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MITOS E VERDADES SOBRE O COLESTEROL

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Mitos e verdades sobre o colesterol
Discentes:
Beatriz Mendes, Geraldo Nogueira, Júlia Carrah
Universidade Estadual do Ceará-UECE
Faculdade de Veterinária-FAVET
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Objetivos
Discutir mitos e verdades acerca do colesterol, buscando oferecer uma breve explanação acerca de cada um, além de fazer uma breve introdução sobre o tema. Desta forma propiciando um entendimento panorâmico sobre o assunto.
 
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Introdução
Substância química grupo dos esteroides zoosteróis
Apresenta um grupo OH ligado a carbono saturado
Característica apolar
Ponto de ebulição de 360° 
Ponto de fusão entre 146° e 150°C
Apresenta uma estrutura cristalina mole e sem cheiro e sua forma molecular é C27H46O
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3
Introdução
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4 anéis de hidrocarbonetos grupo hidroxila em uma ponta cauda de hidrocarbonetos na outra
Pode apresentar-se sob a forma de ésteres de colesterol 
Introdução 
Transporte do Colesterol no sangue:
Transportado na forma de lipoproteínas. 
Lipoproteínas são agregados de macromoléculas como os trigliceróis (TG) e os ésteres de colesterol, envolvidos por uma camada de fosfolipídios, proteínas e colesterol livre, possuindo um centro hidrofóbico, mas no seu exterior, são hidrossolúveis.
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Introdução 
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Introdução 
Funções do Colesterol:
Se manifesta desde as fases fetais do organismo membranas celulares síntese de hormônios esteroides síntese de sais biliares.
Membranas Celulares:
Essencial para sua manutenção e construção. 
Regula sua fluidez em diversas faixas de temperatura. 
Grupo Hidroxila Cabeças Fosfato 
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Introdução 
Funções do Colesterol:
Precursor dos ácidos biliares ajuda na fabricação de sais da bile. 
Precursor dos hormônios esteroides forma cortisol e a aldosterona nas glândulas adrenais, e os hormônios sexuais como a progesterona. 
Fonte de vitamina D3 
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Existe colesterol ´´bom`` e colesterol ´´ruim``
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Existe um ´´colesterol bom`` e um ´´colesterol ruim``?
Para que seja transportado pelo sangue até os tecidos, o colesterol tem que estar dissolvido. 
É transportado na forma de lipoproteínas, ou seja, associa-se a um fosfolipídio e a uma proteína. 
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Lipoproteínas 
Forma aproximadamente esférica 
Diâmetro que varia de 10 a 1000 nm núcleo lipídico camada de lipídios anfipáticos ligados as apoproteínas. 
 As principais são: 
Quilomicrons 
VLDL 
IDL 
LDL
HDL
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Quilomicrons 
´Possuem maior o tamanho
Diâmetro entre 75 e 1200 nm e densidade inferior a 0,095 g/mL.
Função:
Transporte dos triglicerídeos, colesterol a nível intestinal até aos tecidos de destino Fígado 
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VLDL – Lipoproteínas de muita baixa densidade
Diâmetro entre 300 e 800 nm e densidade superior aos quilomicrons. 
Função:
Transporte de lipídeos de origem endógena tecidos extrahepáticos. 
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IDL – Lipoproteínas de densidade intermediá
Originadas do metabolismo das VLDL 
Podem ter dois destinos:
Captadas pelo fígado ou convertidas em LDL
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LDL – Lipoproteína de baixa densidade
Maior porcentagem de colesterol livre (7 a 10%) e ésteres de colesterol (35% a 40%)
Função:
Transporte do colesterol desde o fígado tecidos restantes regulação do metabolismo do colesterol.
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HDL – Lipoproteínas de alta densidade
Maior teor proteico (40% e 55%) 
Maior densidade (1.063 e 1.210 g/mL)
Originadas no fígado e intestino
Função:
Transporte desde tecidos periféricos de volta ao fígado
Ao retornar ao fígado, pode ser degradado a ácido biliar, sendo liberado no intestino delgado. 
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Não se obtém colesterol pela alimentação
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Origens do colesterol
Dieta 
Síntese endógena
Desenvolvimento intrauterino 
Sintetizado por seu organismo e colesterol materno
75% síntese endógena 
25% proveniente da dieta(colesterol exógeno)
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Colesterol proveniente da dieta
Todos os alimentos de origem animal presente na forma não esterificada. 
Absorção: 
Mucosa intestinal emulsificação e incorporação em micelas. 
Lipase pancreática as micelas formadas por colesterol na sua forma livre e restantes lipídios enterócitos incorporados nos quilomicras.
