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A INCLUSÃO DOS SUJEITOS NO BASQUETE SOBRE RODAS TIME FARRAPOS PANAMBI RS

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL 
DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
CLEVERSON HILGERT 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DOS SUJEITOS NO BASQUETE SOBRE 
RODAS – TIME FARRAPOS PANAMBI – RS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PANAMBI – RS 
2016
 
 
CLEVERSON HILGERT 
ORIENTADOR(A): MS. STELA MARIS STEFANELLO STEFANELLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DOS SUJEITOS NO BASQUETE SOBRE 
RODAS – TIME FARRAPOS PANAMBI – RS 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de Educação 
Física da Universidade Regional do Noroeste 
do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito 
parcial para a obtenção de título de 
Bacharelado em Educação Física. 
 
 
 
 
 
PANAMBI – RS 
2016
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 À minha família, pоr sua capacidade dе 
acreditar е investir еm mim. Mãe, Eva Jardim 
Hilgert, sеυ cuidado е dedicação que me 
deram, еm alguns momentos, а esperança 
pаrа seguir. Pai, Darci Hilgert, sυа presença 
significou segurança е certeza dе qυе não 
estou sozinho nessa caminhada. Esta 
conquista é para vocês. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Primeiramente a Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse ао longo dе 
minha vida, е nãо somente nestes anos como universitário. 
 Agradeço а minha mãе e meu pai qυе apesar de alguns momentos de 
dificuldades mе deram todo o apoio e incentivo nаs horas difíceis, me fortalecendo 
para seguir em frente. 
 Obrigado meus irmãos е sobrinhas, que nоs momentos dе minha ausência 
dedicados ао estudo, sеmprе entenderam qυе о futuro é feito а partir dа constante 
dedicação nо presente! 
 E о qυе escrever para Aline Ariane Lindner, minha namorada? Obrigado pеlа 
paciência, pelo incentivo, pela força е principalmente pelo carinho. Valeu а pena 
todo o tempo aplicado em nossos estudos, tоdо sofrimento, todas аs renúncias... 
Valeu а pena esperar... Hоjе sou eu, esses dias foi você, mas estamos juntos 
colhendo os frutos dо nosso empenho! 
 Agradeço a todos os professores que me apoiaram para eu estar aqui hoje, 
desde os primeiros do ensino fundamental até os de hoje na universidade. 
 Agradeço aos amigos e aos colegas por me apoiarem e me auxiliarem 
sempre que precisei. 
 Agradeço também a equipe de basquete sobre rodas Farrapos, por ter aberto 
as portas para que eu pudesse realizar esse trabalho. 
 A todos aqueles qυе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе mim, 
fazendo esta vida valer cada vеz mais а pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8 
1 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 10 
1.1 A INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE .............................................................. 10 
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO BASQUETE SOBRE RODAS ...... 12 
1.3 QUEM PRATICA O BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS? ..................... 14 
1.4 REGRAS DO BASQUETE SOBRE RODAS ................................................. 14 
1.4.1 Regulamento da quadra ............................................................................... 14 
1.4.2 Pontuação do jogo ........................................................................................ 15 
1.4.3 Violação das linhas divisórias ....................................................................... 15 
1.4.4 Violação de percurso .................................................................................... 15 
1.4.5 Sobre os atletas ............................................................................................ 15 
1.5 HISTÓRIA DA EQUIPE FARRAPOS – PANAMBI - RS ................................ 16 
2 METODOLOGIA ........................................................................................... 18 
2.1 TIPO DE PESQUISA .................................................................................... 18 
2.2 AMOSTRA E PROCESSO DE SELEÇÃO .................................................... 18 
2.2.1 Sujeito A ....................................................................................................... 19 
2.2.2 Sujeito B ....................................................................................................... 19 
2.2.3 Sujeito C ....................................................................................................... 19 
2.2.4 Sujeito D ....................................................................................................... 19 
2.2.5 Sujeito E ....................................................................................................... 20 
2.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DA PESQUISA ............................ 20 
2.4 COLETA DE DADOS .................................................................................... 20 
2.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DAS ENTREVISTAS .................................. 21 
2.6 QUESTÕES ÉTICAS DA PESQUISA ........................................................... 21 
3 ANÁLISE E DISCUSSÕES .......................................................................... 22 
3.1 A VIDA COTIDIANA DOS SUJEITOS .......................................................... 22 
3.2 A INSERÇÃO DOS SUJEITOS NO ESPORTE DO BASQUETE SOBRE 
RODAS ......................................................................................................... 23 
3.3 AS MUDANÇAS NOS SUJEITOS EM SEUS ASPECTOS FÍSICOS, SOCIAIS 
E PSICOLÓGICOS ....................................................................................... 25 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 28 
ANEXOS ................................................................................................................. 32 
 
