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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
CURSO DE DIREITO
JOÃO FRANCISCO DE SOUZA NETO
 ANA JÚLIA ALENCAR RODRIGUES
EDNO PAULA RIBEIRO
GUILHERME FERNANDES SERRANO
PATRÍCIA DE O.F.C.L.R BORGES
WANESSA FERNANDES DA SILVA
EFICÁCIA NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
SOBERANIA
De acordo com Jean Bodin (1530-1596), soberania refere-se à entidade que não conhece superior na ordem externa nem igual na ordem interna. Nas estritas palavras do renascentista francês, "a soberania é o poder absoluto e perpétuo de um Estado-Nação".
Esse conceito se relaciona com a autoridade suprema, geralmente no âmbito de um país. É o direito exclusivo de uma autoridade suprema sobre um grupo de pessoas — em regra, uma nação. Há casos em que essa soberania é atribuída a um indivíduo, como na monarquia absolutista, na qual o líder é chamado genericamente de soberano ou se atribui a algum Deus, como no caso do Daesh. 
Entende-se por soberania a qualidade máxima de poder social por meio da qual as normas e decisões elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos sociais intermediários, tais como família, escola, empresa e religião. Nesse sentido, no âmbito interno, a soberania estatal traduz a superioridade de suas diretrizes na organização da vida comunitária. No âmbito externo, a soberania traduz, por sua vez, a ideia de igualdade de todos os Estados na comunidade internacional, associada à independência nacional.
A soberania se manifesta, principalmente, pela constituição de um sistema de normas jurídicas capaz de estabelecer as pautas fundamentais do comportamento humano dentro de uma territorialidade.
O conceito de "soberania" foi teorizado por Bodin no primeiro livro de sua obra Os seis livros da República (1576), no qual sustentava a seguinte tese: a monarquia francesa é de origem hereditária; o rei não está sujeito a condições postas pelo povo; todo o poder do Estado pertence ao Rei e não pode ser partilhado com mais ninguém (clero, nobreza ou povo).
MEIO AMBIENTE
Tema relevante à seara ambiental-constitucional, a fundamentação da (in)justiça ambiental como mote nas decisões proferidas pelo Judiciário, alcançou significativa importância nos últimos anos, como forma de correção histórica daqueles que estão à margem da sociedade, submetidos à sua própria sorte. Este artigo propõe analisar o acórdão proferido em 21.02. 2013 no julgamento do REsp 1.310.471/SP, de relatoria do Ministro do STJ Herman Benjamin, em que se manteve a condenação da empresa Ajax Acumuladores Ltda (Ajax Baterias) ao pagamento de multa proveniente de infração ambiental, com fundamento na responsabilidade civil solidária e no princípio in dubio pro salute. Perseguindo esse objetivo, observa-se de enceto os delineamentos do caso envolvido no julgado, orientado pelo relatório exposto pelo relator do acordão. O estudo prossegue com a evolução histórica das normas relacionadas ao meio ambiente, até o meio ambiente ecologicamente equilibrado ser alçado ao patamar de direito fundamental, como preceitua a Constituição Federal de 1988. O próximo passo refere-se à análise dos fundamentos da decisão, estabelecendo como a inação do Estado na implantação de políticas públicas inclusivas e a inadequada fiscalização ambiental, podem provocar a segregação social pela poluição, com anotações aos conceitos da sociedade de risco, injustiça ambiental e responsabilidade civil solidária pelo dano ecológico. O escopo é estabelecer como a injustiça ambiental, marco teórico deste estudo, promove a segregação social pela poluição e como o Poder Judiciário na execução de suas atividades precípuas pode contribuir na reparação dessa injustiça, para, prontamente, tecer as considerações finais Justifica-se esse estudo em razão da conjugação da luta pela igualdade social com a questão da degradação (socio)ambiental, centro de debates nas sociedades contemporâneas. Buscou-se compreender a abordagem pelo método dedutivo, pois, parte-se da narrativa textual histórica da proteção ambiental no Brasil como elemento amplo, percorrendo a ineficiência do próprio Estado em afiançar essa proteção através de políticas públicas estruturantes, para, gradativamente, estreitar na problemática central da pesquisa, qual seja, a injustiça ambiental e a função judiciária corretiva. Para tanto, a investigação consolidou-se na análise de doutrinas e artigos relacionados ao tema. Espera-se com este estudo estimular a reflexão sobre como reparações por danos causados ao meio ambiente podem, de alguma forma, minimizar a profunda desigualdade e miséria social no Brasil.
