Buscar

4-FERASDOENEM-FOTOSSINTESE

Prévia do material em texto

FOTOSSÍNTESE
2
Prof. Paulo Jubilut
Sua meta é passar no ENEM? Saiba que um bom 
planejamento pode ser o grande diferencial para sua 
aprovação no curso dos sonhos, seja ele Medicina, 
Direito, Arquitetura ou qualquer outro curso. E nada 
melhor do que iniciar o semestre fazendo tudo de 
maneira organizada, não é mesmo?
Mas como fazer isso? O segredo é estudar 
incansavelmente dia e noite à base de café, e só 
parar para ir ao banheiro, comer e dormir? Jamais! 
Para ter bons resultados você deve equilibrar seus 
estudos e seu bem estar físico e psicológico além, 
é claro, de aprender como estudar de maneira mais 
eficiente. 
Para você detonar, nós do Biologia Total preparamos 
a semana FERAS DO ENEM com dicas valiosas! 
www.biologiatotal.com.br 3
Estrutura do Cloroplasto
CLOROPLASTO E FOTOSSÍNTESE
CLOROPLASTOS
Os cloroplastos são um tipo de cromoplastos 
que contém pigmento chamado clorofila, que 
são capazes de absorver a energia luminosa e a 
converter em energia química, por um processo 
chamado fotossíntese. 
Eles são delimitados externamente por duas 
membranas lipoproteicas; em seu interior há 
um complexo membranoso formado por bolsas 
discoidais achatadas e empilhadas, os tilacoides, 
onde se localizam as móleculas do pigmento.
As moléculas de clorofila dispõem-se de modo 
muito bem organizado nas membranas do 
tilacoide, formando os chamados complexos de 
antena, altamente eficientes na captação de energia 
luminosa.
A membrana do tilacoide apresenta inúmeras dobras, 
formando tubos e bolsas achatadas, que geralmente 
se organizam em conjuntos de pilhas chamadas de 
grana. As cavidades internas dos grana estão em 
comunicação direta, constituindo um compartimento 
único, o lúmen do tilacoide. O espaço interno dos 
cloroplastos é preenchido por um fluido denominado 
estroma. Esta solução aquosa contém DNA, RNA, 
ribossomos e várias enzimas.
4 FOTOSSÍNTESE
FOTOSSÍNTESE
O Sol é a fonte de toda energia da biosfera. A 
fotossíntese é o processo pelo qual a energia 
luminosa é captada e convertida em energia 
química.
A fotossíntese pode ser realizada tanto por 
organismos procariontes, como por eucariontes. 
Mais da metade de toda a fotossíntese da biosfera 
ocorre nos seres unicelulares, particularmente nas 
algas, que formam o fitoplâncton.
Todos os seres fotossintetizantes, exceto algumas 
bactérias, utilizam a água como fonte de hidrogênio 
para produção de glicose. A equação geral para o 
processo é:
Experiência com planta aquática e isótopo radioativo. 
Com base no experimento acima, sabendo da origem do 
gás oxigênio a partir da molécula de água. 
PIGMENTOS FOTOSSINTETIZANTES
Os pigmentos são substâncias que absorvem luz. A 
cor de um pigmento depende das faixas do espectro 
da luz visível que ele absorve ou reflete. A clorofila 
é verde; além das clorofilas, os carotenoides são 
pigmentos que absorvem luz em comprimentos 
de onda diferentes da clorofila. Estes pigmentos 
transferem energia luminosa para a clorofila. 
Além da clorofila e dos carotenoides, outros 
pigmentos podem também participar do processo 
de fotossíntese, como a xantofila (amarelo), a 
eritrofila (vermelho) e outros.
Esta equação indica que o organismo 
fotossintetizante utiliza o CO2 (gás carbônico) e 
a H2O (água), absorve energia luminosa por meio 
da clorofila (pigmento fotossintetizante) e produz 
glicose (açúcar) e O2 (gás oxigênio).
