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RESUMO: guarda, tutela e adoção de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

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GUARDA, TUTELA E ADOÇÃO DE ACORDO COM O ESTATO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
É direito fundamental de toda criança e adolescente ser criado e educado no seio de sua família natural, e 
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária (art.19, ECA). 
Excepcionalmente, portanto, como na hipótese em que a família natural não seja capaz de garantir direitos 
e garantias decorrentes do princípio da proteção integral (maus-tratos, abandono, dependência a 
entorpecentes, orfandade etc.), promover-se-á a colocação da criança e adolescente, sempre tendo em vista 
o melhor interesse destes, em uma família substituta, esta que compreende três espécies: a guarda, a tutela 
e a adoção. 
 
 GUARDA TUTELA ADOÇÃO 
OBJETIVO Regularizar a posse de 
fato 
Suprir a carência de 
representação legal, 
assumindo o tutor tal 
múnus na ausência 
dos genitores 
Estabelecer o estado de 
filiação e paternidade ou 
maternidade entre 
adotado e adotante 
DESTITUIÇÃO DO 
PODER FAMILIAR 
Não pressupõe a perda 
nem a suspensão do 
poder familiar dos pais 
Pressupõe a prévia 
destituição ou 
suspensão do poder 
familiar dos pais 
(família natural) 
Obrigatoriamente 
pressupõe a destituição 
do poder familiar dos pais 
DEFERIMENTO Pode ser deferida liminar 
ou incidentalmente nos 
procedimentos de tutela 
ou de adoção, exceto no 
caso de adoção por 
estrangeiro 
 É a sentença judicial que 
constitui o ato de adoção 
EFEITOS Confere à criança ou 
adolescente a condição 
de dependente para 
todos os fins de direito; 
obrigada a prestação de 
assistência material, 
moral e educacional 
Abrange 
obrigatoriamente a 
guarda 
Atribui a condição de filho 
para todos os efeitos 
CONSENTIMENTO 
DOS PAIS 
 Só é exigido quando os 
genitores não forem 
destituídos do poder 
familiar 
 
• A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na 
modalidade de adoção. 
• A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e 
terá acompanhamento posterior, realizados por equipe interprofissional a serviço da justiça da infância e da 
juventude. 
• A guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao adolescente, 
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. 
• Dada a provisoriedade do termo de guarda, a responsabilidade do guardião sobre o menor pode ser revogada, 
por exemplo, por comprovação de negligência. 
• Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores. Assim, a desobediência a 
esse preceito pode levar à perda ou à suspensão do poder familiar, decretadas judicialmente, em 
procedimento contraditório, nos termos previstos na legislação civil. 
• A adoção pressupõe a destituição do poder familiar e a anulação do registro original. 
• A guarda de fato não dispensará o estágio de convivência; apenas a tutela ou guarda legais se já decorrido 
tempo suficiente para que seja possível avaliar a convivência da constituição do vínculo. 
• A colocação da criança em família substituta, na modalidade de adoção, constitui medida excepcional, 
preferindo-se que ela seja criada e educada no seio saudável de sua família natural. 
• Não se deferirá a colocação da criança ou do adolescente em família substituta à pessoa que apresente, por 
prazo superior a 180 dias, limitações em sua capacidade laborativa. 
• Salvo expressa e fundamentada determinação judicial em contrário, ou se a medida for aplicada em 
preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede que os 
pais exerçam o seu direito de visita nem que cumpram o dever de lhe prestar alimentos. 
• O adotando não deve ter mais que 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos 
adotantes. 
• Um dos princípios que rege a aplicação das medidas específicas de proteção é o do “interesse superior da 
criança e do adolescente”. Referido princípio, embora preconize que a intervenção deva atender 
prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, permite que sejam considerados outros 
interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto 
• No procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar, se o requerido não tiver possibilidade de 
constituir advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, poderá requerer, em cartório, que lhe 
seja nomeado dativo, ao qual incumbirá a apresentação de resposta, contando-se o prazo a partir da 
intimação do despacho de nomeação 
• Sobre as atribuições do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente − CMDCA e do 
Conselho Tutelar, é correto afirmar que incumbe ao Conselho Tutelar, ao Judiciário e ao Ministério Público, a 
fiscalização de entidades governamentais e não governamentais de atendimento à criança e ao adolescente. 
• Conforme o ECA, figura entre as atribuições do conselho tutelar promover a execução de suas decisões, 
podendo ele, para tanto, requisitar serviço público na área de previdência. 
