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Prévia do material em texto

EJA 
Ciências 9
Coleção | APRENDER FAZENDO 
9º ano EFII
Rafael Cunha 
EJA | Ciências 9º ano 
2
EJA-CIÊNCIAS 
APRENDER FAZENDO 
(O ensino de ciências na prática) 
9º ano – Ensino Fundamental II 
COLEÇÃO EJA-CIÊNCIAS 
APRENDER FAZENDO 
(Ciências – Ensino Fundamental II – EJA) 
www.omnibiociencia.com 
RAFAEL BARBOSA DA CUNHA 
(Professor de Ciências e Biologia) 
1ª edição 
Rio de Janeiro 
2017 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
3
Profº Rafael Barbosa da Cunha 
Rafael Barbosa da Cunha 
Rafael Barbosa da Cunha 
Rafael Barbosa da Cunha 
Profº Química. Maria Bernadete Pinto dos Santos 
Doutora Geociências-Geoquímica Ambiental (UFF) 
Profº Química . Rose Mary Latini 
Doutora Geociências-Geoquímica Ambiental (UFF) 
Profº Química . Felipe Rodrigues Martins 
Mestre em Diversidade e Inclusão (UFF) Graduado 
em Química (UFRJ) 
Profº Física . Álvaro Siguiné Jadel Lemos
Mestre em Ensino de Ciências da Natureza (UFF)
Graduado em Licenciatura em Física (UFF) 
Autor: 
Editor: 
Diagramação: 
Projeto gráfico: 
Revisão (português): 
Orientação: 
Revisão (técnica): 
Arte gráfica: 
* Capa (criação): Rafael Barbosa da Cunha 
* Iconografia: Rafael Barbosa da Cunha 
* Elementos gráficos (créditos) Aleksandr Bryliaev/Shutterstock.com; Designua/Shutterstock.com
* Crédito (foto/ilustração): Shutterstock ; Freedigitalphotos ; Rafael B. Cunha. Imagem(ns) usada(s)/usado(s) sob
licença da Shutterstock.com 
Impressão: versão não impressa - disponível apenas on-line. 
 
