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Resumo de Imagem Completo Manu Lamas (155) CARDIORRESPIRATÓRIO Raio-X e técnicas Funcionamento ❖ Radiação emitida que é bloqueada por objetos, conforme sua densidade. ❖ Atravessa a matéria, interagindo com seus átomos (Efeito Compton e Fotoelétrico). ❖ Densidades: ➢ Hiperdenso/opaco: branco (denso) ➢ Radiopaco/transparente: escuro (pouco denso) Técnicas e Projeções ❖ Projeções: ➢ Póstero-Anterior (PA): muito usada em tórax ➢ Perfil (P): usada em tórax também, para entender em qual “largura” o achado está ➢ Ântero-Posterior (AP) Manu Lamas (155) 2 ➢ Em ortostase: costelas posteriores mais horizontalizada, raios mais próximo, diafragma levantado, coração “maior” (mais detalhado). ➢ Ápico-lordótica: achar lesões no ápice (ex: tuberculose) pede pra pessoa que está em pé se inclinar pra trás. ➢ Laurell: de ladinho. Ao comparar os dois lados, permite ver as diferenças, como o líquido escorrido aqui ao lado (radiografia de derrame pleural), ocupando espaço que deveria pertencer ao pulmão (podemos perceber a diferença comparando com o lado de cima). Analisando o Raio-X Identificação ❖ Conferir o nome e a posição (tem a letrinha em cima dizendo qual lado é direita e qual esquerda) -> ex: situs inversus completus ao lado ➢ Bolha gástrica: é o espaço de ar que fica no estômago, constituído por sua parte vazia. Radiografia ❖ Analisar de fora para dentro, sempre olhando partes moles e ossos. ❖ Usar o mnemônico AEIOU ➢ A - alinhado: confere pelas bordas mediais das clavículas até o processo espinhoso das vértebras, se a distância delas é igual ➢ E - exposição: confere se foi bem, pouco, muito exposto (ver só as primeiras vértebras e aí tem o coração na frente - bem Manu Lamas (155) 3 penetrada), muito raio faz queimar = tudo branco e pouco penetrado deixa tudo escuro. ➢ I - inspiração: por contagem de costelas (contar 9 escolas do lado direito). As duas primeiras são pelas anteriores e as outras pelos arcos posteriores (os arcos que “descem”) ➢ O - ortostase: vê pela bolha gástrica ➢ F- “floUUU” cinético: ver artefatos, se tá tremido Pulmão normal Introdução ❖ Sempre comparar volume, insuflação das costelas e densidade dos dois lados Silhuetas ❖ Observamos no pulmão principalmente as do: ➢ Hilo: artérias e veias pulmonares estão lá. Normalmente o esquerdo aparece um pouco menos devido à silhueta da aorta. Vê o normal ali do lado pra acostumar ➢ Vascularização do parênquima: tudo que é vaso bifurca ➢ Traquéia e brônquios principais: anterior à coluna, sendo opaca por conter ar. Os brônquios encontram os hilos. ➢ Diafragma: a hemicúpula esquerda para no coração e a direita segue até a parede torácica anterior. É retificada em pacientes DPOC. ➢ Seios costo-frênico (recesso costopulmonar) e cardiofrênico: devem estar hipodensos. Cissuras ❖ Pulmão direito tem duas cissuras (oblíqua e horizontal) e três lobos (superior, médio e inferior. ➢ O lobo superior é mais anterior, o inferior é mais posterior e o médio se encaixa entre eles. De vermelho - lobo superior (superior) Manu Lamas (155) 4 De azul - lobo médio (anteroinferior) De verde - lobo inferior (inferoposterior) ❖ Já o pulmão esquerdo tem uma cissura e dois lobos (superior e inferior), além da língula, que abraça o coração. Aumento hilar Aumento das artérias pulmonares ❖ Por aumento das artérias pulmonares ➢ Causas: DPOC (imagem ao lado - vemos um coração em cardiomegalia, com vasos edemaciados por hiperemia passiva e cissura horizontal direita marcada), Hipertensão pulmonar primária, fibrose cística, hipertensão portal, estenose mitral. ❖ Por massa hilares ➢ Causas: linfoma, metástase, tuberculose ( <- imagem ao lado - muitos nódulos e aumento hilar, porém tuberculose se apresenta de várias formas) , sarcoidose (crescimento de nódulos inflamatórios em regiões diversas do organismo - imagem aqui em cima - massa hilar nodulada), cisto broncogênico. Atelectasias ❖ É a perda do volume pulmonar de lobos ou de todo pulmão, ocorrido por colapso, gerando um estado de expansão incompleta do pulmão. ❖ Ocorre por obstrução temporária ou permanente de importante via aérea pulmonar. E é uma alteração secundária. ❖ Classificação: ➢ Obstrutiva ➢ Por compressão ➢ Restrição de movimento ➢ Deficiência de surfactante ❖ Causas: corpo estranho, pneumonia, acamados, enfisema, tumores Manu Lamas (155) 5 Aspectos radiológicos ❖ O que procurar na imagem: seus alvéolos estão murchos na área atelectasiada, então eles 1) não tem ar 2) estão mais próximos, o que gera uma área de maior densidade. Ademais, eles estão em pressão negativa (porque aquilo tudo deveria estar expandido, então ele “puxa” as outras estruturas para perto, tentando preencher o espaço vazio ❖ Aumento da opacidade ❖ Desvio ipsilateral do mediastino (puxado para o lado de pressão negativa/obstruído) ❖ Coração, fissuras, hilos e brônquios deslocados ❖ Elevação ipsilateral do diafragma ❖ Redução do espaço intercostal ❖ Hiperinsuflação compensatória dos segmentos adjacentes ❖ Hiperinsuflação do pulmão normal - tentativa de compensar Consolidação (Padrão/Infiltrado Alveolar) Conceitos gerais ❖ Substituição do ar nos alvéolos por outro material: exsudato (pneumonia), transudato (edema), sangue, células (tumores). ❖ Pode comprometer segmentos, lobos ou pulmão completo. ❖ Muitas vezes, melhora radiológica não acompanha melhora clínica. Aspectos Radiológicos ❖ Imagens opacas que apagam vasos pulmonares. ❖ Ausência de redução volumétrica significativas. ❖ Limites mal definidos (exceto junto à superfície pleural) ❖ Torna mais opaco (branco), mas de maneira homogênea. ❖ Broncograma aéreo: situação onde os espaços alveolares ao redor dos brônquios são preenchidos por secreção e formam esse contraste entre as densidades ar e água. Mais comum na pneumonia. Brônquios (seta amarela) se mantém arejados Manu Lamas (155) 6 (hipertransparentes), que contrastam com os alvéolos consolidados (opacos) ❖ Sinal da silhueta: apagamento da silhueta cardíaca. Na direita se refere ao lobo médio e à esquerda à língula. ❖ Causas: pneumonia, tuberculose Padrão/Infiltrado Intersticial Interstício Pulmonar - Lóbulo Pulmonar Secundário ❖ Interstício é o arcabouço que segura os itens do sistema respiratório. ❖ Causas: silicose, fibrose pulmonar, sais de ouro, amiodarona, Lupus, sarcoidose. ❖ Padrão intersticial: alteração das estruturas que compõe o interstício pulmonar ❖ O lóbulo pulmonar secundário é onde fica mais bem visualizado ❖ Rede de tecido conectivo que sustenta o parênquima pulmonar. ❖ Dividido em: ➢ Peribroncovascular/centrolobular ➢ Subpleural ➢ Intralobular (dentro do centrolobular) ❖ Possui como componentes: ➢ Tecido conjuntivo ➢ Veias ➢ Vasos linfáticos ➢ Septos ❖ Raio-X mostra alterações, mas é com Tomografia que é mais bem visualizada. Aspectos Radiológicos ❖ Espessamento peribroncovascular:borramento do contorno dos vasos e brônquios ❖ Linhas de B Kerley (SCF-1,5 a 2,0 comprimento) = Septos