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Manu Lamas - Resumo de Imagem Completo

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Resumo de Imagem 
Completo 
Manu Lamas (155) 
 
CARDIORRESPIRATÓRIO 
Raio-X e técnicas 
Funcionamento 
❖ Radiação emitida que é bloqueada por objetos, conforme sua densidade. 
❖ Atravessa a matéria, interagindo com seus átomos (Efeito Compton e Fotoelétrico). 
❖ Densidades:  
➢ Hiperdenso/opaco​: branco (denso) 
➢ Radiopaco/transparente​: escuro (pouco denso) 
 
Técnicas e Projeções 
❖ Projeções: 
➢ Póstero-Anterior (PA): muito usada em tórax 
➢ Perfil (P): usada em tórax também, para entender em qual “largura” o achado                         
está  
➢ Ântero-Posterior (AP) 
Manu Lamas (155) 
 
 2 
  
 
 
➢ Em ortostase: costelas posteriores mais horizontalizada, raios mais próximo,                 
diafragma levantado, coração “maior” (mais detalhado). 
➢ Ápico-lordótica: achar lesões no ápice (ex: tuberculose) pede pra pessoa que                     
está em pé se inclinar pra trás. 
➢ Laurell: de ladinho. Ao comparar os dois lados, permite ver as diferenças,                       
como o líquido escorrido aqui ao lado (radiografia de derrame pleural),                     
ocupando espaço que deveria pertencer ao pulmão (podemos perceber a                   
diferença comparando com o lado de cima). 
Analisando o Raio-X 
Identificação 
❖ Conferir o nome e a posição (tem a letrinha em                   
cima dizendo qual lado é direita e qual esquerda) ->                   
ex: situs inversus completus ao lado 
➢ Bolha gástrica: é o espaço de ar que fica no                   
estômago, constituído por sua parte vazia. 
Radiografia 
❖ Analisar de fora para dentro, sempre olhando             
partes moles e ossos. 
❖ Usar o mnemônico AEIOU 
➢ A - alinhado: ​confere pelas bordas mediais das clavículas                 
até o processo espinhoso das vértebras, se a distância delas é igual 
➢ E - exposição: confere se foi bem, pouco, muito exposto                     
(ver só as primeiras vértebras e aí tem o coração na frente - bem                           
Manu Lamas (155) 
 3 
  
penetrada), muito raio faz queimar = tudo branco e                 
pouco penetrado deixa tudo escuro. 
➢ I - inspiração: ​por contagem de costelas (contar 9                 
escolas do lado direito). As duas primeiras são pelas                 
anteriores e as outras pelos arcos posteriores (os arcos                 
que “descem”) 
➢ O - ortostase: ​vê pela bolha gástrica 
➢ F- “floUUU” cinético: ​ver artefatos, se tá tremido 
Pulmão normal 
Introdução 
❖ Sempre comparar volume, insuflação das costelas e             
densidade dos dois lados 
Silhuetas 
❖ Observamos no pulmão principalmente as do: 
➢ Hilo: ​artérias e veias pulmonares estão lá. Normalmente o esquerdo aparece                     
um pouco menos devido à silhueta da aorta. Vê o normal ali do lado pra                             
acostumar 
➢ Vascularização do parênquima: ​tudo que é vaso bifurca 
➢ Traquéia e brônquios principais: ​anterior à coluna,             
sendo opaca por conter ar. Os brônquios encontram os                 
hilos. 
➢ Diafragma: ​a hemicúpula esquerda para no coração e a                 
direita segue até a parede torácica anterior. É retificada                 
em pacientes DPOC. 
➢ Seios costo-frênico (recesso costopulmonar) e         
cardiofrênico: ​devem estar hipodensos. 
Cissuras 
❖ Pulmão direito tem duas       
cissuras (oblíqua e horizontal) e três           
lobos (superior, médio e inferior.  
➢ O lobo superior é mais         
anterior, o inferior é mais posterior e o               
médio se encaixa entre eles. 
De vermelho - lobo superior (superior) 
Manu Lamas (155) 
 4 
  
De azul - lobo médio (anteroinferior) 
De verde - lobo inferior (inferoposterior) 
 
