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RESUMO GEOPOLITICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CURSO: GEOGRAFIA 
DISCIPLINA: GEOGRAFIA POLÍTICA 
DISCENTE: JEYCE LELES 
 
RESUMO 
GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA 
AUTORIA: JOÃO BATISTA PACHECO 
 
 A Geografia Política e Geopolítica não tem significações próximas. Contudo, mesmo sendo 
conceituadamente distantes e possuidoras de métodos distintos, há situações em que elas se 
confundem. 
 Apesar de possuírem origem comum, elas ao longo do tempo foram se distinguindo 
ideologicamente. A Geografia Política, cada vez mais identificando-se com o ensino escolar com 
seus argumentos críticos alimentados pelos inconformismos sociais. A Geopolítica, por sua vez, 
não é uma ciência, mas uma ferramenta de controle social com a capacidade de monitoração e 
gestão pelo e do Estado, ou seja, ela segue um protocolo muito utilizado nas relações de poder. 
 A Geografia política seria o estudo e ou reprodução de uma representação espacial, como 
por exemplo, um mapa com fins administrativos ou escolares/ educativos. Podendo ela ter um 
segmento academicista, com seus estudos teóricos, críticos e humanistas sobre a organização do 
espaço. Outro segmento é a aplicada ou pragmática, ou seja, trata-se de um saber geopolítico, uma 
Geografia Política que segue um protocolo oficial de decisões de autoridades, está entre fóruns, 
relações internacionais, estrategistas, cientistas políticos e etc. O produto da Geopolítica, a 
consequente elaboração de mapas, chama-se de Geografia Política, essa por sua vez 
cientificamente fundamentada. 
 O que tem marcado esses dois saberes é o neoimperialismo global, a expansão da 
negociação adequada às novas relações de poder. A hegemonia de potencias superiores como 
EUA, possuem estratégias de ataque e defesa nas suas relações territoriais, diante de seus 
opositores como a Rússia e a China, bem como, a relação com muitos países emergentes, visando 
destaque no cenário político e econômico local, regional e global. 
 Obras como “Antropogeografia -fundamentos da aplicação da geografia à história (1882) 
e “Geografia Política” de Friedrich Ratzel (1897), focadas na aplicação em defesa e expansão do 
território de uma Alemanha política e ideologicamente instável, passou a utilizar o conhecimento 
geopolítico como uma consciência geográfica do Estado. Isto seria aprofundado por Karl 
Haushofer, ao teorizar o espaço vital, cuja geopolítica propunha ideias que levaria ao território 
perfeito. Mais tarde, agregando conceitos políticos e jurídicos, o sueco Rudolf Kjellén utiliza o 
termo geopolítico no seu estudo “O Estado como um organismo”. Vista como a Ciência do Estado 
a geopolítica inspirou grandes estrategistas, inclusive Hitler, bem como nas posturas de nações em 
conflitos mundiais. No entanto, embora interaja com a Geografia, a geopolítica não constitui uma 
ciência independente. 
 A Geografia política (não oficializada) acompanha a humanidade desde os primórdios na 
necessidade de se organizar e construir seu habitat. O conhecimento geopolítico vem desde 
antiguidade quando Dário I, da Pérsia, e Alexandre Magno, da Macedônia, estruturaram seus 
impérios. 
 O surgimento das organizações sociais desde o período mesolítico, das grandes 
civilizações, cidades-estados e grandes impérios se solidificaram a partir de mecanismos políticos 
de administração, conhecimento e ampliação de território. 
 A vida política de uma nação depende das condições, conhecimento e exploração do meio 
físico. Através da geopolítica os governantes conhecem e definem estratégias de utilidade do meio 
terrestre. 
 Desde seu inicio a Geopolítica agregou olhares do estado e seu processo político, porém 
numa relação de tensão, conflito e confronto em assuntos como apropriação e a exploração dos 
recursos naturais, a definição arbitrária ou consensual de limiares e limites territoriais rígidos. 
 Os conhecimentos geopolíticos são sistematicamente produzidos e apropriados 
ideologicamente pelas inteligências políticas e militares, ou seja, por aparelhos estratégicos do 
processo político do Estado. Entretanto, nas atuais relações globais, os conhecimentos geopolíticos 
podem ser incorporados a uma releitura da Geografia Política aplicáveis na equidade social e da 
