militar, em caixa alta, 
letras na cor preta e fundo na cor cinza; 
14. Tarjeta de identificação especificando o nome 
bordado com letras na cor preta, com contorno na 
mesma cor, sobre tecido na cor marrom madeira, 
tipo sanguíneo e fator RH do militar estadual 
bordados na cor vermelha, sendo fixa, não 
amovível, aposta acima da lapela do bolso direito. 
15. Distintivo da Organização Policial Militar (OPM), 
contendo, ao centro o brasão da Corporação e, 
acima, a OPM a que pertence o policial militar, 
devendo tal Distintivo ser confeccionado em 
etiqueta monocromática bordada em alta definição, 
medindo 6 cm de altura por 5 cm de largura, sendo 
aposto acima do bolso do lado esquerdo do 
uniforme. c) uso exclusivo pelo efetivo do Batalhão 
de Polícia de Meio Ambiente – BPMA. 
 
2. MODALIDADES DE POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
O policiamento ambiental é feito através da utilização 
de automóveis, motocicletas, bicicletas e embarcações. 
 
2.1 Policiamento em Viaturas 
 
O policiamento nas viaturas é realizado através do 
patrulhamento diuturno no atendimento de ocorrências 
ambientais como maus tratos de animais, tráfico de animais 
silvestres, resgate de animais silvestres, poluição sonora e 
muitos outros. 
O atendimento policial pode ocorrer através de 
encaminhamento da solicitação via CIOPS, ou por meio da 
ligação para o prédio do Batalhão de Meio Ambiente. 
Além de atuação isolada, a viatura realiza constantes 
operações de fiscalização com os órgãos ambientais 
parceiros como a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio 
Ambiente (SEUMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico 
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência 
de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (ADAGRI), 
Fundação Nacional do Índio (FUNAI) etc. 
As operações de poluição sonora são feitas em 
parceria com a SEUMA, sendo realizadas diversas apreensões 
de aparelhos de som funcionando em desacordo ao nível 
sonoro permitido pela lei. 
A parceria com o IBAMA se dá principalmente nas 
fiscalizações de pesca irregular da lagosta na costa do Ceará. 
 
 
Fig. 1 Fiscalização em Viatura, Fonte: Arquivo do BPMA 
 
2.2 Policiamento em Motocicletas 
 
Além do policiamento em viaturas é realizado 
policiamento em motocicletas nas imediações do Batalhão 
de Meio Ambiente e no Parque do Cocó, no intuito de, além 
de realizar o atendimento de ocorrências ambientais e 
promover uma sensação de segurança aos frequentadores 
de tais locais. 
 
 
Fig. 2 Fiscalização em Motocicletas, Fonte: Arquivo do BPMA 
 
Policiamento em Bicicletas 
 
Apesar de não haver na atualidade o emprego do 
policiamento em bicicletas, foi um policiamento bastante 
utilizado no Parque do Cocó, no qual os policiais realizavam o 
percurso da trilha além de promover a segurança também 
prestavam informações sobre o parque aos que ali 
frequentavam. 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
6 
 
Fig. 3 Fiscalização em Bicicletas, Fonte: Arquivo do BPMA 
 
2.3 Policiamento a Pé 
 
O policiamento a pé é feito no Posto de Observação 
do Parque do Cocó, permanecendo os policiais no 
cruzamento das Avenidas Padre Antônio Tomás com 
Engenheiro Santana Júnior. 
Além dos policiais realizarem a segurança do local, há 
a prestação de informações a pessoas que possuem algum 
tipo de dúvida de turistas e pessoas que queiram algum tipo 
de informação sobre o parque. 
 
 
Fig. 4 Posto de Serviço do BPMA, Fonte: Arquivo do BPMA 
 
2.4 Policiamento em Embarcações 
 
O policiamento realizado nas embarcações é feito nos 
locais em que se faz necessário coibir a prática ilegal de 
pesca ou de algum outro crime de poluição em que esteja 
sendo realizado algum tipo de degradação ao meio 
ambiente. 
Dentre os locais em que há uma maior fiscalização 
pelo Batalhão de Polícia de MeioAmbiente podemos citar o 
rio Cocó, desde a Avenida Engenheiro Santana Júnior até 
próximo da sua foz na Praia do Caça e Pesca. Outro local em 
que há fiscalização é o Açude Castanhão. 
 
 
 Fig. 4 Fiscalização em Embarcação, Fonte: Arquivo do BPMA 
 
3. NOÇÕES DE DIREITO AMBIENTAL 
 
Quando se pretende realizar o policiamento 
ambiental, o integrante da força de segurança deverá possuir 
o conhecimento adequado das legislações pertinentes para 
que possa fazer um correto atendimento das ocorrências 
policiais em que há o cometimento de crimes ambientais. 
O Direito Ambiental vem a ser o primordial ramo do 
direito responsável por estabelecer como devem ser regidas 
as interações do homem com a natureza para se evitar que a 
ação humana que possua potencial destrutivo ponha em 
risco os recursos ambientais para as presentes e futuras 
gerações. 
A principal lei utilizada no atendimento dos crimes 
ambientais é Lei N° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. 
 
LEGISLAÇÕES AMBIENTAIS 
 
A Lei da Vida, como também é conhecida a Lei de 
Crimes Ambientais (Lei N° 9.605, de 12 de fevereiro de 
1998), estabelece no seu texto o rol de crimes ambientais 
permitindo ao policial de maneira fácil a compreensão da 
conduta descrita como crime. 
A citada norma ambiental é considerada um avanço 
para o real combate aos crimes ambientais, uma vez que 
permitiu aos indivíduos o conhecimento em uma mesma lei 
dos diversos tipos de situações em que serão verificadas as 
mais variadas praticas lesivas ao meio ambiente, pois o que 
existia anteriormente eram legislações esparsas que 
dificultavam sobremaneira o estudo e a repressão às praticas 
criminosas. 
Entretanto, para se ter uma compreensão completa 
de determinados conceitos trazidos na Lei de Crimes 
Ambientais é necessário que se busque em outras leis 
algumas definições, sendo tais normatizações classificadas 
como sendo de legislações complementares. 
Dentre as principais legislações ambientais 
complementares, temos o Código Florestal, Código de Pesca, 
Instruções Normativas do Ministério do Meio Ambiente, 
Portarias e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. 
 
 
 
 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
7 
3.1 Código Florestal 
 
Um dos principais objetivos das legislações 
ambientais é promover uma segurança ao meio ambiente, 
entretanto, com a possibilidade de conciliar tal proteção com 
os anseios econômicos das sociedades, de forma racional e 
equilibrada, destaque-se. 
O desenvolvimento sustentável é a ferramenta a ser 
utilizada pelos governos para garantir que haja o 
desenvolvimento econômico das nações, porém com a 
realização mínima de prejuízos e impactos a natureza. 
O atual Código Florestal Brasileiro entrou em vigor no 
ano de 2012 por meio da Lei n° 12.605 de 25 de maio de 
2012, tendo revogado o então Código Florestal vigente, 
instituído através da Lei N° 4.771, de 15 de setembro de 
1965. 
 
O texto do Art. 1° do Código Florestal traz de 
maneira expressa que o principal objetivo do 
governo brasileiro é realizar o desenvolvimento 
sustentável, conforme abaixo se transcreve: 
Art. 1o-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a 
proteção da vegetação, áreas de Preservação 
Permanente e as áreas de Reserva Legal; a 
exploração florestal, o suprimento de matéria-
prima florestal, o controle da origem dos produtos 
florestais e o controle e prevenção dos incêndios 
florestais, e prevê instrumentos econômicos e 
financeiros para o alcance de seus objetivos. 
Parágrafo único. Tendo como objetivo o 
desenvolvimento sustentável, esta Lei atenderá aos 
seguintes princípios: 
I - afirmação do compromisso soberano do Brasil 
com a preservação das suas florestas e demais 
formas de vegetação nativa, bem como da 
biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da 
integridade do sistema climático, para o bem estar 
das gerações presentes e futuras; 
II - reafirmação da importância da função 
estratégica da atividade agropecuária e do papel 
das florestas e demais formas de vegetação nativa 
na sustentabilidade, no crescimento econômico, na 
melhoria da qualidade de vida da população 
brasileira e na presença do País nos mercados 
nacional e internacional de alimentos e bioenergia; 
III - ação governamental de proteção e uso 
sustentável de florestas, consagrando
 o compromisso do País com a compatibilização 
e harmonização entre o uso produtivo da terra e a 
preservação da água, do solo e da vegetação; 
IV - responsabilidade comum da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, em colaboração com 
a sociedade civil, na criação de políticas para a 
preservação e restauração da vegetação nativa e de 
suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas 
e rurais; 
V - fomento à pesquisa científica e tecnológica na 
busca da inovação para o uso sustentável do solo e 
da água, a recuperação e a preservação das 
florestas e demais formas de vegetação nativa; 
VI - criação e mobilização de incentivos 
econômicos para fomentar a preservação e a 
recuperação da vegetação nativa e para promover o 
desenvolvimento de atividades produtivas 
sustentáveis. (grifo nosso). 
Uma das principais informações presentes no 
Código Florestal é a delimitação do que vem a ser a 
Área de Preservação Permanente (APP), que 
segundo o Art. 3° , inciso II da lei é: 
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: 
[...] 
II - Área de Preservação Permanente - APP: área 
protegida, coberta ou não por vegetação nativa, 
com a função ambiental de preservar os recursos 
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a 
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e 
flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das 
populações humanas;[...] 
 
