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APOSTILA A neurociência e a aprendizagem

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A neurociência e a aprendizagem 
 
Por muito tempo o foco da educação esteve voltado para ensino 
mecânico e direcionado a um grupo homogêneo de alunos, sem 
dar a devida atenção à especificidade, a individualidade e a forma 
com que cada um aprende. 
 
As informações eram “transmitidas” pelo docente e os alunos as 
recebiam e aceitavam sem questionamento. O problema é que 
essas informações eram perdidas, sem ser assimiladas, uma vez 
que os alunos não conseguiam relacioná-las as vivências ou 
conhecimentos anteriores. 
 
Além disso, o processo de aprendizagem não se dá da mesma 
forma em cada indivíduo, cada um tem seu ritmo, cada um tem 
sua habilidade, sua modalidade de aprendizagem; além das 
influências externas que podem ser decisivas nesse processo. 
Além disso, o processo de aprendizagem não se dá da mesma 
forma em cada indivíduo, cada um tem seu ritmo, cada um tem 
sua habilidade, sua modalidade de aprendizagem; além das 
influências externas que podem ser decisivas nesse processo. 
 
A escola tem a função de ensinar, mas não pode, nunca, ser 
confundida com produção em massa. Afinal o “produto da escola” 
é o mais valioso de todos: o ser humano, com ideias, opiniões e 
sentimentos. Neste caso o termo ensinar acaba tendo uma 
conotação bem diferente do que antes; pois hoje sabemos que a 
escola tem um papel que vai além de ensinar conteúdos como: 
auxiliar o aluno a perceber sua individualidade, tornando-o 
também responsável pelo ato de aprender, proporcionar a 
otimização de suas habilidades, facilitar o processo de 
aprendizagem e criar condições de aprender a aprender. Ensinar 
a ter autoria de pensamento. 
 
A principal questão a ser analisada é: será que escola está 
preparada para isso? 
 
Como podemos conhecer melhor nossos alunos? Como podemos 
atender as suas necessidades? 
 
O processo de ensino/aprendizagem é bem mais complexo do que 
se pensava há algumas décadas, e as escolas não podem 
continuar ensinando as gerações atuais por meio de metodologias 
arcaicas. 
 
Hoje, temos a disposição uma infinidade de recursos, além de 
estudos e pesquisas científicas que podem nortear nossa prática. 
 
A Neurociência é um desses valiosos recursos para os 
educadores. Nada mais justo, se pensarmos que a aprendizagem 
se dá por processos neurais, onde se concentram os estudos da 
Neurociência. 
 
Compreendendo o processo de 
aprendizagem 
 
 O primeiro passo é lembrar que cada ser é único e embora 
haja a necessidade da escola trabalhar conteúdos, estes podem 
ser aprendidos de forma prazerosa, utilizando recursos e métodos 
que atendam a todos. O professor precisa conhecer seus alunos. 
 
 Um erro comum é o fato de muitas vezes o professor 
conhecer o perfil de seus alunos, mas esquecer da importância 
do próprio aluno se conhecer também. A compreensão de como 
é possível lidar com certas características pessoais ajudará o 
aluno a identificar, mobilizar e utilizar suas características 
criativas e intuitivas, pois cada um aprende no seu próprio ritmo 
e à sua maneira. 
 
 Através de sua prática, o professor deverá oferecer um 
ambiente que proporcione estímulos do ponto de vista intelectual 
e emocional. Daí a necessidade do educador, consciente de seu 
papel, buscar estruturar o ensino de modo que os alunos possam 
construir adequadamente os conhecimentos a partir de suas 
habilidades mentais. E para isso, é imprescindível que conheçam 
os significativos estudos da Neurociência, uma vez que esses, 
sem dúvida, influenciam na compreensão dos processos de 
ensino/aprendizagem. 
 