Na fotossíntese dos vegetais e das algas, a água 
(H2O) é a fonte de hidrogênio e do gás oxigênio; e 
na fotossíntese das bactérias, a fonte de hidrogênio 
é o H2S (gás sulfídrico), mas neste caso não ocorre 
liberação de oxigênio, e sim de sulfeto (S2), por isso 
essas bactérias são chamadas de sulfobactérias. 
Experimentos utilizando água (H2O) e gás 
carbônico (CO2), marcados com oxigênio isótopo 
18 demonstram que a origem do gás oxigênio é a 
molécula de água e não o gás carbônico (CO2).
A LUZ
Desde os primórdios da humanidade especula-
se sobre o que é a luz. No livro do Gênesis 1:3, 
podemos ler “Dixitque Deus fiat lux, et facta lux 
est.” A luz teria sido a primeira obra de Deus, 
segundo a bíblia. Mas além dos relatos bíblicos, 
muitos outros povos e culturas tentaram explicar 
a luz, muitas vezes recorrendo a divindades e 
misticismos. Nos trabalhos dos filósofos gregos não 
faltaram especulações sobre a luz. Para eles a luz 
seria formada por pequenas partículas que eram 
emitidas pelos olhos e atingiam o objeto.
No entanto, somente no século XVII é que surgiram 
as primeiras teorias consistentes sobre a natureza 
da luz, são elas:
Teoria ondulatória – defendida por Christiaan 
Huygens (1629 – 1695), a luz deveria ser uma 
onda que se propagava no éter como o som 
se propagava nos meios materiais. Explicava a 
www.biologiatotal.com.br 5
reflexão e a refração, mas também era satisfatória 
para explicar outros fenômenos ondulatórios que 
aconteciam também com a luz, como a difração 
e a interferência, por exemplo. Tinha dificuldade 
em explicar como a luz se propaga no vácuo.
Teoria corpuscular – Influenciado pelo 
trabalho desenvolvido pelos gregos, o físico 
inglês Isaac Newton (1642 – 1727) formulou 
um modelo para explicar a natureza da luz, na 
qual a luz seria formada por pequenas esferas 
muito velozes e que colidiam com os corpos 
em colisões elásticas. Assim ele explicava a 
reflexão a refração e até o aquecimento dos 
corpos por transferência de energia cinética das 
tais partículas. Tinha dificuldade em explicar 
a difração e a interferência e a explicação da 
refração se mostrou errada.
Hoje em dia a teoria predominante sobre a 
natureza da luz é dualidade onda-partícula – 
defendida por pesos pesados como Albert Einstein, 
de Bröglie e Planck, entre outros – onde a luz 
tem natureza dual, se comportando como onda 
em fenômenos ondulatórios (reflexão, refração, 
difração, interferência, efeito Doppler, polarização), 
e também como partícula no efeito fotoelétrico, 
espalhamento Compton e pressão da luz, por 
exemplo.
A parte da física conhecida como óptica geométrica, 
trata a luz como uma onda eletromagnética, 
transversal e tridimensional. Desta forma, 
analisamos a luz sob o ponto de vista do modelo 
ondulatório. Assim, a equação fundamental das 
ondas v = λ . f ao ser usada pra luz, nos oferece a 
seguinte relação:
Quanto maior a frequência da luz, menor seu 
comprimento de onda
 
E quanto maior a frequência, maior a energia do 
fóton associado àquela luz (Planck).
E = h . f
Para a fotossíntese, temos que a parte vermelha 
do espectro (ROY) possui menor frequência, maior 
comprimento de onda e menor energia. Já a parte 
azul do espectro (BIV) possui maior frequência, 
menor comprimento de onda e maior energia. 
Quanto ao verde (G), sua participação é mínima 
nos processos fotossintéticos.
As clorofilas “a” e “b” apresentam espectros diferentes da 
absorção de luz, sendo a absorção maior nas faixas do 
violeta-azul e alaranjado-vermelho e menor na faixa do verde.