COSMOPOLITISMO
O cosmopolitismo é a ideia ocidental de que todas as pessoas, independente de quaisquer afiliações ou cidadania, devem ser tratadas com igual respeito. Em outras palavras, o cosmopolitismo acredita no mundo como uma aldeia global em que todos possuem os mesmo direitos, destacados de sua nacionalidade.
É o conceito de pertencimento sem fronteiras. Assim, haveria uma forma de sintonia natural entre um cidadão nascido em Nova Iorque e outro nascido no Cairo. As pessoas que acreditam e seguem esta ideia são chamadas de cosmopolitas ou cosmopolitanas.
A origem da palavra cosmopolita está no idioma grego, no qual aparece como “kosmopolit”, ou seja, cidadão do mundo. A difusão deste conceito ampliou-se em conjunto com o termo globalização. Seriam as práticas políticas, a cultura, as acepções morais e a economia compartilhadas em uniformidade ao redor do mundo.
O conceito é bastante discutido no campo da política. Embora seu significado indique uma união entre todas as culturas, existe uma crítica em relação a sua efetividade. De acordo com alguns cientistas políticos, o cosmopolitismo generaliza a maneira de viver e as características diferentes de todas as nações. O objetivo disso seria servir ao interesse das decisões econômicas dos grandes centros metropolitanos capitalistas. Entre outros aspectos, o cosmopolitismo pode ser utilizado como forma de negar a existência de formas locais de políticas e suas peculiaridades.
NACIONALISMO
São vários os movimentos dentro do espectro político-ideológico que se apropriam do nacionalismo, ora, como elemento programático, ora como forma de propaganda. Nomeadamente, nos finais do século XIX, em Portugal contra o iberismo. Já durante o século XX, o nacionalismo permeou movimentos radicais como o fascismo, o nacional-socialismo na Alemanha, o saudosismo e o integralismo no Brasil e em Portugal, especialmente durante o Estado Novo no Brasil e Estado Novo em Portugal.
O nacionalismo é uma ideologia que se pode dizer moderna com antecedentes antigos, com uma definição maior das fronteiras das nações em países: surgiu numa Europa pré-moderna e pós-medieval, a partir da superação da produção e consumo feudais pelo mercado capitalista, com a submissão dos feudos aos estados modernos (ainda absolutistas ou já liberais), com as reformas religiosas protestantes e a contrarreforma católica — fatos históricos estes que permitiram, ou até mais, que produziram o surgimento de culturas diferenciadas por toda a Europa, culturas que, antes, eram conformadas, deformadas e formatadas pelo cristianismo católico, com o apoio da nobreza feudal.
Surgiu como uma ideologia da Revolução Francesa, pois ajudou a convocar soldados mais leais e baratos do que os mercenários[8] e foi contrária ao domínio imperialista político-cultural do cristianismo católico que se apoiava nos nobres feudais e ajudava a sustentar a superada, limitada e limitante economia feudal, mas também como uma ideologia burguesa, pois as massas camponesas e o pequeno proletariado que também surgia passavam do domínio da nobreza feudal para o da burguesia industrial — e a ideologia dominante em uma sociedade é a ideologia das classes dominantes.
Após a definitiva vitória político-cultural dos burgueses sobre a nobreza feudal — a qual foi submetida pela destruição ou pela absorção pela cultura e pela política burguesa — foi parcial e progressivamente deixado para trás, comouma ideologia que teria sido importante, mas que já não seria mais do que uma lembrança histórica.