 A Neurociência traz para a sala de aula o conhecimento sobre 
a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o medo, 
o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos, a linguagem, 
as interpretações das imagens que fazemos mentalmente, as 
imagens que formam o pensamento e o próprio desenvolvimento 
infantil. Os neurônios espelho, que possibilitam a espécie humana 
progressos na comunicação, compreensão e no aprendizado. A 
plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro 
continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar, até à senilidade 
ou à morte também altera nossa visão de aprendizagem e 
educação. 
 
 Essas informações são imprescindíveis para nossa ação 
pedagógica e nos faz rever o “fracasso” e as dificuldades de 
aprendizagem; uma vez que existem inúmeras possibilidades de 
aprendizagem para o ser humano, do nascimento até a morte. 
 
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA: A CIÊNCIA DA 
APRENDIZAGEM E DA EDUCAÇÃO 
 
 Nos últimos anos, inúmeros estudos foram realizados no 
intuito de se entender de forma mais assertiva as atividades 
cerebrais e como as mesmas influenciam no comportamento 
humano. E é justamente nesse contexto que se encaixa a 
Neurociência. 
Ela corresponde a área em que estuda o sistema nervoso central, 
bem como suas funcionalidades, estrutura, fisiologia e patologias. 
Esse sistema é responsável por estruturar as atividades do corpo 
humano, sejam elas voluntárias ou não. 
 De forma resumida, as experiências e a maneira como o ser 
humano lida com as mesmas, afetam seu cérebro e seu 
desenvolvimento. Nesse sentido, a neurociência diz respeito a 
inteligência, aos sentimentos, a capacidade de tomar decisões, 
além de gerar entendimento sobre o funcionamento do sistema 
nervoso e como agir sobre ele. 
Para que todo este estudo seja realizado, os cientistas levam em 
consideração os processos a nível cognitivo, ou seja, como o ser 
humano adquiri conhecimento (seja por meio da atenção, da 
associação, da memória, da imaginação, do pensamento, da 
linguagem, entre outros), através dos cinco sentidos, resultando 
assim, em seu desenvolvimento intelectual, 
comportamentos, interações e adaptação ao meio. 
 
O que é Neurociência Cognitiva 
 
 Dentre as subdivisões da Neurociência, uma delas é a 
Neurociência Cognitiva, ela tem como foco, o estudo a respeito 
das capacidades mentais do ser humano, como por exemplo, seu 
http://www.ibccoaching.com.br/portal/as-fases-do-desenvolvimento-intelectual/
pensamento, aprendizado, inteligência, memória, linguagem e 
percepção. 
 Com base nisso, as sensações e a percepção do indivíduo são 
o que norteiam os estudos da Neurociência Cognitiva, ou seja, 
como uma pessoa adquiri conhecimento a partir das experiências 
sensoriais a que é submetida; uma música, um aroma, o gosto 
de uma comida, uma imagem ou uma sensação corporal, tudo 
isso engloba as experiências sensoriais e são elas as responsáveis 
por captar os dados do ambiente e leva-las ao cérebro. 
 Verifica-se então, que a Neurociência Cognitiva não diz 
respeito apenas ao sistema nervoso, como também, como as 
experiências sensoriais adquiridas ao longo da vida são 
processadas pelo no cérebro e são transformadas em 
conhecimento. 
 
Como a Neurociência pode ajudar no 
aprendizado 
 
 Você já parou para pensar em como o cérebro processa as 
informações que recebe? Em como tal ação reflete no 
aprendizado e na vida como um todo? É justamente através da 
Neurociência que tais perguntas podem ser respondidas, pois 
seus estudos compreendem como uma pessoa processa as 
informações adquiridas pelo ambiente e as transforma em 
aprendizado. A partir daí, é possível definir estratégias assertivas 
de ensino, o que garante a pessoa, uma melhor absorção do 
conteúdo. 
 Confira algumas áreas em que a Neurociência pode auxiliar 
no aprendizado: 
 
Emoção 
A inteligência humana está intimamente ligada a emoção, ou 
seja, o aspecto emocional interfere na nossa cognição: quanto 
mais um evento contenha emoção, mais a pessoa se lembrará 
dele e isso afeta na obtenção de conhecimento (de forma positiva 
ou negativa). 
Nesse sentido, a emoção da pessoa precisa ser instigada (quando 
ela for positiva) ou desestimulada (quando ela for negativa), para 
que o desenvolvimento intelectual não seja prejudicado. 
 