 
ANEXO 1 - ANAMNESE ......................................................................................... 33 
ANEXO 2 - ROTEIRO DA ENTREVISTA GRAVADA ............................................. 34 
ANEXO 3 – RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE .................... 35 
 
 
TITULO: A Inclusão Dos Sujeitos No Basquete Sobre Rodas – Time Farrapos 
Panambi – RS 
AUTOR: Cleverson Hilgert 
ORIENTADORA: MS. Stela Maris Stefanello Stefanello 
 
RESUMO 
 Este estudo tem como objetivos a análise da vida de sujeitos antes e após a 
inserção dos mesmos no projeto de Basquete sobre Rodas, verificando assim a vida 
cotidiana dos sujeitos, seguido pelo início de contato com o esporte, dificuldades 
encontradas, para então verificarmos as mudanças nestes sujeitos, em todos os 
seus aspectos. 
 A pesquisa realizada se deu na forma descritiva, onde os participantes da 
pesquisa foram os cinco atletas da equipe de basquete sobre rodas Farrapos, do 
município de Panambi - RS. Todos do sexo masculino com idades entre 18 a 36 
anos, estudantes, aposentados e trabalhadores em setores diversos. 
 Os instrumentos de pesquisas utilizados foram, anamnese, questionário e 
entrevista semi-estruturada. 
 As reflexões sobre o tema foram construídas a partir dos resultados das 
entrevistas realizadas, onde percebemos que o projeto não traz nenhum malefício a 
nenhum dos atletas, não tendo nenhum aspecto negativo registrado. Ou seja, o 
projeto vem somente a agregar na vida destes sujeitos, tanto nos aspectos físicos, 
como psicológicos e principalmente sociais. 
 
Palavras chaves: Cadeirantes, Basquete sobre rodas, Beneficios 
8 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O basquete sobre rodas teve seu primeiro marco histórico no ano de 1946 
nos Estados Unidos, onde o mesmo tinha por objetivo a reabilitação e a inclusão de 
soldados veteranos sobreviventes da segunda guerra mundial. No Brasil teve início 
em 1951, quando um homem, após um acidente foi se tratar nos Estados Unidos, 
sendo que ao retornar trouxe com ele uma cadeira de rodas adaptada para o 
esporte, começando assim a difundi-lo peloBrasil. 
 O tema proposto é de um basquete adaptado, onde os atletas utilizam-se das 
cadeiras de rodas para se locomover, com o mesmo objetivo que é de chegar até a 
cesta, com regras adaptadas, mas com mesmo mecanismo de jogo do basquetebol. 
 O Basquete sobre rodas é uma modalidade que agrega em uma 
equipe,pessoas com diferentes tipos de deficiência e cada deficiência com um grau 
de comprometimento, podendo ter vários tipos de lesionados, ou seja, neste esporte 
podem participar pessoas com deficiência física de membro inferior, tais como, 
pessoas amputadas, lesados medulares traumáticos e congênitos, pessoas que 
adquiriram poliomielite, entre outros. 
 Sendo o basquete sobre rodas uma proposta de inclusão, e este ser um tema 
que vem sendo muito tratado na atualidade, nos deparamos com alguns 
questionamentos quanto aos atletas que praticam tal esporte, como por exemplo, 
que mudanças o esporte trouxe para a vida de cada atleta? 
Como profissional da Educação Física, nos vimos diante deste trabalho e nos 
propusemos a realizar esta pesquisa junto à equipe Farrapos de Panambi – RS, que 
conta com cinco atletas com idade entre 18 a 36 anos, todos homens, sendo eles 
estudantes, trabalhadores em setores diversos e aposentados. A mesma teve como 
objetivo investigar a vida cotidiana dos sujeitos, antes e depois da inclusão no 
esporte de basquete sobre rodas, para isto, se fez necessário investigar como foi a 
inserção dos sujeitos da pesquisa na equipe, conhecer as mudanças nos aspectos 
físicos, sociais e psicológicos que o esporte proporcionou aos sujeitos da pesquisa. 
 Através do esporte conseguimos proporcionar melhorias nos aspectos 
físicos, motores, sociais e psicológicos das pessoas sendo elas deficientes ou não. 
Com a prática do basquete sobre rodas, as pessoas com deficiências têm uma 
melhor qualidade de vida, pois mesmo com limitações elas possuem necessidades 
9 
 