espessados, perpendiculares à superfície pleural ❖ Cissuras espessadas ❖ Aeração pulmonar mantida ❖ Formas de apresentação: ➢ Reticular: aspecto de rede, várias linhas interligadas. Fios que não se ramificam. Geralmente associado a fibrose. ➢ Nodular: várias bolinhas. A radiografia parece uma tela com pouco pixel, metade preto e metade branco. Manu Lamas (155) 7 ➢ Reticulonodular: os dois de cima ➢ Micronodular/Miliar: vários micronódulos. Comum na tuberculose miliar (ignora o derrame pleural hiperdenso embaixo. A infiltração são os mini pontinhos espalhados pelo parênquima) ➢ Ainda assim, pode haver combinação de padrões alveolar (consolidação) e intersticial (isso aqui) = (ex: edema pulmonar) Nódulos e Massas ❖ Podem ser solitários ou múltiplos. ❖ Micronódulos: <= 0,3cm ❖ Pequenos nódulos: <= 1cm ❖ Nódulo: geralmente mais circunscrito e até 3cm. ❖ Massas: maior que 3cm no maior diâmetro. Massas maiores de 4cm tem alta probabilidade de serem malignas. ❖ Tipos: ➢ Nódulo pulmonar solitário: 40% malignos, o resto são granulomas ou tumores benignos. É necessário avaliar tamanho, forma e densidade. ➢ Pequenos nódulos múltiplos: intersticial ou espaço aéreo. Causado por doenças infecciosas/inflamatórias ou metástases hematogênicas. ➢ Nódulos múltiplos: entre 1 e 3cm. Causados por metástases hematogênicas, embolia séptica e doenças infecciosas/inflamatórias. Aspectos radiológicos. ❖ Preditores de malignidade: ➢ Nódulo >= 3cm ➢ Contornos mal definidos ou irregulares ➢ Espiculados ou lobulados ➢ Imagem à direita é de carcinoma com bordas espiculadas, bordas irregulares e grande. ❖ Preditores de benignidade: ➢ Nodulação satélite (perto de lesão) ➢ Calcificação; difusa, puntiforme (centro), em alvo, casca (periferia) e em pipoca ➢ Tempo de duplicação: pelo menos 2 anos sem crescimento ➢ Presença de gordura (vista na TC) Manu Lamas (155) 8 ➢ Imagens benignas são as duas cinzas que mostram um nódulo (direita) e uma massa (esquerda) ■ Homogênea (ex: tuberculoma) ■ Central ■ Pipoca (ex: hamartona) ■ Laminar/bulbo de cebola ❖ Preditores ambíguos: ➢ Opacidade em vidro fosco ➢ Vascularização Derrame Pleural ❖ Definição: Líquido acumulado entre pleuras (parietal e visceral) ➢ As pleuras recobrem fissuras, então é possível ver derrame lá. ❖ Classificação e causas: ➢ Exsudato (tem células inflamatórias): inflamação ou malignidade. Mobilidade menor do líquido ➢ Transudato (líquido límpido: ICC, cirrose, etc ❖ Causas: ICC, tromboembolismo, insuficiência renal, trauma, cirrose hepática, reações a drogas. ❖ Na incidência AP, pode passar despercebido. ❖ Usa-se a ultrassonografia para caracterizar e guiar a punção. Aspectos Radiológicos ❖ O que está acontecendo: tem um líquido ocupando a cavidade pulmonar. Ele pesa, então vai pras áreas mais inferiores, se concentrando lá. Por ter densidade maior, fica opaco e tampa as estruturas (apagamento de…). Aí ele pode contornar o pulmão (interpleuras) ou ocupar de baixo pra cima (livre). Embaixo tem as carcterísticas: ❖ Opacidade homogênea (líquido) na parte inferior da imagem. Se for muuuito líquido, ele “envolve” o pulmão (mesmo raciocínio do pneumotórax, mas sentido inverso) ❖ Apagamento do seio costofrênico (cerca de 200mL). ➢ Se for em perfil, é menos líquido (50mL). (Imagem de derrame pleural de lado tem no ínicio do resumo, na incidência de Laurell) Manu Lamas (155) 9 ➢ 500mL obliteram a cúpula frênica. ❖ Aparente elevação do diafragma: o líquido dá impressão de nivelamento e de que o pulmão está mais “curto” ❖ As “bordas” da opacidade são mais delimitadas e acompanham o formato do pulmão (lembre que está entre pleuras) ❖ Preenchimento das cissuras ❖ Desvio do mediastino contralateral: líquido faz pressão e empurra mediastino) ❖ Redução do volume pulmonar. ❖ O líquido pode estar ➢ Livre no espaço pleural: normalmente descreve parábola, formando o sinal do menisco ➢ Loculado: Enclausurado entre os folhetos pleurais: configurações variáveis. ➢ Líquido interlobares: os das fissuras. ➢ Sub/infra pulmonar ➢ Laminares/De Laurell ➢ Empiema: líquido purulento Linfonodomegalia ❖ Principais causas: infecciosas, tumores, doenças ocupacionais (ex: silicose), sarcoidose (doença granulomatosa idiopática) ❖ Aspecto variável, desde casca de ovo, calcificado e densidade de partes moles Aspectos Radiológicos ❖ Aspecto variável, desde casca de ovo, calcificado e densidade de partes moles. Etiologia muito variável, mas é possível identificar a linfonodomegalia pelas áreas acometidas e formato. Pneumotórax ❖ Definição: gás no espaço pleural. Espaço aéreo separando os folhetos pleurais ❖ Causas: espontâneo, traumático, fístula bronco-pleural Aspectos Radiológicos ❖ Vamos de pensar: tem mais ar no pulmão do que devia e fora dos alvéolos, então a parte com ar é mais translúcida. Ar é leve, então, com a pessoa em pé, se acumula no ápice pulmonar. Abaixo as características: Manu Lamas (155) 10 ❖ Mais transparente na parte apical (ar é leve, se acumula em cima, por isso o Raio-X tem que ser na posição ortostática) ➢ Se o pneumotórax for muuuuuuuuuuuito extenso, o pulmão ficará todo colabadinho no meio dele, perto dos brônquios. ABDÔMEN Radiografia simples de abdômen ❖ Radiografia simples é a sem uso de corante ❖ Indicada para diagnóstico, permite achados incidentais, evita exames de maior complexibilidade e risco, uso de controle/monitoramento (baixo custo e risco) e usado como alternativa em cenário de recursos limitados. ❖ Permite avaliar quantidade e distribuição gasosa muito bem. ❖ Metodologia para verificar abdômen: ➢ Verificar identidade e lado ➢ Técnica radiográfica - incidências, penetração, enquadramento. ➢ Padrões normais - uso de blocos topográficos ➢ Padrões anormais - descrever ➢ Hipóteses diagnósticas Manu Lamas (155) 11 ➢ Segundo a prof, na imagem de cima dá pra ver bem onde seria o fígado, no hipocôndrio direito, o estômago, no hipocôndrio esquerdo, o intestino (de vermelinho na segunda imagem) e os rins (de verde). ➢ Seguinte, dá pra ver nada, mas na teoria seria para observar: ■ Fígado: hipocôndrio direito, massa mais densa (víscera preenchida) ■ Baço: massa mais densa do lado esquerdo. ■ Estômago: no hipocôndrio esquerdo, de densidade média, possui a bolha gástrica no indivíduo em pé. ■ Flancos direito e esquerdo: tubo de ar que representa o intestino grosso. Embaixo e do lado direito, há uma dilatação que é o ceco. ■ No meio dele, vulgo região umbilical, está o intestino delgado, um pouco menos denso porque é muita coisa junta. ■ Margem do psoas: sinal de normalidade. É possível pela densidade de gordura adjacente, que é intensificada em processos patológicos. ■ Margem dos rins: silhueta um pouco mais escurecida em relação aos intestinos (sombras renais). Visualizados quando há menos gases. ■ Muito importante avaliar quantidade e distribuiçãode gases ■ Posicionamento das hemicúpulas diafragmáticas: abdômen superior. Alterações na morfologia podem identificar patologias extra-pulmonares que podem ser