Motivação 
A motivaçãoé o que fomenta o aprendizado, quando a pessoa se 
depara com uma interferência positiva, isso mobiliza a atenção 
http://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/voce-sabe-o-que-e-conhecimento/
da mesma, o que gera a motivação. Da mesma forma, se o 
indivíduo encontra uma tarefa muito difícil, sua mente se frustra 
e ele acaba desmotivado, e isso interfere na sua aprendizagem. 
A pessoa deve então, no decorrer do desenvolvimento intelectual, 
não apenas entrar em contato com inúmeros conteúdos, como 
também, realizar atividades que despertem a sua curiosidade, 
proponham desafios e a motivem. 
 
Atenção 
 A atenção é fundamental para que o conhecimento seja 
adquirido, pois o sistema nervoso só absorve a informação 
quando a pessoa está atenta a mesma. O indivíduo presta 
atenção em alguma coisa, quando aquilo é entendido, ou seja, 
tem significado. 
 Nesse sentido, a falta de atenção muitas vezes não ocorre por 
indisciplina, mas sim, por falta de estímulo. Por conta disso, para 
que a pessoa dê atenção a uma informação, a interação entre a 
mesma e o indivíduo precisa ocorrer. 
Socialização 
 As experiências sociais do ser humano e o ambiente ao qual 
ele está inserido, formam a sua cognição, ou seja, o cérebro se 
modifica e se desenvolve durante a vida. Através da socialização, 
é possível que a pessoa consiga aprimorar a sua linguagem verbal 
e não verbal, interagir com outras pessoas, reconhecer e 
expressar emoções, exercer suas potencialidades e ter empatia. 
 
Memória 
 A memória se dá através de repetições, quando a pessoa 
decora uma informação e através de associações, quando 
existem vínculos e relações com o conteúdo. Nesse sentido, o ato 
de aprender não ocorre apenas quando se grava informações, 
mas também, quando o conteúdo afeta a pessoa. Com isso, o 
indivíduo deve identificar pontos de ancoragem para que o 
conteúdo aprendido tenha sentido e fique na sua memória. 
 A Neurociência Cognitiva tem como objeto de estudo, a 
compreensão, na prática, sobre como a nossa mente processa as 
informações, como isso possibilita aprender, desenvolver e 
acumular conhecimentos e aperfeiçoar as múltiplas inteligências. 
 Essa consciência dos pontos fortes e de limitação é 
fundamental no processo de ensino, uma vez que possibilita 
desenvolver modelos de aprendizado que levem em conta o 
processo cognitivo de cada um e com soluções adequadas a cada 
pessoa. 
 