básicas como qualquer outra pessoa, diferenciando apenas, quanto ao aspecto 
motor. 
 Estes fatos nos chamaram atenção nesse assunto, onde tivemos a 
possibilidade de poder estar junto com essa equipe no ano de 2014, realizando o 
estágio profissional obrigatório, e podendo voltar em 2015, para realizar o trabalho 
de conclusão de curso, podendo assim estar um maior tempo junto a eles, e 
percebendo evoluções de cada um dos participantes. 
 A pesquisa realizada se deu na forma descritiva, onde foram disponibilizados 
anamneses, questionário e entrevistas gravadas semi-estruturadas aos sujeitos da 
pesquisa. 
 Para contextualizar melhor o trabalho, o mesmo foi dividido em três capítulos, 
sendo que o primeiro dá conta do tema a inclusão e acessibilidade, contextualização 
histórica do basquete sobre rodas até sua chegada ao Brasil. Ainda no mesmo 
capítulo, falaremos a respeito dos sujeitos que podem participar de tal esporte, e das 
regras adaptadas para o basquete sobre rodas e funcionamento de jogo. 
 Assim, o segundo capítulo dá conta da metodologia utilizada para tal 
pesquisa, bem como esclarece o tipo de pesquisa na qual nos baseamos, para 
enfim ao terceiro capítulo realizarmos as análises e conclusões da mesma.
10 
 
1 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
1.1 A INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE 
 
 O conceito de inclusão é recente em nossa cultura. Estamos começando a 
usar esta palavra. Como qualquer situação nova, a inclusão incomoda e desperta 
curiosidade, indiferença ou negação, encontra adeptos e também críticos. Este 
conceito envolve diversos fatores, sendo eles sociais, culturais ou econômicos, 
envolvendo acesso de bens, acesso à educação, saúde, trabalho, tecnologia, entre 
outros. A inclusão também vem sendo trabalhada nas escolas, e locais de trabalho. 
 É perceptível o quanto a sociedade já evoluiu com relação ao tema, porém 
ainda é necessária uma maior importância com o mesmo, dando mais possibilidades 
aos deficientes, sejam eles físicos ou mentais. 
 Segundo a Lei nº 13.146, art 2º diz que 
 
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo 
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em 
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena 
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais 
pessoas.(Lei 13.146/2015) 
 
As pessoas com deficiência é que sabem o que precisam para ter melhor 
qualidade de vida, suas necessidades variam como as de qualquer ser humano e, 
por isso, só podem ser atendidas por uma variedade de serviços e equipamentos. 
 Percebe-se que o ambiente pode melhorar ou dificultar a forma de 
funcionamento de uma pessoa, prejudicando ou facilitando seu deslocamento. Um 
local que disponibiliza pouco espaço entre um móvel e outro, por exemplo, prejudica 
a circulação, dificultando a possibilidade de adaptação do deficiente ao meio, 
deixando este em desvantagem, muitas vezes inviabilizando o seu acesso. 
 Mesmo que os fatores ambientais citados acima não indiquem barreiras para 
as pessoas que não possuem deficiências, a retirada dos mesmos colabora com 
todos, pois um ambiente com acessibilidade facilita a locomoção de todos e não 
somente de pessoas com determinadas características físicas, oferecendo assim 
mais qualidade de vida e também segurança permitindo uma melhor convivência 
com os diferentes. 
11 
 
