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Ação de Reconhecimento de Paternidade c Alimentos

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SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DA __ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE RIO DE JANEIRO – RJ
Maria Luiza, brasileira, RG XXXXXX, CPF XXXXXX, menor impúbere representada por sua genitora, Júlia, brasileira, profissão, estado civil, RG XXXXXX, CPF XXXXXX, e Júlia, brasileira, profissão, estado civil, RG XXXXXX, CPF XXXXXX ambas residentes e domiciliados à XXXXXXXXXXXXXX, Rio de Janeiro, representados por este que subscreve (procuração anexa), com endereço profissional sito à XXXXXXX, propor
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/ ALIMENTOS E GUARDA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de Pedro, brasileiro, blogueiro de moda, estado civil, RG XXXXXX, CPF XXXXXX, residente e domiciliado à XXXXXXXXXXX.
Da Justiça Gratuita
Preliminarmente, cumpre salientar que a Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família (declaração de pobreza e carteira de trabalho anexos), requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita com amparo na Lei 1.060/50 e consoante ao art. 98, caput, do CPC/2015.
Dos Fatos
Julia conheceu Pedro, na favela da Rocinha/ RJ. Naquela ocasião frequentaram baile funk, tiveram um breve romance, e desde então não voltaram a se ver. 
Ocorre que, posteriormente, Julia descobriu que estava grávida de Pedro. Como havia perdido todo contato com ele, enfrentou toda a gestação sozinha, com sérias dificuldades financeira, por ter ficado desempregada, e veio a dar à luz a Maria Luiza. 
Passados dez anos após o nascimento da criança, Jullia voltou ao Rio de Janeiro e encontrou por acaso com Pedro e o informou sobre a existência da filha e que a havia registrado somente em seu nome. 
Todavia, Pedro negou veementemente a paternidade e se recusou de qualquer possibilidade de participar da criação da filha, em que pese está trabalhando como blogueiro de moda e recebe R$ 12.000,00 por mês. 
Julia argumentou que Maria Luiza é sua filha e que está desempregada, portanto, sem condições de pagar o plano de saúde no valor de R$ 300,00 reais e a escola cuja mensalidade é de R$ 500 reais, além das despesas com alimentação, vestuário, e outras necessidades da pequena Maria Luiza que custam no total de R$ 1.000.00 por mês.
Do Direito
Do Reconhecimento De Paternidade
O Código Civil dispõe que os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos (CC, art. 1.607). Inclusive, o Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre o direito à filiação, constituindo-o como direito de personalidade, irrevogável e inegociável (ECA, arts. 26 e 27). Ainda, a prova de filiação poderá dar-se por meio das provas admissíveis em direitos, requerendo-se, portanto, o exame de DNA, que comprovará a tese aqui exposta.
Apelação cível. Direito de Família. Ação de investigação de paternidade (negatória) c/c retificação de registro civil proposta pelo genitor. Sentença que extinguiu o processo sem julgamento do mérito, com fulcro no art. 485, I, c/c 330, III, do CPC. Insurgência do Autor. Regularização do apelo, pela devida citação da Apelada, que instada a se manifestar sobre a apelação permaneceu inerte. Anterior reconhecimento de paternidade, devidamente, homologado pelo Juízo no bojo de ação de alimentos, sem qualquer exame prévio de DNA ou outras provas acerca do vínculo biológico. Cabível a excepcional relativização da coisa julgada nas ações em que se discute filiação, na forma dos precedentes do C. STF e STJ. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, nas ações de investigação de paternidade, há de se relativizar ou flexibilizar a coisa julgada, de modo a dar prevalência ao "princípio da verdade real", permitindo a universalização do acesso do jurisdicionado ao exame de DNA, quando na demanda anterior não foi possível a realização de tal exame. Direito personalíssimo e indisponível. Ação de estado, cuja relevância recomenda a prevalência do princípio da busca da verdade real. Recurso provido.
Parte superior do formulário
0000844-49.2018.8.19.0022 - APELAÇÃO. Des(a). CARLOS EDUARDO MOREIRA DA SILVA - Julgamento: 25/03/2021 - VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
Dos Alimentos E Da Guarda
São de notório conhecimento os direitos e deveres inerentes à condição de família, sendo, inclusive, retratados na Constituição Federal (art. 226), sendo tal esfera assegurada pelos Código Civil/2002 e Código de Processo Civil/2015.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
I - dirigir-lhes a criação e a educação; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584 ; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:
VII - a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita que, no interesse da criança ou do adolescente, pode, a critério do juiz, ser extensivo a cada um dos avós; (Redação dada pela Lei nº 12.398, de 2011)
Assim, evidente o direito da genitora de ficar com a guarda de sua filha, uma vez que já o tem de fato desde o seu nascimento, objetivando-se a preservação do vínculo afetivo familiar.
Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação, vestuário, tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, devendo os alimentos serem fixados na proporção das necessidades e dos recursos (CC, art. 1.694).
Segunda informações obtidas pela genitora da menor, o réu possui situação financeira estável, percebendo cerca de R$ 12.000,00 por mês.
Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio a requerente se não buscar a prestação jurisdicional, com o reconhecimento da paternidade, fixação da guarda e dos alimentos.
Da Tutela De Urgência Antecipatória 
Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse da requerente, convém salientar que esta não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que suas necessidades são perenes e urgentes.
Com isso, a concessão da tutela de urgência para que a requerente tenha sua satisfação atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e educacional. 
Inclusive, seu pedido está em consonância com o dispositivo legal (art. 300, CPC). Desse modo, requer a concessão da medida sem a oitiva da parte contrária (art. 9°, CPC).
Pedidos
Diante de todo o exposto, requer-se:
a) O benefício da Assistência Judiciária, por serem juridicamente pobres, nos moldes dos arts. 98 a 102 do CPC/15
b) A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei
c) Concessão de tutela de urgência antecipatória, para fixação de alimentos provisionais no valor de 4 salários mínimos vigentes, por mês na conta corrente da genitora (XXXXXXX) até o dia 5 de cada mês e que ao final de convertam em definitivos.
d) A designação da audiência previa de conciliação, nos termos do art. 319, VII do CPC
e) Determinar a citação do requerido, nos termos do art. 246 do CPC/2015.
f) A concessão da guarda à genitora bem como com a regulamentação das visitas.
g) O reconhecimento, por sentença, da filiação, com as consequências decorrentes previstas em leis, como a consequente expedição do mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação do menor, bem como a condenação ao pagamento dos alimentos.
h) A condenação do requerido às custas e honorários sucumbenciais
i) Ao final, sejam julgados procedentes, totalmente, os pedidos veiculados nesta ação
Protesta provar o alegadopor todos os meios de prova permitidos em lei, especialmente pela prova pericial (exame de DNA).
Dá-se a causa o valor de R$ 52.800,00, para efeitos meramente fiscais.
Nestes termos,
Pede deferimento,
Rio de Janeiro, 16 de abril de 2021.
Advogado
OAB

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