O Espectro de Absoção de Luz pela Clorofila
6 FOTOSSÍNTESE
CLASSIFICAÇÃO DE PROCESSOS ÓPTICOS
1)Produção de luz
Os processos de produção de luz consistem 
basicamente em transformar outras formas de 
energia em energia luminosa, como por exemplo: 
o filamento de tungstênio de uma lâmpada 
incandescente que transforma energia elétrica 
em energia luminosa; no Sol, parte da energia 
nuclear é transformada em energia luminosa; 
em pulseiras de ‘neon’ a energia química é 
transformada em luminosa. Processos como estes 
caracterizam as fontes primárias de luz.
2) Reflexão da luz 
Existem outros sistemas que devolvem grande 
parte ou toda a energia luminosa que neles incide e 
são denominados sistemas refletores. São espelhos 
de diversos formatos, telas de projeção, objetos 
visíveis em geral (quanto mais claros, mais refletem 
a luz).
Fontes secundárias de luz são os chamados corpos 
iluminados, não emitem luz própria, mas refletem a 
luz proveniente de outra(s) fonte(s).
3) Refração da luz 
Outras coisas, como o ar, os líquidos e vidrostransparentes, os cristais, entre tantas outras, que 
permitem a passagem da maior parte da luz que 
incide sobre elas. São considerados refratores de 
luz.
4) Absorção da luz 
Finalmente temos aqueles 
processos onde a energia 
luminosa é transformada em 
outras formas de energia, 
como energia química no 
caso da fotossíntese, por 
exemplo, ou energia térmica 
no aquecimento de uma 
superfície escura exposta à luz 
solar.
COMO ENERGIA LUMINOSA E MECÂNICA SÃO 
TRANSFORMADAS EM ENERGIA QUÍMICA?
Energia
A palavra energia vem do grego ενέργεια, (en = 
para dentro e ergo = trabalho). 
Apesar de significar literalmente uma afirmação 
para o trabalho, não há uma definição ou conceito 
específico de energia.
Então, mesmo não sabendo um conceito para 
energia, sabemos exatamente como ela se 
comporta. A energia é uma ‘quantidade’ que se 
conserva nas transformações.
Fontes de energia
As principais fontes de energia que movem o 
mundo moderno que são a energia eólica, energia 
hídrica, energia das ondas e marés, energia 
térmica proveniente da queima de combustíveis 
fósseis e obviamente a energia obtida através de 
painéis solares tem origem em transformações 
de energia solar e na maioria dos casos é 
transformada em energia elétrica, pela sua 
versatilidade e facilidade de distribuição ou em 
energia térmica nos motores a explosão.
A energia que obtemos dos nossos alimentos 
também se originam de transformações de 
energia solar em energia química que é feita pelos 
autótrofos nos processos fotossintéticos.
Transformação de energia luminosa em 
energia química - fotossíntese
www.biologiatotal.com.br 7
Do ponto de vista da física, a fotossíntese nada mais 
é do que uma série de transformações da energia 
luminosa proveniente do sol em energia química, 
nas quais os seres autotróficos conseguem sintetizar 
moléculas energéticas, tais como a glicose, a partir 
de moléculas pouco energéticas, como a água e o 
gás carbônico.
Transformação de energia química em energia 
térmica e mecânica - combustão
O que o motor de um carro tem em comum com os 
músculos de um animal? 
Tanto os músculos dos animais (nos quais estamos 
incluídos) quanto os motores produzem movimento 
a partir de uma reação química conhecida por 
combustão que nada mais é do que uma reação 
química de moléculas orgânicas energéticas – 
oriundas da fotossíntese – e oxigênio com grande 
liberação de energia que é parcialmente aproveitada 
tanto pelos motores quanto pelos seres vivos.
Lembre-se: não é possível um rendimento de 100%.