Índices para Catálogo sistemático: 
1. Ciências : Ensino fundamental 372.35
1ª edição, 2017 
www.omnibiociencia.com 
Niterói – RJ - Brasil 
Sugestões, notificações de correção e elogios (e-mail): contato.omnibiociencia@gmail.com 
Reprodução proibida sem autorização. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 
Profº Me. Rafael Barbosa da Cunha
Mestre em Ensino de Ciências da Natureza (UFF)
Pós-graduado em Perícia e Auditoria Ambiental (UGF)
Licenciado em Ciências Biológicas (UERJ)
Atua na rede particular e pública de ensino (EFII e EM)
Revisor de conteúdos – Ciências (EF I/II) e Biologia (EM) – rede particular de ensino
Ex-coord. de Área de Ciências (EF I/II) e Biologia (EM) – rede particular de ensino
Capacitado em Auditor Líder em Sistemas de Gestão Integrada (SGI) 
Ex-perito Judicial (CONPEJ)
Diretor de Comunicação Social SINPRO (Niterói e regiões)
 Associado SBEnBio 
Palestrante FLIP2016 - Casa do Clube de Autores
Autor de mais de 10 obras na área de ciências e biologia 
Pioneiro na autopublicação de livros didáticos de ciências e biologia
Ex-sócio de curso preparatório para o vestibular
C9724a Cunha, Rafael Barbosa da 
APRENDER FAZENDO - O ensino de ciências na prática/ Rafael 
Barbosa da Cunha. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Edição do Autor, 
2017. 
103 p. 
ISBN 978-85-918600-2-9 
1. Ciências (Ensino fundamental). 2. Ciências EJA.
I. Título. II. Série.
CDD 372.35 
mailto:contato.omnibiociencia@gmail.com
EJA | Ciências 9º ano 
4
Nota do autor 
A coleção Aprender Fazendo é uma obra concebida a partir dos estudos 
orientados no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências da Natureza da 
Universidade Federal Fluminense (UFF) que culminou em um material feito 
especificamente para atender a demanda de alunos da Educação de Jovens e Adultos. 
Notadamente é difícil encontrar materiais que se adequem à realidade desta 
modalidade de ensino, visto a heterogeneidade e especificidade dos que a procuram. 
Mais difícil seria ainda montar um material que fosse único para o ensino de ciências, 
visto as diferentes realidades e variações curriculares encontradas nos municípios. De 
fato, a oportunidade foi desenvolver um material que permitisse o aluno explorá-lo, 
oportunizando atividades que permitam aos discentes realizar algo, antes apenas do 
que estudar algo. Esse diferencial consiste em uma tentativa de construir o 
conhecimento para a realidade do aluno adulto. A sua metodologia visa acima de tudo 
torná-lo participante, seja em grupo ou auxiliando as atividades do professor. Por isso, 
não é resultado de uma adaptação ou recorte de livros utilizados em classes regulares. 
Também não é uma obra finalizada em sua essência; mais do que isso, é um primeiro 
passo em direção a uma perspectiva educacional interativa e participativa, em que sua 
experiência deve ser valorizada e utilizada como forma de alcançar a superação de suas 
dificuldades. 
A fórmula pronta não existe, mas na infinidade de interações, entre tentativas e 
erros, encontra-se a solução para algo, seja na vida ou na educação, não há como 
separá-las. Tomando emprestada as ideias de Dewey, a experiência sempre muda a 
percepção daquele que se propõe a mudar; nada será como antes. 
Atenciosamente, 
Prof. Rafael B Cunha
Agradecimentos especiais 
Agradeço em especial todos aqueles que auxiliaram direta e indiretamente a realização 
dessa obra. Em particular os mestres e colegas do curso de mestrado da UFF, a orientadora 
Maria Bernadete dos Santos pelo apoio na condução de toda a pesquisa que levou a construção 
desse livro. 
Não poderia deixar de agradecer minha família, em especial, esposa e filho, que na tenra 
idade ainda não entende os momentos em que a figura paterna dedicou parte de sua vida 
profissional à construção de um futuro melhor para a família. Difícil equação: dedicação familiar, 
pessoal e profissional. 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
5
 Coleção APRENDER FAZENDO
O aprender fazendo nas ciências da EJA 
Sumário 
Capítulo 1. Ciência e tecnologia 
Aula 1: Metodologia científica ................................................................................................... 7 
Aula 2: A ciência e a tecnologia ............................................................................................... 11 
Aula 3: Itaboraí – desenvolvimento sustentável e cidadania .................................................... 17 
Capítulo 2. Matéria e energia 
Aula 4: Os fenômenos físicos e químicos ................................................................................. 23 
Aula 5: Os estados da matéria e suas mudanças ...................................................................... 28 
Aula 6: Propriedades da matéria (gerais e específicas) ............................................................ 31 
Capítulo 3. Substâncias e misturas 
Aula 7: Substância pura e misturas .......................................................................................... 40 
Aula 8: Separação de substâncias ............................................................................................ 44 
Capítulo 4. Os átomos e a tabela periódica 
Aula 9: O átomo e suas partes ................................................................................................ 51 
Aula 10: Introdução à tabela periódica .................................................................................... 57 
Capítulo 5. Sistema solar 
Aula 11: O Sistema Solar ......................................................................................................... 73 
Aula 12: A Terra e os seus movimentos ................................................................................... 75 
Capítulo 6. Noções básicas de física 
Aula 13: Em movimento .......................................................................................................... 81 
Aula 14: “Fazendo” força ........................................................................................................ 84 
EJA | Ciências 9º ano 
 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 1 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
7
Diagnóstico situacional 
Preencha o questionário a seguir antes da aula começar. 
Perguntas 
Opções 
(marque um X 
somente um item) 
Ciência é tudo que pode ser testado? sim não não sei 
responder 
Tecnologia e técnica são termos com relação entre si? sim não não sei 
responder
A ciência é baseada em fatoscientíficos? sim não não sei 
responder
A ciência pode ser baseada em dogmas? sim não não sei 
responder
O experimento deve ser controlado ou deve ter um grupo controle? sim não não sei 
responder
Você sabe o que é uma hipótese para explicar um fenômeno 
científico? 
 sim não não sei responder
No seu trabalho há a aplicação de algum tipo de técnica? Obs: 
deixe em branco caso não trabalhe. 
 sim não não sei responder
No seu trabalho você já teve que analisar uma questão de ordem 
científica? Obs: deixe em branco caso não trabalhe. 
 sim não não sei responder
A ciência pode substituir uma religião? sim não não sei 
responder
Ciência e religião são a mesma coisa? sim não não sei 
responder
Legenda: 
• Grupo teste: é aquele que será utilizado na verificação do teste.
• Grupo controle: é aquele que será utilizado para comparar os resultados obtidos no grupo
teste.
Comentários adicionais: 
Agora professor você pode verificar a quantidade e acertos da turma. 
Vamos discutir os resultados? 
EJA | Ciências 9º ano 
8
Aula 1: Metodologia científica 
Um dia tentei fazer algo que não sabia. Na verdade, era para fazer uma massa de pizza. Lembro 
que há muitos anos atrás eu já tinha feito, mas não lembrava mais da receita. Fui na internet e comecei a 
buscar várias receitas. Fui selecionando as melhores, de acordo com meu paladar. Imprimi a receita, 
separei os ingredientes e segui todos os passos. Enfim, depois de um certo tempo a pizza estava pronta. 
Veja que foi utilizada uma forma, ou podemos dizer, um método para fazer a pizza. 
Que tal aprendermos mais sobre esses métodos? 
Situação-problema 
• Como adequar uma informação lida em
jornal ao método científico?
 Separe o título da reportagem. 
 Busque um problema relacionado a ela. 
 Veja se consegue montar propostas de
solução. 
 Elabore uma forma de teste para a
situação que você selecionou. 
 Pense nos possíveis resultados e
conclusões. 
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Caro professor, apresente jornais e revistas e peça para selecionarem reportagens que julguem 
se tratar de fatos científicos. Os alunos devem, então, justificar porque eles acharam que determinadas 
notícias são caracterizadas como fatos científicos. Na próxima aula devem trazer jornais, 
preferencialmente, locais e destacar aquelas que se encaixam na proposta apresentada na aula. 
Atividade 02 
Proponha um teste prático para os seus alunos. A turma deve ser dividida em grupos de 3 a 5 
alunos. Peça para imaginarem uma situação real que possa ser testada e elaborem uma pequena análise 
que leve em consideração a observação do fato, o problema, o levantamento de uma hipótese, a aplicação 
de um possível experimento, os resultados e a conclusão. 
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Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
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Introdução 
Prezados alunos. Estão 
preparados para encararmos o desafio 
de retomada aos estudos? É certo que 
terão um duro caminho pela frente 
com muitos erros e acertos. 
Aliás, vocês sabiam que as 
ciências só existem por causa dos 
erros que direcionam aos acertos 
futuros? A ciência não é feita de verdades absolutas, todos os fenômenos 
observados na natureza devem ser estudados, analisados e devem passar 
por experiências controladas em laboratório, para verificar se os resultados 
obtidos realmente são válidos. Caso não seja possível acertar pela primeira 
vez, deve-se tentar outros testes e ter muita paciência. Assim é a vida, 
quando pretendemos chegar a um objetivo, temos que planejar a nossa 
vida, como ocorre na ciência, deve-se planejar para obter resultados 
futuros. 
Estudar ciências, então, é ter conhecimento sobre os conceitos e 
definições que são mais utilizadas para entender o que os cientistas e os 
Foto do termômetro de Galileu Galilei (1564-
1642). 
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EJA | Ciências 9º ano 
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livros querem nos informar. O começo parece bem difícil, mas depois 
gradativamente você vai se apropriando das ferramentas necessárias para 
aprender e entender essa disciplina. 
O método científico pode ser dividido em etapas, como observação, 
problema (pergunta ou interrogação), hipótese, experimentação, 
resultados, conclusão e apresentação. 
Na observação verifica-se um fato ou fenômeno, ou seja, como 
ocorre aquilo que se observa ou se registra. Lembre-se que diferentes 
percepções podem ser utilizadas como registro. 
Depois deve-se elaborar um problema a ser 
respondido em função do fato ou fenômeno observado. 
Como qualquer cientista, deve-se tentar 
responder o problema gerado, para isso, chamamos de 
levantamento de hipótese(s). 
Para comprovar que uma das hipóteses é viável, utilizamos um 
experimento controlado para verificar tal veracidade. 
Depois deve-se registrar os resultados e tirar uma conclusão acerca 
do que foi feito, comprovando ou não a sua hipótese. 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
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Aula 2: A ciência e a tecnologia 
A ciência não é absoluta, nem mito, nem ilusão. É racional, real, repetidamente 
estudada, testada até que um dia, quem sabe, possa ser comprovada. Ela não é senso comum 
nem religião; não salva, não acha, não é superstição. Ao mesmo tempo, é temporal e atemporal. 
Não tudo sabe, mas tudo que sabe tem uma razão. Quem sabe o que é a ciência então? 
Situação-problema 
• Considere a situação hipotética em que você é um
cientista e descobriu uma nova substância que cura uma
doença rara, mas serve também como uma bomba
devastadora. Você anunciaria sua descoberta?
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Em grupo, leiam os textos e analisem a situação problema, expondo 
a opinião do grupo em relação à pergunta e ao tema.
Levem em consideração aspectos políticos, econômicos, sociais, etc. 
Ilustração de um balão volumétrico com 
tampa, contendo um líquido vermelho no seu 
interior. 
Símbolo de perigo radioativo. 
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EJA | Ciências 9º ano 
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Introdução 
A ciência é tudo aquilo que pode ser comprovado através do método 
científico. Você deve estar se perguntando o que é o método científico. Na 
verdade, ele nada mais é que um conjunto de procedimentos que procuram 
resolver um dado problema. Quando uma solução é alcançada ela fica 
válida até que outro pesquisador ache uma explicação melhor ou mais 
próximo da realidade do problema. 
As civilizações humanas ao longo da história foram procurando achar 
soluções para os mais diferentes problemas e adversidades. Quando as 
descobertas não eram feitas imediatamente, surgiam através da figura dos 
pesquisadores ou também, muitas vezes, intitulados cientistas. Uma única 
pessoa era capaz de achar soluções para muitos problemas que envolviam 
diferentes ramos da ciência. Você conhece Leonardo da Vinci? Não. Ele foi 
capaz de elaborar projetos que envolviam artefatos engenhosos, como 
máquinas voadoras e os primórdios dos tanques de guerra, mas também 
tinha capacidade de realizar pinturas tão complexas como a Monalisa. Não 
só isso, era capaz de discorrer sobre assuntos relacionados à astronomia e 
anatomia. Ele, realmente, foi um dos gênios da ciência. 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
13
Conforme nossa espécie foi se desenvolvendo e utilizando mais 
tecnologia passou a gerar problemas cada vez mais específicos, o que 
determinou soluções mais específicas. Hoje podemos observar cientistas 
com muitas titulações para assuntos bem específicos. 
A tecnologia, por sua vez, pode ser definida, segundo o dicionário 
Michaelis, como um conjunto de processos especiais relativos a uma 
determinada arte ou indústria. Pode-se entender que ela envolve um 
conjunto de técnicas. Desde os nossos mais remotos antepassados, como, 
por exemplo, o Homo erectus, descobridor 
do fogo, até hoje procuramosdesenvolver 
técnicas que facilitem a nossa sobrevivência 
e o nosso modo de vida. Quanta tecnologia 
desenvolvemos a partir do momento que 
aprendemos a fabricar e lidar como fogo? E 
na atualidade, quantos objetos desenvolvemos a partir da descoberta do 
vidro? Observação: escreva nas linhas abaixo. 
Ilustração de um exemplar de Homo erectus. 
Viveu aproximadamente 1,8 milhões de anos 
atrás. 
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EJA | Ciências 9º ano 
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O passo a passo da ciência
Assim como num manual de instruções, os cientistas também devem 
possuir o seu. Imagine que você quer resolver o problema do vazamento 
em uma descarga. Você deve trocar uma peça ou o sistema inteiro, o 
encanamento ou vaso sanitário? Eis a questão. Se você anotar, concorda 
que vai saber passo a passo o que deve fazer nessa situação? Ou imagine 
que você tenha um ajudante em início de carreira, caso ele esteja sozinho 
não terá que saber quais as providências tomar em determinada situação? 
Então, os cientistas também devem ter uma espécie de manual de 
instruções. Cada um deve ter o seu com as suas especificações, mas todos 
devem obedecer a seguinte sequência: 
Primeiro eles devem observar o fenômeno a ser analisado. 
Em segundo lugar devem gerar um problema relacionado ao 
fenômeno anteriormente observado. 
Em terceiro lugar devem elaborar uma hipótese. 
Em quarto lugar devem propor um experimento controlado1 para 
testar a hipótese. Também pode-se dizer que se trata de uma 
1 É todo o experimento que apresenta o controle das suas variáveis. Deve-se adotar sempre um grupo 
controle para procurar validar os resultados do grupo teste. 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
15
experimentação ou testagem. Por que o(s) experimento(s) deve(m) ser 
controlado(s)? 2 
Em seguida devem anotar os resultados, e tirar as conclusões. 
Por último, podem apresentar a sua pesquisa para outras pessoas do 
ramo e verificar se concordam ou não com seus levantamentos. 
 Aprender fazendo 
Atividade 01 
Agora você vai analisar um fenômeno observado e vai propor uma 
adequação dentro da metodologia científica. 
Situação: A parede está caindo ou está tendo um vazamento de água 
em uma casa. Você pode criar uma nova situação. 
Elaborem uma hipótese para o problema, em equipe, em seguida um 
possível teste, o seu respectivo resultado e conclusão. 
2 Gabarito: Porque se os dados não forem obtidos através de um experimento controlado, não terão 
validade. 
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EJA | Ciências 9º ano 
16
Por que a ciência não pode ser uma religião?
Muitos colegas falam que a ciência tenta 
substituir a religião. Isso é verdade? Você 
acredita nisso? 
Então, devemos estabelecer uma 
separação entre ciências e religião. A ciência, 
como já vimos é baseada no método científico. 
Nada mais é do que observações que podem 
ser testadas e comprovadas. 
Já a religião é baseada nos dogmas religiosos, que variam de uma 
crença para a outra. Dessa forma você não precisa comprovar para 
acreditar, basta ter fé e crença naquilo que é pregado pela sua religião. Não 
importa a sua religião, o fato é que deve acreditar no que ela defende. 
O ideal é que você tente sempre levar em consideração pontos de 
vista diferentes, mas a escolha em acreditar em algo sempre será sua. 
Assim, podemos estabelecer uma separação entre o discurso científico e o 
discurso religioso. De fato, nós cientistas e professores somos formados 
para discutir a ciência enquanto explicação do que está ao nosso redor, mas 
não somos habilitados a discutir as religiões ou os seus porquês. 
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Foto de vela acesa. 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
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Aula 3: Itaboraí – desenvolvimento 
sustentável e cidadania 
O município de Itaboraí conta com uma população de 230.786 (segundo IBGE 2016) 
habitantes. Quando se iniciaram as obras do COMPERJ muitos sonhos foram construídos em 
conjunto. Empregos foram gerados, o comércio e a expansão do mercado imobiliário pegaram 
carona no que seria um dos grandes avanços para o município. Porém, tudo terminou tão rápido, 
quanto começou, e o resto vocês já sabem. 
Situação-problema 
• O Comperj trouxe algum impacto social, econômico ou
ambiental para sua vida e a do seu município?
• Discutam em grupos menores cada tipo de impacto em
separado, depois façam uma discussão mais ampla.
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Leia a Análise de texto sobre o Comperj e juntamente com a pesquisa feita pelo seu grupo 
desenvolva uma apresentação oral para ser realizada em sala. 
Lembre-se que essa atividade pode fazer parte da nossa avaliação da aprendizagem. 
Ilustração de barril de 
petróleo. Observação: 
“oil” em inglês significa 
óleo; que no caso 
representa o petróleo. 
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EJA | Ciências 9º ano 
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Complexo Petroquímico 
do 
Rio de Janeiro (Comperj) 
 