O nacionalismo ressurgiu nas colônias europeias do Novo Mundo, nas Américas, e principalmente na América Latina, antes mesmo do surgimento da ideologia comunista europeia, como um renovado nacionalismo, um "nacionalismo revolucionário" já com alguns elementos socializantes; Simón Bolívar foi o líder maior desse nacionalismo revolucionário latino-americano, ao lado de figuras como Tupac Amaru, San Martín, José Martí[9] e José Artigas.
Ressurgiu na Europa, pouco antes do surgimento da ideologia comunista, como um outro nacionalismo, como um nacionalismo revolucionário socializante, ou até mesmo socialista, e anti-imperialista, contrário ao imperialismo europeu, o qual, além de explorar as colônias americanas, asiáticas e africanas, explorava ainda as nações europeias mais pobres; Giuseppe Mazzini foi o líder maior desse nacionalismo revolucionário na Europa.
O nacionalismo revolucionário europeu, como uma ideologia anti-imperialista, também influenciou o pensamento dos latino-americanos que souberam apreender dos europeus aquilo que fosse interessante e útil, desenvolvendo, no Novo Mundo, uma prática e uma luta anticolonialista, a qual se traduziu na ação e no discurso de homens como Tiradentes, San Martín e Giuseppe Garibaldi.
O nacionalismo revolucionário latino-americano, numa inversão do colonialismo cultural, também influenciou a luta anti-imperialista na Europa: as colônias latino-americanas muito ensinaram às nações mais pobres da Europa. Giuseppe Garibaldi e sua mulher, a brasileira Anita Garibaldi, são considerados revolucionários e heróis tanto no Novo quanto do Velho Mundo — que continuaram (e venceram) a luta antes comandada por Giuseppe Mazzini.
 
QUESTÃO INDIGENA
Na atualidade o Brasil compreende um território ao qual estão localizadas mais de trezentas etnias indígenas, com uma gama sociocultural singular. A questão da presença indígena não é recente, e por isso, fora tratada de diversificadas maneiras ao longo das administrações governamentais desempenhadas pelos não indígenas durante estes cinco séculos. O objetivo deste artigo é refletir sobre as políticas indigenistas adotadas ao longo do processo histórico brasileiro. A metodologia utilizada é descritiva com o procedimento metodológico de revisão de bibliografia. Como resultados constata-se que os indígenas foram fundamentais no processo de colonização, mas que também foram vistos como seres incivilizados aos quais deveriam ser tutelados pelo Estado. Outro desdobramento a observar é que somente com a Constituição Federal de 1988 é reconhecida a presença destes povos e permitido legalmente direitos básicos de viver sob sua ótica cultural tradicional.,
O modo de vida dos habitantes originários do território, que chamamos de Brasil, sofreu significativas transformações com a chegada dos europeus, já que, estes indígenas eram detentores de costumes e estilo de vida bem peculiares, a começar pela terra que na sua cultura, é considerada sagrada, sendo, portanto, um bem comum de todos. O alimento coletado e dividido em igualdade dentro do grupo, perpetuando os costumes fraternais e de socialização. As linguagens, crenças, e rituais eram elementos muito singulares de cada grupo indígena. Desde a colonização até os dias atuais, perduram circunstâncias de desrespeito em relação à cultura e identidade, e em consequência disto, os direitos são constantemente ameaçados.
FORMA DE ESTADOS
O modo de vida dos habitantes originários do território, que chamamos de Brasil, sofreu significativas transformações com a chegada dos europeus, já que, estes indígenas eram detentores de costumes e estilo de vida bem peculiares, a começar pela terra que na sua cultura, é considerada sagrada, sendo, portanto, um bem comum de todos. O alimento coletado e dividido em igualdade dentro do grupo, perpetuando os costumes fraternais e de socialização. As linguagens, crenças, e rituais eram elementos muito singulares de cada grupo indígena. Desde a colonização até os dias atuais, perduram circunstâncias de desrespeito em relação à cultura e identidade, e em consequência disto, os direitos são constantemente ameaçados.