Estando as áreas consideradas como de 
Preservação Permanente contidas no Art. 4° da 
lei, a saber: 
 
Art. 4º Considera-se Área de Preservação 
Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os 
efeitos desta Lei: 
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água 
natural perene e intermitente, excluídos os 
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, 
em largura mínima de: 
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de 
menos de 10 (dez) metros de largura; 
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que 
tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de 
largura; 
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que 
tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros 
de largura; 
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água 
que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) 
metros de largura; 
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água 
que tenham largura superior a 600 (seiscentos) 
metros; 
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas 
naturais, em faixa com largura mínima de: 
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o 
corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de 
superfície, cuja faixa marginal será de 50 
(cinquenta) metros; 
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água 
artificiais, decorrentes de barramento ou 
represamento de cursos d’água naturais, na faixa 
definida na licença ambiental do empreendimento; 
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos 
d’água perenes, qualquer que seja sua situação 
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) 
metros; 
V - as encostas ou partes destas com declividade 
superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) 
na linha de maior declive; 
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou 
estabilizadoras de mangues; 
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; 
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a 
linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 
100 (cem) metros em projeções horizontais; 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
POLICIAMENTO AMBIENTAL 
 
8 
IX - no topo de morros, montes, montanhas e 
serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e 
inclinação média maior que 25°, as áreas 
delimitadas a partir da curva de nível 
correspondente a 2/3 (dois terços) da alturamínima 
da elevação sempre em relação à base, sendo esta 
definida pelo plano horizontal determinado por 
planície ou espelho d’água adjacente ou, nos 
relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais 
próximo da elevação; 
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e 
oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; 
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção 
horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) 
metros, a partir do espaço permanentemente 
brejoso e encharcado. 
§ 1º Não será exigida Área de Preservação 
Permanente no entorno de reservatórios artificiais 
de água que não decorram de barramento ou 
represamento de cursos d’água naturais. 
§ 2º (Revogado). 
§ 3º (VETADO). 
§ 4º Nas acumulações naturais ou artificiais de água 
com superfície inferior a 1 (um) hectare, fica 
dispensada a reserva da faixa de proteção prevista 
nos incisos II e III do caput, vedada nova supressão 
de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do 
órgão ambiental competente do Sistema Nacional 
do Meio Ambiente – Sisnama. 
§ 5º É admitido, para a pequena propriedade ou 
posse rural familiar, de que trata o inciso V do art. 
3o desta Lei, o plantio de culturas temporárias e 
sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra 
que fica exposta no período de vazante dos rios ou 
lagos, desde que não implique supressão de novas 
áreas de vegetação nativa, seja conservada a 
qualidade da água e do solo e seja protegida a 
fauna silvestre. 
§ 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) 
módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que 
tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a 
prática da aquicultura e a infraestrutura física 
diretamente a ela associada, desde que: 
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo 
de solo e água e de recursos hídricos, garantindo 
sua qualidade e quantidade, de acordo com norma 
dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; 
II - esteja de acordo com os respectivos planos de 
bacia ou planos de gestão de recursos hídricos; 
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão 
ambiental competente; 
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental 
Rural - CAR. 
V - não implique novas supressões de vegetação 
nativa. 
 
3.2 Código de Pesca 
 
O Código de Pesca instituído através da Lei 11.959, de 
29 de junho de 2009, dispõe sobre a Política Nacional de 
Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca e 
estabeleceu conceitos importantes para a fiscalização 
ambiental. 
 
 
Na legislação citada, temos a definição do que vem a 
ser a pesca, estando tal conceito contido no Art. 1°, sendo a 
pesca todo o ato tendente a capturar ou extrair elementos 
animais ou vegetais que tenham na água seu normal ou mais 
frequente meio de vida. 
 
Da definição, percebe-se que para ser verificado o 
crime de pesca ilegal não precisa estar o pescador já com os 
animais em sua posse, não sendo necessário ocorrer o dano, 
bastando para tanto existir a mera situação de perigo. 
No Art. 2° da lei encontramos definições importantes, 
conforme seguem abaixo: 
 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se: 
I – recursos pesqueiros: os animais e os vegetais 
hidróbios passíveis de exploração, estudo ou 
pesquisa pela pesca amadora, de subsistência, 
científica, comercial e pela aquicultura; 
II – aquicultura: a atividade de cultivo de 
organismos cujo ciclo de vida em condições naturais 
se dá total ou parcialmente em meio aquático, 
implicando a propriedade do estoque sob cultivo, 
equiparada à atividade agropecuária e classificada 
nos termos do art. 20 desta Lei; 
III – pesca: toda operação, ação ou ato tendente a 
extrair, colher, apanhar, apreender ou capturar 
recursos pesqueiros; 
IV – aquicultor: a pessoa física ou jurídica que, 
registrada e licenciada pelas autoridades 
competentes, exerce a aquicultura com fins 
comerciais; 
V – armador de pesca: a pessoa física ou jurídica 
que, registrada e licenciada pelas autoridades 
competentes, apresta, em seu nome ou sob sua 
responsabilidade, embarcação para ser utilizada na 
atividade pesqueira pondo-a ou não a operar por 
sua conta; 
VI – empresa pesqueira: a pessoa jurídica que, 
constituída de acordo com a legislação e 
devidamente registrada e licenciada pelas 
autoridades competentes, dedica-se, com fins 
comerciais, ao exercício da atividade pesqueira 
prevista nesta Lei; 
VII – embarcação brasileira de pesca: a pertencente 
a pessoa natural residente e domiciliada no Brasil 
ou a pessoa jurídica constituída segundo as leis 
brasileiras, com sede e administração no País, bem 
como aquela sob contrato de arrendamento por 
empresa pesqueira brasileira; 
VIII – embarcação estrangeira de pesca: a 
pertencente a pessoa natural residente e 
domiciliada no exterior ou a pessoa jurídica 
constituída segundo as leis de outro país, em que 
tenha sede e administração, ou, ainda, as 
embarcações brasileiras arrendadas a pessoa física 
ou jurídica estrangeira; 
IX – transbordo do produto da pesca: fase da 
atividade pesqueira destinada à transferência do 
pescado e dos seus derivados de embarcação de 
pesca para outra embarcação; 
X – áreas de exercício da atividade pesqueira: as 
águas continentais, interiores, o mar territorial, a 
plataforma continental, a zona econômica exclusiva 
brasileira, o alto-mar e outras áreas de pesca, 
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9 
conforme acordos e tratados internacionais 
firmados pelo Brasil, excetuando-se as áreas 
demarcadas como unidades de conservação da 
natureza de proteção integral ou como patrimônio 
histórico e aquelas definidas como áreas de 
exclusão para a segurança nacional e para o tráfego 
aquaviário; 
XI – processamento: fase da atividade pesqueira 
destinada ao aproveitamento do pescado e de seus 
derivados, provenientes da pesca e da aquicultura; 
XII – ordenamento pesqueiro: o conjunto de 
normas e ações que permitem administrar a 
atividade pesqueira, com base no conhecimento 
atualizado dos seus componentes biológico-
pesqueiros, ecossistêmico, econômicos e sociais; 
XIII – águas interiores: as baías, lagunas, braços de 
mar, canais, estuários, portos, angras, enseadas, 
ecossistemas de manguezais, ainda que a 
comunicação com o mar seja sazonal, e as águas 
compreendidas entre a costa e a linha de base reta, 
ressalvado o disposto em acordos e tratados de que 
o Brasil seja parte; 
– águas continentais: os rios, bacias, ribeirões, 
lagos, lagoas, açudes ou quaisquer depósitos de 
água não marinha, naturais ou artificiais, e os canais 
que não tenham ligação com o mar; 
XIV – alto-mar: a porção de água do mar não 
incluída na zona econômica exclusiva, no mar 
territorial ou nas águas interiores e continentais de 
outro Estado, nem nas águas arquipelágicas de 
Estado arquipélago; 
XV – mar territorial: faixa de 12 (doze) milhas 
marítimas de largura, medida a partir da linha de 
baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, 
tal como indicada nas cartas náuticas de grande 
escala, reconhecidas oficialmente pelo Brasil; 
XVI – zona econômica exclusiva: faixa que se 
estende das 12 (doze) às 200 (duzentas) milhas 
marítimas, contadas a partir das linhas de base que 
servem para medir a largura do mar territorial; 
XVII – plataforma continental: o leito e o subsolo 
das áreas submarinas que se estendem além do 
mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural do território terrestre, até o 
bordo exterior da margem continental, ou até uma 
distância de 200 (duzentas) milhas marítimas das 
linhas de base, a partir das quais se mede a largura 
do mar territorial, nos casos em que o bordo 
exterior da margem continental não atinja essa 
distância; 
XVIII – defeso: a paralisação temporária da pesca 
para a preservação da espécie, tendo como 
motivação a reprodução e/ou recrutamento, bem 
como paralisações causadas por fenômenos 
naturais ou acidentes; 
XIX – (VETADO); 
XX – pescador amador: a pessoa física, brasileira ou 
estrangeira, que, licenciada pela autoridade 
competente, praticaa pesca sem fins econômicos; 
XXII –pescador profissional: a pessoa física, 
brasileira ou estrangeira residente no País que, 
licenciada pelo órgão público competente, exerce a 
pesca com fins comerciais, atendidos os critérios 
estabelecidos em legislação específica. (grifo nosso) 
 