causa de dor abdominal. Alguns padrões anormais Distensão de alças intestinais ❖ O que dá pra ver na imagem do lado: ➢ Muito tecido adiposo e abdômen globoso - paciente obeso ➢ Densidade óssea reduzida - paciente idoso Manu Lamas (155) 12 ➢ Pregueamento mais liso - alças de hilo = distensão segmentar Obstrução intestinal ❖ Presença de níveis hidroaéreos - sugestiva de obstrução intestinal. ❖ Posição central - sugere ser no intestino delgado. ❖ É uma criança - epífise não fundida Distensão de delgado com características de jejuno ❖ Topografia de quadrante superior esquerdo. ❖ Pregueamento próximo e delicado. ❖ Distensão de aspecto de pilha de moedas. ❖ Níveis hidroaéreos ❖ Leve distensão de óleo, na região inferior e direita - pregueamento mais “gordinho” e liso. Distensão de intestino grosso ❖ Primeira em decúbito dorsal e a segunda em ortostatismo. Comparando, percebe-se a presença de níveis hidroaéreos. ❖ Sigmóide grandão aí na região central e inferior, principalmente em decúbito dorsal. ❖ Distensão de cólons ascendente, transverso e descendente. ❖ Paciente idoso - osteófitos na coluna. ❖ Retenção de material fecal (na metade do cólon ascendente, bem perceptível em decúbito dorsal). Distensão cecal ❖ Área com muito ar centralizada no abdômen. Nota-se que as pregas são mais lisas, grosseiras e afastadas. ❖ Distribuição de gases muito significativa. Isso faz com que o ceco tenha sua posição modificada para o centro do abdômen. Ruptura de aneurisma de aorta abdominal ❖ Paciente obeso. ❖ Pobreza de gases intestinais e aumento da densidade. ❖ Ausência da margem do psoas ou da sombra renal. ❖ Grânulos metálicos (perto da coluna, lado direito) ❖ Tudo isso se deve ao sangramento importante na região. Manu Lamas (155) 13 Pneumoperitônio ❖ Fazer imagem com paciente em pé, para o gás livre subir ❖ Analisar as bolhas formadas e onde o gás está (em relação ao diafragma). ❖ Paciente grave, que não consegue se levantar: imagem em decúbito dorsal e raio lateralmente. Ver o gás em perfil. Anatomia Ultrassonográfica de Abdômen Funcionamento ❖ Formação por ondas sonoras pelo transdutor, interagindo com os tecidos. O feixe de ultrassom fica na parte que queremos analisar. ❖ Os planos de corte: o transdutor se comporta como a ponto leque e o corpo do leque é a imagem formada. Na imagem Os planos de Corte, temos a parte mais perto do texto como o terço superior do rim, a do meio no terço médio e a mais distante desse texto como o terço inferior. Aparece como deitado. Na do outro lado, é como fica no ultrassom. ❖ Princípio de formação da imagem: meio límpido e homogêneo é interpretado como não formador de som e não forma imagem (fica todo preto lá). Conteúdo homogêneo e anecóico. ❖ Ecogenicidade: hiperecóicas emitem imagem forte, ficando na cor branca. Por consequência, geram um artefato, chamado sombra acústica posterior. Imagem ao lado de cálculo biliar. ❖ Doppler: a frequência do que se aproxima do transdutor dá uma impressão de frequência maior e o que se afasta de menor. Isso possibilita destacar essas estruturas (convenção: vermelho é arterial e azul é venoso) ❖ Vantagens ultrassom: disponibilidade, menor custo, não invasivo, não ionizante, bem tolerado, dinâmico, guia biópsias, punções e drenagens. ❖ Desvantagens: examinador-dependente, limitações de acesso (com curativos, sondas, cateteres, cicatrizes), limitação em obesos (atenuação de feixe sonoro), não se aplica a estudo de estruturas ósseas ou preenchidas por gás. Manu Lamas (155) 14 Overview do Abdômen na Tomografia Computadorizada Geral ❖ Veja: https://www.youtube.com/watch?v=5AxhrKwkopc - vale a pena GENITOURINÁRIO Anatomia Renal ❖ Órgãos retroperitoniais, de T2-L4, sendo que o rim direito costuma ficar um pouco mais abaixo do que o esquerdo ❖ Polos superiores são mais mediais do que os inferiores e maior eixo paralelo ao m. psoas ❖ Sistema coletor se inicia nos cálices, une-se e forma a pelve no hilo e se estreita na junção pieloureteral, onde se inicia o ureter, que se inserem na parede posterior da bexiga. ❖ Ureteres possuem três pontos de estreitamento fisiológico: junção pieloureteral, cruzamento com vasos ilíacos e meato ureteral, na junção vesicoureteral. Métodos Diagnósticos por Imagem do Genitourinário Funcionamento ❖ Radiografia simples ➢ Realizada em AP com paciente em decúbito dorsal e em apnéia expiratória. ➢ Necessário bom preparo intestinal para reduzir a quantidade de gases, com jejuns e laxantes. ➢ Importante para ver os contornos renais, presença de calcificações, o m. psoas e a coluna vertebral. Além da avaliação inicial de estudos contrastados. ❖ Radiografia contrastada ➢ Uso de contraste iodado ■ Risco maiores de reações adversas na via endovenosa e excreção do contraste pelos rins ➢ Pode ser administrado na forma: ■ Endovenosa: urografia excretora e arteriografia renal ■ Retrógrada: pielografia, cistografia, uretrografia e uretrocistografia Manu Lamas (155) https://www.youtube.com/watch?v=5AxhrKwkopc 15 ❖ Tomografia computadorizada ❖ Ultrassonografia Arteriografia renal Funcionamento ❖ Usa de corante endovenoso. ❖ É um exame hemodinâmico, onde se punça a artéria femoral e introduz-se um cateter, levando-o para aorta na proximidade da emergência das artérias renais. A partir daí, temos: ➢ Aortografia: o contraste é solto na emergência, alcançando os dois rins. ➢ Arteriografia renal seletiva: quando o cateter seleciona apenas um rim ❖ Esses exames permitem perceber a vascularização renal e posicionamento. Indicado na suspeita de estenose ou oclusão da artéria renal, como causa de hipertensão secundária. Urografia excretora Funcionamento ❖ Exame morfológico e funcional, com uso de contraste. ❖ Analisa desde antes da entrada do contraste até após sua saída. ❖ Utiliza-se da radiografia simples de abdome Fases ❖ 1a fase - Nefrograma: Após 1 ou 2 min de injeção de contraste, é uma radiografia das lojas renais, que analisa sua presença nos rins ❖ 2a fase - Pielograma: 10min depois. Nova radiografia das lojas renais para avaliar a junção pieloureteral, que estará marcada pelo contraste. ❖ 3a fase - Descompressão: 12 a 15 min. O contraste desce e preenche todo o trajeto do ureter. Fica menos concentrado, mas permite ver toda sua extensão com clareza ❖ 4a fase - Pré-miccional: observa-se a bexiga com a presença do contraste nela. ❖ 5a fase - Pós-miccional: observa-se a bexiga, após o paciente urinar o contraste. Pielografia retrógrada Funcionamento Manu Lamas (155) 16 ❖ Uso de corante retrógrado, ou seja, administrado através de um cateter ureteral, com a extremidade no interior da pelve, assim cai direto na pelve, desce pelo ureter e chega na bexiga, sem ser absorvido. Cistografia RetrógradaFuncionamento ❖ Exame não funcional, pois o contraste é por cateter vesical. ❖ Avalia dimensões, contornos, falhas de enchimento e presença de divertículos Uretrografia Retrógrada Funcionamento ❖ Também não funcional, direcionada para estudo da uretra masculina. ❖ Avalia calibre rm todas suas porções, pesquisando estenose, trauma, fístulas. ❖ Usa-se a Pinça de Brodney, que posiciona e firma a extremidade da uretra, onde o contraste é injetado de forma retrógrada, até opacificar a uretra. Uretrocistografia Miccional Funcionamento ❖ Exame não funcional, pesquisa refluxo vesicoureteral, principalmente em crianças. ❖ Começa com radiografia simples, depois bexiga parcialmente repleta (para ver falhas de enchimento, divertículos, ureterocelese), depois bexiga cheia, oblíquo direita, oblíquo esquerda e depois fase funcional. Por fim, fase pós miccional. ❖ As imagens são coletadas durante a micção, para ter chances de pegar o refluxo. ❖ Em AP em meninas e oblíquo em meninos. Tomografia Computadorizada Funcionamento ❖ É excelente para avaliação, mas as desvantagens são a carga de radiação ionizante o contraste iodado. Existem muitos protocolos, o que requer um pedido muito completo Manu Lamas (155) 17 ❖ Quatro formas de realizar a tomografia: ➢ Sem contraste: casos em que o paciente não pode usar. ➢ Pré e pós-contraste: feito quando não é possível usar bomba ejetora (dispositivo que permite administração controlada de contraste e sincronizada com a tomo) ➢ UroTomografia: realizada em quatro fases: ■ Pré-contraste ■ Fase corticomedular: realce do córtex renal ■ Fase nefrográfica: realce do córtex e da medula ■ Fase pielográfica: realce do sistema coletor ➢ AngioTomografia: foco na avaliação vascular. Pega as imagens na fase arterial, quando o contraste atinge concentração máxima na luz da aorta. Após isso, faz-se reconstrução da imagem, mantendo apenas os vasos. ■ Na imagem ao lado, tem-se a aorta e as artérias renais, com setas azuis apontando estenoses nelas. Ultrassonografia de Rins e Vias Urinárias Funcionamento ❖ Muito útil, principalmente em crianças, por não usar radiação. ❖ Permite análise em tempo real, estudar peristaltismo ureteral, identificar cálculos e fazer estudo vascular (Doppler). ➢ Rins na imagem ao lado Ultrassonografia Endovaginal Sexo feminino ❖ Mostra detalhes do endométrio, define contorno do útero, mostra os ovários, presença de folículos e variantes . Sexo Masculino ❖ Avaliar bolsa testicular, próstata Tomografia X Ressonância Manu Lamas (155) 18 ❖ Tomografia apresenta várias restrições técnicas para sua realização na pelve, além dos efeitos da radiação nos órgãos reprodutivos. Por isso não é muito usada ❖ Ressonância apresenta ótima resolução e diferenciação de tecidos MUSCULOESQUELÉTICO Composição ❖ Estruturas ósseas ➢ Funções de sustentação e suporte, locomoção, hematopoiese e equilíbrio do meio interno (cálcio, magnésio, fósforo, citrato) ➢ Matriz óssea e proteica - reguladas por hormônios (calcitonina/PTH) vitamina D, proteínas ➢ Alterações do complexo osteoproteico: malformações, envelhecimento, doenças localizadas e doenças sistêmicas ❖ Partes moles: músculos, tendões, cartilagem, ligamentos e cápsulas articulares Métodos de Imagem Radiografia simples ❖ Exame inicial: (tudo o que já vimos) baixo custo, disponível, incidências dependem da região anatômica e da indicação (pelo menos, dois planos ortogonais) e baixa acurácia para avaliação de partes moles. ❖ Qualidade diferente entra radiografia analógica e digital Artrografia ❖ Radiografias da articulação feitas após a introdução de meio de contraste e/ou gás. Pode ser feito por radiografias seriadas. ❖ Variações: ➢ Artomografia = artografia + TC = contraste iodado ➢ Artrorressonância: artrografia + RM = contraste gadolíneo ❖ Indicações: artropatias, lesões da cartilagem articular, lesões ligamentares, sinovites e bursites (Bursite é a inflamação da bursa, pequena bolsa contendo líquido que envolve as articulações e funciona como amortecedor) Ultrassonografia: Manu Lamas (155) 19 ❖ Vantagens: baixo custo, não usar radiação, avaliar partes moles ➢ Papel complementar o da radiografia, por ver as partes moles ❖ Indicações: tendinopatias, lesões ligamentares, sinovites e bursites Tomografia Computadorizada ❖ Método seccional, não há problema de sobreposição ❖ Permite avaliação de tudo = partes ósseas e moles ❖ Permite reconstruções multiplanares e tridimensionais - análise mais completa Ressonância Magnética ❖ Desvantagens: mais caro, menos disponível ❖ Padrão ouro para partes moles ❖ Permite avaliação em vários planos anatômicos ❖ Permite avaliar tendões, ligamentos, meniscos e medula óssea ❖ Detecta e avalia distúrbios articulares, infecções, infarto ósseo e necrose isquêmica Cintilografia ❖ É medicina nuclear ❖ Captação de radionuclídeos com afinidade pelos ossos: fixam-se em placas epifisárias e em áreas anormais, como tumores, infecções e fraturas. ➢ Ou seja, dá um radiofármaco com afinidade pelos ossos e olha onde eles param. ➢ Substância mais usada: polifosfatos com tecnécio ❖ Maior sensibilidade e menor especificidade que a radiografia simples Resumo das formas de imagem ❖ Avaliação óssea: ➢ Radiografia e TC ❖ Avaliação de partes moles: ➢ US (algumas articulações) e RM ❖ Avaliação tridimensional: ➢ TC e RM Léxico Radiológico Considerações Manu Lamas (155) 20 ❖ Vocabulário usado para descrever as imagens Semiologia óssea e articular ❖ Alterações blásticas ou escleróticas: neoformação óssea ➢ Imagem 1: Alterações ovaladas, hiperdensas, bilaterais - possível processo metastático ➢ Imagem 2: alterações nas metáfases de maior densidade ❖ Alterações líticas reabsorção ou destruição do osso ➢ Imagem 1: ulna proximal com alteração hipotransparente ➢ Imagem 1.2: diástase hipotransparente ➢ Imagem 2: lesão que aumenta tamanho do osso, mas ainda diminui sua densidade, então é uma lesão lítica insuflativa Anatomia Radiológica Funcionamento ❖ Regiões que devem ser identificadas para um exame correto. ❖ O osso é dividido em duas morfologias: ➢ Córtex: mais compacto/denso. Geralmente periférico, para sustentar e proteger ➢ Medula: osso esponjoso/menos denso. Central. ➢ Imagem ao lado para comparar as densidades ❖ Quanto ao eixo longitudinal, pode ser dividido em: ➢ Diáfise: parte alongada do osso, parte do meio. Possui margens espessas e densas (cortical) ➢ Epífise: extremidades. Possui a cortical delgada, tem maior quantidade de osso esponjoso. ➢ Metáfise: porções alargadas entre a diáfise e epífise. Possui a cortical delgada. Região de transição Ossos em crescimento ❖ Epífises e metáfises separadas por faixa radiotransparente = placa cartilaginosa de crescimento (a placa epifisária lá do CHG - aqui ele chama de fise, problema dele) ➢ Placa é a linha hipotransparente embaixo do gordinho do osso e em cima do fininho Manu Lamas (155) 21 ➢ Cuidado para não confundir com fraturas. Tem localização específica e cruza todo o osso, aparecendo em pacientes pediátricos. ❖ Metáfises (logo abaixo das placas epifisárias) = regiões de formação ativa do osso ❖ A placa epifisária vai reduzindo até ossificar-se(cartilagem morre e é substituída por osso), quando ocorre fusão da epífise com a diáfise ❖ Crescimento no diâmetro