• Os menores de dezesseis anos serão representados e os maiores de dezesseis e menores de vinte e um 
anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da legislação civil ou processual. A autoridade 
judiciária dará curador especial à criança ou adolescente, sempre que os interesses destes colidirem com os 
de seus pais ou responsável, ou quando carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual. 
(142, ECA) 
• O menor J, de 7 (sete) anos de idade, filho de MISAEL e JUSTINA, o primeiro condenado, definitivamente, 
em ação penal por tráfico de entorpecentes, no qual a segunda, foragida, se marcou revel, foi encontrado 
abandonado e em péssimas condições de higiene e saúde. Constatada situação de risco, após internação 
hospitalar, o Ministério Público deu início a procedimento para perda do poder familiar, instruído com 
documentos fornecidos pela avó materna do menor, pessoa idônea. Formulado pedido liminar de suspensão 
do poder familiar, a Juíza de Direito da Vara de Infância e Juventude, nos termos do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, decretou, liminarmente, a suspensão do poder familiar, até julgamento definitivo da causa, 
ficando J confiado à avó materna, pessoa idônea, mediante termo de responsabilidade, reconhecido o motivo 
grave. 
• Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a decisão da autoridade competente do 
país de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela Autoridade Central Estadual que tiver 
processado o pedido de habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à Autoridade Central Federal e 
determinará as providências necessárias à expedição do Certificado de Naturalização Provisório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um famoso casal de artistas residente e domiciliado nos Estados Unidos, em viagem ao Brasil para 
o lançamento do seu mais novo filme, se encantou por Caio, de 4 anos, a quem pretende adotar. Caio teve 
sua filiação reconhecida exclusivamente pela mãe Isabel, que, após uma longa conversa com o casal, 
concluiu que o melhor para o filho era ser adotado, tendo em vista que o famoso casal possuía condições 
infinitamente melhores de bem criar e educar Caio. Além disso, Isabel ficou convencida do amor espontâneo 
e sincero que o casal de imediato nutriu pelo menino. A adoção internacional é medida excepcional; 
entretanto, em virtude do consentimento de Isabel para a adoção de seu filho pelo famoso casal, este só não 
terá prioridade se houver casal de brasileiros, residente no Brasil, habilitado para a adoção. Art. 50, § 10. 
Fernando e Eulália decidiram adotar uma menina. Iniciaram o processo de adoção em maio de 
2010. Com o estágio de convivência em curso, o casal se divorciou. Diante do fim do casamento dos 
pretendentes à adoção, é correto afirmar que a adoção serádeferida, contanto que o casal acorde sobre a 
guarda, regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período 
de convivência e que seja comprovada a existência de vínculo de afinidade e afetividade com aquele que não 
seja o detentor da guarda que justifique a excepcionalidade da concessão. Art. 42, §4º, ECA. 
Companheiros há cinco anos e com estabilidade familiar, Jonas, de trinta anos de idade, e Marta, 
de vinte e cinco anos de idade, conheceram, em um abrigo, Felipe, de oito anos de idade e filho de pais 
desconhecidos, e pretendem adotá-lo. Como advogado consultado pelo casal, assinale a alternativa 
correta. Jonas e Marta poderão adotar a criança, desde que seja instaurada ação judicial, sendo 
desnecessário o consentimento de Felipe e de seus pais biológicos. Art. 47. Art. 45. 
Casal de brasileiros, domiciliado na Itália, passa regularmente férias duas vezes por ano no 
Brasil. Nas férias de dezembro, o casal visitou uma entidade de acolhimento institucional na cidade do 
Rio de Janeiro, encantando-se com Ana, criança de oito anos de idade, já disponível nos cadastros de 
habilitação para adoção nacional e internacional. Almejando adotar Ana, consultam advogado especialista 
em infância e juventude. Ingressar com pedido de habilitação junto à Autoridade Central do país de acolhida, 
para que esta, após a habilitação do casal, envie um relatório para a Autoridade Central Estadual e para a 
Autoridade Central Federal Brasileira, a fim de que obtenham o laudo de habilitação à adoção internacional. 
Art. 52. Art. 51. 
Marcelo e Maria são casados há 10 anos. O casal possui a guarda judicial de Ana, que tem agora 
três anos de idade, desde o seu nascimento. A mãe da infante, irmã de Maria, é usuária de crack e 
soropositiva. Ana reconhece o casal como seus pais. Passados dois anos, Ana fica órfã, o casal se 
divorcia e a criança fica residindo com Maria. Sobre a possibilidade da adoção de Ana por Marcelo e 
Maria em conjunto, ainda que divorciados, assinale a afirmativa correta. O casal poderá adotá-la, desde 
que acorde com relação à guarda (unipessoal ou compartilhada) e à visitação de Ana. Art. 42, §4º. 