 
Outro importante ponto da lei para o trabalho do 
policial ambiental é o Art. 8°, uma vez que por meio dele a 
pesca recebeu as seguintes classificações: 
 
Art. 8º Pesca, para os efeitos desta Lei, classifica-se 
como: 
I- comercial: 
a) artesanal: quando praticada diretamente por 
pescador profissional, de forma autônoma ou em 
regime de economia familiar, com meios de 
produção próprios ou mediante contrato de 
parceria, desembarcado, podendo utilizar 
embarcações de pequeno porte; 
b) industrial: quando praticada por pessoa física ou 
jurídica e envolver pescadores profissionais, 
empregados ou em regime de parceria por cotas- 
partes, utilizando embarcações de pequeno, médio 
ou grande porte, com finalidade comercial; 
II- não comercial: 
a) científica: quando praticada por pessoa física ou 
jurídica, com a finalidade de pesquisa científica; 
b) amadora: quando praticada por brasileiro ou 
estrangeiro, com equipamentos ou petrechos 
previstos em legislação específica, tendo por 
finalidade o lazer ou o desporto; 
c) de subsistência: quando praticada com fins de 
consumo doméstico ou escambo sem fins de lucro e 
utilizando petrechos previstos em legislação 
específica. 
 
3.3 Instrução Normativa nº 009, de 13 de junho de 
2012 
 
A edição da Instrução Normativa Interministerial nº 
009, de 13 de junho de 2012., formatada em conjunto com o 
Ministério da Pesca e Aquicultura e o Ministério do Meio-
Ambiente, a qual substituiu a Portaria n° 4 – IBAMA, de 
14/03/2009, teve como função estabelecer normas gerais da 
pesca amadora ou esportiva em todo o território nacional, 
definindo ainda a pesca amadora e/ou esportiva como sendo 
a atividade de pesca praticada por brasileiro ou estrangeiro, 
com os equipamentos ou petrechos previstos nesta 
Instrução Normativa, tendo por finalidade o lazer ou esporte, 
definindo ainda: 
 
Art. 2º omissis 
§ 1º A Pesca amadora ou esportiva é considerada 
atividade de natureza não comercial, no que se 
refere ao produto de sua captura, sendo vedada a 
comercialização do recurso pesqueiro capturado. 
§ 2º O produto da pesca amadora pode ser utilizado 
com fins de consumo próprio, ornamentação, 
obtenção de iscas vivas ou pesque e solte, 
respeitados os limites estabelecidos para a 
atividade. 
§ 3º As atividades relacionadas à pesca amadora ou 
esportiva podem ter finalidade econômica, 
excetuando-se a comercialização do produto obtido 
por meio da pesca. 
§4º A organização formal do esporte da pesca 
obedecerá ao disposto na Lei nº9.615 de 24 de 
março de 1998 e demais normas pertinentes. 
 
 
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10 
Ademais, prevê ainda o normativo conjuntos dos 
Ministérios da Pesca e da Agricultura, os seguintes 
dispositivos: 
 
Art. 3º Entende-se por pescador amador a pessoa 
física, brasileira ou estrangeira que, licenciada pela 
autoridade competente, pratica a pesca sem fins 
econômicos. 
§ 1º Pescador amador embarcado é aquele que faz 
uso de embarcação de esporte e/ou recreio para 
suporte à pesca. 
§2º Pescador amador desembarcado é aquele que 
não faz uso de embarcação para suporte à pesca. 
Art. 4º Entende-se como competição de pesca 
amadora ou esportiva toda atividade praticada 
segundo normas gerais da Lei nº 9.615, de 24 de 
março de 1998, e regras de prática desportiva, 
devidamente autorizada pelo MPA. 
Parágrafo único. As competições de pesca amadora 
somente poderão ser organizadas por pessoas 
jurídicas. 
CAPÍTULO II 
DOS PETRECHOS DE PESCA 
Art. 5º Os petrechos de pesca permitidos ao 
pescador amador são: 
I - Linha de mão; 
II - Caniço simples; 
III - Caniço com molinete ou carretilha; 
IV - Espingarda de mergulho ou arbalete com 
qualquer tipo de propulsão e qualquer tipo de seta; 
V - Bomba de sucção manual para captura de iscas; 
ou 
VI – Puçá-de-siri. 
§1º Fica permitido o uso de equipamentos de 
suporte ao pescador para contenção do peixe, tais 
como bicheiro, puçá, alicates e similares, desde que 
não sejam utilizados para pescar. 
§2º Fica permitido o uso de puçás ou peneiras de 
no máximo 50 centímetros em sua região mais larga 
para a captura de espécies com finalidade 
ornamental ou de aquariofilia. 
§3º É vedado o uso de aparelhos de respiração 
artificial pelo pescador amador durante a pesca. 
§4º As embarcações que apoiam a pesca ou 
competições de pesca amadora não poderão portar 
qualquer tipo de aparelho de ar comprimido ou 
outros que permitam a respiração artificial 
subaquática, exceto quando exigido pela autoridade 
marítima. 
CAPÍTULO III 
DOS LIMITES DE CAPTURA (...) 
Art. 8º Fica proibido ao pescador amador 
armazenar ou transportar pescado em condições 
que dificultem ou impeçam sua inspeção e 
fiscalização, tais como na forma de postas, filés ou 
sem cabeça. Art. 9º Fica proibido o transporte de 
exemplares vivos de peixes capturados pela pesca 
amadora, excetuando-se aqueles com finalidade 
ornamental para aquariofilia ou para uso como isca 
viva. 
Parágrafo único. Nos casos das competições de 
pesca amadora em que se pratica o pesque e solte, 
não se aplica a proibição de que trata o caput para 
o transporte de peixes vivos entre o local de 
captura e o local de aferição. CAPÍTULO 
IV 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art 10 O pescador profissional, quando participar 
ou prestar serviços à pesca amadora, deverá 
respeitar as normas vigentes para o exercício dessa. 
Art. 11 Deverão ser respeitadas ainda as outras 
normas que regulamentam a Política Nacional de 
Desenvolvimento Sustentável da Atividade 
Pesqueira, que disponham sobre: 
I - Os regimes de acesso; 
II - A captura total permissível; 
III - O esforço de pesca sustentável; IV - Os períodos 
de defeso; 
V - As temporadas de pesca; VI - Os tamanhos de 
captura; 
VII - As áreas interditadas ou de reservas; 
VII - As artes, os aparelhos, os métodos e os 
sistemas de pesca e cultivo; 
IX - A capacidade de suporte dos ambientes; 
X - As necessárias ações de monitoramento, 
controle e fiscalização da atividade; ou 
XI - A proteção de indivíduos em processo de 
reprodução ou recomposição de estoques. 
Parágrafo único. O ordenamento pesqueiro com 
foco na pesca amadora deverá considerar as 
informações referentes ao tamanho máximo de 
captura das espécies e ao pesque e solte, 
priorizando as pesquisas que permitam estabelecer 
os tamanhos máximos de captura das principais 
espécies capturadas pela pesca amadora ou 
esportiva. 
 