A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NA EDUCAÇÃO 
 
Os avanços e descobertas na área da neurociência ligada ao 
processo de aprendizagem é sem dúvida uma revolução para o 
meio educacional. A Neurociência da aprendizagem, em termos 
gerais, é o estudo de como o cérebro aprende. É o entendimento 
de como as redes neurais são estabelecidas no momento da 
aprendizagem, bem como de que maneira os estímulos chegam 
ao cérebro, da forma como as memórias se consolidam e de 
como temos acesso a essas informações armazenadas. 
Quando falamos em educação e aprendizagem, 
estamos falando em processos neurais, redes que se 
estabelecem, neurônios que se ligam e fazem novas sinapses. E 
o que entendemos por aprendizagem? Aprendizagem, nada 
mais é do que esse maravilhoso e complexo processo pelo qual 
o cérebro reage aos estímulos do ambiente, ativa essas sinapses 
(ligações entre os neurônios por onde passam os estímulos), 
tornado-as mais “intensas”. A cada estímulo novo, a 
cada repetição de um comportamento que queremos que seja 
consolidado temos circuitos que processam as informações que 
deverão ser então consolidadas. 
 A neurociência nos vem descortinar o que antes 
desconhecíamos sobre o momento da aprendizagem. O cérebro, 
esse órgão fantástico e misterioso, é matricial nesse processo do 
aprender. Suas regiões, lobos, sulcos, reentrâncias tem sua 
função e real importância num trabalho em conjunto, onde cada 
um precisa e interage com o outro. Mas qual o papel e função de 
cada região cerebral? Aonde o aprender tem realmente a sua 
sede e necessita ser estimulada adequadamente? Conhecer o 
papel do hipocampo na consolidação de nossas memórias, 
a importância do sistema límbico, responsável pelas nossas 
emoções, desvendar os mistérios que envolvem a região frontal, 
sede da cognição, linguagem e escrita, poder entender os 
mecanismos atencionais e comportamentais de nossas 
crianças com TDAH, as funções executivas e o sistema de 
comando inibitório do lobo pré-frontal é hoje fundamental na 
educação, assim como, compreender as vias e rotas que 
norteiam a leitura e escrita (regidas inicialmente pela região 
visual mais específica (parietal), que reconhece as formas visuais 
das letras e depois acessando outras áreas para que a 
codificação e decodificação dos sons sejam efetivas. Assim, cada 
órgão se conecta e se interliga nesse trabalho onde cada 
estrutura com seus neurônios específicos e especializados 
desempenham um papel importantíssimo nesse aprender. 
 Podemos compreender desta forma que o uso de estratégias 
adequadas em um processo de ensino dinâmico e prazeroso 
provocará, consequentemente, alterações na quantidade e 
qualidade destas conexões sinápticas, afetando assim 
o funcionamento cerebral de forma positiva e permanente com 
resultados extremamente satisfatórios. 
 Estudos na área neurocientífica, centrados no manejo do 
aluno em sala de aula, vem nos esclarecer que a aprendizagem 
ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de forma inter 
relacionada. Assim, podemos entender, por exemplo, como é 
valioso aliar a música e os jogos em atividades escolares, pois há 
a possibilidade de se trabalhar simultaneamente mais de um 
sistema: o auditivo, o visual e até mesmo o sistema tátil (a 
música possibilitando dramatizações). 
 
Os games (adorados pelas crianças e adolescentes), ainda 
em discussão no âmbito acadêmico, são fantásticos na sua forma 
de manter nossos alunos plugados e podem ser mais uma 
ferramenta facilitadora, pois possibilita estimular o 
raciocínio lógico, a atenção, a concentração, os conceitos 
matemáticos e através de cruzadinhas e caça-palavras 
interativos, desenvolver a ortografia de forma desafiadora e 
prazerosa para os alunos. Vários sites na internet nos 
disponibilizam esses jogos. 
 Desta forma, o grande desafio dos educadores é viabilizar 
uma aula que 'facilite' esse disparo neural, as sinapses e o 
funcionamento desses sistemas, sem que necessariamente o 
professor tenha que saber se a melhor forma de seu aluno lidar 
com os objetos externos é: auditiva, visual ou tátil. Quando ciente 
da modalidade de aprendizagem do seu aluno, (e isso não está 
longe de termos na formação de nossos educadores) o professor 
saberá quais estratégias mais adequadas utilizar e certamente 
http://3.bp.blogspot.com/-7kpEP4ktZWE/T3z92qiVFZI/AAAAAAAAAXU/e-U4FftKgpY/s1600/game+alfabetiza%C3%A7%C3%A3o.gif
fará uso desse grande e inigualável meio facilitador no processo 
ensino – aprendizagem. 
 Outra grande descoberta das neurociências é que através 
de atividades prazerosas e desafiadoras o “disparo” entre as 
células neurais acontece mais facilmente: as sinapses se 
fortalecem e redes neurais se estabelecem com mais facilidade. 
 Mas como desencadear isso em sala de aula? Como o 
professor pode ajudar nesse “fortalecimento neural”? Todo 
ensino desafiador ministrado de forma lúdica tem esse efeito: 
aulas dinâmicas, divertidas, ricas em conteúdo visual e 
concreto, onde o aluno não é um mero observador, passivo e 
distante, mas sim, participante, questionador e ativo nessa 
construção do seu próprio saber. 
 O conteúdo antes desestimulante e repetitivo para o aluno 
e professor ganha uma nova roupagem: agora propicia novas 
descobertas, novos saberes, é dinâmico e flexível, plugado em 
uma era informatizada aonde a cada momento 
novas informaçõeschegam ao mundo desse aluno. Professor e 
aluno interagem ativamente, criam, viabilizam possibilidades e 
meios de fazer esse saber, construindo juntos a aprendizagem. 
 Uma aula enriquecida com esses pré-requisitos é mágica, 
envolvente e dinâmica. É saber fazer uso de uma estratégia 
assertiva onde conhecimentos neurocientíficos e educação 
caminham lado a lado. Mas como isso é possível? O que fazer 
em sala de aula? A seguir veremos algumas sugestões que podem 
ser adotadas: 
 