Dona Maria cuida do neto Paulinho, desde o nascimento, em razão do falecimento de sua filha, 
mãe do menino, logo após o parto. João, pai de Paulinho, apenas registrou a criança e desapareceu, sem 
nunca prestar ao filho qualquer tipo de assistência. Paulinho está tão adaptado ao convívio com a avó 
materna, que a chama de mãe. Passados dez anos, João faz contato com Maria e diz que gostaria de 
levar o filho para morar com ele. Maria, desesperada, procura um advogado para obter orientações sobre 
o que fazer, já que João é foragido da Justiça, com condenação por crime de estupro de vulnerável, além 
de nunca ter procurado o filho Paulinho, que não o reconhece como pai. De acordo com o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, assinale a opção que indica a ação mais indicada para regularizar de forma 
definitiva o direito à convivência familiar da avó com o neto. Ação de Destituição do Poder Familiar 
cumulada com Tutela. Art. 36, p. ú., ECA. Art. 1.638, II e III, C.C. 
Isabela e Matheus pretendem ingressar com ação judicial própria a fim de adotar a criança P., hoje 
com 4 anos, que está sob guarda de fato do casal desde quando tinha 1 ano de idade. Os pais biológicos do 
infante são conhecidos e não se opõem à referida adoção, até porque as famílias mantêm convívio em datas 
festivas, uma vez que Isabela e Matheus consideram importante que P. conheça sua matriz biológica e 
mantenha convivência com os membros de sua família originária. Concluído o processo de adoção com 
observância aos critérios de regularidade e legalidade, caso ocorra o evento da morte de Isabela e Matheus 
antes de P. atingir a maioridade civil, ainda assim não se reestabelecerá o poder familiar dos pais biológicos. 
Art. 41 e 49. 
Paulo, de 4 anos, é filho de Carla e não teve a sua paternidade reconhecida. Cláudio, avô de 
Carla e bisavô de Paulo, muito preocupado com o futuro do bisneto, pretende adotá-lo, tendo em vista 
que Carla ostenta uma situação financeira precária e, na opinião do avô, não é muito 
responsável. Cláudio, por ser bisavô de Paulo, não poderá adotá-lo, mesmo que Carla consinta, já que tal 
medida excepcional não é permitida quando o adotante é ascendente ou irmão do adotando. Art. 42. § 1º. 
O período do estágio de convivência prévio a adoção internacional deverá ser cumprido no Brasil e 
terá prazo mínimo 30 dias, ao passo que para a adoção nacional inexiste prazo mínimo, podendo, inclusive, 
ser dispensado na hipótese de prévia convivência familiar em decorrência da guarda legal ou da tutela. 
B e P, vizinhos da criança Y, cuidam do menino desde a tenra idade, quando o pai da criança faleceu 
e sua genitora, por motivos profissionais, mudou-se para localidade distante, fazendo visitas esporádicas ao 
infante, mas sempre enviando ajuda de custo para a alimentação do filho. Quando a criança completou um 
ano de idade, a genitora alcançou patamar financeiro estável, passando a ter meios para custear os gastos 
da criança também com educação, lazer, saúde etc. Assim, buscou a restituição do convívio diário com a 
criança Y, levando-a para morar consigo, o que gerou discordância dos vizinhos B e P, que ingressaram com 
Ação de Guarda e Tutela do menor, argumentando a construção de laços afetivos intensos e que a criança 
iria sofrer com a distância. A reintegração à família natural, no caso, junto à mãe, deve ser priorizada em 
relação a outra providência, não havendo justo motivo para a que a criança seja posta sob tutela na hipótese 
narrada, uma vez que isso demandaria a perda ou suspensão do poder familiar, o que não encontra 
aplicabilidade nos estritos termos do enunciado. 
Vilma, avó materna do menor Oscar, de quinze anos de idade, pretende mover ação de suspensão 
do poder familiar em face de Onísio e Paula, pais do menor. Argumenta que Oscar estaria na condição de 
evasão escolar e os pais negligentes, embora incansavelmente questionados por Vilma quanto as 
consequências negativas para a formação de Oscar. Do ponto de vista processual, Vilma possui legitimidade 
para propor a ação de suspensão do poder familiar e, tramitando o processo perante a Justiça da Infância e 
da Juventude, é impositiva a isenção de custas e emolumentos, independente de concessão da gratuidade 
de justiça, conforme dispõe expressa e literalmente o ECA.

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