O indivíduo fiscalizado obrigatoriamente terá que se 
encontrar na posse do seu Registro Geral de Atividade 
Pesqueira (RGP), devendo o mesmo estar com a data de 
validade em dia, salientando que a referida validade é por 
um prazo de 01 (um) ano e em todo o território nacional, a 
saber: 
 
Art. 13 Para fins de inscrição no Cadastro Técnico 
Federal - CTF e de fornecimento de subsídios ao 
ordenamento do uso sustentável dos recursos 
pesqueiros, o Ministérios da Pesca e Aquicultura 
repassará ao Ministério do Meio Ambiente as 
informações do Registro Geral da Atividade 
Pesqueira - RGP referentes às categorias de 
pescador amador, organizador de competições de 
pesca amadora e embarcação de esporte e recreio 
utilizada na pesca amadora, assim como as 
informações do relatório técnico e dos mapas de 
bordo previstas no artigo 12 dessa Instrução 
Normativa Interministerial. 
 
Art. 14 O pescador amador em atividade de pesca 
ou transportando o produto da pescaria deve 
portar documento de identificação pessoal e a 
licença de pesca amadora, excetuando-se os casos 
de dispensa previstos em Lei, sem prejuízo das 
normas estabelecidas por Estados e Distrito 
Federal. 
 
Art. 15 Aos infratores da presente Instrução 
Normativa Interministerial serão aplicadas as 
penalidades previstas na Leinº 9.605, de 12 de 
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11 
fevereiro de 1998, no Decreto n° 6.514, de 22 de 
julho de 2008 e demais normas pertinentes. 
 
Para a sua confecção deverá o interessado deverá se 
dirigir até o escritório da Superintendência do Ministério da 
Pesca e Aquicultura do seu estado. 
A Superintendência do Ceará se encontra localizada 
na Rua Frei Mansueto 151, 2º andar Meireles, Fortaleza – 
Ceará. 
MODELO DE LICENÇA PARA PESCA AMADORA 
 
 
 
Fig. 5 Licença para Pesca Amadora, Fonte: 
http://www.pescamadora.com.br/licenca-de-pesca- amadora/ 
 
Outro ponto relevante da norma para o 
conhecimento do policial é a quantidade de pescado 
permitido. 
 
Art. 6° O limite de captura e transporte de espécies 
com finalidade de consumo próprio por pescador 
amador é de 10 kg (dez quilos) mais 01(um) 
exemplar para pesca em águas continentais e 
estuarinas, e 15 kg (quinze quilos) mais 01(um) 
exemplar para pesca em águas marinhas, 
observando-se as demais normas que estabelecem 
tamanhos mínimos de captura e listas de espécies 
proibidas. 
Parágrafo único. Limites de captura e transporte 
mais restritivos do que os estabelecidos no caput 
deste artigo poderão ser definidos pelas 
autoridades competentes em normas específicas. 
Art. 7º O limite de captura e transporte de espécies 
com finalidade ornamental e de aquariofilia por 
pescador amador é de 10 indivíduos para peixes de 
águas continentais e 5 indivíduos por pescador, 
para peixes de águas marinhas, observando-se as 
espécies permitidas e restrições definidas em 
normas específicas. 
Parágrafo único. Fica proibida a utilização de 
espécies aquáticas de uso permitido para fins 
ornamentais e de aquariofilia como isca, conforme 
estabelecem as normas específicas de explotação 
para tais fins. 
 
3.4 Instrução Normativa Nº 03 – MMA de 
21/02/2005 
 
A Instrução Normativa Nº 03 estabeleceu normas 
para o exercício da pesca em águas continentais da Bacia 
Hidrográfica da Região Nordeste. 
Segundo a norma houve a proibição da pesca com a 
utilização dos apetrechos, equipamentos e métodos de 
pesca na Bacia Hidrográfica da Região Nordeste, em coleções 
d'água continentais, sob o domínio da União, conforme 
descriminado abaixo: 
 
Art. 3º É proibido o emprego dos seguintes 
apetrechos, equipamentos e métodos de pesca: 
I - Rede elétrica ou quaisquer aparelhos que, através 
de impulsos elétricos, possam impedir a livre movimentação 
dos peixes, possibilitando sua captura; 
II - Rede de arrasto e de lance, de qualquer natureza; 
III - Fisga, arpão, flecha e espingarda de mergulho; IV - 
Armadilha do tipo tapagem e/ou quaisquer outros aparelhos 
fixos com a função de bloqueio; 
V - Qualquer aparelho de pesca, cujo comprimento 
seja superior a 1/3 (um terço) da largura do ambiente 
aquático; 
VI - Equipamento de respiração artificial na prática de 
pesca com mergulho; 
VII - Métodos de pesca que utilizem batição, buia, 
rela, tibungo, tóxicos e explosivos. 
 
3.5 Instrução Normativa Nº 112, de 21/08/2006 
 
Para permitir uma melhor fiscalização e controle do 
transporte de produtos e subprodutos florestais foi criado o 
Documento de Origem Florestal (DOF) através da 
Portaria/MMA/ n°.253, de 18 de agosto de 2006. 
Através desse documento é possibilitado ao agente 
obter informações acerca da origem e destinação da carga 
fiscalizada, podendo ele identificar qual o tipo e quantidade 
de madeira transportada, a rota e o veículo a ser utilizado no 
transporte. 
 