transverso: formação óssea a partir da camada interna do periósteo ❖ Observações da imagem: ➢ Apófise: osso normal de aspecto exofítico (depositado sobre algo), que origina-se de um centro de ossificação separado e funde-se ao osso com o tempo. Podem aparecer mais radiotransparentes em crianças. ■ Geralmente, são pontos de inserção tendínea ou ligamentar. ■ Cuidado para não confundir com fraturas - saber faixa etária. ➢ Sesamóide: componente que se ossifica dentro de um tendão (ex: patela) ■ Incidências específicas para avaliação (dorsoflexão no pé, por exemplo). Articulação ❖ A articulação entre dois ossos adjacentes faz-se por material fibrocartilaginoso entre as superfícies das extremidades ósseas, preenchendo o espaço articular ❖ Densidade de partes moles é radiotransparente, aparecendo como um “espaço” entre as extremidades ósseas. ❖ O osso imediatamente abaixo da cartilagem é denominado subcondral. Como avaliar a radiografia? Avaliação sistematizada ❖ Verificação de dados: dados do paciente e identificação da imagem ❖ Aspectos técnicos: só ver partes moles e ósseas. Verificar incidência e exposição. ❖ Lateralidade: essencial de verificar (membro direito e esquerdo) ❖ Avaliar alinhamento ósseo e articular: desvios podem identificar fraturas ou deslocamentos (imagem ao lado, procure a luxação) Manu Lamas (155) 22 ❖ Percorrer todas as superfícies corticais: procurar por fraturas, lesões líticas ou blásticas ❖ Avaliar textura óssea: especialmente do osso trabecular, mas analisar áreas líticas ou blásticas (imagem do fêmur) ❖ Avaliação dos espaços articulares: inferir lesão a partir de aumento ou redução ❖ Partes moles: ajudam a detectar lesões ósseas Fraturas Métodos de Imagem ❖ Raio-X: primeiro método, sendo pedido em duas incidências ortogonais. Permite diagnóstico e acompanhamento. ➢ Existem fraturas que tem diagnóstico dificultado por serem ocultas (ex: escafoide) ou gerarem quadro subclínico (curso insidioso) ❖ TC: auxilia com visão multiplanar e tridimensional ❖ US e RM: avaliam partes moles. A RM ainda ajuda no diagnóstico diferencial de causas das fraturas (tumores, patológicas) ❖ Exame de imagem deve ser complementar à anamnese e exame físico Avaliação inicial ❖ Diagnóstico: por descontinuidade (completa ou incompleta) do osso, de sua cartilagem ou de ambos) ❖ Além do osso acometido, é necessário avaliar: deformidades ósseas associadas, articulações adjacentes, lesões de partes moles (o osso pode machucar elas) e pele (que tem a primeira avaliação como clínica - já permite classificar a fratura em geral) ❖ Fratura: ➢ Exposta: aberta, a continuidade da pele foi rompida, gerando riscos de infecção e distúrbios de consolidação Manu Lamas (155) 23 ➢ Fechada: simples, a pele continua intacta. Pode necessitar de estabilização cirúrgica ainda assim. ❖ Extensão da fratura: ➢ Completa: como o nome diz, é completa, sendo subclassificada em relação ao eixo longitudinal do osso. ■ Há ainda outra divisão nesse tipo, sendo em relação a fragmentos ósseos: ● Simples: sem fragmentos ósseos (só tem as duas metades quebradas) ◆ Nesse tipo, descreve-se também quanto ao ângulo da fratura, pois impacta no tratamento proposto: ➢ Transversal (<30°) ➢ Oblíqua (>30°) ➢ Longitudinal ou vertical: acompanha o eixo longitudinal do osso ➢ Espiral: faz espiral em relação ao eixo longitudinal ◆ ● Cominutiva: as duas metades quebradas e mais pelo menos um fragmento (imagem ao lado. Se subdivide em: ◆ Segmentar: as linhas de fratura isolam um segmento da parte proximal do osso longo, isso interfere no suprimento sanguíneo e na velocidade de consolidação. Ex pra entender na sua esquerdinha ➢ Incompleta: mais comum em crianças, pela elasticidade óssea. Como não são completas, podem alterar o formato como o osso fica, logo. A fratura incompleta pode ser completa em apenas uma face (o que define é ela não “cortar” o osso todo” ■ Seus tipos são: ● Arqueamento ou encurvamento: curvatura aguda, ocorre principalmente em ossos longos, especialmente rádio e ulna. É causada por queda com membro em extensão, sendo geralmente tratada de modo conservador. ● Em tórus: curvatura da cortical, sendo simétrico. É focal e resultado de força de compressão axial. Ocorre mais comumente em rádio distal e tíbia Manu Lamas (155) 24 ● Galho verde: quando há fratura da cortical em apenas um dos lados. A outra face do osso costuma apresentar uma curvatura e normalmente afeta a diáfise média, sendo mais comum em antebraço e perna. É a principal fratura incompleta Localização no osso ❖ Descrever se a fratura está na área diafisária, metafisária ou epifisária. ❖ Na epífise: pensar em fratura articular. Além disso. em crianças é comum o deslocamento da epífise ❖ Outra forma de descrever a localização das fraturas, quando próximas a áreas articulares é: ➢ Junção das porções medial e distal do fêmur ➢ Supracondilar ➢ Intra-articular ❖ Fratura avulsão ou por arrancamento: fragmento ósseo é puxado de um osso por um tendão ou ligamento, sendo comum em apófises e tuberosidades, locais de inserção dessas estruturas. (imagem na sua esquerda) ❖ Relação dos fragmentos entre si: o nome do deslocamento é dado pelo fragmento distal. Ex: fragmento distal deslocado medialmente? relação de deslocamento medial ❖ Tipos de deslocamentos nas imagens abaixos abaixo ❖ Características especiais da lesão: ➢ Impacção: osso fratura e os dois fragmentos são empurrados um na direção do outro, o que leva a perda da linha de fratura. A partir daí, é necessário perceber pela cortical. Observar se a diáfise “entra” na cabeça do osso ➢ Depressiva: rebaixamento do platô ➢ Compressiva: aumento da força no eixo axial (ex: vértebras) Manu Lamas (155) 25 ❖ Luxação e subluxação: observar imagem aqui ao lado Consolidação ❖ Processo de fusão óssea. Aqui usamos a imagem para acompanhar a evolução da fratura. ❖ Clínica: crescimento ósseo suficiente para restaurar a função. Não necessariamente significa que já pode remover a imobilização. ❖ Radiológica: identificação do calo ósseo, que oblitera a radiotransparência da fratura e une os fragmentos ósseos ❖ A consolidação tem fatores relacionados ao seu sucesso: ➢ Idade do paciente ➢ Local e tipo de fratura ➢ Posição dos fragmentos ➢ Estado do suprimento sanguíneo ➢ Qualidade da imobilização ou fixação ➢ Anormalidades associadas (infecção ou osteonecrose ❖ Falha na consolidação: causas de falha comuns são movimentação excessiva, fenda entre fragmentos, perda de suprimento sanguíneo e infecção. Os tipos de falhas são: ➢ Não consolidação/Pseudoartrose: falha na união dos fragmentos ➢ Consolidação atrasada: ausência de consolidação radiográfica no tempo esperado ➢ Má consolidação (consolidaçãoviciosa): união dos fragmentos com angulação, rotação, comprimento ou congruência articular inadequados Manu Lamas (155) 26 MEDICINA NUCLEAR Comparação com outras modalidades: ❖ Também possui fins diagnósticos e terapêuticos. ❖ Na medicina nuclear, o paciente recebe um radiofármaco