sustentabilidade. Citam-se produção industrial, mão-de-obra, emprego e circulação, 
sustentabilidade ambiental, grandes áreas geoeconômicas, soberanias, estados-nações, fronteiras, 
neonacionalismo, paramilitarismo e regionalismo, minorias, invisibilidades e movimentos sociais, 
(in) tolerâncias, negociações e costumes na pós-modernidade, dentre outras, que se imbricam à 
globalização da economia, da informação e das culturas. 
Examinou-se que, na ambiência da velha geografia política como saber institucionalizado no 
século XIX, já se poderia resgatar a prática geopolítica com forte apego determinista, traduzido 
pela relação da natureza primaz com o poder. 
O aparelhamento de exércitos e o aprimoramento da logística de guerra eram prioridades 
nas velhas nações, como as asiáticas, por exemplo. Mas particularmente no seio da Europa, à 
medida que este espaço se construiria intensamente fragmentado nos seus múltiplos e reduzidos 
territórios, pluralidade étnica e conflitos religiosos, a arte da guerra se sustentaria em uma 
geopolítica eminentemente nacionalista, encontrando fértil terreno. 
Um determinismo primitivo ou pré-cristão idealizado por Hipócrates foi herdado bem mais 
tarde pela geopolítica. O aparato armado de Roma, a emergência da filosofia política através de 
Paládio, Catão, Platão, Aristóteles, o desenvolvimento das cidades, a pressão demográfica 
crescente e a ampliação dos mercados supralocais estimulariam a formulação de doutrinas 
mercantilistas. 
A segunda metade do século XV, a propósito, é marcada pelo abalamento das estruturas de 
poder, relações comerciais e políticas, decorrentes de incursões turco- otomanas no Mediterrâneo. 
O século XVI, e os que se seguiram, colocou em prática os grandes projetos geopolíticos de 
expansão ultramarinos, especialmente articulados por Portugal, Espanha, países que possuíam 
hegemonia na época. 
Com o advento do capitalismo comercial o mundo veria um clima de tensão causada pela 
busca incondicional de riqueza. Notadamente, foram movidos por projetos de apropriação ou de 
reunificação de territórios, Uma Geopolítica, como uma Geografia apenas para ser ensinada a 
homens de guerra e grandes funcionários do Estado, conforme ensina Lacoste (1988 p 127). 
Desse entrelaçamento do político com o físico que se tem verificado em estudo dessa 
natureza, a geopolítica clássica prioriza conceitos como de Estado e nação, solo, recursos naturais 
e energia, localização e forma (limite, fronteira, extensibilidade, território), língua e religião, 
autodeterminação e soberania, carta, população e migração, civilização, imperialismo, 
expansionismo e totalitarismo, potência regional e mundial, eficiência militar e geoestratégia, 
dentre outros; a geopolítica recente se preocupa em acrescentar ao seu objeto estudos de 
fragmentação local para utilização na gestão pública. 
Tratando-se da aplicação à gestão do espaço, a geografia política, tanto de protocolo 
(geopolítica) quanto de ensino (conforme sua natureza e seu uso), recorrem-se aos mapas globais 
e às unidades políticos-administrativas. No ponto de vista político-administrativo, o Brasil possui 
cinco macrorregiões ou Grandes Regiões, constituindo um conjunto de Unidades da Federação 
com limites precisos e fins básicos de viabilizar a preparação e a divulgação de dados estatísticos. 
As regiões brasileiras são distintas geoecologicamente e têm legados econômicos, sociais e 
culturais discrepantes. Os dados geográficos e estatísticos produzidos, especialmente pelo IBGE, 
auxiliam a administração pública federal e dos estados nos planejamentos regionais e políticas 
pública. 
A gestão pública precisa distinguir a natureza econômica do espaço associado paraas 
devidas políticas de acesso à terra. Por isso, tem-se áreas definidas a partir da prevalência dos 
setores de atividade econômica. Destarte, área urbana é um conceito em geografia aplicada e 
definido por lei. Na produção de todos os dados estatísticos de tamanha importância, o recenseador 
faz levantamento em tamanhos possíveis de serem cobertos, lançando-se mão dos setores 
censitários com características mais homogeneizados e dentro dos limites territoriais legalmente 
definidos e criteriosamente estabelecidos pelo IBGE, com seus devidos memoriais descritivos.

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