 
Informações gerais 
O Comperj está localizado no município de Itaboraí, no Leste Fluminense, ocupando uma 
área de 45 km², e terá como objetivo estratégico expandir a capacidade de refino da Petrobras 
para atender ao crescimento da demanda de derivados no Brasil, como óleo diesel, nafta 
petroquímica, querosene de aviação, coque e GLP (gás de cozinha). A previsão de entrada em 
operação da primeira refinaria é agosto de 2016, com capacidade para refino de 165 mil barris 
de petróleo por dia. 
Características técnicas 
Área: 45 km² 
Capacidade de processamento do 1º trem de refino: 165 mil barris de petróleo por dia. 
Principais produtos da refinaria: óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação 
(QAV), coque, GLP (gás de cozinha) e óleo combustível. 
Infraestrutura logística externa: inclui vias de acesso, emissário de efluentes, adutora, 
infraestrutura dutoviária, linhas de transmissão etc. 
Status da obra 
Seguimos o cronograma estabelecido pelo nosso Plano de Negócios e Gestão 2014-
2018, tendo alcançado cerca de 82% de avanço físico nas obras em fevereiro de 2015. 
Fonte:http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/refinarias/complexo-
petroquimico-do-rio-de-janeiro.htm 
Observações: 
GLP = gás liquefeito de petróleo 
 