e o aparelho percebe a radiação emitida pelo paciente. A distribuição da radiação no organismo é definida por funções metabólicas ❖ A medicina nuclear gera imagens metabólicas/funcionais/fisiológicas. A informação anatômica não é boa. Radioisótopos e radiofármacos ❖ É o princípio fundamental da cintilografia ❖ Se associa um material radioativo (radioisótopo ou readiotraçador) com um medicamento, gerando o radiofármaco. ❖ Não há na literatura, registro de caso de alergia. Como queremos estudar a fisiologia do organismo, não pode ser algo que modifique seu funcionamento. Assim, usam-se análogos de substâncias do corpo (ex: análogo da bilirrubina). ➢ Assim, o fármaco não tem função metabólica, ele só é um carreador ➢ O fármaco é chamado de sestamibi (mibi para os íntimos) e tem afinidade por mitocôndrias. ❖ O principal elemento usado é o Tecnécio. Usado pela característica da meia-vida, pela meia-vida curta (6h) e por só emitir radiação gama. ❖ A radiação da Medicina nuclear são raios Gama, adquiridos no aparelho (gama-câmara). Cardiologia Funcionamento ❖ Doença Arterial Coronariana é uma das principais causas de morte, assim é importante identificar antes de um infarto. Pode-se, entre outros métodos, usar a Medicina Nuclear. ➢ A cadeia para solicitar um exame é: paciente com queixa de angina -> solicita teste ergométrico -> alteração nesse teste -> passa-se para uma avaliação fisiológica, podendo ser a Medicina Nuclear Manu Lamas (155) 27 ❖ No repouso, a artéria coronária se dilata para suprir o local. Isso ocorre devido a presença de placa aterosclerótica significativa. Porém, ao exercício, essa dilatação não é suficiente para irrigar e vemos a alteração funcional. Gera sintomatologia e no exame de imagem vemos que território recebeu menos suprimento durante o esforço ❖ Assim, há duas etapas: ➢ Estresse: coloca numa esteira e espera que alcance um fluxo coronariano entre 3 a 5 vezes o normal. Quando chega nisso, injeta o radiofármaco e leva para o aparelho. ■ Também é possível fazer o teste com estresse farmacológico (dobutamina = cronotrópico positivo ou dipiridamol = vasodilatador coronariano). Após isso, administra o radiofármaco. Essa modalidade é usada quando há impossibilidade de realizar teste de esforço eficaz (como em doenças ortopédicas, respiratórias, etc). ■ É necessário ressaltar que a FC submáxima tem que ser alcançada. Caso não seja, pode gerar um falso negativo. ➢ Repouso: injeta o mesmo radiofármaco e faz o exame. Aí compara a perfusão nos dois jeitos. ❖ Os resultados podem indicar: ➢ Normalidade: chega mesma quantidade de sangue que no repouso. Não mostra sinais de isquemia miocárdica. ➢ Insuficiência coronariana: como o vaso dilata, no repouso a imagem é bem perfundida e concêntrica. Na esteira, o vaso não tem reserva e não consegue mais gerar a perfusão adequada. Assim, a imagem apresenta diferença, refletindo uma hipoperfusão transitória, ou seja, isquemia miocárdica ❖ Observação: só enxergamos VE porque ele é muito mais espesso. ❖ o computador dá uma escala de cor: de azul (menos sangue) a branco (mais sangue). Assim, é possível perceber as diferenças de perfusão, podendo ser normal, ligeiramente alterado e muito alterado ❖ Por convenção, no resultado, a primeira sequência é sempre estresse e repouso depois. Aparecem também diversos eixos para permitir uma melhor avaliação Manu Lamas (155) 28 ❖ Também é possível ver a imagem dinâmica, com volume de ejeção e contração da parede. ❖ Assim, as principais indicações de exame de cintilografia são: ➢ Detecção de Doença Aterosclerótica Coronariana ■ Pacientes sintomáticos com Teste Ergométrico normal ■ Pacientes assintomáticos com fatores de risco importante para DAC e TE positivo ➢ Avaliação funcional da DAC: ■ Orientação no manuseio clínico de pacientes com lesões subcríticas ➢ Avaliação da viabilidade miocárdica ■ Miocárdio Stunned e Hibernate: não abordou na aula ➢ Acompanhamento do resultado e eficácia de terapia ■ Angioplastia, cirurgia, tratamento clínico ➢ Dificuldades de interpretação do ECG no esforço ■ Distúrbios de condução (ex: bloqueio de ramo) Gastrointestinal Áreas de atuação ❖ Na maioria, não é primeira escolha ❖ Cintilografia hepato-biliar ❖ Cintilografia hepato-esplênica ❖ Pesquisa de divertículo de Meckel: primeiro exame de escolha ❖ Pesquisa de hemangioma hepático Manu Lamas (155) 29 ❖ Pesquisa de hemorragia digestiva ❖ Pesquisa de refluxo gastro-esofágico Pesquisa do Divertículo de Meckel ❖ O radiofármaco fixa-se na mucosa gástrica ectópica, ou seja, mucosa gástrica fora do estômago. ❖ Como a maioria (95%) dos divertículos, são hemorrágicos e 60% são sintomáticos, é importante diagnosticar e tratar. ❖ É o pontinho pretinho extra-gástrico, mostrando captação do tecnécio. ➢ Cuidado para não confundir com a bexiga, pois a excreção é renal NEUROIMAGEM <3 Exames de Imagem Radiografia simples ❖ Uso limitado ❖ Indicações: ➢ Alterações morfológicas ➢ Trauma ➢ Calcificações patológicas ❖ Incidências: PA e perfil ❖ Deve-se analisar: ➢ Identificar suturas ➢ Identificar impressões/hipotransparências da calota craniana, pois correspondem a impressões vasculares (passagem de vasos na superfície interna) ➢ Ver região da sela turca ➢ avaliação dos seios da face Tomografia computadorizada: Manu Lamas (155) 30 ❖ Um dos principais exames de avaliação do SNC ➢ RM também é muito bom, mas é mais caro ❖ Permite diferenciação boa de substância branca e cinza ❖ A sua esquerda sempre corresponde a direita da imagem ❖ Permite a avaliação em diversos planos ➢ Corte transversal = axial: é invertida, como se eu estivesse olhando dos pés do paciente. Sendo assim, como olho de baixo, meu lado esquerdo condiz com a direita da imagem e vice-versa. ➢ Corte coronal: paciente de frente pra vc, direita do cérebro é a sua esquerda ➢ Corte sagital: paciente de lado. Não dá pra saber o que é direita e esquerda, só anterior e posterior ➢ É possível observar cortes oblíquos conforme necessidade ❖ Janelas: usadas para avaliar diferentes regiões que favorecem tipos de estruturas. Limita a escala de cinza usada, facilitando a visualização. Anatomia cerebral: ❖ Dividido em cinco lobos: ■ Frontal ■ Temporal ■ Parietal ■ Occipital ■ Ínsula: único lobo interno ❖ Em substâncias: ➢ Cinzenta: mais externa (córtex) e internamento nos núcleos da base. Aparece mais radiodensa porque é composta pelos núcleos celulares e células da glia. ➢ Branca: mais interna. Menos radiodensa, pois é uma área composta de axônios, bainha demielina (lipídeos) e células da glia (em menor quantidade). ❖ Tenda do cerebelo: tudo acima é supratentorial ❖ Áreas de calcificação: áreas de hiperdensidade localizadas dentro de ventrículos, que são os plexos corióides calcificados ❖ Vascularização cerebral: ➢ Complexo sistema Manu Lamas (155) 31 anastomótico: evitar lesões ➢ Dois sistemas principais: ■ Circulação anterior: vem da a. carótida comum (ramifica em carótidas internas, que geram as artérias