Possui um único centro dotado de capacidade Legislativa, Administrativa, Política e toda e qualquer competência constitucional. Exemplos desse tipo é a França, que constitui a forma típica do Estado propriamente dito, segundo a sua formulação histórica e doutrinária; O poder central é exercido sobre todo o território sem as limitações impostas por outra fonte do poder. Como se pode notar, é a unicidade do poder, seja na estrutura, seja no exercício do mando, o que bem caracteriza esse tipo de Estado.
Características: Possui soberania única; a lei básica é pela constituição; o tipo de direito é interno; a competência é centralizada e secessão é inexistente.
FORMAS DE GOVERNO
As formas de governo dizem respeito ao modo como um determinado governo organiza os poderes e aplica o poder sobre os governados. Nesse sentido, temos uma concepção de que a organização que um determinado governo faz dos elementos estatais é a forma de governar.
Os escritos mais antigos sobre o assunto remontam a Aristóteles, que elaborou, em sua obra intitulada Política, uma classificação das formas básicas de governo de acordo com as experiências políticas vividas na Grécia Antiga. Para Aristóteles, havia seis formas de governo diferentes, sendo três legítimas (monarquia, aristocracia e democracia) e três ilegítimas, que eram degenerações das formas legítimas (tirania, oligarquia e demagogia).
Na modernidade, temos duas concepções de formas de governo que ganham destaque: a de Maquiavel e a de Montesquieu. Para Maquiavel, só existiam duas formas de governo, a saber, república e principado; já Montesquieu percebeu três formas de governo, sendo elas república, monarquia e despotismo.
Segundo Paulo Bonavides, em seu clássico livro Ciência Política, as concepções de forma de governo variam. Podemos fazer distinções de três momentos em que os teóricos definiram tal forma: na Antiguidade, com Aristóteles; na Modernidade, com Maquiavel e Montesquieu; e na contemporaneidade, com autores que se dedicaram e se dedicam a entender as formas mais recentes de governo, com especificidades não notadas pelas vivências políticas anteriores.
Bonavides nota, no entanto, que as classificações mais completas partem da análise aristotélica e moderna, pois elas focam naquilo que é essencial para se entender as formas de governo: "o número de pessoas que exercem o poder soberano"[1]. Nesse sentido, temos como principais formas de governo aquelas que dizem respeito à divisão do poder entre os atores políticos, ou seja, o que está em jogo é quanto um poder é dissolvido.
REGIME DE GOVERNO
Um regime de governo é, em termos gerais, o modo como um governo comporta-se no poder, podendo ser democrático, autoritário ou totalitário. Neste texto, veremos como se define, de maneira mais profunda, um regime de governo e quais os conceitos e significados que estão por trás de cada tipo ou regime de governo.
Governo x Estado
Para entender os tipos de regime de governo existentes, é necessário entender a noção de governo e a distinção entre governo e Estado. Estado é uma instituição criada para definir a soberania e o conjunto de regras de um território definido, enquanto o governo é o gestor de um Estado. Tendemos a pensar, para facilitar o entendimento, que o Estado é fixo (ou é, ao menos, mais duradouro), enquanto o governo é efêmero.
Nesse sentido, temos Estados regidos por governos mais flexíveis, que encontram no povo a soberania; governos menos flexíveis, que retiram a soberania do povo por meio da suspensão e da revogação de direitos; e governos que pretendem controlar a vida total da população, tanto nos âmbitos político e jurídico como no âmbito pessoal. No primeiro caso, podemos afirmar que se trata de um regime de governo democrático; no segundo, um regime autoritário e, no terceiro, um regime totalitário.Quando falamos de regime de governo, tendemos a fazer uma confusão com outros conceitos que habitam o espectro da ciência política. Em geral, confunde-se regime de governo com forma de governo e com sistema político. As formas de governo podem ser as clássicas, descritas por Aristóteles como monarquia, aristocracia e democracia (essas são as legítimas), além das ilegítimas, como tirania, oligarquia e demagogia. Além dessas classificações antigas, figuram ainda as classificações modernas e contemporâneas, como a república (incluída por Maquiavel junto ao principado).