Art. 1° O Documento de Origem Florestal – DOF, 
instituído pela Portaria/MMA/ n°.253, de 18 de 
agosto de 2006 constitui-se licença obrigatória para 
o controle do transporte e armazenamento de 
produtos e subprodutos florestais de origem nativa, 
inclusive o carvão vegetal nativo, contendo as 
informações sobre a procedência desses produtos e 
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12 
subprodutos, gerado pelo sistema eletrônico 
denominado Sistema DOF, na forma do Anexo I 
desta Instrução Normativa. 
Parágrafo único O controle do DOF dar-se-á por 
meio do Sistema DOF disponibilizado no endereço 
eletrônico do Ibama, na Rede Mundial de 
Computadores – Internet. 
Art. 2º Para os efeitos desta Instrução Normativa 
entende-se por: 
I - produto florestal: aquele que se encontra no 
seu estado bruto ou in natura, na forma abaixo: 
a) - Madeira em toras; 
b) - Toretes; 
c) - Postes não imunizados; 
d) - Escoramentos; 
e) - Palanques roliços; 
f) - Dormentes nas fases de 
extração/fornecimento; 
g) - Estacas e moirões; 
h) - Achas e lascas; i 
) - Pranchões desdobrados com motosserra; 
j) - Bloco ou filé, tora em formato poligonal, 
obtida a partir da retirada de costaneiras; 
k) - Lenha; 
l) - Palmito; 
m) - Xaxim; e 
n) - Óleos essenciais. 
Parágrafo único Considera-se, ainda, produto 
florestal, referido neste artigo, as plantas 
ornamentais, medicinais e aromáticas, mudas, 
raízes, bulbos, cipós e folhas de origem nativa ou 
plantada das espécies constantes da lista oficial de 
flora brasileira ameaçada de extinção e dos anexos 
da CITES, para efeito de transporte com DOF. 
II - Subproduto florestal: aquele que passou por 
processo de beneficiamento na forma relacionada: 
a) - Madeira serrada sob qualquer forma, laminada 
e faqueada; 
b) - Resíduos da indústria madeireira (aparas, 
costaneiras, cavacos e demais restos de 
beneficiamento e de industrialização de madeira) 
quando destinados para fabricação de carvão; 
c) - Dormentes e postes na fase de saída da 
indústria; 
d) - Carvão de resíduos da indústria madeireira; 
e) - Carvão vegetal nativo empacotado, na fase 
posterior à exploração e produção. 
f) - Xaxim e seus artefatos na fase de saída da 
indústria. 
Art. 3° Para a sua emissão, o DOF deverá ser 
obrigatoriamente preenchido pelo usuário, em uma 
única via, conforme manual disponibilizado pelo 
Ibama. 
§ 1º O DOF acompanhará obrigatoriamente o 
produto ou subproduto florestal nativo, da origem 
ao destino nele consignado, por meio de transporte 
individual quer seja: rodoviário; aéreo; ferroviário; 
fluvial ou marítimo. 
§ 2º O preenchimento do campo relativo ao 
documento fiscal é obrigatório quando houver 
determinação do órgão fazendário estadual 
competente. 
§ 3º O DOF emitido pelo usuário somente poderá 
ser utilizado para acobertar o transporte e o 
armazenamento do produto e subproduto florestal 
e da origem especificados. 
§ 4º Não será permitida a reutilização de DOF para 
o acobertamento de mais de um transporte ou 
carga transportada. 
§ 5º É obrigatório o preenchimento dos campos 
relativos ao veículo a ser utilizado no transporte e 
da descrição do trajeto da carga. 
§ 6º Deverá ser emitido um DOF para cada Nota 
Fiscal, no caso de transporte de produto e 
subproduto florestal realizado por uma única 
unidade de transporte. 
§ 7º O DOF somente será emitido pela pessoa física 
ou jurídica, quando esta estiver em situação regular 
com relação à obrigação da reposição florestal, nas 
hipóteses em que esta for exigível. 
Art. 4° A emissão do DOF para o transporte de 
produto ou subproduto florestal dar-se-á após 
aprovação no Sistema - DOF pelo usuário 
recebedor, bem como a indicação, por parte do 
mesmo, do pátio de estocagem. 
Art.5° O DOF para o transporte do produto ou 
subproduto florestal do local de sua exploração será 
emitido com base no volume da autorização 
previamente concedida, pela pessoa física ou 
jurídica detentora da autorização. 
§ 1º O DOF poderá ser emitido pela pessoa física ou 
jurídica compradora de produto e subproduto 
florestal, desde que indicada pela detentora da 
autorização. 
§ 2º Na hipótese de detentor de autorização de 
Plano de Manejo Florestal Sustentável ou de 
Autorização de Utilização de Matéria-Prima 
Florestal daquela derivada, o DOF só poderá ser 
emitido pelo detentor. 
§ 3º O detentor de qualquer autorização florestal 
deverá indicar no Sistema, a empresa compradora 
para emissãodo DOF, na quantidade e espécies a 
serem comercializadas de acordo com o saldo da 
autorização. 
§ 4º O detentor de autorização em pequena 
propriedade rural e em áreas comunitárias, poderá 
procurar a unidade do Ibama, para o seu 
cadastramento no CTF e ser auxiliado no 
cumprimento do disposto no parágrafo anterior. 
Art. 6° O DOF para o transporte de subproduto 
florestal será emitido pela indústria ou comerciante 
com base nos estoques de pátio devidamente 
acobertados. 
§ 1º Para os subprodutos florestais que forem 
beneficiados no local da origem será utilizado DOF 
preenchido de acordo com os dados do documento 
de origem. 
§ 2º Para a transferência de produtos e 
subprodutos florestais entre pátios da mesma 
empresa é indispensável a utilização do DOF. 
Art. 7º O DOF será emitido com validade de até 
cinco dias, exceto para o transporte de madeira em 
tora em jangadas, quando o prazo máximo poderá 
ser de até trinta dias. 
§ 1º Para o transporte interestadual o DOF poderá 
ser emitido com o prazo de validade de até dez 
dias. 
§ 2º O Ibama poderá fixar prazos de validade 
diferenciados de acordo com a distância entre 
origem e destino. 
Art. 8º O prazo de validade do DOF poderá ter início 
até cinco dias após sua emissão. 
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13 
§ 1º O Sistema permitirá o cancelamento do DOF 
até o dia anterior ao início do prazo de validade. 
§ 2º No caso em que o início da validade ocorrer na 
mesma data de emissão o usuário poderá proceder 
o cancelamento no prazo de até duas horas. 
§ 3º Ultrapassado o prazo estabelecido neste artigo 
e havendo impossibilidade do transporte, o DOF 
poderá ser cancelado por iniciativa do interessado, 
mediante justificativa, desde que este apresente 
junto à unidade do Ibama de sua jurisdição a Nota 
Fiscal do produto ou subproduto florestal 
cancelada. 
§ 4º O transporte de produto ou subproduto 
florestal acobertado com DOF cancelado será 
considerado irregular. 
Art. 9° Fica dispensada da obrigação de uso do DOF 
nos casos de transporte de: 
I - Material lenhoso proveniente de erradicação 
de culturas, pomares ou de poda de arborização 
urbana; 
II - Subprodutos que, por sua natureza, já se 
apresentam acabados, embalados, manufaturados 
e para uso final, tais como: porta, janela, móveis, 
cabos de madeira para diversos fins, lambri, taco, 
esquadria, portais, alisar, rodapé, assoalho, forros, 
acabamentos de forros e caixas, chapas 
aglomeradas, prensadas, compensadas e de fibras 
ou outros objetos similares com denominações 
regionais. 
III - Celulose, goma-resina e demais pastas de 
madeira; 
IV - aparas, costaneiras, cavacos e demais restos de 
beneficiamento e de industrialização de madeira, 
serragem, paletes e briquetes de madeiras e de 
castanha em geral, folhas de essências plantadas, 
folhas, palhas e fibras de palmáceas, casca e carvão 
produzido da casca de coco, moinha e briquetes de 
carvão vegetal, escoramentos e madeira 
beneficiada entre canteiros de obra de construção 
civil, madeira usada em geral, reaproveitamento de 
madeira de cercas, currais e casas; 
V - Carvão vegetal empacotado do comércio 
varejista; 
VI - Bambu (Bambusa vulgares) e espécies afins; 
VII - Vegetação arbustiva de origem plantada para 
qualquer finalidade. 
VIII - Plantas ornamentais, medicinais e aromáticas, 
mudas, raízes, bulbos, cipós e folhas de origem 
nativa das espécies não constantes da lista oficial de 
espécie ameaçada de extinção e dos anexos da 
CITES. 
Art. 10 O DOF será emitido e impresso pelo usuário, 
com base no saldo de produtos e subprodutos 
florestais, via acesso ao Sistema - DOF disponível na 
Internet no seguinte endereço eletrônico: 
www.ibama.gov.br. 
Art. 11. O acesso ao Sistema - DOF será feito pela 
pessoa física ou jurídica cadastrada na categoria 
correspondente junto ao Cadastro Técnico Federal 
– CTF e em situação regular perante o Ibama. 
§ 1º O acesso de que trata este artigo será realizado 
por meio de senha, emitida pelo sistema de 
cadastro do Ibama diretamente para o usuário, a 
quem cabe zelar por sua guarda e responsabilidade 
pelo uso. 
§ 2º A regularidade perante o Ibama será verificada 
por meio do Certificado de Regularidade no CTF. 
Art. 12. O DOF será identificado pelo código de 
controle gerado automaticamente pelo sistema, 
com as seguintes denominações para cada 
categoria de produtos e subprodutos florestais: 
I - DOF, seguido da expressão, verde: para os 
produtos especificados nas alíneas “a” a “k”, inciso I 
e parágrafo único do art. 2º, e subprodutos 
relacionados nas alíneas “a” a “c”, inciso II, do 
mesmo artigo desta Instrução Normativa; 
II - DOF, seguido da expressão, preto: para carvão 
vegetal nativo e subprodutos relacionados nas 
alíneas “d” e “e”, inciso II do art. 2º desta Instrução 
Normativa; 
III - DOF, seguido da expressão, laranja: para 
palmito; 
IV - DOF, seguido da expressão, amarelo: para 
xaxim e óleos essenciais. 
Art. 13. Os produtos e subprodutos florestais 
nativos destinados à exportação deverão estar 
acompanhados pelo respectivo DOF desde o pátio 
de origem até o porto ou terminal alfandegário de 
embarque. 
Art. 14. No trânsito de uma mesma carga com 
diferentes meios de transporte deve ser emitido 
sempre um DOF distinto para cada trecho e veículo, 
com a descrição individual dos dados relativos às 
espécies e volumes transportados, informando-se o 
itinerário a ser percorrido em cada trecho. 
§ 1° O local de transbordo ou armazenamento da 
carga é caracterizado pátio, obrigando o usuário a 
realizar o controle do seu estoque por meio da 
emissão DOF. 
§ 2° Havendo o transbordo da carga, esta deve 
permanecer separada no local de desembarque, 
devidamente identificada e acompanhada de seu 
respectivo DOF até o novo embarque. 
§ 3° Ocorrendo o transbordo da unidade de 
transporte juntamente com a carga, não será 
necessário novo DOF, caracterizando-se transporte 
continuado. 
§ 4° Se por motivo de caso fortuito ou força maior 
houver necessidade de troca do veículo, o 
interessado deverá apresentar ocorrência policial, e 
na ausência desta, informação no Sistema - DOF, 
para efeito de comprovação junto à fiscalização do 
Ibama ou órgão conveniado. 
Art. 15. Na hipótese de produtos e subprodutos 
florestais transportados por diversos veículos, e um 
único documento fiscal, deve ser emitido um DOF 
específico para cada veículo, e acompanhados do 
respectivo documento fiscal ou cópia. 
Art. 16. Havendo recusa do recebimento do 
produto ou subproduto florestal nativo, será 
permitida a alteração do destinatário, devendo, 
para tanto, o fornecedor ou transportador procurar 
a Agência Fazendária do município, munido do DOF 
e da Nota Fiscal, para anotação do novo 
destinatário no verso do DOF. Parágrafo único. Para 
efeito de lançamento de crédito no Sistema DOF, o 
interessado deverá procurar a unidade do Ibama 
mais próxima com o DOF e a Nota Fiscal 
correspondentes. 
Art. 17 O consumidor final de carvão vegetal nativo 
que verificar divergência entre os volumes de 
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14 
origem e de destino contidos no DOF e na Nota 
Fiscal, deverá apresentar justificativa junto a 
unidade do Ibama de sua jurisdição, indicando o 
volume real efetivamente recebido, a fim de dar 
acobertamento ao armazenamento ou consumo do 
produto na unidade industrial. 
Art. 18 Para o transporte de produto ou subproduto 
florestal destinado à construção civil ou para pessoa 
física ou jurídica, cuja atividade não exiga o CTF, o 
vendedor poderá emitir DOF sem a aprovação pelo 
usuário recebedor, devendo, para tanto, criar pátio 
temporário no endereço de destino. 
Art. 19 A exportação de espécies constantes dos 
apêndices I e II da Convenção sobre o Comércio 
Internacional de Espécies da Flora e Fauna 
Selvagem em Perigo de Extinção – CITES, depende 
da licença de exportação – CITES, emitida pelo 
Ibama. 
 