cerebrais médias e anteriores = irrigam parte anterior e média) ■ Circulação posterior: relacionada a artérias vertebrais, que se juntam às basilares e geram artérias que irrigam o cerebelo, tronco e também tem a artéria cerebral posterior como ramo. ➢ Forma o sistema geométrico do Polígono de Willis, que pode ser observado na imagem à sua direita. Existem diversas variações anatômicas, mas aí Deus na fé. Processos Patológicos Edema ❖ Edema citotóxico ➢ Ocorre quando há diminuição/ausência do suprimento sanguíneo para a região. ➢ Faltando sangue, falta oxigênio e as bombas de sódio param de funcionar pela baixa de ATP. Assim, acumula sódio e líquido nas células. ➢ Esse acúmulo, as deixas inchadas, gerando edema, com menor espaço entre células e aumento do seu espaço interno ➢ Na imagem, aparece como: ■ Hipotransparência da região afetada ■ Não permite diferenciar substância branca da cinzenta ● Ocorre porque a cinzenta é mais ativa, então sofre mais e primeiro. ■ Segue a região de vascularização. ■ Redução do ventrículo relacionado (efeito de massa) ❖ Edema vasogênico: Manu Lamas (155) 32 ➢ Ocorre aumento do espaço entre as células, sem alterar as membranas da célula. ➢ Tem tamanho normal, mas estão mais afastadas. ➢ Ocorre em processos inflamatórios, neoplasias, metástases, doenças desmielinizantes. ➢ No exame de imagem: ■ Aumento da diferenciação entre substância branca e substância cinzenta. ■ Ainda há inchaço cerebral, sendo assim, há redução do ventrículo por efeito de massa. ■ Redução dos sulcos na região de edema. ❖ Edema transudativo/intersticial: ➢ Ocorre aumento de pressão nos ventrículos, o que leva a um transudato que extravasa para a região do parênquima. ➢ No exame de imagem: ■ Ventrículos aumentados ■ Região de hipodensidade próximo aos ventrículos; Ressonância Magnética: ❖ Lindíssima, dá para ver tudo. ❖ Tipos de imagem: ➢ T1: a substância branca é mais clara e a cinza mais escura. ➢ T2: substância branca está mais escura e substância cinza está mais clara. Nessa sequência, o liquor brilha (nos ventrículos, no sulco, no olho) ■ Permite observar edemas. ➢ Variações de T2: dá pra apagar brilho de T2 ➢ Flair: anula sinal do líquor, mas não apaga a água presente em outros processos, permitindo ver edemas. Surgiu para apagar momentos em que o liquor cobria lesão. ❖ Sequência de difusão: permite observar as passagens de difusão e seu desenvolvimento, podendo perceber processos patológicos. ➢ Especialmente importante no AVC, que mostra sinais na imagem (edema citotóxico) cerca de 6h~12h depois da lesão. Para o diagnóstico mais rápido, a difusão mostra em até 30min. Imagem do lado Manu Lamas (155) 33 ❖ Sinal da artéria hiperdensa: sinal precoce do AVC isquêmico. Revela obstrução, por isso fica densa (estase sanguínea) ❖ Tem que ter certeza do que o paciente tem, porque o tratamento de edemas vasogênicos e citotóxicos são opostos. Logo, tratar errado, piora a situação Ultrassonografia transfontanelar ❖ Pressupõe que tenha suturas abertas (paciente menor que 2 anos). útil pois não é bom usar radiação em babies. ❖ Imagem aqui do seu ladinho esquerdo Ultrassonografia intrauterina ❖ Avalia SNC (coluna também) ❖ Pelo abdome da mãe ❖ Ossos menos establecidos, permite o som passar ❖ Imagem do ladinho direito de quem lê Doppler de carótidas ❖ Usado em adultos, baseado em US. ❖ Vê a carótida comum, sua bifurcação, artérias cerebrais. ❖ Permite identificar padrão pré ou pós estenose Arteriografia ❖ Usada na avaliação da vascularização cerebral. ❖ Feita com injeção de contraste por cateter ❖ Usada para tratar aneurismas Manu Lamas (155) 34 RADIOLOGIA MAMÁRIA Anatomia Observações ❖ Antes fazia a ductografia, injetando contraste pela papila mamária ❖ Cadeia linfática: a maior parte da drenagem da mama, especialmente na área lateral, vai para a cadeia axilar. Por isso, palpar linfonodos axilares faz parte do exame de mama ➢ Linfonodos de cadeia axilar: drena mais de 75% das mamas ➢ Linfonodos da cadeia mamária interna: pequena drenagem medial ➢ Linfonodos retromamários: linfonodos profundos. Tecido mamário ❖ Constituição: ➢ Se predomina gordura, a densidade diminui ➢ Se predomina tecido fibroglandular, a densidade aumenta ❖ O predomínio varia com a idade, sendo que os jovens têm mamas mais densas (tecido fibroglandular) e as idosas menos densas (tecido adiposo) ❖ Na imagem ao lado, temos um degradê de mamas em que predominam tecido adiposo (A é a que mais tem) para as que predominam tecido fibronodular (D) Métodos de imagem: Mamografia ❖ Mais usado no Brasil. É parte do screening de câncer de mama ❖ A descrição do exame da mama, sempre começa com a composição, pois deve se adequar ao perfil do paciente ❖ Nódulo sólido: densidade parecida com a de tecido fibronodular. Por isso que mamografia para mamas densas, não é tão sensível. ❖ Método: tipo de radiografia. A máquina emite Raio-X e detecta do outro lado. Técnicas ❖ Indicações: ➢ Rastreamento de câncer de mama Manu Lamas (155) 35 ➢ Antes da instituição de terapia hormonal ➢ Pré-operatório de cirurgia plástica ➢ Estudo da mama contralateral em pacientes mastectomizadas ❖ Incidências ➢ Básicas: ■ Craniocaudal (CC): longitudinal. São padronizadas para apresentar parte lateral em cima e parte medial embaixo. É convenção, temos que saber; ■ Medio-lateral-oblíqua (MLO): perfil oblíquo ➢ Complementares: ■ Magnificação com compressão seletiva: realizada quando há imagem suspeita nas incidências de rotina. ● Põe uma “lupa” para aumentar a área e pressiona a região ● Principais indicações: microcalcificações. A compressão as dispersa e favorece reconhecimento. ■ Compressão localizada: indicada para estudar áreas densas e para analisar contorno de nódulos. ● Usa-se quando há imagem suspeita nas incidências de rotina, aí coloca-se o compressor (espalha o tecido mamário) adequado na área a ser estudada. ● Indicado para densidades assimétricas ■ Perfil ■ Rolamento ❖ Características da mamografia: ➢ Preparo fácil: apenas não usar desodorante/talco ➢ Usa radiação ionizante direcionada: praticamente não expõe radiação ao resto do corpo. Por ainda ser um tecido pequeno e comprimido, utiliza baixas doses ➢ Tem excelente resolução espacial e de contraste ❖ Manobra de Eklund: ➢ Próteses mamárias: para quem fez reconstrução de mama ➢ Implante mamário: cirurgias estéticas = famoso silicone ➢ Em ambos, se faz a mamografia em duas análises: uma vendo o implante e outra fazendo a manobra deempurrá-lo para observar a mama em si Manu Lamas (155) 36 ➢ Ou seja, a presença de implantes/próteses não contraindica mamografia Análise do exame ❖ Análise mamográfica: roteirinho para seguir e analisar na ordem ➢ Simetria das mamas ➢ Análise da pele: regularidade, espessura, mamilo e tecido retroareolar ➢ Análise do parênquima: adiposo ou fibroglandular, homogeneidade, distorções, vasos, calcificações, nódulos ➢ Análise da região axilar: linfonodos -> principalmente na incidência MLO ❖ A interpretação é