❖ Já o pulmão esquerdo tem uma cissura e dois lobos (superior e                       
inferior), além da língula, que abraça o coração. 
Aumento hilar 
Aumento das artérias pulmonares 
❖ Por aumento das artérias pulmonares 
➢ Causas: DPOC (imagem ao lado - vemos um coração em                   
cardiomegalia, com vasos edemaciados por hiperemia           
passiva e cissura horizontal direita marcada), Hipertensão pulmonar primária,                 
fibrose cística, hipertensão portal, estenose mitral. 
❖ Por massa hilares 
➢ Causas: linfoma, metástase, tuberculose ( <- imagem ao lado - muitos nódulos e                         
aumento hilar, porém tuberculose se apresenta de             
várias formas) , sarcoidose (​crescimento de nódulos             
inflamatórios em regiões diversas do organismo -          
imagem aqui em cima - massa hilar nodulada), cisto                 
broncogênico. 
Atelectasias 
❖ É a perda do volume pulmonar de lobos ou de todo pulmão,                       
ocorrido por colapso, gerando um estado de expansão               
incompleta do pulmão. 
❖ Ocorre por obstrução temporária ou permanente de             
importante via aérea pulmonar. E é uma alteração               
secundária. 
❖ Classificação: 
➢ Obstrutiva 
➢ Por compressão 
➢ Restrição de movimento 
➢ Deficiência de surfactante 
❖ Causas: corpo estranho, pneumonia, acamados, enfisema, tumores 
Manu Lamas (155) 
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Aspectos radiológicos 
❖ O que procurar na imagem: seus alvéolos estão               
murchos na área atelectasiada, então eles 1) não tem                 
ar 2) estão mais próximos, o que gera uma área de                     
maior densidade. Ademais, eles estão em pressão             
negativa (porque aquilo tudo deveria estar expandido,             
então ele “puxa” as outras estruturas para perto,               
tentando preencher o espaço vazio 
❖ Aumento da opacidade 
❖ Desvio ipsilateral do mediastino (puxado para o             
lado de pressão negativa/obstruído) 
❖ Coração, fissuras, hilos e brônquios deslocados 
❖ Elevação ipsilateral do diafragma 
❖ Redução do espaço intercostal 
❖ Hiperinsuflação compensatória dos segmentos adjacentes 
❖ Hiperinsuflação do pulmão normal - tentativa de compensar 
Consolidação (Padrão/Infiltrado Alveolar) 
Conceitos gerais 
❖ Substituição do ar nos alvéolos por outro material: exsudato (pneumonia), transudato                     
(edema), sangue, células (tumores). 
❖ Pode comprometer segmentos, lobos ou pulmão completo. 
❖ Muitas vezes, melhora radiológica não acompanha melhora clínica. 
Aspectos Radiológicos 
❖ Imagens opacas que apagam vasos pulmonares. 
❖ Ausência de redução volumétrica significativas. 
❖ Limites mal definidos (exceto junto à superfície pleural) 
❖ Torna mais opaco (branco), mas         
de maneira homogênea. 
❖ Broncograma aéreo​: ​situação     
onde os espaços alveolares ao redor           
dos brônquios são preenchidos por         
secreção e formam esse contraste         
entre as densidades ar e água. Mais             
comum na pneumonia. ​Brônquios (seta         
amarela) se mantém arejados       
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(hipertransparentes), que contrastam com os alvéolos consolidados (opacos) 
❖ Sinal da silhueta: ​apagamento da silhueta cardíaca. Na direita se                   
refere ao lobo médio e à esquerda à língula. 
❖ Causas​: pneumonia, tuberculose 
Padrão/Infiltrado Intersticial 
Interstício Pulmonar - Lóbulo Pulmonar Secundário  
❖ Interstício é o arcabouço que segura os itens do sistema                   
respiratório. 
❖ Causas: silicose, fibrose pulmonar, sais de ouro, amiodarona, Lupus,                 
sarcoidose. 
❖ Padrão intersticial: ​alteração das estruturas que compõe o interstício                 
pulmonar 
❖ O lóbulo pulmonar secundário é onde fica mais bem visualizado 
❖ Rede de tecido conectivo que sustenta o parênquima pulmonar. 
❖ Dividido em: 
➢ Peribroncovascular/centrolobular 
➢ Subpleural 
➢ Intralobular (dentro do centrolobular) 
❖ Possui como componentes: 
➢ Tecido conjuntivo 
➢ Veias 
➢ Vasos linfáticos 
➢ Septos 
❖ Raio-X mostra alterações, mas é com Tomografia que é mais bem visualizada​. 
Aspectos Radiológicos 
❖ Espessamento peribroncovascular:borramento do contorno dos vasos e               
brônquios 
❖ Linhas de B Kerley (SCF-1,5 a 2,0 comprimento) = Septos espessados,                     
perpendiculares à superfície pleural 
❖ Cissuras espessadas 
❖ Aeração pulmonar mantida 
❖ Formas de apresentação: 
➢ Reticular: aspecto de rede, várias linhas interligadas. Fios que não se                     
ramificam. Geralmente associado a fibrose. 
➢ Nodular: várias bolinhas. A radiografia parece uma tela com pouco pixel,                     
metade preto e metade branco. 
Manu Lamas (155) 
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➢ Reticulonodular: os dois de cima 
➢ Micronodular/Miliar: vários micronódulos. Comum na tuberculose miliar (ignora               
o derrame pleural hiperdenso embaixo. A infiltração são os mini pontinhos                     
espalhados pelo parênquima) 
➢ Ainda assim, pode haver combinação de padrões alveolar (consolidação) e                   
intersticial (isso aqui) = (ex: edema pulmonar) 
Nódulos e Massas 
❖ Podem ser solitários ou múltiplos. 
❖ Micronódulos: ​<= 0,3cm 
❖ Pequenos nódulos:​ <= 1cm 
❖ Nódulo​: geralmente mais circunscrito e até 3cm. 
❖ Massas​: maior que 3cm no maior diâmetro. Massas maiores de                   
4cm tem alta probabilidade de serem malignas. 
❖ Tipos: 
➢ Nódulo pulmonar solitário​: 40% malignos, o resto são granulomas ou                   
tumores benignos. É necessário avaliar tamanho, forma e densidade. 
➢ Pequenos nódulos múltiplos​: intersticial ou espaço aéreo. Causado por                 
doenças infecciosas/inflamatórias ou metástases hematogênicas. 
➢ Nódulos múltiplos​: entre 1 e 3cm. Causados por metástases hematogênicas,                   
embolia séptica e doenças infecciosas/inflamatórias. 
Aspectos radiológicos​. 
❖ Preditores de malignidade: 
➢ Nódulo >= 3cm 
➢ Contornos mal definidos ou irregulares 
➢ Espiculados ou lobulados 
➢ Imagem à direita é de carcinoma com bordas espiculadas, bordas irregulares e                       
grande. 
❖ Preditores de benignidade: 
➢ Nodulação satélite (perto de lesão) 
➢ Calcificação; difusa, puntiforme (centro), em alvo, casca (periferia) e em pipoca 
➢ Tempo de duplicação: pelo menos 2 anos sem crescimento 
➢ Presença de gordura (vista na TC) 
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➢ Imagens benignas são as duas cinzas que mostram um                 
nódulo (direita) e uma massa (esquerda) 
■ Homogênea (ex: tuberculoma) 
■ Central 
■ Pipoca (ex: hamartona) 
■ Laminar/bulbo de cebola 
❖ Preditores ambíguos: 
➢ Opacidade em vidro fosco 
➢ Vascularização 
Derrame Pleural 
❖ Definição: ​Líquido acumulado entre pleuras (parietal e             
visceral) 
➢ As pleuras recobrem fissuras, então é           
possível ver derrame lá. 
❖ Classificação e causas: 
➢ Exsudato (tem células inflamatórias):       
inflamação ou malignidade. Mobilidade menor do           
líquido 
➢ Transudato (líquido límpido: ICC, cirrose, etc 
❖ Causas: ICC, tromboembolismo, insuficiência renal, trauma, cirrose             
hepática, reações a drogas. 
❖ Na incidência AP, pode passar despercebido. 
❖ Usa-se a ultrassonografia para caracterizar e guiar a punção​. 
Aspectos Radiológicos 
❖ O que está acontecendo: tem um líquido ocupando a cavidade                   
pulmonar. Ele pesa, então vai pras áreas mais inferiores, se                   
concentrando lá. Por ter densidade maior, fica opaco e tampa as                     
estruturas (apagamento de…). Aí ele pode contornar o pulmão (interpleuras) ou                     
ocupar de baixo pra cima (livre). Embaixo tem as                 
carcterísticas: 
❖ Opacidade homogênea (líquido) na parte inferior da imagem.               
Se for muuuito líquido, ele “envolve” o pulmão (mesmo                 
raciocínio do pneumotórax, mas sentido inverso) 
❖ Apagamento do seio costofrênico​ (cerca de 200mL).  
➢ Se for em perfil, é menos líquido (50mL). (Imagem de                   
derrame pleural de lado tem no ínicio do resumo, na                   
incidência de Laurell) 
Manu Lamas (155) 
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➢ 500mL obliteram a cúpula frênica. 
❖ Aparente elevação do diafragma: o líquido dá impressão de nivelamento e de que o                           
pulmão está mais “curto” 
❖ As “bordas” da opacidade são mais delimitadas e acompanham o formato do pulmão                         
(lembre que está entre pleuras) 
❖ Preenchimento das cissuras 
❖ Desvio do mediastino contralateral: líquido faz pressão e empurra mediastino) 
❖ Redução do volume pulmonar. 
❖ O líquido pode estar 
➢ Livre no espaço pleural: normalmente descreve parábola, formando o ​sinal do                     
menisco  
➢ Loculado: Enclausurado entre os folhetos pleurais: configurações variáveis. 
➢ Líquido interlobares: os das fissuras. 
➢ Sub/infra pulmonar 
➢ Laminares/De Laurell 
➢ Empiema: líquido purulento 
Linfonodomegalia 
❖ Principais causas: infecciosas, tumores, doenças ocupacionais           
(ex: silicose), sarcoidose (doença granulomatosa idiopática) 
❖ Aspecto variável, desde casca de ovo, calcificado e densidade                 
de partes moles 
Aspectos Radiológicos 
❖ Aspecto variável, desde casca de ovo, calcificado e densidade de partes                     
moles. Etiologia muito variável, mas é possível identificar a                 
linfonodomegalia pelas áreas acometidas e formato​. 
Pneumotórax 
❖ Definição: ​gás no espaço pleural.​ ​Espaço aéreo separando os folhetos pleurais 
❖ Causas: espontâneo, traumático, fístula bronco-pleural 
Aspectos Radiológicos 
❖ Vamos de pensar: tem mais ar no pulmão do que devia e fora dos alvéolos, então a                                 
parte com ar é mais translúcida. Ar é leve, então, com a pessoa em pé, se acumula no                                   
ápice pulmonar. Abaixo as características: 
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❖ Mais transparente na parte apical (ar é leve, se acumula em cima, por isso o Raio-X tem                                 
que ser na posição ortostática) 
➢ Se o pneumotórax for muuuuuuuuuuuito extenso, o pulmão ficará todo                   
colabadinho no meio dele, perto dos brônquios. 
 
ABDÔMEN 
Radiografia simples de abdômen 
❖ Radiografia simples é a sem uso de corante 
❖ Indicada para diagnóstico, permite achados incidentais, evita exames de maior                   
complexibilidade e risco, uso de controle/monitoramento (baixo custo e risco) e usado                       
como alternativa em cenário de recursos limitados. 
❖ Permite avaliar quantidade e distribuição gasosa muito bem. 
❖ Metodologia para verificar abdômen​: 
➢ Verificar identidade e lado 
➢ Técnica radiográfica - incidências, penetração, enquadramento. 
➢ Padrões normais - uso de blocos topográficos 
➢ Padrões anormais - descrever 
➢ Hipóteses diagnósticas 
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➢ Segundo a prof, na imagem de cima dá pra ver bem onde seria o fígado, no                               
hipocôndrio direito, o estômago, no hipocôndrio esquerdo, o intestino (de                   
vermelinho na segunda imagem) e os rins (de verde). 
➢ Seguinte, dá pra ver nada, mas na teoria seria para observar:  
■ Fígado​: hipocôndrio direito, massa mais densa (víscera preenchida) 
■ Baço:​ massa mais densa do lado esquerdo. 
■ Estômago: no hipocôndrio esquerdo, de densidade média, possui a                 
bolha gástrica no indivíduo em pé. 
■ Flancos direito e esquerdo: tubo de ar que representa o ​intestino                     
grosso​. Embaixo e do lado direito, há uma dilatação que é o ​ceco​. 
■ No meio dele, vulgo região umbilical, está o ​intestino delgado​, um                     
pouco menos denso porque é muita coisa junta. 
■ Margem do psoas​: sinal de normalidade. É possível pela densidade de                     
gordura adjacente, que é intensificada em processos patológicos. 
■ Margem dos rins​: silhueta um pouco mais escurecida em relação aos                     
intestinos (sombras renais). Visualizados quando há menos gases. 
■ Muito importante avaliar quantidade e distribuiçãode gases 
■ Posicionamento das hemicúpulas diafragmáticas: ​abdômen superior.           
Alterações na morfologia podem identificar patologias extra-pulmonares             
que podem ser causa de dor abdominal. 
 