Para uma melhor compreensão e visualizaçãodo 
documento, recomendamos leitura do Anexo I, ao qual 
contem um modelo de DOF a ser preenchido. 
 
3.6 Instrução Normativa Nº 138 – MMA de 
06/12/2006 
 
A Instrução Normativa Nº 138 é bastante importante 
para a proteção das lagostas vermelha e cabo verde, pois 
trouxe relevantes informações a serem observadas pelos 
pescadores no momento de captura do animal. 
Na lei citada encontra-se o tamanho mínimo dos 
animais para serem capturados, os tipos de armadilhas 
autorizadas, além dos locais proibidos para a pesca. 
No Artigo 1º vem escrito o tamanho mínimo 
autorizado para a pesca, sendo que a medição dos 
exemplares deverá ser feita por meio do paquímetro da 
seguinte maneira: 
 
Art. 1º Proibir, nas águas jurisdicionais brasileiras, a 
captura, o desembarque, a conservação, o 
beneficiamento, o transporte, a industrialização, a 
comercialização e a exportação sob qualquer forma, 
e em qualquer local de lagostas das espécies 
Panulirus argus (lagosta vermelha) e Panulirus 
laevicauda (lagosta cabo verde), de comprimentos 
inferiores aos estabelecidos a seguir: 
 
Espécie Comprimento de 
cauda (cm) 
Comprimento 
cefalotórax (cm) 
Lagosta Vermelha 13 7,5 
Lagosta Cabo 
Verde 
11 6,5 
 
§ 1º Para os efeitos deste artigo fica estabelecido o 
seguinte: 
I - Comprimento de cauda é a distância entre o 
bordo anterior do primeiro segmento abdominal e a 
extremidade do telson fechado; 
II - Comprimento do cefalotórax é a distância 
entre o entalhe formado pelos espinhos rostrais e a 
margem posterior do cefalotórax; 
III - As medidas acima referidas são tomadas com 
base na linha mediana dorsal do indivíduo ou da 
cauda, sobre superfície plana com telson fechado; 
e, IV - No caso de lagostas inteiras será adotado o 
comprimento do cefalotórax. 
 
Paquímetro 
 
Fig. 6 Medição da Lagosta com Paquímetro, Fonte: 
http://professormarciomelo.blogspot.com.br/ 
 
Já no Art. 5º há a descrição de quais tipos de 
armadilhas será autorizada a pesca da lagosta: 
 
Art. 5º Permitir, a partir de 1º de janeiro de 2007, a 
captura de lagostas das espécies P.argus (lagosta 
vermelha) e P.laevicauda (lagosta cabo verde) 
somente com o emprego de armadilhas do tipo 
covo ou manzuá e cangalha, respeitado o período 
de defeso das citadas espécies, anualmente, de 1º 
de janeiro a 30 de abril, conforme estabelece a 
Portaria IBAMA, nº 137, de 12 de dezembro de 
1994.1 
Parágrafo único. A malha do covo ou manzuá e da 
cangalha, deverá ser quadrada e ter no mínimo 5,0 
cm (cinco centímetros) entre nós consecutivos, com 
uma tolerância de 0,25 cm (vinte e cinco 
centésimos de centímetros). 
 
Abaixo segue uma armadilha autorizada para a pesca 
da lagosta: 
 
Covo 
 
Fig. 8 Armadilha para pesca da lagosta, Fonte: www.icmbio.gov.br 
 
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15 
A legislação ainda trouxe a proibição do uso de 
marambaias e caçoeiras pelos pescadores. 
 
Art. 6º Proibir, a partir de 1º de janeiro de 2007, a 
captura de lagostas das espécies P.argus (lagosta 
vermelha) e P.laevicauda (lagosta cabo verde), com 
o emprego de redes de espera do tipo caçoeira. 
Art. 7º Proibir, a partir de 1º de janeiro de 2007, a 
utilização de marambaias, feitas de material de 
qualquer natureza, como instrumento auxiliar de 
agregação de organismos aquáticos vivos, na 
captura de lagostas das espécies P.argus (lagosta 
vermelha) e P.laevicauda (lagosta cabo verde). 
Parágrafo único. Para efeito desta Instrução 
Normativa entende-se por marambaia, todo e 
qualquer conjunto de estrutura artificial utilizado 
para concentrar organismos aquáticos vivos. 
Art. 8º Permitir, a partir de 1º de janeiro de 2007, 
na pesca de lagostas das espécies P.argus (lagosta 
vermelha) e P.laevicauda (lagosta cabo verde), a 
operação somente de embarcações cujo 
comprimento total seja superior a 4 m (quatro 
metros), respeitada a legislação específica. 
Art. 9º Proibir a captura de lagostas por meio de 
mergulho de qualquer natureza. Parágrafo único As 
embarcações que operam na pesca de lagostas não 
poderão portar qualquer tipo de aparelho de ar 
comprimido e instrumentos adaptados à captura de 
lagostas por meio de mergulho. 
 
3.7 Instrução Normativa Nº 206 – MMA de 
14/11/2008 
 
Dispõe sobre a proibição da pesca da lagosta nas 
águas brasileiras, além de estabelecer quais os tipos de 
lagosta serão proibidas e o seu período de defeso. 
Conforme previsão contida no Art. 1º, serão proibidas 
a pesca em águas brasileiras das lagostas vermelha e verde. 
 
Art. 1º Proibir, nas águas sob jurisdição brasileira, o 
exercício da pesca das lagostas vermelha (Panulirus 
argus) e verde (P. Laevicauda), anualmente, no 
período de 1º de dezembro a 31 de maio. 
 
§ 1º O desembarque das referidas espécies 
somente será tolerado até o dia 30 de novembro de 
cada ano, data em que as embarcações devem 
retornar, da faina pesqueira, com todos os covos 
conduzidos em sua última saída. 
 