A queima dentro de um motor ocorre dentro dos 
cilindros, no motor. Nos músculos, ocorre um 
processo semelhante, porém mais lento e com 
várias etapas, no qual os açúcares provenientes 
da digestão dos alimentos fazem o papel de 
combustível e ocorre em estruturas celulares 
conhecidas como mitocôndrias.
Poderíamos resumir essas reações químicas da 
seguinte forma:
COMBUSTÍVEL + OXIGÊNIO = 
GÁS CARBÔNICO + ÁGUA 
Podemos dizer que está havendo uma transformação 
de energia química em energia de movimento, que 
na Física é chamada de energia cinética. Em um 
motor de carro, a energia química do combustível 
é convertida em energia térmica, ou seja, em calor, 
durante a explosão do combustível. Essa energia 
térmica liberada faz com que o ar superaquecido 
dentro do cilindro do motor do carro empurre o 
FASES DA FOTOSSÍNTESE 
FASE CLARA 
A etapa fotoquímica também é chamada de fase 
clara da fotossíntese, uma vez que dependente da 
luz para que as reações ocorram. Nesta etapa, as 
moléculas de clorofila, iluminadas, perdem elétrons, 
pois estes absorvem a energia luminosa do sol. O 
destino dos elétrons perdidos e a ocupação dos 
“vazios” nas moléculas de clorofila obedecem a 
dois mecanismos:
A. Fotofosforilação Cíclica
No chamado sistema de pigmento I, predomina a 
clorofila a. Esta, ao ser iluminada, perde um par 
de elétrons excitados (ricos em energia). O par 
de elétrons é recolhido por um aceptor, passando 
depois por uma cadeia de citocromos. Durante 
a passagem por esta cadeia, os elétrons perdem 
energia, que é usada para formar duas moléculas 
de ATP. Após a passagem pelos citocromos, o par 
de elétrons retorna à clorofila, ocupando o “vazio” 
que havia sido deixado.
B. Fotofosforilação Acíclica
Este processo utiliza o sistema de pigmento I, com 
predomínio da clorofila a, e o sistema de pigmento 
II, com predomínio da clorofila b.
A clorofila a, iluminada, perde um par de elétrons 
ativados, recolhidos por um receptor, a ferredoxina. 
Ao mesmo tempo, a clorofila b, iluminada, perde 
um par de elétrons que, após percorrer uma outra 
cadeia de citocromos, ocupa o “vazio” deixado na 
molécula da clorofila a. Durante a passagem dos 
elétrons pela cadeia de citocromos, duas moléculas 
de ATP são produzidas.
Dos produtos da fotólise da água, os elétrons irão 
ocupar o “vazio” na molécula da clorofila b, os 
prótons H+ são recolhidos pela ferredoxina, que irá 
reduzir o NADP a NADPH2, enquanto o oxigênio 
molecular é liberado.
pistão do motor, produzindo movimento, ou seja, 
energia cinética.
8 FOTOSSÍNTESE
Resumindo, na etapa fotoquímica da fotossíntese, ocorrem os seguintes eventos:
a. A energia luminosa captada pela clorofila é transferida para aceptores de elétrons.
b. Quebra da molécula de água com a energia luminosa absorvida pela clorofila (fotólise).
c. Liberação do O2 para a atmosfera proveniente da molécula de água.
d. Captura dos H+ liberados na fotólise da molécula de água e formação de NADPH2.
e. A energia liberada é convertida em energia química e fica armazenada nas moléculas de ATP.
 Esquema da Fotofosforilação Cíclica
Representação das reações na fase 
clara e escura da fotossíntese.
FASE ESCURA
A etapa química também é conhecida por fase 
escura da fotossíntese, pois não é dependente da 
energia da luz. A energia necessária às reações de 
escuro provém das moléculas de ATP produzidas 
na fase de claro e do hidrogênio recolhidos pelo 
NADPH2. Pode, é claro, ocorrer na presença 
da luz. A energia assimilada na fase clara é 
empregada para incorporar átomos de carbono em 
moléculas orgânicas (como a glicose), produzindo 
substâncias mais apropriadas para o consumo, o 
armazenamento e o transporte.