do exame, não da mama ou de determinado nódulo. Tem um tópico de BI-RADS no final pra não ficar bagunça ❖ Essas categorias levam a como tratar o caso e o risco de desenvolvimento de câncer ➢ A partir de 4 já é biópsia e 6 é câncer ➢ A tabela completa tá lá embaixo pra quem quiser lutar ❖ Os principais grupos de achados mamográficos são: ➢ Nódulos ■ Classificados quanto a forma (oval, redondo, irregular) ■ Classificados quanto a margem (circunscrita, obscurecida, mal definida, microlobulada e espiculada) ➢ Calcificações: Manu Lamas (155) 37 ■ Grosseiras/Heterogêneas, amorfas, pleomórfica fina, linear fina ■ Localização e distribuição: difusa. grupamento, linear, segmentar (principal para carcinoma) ou regional ➢ Assimetrias ■ Assimetria, assimetria global, assimetria focal, assimetria em desenvolvimento ➢ Distorção arquitetural ❖ Achados: ➢ Benignos: ■ Nódulos arredondados ■ Contornos bem definidos ■ Calcificações grosseiras ■ Calcificações vasculares ■ Lesões com densidade de gordura ➢ Malignos: ■ Lesões espiculadas ■ Microcalcificações agrupadas, de forma e tamanhos variados ■ Área de distorção da arquitetura ■ Densidade assimétrica de aparecimento recente ■ Espessamento/retração cutânea Exame de Imagem - Ultrassom Conceitos gerais ❖ Não há comprovações se serve como forma de rastreamento primário. ❖ Já para rastreamento secundário, serve como elucidação pós mamografia ❖ Também atua com/como: ➢ Critéria diagnóstico ➢ Avaliação nas axilas ➢ Racionalizar biópsia ➢ Orientar intervenções (punção/biópsia) ➢ Importante correlação com a mamografia ❖ Indicações: ➢ Diferenciar nódulos sólidos e císticos: na mamografia aparecem iguais ➢ Avaliar nódulos palpáveis em jovens, gestantes e puérperas ➢ Avaliar mamas mais densas ➢ Pesquisa de mastites ou coleções (padrão ouro) ➢ Orientar procedimentos intervencionistas ➢ Limitações: Manu Lamas (155) 38 ■ Avaliação de calcificações ■ Distorções arquiteturais ■ Identificação de nódulos em regiões com predomínio de gordura Métodos de imagem: Ressonância Magnética ❖ TC é só para estadiamento, não tem função de rastreio ❖ RM nunca é usada sozinha nesse caso, é apenas complementar à mamografia ❖ Indicações: ➢ Utilizada em mulher com CA de mama para determinar o tamanho do tumor e a existência de outros tumores na mama ➢ Indicada junto com a mamografia para o diagnóstico do CA de mama em mulheres de alto risco ❖ Na imagem: ➢ Lesões malignas: realce rápido e precoce ➢ Lesões benignas: realce lento e gradual ❖ É importante destacar que ela não substitui a mamografia e não é indicada como rastreamento de forma isolada Alterações nos exames: Alterações Benignas ❖ Cistos simples: ➢ O que são: ■ Ductos terminais ectasiados ■ Frequentemente múltiplos e bilaterais ■ Patologia mais frequente na faixa de 40 aos 50 anos ■ Maioria assintomático ■ Em caso de paredes finas: não necessita de punção para investigação ➢ Na imagem: ■ Paredes bem definidas e finas ■ Anecóicos ■ Redondos, ovais, lobulados ■ Reforço acústico posterior: para abaixo do cisto, há aumento da ecogenicidade (fica mais branco) ■ No caso de cistos complexos (que tem algo no centro além da estrutura anecóica): esses não serão normais e podem ser benignos ou suspeitos de malignidade (serão investigados) ● Na suspeita, se realiza uma punção, guiada também pelo US ❖ Nódulos benignos: Manu Lamas (155) 39 ➢ Ovalados ➢ Contornos regulares ➢ Calcificações grosseiras (se houverem) ➢ Ausência de sombra acústica posterior ➢ Tecido adjacente normal: sem alterações refletidas na pele ➢ Se os nódulos forem únicos, em geral ocorre acompanhamento para reavaliar ❖ Nódulo benigno: Fibroadenoma ➢ O que é: ■ Nódulo sólido mais frequente ■ Assintomática em 25% dos casos ■ Lesões múltiplas em 13 a 20% dos casos ■ Mais comum entre 20 e 30 anos: de mulheres jovens ■ Crescimento autolimitado (3 a 4 cm em média) ➢ Na imagem: ■ Tipicamente oval ■ Mamografia: nódulo circunscrito (calcificações em pipoca = grosseiras) ■ US: circunscrito, levemente hipoecogênico ou isoecogênico, ecos internos homogêneos ■ RM: nódulo hiperintenso em T2, com realce lento e persistente ■ O das imagens é de uma mulher de 41 anos ● Na mamografia: incidência com compressão, sendo um nódulo oval, circunscrito e denso ● No US: nódulo circunscrito, levemente hipoecogênico, ecos internos homogêneos. Sem sombra acústica posterior Alterações malignas ❖ Nódulos malignos: ➢ Arredondados (mais altos que largos) ➢ Contornos irregulares (margem mal definidas, microlobuladas, espiculadas), sombra acústica posterior ➢ Calcificações ➢ Hipoecogenicidade ➢ Alteração de tecidos adjacentes: pele, parênquima, edema, extensão ductal ❖ Carcinoma ductal invasivo ➢ 70~80% de todos os cânceres de mama ➢ Muitas vezes assintomáticos (por isso a necessidade de rastreamento), mas ainda percebidos como massas palpáveis, ou seja, detectáveis Manu Lamas (155) 40 ➢ Idade média do diagnóstico: 61 anos ➢ Relacionado com fatores genéticos e receptores hormonais ■ BRCA1, BRCA2 ■ Receptor de estrogênio (ER), receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2) ■ Por sabermos os receptores, geramos uma terapia alvo mais eficiente ❖ Carcinoma ductal in situ ➢ Proliferação clonal de células epiteliais malignas no ducto terminal, sem invasão da membrana basal. ➢ Alguns autores o consideram precursor do invasivo, mas não é uma evolução obrigatória, pode estagnar nesse ou começar pela invasivo. BI-RADS ❖ BI-RADS aí pra quem quiser lutar: ❖ Lembrar que é um por exame e não por mama/alteração ❖ Funções: ➢ Classificar de maneira universal as alterações mamárias. ➢ Usar para percepção de anomalias. Como a maioria dos exames é preventivo, há uma % muito maior de mamas normais do que de anormais. Assim, em caso uma região passe a ter aumento de anormalidades, serve para perceber: ■ Possíveis avaliações incorretas: orientação e atualização dos profissionais responsáveis ■ Perceber população com maior risco de câncer: estudo epidemiológico. ❖ BI-RADS 3 tem acompanhamento mais específico, pois é um “possivelmente benigno”, ou seja, a ser investigado com mais cuidado: ➢ Pode reclassificar conforme os exames ocorrem e se altera: ■ Nessa categoria, o achado pode aumentar ou regredir Manu Lamas (155) 41 ➢ No 3, no exame de 6 meses, faz apenas da mama acometida. ➢ Exemplo de um BI-RADS 3 aqui do lado ❖ BI-RADS 2013 (5a edição): teve alterações que o professor acha importante trazer (a aula é ETERNA): ➢ Hierarquia do BI-RADS: o BI-RADS do exame será classificado de acordo com o mais importante, ou seja, o que é com maior chance de malignidade. A escala dada é a da imagem abaixo, sendo o maior 5 e o menor 1 ■ Explicações:● o 0 pode ser um 4 já que não temos certeza de nada nesse exame. Então preciso procurar ● 6 é menos importante porque já sabemos que ele é maligno. Para a imagem, é mais importante o risco do que o que já sabemos que é ruim e vai para a onco ➢ Manu Lamas (155)
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