 
Fig. 8 Lagostas Verde e Vermelha, Fonte: 
http://policiaambientalmossoro.blogspot.com.br/2011/ 02/periodo-
de-defeso-da-lagosta-prossegue.html 
 
3.8 Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2006 – Sistema 
Nacional de Unidades e Conservação da Natureza 
(SNUC) 
 
No Artigo 2º são apresentados importantes definições 
para uma melhor compreensão da legislação, conforme 
segue abaixo: 
 
Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se 
por: 
8.I - Unidade de conservação: espaço territorial e 
seus recursos ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características naturais 
relevantes, legalmente instituído pelo Poder 
Público, com objetivos de conservação e limites 
definidos, sob regime especial de administração, ao 
qual se aplicam garantias adequadas de proteção; 
8.II - Conservação da natureza: o manejo do uso 
humano da natureza, compreendendo a 
preservação, a manutenção, a utilização 
sustentável, a restauração e a recuperação do 
ambiente natural, para que possa produzir o maior 
benefício, em bases sustentáveis, às atuais 
gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as 
necessidades e aspirações das gerações futuras, e 
garantindo a sobrevivência dos seres vivos em 
geral; 
8.III - Diversidade biológica: a variabilidade de 
organismos vivos de todas as origens, 
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas 
terrestres, marinhos e outros ecossistemas 
aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem 
parte; compreendendo ainda a diversidade dentro 
de espécies, entre espécies e de ecossistemas; 
8.IV - Recurso ambiental: a atmosfera, as águas 
interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, 
o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da 
biosfera, a fauna e a flora; 
8.V - Preservação: conjunto de métodos, 
procedimentos e políticas que visem a proteção a 
longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, 
além da manutenção dos processos ecológicos, 
prevenindo a simplificação dos sistemas naturais; 
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16 
8.VI - Proteção integral: manutenção dos 
ecossistemas livres de alterações causadas por 
interferência humana, admitido apenas o uso 
indireto dos seus atributos naturais; 
8.VII – Conservação in situ: conservação de 
ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e 
recuperação de populações viáveis de espécies em 
seus meios naturais e, no caso de espécies 
domesticadas ou cultivadas, nos meios onde 
tenham desenvolvido suas propriedades 
características; 
8.VIII - Manejo: todo e qualquer procedimento que 
vise assegurar a conservação da diversidade 
biológica e dos ecossistemas; 
8.IX - Uso indireto: aquele que não envolve 
consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos 
naturais; 
8.X - Uso direto: aquele que envolve coleta e uso, 
comercial ou não, dos recursos naturais; 
8.XI - Uso sustentável: exploração do ambiente de 
maneira a garantir a perenidade dos recursos 
ambientais renováveis e dos processos ecológicos, 
mantendo a biodiversidade e os demais atributosecológicos, de forma socialmente justa e 
economicamente viável; 
8.XII - Extrativismo: sistema de exploração baseado 
na coleta e extração, de modo sustentável, de 
recursos naturais renováveis; 
8.XIII - Recuperação: restituição de um ecossistema 
ou de uma população silvestre degradada a uma 
condição não degradada, que pode ser diferente de 
sua condição original; 
8.XIV - Restauração: restituição de um ecossistema 
ou de uma população silvestre degradada o mais 
próximo possível da sua condição original; 
8.XV - (VETADO) 
8.XVI - Zoneamento: definição de setores ou zonas 
em uma unidade de conservação com objetivos de 
manejo e normas específicos, com o propósito de 
proporcionar os meios e as condições para que 
todos os objetivos da unidade possam ser 
alcançados de forma harmônica e eficaz; 
8.XVII - Plano de manejo: documento técnico 
mediante o qual, com fundamento nos objetivos 
gerais de uma unidade de conservação, se 
estabelece o seu zoneamento e as normas que 
devem presidir o uso da área e o manejo dos 
recursos naturais, inclusive a implantação das 
estruturas físicas necessárias à gestão da unidade; 
XVIII - Zona de amortecimento: o entorno de uma 
unidade de conservação, onde as atividades 
humanas estão sujeitas a normas e restrições 
específicas, com o propósito de minimizar os 
impactos negativos sobre a unidade; e 
XIX - Corredores ecológicos: porções de 
ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando 
unidades de conservação, que possibilitam entre 
elas o fluxo de genes e o movimento da biota, 
facilitando a dispersão de espécies e a 
recolonização de áreas degradadas, bem como a 
manutenção de populações que demandam para 
sua sobrevivência áreas com extensão maior do que 
aquela das unidades individuais. 
 
 
Já no Artigo 7º é relatado a classificação das Unidades 
de Conservação, sendo elas divididas e m Unidades de 
Proteção Integral e Unidade de Uso Sustentável, sendo feito 
nos artigos seguintes as descrições do que vem a ser cada 
tipo de Unidade de Conservação. 
 
Art. 7º As unidades de conservação integrantes do 
SNUC dividem-se em dois grupos, com 
características específicas: 
I - Unidades de Proteção Integral; II - Unidades de 
Uso Sustentável. 
§ 1º O objetivo básico das Unidades de Proteção 
Integral é preservar a natureza, sendo admitido 
apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, 
com exceção dos casos previstos nesta Lei. 
§ 2º O objetivo básico das Unidades de Uso 
Sustentável é compatibilizar a conservação da 
natureza com o uso sustentável de parcela dos seus 
recursos naturais. 
Art. 8º O grupo das Unidades de Proteção Integral é 
composto pelas seguintes categorias de unidade de 
conservação: 
I - Estação Ecológica; II - Reserva Biológica; III - 
Parque Nacional; 
IV - Monumento Natural; 
V - Refúgio de Vida Silvestre. 
Art. 9º A Estação Ecológica tem como objetivo a 
preservação da natureza e a realização de pesquisas 
científicas. 
§ 1º A Estação Ecológica é de posse e domínio 
públicos, sendo que as áreas particulares incluídas 
em seus limites serão desapropriadas, de acordo 
com o que dispõe a lei. 
§ 2º É proibida a visitação pública, exceto quando 
com objetivo educacional, de acordo com o que 
dispuser o Plano de Manejo da unidade ou 
regulamento específico. 
§ 3º A pesquisa científica depende de autorização 
prévia do órgão responsável pela administração da 
unidade e está sujeita às condições e restrições por 
este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
§ 4º Na Estação Ecológica só podem ser permitidas 
alterações dos ecossistemas no caso de: 
I - Medidas que visem a restauração de 
ecossistemas modificados; 
II - Manejo de espécies com o fim de preservar a 
diversidade biológica; 
III - Coleta de componentes dos ecossistemas com 
finalidades científicas; 
IV - Pesquisas científicas cujo impacto sobre o 
ambiente seja maior do que aquele causado pela 
simples observação ou pela coleta controlada de 
componentes dos ecossistemas, em uma área 
correspondente a no máximo três por cento da 
extensão total da unidade e até o limite de um mil e 
quinhentos hectares. 
Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a 
preservação integral da biota e demais atributos 
naturais existentes em seus limites, sem 
interferência humana direta ou modificações 
ambientais, excetuando-se as medidas de 
recuperação de seus ecossistemas alterados e as 
ações de manejo necessárias para recuperar e 
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17 
preservar o equilíbrio natural, a diversidade 
biológica e os processos ecológicos naturais. 
§ 1º A Reserva Biológica é de posse e domínio 
públicos, sendo que as áreas particulares incluídas 
em seus limites serão desapropriadas, de acordo 
com o que dispõe a lei. 
§ 2º É proibida a visitação pública, exceto aquela 
com objetivo educacional, de acordo com 
regulamento específico. 
§ 3º A pesquisa científica depende de autorização 
prévia do órgão responsável pela administração da 
unidade e está sujeita às condições e restrições por 
este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo 
básico a preservação de ecossistemas naturais de 
grande relevância ecológica e beleza cênica, 
possibilitando a realização de pesquisas científicas e 
o desenvolvimento de atividades de educação e 
interpretação ambiental, de recreação em contato 
com a natureza e de turismo ecológico. 
§ 1º O Parque Nacional é de posse e domínio 
públicos, sendo que as áreas particulares incluídas 
em seus limites serão desapropriadas, de acordo 
com o que dispõe a lei. 
§ 2º A visitação pública está sujeita às normas e 
restrições estabelecidas no Plano de Manejo da 
unidade, às normas estabelecidas pelo órgão 
responsável por sua administração, e àquelas 
previstas em regulamento. 
§ 3º A pesquisa científica depende de autorização 
prévia do órgão responsável pela administração da 
unidade e está sujeita às condições e restrições por 
este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
§ 4º As unidades dessa categoria, quando criadas 
pelo Estado ou Município, serão denominadas, 
respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural 
Municipal. 
Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo 
básico preservar sítios naturais raros, singulares ou 
de grande beleza cênica. 
§ 1º O Monumento Natural pode ser constituído 
por áreas particulares, desde que seja possível 
compatibilizar os objetivos da unidade com a 
utilização da terra e dos recursos naturais do local 
pelos proprietários. 
§ 2º Havendo incompatibilidade entre os objetivos 
da área e as atividades privadas ou não havendo 
aquiescência do proprietário às condições 
propostas pelo órgão responsável pela 
administração da unidade para a coexistência do 
Monumento Natural com o uso da propriedade, a 
área deve ser desapropriada, de acordo com o que 
dispõe a lei. 
§ 3º A visitação pública está sujeita às condições e 
restrições estabelecidas no Plano de Manejo da 
unidade, às normas estabelecidas pelo órgão 
responsável por sua administração e àquelas 
previstas em regulamento. 
Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como 
objetivo proteger ambientes naturais onde se 
asseguram condições para a existência ou 
reprodução de espécies ou comunidades da flora 
local e da fauna residente ou migratória. 
§ 1º O Refúgio de Vida Silvestre pode ser 
constituído por áreas particulares, desde que seja 
possível compatibilizar os objetivos da unidade com 
a utilização da terra e dos recursos naturais do local 
pelos proprietários. 
§ 2º Havendo incompatibilidade entre os objetivos 
da área e as atividades privadas ou não havendo 
aquiescência do proprietário às condições 
propostas pelo órgão responsável pela 
administração da unidade para a coexistência do 
Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, 
a área deve ser desapropriada, de acordo com o 
que dispõe a lei. 
§ 3º A visitação pública está sujeita às normas e 
restrições estabelecidas noPlano de Manejo da 
unidade, às normas estabelecidas pelo órgão 
responsável por sua administração, e àquelas 
previstas em regulamento. 
§ 4º A pesquisa científica depende de autorização 
prévia do órgão responsável pela administração da 
unidade e está sujeita às condições e restrições por 
este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso 
Sustentável as seguintes categorias de unidade de 
conservação: 
I - Área de Proteção Ambiental; 
II - Área de Relevante Interesse Ecológico; III - 
Floresta Nacional; 
IV - Reserva Extrativista; V - Reserva de Fauna; 
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e VII 
- Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área 
em geral extensa, com um certo grau de ocupação 
humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, 
estéticos ou culturais especialmente importantes 
para a qualidade de vida e o bem-estar das 
populações humanas, e tem como objetivos básicos 
proteger a diversidade biológica, disciplinar o 
processo de ocupação e assegurar a 
sustentabilidade do uso dos recursos 
naturais.(Regulamento) 
§ 1º A Área de Proteção Ambiental é constituída por 
terras públicas ou privadas. 
§ 2º Respeitados os limites constitucionais, podem 
ser estabelecidas normas e restrições para a 
utilização de uma propriedade privada localizada 
em uma Área de Proteção Ambiental. 
§ 3º As condições para a realização de pesquisa 
científica e visitação pública nas áreas sob domínio 
público serão estabelecidas pelo órgão gestor da 
unidade. 
§ 4º Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao 
proprietário estabelecer as condições para pesquisa 
e visitação pelo público, observadas as exigências e 
restrições legais. 
 