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Síntese endógena
O percursor para a síntese de colesterol é o acetato
Formado a partir do acetil-CoA
A via da biossíntese do colesterol se processa em quatro fases
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acetato
Síntese endógena
Condensação de três unidades de acetato, formando um intermediário de seis carbonos, o mevalonato
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Conversão do mevalonato em unidades de isopreno ativadas
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Síntese endógena
Polimerização das seis unidades de isopreno com 5 carbonos, formando o esqualeno linear, com 30 carbonos
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Síntese endógena
Ciclização do esqualeno para formar os quatro anéis do núcleo esteroide, com uma série de mudanças adicionais (oxidações, remoção ou migração de grupos metil) para produzir o colesterol.
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Síntese endógena
Maior parte é produzido no fígado
Destinos: 
Incorporada em membranas dos hepatócitos
Parte é exportada em uma de três formas:
Ácidos biliares
Colesterol biliar 
Ésteres de colesterila
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Síntese endógena
Bile 
Estocado na vesícula biliar e excretado no intestino delgado auxiliar na digestão de gordura. 
Composta pelos ácidos e sais biliares agentes emulsificantes no intestino
Reabsorvida pelo intestino 
Excretada pelas fezes
Ésteres de colesterila 
Transportados para outros tecidos que utilizam o colesterol 
Armazenados no fígado em gotículas de gorduras
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Destinos metabólicos do colesterol
Destinos metabólicos do colesterol
Córtex da suprarrenal e nas gônadas:
Hormônios esteroides
Fígado e nos rins:
Hormônio vitamina D
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Hormônios esteroides
Regulação da síntese
Relação inversa entre a ingestão de colesterol pela dieta e a sua biossíntese
Colesterol em excesso se esterifica 
Causando a diminuição do receptor LDL para evitar a entrada na célula de mais colesterol proveniente do sangue. 
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Colesterol exógeno
Síntese endógena
A regulação do colesterol é afetada por hormônios
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29
A regulação do colesterol é afetada por hormônios
Verdade!!!
Regulação da produção de colesterol:
Concentração Intracelular
Glucagon e Insulina
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30
Como ocorre?
Conversão de HMG-CoA em mevalonato
 HMG-CoA-redutase
Glucagon = Fosforilação
Insulina = Desfosforilação
AMPK
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31
Dieta inadequada pode provocar o aumento de doenças associadas aos níveis de colesterol
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Influência da dieta nos níveis de colesterol 
Um teor mais elevado de colesterol e gorduras saturadas corresponde a níveis mais elevados de lipídios plasmáticos. 
Quantidade de fibras na dieta níveis de colesterol mais baixos
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Gordura 
saturada
Colesterol
Lipídios plasmáticos
Fibras
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Influência da dieta nos níveis de colesterol 
 Os alimentos que contém colesterol são os de origem animal
Ingestão de altas quantidades de colesterol e de gorduras saturadas
Aumento de concentração do colesterol plasmático
Diminui a expressão do receptor de LDL
Aterosclerose
Espessamento local da parede das artérias
Formação de ateromas calcificar prejudicar a frequência cardíaca 
Altos níveis de LDL
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Excesso de alimentos que contêm ácidos graxos saturados (leite integral, queijo, manteiga e carnes vermelhas) 
Função protetora: ácidos graxos poli-insaturados ricos em ω-6 e ω-3 
Os ácidos graxos poli-insaturados reduzem a concentração plasmática de colesterol
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Aterosclerose
Aterosclerose em canídeos
São uma das espécies resistentes
Os canídeos encontram-se naturalmente protegidos do desenvolvimento natural de doença aterosclerótica. 
HDL>LDL Remoção mais eficiente do colesterol em excesso
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Suplementação de gorduras na dieta de ruminantes
Aumentar a concentração de energia e para um maior desempenho doanimal
Na natureza ácidos graxos poli-insaturados
Suplementação:
Gorduras insaturadas bio-hidrogenação
Gorduras saturadas inerte no rúmen
Síntese e o acúmulo de colesterol e ésteres de colesterol nos tecidos e fluidos corporais
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HDL>LDL
Excesso de gorduras(>5% do consumo de matéria seca):
Digestibilidade das fibras 
Consumo de matéria seca 
Atuar contra a seleção de microrganismos com capacidade celulolítica
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Suplementação de gorduras na dieta de ruminantes
A ocorrência de doenças relacionadas a desregulação das taxas de colesterol no sangue em animais não humanos é pouco recorrente
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A ocorrência de doenças relacionadas a desregulação das taxas de colesterol no sangue em animais não humanos é pouco recorrente
Mito!!!
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As dislipidemias estão cada vez mais presentes na vida dos animais, principalmente cães
Má alimentação
Falta de exercício
...