1- Estabeleça regras para que haja um 
convívio harmonioso de todos em sala de aula, fazendo com que 
os alunos sejam responsáveis pela organização, limpeza e 
utilização dos materiais. Opinando e criando as regras e normas 
adotadas, eles se sentirão responsáveis pela sala de aula. 
 
http://2.bp.blogspot.com/-UpwADKW4QLM/T30Ag-jTK4I/AAAAAAAAAXc/s-22VeAmgeg/s1600/convivencia.png
 
2- Faça uso de materiais diversificados que explorem todos os 
sentidos. Visual: mural, cartazes coloridos, filmes, livros, filmes 
educativos; Tátil: material concreto e objetos de sucata 
planejados. Há uma riqueza de sites na internet que nos 
disponibilizam atividades muito ricas e prazerosas. A criatividade 
aflora e a aula se torna muito divertida; Auditivo: música e 
bandinhas feitas com material de sucata, sempre com o 
conteúdo inserida nelas. A criação de músicas sobre conteúdos 
é uma forma divertida de aprender. Talentos apareceram em 
sala de aula. E quem não gosta de cantar? A aula fica muito rica e 
prazerosa! 
 
 
3- Reserve um lugar com almofadas e tapete, para momentos de 
descanso e reflexão. O “cantinho da leitura” é fundamental na 
sala de aula na ausência de uma biblioteca. Relaxar após o 
trabalho prazeroso significa dar tempo para o cérebro escanear 
todo o conteúdo que vai ser assimilado, ativar o 
hipocampo (região responsável pelas memórias) e consolidar o 
que se aprendeu. 
 
 
4- Estabeleça rotinas onde possam realizar trabalhos individuais, 
em dupla e em grupo. Rotinas estabelecidas reforçam 
http://3.bp.blogspot.com/-9QGJZNmRIS0/T30DOzgGAgI/AAAAAAAAAXk/3v3qa_TlvHc/s1600/cirandinha.jpg
http://1.bp.blogspot.com/-daXgepu0MU4/T30Eyf8lDBI/AAAAAAAAAXs/kPBHXaYvO18/s1600/leitura.jpg
http://1.bp.blogspot.com/-xMBdWyiL34s/T30G0PtO2HI/AAAAAAAAAX0/WI1J-zFJuSU/s1600/grupo.png
comportamentos assertivos e organização. Crianças com TDAH, 
que apresentam mal funcionamento das funções executivas se 
beneficiam com rotinas e regras pré estabelecidas). O trabalho 
em equipe é extremamente prazeroso, ativa as regiões 
límbicas (responsáveis pelas emoções) e como sabemos que o 
aprender está ligado à emoção, a consolidação do conteúdo se 
faz de maneira mais efetiva. (hipocampo) 
 
 
5- Trabalhar o mesmo conteúdo de várias formas possibilita aos 
alunosoportunidades de vivenciarem a aprendizagem de acordo 
com suas possibilidades neurais. Dê aos mais rápidos, atividades 
que reforcem ainda mais esse conteúdo, que os mantenham 
atentos e concentrados, para que aqueles que necessitem de 
maior tempo para realizar as atividades não sejam prejudicados 
com conversas e agitação dos mais rápidos. 
 