§ 5º A Área de Proteção Ambiental disporá de um 
Conselho presidido pelo órgão responsável por sua 
administração e constituído por representantes dos 
órgãos públicos, de organizações da sociedade civil 
e da população residente, conforme se dispuser no 
regulamento desta Lei. 
Art. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é 
uma área em geral de pequena extensão, com 
pouca ou nenhuma ocupação humana, com 
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18 
características naturais extraordinárias ou que 
abriga exemplares raros da biota regional, e tem 
como objetivo manter os ecossistemas naturais de 
importância regional ou local e regular o uso 
admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo 
com os objetivos de conservação da natureza. 
§ 1º A Área de Relevante Interesse Ecológico é 
constituída por terras públicas ou privadas. 
§ 2º Respeitados os limites constitucionais, podem 
ser estabelecidas normas e restrições para a 
utilização de uma propriedade privada localizada 
em uma Área de Relevante Interesse Ecológico. 
Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com 
cobertura florestal de espécies predominantemente 
nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo 
sustentável dos recursos florestais e a pesquisa 
científica, com ênfase em métodos para exploração 
sustentável de florestas nativas. (Regulamento) 
§ 1º A Floresta Nacional é de posse e domínio 
públicos, sendo que as áreas particulares incluídas 
em seus limites devem ser desapropriadas de 
acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2º Nas Florestas Nacionais é admitida a 
permanência de populações tradicionais que a 
habitam quando de sua criação, em conformidade 
com o disposto em regulamento e no Plano de 
Manejo da unidade. 
§ 3º A visitação pública é permitida, condicionada 
às normas estabelecidas para o manejo da unidade 
pelo órgão responsável por sua administração. 
§ 4º A pesquisa é permitida e incentivada, 
sujeitando-se à prévia autorização do órgão 
responsável pela administração da unidade, às 
condições e restrições por este estabelecidas e 
àquelas previstas em regulamento. 
§ 5º A Floresta Nacional disporá de um Conselho 
Consultivo, presidido pelo órgão responsável por 
sua administração e constituído por representantes 
de órgãos públicos, de organizações da sociedade 
civil e, quando for o caso, das populações 
tradicionais residentes. 
§ 6º A unidade desta categoria, quando criada pelo 
Estado ou Município, será denominada, 
respectivamente, Floresta Estadual e Floresta 
Municipal. 
Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada 
por populações extrativistas tradicionais, cuja 
subsistência baseia-se no extrativismo e, 
complementarmente, na agricultura de subsistência 
e na criação de animais de pequeno porte, e tem 
como objetivos básicos proteger os meios de vida e 
a cultura dessas populações, e assegurar o uso 
sustentável dos recursos naturais da 
unidade.(Regulamento) 
 
§ 1º A Reserva Extrativista é de domínio público, 
com uso concedido às populações extrativistas 
tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta 
Lei e em regulamentação específica, sendo que as 
áreas particulares incluídas em seus limites devem 
ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe a 
lei. 
§ 2º A Reserva Extrativista será gerida por um 
Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão 
responsável por sua administração e constituído 
por representantes de órgãos públicos, de 
organizações da sociedade civil e das populações 
tradicionais residentes na área, conforme se 
dispuser em regulamento e no ato de criação da 
unidade. 
§ 3º A visitação pública é permitida, desde que 
compatível com os interesses locais e de acordo 
com o disposto no Plano de Manejo da área. 
§ 4º A pesquisa científica é permitida e incentivada, 
sujeitando-se à prévia autorização do órgão 
responsável pela administração da unidade, às 
condições e restrições por este estabelecidas e às 
normas previstas em regulamento. 
§ 5º O Plano de Manejo da unidade será aprovado 
pelo seu Conselho Deliberativo. 
§ 6º São proibidas a exploração de recursos 
minerais e a caça amadorística ou profissional. 
§ 7º A exploração comercial de recursos 
madeireiros só será admitida em bases sustentáveis 
e em situações especiais e complementares às 
demais atividades desenvolvidas na Reserva 
Extrativista, conforme o disposto em regulamento e 
no Plano de Manejo da unidade. 
Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com 
populações animais de espécies nativas, terrestres 
ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas 
para estudos técnico-científicos sobre o manejo 
econômico sustentável de recursos faunísticos. 
§ 1º A Reserva de Fauna é de posse e domínio 
públicos, sendo que as áreas particulares incluídas 
em seus limites devem ser desapropriadas de 
acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2º A visitação pública pode ser permitida, desde 
que compatível com o manejo da unidade e de 
acordo com as normas estabelecidas pelo órgão 
responsável por sua administração. 
§ 3º É proibido o exercício da caça amadorística ou 
profissional. 
§ 4º A comercialização dos produtos e subprodutos 
resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto 
nas leis sobre fauna e regulamentos. 
Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável 
é uma área natural que abriga populações 
tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas 
sustentáveis de exploração dos recursos naturais, 
desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às 
condições ecológicas locais e que desempenham 
um papel fundamental na proteção da natureza e 
na manutenção da diversidade biológica. 
(Regulamento) 
§ 1º A Reserva de Desenvolvimento Sustentável 
tem como objetivo básico preservar a natureza e, 
ao mesmo tempo, assegurar as condições e os 
meios 
necessários para a reprodução e a melhoria dos 
modos e da qualidade de vida e exploração dos 
recursos naturais das populações tradicionais, bem 
como valorizar, conservar e aperfeiçoar o 
conhecimento e as técnicas de manejo do 
ambiente, desenvolvido por estas populações. 
§ 2º A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é 
de domínio público, sendo que as áreas particulares 
incluídas em seus limites devem ser, quando 
necessário, desapropriadas, de acordo com o que 
dispõe

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