A incorporação do carbono ocorre em uma 
sequência cíclica de reações, o ciclo de Calvin ou 
ciclo das pentoses. As reações da fase escura se 
processam no estroma dos cloroplastos.
Ao longo da evolução dos vegetais terrestres, 
surgiram 3 comportamentos diferentes que os 
mesmos apresentaram em relação ao modo de 
www.biologiatotal.com.br 9
Corte transversais de uma folha da planta C3 e de uma C4.
fixação de carbono e à perda de água, um recurso 
importantíssimo. Esses 3 tipos de vegetais são 
chamados de C3, C4 e CAM.
PLANTAS C3
As plantas C3 recebem este nome por conta do 
ácido 3-fosfoglicérico formado após a fixação das 
moléculas de CO2. Estes vegetais compreendem 
a maioria das espécies terrestres, ocorrendo 
principalmente em regiões tropicais úmidas.
As taxas de fotossíntese das plantas C3 são 
elevadas à todo o momento, tendo em vista 
que a planta atinge as taxas máximas de 
fotossíntese (TMF) em intensidades de radiação 
solar relativamente baixas. É por isso que são 
consideradas espécies esbanjadoras de água. Ainda 
assim, este grupo vegetal é altamente produtivo, 
contribuindo significativamente para o equilíbrio 
da biodiversidade terrestre.
PLANTAS C4
As plantas C4 possuem grande afinidade com o 
CO2. Elas recebem este nome devido ao fato do 
ácido oxalacético possuir 4 moléculas de carbono, 
formado após o processo de fixação de carbono.
Devido à alta afinidade com o CO2, as plantas C4 
apresentam uma grande vantagem em relação às 
plantas C3: elas podem sobreviver em ambientes 
áridos. Isto se dá porque as plantas C4 só atingem 
as taxas máximas de fotossíntese sob elevadas 
intensidades de radiação solar, fazendo com que 
fixem mais CO2 por unidade de água perdida. Ou 
seja, elas são mais econômicas quanto ao uso da 
água, elasperdem menos água que as C3 durante 
a fixação e a fotossíntese.
As plantas C4 são também conhecidas como 
“plantas de sol” por ocorrerem em áreas muitas 
vezes sem sombra alguma. Elas também ocorrem 
em áreas áridas com menores quantidades de água 
disponível nos solos. 
PLANTAS CAM
As plantas CAM são ainda mais econômicas quanto 
ao uso da água do que as plantas C4. Elas ocorrem 
em áreas desérticas ou intensivamente secas. A 
abertura dos estômatos (estruturas que controlam 
a entrada e saída de gases nas plantas) durante a 
noite, evitam a grande perda de água, ao mesmo 
tempo em que o CO2 é fixado, por meio do ácido 
málico. Durante o dia, os estômatos se fecham (não 
há grande perda de água) e o CO2 fixado é então 
utilizado na realização da fotossíntese sob elevadas 
intensidades de radiação solar. São também 
“plantas de sol”, assim como as C4.
FATORES LIMITANTES DA 
FOTOSSÍNTESE
A intensidade com a qual uma célula executa a 
fotossíntese pode ser avaliada por certos parâmetros 
que, variando, fazem variar a intensidade do 
processo. São os fatores limitantes da fotossíntese. 
O “princípio de Blackman” afirma que “quando 
um processo metabólico é influenciado por vários 
fatores, que atuam isoladamente, a velocidade 
do processo é limitada pelo fator de menor 
intensidade”.
A. FATORES LIMITANTES INTERNOS – DIZEM 
RESPEITO À ESTRUTURA DA PLANTA:
10 FOTOSSÍNTESE
1) Disponibilidade de pigmentos 
fotossintetizantes: como a clorofila é a 
responsável pela captação da energia luminosa, a 
sua falta restringe a intensidade da fotossíntese.