Alguns padrões anormais 
Distensão de alças intestinais 
❖ O que dá pra ver na imagem do lado: 
➢ Muito tecido adiposo e abdômen globoso - paciente obeso 
➢ Densidade óssea reduzida - paciente idoso 
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➢ Pregueamento mais liso - alças de hilo = distensão segmentar 
Obstrução intestinal 
❖ Presença de níveis hidroaéreos - sugestiva de obstrução intestinal. 
❖ Posição central - sugere ser no intestino delgado. 
❖ É uma criança - epífise não fundida 
Distensão de delgado com características de jejuno 
❖ Topografia de quadrante superior esquerdo. 
❖ Pregueamento próximo e delicado. 
❖ Distensão de aspecto de ​pilha de moedas​. 
❖ Níveis hidroaéreos 
❖ Leve distensão de óleo, na região inferior e direita -                   
pregueamento mais “gordinho” e liso. 
Distensão de intestino grosso 
❖ Primeira em decúbito dorsal e a segunda em               
ortostatismo. Comparando, percebe-se a presença de           
níveis hidroaéreos. 
❖ Sigmóide grandão aí na região central e inferior,               
principalmente em decúbito dorsal. 
❖ Distensão de cólons ascendente, transverso e           
descendente. 
❖ Paciente idoso - osteófitos na coluna. 
❖ Retenção de material fecal (na metade do cólon ascendente, bem perceptível em                       
decúbito dorsal). 
Distensão cecal 
❖ Área com muito ar centralizada no abdômen. Nota-se que as pregas são mais                         
lisas, grosseiras e afastadas. 
❖ Distribuição de gases muito significativa. Isso faz com que o ceco tenha sua                         
posição modificada para o centro do abdômen. 
Ruptura de aneurisma de aorta abdominal 
❖ Paciente obeso. 
❖ Pobreza de gases intestinais e aumento da             
densidade. 
❖ Ausência da margem do psoas ou da sombra renal. 
❖ Grânulos metálicos (perto da coluna, lado direito) 
❖ Tudo isso se deve ao sangramento importante na região. 
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Pneumoperitônio 
❖ Fazer imagem com paciente em pé, para o gás livre subir 
❖ Analisar as bolhas formadas e onde o gás está (em relação ao diafragma). 
❖ Paciente grave, que não consegue se levantar: imagem em decúbito dorsal e raio                         
lateralmente. Ver o gás em perfil. 
Anatomia Ultrassonográfica de Abdômen 
Funcionamento 
❖ Formação por ondas sonoras pelo transdutor,           
interagindo com os tecidos. O         
feixe de ultrassom fica na         
parte que queremos analisar. 
❖ Os planos de corte: o         
transdutor se comporta como       
a ponto leque e o corpo do             
leque é a imagem formada.         
Na imagem Os planos de         
Corte, temos a parte mais perto do texto como o terço superior do rim, a do meio no                                   
terço médio e a mais distante desse texto como o terço inferior. Aparece como                           
deitado. Na do outro lado, é como fica no ultrassom. 
❖ Princípio de formação da imagem: meio límpido e homogêneo é interpretado como                       
não formador de som e não forma imagem (fica todo preto lá). Conteúdo homogêneo                           
e anecóico. 
❖ Ecogenicidade​: hiperecóicas emitem imagem forte, ficando na cor               
branca. Por consequência, geram um artefato, chamado ​sombra               
acústica posterior​. Imagem ao lado de cálculo biliar. 
❖ Doppler: a frequência do que se aproxima do transdutor dá uma                     
impressão de frequência maior e o que se afasta de menor. Isso                       
possibilita destacar essas estruturas (convenção: vermelho é arterial e                 
azul é venoso) 
❖ Vantagens ultrassom: disponibilidade, menor custo, não invasivo, não ionizante, bem                   
tolerado, dinâmico, guia biópsias, punções e drenagens. 
❖ Desvantagens: ​examinador-dependente, limitações de acesso (com curativos, sondas,               
cateteres, cicatrizes), limitação em obesos (atenuação de feixe sonoro), não se aplica a                         
estudo de estruturas ósseas ou preenchidas por gás. 
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Overview do Abdômen na Tomografia Computadorizada 
Geral 
❖ Veja: ​https://www.youtube.com/watch?v=5AxhrKwkopc​ ​- vale a pena 
 
GENITOURINÁRIO 
Anatomia Renal 
❖ Órgãos retroperitoniais, de T2-L4, sendo que o rim direito costuma ficar um pouco                         
mais abaixo do que o esquerdo 
❖ Polos superiores são mais mediais do que os inferiores e maior eixo paralelo ao m.                             
psoas 
❖ Sistema coletor se inicia nos cálices, une-se e forma a pelve no hilo e se estreita na                                 
junção pieloureteral, onde se inicia o ureter, que se inserem na parede posterior da                           
bexiga. 
❖ Ureteres possuem três pontos de estreitamento fisiológico: junção pieloureteral,                 
cruzamento com vasos ilíacos e meato ureteral, na junção vesicoureteral. 
Métodos Diagnósticos por Imagem do Genitourinário 
Funcionamento 
❖ Radiografia simples 
➢ Realizada em AP com paciente em decúbito dorsal e em apnéia expiratória. 
➢ Necessário bom preparo intestinal para reduzir a quantidade de gases, com                     
jejuns e laxantes. 
➢ Importante para ver os contornos renais, presença de calcificações, o m. psoas                       
e a coluna vertebral. Além da avaliação inicial de estudos contrastados. 
❖ Radiografia contrastada 
➢ Uso de contraste iodado 
■ Risco maiores de reações adversas na via endovenosa e excreção do                     
contraste pelos rins 
➢ Pode ser administrado na forma: 
■ Endovenosa: urografia excretora e arteriografia renal 
■ Retrógrada: pielografia, cistografia, uretrografia e uretrocistografia 
Manu Lamas (155) 
https://www.youtube.com/watch?v=5AxhrKwkopc
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❖ Tomografia computadorizada 
❖ Ultrassonografia 
Arteriografia renal 
Funcionamento 
❖ Usa de corante endovenoso. 
❖ É um exame hemodinâmico, onde se punça a artéria femoral e introduz-se um cateter,                           
levando-o para aorta na proximidade da emergência das artérias renais. A partir daí,                         
temos:  
➢ Aortografia:​ o contraste é solto na emergência, alcançando os dois rins. 
➢ Arteriografia renal seletiva: ​quando o cateter seleciona apenas um rim  
❖ Esses exames permitem perceber a vascularização renal e posicionamento. Indicado                   
na suspeita de estenose ou oclusão da artéria renal, como causa de hipertensão                         
secundária. 
Urografia excretora 
Funcionamento 
❖ Exame morfológico e funcional, com uso de contraste. 
❖ Analisa desde antes da entrada do contraste até após sua saída. 
❖ Utiliza-se da radiografia simples de abdome 
Fases 
❖ 1a fase - Nefrograma​: Após 1 ou 2 min de injeção de contraste, é uma radiografia das                                 
lojas renais, que analisa sua presença nos rins 
❖ 2a fase - Pielograma: 10min depois. Nova radiografia das lojas renais para avaliar a                           
junção pieloureteral, que estará marcada pelo contraste. 
❖ 3a fase - Descompressão: 12 a 15 min. O contraste desce e preenche todo o trajeto                               
do ureter. Fica menos concentrado, mas permite ver toda sua extensão com clareza 
❖ 4a fase - Pré-miccional:​ observa-se a bexiga com a presença do contraste nela. 
❖ 5a fase - Pós-miccional:​ observa-se a bexiga, após o paciente urinar o contraste. 
Pielografia retrógrada 
Funcionamento 
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❖ Uso de corante retrógrado, ou seja, administrado através de um cateter ureteral, com                         
a extremidade no interior da pelve, assim cai direto na pelve, desce pelo ureter e                             
chega na bexiga, sem ser absorvido. 
Cistografia RetrógradaFuncionamento 
❖ Exame não funcional, pois o contraste é por cateter vesical. 
❖ Avalia dimensões, contornos, falhas de enchimento e presença de divertículos 
Uretrografia Retrógrada 
Funcionamento 
❖ Também não funcional, direcionada para         
estudo da uretra masculina. 
❖ Avalia calibre rm todas suas porções,           
pesquisando estenose, trauma, fístulas. 
❖ Usa-se a Pinça de Brodney, que posiciona e firma a extremidade da uretra, onde o                             
contraste é injetado de forma retrógrada, até opacificar a uretra. 
Uretrocistografia Miccional 
Funcionamento 
❖ Exame não funcional, pesquisa refluxo vesicoureteral, principalmente em crianças. 
❖ Começa com radiografia simples, depois bexiga parcialmente repleta (para ver falhas                     
de enchimento, divertículos, ureterocelese), depois bexiga cheia, oblíquo direita,                 
oblíquo esquerda e depois fase funcional. Por fim, fase pós miccional.  
❖ As imagens são coletadas durante a micção, para ter chances de pegar o refluxo.  
❖ Em AP em meninas e oblíquo em meninos. 
Tomografia Computadorizada 
Funcionamento 
❖ É excelente para avaliação, mas as desvantagens são a carga de radiação ionizante o                           
contraste iodado. Existem muitos protocolos, o que requer um pedido muito completo 
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❖ Quatro formas de realizar a tomografia: 
➢ Sem contraste​: casos em que o paciente não pode usar. 
➢ Pré e pós-contraste: feito quando não é possível usar bomba ejetora                     
(dispositivo que permite administração controlada de contraste e               
sincronizada com a tomo)  
➢ UroTomografia​: realizada em quatro fases: 
■ Pré-contraste 
■ Fase corticomedular: realce do córtex renal 
■ Fase nefrográfica: realce do córtex e da medula 
■ Fase pielográfica: realce do sistema coletor 
➢ AngioTomografia: foco na avaliação vascular. Pega as imagens na fase                   
arterial, quando o contraste atinge concentração máxima na luz da aorta.                     
Após isso, faz-se reconstrução da imagem, mantendo apenas os vasos. 
■ Na imagem ao lado, tem-se a aorta e as artérias renais, com setas                         
azuis apontando estenoses nelas. 
Ultrassonografia de Rins e Vias Urinárias 
Funcionamento 
❖ Muito útil, principalmente em crianças, por não usar radiação. 
❖ Permite análise em tempo real, estudar peristaltismo ureteral, identificar cálculos e                     
fazer estudo vascular (Doppler). 
➢ Rins na imagem ao lado 
Ultrassonografia Endovaginal 
Sexo feminino 
❖ Mostra detalhes do endométrio, define contorno do             
útero, mostra os ovários, presença de folículos e variantes . 
Sexo Masculino 
❖ Avaliar bolsa testicular, próstata 
 