 A acessibilidade permite que pessoa seja capaz de tomar suas próprias 
decisões, vivendo com maior dignidade, devido à sua integração na comunidade, 
tendo controle da situação. A sociedade com melhores acessos garante uma maior 
qualidade para todos, portanto, é um compromisso de todos para todos. 
 Podemos verificar que em termos de acesso, houve algumas evoluções, 
como a exemplo do transporte público, que já disponibiliza alguns ônibus adaptados, 
porém, como ainda são números reduzidos de veículos com as devidas adaptações, 
os deficientes acabam ficando prejudicados em suas idas e vindas. 
 Circular sozinho ainda é uma dificuldade para pessoas com deficiências, 
devido à má qualidade das calçadas, falta de acesso, e outras barreiras 
arquitetônicas. 
 Assim, o esporte adaptado vai de encontro a estas necessidades especiais, 
das pessoas portadoras de deficiências podendo assim ser definido como aquele 
adaptado ou modificado. Ele pode ser praticado por pessoas portadoras de 
deficiências motoras, visuais, auditivas, mentais e múltiplas, embora nos Jogos 
Paraolímpicos os deficientes auditivos não participem. 
 Ao ingressar veementemente na prática esportiva, o deficiente recupera a 
motivação para a vida e, enfrentando suas limitações físicas, procura também outras 
atividades que pareciam ser inatingíveis: trabalhar, namorar, casar, estudar, 
conhecer novos amigos. 
A deficiência física afeta o sujeito em termos de mobilidade, de coordenação 
motora, e algumas vezes prejudica também a fala, devido às más formações 
congênitas ou adquiridas, bem como em decorrência de lesões, sejam elas 
neurológicas, musculares ou ortopédicas. Sabe-se que boa parte da população que 
depende de cadeira de rodas para locomover-se não nasceu com a deficiência em si 
ou teve a mesma na infância, pois a maioria a adquire na juventude ou mesmo 
quando adultos. 
Neste sentido, a prática de basquete sobre rodas é vista como uma porta de 
reentrada do sujeito na sociedade, pois é através dele que muitos destes cidadãos 
retomam seus ideais e sonhos, buscando assim o reconhecimento da própria 
história através do esporte. 
Werneck (2007 apud Geremia e Falkenbach, 2009) esclarece que “a inclusão 
é incondicional, é fazer do mundo um mundo para todos, sem deixar ninguém de 
lado. Que todos estejam aptos a vivenciar situações comuns é o que se pressupõe 
12 
 
no conceito de inclusão. A pessoa com deficiência não precisa buscar a integração 
na sociedade, pois nasce fazendo parte dela”. 
Costa (2000 apud Itani, Araújo e Almeida, 2004) afirma que 
 
A atividade física, realizada em grupo, é de fundamentalimportância, pois 
permite aos seus integrantes adquirirem uma identidade social, sentir e ter 
compromisso com algo e com o grupo, de viver o sentimento de confiança, 
sentir reforços sociais provenientes do grupo, desenvolver um grande grau 
de amizade com outros participantes e viver a relação de companheirismo 
[...] e são responsáveis por comportamento afetivo. (COSTA, 2004) 
 
Ribeiro (2001 apud Cremonese, 2009, p.39) explica que 
O esporte, através de suas dimensões sociais, pode viabilizar uma ação 
inclusiva, considerando-se que as atividades esportivas fizeram e ainda 
fazem parte do processo de construção do homem no seu meio cultural. A 
busca pela inclusão efetiva através da prática da atividade esportiva torna 
importante que todos os envolvidos façam parte do objetivo da 
atividade.(RIBEIRO, 2009.p.39) 
 