Quando falamos de sistemas políticos, estamos falando de sistemas pelos quais o poder político é organizado e o poder é exercido, como o parlamentarismo e o presidencialismo. Ao se falar de regime de governo, estamos dizendo apenas do modo como o poder está distribuído entre os elementos de um mesmo Estado, podendo ser de forma autoritária, democrática e totalitária.
É por meio do regime de governo que identificamos como se relaciona a soberania de um governo com os outros elementos dele: governante e governados. Ao longo da história, vimos repetidas vezes os mesmos regimes de governo aplicados de maneiras distintas.
A nossa confusão entre regimes de governo e formas de governo nos faz pensar, por exemplo, que uma república sempre é democrática, enquanto uma monarquia sempre é autoritária. O erro encontra-se na confusão conceitual, pois uma monarquia é uma forma de governo que pode se apresentar como um regime democrático, pautado por uma Constituição e com um Parlamento eleito, que cria as leis, como as monarquias parlamentaristas que começaram a surgir no século XIX. A Inglaterra é um exemplo desse tipo de monarquia. Pensar em uma monarquia parlamentar não é contraditório, visto que uma monarquia é uma forma de governo, enquanto o parlamentarismo é um sistema político.
Do mesmo modo, existem repúblicas que, na teoria, são democráticas, mas que os governantes utilizam-se de subterfúgios para manter-se no poder, criando regimes autoritários. Um exemplo é o da Coreia do Norte, onde existem eleições periódicas, que não respeitam os parâmetros estabelecidos por organismos internacionais para regulamentar tais eleições
Outros exemplos são os de ditaduras, como a Ditadura Militar brasileira, que ocorreu entre 1964 e 1985. O governo militar era autoritário, tendo fechado o Congresso Nacional, cassado mandatos de parlamentares opositores, proibido partidos políticos e suspendido os direitos constitucionais, criando um Estado de exceção. Apesar do governo militar, o Estado Nacional Brasileiro nunca deixou de ser uma república.
DEMOCRACIA
Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.
O termo origina-se do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou "governo do povo") que foi criado a partir de δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. para denotar os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas, principalmente Atenas; o termo é um antônimo para ἀριστοκρατία (aristokratia ou "regime de uma aristocracia" como seu nome indica). Embora, teoricamente, estas definições sejam opostas, na prática, a distinção entre elas foi obscurecida historicamente. No sistema político da Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania democrática abrangia apenas homens, filhos de pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos, enquanto estrangeiros, escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em praticamente todos os governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das democracias modernas através de movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.
O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido por uma pessoa — como em uma monarquia absoluta — ou em que o poder é mantido por um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. No entanto, essas oposições, herdadas da filosofia grega, são agora ambíguas porque os governos contemporâneos têm misturado elementos democráticos, oligárquicos e monárquicos em seus sistemas políticos. Karl Popper definiu a democracia em contraste com ditadura ou tirania, privilegiando, assim, oportunidades para as pessoas de controlar seus líderes e de tirá-los do cargo sem a necessidade de uma revolução 
Diversas variantes de democracias existem no mundo, mas há duas formas básicas, sendo que ambas dizem respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a sua vontade. Uma das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Na maioria das democracias modernas, todo o corpo de cidadãos elegíveis permanece com o poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio de representantes eleitos, o que é chamado de democracia representativa. O conceito de democracia representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e instituições que se desenvolveram durante períodos históricos como a Idade Média europeia, a Reforma Protestante, o Iluminismo e as revoluções Americana e Francesa.
SISTEMA DE GOVERNO
Em ciência política, o sistema de governo é o modo pelo qual os poderes se relacionam, especialmente o executivo e o legislativo. O sistema de governo varia de acordo com o grau de separação dos poderes, indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e executivo (presidencialismo), de que é exemplo o sistema de governo dos Estados Unidos, onde o chefe de governo também é chefe de Estado; até a dependência completa do governo junto ao legislativo (parlamentarismo), onde o chefe de governo e o chefe de Estado não se confundem, caso do sistema de governo do Reino Unido.