Tomografia X Ressonância 
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❖ Tomografia apresenta várias restrições técnicas para sua realização na pelve, além dos                       
efeitos da radiação nos órgãos reprodutivos. Por isso não é muito usada 
❖ Ressonância apresenta ótima resolução e diferenciação de tecidos 
 
MUSCULOESQUELÉTICO 
Composição 
❖ Estruturas ósseas 
➢ Funções de sustentação e suporte, locomoção, hematopoiese e equilíbrio do                   
meio interno (cálcio, magnésio, fósforo, citrato) 
➢ Matriz óssea e proteica - reguladas por hormônios (calcitonina/PTH) vitamina D,                     
proteínas 
➢ Alterações do complexo osteoproteico: malformações, envelhecimento,           
doenças localizadas e doenças sistêmicas 
❖ Partes moles: músculos, tendões, cartilagem, ligamentos e cápsulas articulares 
Métodos de Imagem 
Radiografia simples 
❖ Exame inicial: (tudo o que já vimos) baixo custo, disponível, incidências dependem da                         
região anatômica e da indicação (pelo menos, dois planos ortogonais) e baixa acurácia                         
para avaliação de partes moles. 
❖ Qualidade diferente entra radiografia analógica e digital 
Artrografia 
❖ Radiografias da articulação feitas após a introdução de meio de contraste e/ou gás.                         
Pode ser feito por radiografias seriadas. 
❖ Variações: 
➢ Artomografia = artografia + TC = contraste iodado 
➢ Artrorressonância: artrografia + RM = contraste gadolíneo 
❖ Indicações: artropatias, lesões da cartilagem articular, lesões ligamentares, sinovites e                   
bursites (​Bursite é a inflamação da bursa, pequena bolsa contendo líquido que envolve                         
as articulações e funciona como amortecedor) 
Ultrassonografia: 
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❖ Vantagens: baixo custo, não usar radiação, avaliar partes moles 
➢ Papel complementar o da radiografia, por ver as partes moles 
❖ Indicações: tendinopatias, lesões ligamentares, sinovites e           
bursites 
Tomografia Computadorizada 
❖ Método seccional, não há problema de sobreposição 
❖ Permite avaliação de tudo = partes ósseas e moles 
❖ Permite reconstruções multiplanares e tridimensionais - análise mais completa 
Ressonância Magnética 
❖ Desvantagens: mais caro, menos disponível 
❖ Padrão ouro para partes moles 
❖ Permite avaliação em vários planos anatômicos 
❖ Permite avaliar tendões, ligamentos, meniscos e medula óssea 
❖ Detecta e avalia distúrbios articulares, infecções, infarto ósseo e necrose isquêmica 
Cintilografia 
❖ É medicina nuclear 
❖ Captação de radionuclídeos com afinidade pelos ossos: fixam-se em placas epifisárias                     
e em áreas anormais, como tumores, infecções e fraturas. 
➢ Ou seja, dá um radiofármaco com afinidade pelos ossos e olha onde eles                         
param. 
➢ Substância mais usada: polifosfatos com tecnécio 
❖ Maior sensibilidade e menor especificidade que a radiografia simples 
Resumo das formas de imagem 
❖ Avaliação óssea: 
➢ Radiografia e TC 
❖ Avaliação de partes moles: 
➢ US (algumas articulações) e RM 
❖ Avaliação tridimensional: 
➢ TC e RM 
Léxico Radiológico 
Considerações 
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❖ Vocabulário usado para descrever as imagens 
Semiologia óssea e articular 
❖ Alterações blásticas ou escleróticas: neoformação óssea 
➢ Imagem 1: Alterações ovaladas, hiperdensas, bilaterais -             
possível processo metastático 
➢ Imagem 2: alterações nas metáfases de maior densidade 
❖ Alterações líticas reabsorção ou destruição do osso 
➢ Imagem 1: ulna proximal com alteração hipotransparente 
➢ Imagem 1.2: diástase hipotransparente 
➢ Imagem 2: lesão que aumenta tamanho do osso, mas                 
ainda diminui sua densidade, então é uma lesão lítica                 
insuflativa 
Anatomia Radiológica 
Funcionamento 
❖ Regiões que devem ser identificadas para um exame correto. 
❖ O osso é dividido em duas morfologias: 
➢ Córtex: mais compacto/denso. Geralmente periférico, para           
sustentar e proteger 
➢ Medula​: osso esponjoso/menos denso. Central. 
➢ Imagem ao lado para comparar as densidades  
❖ Quanto ao eixo longitudinal, pode ser dividido em: 
➢ Diáfise: parte alongada do osso, parte do meio. Possui margens espessas e                       
densas (cortical) 
➢ Epífise: ​extremidades. Possui a cortical delgada, tem             
maior quantidade de osso esponjoso. 
➢ Metáfise​: porções alargadas entre a diáfise e epífise.               
Possui a cortical delgada. Região de transição 
Ossos em crescimento 
❖ Epífises e metáfises separadas por faixa radiotransparente = placa cartilaginosa de                     
crescimento (a ​placa epifisária lá do CHG - aqui ele chama de fise,                         
problema dele) 
➢ Placa é a linha hipotransparente embaixo do gordinho do                 
osso e em cima do fininho 
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➢ Cuidado para não confundir com fraturas. Tem localização específica e cruza                     
todo o osso, aparecendo em pacientes pediátricos. 
❖ Metáfises (logo abaixo das placas epifisárias) =             
regiões de formação ativa do osso 
❖ A placa epifisária vai reduzindo até ossificar-se(cartilagem morre e é substituída por osso),             
quando ocorre fusão da epífise com a diáfise 
❖ Crescimento no diâmetro transverso: formação         
óssea a partir da camada interna do periósteo 
❖ Observações da imagem: 
➢ Apófise: osso normal de aspecto exofítico           
(depositado sobre algo), que origina-se de um centro de ossificação separado e                       
funde-se ao osso com o tempo. Podem aparecer mais radiotransparentes em                     
crianças. 
■ Geralmente, são pontos de inserção tendínea ou ligamentar. 
■ Cuidado para não confundir com fraturas - saber faixa etária. 
➢ Sesamóide:​ componente que se ossifica dentro de um tendão (ex: patela) 
■ Incidências específicas para avaliação (dorsoflexão no pé, por exemplo).  
Articulação 
❖ A articulação entre dois ossos adjacentes faz-se por material                 
fibrocartilaginoso entre as superfícies das extremidades           
ósseas, preenchendo o espaço articular 
❖ Densidade de partes moles é radiotransparente, aparecendo             
como um “espaço” entre as extremidades ósseas. 
❖ O osso imediatamente abaixo da cartilagem é denominado               
subcondral.  
Como avaliar a radiografia? 
Avaliação sistematizada 
❖ Verificação de dados: dados do paciente e identificação da imagem 
❖ Aspectos técnicos: só ver partes moles e ósseas. Verificar incidência e exposição.  
❖ Lateralidade​: essencial de verificar (membro direito e esquerdo) 
❖ Avaliar alinhamento ósseo e articular: desvios podem identificar fraturas ou                   
deslocamentos (imagem ao lado, procure a luxação) 
 