Segundo Martinez (2000 apud Cremonese, 2009, p.38) o Basquetebol em 
cadeira de rodas tem experimentado uma metamorfose nos últimos 40 anos. Isto 
tem sido demonstrado com relação à sofisticação tecnológica e a um aumento de 
aceitação popular em considerá-lo um esporte que gera esforço físico e 
consequentemente trás benefícios físicos e psicológicos. 
 O basquetebol ou outro tipo de atividade, além de estimular a autonomia e a 
independência, e prevenir doenças secundárias, resulta nos seguintes benefícios 
psicomotores: desenvolve força muscular, velocidade, flexibilidade, agilidade, 
capacidade cardiorrespiratória, raciocínio, atenção, concentração e melhora a 
percepção espaço temporal. 
 “Brincar é a mais elevada forma de pesquisa” (A. Einstein). Através do brincar 
no esporte, podemos adquirir esta possibilidade. Devido a ludicidade do esporte o 
mesmo possibilita um reflexão referente a deficiência e suas limitações, fazendo 
com que o individuo consiga se fortalecer enquanto sujeito para estabelecer um 
novo projeto de vida. 
 
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO BASQUETE SOBRE RODAS 
 
Há um pouco mais de cinquenta anos, surgiram os esportes envolvendo o 
uso de cadeiras de rodas, dentre eles, o basquete. Estes esportes iniciaram como 
13 
 
prática complementar da reabilitação nos Estados Unidos e Reino Unido, devido aos 
traumas sofridos durante a Segunda Guerra Mundial. O esporte foi ganhando 
notoriedade não somente pelas melhoras físicas e psicológicas de seus praticantes, 
mas também pelo número de adeptos ao mesmo. 
O basquetebol em cadeira de rodas foi criado nos Estados Unidos pelos 
veteranos da II Guerra Mundial em 1945, no entanto não existe nenhum registro por 
escrito que confirme esta data. O primeiro registro que se tem é de 6 de dezembro 
de 1946, quando foi publicado um artigo em um jornal americano comentando sobre 
os acontecimentos em uma partida de BCR (STROHKENDL, 1996). Durante esse 
mesmo período surgia, na Inglaterra, o BCR como prática esportiva terapêutica. Dr. 
Guttmann, responsável pela direção do centro de lesados medulares no Hospital 
StokeMandeville, foi um defensor das práticas esportivas como atividade auxiliar no 
processo de reabilitação. 
 Segundo a CBBC – Confederação Brasileira de Basquete Cadeirantes, 
 
a primeira paraolimpíada aconteceu em 1960, em Roma, quando o médico 
italiano Antonio Maglio, diretor do Centro de Lesionados Medulares de 
Ostia, cidade italiana, sugeriu que os Jogos Internacionais de 
StokeMandeville fossem disputados naquele ano na capital da Itália, na 
seqüência e nas mesmas instalações da XVI Olimpíada. A Olimpíada dos 
Portadores de Deficiência - na verdade, os Jogos Paraolímpicos - contou 
com 400 atletas em cadeira de rodas, representando 23 países. (CBBC, 
2012) 
 
 
Segundo a ADD – Associação Desportiva para Deficientes, 
 
no Brasil, devemos a Sérgio Del Grande a introdução da modalidade. Em 
1951, ele sofreu um acidente durante uma partida de futebol, e ficou 
paraplégico. Os médicos recomendaram a ele que viajasse para buscar 
tratamento nos Estados Unidos. Naquele país, Sergio percebeu o quanto 
era dado valor para a prática esportiva associada ao processo de 
reabilitação. Em meados a década de 50, Del Grande voltou para o Brasil, 
trazendo consigo uma cadeira de rodas especial para a prática do 
basquetebol. Fundou o clube dos Paraplégicos de São Paulo e procurou 
incentivar outras pessoas com deficiência para praticar a modalidade, 
através de exibições. Como sua cadeira havia sido fabricada nos Estados 
Unidos e não existia modelo parecido no Brasil, um fabricante procurou 
Sergio para desenvolver aquele material aqui, utilizando sua cadeira de 
rodas como protótipo. Em troca, Del Grande solicitou que o fabricante desse 
a ele 10 cadeiras de rodas, para que a primeira equipe fosse formada. E foi 
o que aconteceu. (CBBC, 2012) 
 