2) Disponibilidade de enzimas e de cofatores: 
todas as reações fotossintéticas envolvem 
a participação de enzimas ou de cofatores 
transportadores de elétrons, que devem existir em 
quantidade suficiente.
3) Os cloroplastos: são as organelas onde 
ocorrem as reações da fotossíntese. Quanto maior 
o número de cloroplastos, maior a eficiência do 
processo.
B. FATORES LIMITANTES EXTERNOS – DIZEM 
RESPEITO ÀS CONDIÇÕES DO AMBIENTE:
1) Concentração de CO2 no ar: o dióxido 
de carbono é o substrato da etapa química da 
fotossíntese. Conforme aumenta a quantidade de 
gás carbônico disponível, aumenta a velocidade 
das reações. A elevação não é ilimitada, pois 
quando todo o sistema enzimático existente já tiver 
substrato (CO2) suficiente para agir, a concentração 
de CO2 deixa de ser fator limitante.
2) Temperatura: na etapa química, todas as 
reações são catalisadas por enzimas, e estas têm 
sua atividade influenciada pela temperatura. 
Em temperaturas elevadas, começa a ocorrer 
desnaturação enzimática e perda de atividade. 
Existe, portanto, uma temperatura ótima para o 
processo fotossintético, que não é a mesma para 
todos os vegetais.
3) Intensidade luminosa: uma planta no escuro 
não realiza fotossíntese. Aumentando a intensidade 
luminosa, a intensidade da fotossíntese aumenta 
até certo ponto. A intensidade luminosa deixa de 
ser o fator limitante quando a planta não tem como 
captar quantidade maior de luz. É o chamado ponto 
de saturação luminosa.
4) Comprimento de onda: nota-se excelente 
atividade fotossintética nas faixas do azul e do 
vermelho, e a pouca atividade na faixa do verde.
Quando estudamos os fatores limitantes da 
fotossíntese, fazendo a análise individual de como 
cada um deles interfere no processo, deixamos os 
outros em condições ideais.
C. PONTO DE COMPENSAÇÃO FÓTICO
As células vegetais, assim como a enorme maioria das 
células vivas, realizam a respiração aeróbica, processo 
que absorve O2 e elimina CO2. A intensidade desse 
processo não é influenciada pela luz, e a célula o 
realiza tanto no claro como no escuro.
Já a intensidade da fotossíntese é influenciada pela 
luz. Com respeito às trocas gasosas, a fotossíntese 
tem papel inverso ao da respiração, pois absorve 
CO2 e elimina O2.
Desta forma, o Ponto de Compensação Fótico 
corresponde a intensidade luminosa onde a taxa 
respiratória tem a mesma intensidade da taxa 
fotossintética, ou seja, todo o oxigênio liberado na 
fotossíntese é consumido na respiração e todo gás 
carbônico liberado na respiração é consumido na 
fotossíntese. Neste ponto, o saldo energético da 
planta é igual a zero.
O gráfico abaixo ilustra o que foi dito:
Situação A: sob baixa luminosidade, a intensidade 
da fotossíntese é pequena, de tal forma que a 
intensidade da respiração é superior a ela. Nessa 
situação, a planta absorve O2 e elimina CO2 para o 
meio ambiente.
www.biologiatotal.com.br 11
Existem dois momentos do dia em que a linha da 
fotossíntese coincide com a linha da respiração. 
Nestes horários, a quantidade de glicose produzida 
na fotossíntese é a mesma consumida na respiração, 
sendo assim também para o oxigênio e para o gás 
carbônico.
Estes dois momentos acontecem durante a 
madrugada e ao entardecer. Para que uma planta 
se mantenha viva, há necessidade da linha 
fotossintética estar acima da linha respiratória. 