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❖ Percorrer todas as superfícies corticais: procurar por             
fraturas, lesões líticas ou blásticas 
❖ Avaliar textura óssea: especialmente do osso trabecular,             
mas analisar áreas líticas ou blásticas (imagem do fêmur) 
❖ Avaliação dos espaços articulares: inferir lesão a partir de                 
aumento ou redução 
❖ Partes moles: ajudam a detectar lesões ósseas 
 
 
Fraturas 
Métodos de Imagem 
❖ Raio-X: primeiro método, sendo pedido em duas incidências ortogonais. Permite                   
diagnóstico e acompanhamento. 
➢ Existem fraturas que tem diagnóstico dificultado por serem ocultas (ex:                   
escafoide) ou gerarem quadro subclínico (curso insidioso) 
❖ TC: auxilia com visão multiplanar e tridimensional 
❖ US e RM: avaliam partes moles. A RM ainda ajuda no diagnóstico diferencial de causas                             
das fraturas (tumores, patológicas) 
❖ Exame de imagem deve ser complementar à anamnese e exame físico 
 
Avaliação inicial 
❖ Diagnóstico: por descontinuidade (completa ou incompleta) do osso, de sua                   
cartilagem ou de ambos) 
❖ Além do osso acometido, é necessário avaliar: deformidades ósseas associadas,                   
articulações adjacentes, lesões de partes moles (o osso pode machucar elas) e pele                         
(que tem a primeira avaliação como clínica - já permite classificar a fratura em geral) 
❖ Fratura: 
➢ Exposta: aberta, a continuidade da pele foi rompida, gerando riscos de infecção                       
e distúrbios de consolidação 
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➢ Fechada: ​simples, a pele continua intacta. Pode necessitar de estabilização                   
cirúrgica ainda assim. 
❖ Extensão da fratura: 
➢ Completa: como o nome diz, é completa, sendo subclassificada em relação ao                       
eixo longitudinal do osso.  
■ Há ainda outra divisão nesse tipo, sendo em relação a fragmentos                     
ósseos: 
● Simples: sem fragmentos ósseos (só tem as duas metades                 
quebradas) 
◆ Nesse tipo, descreve-se também quanto ao ângulo da               
fratura, pois impacta no       
tratamento proposto: 
➢ Transversal (<30°) 
➢ Oblíqua (>30°) 
➢ Longitudinal ou vertical:     
acompanha o eixo     
longitudinal do osso 
➢ Espiral: faz espiral em relação ao eixo longitudinal 
◆   
● Cominutiva: as duas metades quebradas e mais pelo               
menos um fragmento (imagem ao lado. Se subdivide em: 
◆ Segmentar​: as linhas de fratura isolam um             
segmento da parte proximal do osso longo, isso               
interfere no suprimento sanguíneo e na velocidade             
de consolidação. Ex pra entender na sua             
esquerdinha 
➢ Incompleta: ​mais comum em crianças, pela elasticidade óssea. Como não são                     
completas, podem alterar o formato como o osso fica, logo. A fratura                       
incompleta pode ser completa em apenas uma face               
(o que define é ela não “cortar” o osso todo” 
■ Seus tipos são: 
● Arqueamento ou encurvamento​:     
curvatura aguda, ocorre principalmente       
em ossos longos, especialmente rádio e           
ulna. É causada por queda com           
membro em extensão, sendo       
geralmente tratada de modo       
conservador. 
● Em tórus​: curvatura da cortical, sendo simétrico. É focal e                   
resultado de força de compressão axial. Ocorre mais comumente                 
em rádio distal e tíbia 
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● Galho verde​: quando há fratura da cortical em apenas um dos                     
lados. A outra face do osso costuma apresentar uma curvatura e                     
normalmente afeta a diáfise média, sendo mais comum em                 
antebraço e perna. É a principal fratura incompleta 
Localização no osso 
❖ Descrever se a fratura está na área diafisária, metafisária ou epifisária. 
❖ Na epífise​: pensar em fratura articular. Além disso. em crianças é comum o                         
deslocamento da epífise 
❖ Outra forma de descrever a localização das fraturas, quando                 
próximas a áreas articulares é: 
➢ Junção das porções medial e distal do fêmur 
➢ Supracondilar 
➢ Intra-articular 
❖ Fratura avulsão ou por arrancamento​:         
fragmento ósseo é puxado de um osso por um tendão ou ligamento, sendo                         
comum em apófises e tuberosidades, locais de inserção dessas estruturas.                   
(imagem na sua esquerda) 
❖ Relação dos fragmentos entre si: o nome do deslocamento é dado                     
pelo fragmento distal. Ex: fragmento distal deslocado medialmente? relação de                   
deslocamento medial 
❖ Tipos de deslocamentos nas imagens abaixos abaixo 
❖ Características especiais da lesão:  
➢ Impacção: osso fratura e os dois fragmentos são empurrados um na direção do                         
outro, o que leva a perda da linha de fratura. A partir daí, é necessário perceber                               
pela cortical. Observar se a diáfise “entra” na               
cabeça do osso 
➢ Depressiva: rebaixamento do platô 
➢ Compressiva: aumento da força no eixo axial             
(ex: vértebras) 
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❖ Luxação e subluxação: ​observar imagem aqui ao lado 
 
Consolidação 
❖ Processo de fusão óssea. Aqui usamos a imagem para acompanhar a evolução da                         
fratura. 
❖ Clínica: crescimento ósseo suficiente para restaurar a função. Não necessariamente                   
significa que já pode remover a imobilização. 
❖ Radiológica: identificação do calo ósseo, que oblitera a radiotransparência da fratura e                       
une os fragmentos ósseos 
❖ A consolidação tem fatores relacionados ao seu​ sucesso​: 
➢ Idade do paciente 
➢ Local e tipo de fratura 
➢ Posição dos fragmentos 
➢ Estado do suprimento sanguíneo 
➢ Qualidade da imobilização ou fixação 
➢ Anormalidades associadas (infecção ou osteonecrose 
❖ Falha na consolidação: ​causas de falha comuns são movimentação excessiva, fenda                     
entre fragmentos, perda de suprimento sanguíneo e infecção. Os tipos de falhas são: 
➢ Não consolidação/Pseudoartrose: falha na união dos fragmentos 
➢ Consolidação atrasada: ausência de consolidação radiográfica no tempo               
esperado 
➢ Má consolidação (consolidaçãoviciosa): união dos fragmentos com angulação,                 
rotação, comprimento ou congruência articular inadequados 
 
 
 