O sistema de governo adotado por um Estado não deve ser confundido com a sua forma de Estado (Estado unitário ou federal) ou com a sua forma de governo (monarquia, república etc.).
O parlamentarismo é um sistema de governo no qual o poder executivo de um Estado depende do apoio direto ou indireto do parlamento, usualmente manifestado por meio de um voto de confiança. Assim, não há uma clara separação dos poderes entre os poderes executivo e legislativo.
Embora alguns critiquem o parlamentarismo por não adotar os freios e contrapesos encontrados no presidencialismo, outros arguam que o sistema parlamentarista é mais flexível do que o presidencial, pois enquanto neste último uma crise política poderia levar a uma ruptura institucional, naquele o problema seria resolvido com a queda do governo e, eventualmente, a dissolução regular do parlamento.
Os sistemas parlamentaristas costumam adotar uma diferença clara entre o chefe de governo e o chefe de Estado, sendo este uma figura simbólica eleita indiretamente ou um monarca hereditário com pouco ou nenhum poder, e aquele, um primeiro-ministro responsável pelo governo perante o parlamento. Entretanto, alguns sistemas parlamentaristas possuem chefes de Estado eleitos e, por vezes, com alguns poderes políticos. Em geral, as monarquias constitucionais adotam sistemas parlamentaristas de governo.
O presidencialismo é um sistema de governo no qual há uma nítida separação dos poderes entre o executivo e o legislativo, de maneira que o poder executivo é exercido independentemente do parlamento, não é diretamente responsável perante este e não pode ser demitido em circunstâncias normais.
A noção de separação estrita de poderes surgiu de forma clara na obra de Montesquieu, como resultado de suas observações da história dos sistemas políticos da França e dos Estados da Grã-Bretanha, e foi primeiramenteadotada de maneira sistemática pela constituição dos EUA, ao instituir o cargo de presidente.
O semipresidencialismo é um sistema de governo no qual o chefe de governo (geralmente com o título de primeiro-ministro) e o chefe de Estado (geralmente com o título de presidente) compartilham em alguma medida o poder executivo, participando, ambos, do cotidiano da administração pública de um Estado. Difere do parlamentarismo por apresentar um chefe de Estado, geralmente eleito pelo voto direto, com prerrogativas que o tornam mais do que uma simples figura protocolar; difere, também, do presidencialismo por ter um chefe de governo com alguma medida de responsabilidade perante o legislativo.
AÇÃO DECLARATORIA DE CONSTITUCIONABILIDADE 
 Ação declaratória de constitucionalidade (ADC) é uma ação judicial proposta com o objetivo de tornar certo judicialmente que uma dada norma é compatível com a Constituição.
A ADC representa, no ordenamento jurídico brasileiro, uma das formas de exercício do controle de constitucionalidade concentrado. Esta define-se pelo julgamento pelo Supremo Tribunal Federal e seu respectivo entendimento, fortalecido por suas decisões[1].
Em outras palavras, a Ação Direta de Constitucionalidade é meio processual de garantia da constitucionalidade da lei ou ato normativo federal, consubstanciada no controle jurisdicional concentrado, por via de ação direta. Foi instituída pela Emenda Constitucional nº 03/93 à Constituição Federal de 1988, com sede na competência originária da Corte Constitucional. O pedido só é procedente se demonstrada objetivamente a existência de controvérsia judicial em torno da constitucionalidade da norma. É necessário, ainda, que o autor refute as razões alinhavadas como fundamento à tese da inconstitucionalidade e pleiteie a declaração de sua constitucionalidade.
Vale ressaltar, que o rol dos autores foi ampliado pela Emenda Constitucional n. 45/2004. Além dos acima citados, como originalmente concebido, passou para os mesmos autores da ação direta de inconstitucionalidade, constante no art. 103, onde encontraremos, como já visto, associações de classes de âmbito nacional, Conselho Federal da OAB, entre outros. Houve, portanto, um aumento da legitimidade ativa, com a Reforma do Judiciário[5].