Análise de texto 
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Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
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Exercícios 
1) Quais são as etapas que envolvem o método científico? Descreva cada uma delas.
2) Qual é o objetivo em adaptar uma matéria jornalística sob a ótica da metodologia
científica?
3) Explique como a ciência interfere sobre as civilizações humanas. O caso inverso também
pode ocorrer? Explique.
4) Cite os valores éticos que um cientista deve ter em sua prática. Além disso, registre
valores éticos observados no seu trabalho. Observação: a turma também pode discutir
o tema aproximando da realidade profissional dos seus integrantes.
5) Durante as atividades desenvolvidas na pesquisa, uma turma apresentou o seguinte
resultado depois a discussão temática.
A partir da análise do esquema, escolha um tema e desenvolva uma redação com no 
mínimo cinco linhas, porém você pode se esforçar para alcançar umas dez linhas. 
6) Caso a turma da EJA fosse localizada na região de Serra Pelada – PA, a temática do
município seria mesma abordada no nosso livro? Justifique.
Comperj
Oportunidades
Início
• Positivo
Estágio 
final
• Negativo
Projeto social
Questões 
ambientais
destruição do cenário
aumento do 
desmatamento
aumento da 
terraplanagem
migração dos 
animais
perspectiva 
futura -
dúvidas
Petrobras
crise 
empresarial
crise política
mercado 
nacional
mercado 
internacional
EJA | Ciências 9º ano 
20
MATÉRIA E ENERGIA 2
Coleção | APRENDER FAZENDO 
Profº Rafael Cunha 
21
Diagnóstico situacional 
Preencha o questionárioa seguir antes da aula começar. 
Perguntas 
Opções 
(marque um X somente um item) 
Ao riscar um fósforo ele produz a chama, que é considerada 
um tipo de ... 
matéria energia 
 não sei 
responder 
Matéria é tudo aquilo que ocupa lugar no(a) ... 
espaço energia 
 não sei 
responder
A matéria pode estar no estado físico sólido, líquido e gasoso? sim não não sei 
responder
A matéria pode mudar de estado físico? sim não não sei 
responder
A mudança de estado físico ocorre com uso ou liberação de 
energia? 
 sim não não sei responder
O ar é uma mistura? sim não não sei 
responder
A água do mar contém moléculas? sim não não sei 
responder
Existe matéria no solo? sim não não sei 
responder
Existe matéria no ar? sim não não sei 
responder
Existe matéria na água? sim não não sei 
responder
Comentários adicionais: 
Agora professor você pode verificar a quantidade e acertos da turma. 
Vamos discutir os resultados? 
EJA | Ciências 9º ano 
22
Introdução 
A matéria e energia são duas 
palavras utilizadas em diversas 
situações cotidianas, como preciso 
daquela matéria para realizar uma 
determinada prova ou sem energia 
meu celular não funciona. A matéria e 
a energia, utilizados no exemplo 
anterior, têm o mesmo significado dos 
conceitos adotados neste capítulo? 
Mas, afinal de contas, o que são esses 
conceitos e o que eles definem? Pode-se dizer que eles envolvem tudo que 
nos rodeia ou que permite a nossa existência ou mesmo dos objetos 
classificados como matéria bruta. Sendo vivo ou não, todos os integrantes 
da natureza têm íntima relação com a matéria e a energia. 
Como realizar trabalho sem gastar energia? Ao acordarmos, 
precisamos de energia e disposição para encarar uma jornada de trabalho, 
pois sabemos que a gastaremos ao longo do dia. E precisamos comer para 
obter essa energia; de preferência um café da manhã bem farto com leite, 
café, pão e fruta. 
Torre de transmissão de energia. Através dela a 
energia chega a nossas casas. 
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Profº Rafael Cunha 
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Aula 4: Os fenômenos físicos e químicos 
A palavra fenômeno pode ser aplicada em uma série de situações, como por exemplo, 
em questões climáticas, em fatos, surpresas, ciência entre outros. Considerando a química e a 
física como matérias diferentes, cometemos o erro de descartar os assuntos que são 
indissociáveis em relação às duas. A ciência é uma só, porém a dividimos para facilitar a 
compreensão dos fatos ou podemos dizer fenômenos. 
Situação-problema 
• Qual é a relação entre os objetos dispostos na mesa com o conceito de matéria e
energia?
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Prezado professor distribua alguns 
elementos, como fósforo, isqueiro, motor (por 
exemplo, de impressora), pilha, pederneira, bexiga 
(de aniversário) cheia, copo com água e uma pedra 
pequena; sugestivos para ensinar matéria e energia. 
Dessa forma os alunos podem relacionar os objetos 
de acordo com a significação deles em relação aos conceitos apresentados. Separe grupos de três a cinco 
alunos e peça para relacionarem em duas colunas o que está relacionado à matéria ou à energia. Comente 
os resultados e valorize os erros como um estágio para a superação. 
Atividade 02 
Agora vocês irão ler dois textos e adivinhar quem são essas pessoas e qual é a relação entre elas 
e o assunto tratado no capítulo. Dando uma pequena ajudinha, vamos citar alguns cientistas como: Isaac 
Newton, Albert Einstein, Dimitri Mendeleyev, Louis Pasteur, Niels Bohr, Charles Darwin e Stephen 
Hawking. 
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TEXTO 01 
PRIMEIROS ANOS 
__________________________ nasceu em 1834, em Tobolsk, no extremo oeste da Sibéria, na Rússia. Ele era o mais novo de 14 
irmãos. Seu pai, Ivan, era diretor de uma escola local, mas ficou cego pouco tempo depois do nascimento de __________ e foi forçado 
a se aposentar. A mãe, Maria Komileva, não teve escolha senão deixar a casa para ir trabalhar. Sua família era dona de uma vidraria 
em Aremziansk, e ela começou a administrá-Ia em troca de um salário modesto. __________ frequentou a escola local, mas recebeu 
também formação prática na fábrica de vidros de sua mãe, onde ele passava horas escutando o químico e o vidreiro debaterem os 
segredos da fabricação de vidro. 
Em 1847, seu pai faleceu e, no ano seguinte, a vidraria foi consumida por um incêndio. A família ficou à míngua. Contudo, a 
notável Maria não abriria mão dos sonhos que tinha para o filho. Em 1849, ela pegou carona com __________ e com sua outra filha 
ainda pequena, Elizabeth, até Moscou - uma jornada de 2 mil quilômetros - na esperança de assegurar um lugar para ele na 
universidade. Enquanto siberiano, porém, __________ foi impedido de entrar na Universidade de Moscou. Irrefreável, Maria seguiu 
com o filho e a filha por mais 600 quilômetros, até São Petersburgo. Ali, novamente, foi negado ao garoto acesso à universidade. 
Finalmente, em 1850, ofereceram-lhe uma vaga no Instituto Pedagógico. Apenas dez semanas se passaram até que Maria morresse, 
exaurida de tanto esforço. Pouco tempo depois, a irmã de __________ sucumbiu à tuberculose. 
Adaptado de A História da Ciência por seus grandes nomes. História Viva. Ediouro publicações. RJ, 2015. 
TEXTO 02 
PRIMEIROS ANOS 
__________________________ nasceu em Ulm, na Alemanha, em 14 de março de 1879, e cresceu em Munique. Muito pouco 
dos primeiros anos de __________ poderia sugerir que ele estivesse destinado à grandeza. Afirma-se que ele não aprendeu a falar 
até os 3 anos. O jovem __________ odiava a dura disciplina e os rígidos métodos de ensino da escola. Seus únicos prazeres eram o 
violino, que ele tocaria pela vida toda, e a matemática. Deixou a escola aos .15 anos, sem um diploma. 
Para evitar o exército, __________ desistiu de sua cidadania alemã e mudou-se para a Suíça. Em Zurique, conseguiu obter um 
lugar (na segunda tentativa) na Politécnica, para estudar física e matemática. Após a formatura, em 1900, começou a trabalhar como 
professor substituto de matemática, mas esperava chegar à universidade para prosseguir os estudos. Em 1900 e 1901, inscreveu-se 
para concorrer a vagas em diversas instituições, sem que nenhuma das tentativas fosse bem-sucedida. 
Em 1902, __________ arranjou um emprego de examinador técnico de terceira classe num escritório de patentes em Berna. 
O trabalho lhe deu segurança financeira suficiente para se casar com sua noiva húngara, Mileva Marié. 
Deixou-lhe também algum tempo livre, que ele empregava no exercício do que descrevia como sua "disposição para o 
pensamento abstrato e matemático': O jovem começou, então, a contribuir com artigos para um periódico científico alemão, os 
Anais de Física. 
Adaptado de A História da Ciência por seus grandes nomes. História Viva. Ediouro publicações. RJ, 2015. 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
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Os fenômenos físicos e químicos 
Quando se fala em estudar química deve-se ter em mente dois 
conceitos principais, a matéria e a energia. A matéria pode ser definida 
como tudo que ocupa lugar no espaço e a energia como tudo capaz em 
transformar o estado físico da matéria. Outra definição para energia, 
segundo Brady (2012), “é algo que um objeto tem se for capaz de realizar 
trabalho3”. As manifestações da energia podem ser divididas em elétrica, 
térmica, sonora, luminosa, cinética ou nuclear. Cada uma das 
manifestações energética pode ser percebida de forma diferenciada pelos 
seres humanos, bem como podem ser utilizadas de forma diferente nas 
sociedades atuais. 
Na verdade, a matéria e a energia estão intimamente relacionadas. 
Ao falar em matéria pode-se classificá-la em três estados físicos primordiais 
como sólido, líquido e gasoso. Ao falar da matéria pode-se abordá-la como 
um corpo, no qual possuinatureza quantitativa, porém ao se tratar da 
natureza qualitativa deve-se utilizar o termo substância. A energia pode ser 
definida como a capacidade de realizar trabalho ou capacidade de permitir 
a ocorrência de uma transformação. Pode-se pensar no exemplo citado no 
3 Trabalho: para a física, é a resultante de uma força que promove o deslocamento de um corpo. 
EJA | Ciências 9º ano 
26
início do capítulo. Também vale lembrar outros casos como o 
funcionamento de um motor à combustão em que a energia química é 
transformada em energia mecânica, térmica e sonora, pois afinal de contas 
o carro não só se movimenta, mas também gera barulho e aquece seus
compartimentos internos, desprendendo parte da energia que é perdida 
para o ambiente de outra forma além da motora, responsável pelo 
automóvel se deslocar. 
Os fenômenos químicos estão relacionados à transformação da 
matéria com consequente alteração de sua composição química, já os 
fenômenos físicos são aqueles que alteram o estado físico da matéria sem 
afetar a sua composição. Cabe ressaltar que o estudo da química também 
pode abordar conceitos físicos no desenrolar dos conteúdos. 
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27
Diagnóstico situacional 
Preencha o questionário a seguir antes da aula começar. 
Perguntas 
Opções 
(marque um X somente um item) 
Quem pesa mais? Um punhado de ... serragem pó de ferro 
Quem tem maior densidade? água azeite 
Quem é atraído pelo ímã? serragem pó de ferro 
A água pode sofrer mudança de estado 
físico? 
 sim não não sei 
responder 
Quem tem maior massa? 100 kg de 
serragem 
 100 kg de 
ferro 
Um litro de água tem o mesmo volume 
que 1000ml de óleo? 
 sim não não sei 
responder 
Agora professor você pode verificar a quantidade e acertos da turma. 
Vamos discutir os resultados? 
EJA | Ciências 9º ano 
28
Aula 5: Os estados da matéria e suas 
mudanças 
Tuda muda, nós mudamos e a matéria muda. Basta o tempo passar que o presente vira passado 
e o futuro vira presente. Mesmo numa árvore, que aparentemente fica parada, milhões de processos 
celulares ocorrem no seu interior, mudando diversos detalhes do seu funcionamento interno. Mudar faz 