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Dislipidemias
Alterações patológicas nas concentrações de lipídeos
Alguns exemplos são as hiperlipidemias:
 - Hipercolesterolemia idiopática/ hipercolesterolemia familiar 
 - Hiperlipidemia idiopática
 - Hiperquilomicronemia familiar do Gato
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Hipercolesterolemia
 Elevação patológica da taxa de colesterol no sangue
 n° de percursores
 eficácia na retirada de HDL e LDL
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receptores de LDL 
uma captação ineficiente do LDL pelo fígado
ApoB-100
Hipercolestorolemia
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Hipercolesterolemia
Raças mais acometidas:
Briard e Shetland Sheepdog
 
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Briard
Shetland Sheepdog
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Hipercolesterolemia
Sinais clínicos:
Estatinas
Inibição da HMG-CoA-redutase
Semelhantes ao Mevalonato
Hiperlipidemia idiopática
A mais frequente em canídeos
Hereditária
 triglicéridos e colesterol plasmáticos
 VLDL
Sinais clínicos:
Dor abdominal 
Anorexia 
Sinais gastrointestinais 
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Hiperlipidemia idiopática
Raça mais acometida
Schinauzer Miniatura
Hiperquilomicronemia familiar do Gato
alteração no gene responsável pelo LDL
degradação dos quilomicras e VLDL nos capilares
queda das taxas de LDL
gatos jovens 
Sinais clínicos:
xantomas (granulomas cutâneos de origem lipídica)
Granulomas
 lipemia retinalis
 síndrome de Horner
neuropatias periféricas.
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Hiperlipidemias
Associadas a diversas doenças:
Hiperadrenocorticismo
Hipotiroidismo
Diabetes Mellitus
Colestase e Lipidose hepática felina
entre muitas outras.
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O colesterol influi no desempenho reprodutivo de animais
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O colesterol influi no desempenho reprodutivo de animais
Verdade!!!
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Colesterol
Cadeia Lateral
Hormônios Esteroidais
Desenvolvimento e comportamento sexual
Funções reprodutivas e não reprodutivas
Onde? 
Córtex da glândula adrenal e Gônadas
Mitocôndria das células
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Como ocorre a formação dos hormônios esteroidais?
Remoção de C da cadeia lateral
Anel D
Hidroxilação C-20 e C-22
Clivagem da ligação
Pregnenolona
Isomerização e Oxidação
Progesterona 
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Como ocorre a formação dos hormônios esteroidais?
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Como ocorre a formação dos hormônios esteroidais?
Suplementação com gordura/lipídeos em fêmeas bovinas
Ácidos Graxos  metabolismo de hormônios
modular processos metabólicos - ovários e útero
transcrição de genes - proteínas essenciais à reprodução
 capacidade funcional do ovário
 concentração de progesterona circulante 
 vida útil do corpo lúteo
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IMPORTANTE!
suplementação com lipídeos 
 lipídeos hiperlipidemias outras alterações no organismo dos animais.
variação dos níveis ideais de lipídeos nas dietas de diferentes espécies e/ou raças
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respeitar os diferentes hábitos alimentares nesses animais.
Conclusão
Retomando os objetivos, concluímos que o colesterol é uma substância complexa que apresenta inúmeras funções no organismo, e seu estudo proporciona um melhor entendimento e uma visão panorâmico acerca de seus mitos e verdades, bem como sua estruturação e importância para saúde coletiva (humana e animal).
 
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Referências
MEDEIROS, R.M.P., Caracterização preliminar dos níveis de colesterol plasmático em canídeos em função do sexo, raça, idade e condição corporal. Dissertação de mestrado. Universidade Técnica de Lisboa, 2011.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica Lehninger.6 ed. Porto Alegre: Artmed editora LTDA, 2014.
BAYNES, J.W; DOMINICZAK, M.H, Bioquímica médica. 3 ed. Carolina do Sul: Mosby Elsevier,2005.
LUDKE, M.C; LÓPEZ, J. Colesterol e composição dos ácidos graxos nas dietas para humanos e na carcaça suína. Santa Maria,1999.
J.C. DIAS; J.A.M. MARTINS; L.L. EMERICK; F.A. SOUZA; V.J. ANDRADE; Efeitos da suplementação lipídica no aumento da eficiência reprodutiva de fêmeas bovinas. Belo Horizonte,2009.
M.A. CAMARGO; Dislipidemias em animais. Seminário apresentado na disciplina de Fundamentos Bioquímicos dos Transtornos Metabólicos. Rio Grande do Sul, 2017.
BRAGNOLO, N.; Determinação dos teores de Colesterol em carnes, ovos e massas com ovos. Tese mestrado – Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, 1992.
FERREIRA, J. de S.; Avaliação do Coeficiente de Partição do Colesterol entre duas fases: Solução saponificada e Hidrocarbonetos. Tese mestrado – Faculdade de Engenharia Química, Universidade Estadual de Campinas, 2000.
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Obrigado!
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