Desse modo, a planta produz mais açúcar do que 
consome, tendo, portanto o alimento para os 
horários em que não há luz.
ANOTAÇÕES
Situação B: corresponde à intensidade luminosa 
na qual a intensidade da fotossíntese é exatamente 
igual à da respiração celular. Portanto, o oxigênio 
liberado pela fotossíntese é consumido na 
respiração celular, e o CO2 liberado na respiração 
celular é consumido na fotossíntese. Portanto, 
as trocas gasosas entre a planta e o ambiente 
são nulas. Esta intensidade luminosa é chamada 
Ponto de Compensação Luminoso ou Ponto de 
Compensação Fótico.
Situação C: sob intensa luminosidade, a 
fotossíntese predomina sobre a respiração. Assim, 
a planta absorve CO2 e elimina O2 para o ambiente. 
Como a produção de compostos orgânicos é 
superior ao consumo, nesta situação a planta 
cresce e incorpora matéria orgânica.
12 FOTOSSÍNTESE
EXERCÍCIOS
1. (ENEM 2015) A indústria têxtil utiliza grande quantidade 
de corantes no processo de tingimento dos tecidos. O 
escurecimento das águas dos rios causado pelo despejo 
desses corantes pode desencadear uma série de problemas 
no ecossistema aquático.
Considerando esse escurecimento das águas, o impacto 
negativo inicial que ocorre é o(a) 
a) eutrofização. 
b) proliferação de algas. 
c) inibição da fotossíntese. 
d) fotodegradação da matéria orgânica. 
e) aumento da quantidade de gases dissolvidos. 
 
2. (ENEM 2014) Os corais funcionam como termômetros, 
capazes de indicar, mudando de coloração, pequenas 
alterações na temperatura da água dos oceanos. Mas, 
um alerta, eles estão ficando brancos. O seu clareamento 
progressivo acontece pela perda de minúsculas algas, 
chamadas zooxantelas, que vivem dentro de seus tecidos, 
numa relação de mutualismo. 
Disponível em: http://super.abril.com.br. 
Acesso em: 6 dez 2012 (adaptado). 
O desequilíbrio dessa relação faz com que os pólipos que 
formam os corais tenham dificuldade em 
a) produzir o próprio alimento. 
b) obter compostos nitrogenados. 
c) realizar a reprodução sexuada. 
d) absorver o oxigênio dissolvido na água. 
e) adquirir nutrientes derivados da fotossíntese. 
 
3. (ENEM 2011) Certas espécies de algas são capazes de 
absorver rapidamente compostos inorgânicos presentes 
na água, acumulando-os durante seu crescimento. 
Essa capacidade fez com que se pensasse em usá-las 
como biofiltros para a limpeza de ambientes aquáticos 
contaminados, removendo, por exemplo, nitrogênio e fósforo 
de resíduos orgânicos e metais pesados provenientes de 
rejeitos industriais lançados nas águas. Na técnica do cultivo 
integrado, animais e algas crescem de forma associada, 
promovendo um maior equilíbrio ecológico.
SORIANO, E. M. Filtros vivos para limpar a água. 
Revista Ciência Hoje. V. 37, n° 219, 2005 (adaptado).
A utilização da técnica do cultivo integrado de animais e 
algas representa uma proposta favorável a um ecossistema 
mais equilibrado porque 
a) os animais eliminam metais pesados, que são usados 
pelas algas para a síntese de biomassa. 
b) os animais fornecem excretas orgânicos nitrogenados,que são transformados em gás carbônico pelas algas. 
c) as algas usam os resíduos nitrogenados liberados pelos 
animais e eliminam gás carbônico na fotossíntese, usado 
na respiração aeróbica. 
d) as algas usam os resíduos nitrogenados provenientes 
do metabolismo dos animais e, durante a síntese de 
compostos orgânicos, liberam oxigênio para o ambiente. 
e) as algas aproveitam os resíduos do metabolismo 
dos animais e, durante a quimiossíntese de compostos 
orgânicos, liberam oxigênio para o ambiente. 