parte da vida. Assim como os seres vivos mudam, a matéria também muda. Tudo que a forma são 
unidades tão pequenas que não percebemos que mudam, mas mudam. O seu estado um dia pode ser 
assim, outro dia de outro. Apesar de sermos muito diferentes dessas partículas, também mudamos, de 
um dia estamos de um jeito, outro dia de outro jeito. Seja muito pequeno ou muito grande, inconsciente 
ou consciente, só resta mudar. 
Situação-problema 
Analise duas situações que envolvem a transformação física da água: 
• Como há o aumento do volume do líquido em um copo contendo gelo em fusão?
• E como ocorre a formação de gotículas em uma superfície mais fria (tampa) sobre
uma panela quente contendo água?
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Analise duas condições práticas do dia a dia e explique o que está ocorrendo com suas palavras. 
Em equipe, formule as respostas para cada uma das situações-problema. 
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Foto de panela com 
água em ebulição 
quando colocada sobre 
a boca acesa do fogão. 
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2.b.1. Os estados físicos da matéria
Imagine pegar uma fração de qualquer matéria e analisá-la em 
temperatura ambiente. Você consegue observar se ela é sólida, líquida ou 
gasosa? 
Então, quando você vê um copo de água na temperatura ambiente, 
o estado físico será líquido, porém se levarmos o mesmo copo ao
congelador, ela estará na forma sólida e, quando levamos ao fogo, veremos
a formação de vapor d’água. Qualquer dona de casa, facilmente, identifica
esses estados físicos.
Logo, temos três estados físicos da matéria. Vamos ver como ocorre 
essa troca no próximo tópico? 
Aprender fazendo 
Atividade 02 
Agora, assista um filme4 sobre a temática e relacione com os estados físicos da matéria. 
4 Química – volume 1 – A história da química e seus conceitos básicos – SBJ produções. 
Ilustração dos três 
estados físicos da água: 
sólido, líquido e gasoso. 
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2.b.2. Mudanças de estado físico
Agora, veja as mudanças de estado físico ocorrendo entre os 
estados físicos da matéria apresentados anteriormente. 
Vamos começar com a solidificação, que consiste na transformação 
do estado líquido para o sólido. A fusão é o processo inverso, observado no 
derretimento do gelo. A vaporização é a passagem do estado líquido para o 
estado gasoso. Lembre-se que a vaporização pode também ser denominada 
evaporação, entretanto denominamos vaporização quando ocorre 
naturalmente, e ebulição, quando é fornecido energia, acelerando a 
mudança de estado físico. A condensação é o inverso, onde há a passagem 
da forma gasosa para a líquida. Já a passagem direta da forma sólida para a 
gasosa é chamada sublimação. O processo inverso é denominado 
ressublimação, passagem da forma gasosa para a sólida. 
Ilustração da mudança de 
estado físico da matéria, 
como representado no 
exemplo com a água. 
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Aula 6: Propriedades da matéria (gerais e 
específicas) 
Tudo ocupa lugar no espaço. Que tal falarmos em matéria? Considere que tudo seja 
formado por matéria, logo cada tipo deve ter propriedades diferentes. Vamos pegar, por 
exemplo, o cimento, concreto, areia e água. Cada um deles tem propriedades diferentes. 
Quando misturados suas propriedades também mudam? Vale a pena pensar e trocar com os 
demais.
Situação-problema 
• Como medir o volume da esfera metálica utilizando os
materiais disponibilizados no início da aula?
Aprender fazendo 
Atividade 01 
O professor irá realizar uma apresentação oral das palavras-chave e objetos disponibilizados na 
aula, como balança de bancada (portátil), esponja, óleo, sal, pedras, béquer ou garrafa plástica cortada 
ou copo de vidro, rolha, proveta, ímã, fio de cobre, pedaços de metal, esferas metálicas e maçã. Pode ser 
que não seja possível arranjar todos os objetos. 
Agora cada grupo irá recortar os cartões com as propriedades da matéria: gerais e específicas. 
Conforme o professor for apresentando os materiais, cada grupo irá selecionar um cartão que 
tenha relação com o objeto apresentado. 
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Foto de duas 
esferas metálicas, 
como as utilizadas 
em rolamentos. 
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A matéria possui propriedades gerais e específicas. As propriedades 
gerais são referentes a todo tipo de matéria, sem levar em consideração a 
natureza da substância. Elas são conceituadas como impenetrabilidade, 
massa, divisibilidade, volume, compressibilidade e elasticidade. 
Visualize os rascunhos esquematizados e relacione com os conceitos 
apresentados.Ilu
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A impenetrabilidade consiste na impossibilidade de dois corpos 
ocuparem ao mesmo tempo o mesmo lugar no espaço. 
A massa de um corpo é a medida dele em quilogramas (kg) no SI 
(Sistema Internacional). A massa de um corpo é única, porém o seu peso 
pode mudar. Logo a balança dá o resultado da sua massa e não do seu peso. 
Todo corpo ocupa determinado volume (extensão) no espaço. Na 
matemática, quando se calcula o volume de um paralelepípedo utiliza-se os 
valores do largura, altura e profundidade. 
Todo corpo pode sofrer sucessivas divisões até chegar ao seu menor 
tamanho, que conserva as propriedades de determinada substância que 
forma um corpo. 
A compressibilidade é quanto a matéria pode ser comprimida, como 
observado ao encher o pneu de um carro. 
E a elasticidade é a capacidade que um corpo tem de retornar ao seu 
estado inicial, após sofrer alguma deformação provocada por uma força 
externa. 
Atividade 02 
O professor realizará o procedimento em que coloca objetos sólidos, como esferas 
de metal dentro da proveta que contém uma quantidade conhecida de líquido 
(preferencialmente água). 
Também deve-se ter uma balança pequena para aferir a massa das esferas ou 
objetos sólidos colocados dentro da proveta. 
Utilize a fórmula: 
Densidade absoluta = massa do corpo 
 volume do corpo 
Para resolver a questão, considere o grama (g) como unidade de massa e centímetro 
cúbico (cm3) para volume. Lembre-se que 1 mL é igual a 1 cm3. Para converter g/cm3 deve-
se multiplicar por 103, e o contrário deve-se dividir por 103. 
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As propriedades específicas são conceituadas como densidade, ponto de 
fusão, ponto de ebulição, dureza, maleabilidade, ductibilidade e propriedade 
magnética. 
A densidade (absoluta) consiste na relação entre a massa e o volume de 
um corpo. Pode-se dizer que é a quantidade de massa de um corpo em 
determinado volume. Objetos aparentemente do mesmo tamanho podem ter 
densidade completamente diferentes, sob as mesmas condições de temperatura 
e pressão. A unidade utilizada no SI para massa é o quilograma (kg) e para volume 
o metro cúbico (m3). 
O ponto de fusão é a temperatura, numa dada pressão, no qual 
determinada substância passa do estado sólido para o líquido. Ela é específica 
para cada tipo de substância. O ponto de fusão da água é de 0°C, já o álcool etílico 
é -117°C. 
Já o ponto de ebulição é a temperatura no qual determinada substância 
passa do estado líquido para o gasoso. Ela é específica para cada tipo de 
substância. O ponto de ebulição da água é de 100°C e do álcool etílico é 78°C na 
pressão de 1 atm (que pode variar de acordo com a pressão). 
A dureza é a propriedade relacionada à capacidade da superfície de 
material ser riscado por outro, ou seja, sempre o material de maior dureza risca 
o de menor dureza. Na geologia é muito conhecida a escala de Mohs, que 
classifica os materiais de acordo com a sua dureza. 
A maleabilidade consiste na capacidade de transformar um material em 
lâminas, enquanto a ductibilidade, por sua vez, é a capacidade de transformar um 
material em fios. 
A última propriedade é a magnética, pertinente à materiais específicos que 
conseguem ter poder de atração a materiais como o ferro. A magnetita e os ímãs 
são materiais que manifestam esta propriedade. 
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37
Exercícios 
1) Por que existem os acidentes de carro? Agora relacione com uma das propriedades
gerais da matéria.
2) Uma cozinheira, ao preparar refeições todos os dias, aplica uma das propriedades gerais
da matéria. Qual delas podemos destacar? Justifique.
3) Um estoquista deve ter uma boa noção de organização de espaços. Sabendo que seu
trabalho depende do entendimento da propriedade de volume, explique a sua
conceituação.
4) Quando vamos ao médico, algumas vezes, nos pedem para subir na balança. Qual é o
resultado que ela nos fornece?
5) Quando enchemos os pneus de uma
bicicleta estamos verificando qual
propriedade geral matéria? Você
consegue relacionar essa propriedade
a outra situação vivenciada no dia a
dia? Qual?
6) Explique o que é a densidade. Na atividade prática, caso tenha realizado, o que pôde
comprovar?
7) Descreva a atividade prática (02) ou outra que o professor tenha feito para demonstrar
um dos conceitos.
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SUBSTÂNCIAS E MISTURAS 3
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Profº Rafael Cunha 
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Diagnóstico situacional 
Preencha o questionário a seguir antes da aula começar. 
Agora professor você pode verificar a quantidade de acertos da turma. 
Vamos discutir os resultados? 
Perguntas 
Opções 
(marque um X somente um item) 
É possível afirmar que o leite é 
uma mistura? 
 sim não não sei responder 
Uma substância pura sempre 
deve ter somente um elemento 
químico? 
 sim não não sei responder 
A mistura de água com azeite 
gera duas fases? 
 sim não não sei responder 
A serragem pode ser separada 
do pó de ferro através do uso 
de um ímã? 
 sim não não sei responder 
A areia pode ser separada da 
serragem com água? 
 sim não não sei responder 
A água pode ser separada do 
óleo com um funil de 
decantação? 
 sim não não sei responder 
Ao colocar água em um copo 
com azeite a água fica embaixo 
e o óleo em cima? 
 sim não não sei responder 
As misturas podem ser 
separadas? 
 sim não não sei responder 
Comentários adicionais: 
EJA | Ciências 9º ano 
40
Aula 7: Substâncias puras e misturas 
Misturar é o verbo que exprime uma ação muito praticada desde a mais tenra idade. 
Seja uma criança ou um pintor, as tintas são misturadas para gerar novas cores. A química 
também utiliza a mistura enquanto conceito. Agora, será que nos dois casos, o verbo e o 
conceito, serão encontradas semelhanças? 
Situação-problema 
• Quais substâncias utilizadas na cozinha e/ou residência
podem ser classificadas como substâncias puras e misturas?
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Atividade prática com 
experimento. Materiais utilizados: 
grafite, leite, detergente, água, óleo de 
cozinha, óleo lubrificante para casa, 
açúcar, sal, corante alimentício (duas 
cores de preferência), placa de petri, 
lâmina para microscopia, espátula, 
luva de borracha, palito de dente, 
béquer, tubos de ensaio com plugs de borracha, estrutura de apoio para tubos de ensaio 
(preferencialmente, estante para tubos de ensaio) vidros (5 ou 10 ml) para armazenamento, 
proveta (100 ml), microscópio óptico, copos descartáveis (5 unidades) e papel (toalha ou 
higiênico). Cartões ou pedaços de folha com os conceitos de substância pura, mistura, simples, 
composta, homogênea e heterogênea. 
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Foto de substâncias 
comumente encontrados 
na cozinha, como: azeite, 
vinagre, óleo, limão e sal. 
 Coleção | APRENDER FAZENDO 
 