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MEDICINA NUCLEAR 
 
Comparação com outras modalidades: 
❖ Também possui fins diagnósticos e terapêuticos. 
❖ Na medicina nuclear, o paciente recebe um ​radiofármaco e o aparelho percebe a                         
radiação emitida pelo paciente. A distribuição da radiação no organismo é definida por                         
funções metabólicas 
❖ A medicina nuclear gera imagens metabólicas/funcionais/fisiológicas. A informação               
anatômica não é boa. 
Radioisótopos e radiofármacos 
❖ É o princípio fundamental da cintilografia 
❖ Se associa um material radioativo (radioisótopo ou readiotraçador) com um                   
medicamento, gerando o radiofármaco. 
❖ Não há na literatura, registro de caso de alergia. Como queremos estudar a fisiologia                           
do organismo, não pode ser algo que modifique seu funcionamento. Assim, usam-se                       
análogos de substâncias do corpo (ex: análogo da bilirrubina).  
➢ Assim, o fármaco não tem função metabólica, ele só é                   
um carreador 
➢ O fármaco é chamado de sestamibi (mibi para os                 
íntimos) e tem afinidade por mitocôndrias. 
❖ O principal elemento usado é o Tecnécio. Usado pela                 
característica da meia-vida, pela meia-vida curta (6h) e por só                   
emitir radiação gama. 
❖ A radiação da Medicina nuclear são raios Gama, adquiridos no                   
aparelho (gama-câmara). 
Cardiologia 
Funcionamento 
❖ Doença Arterial Coronariana é uma das principais causas de morte, assim é                       
importante identificar antes de um infarto. Pode-se, entre outros métodos, usar a                       
Medicina Nuclear. 
➢ A cadeia para solicitar um exame é: paciente com queixa de angina -> solicita                           
teste ergométrico -> alteração nesse teste -> passa-se para uma avaliação                     
fisiológica, podendo ser a Medicina Nuclear 
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❖ No repouso, a artéria coronária se dilata para suprir o local. Isso ocorre devido a                             
presença de placa aterosclerótica significativa. Porém, ao exercício, essa dilatação não                     
é suficiente para irrigar e vemos a alteração funcional. Gera sintomatologia e no                         
exame de imagem vemos que território recebeu menos suprimento durante o esforço 
❖ Assim, há duas etapas: 
➢ Estresse​: coloca numa esteira e espera que alcance um fluxo coronariano entre                       
3 a 5 vezes o normal. Quando chega nisso, injeta o radiofármaco e leva para o                               
aparelho. 
■ Também é possível fazer o teste com estresse farmacológico                 
(dobutamina = cronotrópico positivo ou dipiridamol = vasodilatador               
coronariano). Após isso, administra o radiofármaco. Essa modalidade é                 
usada quando há impossibilidade de realizar teste de esforço eficaz                   
(como em doenças ortopédicas, respiratórias, etc). 
■ É necessário ressaltar que a FC submáxima tem que ser alcançada. Caso                       
não seja, pode gerar um falso negativo. 
➢ Repouso: injeta o mesmo radiofármaco e faz o exame. Aí compara a perfusão                         
nos dois jeitos. 
❖ Os resultados podem indicar: 
➢ Normalidade: chega mesma quantidade de sangue que             
no repouso. Não mostra sinais de isquemia miocárdica. 
➢ Insuficiência coronariana: como o vaso dilata, no             
repouso a imagem é bem perfundida e concêntrica.               
Na esteira, o vaso não tem reserva e não consegue                   
mais gerar a perfusão adequada. Assim, a imagem               
apresenta diferença, refletindo uma hipoperfusão         
transitória, ou seja, isquemia miocárdica 
❖ Observação: só enxergamos VE porque ele é             
muito mais espesso. 
❖ o computador dá uma escala de cor: de azul (menos sangue) a                       
branco (mais sangue). Assim, é possível perceber as diferenças de perfusão, podendo                       
ser normal, ligeiramente alterado e muito alterado 
❖ Por convenção, no resultado, a primeira sequência é sempre estresse e repouso                       
depois. Aparecem também diversos eixos para permitir uma melhor avaliação 
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❖ Também é possível ver a imagem dinâmica, com volume de ejeção e contração da                           
parede. 
❖ Assim, as ​principais indicações​ de exame de cintilografia são: 
➢ Detecção de Doença Aterosclerótica Coronariana 
■ Pacientes sintomáticos com Teste Ergométrico normal 
■ Pacientes assintomáticos com fatores de risco importante para DAC e TE                     
positivo 
➢ Avaliação funcional da DAC: 
■ Orientação no manuseio clínico de pacientes com lesões subcríticas 
➢ Avaliação da viabilidade miocárdica 
■ Miocárdio Stunned e Hibernate: não abordou na aula 
➢ Acompanhamento do resultado e eficácia de terapia 
■ Angioplastia, cirurgia, tratamento clínico 
➢ Dificuldades de interpretação do ECG no esforço 
■ Distúrbios de condução (ex: bloqueio de ramo) 
 ​Gastrointestinal 
Áreas de atuação 
❖ Na maioria, não é primeira escolha 
❖ Cintilografia hepato-biliar 
❖ Cintilografia hepato-esplênica 
❖ Pesquisa de divertículo de Meckel: primeiro exame de escolha 
❖ Pesquisa de hemangioma hepático 
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❖ Pesquisa de hemorragia digestiva 
❖ Pesquisa de refluxo gastro-esofágico 
Pesquisa do Divertículo de Meckel 
❖ O radiofármaco fixa-se na mucosa gástrica           
ectópica, ou seja, mucosa gástrica fora do             
estômago. 
❖ Como a maioria (95%) dos divertículos, são             
hemorrágicos e 60% são sintomáticos, é           
importante diagnosticar e tratar. 
❖ É o pontinho pretinho extra-gástrico, mostrando           
captação do tecnécio.  
➢ Cuidado para não confundir com a bexiga,             
pois a excreção é renal 
 
 
NEUROIMAGEM <3 
 
Exames de Imagem 
Radiografia simples 
❖ Uso limitado 
❖ Indicações: 
➢ Alterações morfológicas 
➢ Trauma 
➢ Calcificações patológicas 
❖ Incidências: PA e perfil 
❖ Deve-se analisar: 
➢ Identificar suturas 
➢ Identificar impressões/hipotransparências da calota       
craniana, pois correspondem a impressões         
vasculares (passagem de vasos na superfície interna) 
➢ Ver região da sela turca 
➢ avaliação dos seios da face  
 