É precioso entender que antes da existência das leis elaboradas, há relações de justiça possíveis, relações de eqüidade anteriores à lei positiva. É o espírito supra-individual, a interligação, a dependência mútua do linguajar de Elias Norbert[6].
Ora, no dizer do sociólogo alemão Habermas, "a condição do homem é uma lenta e prolongada construção do próprio homem". Os atos e obras dos homens se engrenam num processo civilizador (costumes criando um sentido necessário). A mudança na conduta e sentimentos humanos rumo a uma direção muito específica: interdependência de pessoas. Assim, o lidar tópico no Direito observa essa lógica que não é "razoável", nem "racional", como também não é "irracional", mas tem um "sentido necessário", posto que partindo dos problemas busca as soluções mais aceitas pelo conjunto da sociedade. Segundo este raciocíno, não se pode, portanto, imaginar esse método aplicado à ADC, vez que transforma várias realidades em uma só, criando um efeito vinculante nas várias situações concretas que exigem intervenção do Judiciário.
Por último, têm se notado pouco uso de tal instrumento, o que, segundo a pesquisa realizada, talvez advenha da organização, da resistência e da nova história que o povo brasileiro tem lutado para construir. Várias fontes caracterizam a ADC como ferindo cláusula pétrea, impossibilitando o diálogo com a realidade, que se dá através da hermenêutica tópica, no caso concreto e enfraquecendo a força normativa da constituição que deve se ancorar no sentimento constitucional vivenciado pela comunidade difusa.
ESTADO DE DIREITO (REGIME ELEITORAL)
A ESSÊNCIA DA democracia, como a própria etimologia indica, é a titularidade e o exercício do poder político supremo - o kyrion da filosofia aristotélica - pelo povo, isto é, o conjunto dos cidadãos. Teoricamente, pode-se discutir a abrangência do conceito de povo entre o alcance máximo de todos os que vivem no território do Estado, capazes de declarar sua vontade livremente, e o limite mínimo de um grupo reduzido de pessoas; vale dizer, entre a poliarquia e a oligarquia. A História apresenta-nos uma gama extensa de variações, nesse particular. Mas o que não se pode é confundir a democracia com os regimes que claramente dispensam a manifestação da vontade popular, ou falseiam, por meio de engenhosos mecanismos, a sua expressão legítima.
Importa também distinguir o poder do povo, do poder sobre o povo, e a diferente função do processo eleitoral em um e outro caso . No regime democrático, o povo exerce sua soberania, ou diretamente, ou mediante representantes. Estes últimos não devem ser confundidos com o governo, isto é, com aqueles que dispõem de poder sobre o povo . Quando o povo elege um chefe de Poder Executivo, numa democracia, este não se transforma, pelo fato eleitoral, em representante do povo. A sua eleição ou escolha equivale a uma manifestação de consentimento popular ao exercício do governo, que passa a ser fiscalizado pelo povo, diretamente, ou por seus representantes, que são, em geral, os membros do Parlamento.
Numa democracia, já observara Montesquieu, o povo é, sob certos aspectos, monarca e, sob outros, súdito. Ele é monarca pelos seus sufrágios, que exprimem sua vontade. Daí porque as leis que regulam o modo de proceder das eleições são tão fundamentais no regime democrático, quanto a lei de sucessão dinástica numa monarquia .
Ora, exatamente em função do vínculo indissolúvel entre democracia e escolha ou consentimento popular, bem como em razão do prestígio crescente que esse regime político passou a ter em todo o mundo na segunda metade do século XX, as diferentes autocracias ou oligarquias, que não podiam correr o risco de perder sua aparência de legitimidade, procuraram manter oficialmente o processo eleitoral, preservando no entanto o seu funcionamento de todo risco capaz de afetar o poder supremo da minoria governante.
A manipulação eleitoral, a bem dizer, não é um fato novo em nossa história política. Com maior ou menor dose de refinamento, ela sempre ocorreu entre nós. Uma rememoração, ainda que sumária, do nosso passado eleitoral nem confirmar amplamente esse fato.

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