Profº Rafael Cunha 
41
 
Introdução às substâncias puras e misturas 
 
 Ao estudarmos as diferentes substâncias sabemos que elas são 
diferentes por uma série de características que podem ser visualizadas sem 
equipamentos microscópicos, como a densidade, viscosidade ou cor, 
porém as diferenças são mais profundas. Nesses casos, sem o estudo da 
química não seria possível entender as diferenças estruturais dos 
compostos químicos. 
Imagine os diferentes tipos de prédios e arranjos estruturais. Agora, 
microscopicamente, temos os diferentes arranjos moleculares. Se pedir 
para citar qual é a unidade estrutural do prédio, você poderia citar o tijolo. 
Agora, se peço para mencionar qual é a estrutura fundamental do arranjo 
molecular o que você me responderia?5O átomo constitui a menor parte que forma um elemento químico. 
Quando os átomos se ligam formam moléculas entre si, mesmo que seja de 
 
5 Gabarito: Átomo. 
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EJA | Ciências 9º ano 
42
igual elemento químico, como é o caso o gás oxigênio formado por dois 
átomos iguais. 
Ao abordar uma substância química, estamos nos referindo a um 
conjunto de moléculas ligadas entre si e que são encontradas na natureza, 
como a água, substância química formada por moléculas constituídas de 
dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Neste exemplo, temos uma 
substância classificada como composta, porque apresenta dois tipos de 
elementos químicos na sua estrutura. Já o gás oxigênio, citando 
anteriormente, e o grafite utilizado na escrita constituem casos de 
substâncias simples. Observe que ambos são formados por apenas um 
único tipo de elemento químico. 
Alguns alunos devem se perguntar se água com areia constitui uma 
substância. Veja que são duas substâncias completamente diferentes, não 
apresentando uma fórmula química que o defina. Nesse caso se trata de 
uma mistura. A água é uma substância, mas não uma mistura, assim como 
a areia. Agora, se você citar a água do mar, ela constitui uma mistura, pois 
existem diversas substâncias químicas, em diferentes proporções, em 
diversos tipos de ambientes. As misturas podem ser classificadas como 
homogêneas ou heterogêneas. No primeiro caso, as substâncias não 
conseguem ser identificadas separadamente, o contrário ocorre no 
Coleção | APRENDER FAZENDO 
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segundo caso, onde verificam-se duas ou mais fases. Nas duas fotos abaixo 
você pode verificar casos de misturas. 
A imagem da esquerda faz referência a uma mistura de 
óleo, água e detergente, vista ao microscópio ótico com 
aumento de 40x. 
A imagem da direita verifica-se de 
cima para baixo a mistura de óleo de 
máquina, óleo de cozinha e água com 
corante culinário. 
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Aula 8: Separação de substâncias 
Separar misturas, em muitos casos, constituem exemplos bem práticos que qualquer 
jovem ou adulto que trabalha na construção civil já se deparou. O método de peneiração, por 
exemplo, é utilizado para separar os grãos de areia para a fazer o concreto. 
Situação-problema 
• O que há dentro de uma pilha?
• Como são separados os materiais utilizados na construção civil?
• Como ocorre a separação de substâncias em um filtro de água?
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Poderíamos trabalhar separando 
diversos tipos de substâncias, entretanto 
vamos fazer algo mais interessante. O que 
acha de separarmos os componentes de 
uma pilha? Mãos à obra! 
Vamos precisar de pelos menos 
um béquer, funil, pisseta, alicate, água destilada (100 ml), papel toalha ou higiênico (para limpeza), luvas 
de borracha, cinco potes plásticos (reaproveitáveis), chave de fenda pequena, espátula de laboratório, 
filtro de papel pequeno (utilizado para fazer café), saco plástico para coleta do lixo, pilhas, multímetro e 
refil usado de filtro de água. 
Primeiro irá extrair o revestimento plástico da pilha. Retire o metal que a recobre, composto de 
zinco, guarde-o em recipiente. Irá observar uma pasta, no qual deverá adicionar um pouco de água 
(aproximadamente 5 ml) para dissolver o cloreto de amônio. Passe a mistura pelo filtro de papel, 
separando o cloreto de amônio que, está dissolvido na água, do dióxido de manganês, retido na superfície 
do papel. Em seguida, deixe-o secar e armazene-o. Também guarde o cloreto de amônio. No final 
observará que restou um bastão escuro, feito de grafite. Armazene-o também, depois de limpá-lo com 
papel toalha. 
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Atividade 02 
Agora vamos relacionar as palavras-chave as suas respectivas imagens. Vejamos 
se você já sabe relacionar algum dos conceitos utilizados na química, como a peneiração, 
separação magnética, levigação, ventilação, catação, flotação, sedimentação, 
centrifugação, decantação, filtração e evaporação. Pode começar! 
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A turma dividida em grupos deverá explicar cada conceito por 
extenso. Vejamos qual grupo se destaca. 
Peneiração: 
Separação magnética: 
Levigação: 
Ventilação: 
Catação: 
Flotação: 
Sedimentação: 
Centrifugação: 
Decantação: 
Filtração: 
Evaporação: 
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Casos de misturas homogêneas podem envolver procedimentos 
técnicos mais complexos como a destilação simples e fracionada, que serve 
para separar as diferentes substâncias componentes da mistura de acordo 
com o ponto de ebulição. Também pode-se aplicar o procedimento da 
fusão fracionada, caso queira derreter as diferentes substâncias de uma liga 
metálica. Agora, para os casos de misturas heterogêneas temos a 
peneiração, separação magnética, levigação, ventilação, catação, flotação, 
sedimentação, centrifugação, decantação, filtração e evaporação. 
a) Peneiração: consiste em separar substâncias sólidas misturas com 
outros sólidos ou líquidos. 
b) Separação magnética: é a separação de sólido composto por ferro de 
outro não formado por tal elemento. 
c) Levigação: separação de substâncias baseada na diferença de 
densidade. Essa técnica é utilizada por garimpeiros na extração do 
ouro. 
d) Ventilação: utilização do deslocamento de ar para separar as 
substâncias. 
e) Catação: técnica simples de separação pela observação visual da 
pessoa que separa os componentes de uma mistura. A catação do 
EJA | Ciências 9º ano 
48
feijão é utilizada para eliminar possíveis grãos de pedras presentes 
no alimento. 
f) Flotação: utilização da água como agente que separar duas
substâncias de acordo com a densidade, sendo uma das substâncias
menos densa que a água, logo ficando na superfície.
g) Sedimentação: separação da fração sólida que, em função do tempo,
se deposita, por exemplo, no fundo de um recipiente.
h) Centrifugação: é a sedimentação quando ocorre de forma acelerada,
para isso se utilizando uma centrífuga.
i) Decantação: quando se derrama um líquido que estava misturado a
um sólido, separando-os. Lembre-se que também podem ser
separados dois líquidos imiscíveis.
j) Filtração: utiliza-se uma membrana com diferentes tipos de
permeabilidade, permitindo a retenção de partículas sólidas de
diferentes diâmetros, separando-as do líquido.
k) Evaporação: método que ocorre graças à mudança de estado físico
das substâncias, como por exemplo ocorrenas salinas. A separação
do sal ocorre devido à evaporação da água do mar.
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Exercícios 
 
 
1) Uma cozinheira recebeu do fornecedor alguns sacos de feijão. Qual o procedimento que 
ela deverá realizar que está relacionado a matéria de separação de substância? 
2) Em uma obra, o mestre de obras reclamou da presença de pedras na areia. O que 
provavelmente aconteceu? 
3) Em uma estação de tratamento de água, uma das etapas consiste em separar 
substâncias sólidas que ficam depositadas no fundo do sistema. Qual procedimento de 
separação está sendo abordado? 
4) Uma das formas de separação das substâncias é denominada evaporação. Porém 
quando se adiciona calor ao processo utiliza-se outro nome. Qual é a denominação? 
5) Todos os dias grande parte do povo brasileiro cultiva o hábito de ingerir café pelas 
manhãs e ao longo do dia. Cite as formas de separação de substância intimamente 
relacionada à confecção do café. 
6) Na minissérie exibida pela Rede Globo, intitulada Serra Pelada – A Saga do Ouro, 
abordou a questão da extração do ouro ocorrida no Brasil na região de Serra Pelada, 
Pará. Você consegue relacionar algum procedimento de separação de substâncias com 
a extração do ouro realizada na época? Qual técnica foi empregada? 
7) Na atividade Aprender Fazendo 1, foi realizada a abertura de uma pilha. Uma das 
substâncias extraídas é o dióxido de manganês. Qual é a consequência dessa substância 
para o organismo? E para o ambiente? 
8) Com relação a questão anterior explique por que deve-se utilizar EPIs (equipamentos de 
proteção individual) para atividades como essa, bem como adotar medidas de descarte. 
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OS ÁTOMOS E A TABELA PERIÓDICA 4
Coleção | APRENDER FAZENDO 
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Aula 9: O átomo e suas partes 
Chegamos na menor fração da matéria? 
Uma rima em inglês de Jonathan Swift, traduzida, dizia o seguinte: “O pulgão tem suas 
costas picadas pelo pulguito; neste há pulgas menores, e assim ao infinito”. Tanto do ponto de 
vista biológico, físico (2ª lei da termodinâmica) e químico a rima não poderia terminar com a 
palavra infinito, e sim finito. Atualmente, sabemos que o destino final dessa história se 
concentra nos estudos da física de partículas e disciplinas afins. Preparado para desvendar o 
segredo de tudo? 
Situações-problema 
• Qual é a unidade fundamental de tudo
que nos rodeia?
• Formulação de perguntas secundárias: O
que é tudo?
• O que é unidade fundamental?
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Separe uma folha e peça para cada aluno responder à situação-problema 
proposta, de forma que a folha seja passada por todos os alunos. Ao término das 
respostas, o professor irá analisar as respostas mais distantes do esperado até chegar 
ao resultado mais próximo. Durante a construção do conceito, todos devem participar 
da discussão. 
Ilustração artística de um átomo. 
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Minha peça fundamental: o átomo 
Lembra quando falamos sobre o tijolo em relação à um prédio? 
Então, o átomo pode ser, analogamente, a peça fundamental da matéria. É 
importante que saiba da existência de outras partículas ainda menores do 
que o átomo. 
O átomo é composto por um núcleo e uma eletrosfera, onde estão 
distribuídas as partículas conhecidas como prótons, nêutrons e elétrons. Os 
dois primeiros são encontrados no núcleo do átomo e os elétrons na 
eletrosfera. O esquema ao lado mostra um modelo ilustrado de átomo. 
Agora responda a pergunta, você sabe o que é um modelo? Alguém 
já viu o átomo? Qual é o tamanho dele? 
Modelo esquemático de um átomo 
(hipotético), mostrando os prótons, 
nêutrons e elétrons, bem como a 
região do núcleo do átomo e a 
eletrosfera. 
Imagem fora de escala. 
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Primeiro, o modelo é uma representação de algo que justamente não pode 
ser visto, mas pode ser explicado. Segundo, ninguém ainda viu um átomo 
como representado no modelo, justamente por sua estrutura tão diminuta. 
Porém, existem técnicas como o uso do microscópio de tunelamento por 
varredura que permite identificar informações sobre os átomos. Terceiro, 
seu tamanho está na escala do Angström (Å), ou seja, 10-10 m. Seria 
equivalente a dividirmos um metro por 10.000.000.000 (dez bilhões) de 
vezes. 
Voltando as partículas fundamentais do átomo, temos que os 
prótons e os nêutron são partículas 1836 vezes mais pesadas do que os 
elétrons, por isso, muitas vezes, dizemos que a massa do elétron é 
desprezível. Para efeito de natureza quantitativa, diz-se que a massa do 
átomo ou do nêutron vale 1 (uma) unidade, ou seja, 1 u. Logo, a massa do 
elétron equivale a 1 unidade dividida por 1836 vezes. Em relação à natureza 
elétrica, os nêutrons são definidos como partículas não detentoras de carga 
elétrica, os prótons com carga positiva e os elétrons com carga negativa. 
Assim, podemos dizer que, no núcleo, encontramos as partículas com carga 
positiva e na eletrosfera com a carga negativa. No estado fundamental, os 
átomos equilibram as cargas positivas e negativas, não apresentando carga 
elétrica excedente. 
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Se quiser saber a massa de uma partícula, e se pudesse desmembrar 
o núcleo da eletrosfera, qual delas seria mais representativa na 
quantificação da massa? 
 