 
4. (ENEM 2010) Um molusco, que vive no litoral oeste dos 
EUA, pode redefinir tudo o que se sabe sobre a divisão entre 
animais e vegetais. Isso porque o molusco (Elysia chlorotica) 
é um híbrido de bicho com planta. Cientistas americanos 
descobriram que o molusco conseguiu incorporar um gene 
das algas e, por isso, desenvolveu a capacidade de fazer 
fotossíntese. É o primeiro animal a se “alimentar” apenas de 
luz e CO2, como as plantas.
GARATONI, B. Superinteressante. 
Edição 276, mar. 2010 (adaptado).
A capacidade de o molusco fazer fotossíntese deve estar 
associada ao fato de o gene incorporado permitir que ele 
passe a sintetizar 
a) clorofila, que utiliza a energia do carbono para produzir 
glicose. 
b) citocromo, que utiliza a energia da água para formar 
oxigênio. 
c) clorofila, que doa elétrons para converter gás carbônico 
em oxigênio. 
d) citocromo, que doa elétrons da energia luminosa para 
produzir glicose. 
e) clorofila, que transfere a energia da luz para compostos 
orgânicos. 
 
5. (ENEM 2009) A fotossíntese é importante para a vida na 
Terra. Nos cloroplastos dos organismos fotossintetizantes, a 
energia solar é convertida em energia química que, juntamente 
com água e gás carbônico (CO2), é utilizada para a síntese de 
compostos orgânicos (carboidratos). A fotossíntese é o único 
processo de importância biológica capaz de realizar essa 
conversão. Todos os organismos, incluindo os produtores, 
aproveitam a energia armazenada nos carboidratos para 
impulsionar os processos celulares, liberando CO2 para a 
atmosfera e água para a célula por meio da respiração 
www.biologiatotal.com.br 13
celular. Além disso, grande fração dos recursos energéticos 
do planeta, produzidos tanto no presente (biomassa) como 
em tempos remotos (combustível fóssil), é resultante da 
atividade fotossintética.
As informações sobre obtenção e transformação dos recursos 
naturais por meio dos processos vitais de fotossíntese e 
respiração, descritas no texto, permitem concluir que 
a) o CO2 e a água são moléculas de alto teor energético. 
b) os carboidratos convertem energia solar em energia 
química. 
c) a vida na Terra depende, em última análise, da energia 
proveniente do Sol. 
d) o processo respiratório é responsável pela retirada de 
carbono da atmosfera. 
e) a produção de biomassa e de combustível fóssil, por si, 
é responsável pelo aumento de CO2 atmosférico.
 
 
ANOTAÇÕES
14 FOTOSSÍNTESE
ANOTAÇÕES
GABARITO DJOW
1: [C]
O escurecimento da água impede a passagem de luz. 
Consequentemente, ocorrerá a queda da taxa fotossintética 
dos organismos autótrofos que nela vivem. 
2: [E]
As algas zooxantelas são autótrofas e fornecem aos pólipos 
dos corais nutrientes derivados da fotossíntese. 
3: [D]
As algas utilizam os resíduos nitrogenados eliminados pelos 
animais para a produção de matéria orgânica durante a 
fotossíntese. O excesso de oxigênio liberado nesse processo é 
liberado para o meio ambiente. 
4: [E]
Os organismos clorofilados realizam a fotossíntese que 
consiste na transformação da energia luminosa em energia 
química na forma de compostos orgânicos. 
5: [C]
Como todos os seres vivos obtêm, direta ou indiretamente, 
energia do Sol, a vida na Terra depende, em última análise, 
dessa energia proveniente do Sol
www.biologiatotal.com.br 15
contato@biologiatotal.com.br
/biologiajubilut
Biologia Total com Prof. Jubilut
@paulojubilut
@Prof_jubilut
biologiajubilut

Continue navegando