6- A flexibilidde em sala de aula permite uma aprendizagem mais 
dinâmica e melhor percebida por todos os alunos. O professor que 
ministra bem os conflitos em sala de aula, que tem "jogo de 
cintura" e apresenta o conteúdo com prazer, mantém seus alunos 
"plugados" na aula. 
 Desta forma, sabedores deste mecanismo neural que 
impulsiona a aprendizagem, das estratégias facilitadoras que 
estimulam as sinapses e consolidam o conhecimento, desta 
magia onde cada estruturacerebral se interliga para que todos os 
canais sejam ativados. Assim, como numa orquestra 
afinadíssima, onde a melodia sai perfeita, estar de posse desses 
importantes conhecimentos e descobertas será como reger esta 
orquestra, onde o maestro saberá o quão precisamente estão 
ainados seus intrumentos e como poderá tirar deles melodias 
harmoniosas e suaves! 
 A neurociência se constitui assim em atual e uma grande 
aliada do professor para poder identificar o indivíduo como ser 
único, pensante, atuante, que aprende de uma maneira toda sua, 
http://4.bp.blogspot.com/-p1hgvz9t8qQ/T30I9JmKgmI/AAAAAAAAAYE/91WBi43PkjE/s1600/adi%C3%A7%C3%A3o.png
http://1.bp.blogspot.com/-uGNYhQTlzx0/T30HzRp4LDI/AAAAAAAAAX8/OTwHkLHi89M/s1600/adi%C3%A7%C3%A3o.png
única e especial. Desvendando os mistérios que envolvem o 
cérebro na hora da aprendizagem, a neurociência disponibiliza ao 
educador moderno (neuroeducador), impressionantes e sólidos 
conhecimentos sobre como se processam a linguagem, a 
memória, o esquecimento, o desenvolvimento infantil, as 
nuances do desenvolvimento cerebral desta infância e os 
processos que estão envolvidos na aprendizagem a ele 
proporcionada. Tomarmos posse desses novos e fascinantes 
conhecimentos é imprenscindível e de fundamental importância 
para uma pedagogia moderna, ativa, contemporânea, que se 
mostre atuante e voltada às exigências do aprendizado em nosso 
mundo globalizado, veloz, complexo e cada vez mais exigente. 
 Conceitos como neurônios, sinapses, sistemas atencionais 
(que viabilizam o gerenciamento da aprendizagem), mecanismos 
mnemônicos (fundamentais para o entendimento da 
consolidação das memórias), neurônios espelho, que possibilitam 
a espécie humana progressos na comunicação, compreensão e 
no aprendizado e plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento 
de que o cérebro continua a desenvolver-se, a aprender e a 
mudar não mais estarão sendo discutidos apenas por 
neurocientistas, como até então imaginávamos. Estarão agora, 
na verdade, em sala de aula, no dia a dia do educador, pois uma 
nova visão de aprendizagem está a se delinear. O fracasso e 
insucesso escolar têm hoje um novo olhar, já que uma nova e 
fascinante gama de informações e conhecimentos está á 
disposição do educador moderno. 
 Graças a neurociência da aprendizagem, os transtornos 
comportamentais e da aprendizagem passaram a ser mais 
facilmente compreendidos pelos educadores uma vez que 
proporciona mais subsídios para a elaboração de estratégias 
mais adequadas a cada caso. Um professor qualificado e 
capacitado, um método de ensino adequado e uma família 
facilitadora dessa aprendizagem são fatores fundamentais para 
que todo esse conhecimento que a neurociências nos 
viabiliza seja efetivo, interagindo com as características do 
cérebro de nosso aluno. Esta nova base de conhecimentos 
habilita o educador a ampliar ainda mais as suas atividades 
educacionais, abrindo uma nova estrada no campo do 
aprendizado e da transmissão do saber. 
 
Retirado do site: 
www.ceitec.com.br/artigos/pagina-tres.html 
 
http://www.ceitec.com.br/artigos/pagina-tres.html

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