 
 
A eletrosfera é composta por elétrons, como representados nos 
esquemas, mas suas trajetórias são definidas pela energia que permite 
orbitar o núcleo do átomo. Assim, a eletrosfera foi dividida em níveis de 
energia, de acordo com a energia que comportam. Quanto mais próximo 
do núcleo menor é a energia, e mais distante maior energia. Um elétron 
pode se deslocar de um orbital para o outro ganhando ou perdendo 
energia. Os níveis de energia foram divididos e classificados como K (1), L 
(2), M (3), N (4), O (5), P (6) e Q (7). Cada nível comporta uma determinada 
quantidade de elétrons, respectivamente, 2, 8, 18, 32, 50, 72, 98. 
 
 
 Coleção | APRENDER FAZENDO 
 
Profº Rafael Cunha 
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O átomo e um pouco de história 
 
O estudo e a compreensão do átomo ocorreu graças a muitos 
cientistas que contribuíram para a construção desse conhecimento. 
Demócrito, também conhecido como “o risonho”, nasceu em 460 
a.C. A sua contribuição para esse campo do conhecimento ocorreu quando, 
a partir da percepção do cheiro do pão que se espalhava pelo ar, concluiu 
que essas tais partículas se deslocavam pelo ar. Então, concebeu um 
experimento mental partindo-se do princípio 
de que se cortasse um pedaço de queijo em 
pedaços menores chegaria a menor parte da 
matéria, o que denominou átomo. Essa 
palavra decomposta significa a = sem; tomos 
= parte, logo, sugere-se que se algo não tem 
parte, então não é divisível, ideia defendida 
por Dalton muitos séculos depois. 
 
 
Joseph J. Thomson ao estudar os raios 
produzidos em seu experimento com a 
ampola de Crookes, chegou à conclusão que 
estes eram menores do que os átomos, 
descobrindo uma das partículas que 
compõem o átomo, o elétron. 
 
 
 
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Joseph John Thomson (1856 - 1940). 
 
John Dalton (1766 - 1844). 
 
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 No início do século XX, o neozelandês 
Ernest Rutherford, chega à conclusão de que o 
átomo é grande parte formado por espaço vazio, 
e o núcleo sendoresponsável pela maior parte de 
sua massa. Associa-se sua hipótese ao modelo do 
Sistema Solar. 
 
Assim, como muitos modelos, o de 
Rutherford também necessitava de melhorias, 
então, outro cientista completa as ideias 
anteriormente desenvolvidas, Niels Bohr, famoso 
por aperfeiçoá-lo. Ele define que os elétrons 
seguem órbitas definidas ao redor do núcleo e 
que o deslocamento entre os diferentes níveis, 
leva a perda ou ganho de energia. 
Niels Henrik David Bohr (1885 - 
1962). 
 
Ampola de Crookes. 
 
Niels Henrik David Bohr (1871 - 1937). 
 
 
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Profº Rafael Cunha 
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Aula 10: Introdução à tabela periódica 
 
Organizar qualquer tema ou descoberta científica requer uma sucessão de tentativas e 
erros que vão sendo delineados com o tempo. Às vezes os cientistas conseguem acertar nas 
primeiras tentativas, porém, na maioria das vezes, se apoiam em ideias pregressas, testam 
novas hipóteses até chegarem a um acerto. Não foi diferente com a tabela periódica. 
 
Situações-problema 
 
• O que você gosta de organizar ou já teve muito trabalho em 
organizar na sua casa? 
• A ciência também se ocupa de organizar as coisas e/ou 
fenômenos? 
• Para que serve uma tabela periódica? 
 
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Recorte o modelo de tabela periódica disposto a seguir. A turma 
dividida em grupos deve organizar os recortes da tabela periódica. 
Lembrem de citar os critérios que provavelmente utilizaram para montar os 
seus modelos. Ao término da atividade podem tirar uma foto para registrar. 
A atividade dura aproximadamente 10 minutos. Vamos discutir os erros? 
 
Esquema mostrando a 
disposição do elemento 
químico hidrogênio como 
representado na tabela 
periódica. 
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PÁGINA EM BRANCO 
ÁREA DESTINADA AO 
RECORTE DA ATIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A história da tabela periódica 
 
 O surgimento de um sistema de 
organização dos químicos permitiu arranjar de 
forma lógica os diferentes elementos. 
 
 
 
O grande avanço na organização dos 
elementos químicos ocorreu a partir do século XIX, 
através dos estudos de Döbereiner sobre a massa 
atômica de alguns elementos químicos. Algumas 
décadas depois, o geólogo francês Chancourtois 
também utiliza a massa atômica na sua estrutura de 
organização dos elementos químicos na forma de parafuso, logo conhecido como 
parafuso telúrico de Chancourtois. 
E alguns anos depois, em 1864, John A. R. 
Newlands apresentou um modelo em que separava 
os elementos químicos em grupos de oito unidades 
de massa atômica, tomando como base as 
semelhanças nas propriedades físicas desses 
John Alexander Reina Newlands 
(1837 - 1898). 
 
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Alexandre-Emile Béguyer de 
Chancourtois (1819 - 1886). 
 
Johann Wolfgang Döbereiner 
(1780 - 1849). 
 
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elementos. Essa forma de organização ficou conhecida como Lei das Oitavas de 
Newlands. Cabe ressaltar que suas ideias não foram aceitas pela comunidade 
científica da época, por utilizar um método baseado em escalas musicais. Veja 
que nem sempre um bom método pode ser aceito em determinada época. 
 Dimitri Mendeleyev, trabalhando com 
fichas para cada elemento e se baseando 
em jogo de carta de baralho, propôs 
organizar os elementos químicos em ordem 
crescente de massa, e de forma semelhante 
a Newlands observou uma periodicidade 
entre alguns elementos. Foi em 1869 que o 
cientista apresentou o modelo de tabela organizado de forma a ter os elementos 
com mesmas propriedades na mesma coluna. 
 Posteriormente, no início do século XX, em 1913 
e 1914, Henry Moseley descobriu o número atômico 
associado a cada elemento químico, conceito 
relacionado ao número de prótons. E através da soma 
desses estudos é que temos a tabela periódica como a 
conhecemos na atualidade. 
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Dmitri Ivanovich Mendeleev (1834 -1907). 
Henry Gwyn Jeffreys Moseley 
(1887 -1915). 
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 A divisão da tabela periódica 
 
Você já reconhece os elementos químicos organizados na forma de 
tabela? Ainda não? Vamos começar a entender essa questão. 
A tabela periódica é organizada estruturalmente em linhas e colunas. 
As linhas são chamadas de períodos e as colunas podem também ser 
conhecidas como grupos ou famílias. 
Os períodos (linhas) 
A tabela possui 7 períodos, formando 7 pilhas de linhas. Essa 
organização ajuda a entender a distribuição dos elétrons em cada átomo, 
porém não vamos nos concentrar nesse aspecto. Existem dois períodos 
destacados na tabela periódica que são os lantanídeos e os actinídeos. 
Os grupos ou famílias (colunas) 
Ela possui dezoito grupos, ou seja, dezoito colunas numeradas 
da esquerda para a direita. Uma classificação mais antiga propunha a 
divisão dos grupos em 1A até 7A, 1B até 8B e 0. Os grupos possuem 
uma grande importância sendo também denominados de outras 
formas, como: 
• Grupo 1: alcalinos. 
• Grupo 2: alcalino-terrosos. 
 Coleção | APRENDER FAZENDO 
 
Profº Rafael Cunha 
63
 
• Grupo 16: calcogênios. 
• Grupo 17: halogênios. 
• Grupo 18: gases nobres. 
 