Tomografia computadorizada: 
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❖ Um dos principais exames de avaliação do SNC 
➢ RM também é muito bom, mas é mais caro 
❖ Permite diferenciação boa de substância branca e cinza 
❖ A sua esquerda sempre corresponde a direita da imagem 
❖ Permite a avaliação em diversos planos 
➢ Corte transversal = axial: é invertida, como se eu estivesse                   
olhando dos pés do paciente. Sendo assim, como olho de baixo,                     
meu lado esquerdo condiz com a direita da imagem e vice-versa. 
➢ Corte coronal: paciente de frente pra vc, direita do cérebro é a sua                         
esquerda 
➢ Corte sagital: paciente de lado. Não dá pra saber o que é direita e                           
esquerda, só anterior e posterior 
➢ É possível observar cortes oblíquos conforme necessidade 
❖ Janelas: usadas para avaliar diferentes regiões que favorecem tipos                 
de estruturas. Limita a escala de cinza usada, facilitando a visualização. 
Anatomia cerebral: 
❖ Dividido em cinco lobos: 
■ Frontal 
■ Temporal 
■ Parietal 
■ Occipital 
■ Ínsula: único lobo interno 
❖ Em substâncias: 
➢ Cinzenta: mais externa (córtex) e internamento           
nos núcleos da base. Aparece mais radiodensa             
porque é composta pelos núcleos celulares e             
células da glia. 
➢ Branca: mais interna. Menos radiodensa, pois é             
uma área composta de axônios, bainha demielina (lipídeos) e células da glia (em menor               
quantidade). 
❖ Tenda do cerebelo: tudo acima é supratentorial 
❖ Áreas de calcificação: áreas de hiperdensidade           
localizadas dentro de ventrículos, que são os plexos               
corióides calcificados 
❖ Vascularização 
cerebral:  
➢ Complexo 
sistema 
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anastomótico: evitar lesões 
➢ Dois sistemas principais: 
■ Circulação anterior​: vem da a. carótida comum (ramifica em carótidas                   
internas, que geram as artérias cerebrais médias e anteriores = irrigam                     
parte anterior e média) 
■ Circulação posterior​: relacionada a artérias vertebrais, que se juntam                 
às basilares e geram artérias que irrigam o cerebelo, tronco e também                       
tem a artéria cerebral posterior como ramo. 
➢ Forma o sistema geométrico do Polígono de Willis, que pode ser observado na                         
imagem à sua direita. Existem diversas variações anatômicas, mas aí Deus na                       
fé. 
Processos Patológicos 
Edema 
❖ Edema citotóxico 
➢ Ocorre quando há diminuição/ausência do         
suprimento sanguíneo para a região. 
➢ Faltando sangue, falta oxigênio e as bombas de sódio param de funcionar pela                         
baixa de ATP. Assim, acumula sódio e líquido nas células. 
➢ Esse acúmulo, as deixas inchadas, gerando edema, com menor                 
espaço entre células e aumento do seu espaço interno 
➢ Na imagem, aparece como:  
■ Hipotransparência da região afetada 
■ Não permite diferenciar substância branca da cinzenta 
● Ocorre porque a cinzenta é mais ativa, então sofre                 
mais e primeiro. 
■ Segue a região de vascularização. 
■ Redução do ventrículo relacionado (efeito de massa) 
❖ Edema vasogênico:  
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➢ Ocorre aumento do espaço entre as células, sem alterar as                   
membranas da célula. 
➢ Tem tamanho normal, mas estão mais afastadas. 
➢ Ocorre em processos inflamatórios, neoplasias, metástases,           
doenças desmielinizantes. 
➢ No exame de imagem: 
■ Aumento da diferenciação entre substância branca e             
substância cinzenta. 
■ Ainda há inchaço cerebral, sendo assim, há redução do                 
ventrículo por efeito de massa. 
■ Redução dos sulcos na região de edema. 
❖ Edema transudativo/intersticial: 
➢ Ocorre aumento de pressão nos ventrículos, o que leva a um                     
transudato que extravasa para a região do parênquima. 
➢ No exame de imagem: 
■ Ventrículos aumentados 
■ Região de hipodensidade próximo aos ventrículos; 
Ressonância Magnética: 
❖ Lindíssima, dá para ver tudo. 
❖ Tipos de imagem: 
➢ T1: ​a substância branca é mais clara e a cinza mais escura. 
➢ T2: ​substância branca está mais escura e substância cinza está mais clara.                       
Nessa sequência, o liquor brilha (nos ventrículos, no sulco, no olho) 
■ Permite observar edemas. 
➢ Variações de T2: ​dá pra apagar brilho de T2 
➢ Flair: anula sinal do líquor, mas não apaga a água presente em outros                           
processos, permitindo ver edemas. Surgiu para apagar momentos em que o                     
liquor cobria lesão. 
❖ Sequência de difusão​: permite observar as passagens de difusão e seu                     
desenvolvimento, podendo perceber processos patológicos. 
➢ Especialmente importante no AVC, que mostra sinais na               
imagem (edema citotóxico) cerca de 6h~12h depois da lesão. Para o                     
diagnóstico mais rápido, a difusão mostra em até 30min. Imagem do lado 
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❖ Sinal da artéria hiperdensa: ​sinal precoce do AVC isquêmico. Revela                   
obstrução, por isso fica densa (estase sanguínea) 
❖ Tem que ter certeza do que o paciente tem, porque o tratamento de                         
edemas vasogênicos e citotóxicos são opostos. Logo, tratar errado,                 
piora a situação 
Ultrassonografia transfontanelar 
❖ Pressupõe que tenha suturas abertas (paciente menor que 2 anos). útil                     
pois não é bom usar radiação em babies. 
❖ Imagem aqui do seu ladinho esquerdo  
 
Ultrassonografia intrauterina 
❖ Avalia SNC (coluna também) 
❖ Pelo abdome da mãe 
❖ Ossos menos establecidos, permite o som passar 
❖ Imagem do ladinho direito de quem lê 
 
Doppler de carótidas 
❖ Usado em adultos, baseado em US. 
❖ Vê a carótida comum, sua bifurcação, artérias cerebrais. 
❖ Permite identificar padrão pré ou pós estenose 
Arteriografia 
❖ Usada na avaliação da vascularização cerebral. 
❖ Feita com injeção de contraste por cateter 
❖ Usada para tratar aneurismas 
 
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RADIOLOGIA MAMÁRIA 
 
Anatomia 
Observações 
❖ Antes fazia a ductografia, injetando contraste           
pela papila mamária 
❖ Cadeia linfática: ​a maior parte da drenagem             
da mama, especialmente na área lateral, vai para a                 
cadeia axilar. Por isso, palpar linfonodos axilares faz parte do exame de mama  
➢ Linfonodos de cadeia axilar: drena mais de 75% das mamas 
➢ Linfonodos da cadeia mamária interna: pequena drenagem medial 
➢ Linfonodos retromamários: linfonodos profundos. 
Tecido mamário 
❖ Constituição:  
➢ Se predomina gordura, a densidade diminui 
➢ Se predomina tecido fibroglandular, a densidade aumenta 
❖ O predomínio varia com a idade, sendo que os jovens têm mamas                       
mais densas (tecido fibroglandular) e as idosas menos densas (tecido                   
adiposo) 
❖ Na imagem ao lado, temos um degradê de mamas em que                     
predominam tecido adiposo (A é a que mais tem) para as que                       
predominam tecido fibronodular (D) 
 