 
Os elementos químicos 
 
O hidrogênio 
É o elemento químico encontrado 
na natureza no estado gasoso e possui 
características específicas que o fazem 
constituir um grupo em separado dos 
demais. 
 
 
Os metais 
Os metais são caracterizados por 
apresentarem brilho, além de serem 
bons condutores de calor e 
eletricidade. Também podem ser 
modelados em placas (maleabilidade) ou 
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Ferro antigo de passar roupa. Observe 
que já está com a aparência de objeto 
enferrujado. 
Foto do Sol, estrela que aquece o nosso 
planeta. Aproximadamente, ainda há 
metade do estoque de hidrogênio para a 
atividade solar. Foto superior – em 
colocação real. Foto inferior – com 
inversão de cores. 
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fios (ductibilidade). Também possuem facilidade em perder elétrons, 
formando cátions. 
 
Os não metais (ametais) 
 Os não metais são caracterizados por apresentarem características 
praticamente antagônicasaos metais, como falta de brilho, não serem bons 
condutores de calor, nem de eletricidade nem serem capazes de formarem 
placas e fios. Ao estabelecerem uma ligação iônica, ganham elétrons 
quando se ligam6 com os metais. É bom lembrar que muitos desses 
elementos químicos estão na forma gasosa em temperatura ambiente. 
Os não metais são o 
carbono, nitrogênio, oxigênio, 
flúor, fósforo, enxofre, cloro, 
selênio, bromo, iodo e astato. 
 
 
Agora, você pode escrever um pouco sobre a diferença dos metais e 
não metais? 
 
6 Quando se ligam com outros não metais, realizam ligações covalentes. 
Pilha de carvão mineral. 
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 Coleção | APRENDER FAZENDO 
 
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Gases nobres 
 Os gases nobres constituem um grupo formado, justamente, por 
gases que possuem a característica de dificilmente se combinarem com 
outros elementos. São representados pelo hélio, neônio, argônio, criptônio, 
xenônio e radônio, somando seis elementos químicos. 
EJA | Ciências 9º ano 
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6 
Arrumando os elementos químicos na tabela periódica 
 
Os átomos podem ser identificados pelo número atômico definido 
pela letra Z (corresponde ao número de prótons) e pelo número de massa 
definida pela letra A. Já o número de nêutron é dado pela letra n. Quando 
queremos saber o número de massa de um átomo, pode-se quantificar pela 
fórmula: A = Z + n 
Ao identificar a tabela periódica pode-se verificar que todos os 
elementos químicos representados apresentam a mesma identificação, 
como disposta no esquema abaixo: 
 
Cada um deles segue o seu número atômico, símbolo, nome e massa 
atômica. 
Ora, existem hoje 118 elementos químicos conhecidos e dispostos na 
tabela periódica. Você deve estar se perguntando se há um critério para 
organizar esses átomos, dessa forma facilitando os estudos. Existe sim. 
Vamos começar com um desafio. 
Esquema mostrando a 
disposição do elemento 
químico hidrogênio como 
representado na tabela 
periódica. 
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 Coleção | APRENDER FAZENDO 
 
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Aprender fazendo 
Atividade 02 
Agora que você já sabe como é a tabela periódica, vamos relacionar 
os assuntos vistos até agora. Para isso, vamos montar um recurso didático 
que será utilizado para compreender as informações da tabela. 
 
 
Vamos precisar de uma pasta plástica polionda (transparente), 
caneta para projetor, fio de lã, um furador ou a ponta do compasso, palito 
de dente e tampinhas de refrigerante ou objeto análogo. 
 
 
 
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Foto mostrando os materiais utilizados na atividade prática. 
EJA | Ciências 9º ano 
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8 
Exercícios 
 
 
1) Qual foi o critério adotado na classificação dos elementos químicos da tabela periódica? 
2) Observe a imagem da tabela periódica em branco e faça o que se pede. 
a. Numere todos os grupos e períodos. 
b. Nomeie sobre a tabela grupos ou períodos característicos. 
c. Hachure os quadrados que representam os elementos químicos classificados 
como não metais. 
d. Numere os dez primeiros números atômicos referentes aos seus respectivos 
elementos químicos. 
e. Quantos elementos químicos existem nessa representação da tabela periódica? 
f. Qual é o grupo formado por elementos químicos em que todos se encontram 
no estado gasosos? 
 
 
3) De acordo com a sua vivência, como você pode diferenciar claramente um metal de um 
não metal. 
4) Que elementos químicos você pode encontrar em substâncias ou utensílios domésticos 
utilizados na cozinha? E em uma obra? 
5) Antigamente os fios utilizados nas fiações residenciais podiam ser feitos como interior 
de alumínio. Na atualidade são fabricados fios com interior de cobre. Quais são as 
vantagens em relação ao novo material? E por que ele deve ser revestido? 
 
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SISTEMA SOLAR 5 
EJA | Ciências 9º ano 
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0 
Diagnóstico situacional 
 
Preencha o questionário a seguir antes da aula começar. 
 
Perguntas Opções (marque um X somente um item) 
Os planetas são formados por matéria energia não sei responder 
Todos os planetas são rochosos? sim não não sei responder 
O Sol emite energia? sim não não sei responder 
A Via Láctea é a nossa galáxia? sim não não sei responder 
No espaço tem oxigênio? sim não não sei responder 
Planetas e estrelas são corpos 
celestes? sim não não sei responder 
O homem já pisou na Lua e 
Marte? sim não não sei responder 
Existem outros sistemas 
planetários? sim não não sei responder 
Só existe uma galáxia no 
universo? sim não não sei responder 
O Universo sempre existiu? sim não não sei responder 
Comentários adicionais: 
 
 
Agora professor você pode verificar a quantidade e acertos da turma. 
 
 
Vamos discutir os resultados? 
 
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Aula 11: O Universo e o Sistema Solar 
 
De onde viemos e para onde vamos? Nós somos os únicos seres vivos no universo? Crer 
ou saber? As dúvidas são maiores do que as respostas. De fato, você vai aprender que quanto 
mais estudar, maiores serão as dúvidas, ou pode-se dizer que elas vão ficando mais complexas. 
Talvez seja o maior segredo da vida, microscopicamente ou macroscopicamente, tendemos à 
complexidade. 
Situação-problema 
 
• Qual é o tamanho do universo? 
• Há quanto tempo existe? 
• Quantos planetas existem no universo? 
• É correto afirmar que o Sistema Solar é o 
único Sistema Planetário existente? 
 
 
 
 
 
 
 
Aprender fazendo 
Atividade 01 
Agora os grupos devem separar uma cartolina e em grupo devem construir 
a visão atual que têm do Sistema Solar (localizando seu lugar na galáxia). Façam 
todas as anotações necessárias sobre o desenho. A atividade não é com consulta. 
Depois entreguem ao professor. Ao término da aula ou em outra oportunidade o 
professor retornará os trabalhos aos grupos para verificarem os seus resultados. 
 
 
Galáxia de Andrômeda. 
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EJA | Ciências 9º ano 
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2 
O universo é uma grande malha, como um tecido tridimensional, 
capaz de reter planetas, estrelas e todos os outros astros. Os estudos, até o 
momento, nos dão indicativos de que ele é infinito. A sua existência, já 
sabemos, que é da ordem de 13,8 bilhões de anos. O número de planetas 
no universo pode ser obtido multiplicando o número de galáxias, pelo 
número estimado de planetas em cada uma delas. 
Algumas conclusões também podem ser tiradas. Ao olhar para o céu 
noturno, constatamos que sua maior parte é formada por ausência de 
estruturas luminosas. Justamente um dos critérios utilizados para classificar 
os astros é a capacidade de emitir ou refletir a luz. Os que liberam luz e calor 
são conhecidos como astros luminosos e os que refletem são os iluminados. 
Cada galáxia é composta por inúmeros sistemas planetários, uns 
conhecidos e outros ainda a serem descobertos. 
 
 
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Aula 11: O Sistema Solar 
 
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rédito: m
odificado de LSkyw
alker / Shutterstock.com
 
EJA | Ciências 9º ano 
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O sistema solar, atualmente, é formado por oito planetas, sendo os 
quatro primeiros mais próximos ao sol, classificados como rochosos, devido 
à sua composição e os quatro últimos como gasosos, também possuidores 
de anéis, mesmo que aparentemente não vistos. 
Ainda temos os planetas anões que são formados por Ceres, Plutão 
(anteriormente classificado como planeta), Haumea, Makemake e Éris. São 
assim denominados,

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