Métodos de imagem: Mamografia 
❖ Mais usado no Brasil. É parte do screening de câncer de mama 
❖ A descrição do exame da mama, sempre começa com a composição, pois deve se                           
adequar ao perfil do paciente 
❖ Nódulo sólido: ​densidade parecida com a de tecido fibronodular. Por isso que                       
mamografia para mamas densas, não é tão sensível. 
❖ Método: ​tipo de radiografia. A máquina emite Raio-X e detecta do outro lado. 
Técnicas 
❖ Indicações: 
➢ Rastreamento de câncer de mama 
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➢ Antes da instituição de terapia hormonal 
➢ Pré-operatório de cirurgia plástica 
➢ Estudo da mama contralateral em pacientes mastectomizadas 
❖ Incidências  
➢ Básicas: 
■ Craniocaudal (CC): longitudinal. São       
padronizadas para apresentar parte lateral         
em cima e parte medial embaixo. É             
convenção, temos que saber; 
■ Medio-lateral-oblíqua (MLO): perfil oblíquo 
➢ Complementares: 
■ Magnificação com compressão seletiva: realizada         
quando há imagem suspeita nas incidências de             
rotina. 
● Põe uma “lupa” para aumentar a área e               
pressiona a região 
● Principais indicações: microcalcificações. A       
compressão as dispersa e favorece         
reconhecimento. 
■ Compressão localizada: indicada para estudar áreas densas e para                 
analisar contorno de nódulos. 
● Usa-se quando há imagem suspeita nas           
incidências de rotina, aí coloca-se o compressor             
(espalha o tecido mamário) adequado na área a               
ser estudada. 
● Indicado para densidades assimétricas 
■ Perfil 
■ Rolamento 
❖ Características da mamografia: 
➢ Preparo fácil: apenas não usar desodorante/talco 
➢ Usa radiação ionizante direcionada: praticamente não expõe radiação ao resto                   
do corpo. Por ainda ser um tecido pequeno e comprimido, utiliza baixas doses 
➢ Tem excelente resolução espacial e de contraste 
❖ Manobra de Eklund:  
➢ Próteses mamárias: para quem fez reconstrução de mama 
➢ Implante mamário: cirurgias estéticas = famoso silicone 
➢ Em ambos, se faz a mamografia em duas análises: uma vendo o implante e                           
outra fazendo a manobra deempurrá-lo para observar a mama em si  
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➢ Ou seja, a presença de implantes/próteses não contraindica mamografia 
Análise do exame 
❖ Análise mamográfica: ​roteirinho para seguir e analisar na ordem 
➢ Simetria das mamas 
➢ Análise da pele: regularidade, espessura, mamilo e tecido retroareolar 
➢ Análise do parênquima: adiposo ou fibroglandular, homogeneidade, distorções,               
vasos, calcificações, nódulos 
➢ Análise da região axilar: linfonodos -> principalmente na incidência MLO 
❖ A interpretação é do exame, não da mama ou de determinado nódulo. Tem um tópico                             
de BI-RADS no final pra não ficar bagunça 
❖ Essas categorias levam a como tratar o caso e o risco de desenvolvimento de câncer 
➢ A partir de 4 já é biópsia e 6 é câncer 
➢ A tabela completa tá lá embaixo pra quem quiser lutar 
❖ Os principais grupos de achados mamográficos são: 
➢ Nódulos 
■ Classificados quanto a forma (oval, redondo,           
irregular) 
■ Classificados quanto a margem (circunscrita,         
obscurecida, mal definida, microlobulada e         
espiculada) 
➢ Calcificações: 
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■ Grosseiras/Heterogêneas, amorfas, pleomórfica fina, linear fina 
■ Localização e distribuição: difusa.       
grupamento, linear, segmentar (principal para carcinoma) ou             
regional 
➢ Assimetrias 
■ Assimetria, assimetria global, assimetria focal,         
assimetria em desenvolvimento 
➢ Distorção arquitetural 
❖ Achados: 
➢ Benignos:  
■ Nódulos arredondados 
■ Contornos bem definidos 
■ Calcificações grosseiras 
■ Calcificações vasculares 
■ Lesões com densidade de gordura 
➢ Malignos: 
■ Lesões espiculadas 
■ Microcalcificações agrupadas, de forma e         
tamanhos variados 
■ Área de distorção da arquitetura 
■ Densidade assimétrica de aparecimento recente 
■ Espessamento/retração cutânea 
Exame de Imagem - Ultrassom 
Conceitos gerais 
❖ Não há comprovações se serve como forma de rastreamento primário. 
❖ Já para rastreamento secundário, serve como elucidação pós mamografia 
❖ Também atua com/como: 
➢ Critéria diagnóstico 
➢ Avaliação nas axilas 
➢ Racionalizar biópsia 
➢ Orientar intervenções (punção/biópsia) 
➢ Importante correlação com a mamografia 
❖ Indicações: 
➢ Diferenciar nódulos sólidos e císticos: na mamografia aparecem iguais 
➢ Avaliar nódulos palpáveis em jovens, gestantes e puérperas 
➢ Avaliar mamas mais densas 
➢ Pesquisa de mastites ou coleções (padrão ouro) 
➢ Orientar procedimentos intervencionistas 
➢ Limitações​: 
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■ Avaliação de calcificações 
■ Distorções arquiteturais 
■ Identificação de nódulos em regiões com predomínio de gordura 
Métodos de imagem: Ressonância Magnética 
❖ TC é só para estadiamento, não tem função de rastreio 
❖ RM nunca é usada sozinha nesse caso, é apenas complementar à mamografia 
❖ Indicações: 
➢ Utilizada em mulher com CA de mama para determinar o                   
tamanho do tumor e a existência de outros tumores na                   
mama 
➢ Indicada junto com a mamografia para o diagnóstico do                 
CA de mama em mulheres de alto risco  
❖ Na imagem: 
➢ Lesões malignas: realce rápido e precoce 
➢ Lesões benignas: realce lento e gradual 
❖ É importante destacar que ela não substitui a mamografia e não é indicada como                           
rastreamento de forma isolada 
Alterações nos exames: 
Alterações Benignas 
❖ Cistos simples: 
➢ O que são: 
■ Ductos terminais ectasiados 
■ Frequentemente múltiplos e bilaterais 
■ Patologia mais frequente na faixa de 40 aos 50 anos 
■ Maioria assintomático 
■ Em caso de paredes finas: não necessita de punção para investigação 
➢ Na imagem: 
■ Paredes bem definidas e finas 
■ Anecóicos 
■ Redondos, ovais, lobulados 
■ Reforço acústico posterior: para abaixo do cisto, há               
aumento da ecogenicidade (fica mais branco) 
■ No caso de cistos complexos (que tem algo no centro                   
além da estrutura anecóica): esses não serão normais e podem ser                     
benignos ou suspeitos de malignidade (serão investigados) 
● Na suspeita, se realiza uma punção, guiada também pelo US 
❖ Nódulos benignos: 
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➢ Ovalados  
➢ Contornos regulares 
➢ Calcificações grosseiras (se houverem) 
➢ Ausência de sombra acústica posterior 
➢ Tecido adjacente normal: sem alterações refletidas na pele 
➢ Se os nódulos forem únicos, em geral ocorre acompanhamento para reavaliar 
❖ Nódulo benigno: Fibroadenoma 
➢ O que é: 
■ Nódulo sólido mais frequente 
■ Assintomática em 25% dos casos 
■ Lesões múltiplas em 13 a 20% dos casos 
■ Mais comum entre 20 e 30 anos: de mulheres jovens 
■ Crescimento autolimitado (3 a 4 cm em média) 
➢ Na imagem: 
■ Tipicamente oval 
■ Mamografia: nódulo circunscrito (calcificações em pipoca =             
grosseiras) 
■ US: circunscrito, levemente hipoecogênico ou isoecogênico,           
ecos internos homogêneos 
■ RM: nódulo hiperintenso em T2, com realce lento e persistente 
■ O das imagens é de uma mulher de 41 anos 
● Na mamografia: incidência com compressão, sendo um             
nódulo oval, circunscrito e denso 
● No US: nódulo circunscrito, levemente hipoecogênico,           
ecos internos homogêneos. Sem sombra acústica           
posterior 
Alterações malignas 
❖ Nódulos malignos: 
➢ Arredondados (mais altos que largos) 
➢ Contornos irregulares (margem mal definidas, microlobuladas, espiculadas),             
sombra acústica posterior 
➢ Calcificações 
➢ Hipoecogenicidade 
➢ Alteração de tecidos adjacentes: pele, parênquima,           
edema, extensão ductal 
❖ Carcinoma ductal invasivo 
➢ 70~80% de todos os cânceres de mama 
➢ Muitas vezes assintomáticos (por isso a necessidade de               
rastreamento), mas ainda percebidos como massas           
palpáveis, ou seja, detectáveis 
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➢ Idade média do diagnóstico: 61 anos 
➢ Relacionado com fatores genéticos e receptores hormonais 
■ BRCA1, BRCA2 
■ Receptor de estrogênio (ER), receptor tipo 2 do fator de crescimento                     
epidérmico humano (HER2) 
■ Por sabermos os receptores, geramos uma terapia alvo               
mais eficiente 
❖ Carcinoma ductal in situ 
➢ Proliferação clonal de células epiteliais malignas no ducto terminal,                 
sem invasão da membrana basal. 
➢ Alguns autores o consideram precursor do invasivo, mas não é                   
uma evolução obrigatória, pode estagnar nesse ou começar pela                 
invasivo. 
BI-RADS 
❖ BI-RADS aí pra quem quiser lutar: 
❖ Lembrar que é um por exame e não               
por mama/alteração 
❖ Funções: 
➢ Classificar de maneira     
universal as alterações     
mamárias. 
➢ Usar para percepção de       
anomalias. Como a maioria       
dos exames é preventivo, há         
uma % muito maior de         
mamas normais do que de         
anormais. Assim, em caso       
uma região passe a ter aumento de anormalidades, serve para perceber: 
■ Possíveis avaliações incorretas: orientação e atualização dos             
profissionais responsáveis 
■ Perceber população com maior risco de câncer: estudo epidemiológico. 
❖ BI-RADS 3 tem acompanhamento mais específico, pois é um “possivelmente benigno”,                     
ou seja, a ser investigado com mais cuidado: 
➢ Pode reclassificar conforme os exames ocorrem e se altera: 
■ Nessa categoria, o achado pode aumentar ou regredir 
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➢ No 3, no exame de 6 meses, faz apenas da mama acometida. 
➢ Exemplo de um BI-RADS 3 aqui do lado 
❖ BI-RADS 2013 (5a edição): teve alterações que o professor acha                   
importante trazer (a aula é ETERNA): 
➢ Hierarquia do BI-RADS: o BI-RADS do exame será               
classificado de acordo com o mais importante, ou seja, o                   
que é com maior chance de malignidade. A escala dada                   
é a da imagem abaixo, sendo o maior 5 e o menor 1 
■ Explicações:● o 0 pode ser um 4 já que não temos                   
certeza de nada nesse exame. Então           
preciso procurar 
● 6 é menos importante porque já sabemos             
que ele é maligno. Para a imagem, é mais                 
importante o risco do que o que já               
sabemos que é ruim e vai para a onco 
➢  
 
 
 
 
   
Manu Lamas (155)

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