 
14 
 
1.3 QUEM PRATICA O BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS? 
 
Pessoas com deficiência física de membro inferior, tais como, pessoas 
amputadas, lesados medulares traumáticos e congênitos, pessoas que adquiriram 
poliomielite, entre outros. 
O Basquete em Cadeira de Rodas é uma modalidade que agrega em uma 
equipe, pessoas com diferentes tipos de deficiência e cada deficiência com um grau 
de comprometimento. Assim, em uma mesma equipe existem pessoas com mais 
comprometimento do que outras. Por exemplo, um amputado de membro inferior 
abaixo do joelho tem menos comprometimento quando comparado a um praticante 
lesado medular. Isso implica que se considerar que no alto rendimento somente os 
melhores jogariam, mas isso não acontece, pois a cada atleta possui uma pontuação 
que em equipe somam-se os pontos não podendo ultrapassar a pontuação coletiva 
permitida. 
 
1.4 REGRAS DO BASQUETE SOBRE RODAS 
 
 O basquete em cadeira de rodas é praticado por homens e mulheres. As 
regras são as mesmas da Federação Internacional de Basquete Amador-FIBA, com 
algumas adaptações. Exemplos disso são regras como: a cada dois movimentos 
para impulsionar a cadeira, o jogador tem de quicar a bola pelo menos uma vez. É 
falta técnica utilizar os membros inferiores para obter algum tipo de vantagem como 
colocar o pé no chão ou levantar um pouco do assento. Para que haja igualdade 
entre os atletas e segurança durante os jogos, a cadeira deve ter certas medidas. 
Elas, inclusive, têm um tipo de para-choque. É notável a alta pontuação que as 
disputas atingem. O esporte é um dos mais praticados em todo o mundo e um dos 
mais vistos durante a Paraolimpíada. As dimensões da quadra e a altura das cestas 
são as mesmas da vertente olímpica da modalidade. Em princípio, só lesionados 
medulares atuavam. Com o passar do tempo, amputados passaram a competir. 
 
1.4.1 Regulamento da quadra 
 
 A quadra regular para o jogo é de tamanho normal, 28.00 m x 15.00 m, usada 
para competições da I W B F. A quadra deverá ser marcada com linhas divisórias de 
15 
 
áreas, linhas para lances livres e linhas para arremesso de 3 pontos, de acordo com 
o regulamento da FIBA/IWBF. O basquete em cadeira de rodas usa uma cesta 
padronizada, instalada a 3.05 m de altura, idêntica a cesta usada para o jogo de 
basquete comum. (CBBC, 2012) 
 
1.4.2 Pontuação do jogo 
 
 Como no basquete comum, um arremesso da linha de lance livre conta 1 (um) 
ponto. Um arremesso da área de jogo 2 (dois) pontos. Um arremesso da linha de 3 
pontos conta 3 (três) pontos. (CBBC, 2012) 
 
1.4.3 Violação das linhas divisórias 
 
 O jogador é considerado fora da quadra quando ele ou alguma parte de sua 
cadeira estiver em contato com o solo sobre ou fora da linha divisória. A bola é 
considerada fora, quando a mesma ultrapassar a linha divisória. O causador da bola 
fora será o ultimo jogador a tocá-la. Entretanto, se um jogador atirar 
deliberadamente a bola contra seu adversário ou contra sua cadeira e esta sair da 
quadra, a mesma será reposta pelo adversário no ponto mais próximo onde ocorreu 
à violação. (CBBC, 2012) 
 
1.4.4 Violação de percurso 
 
 O jogador só poderá impulsionar as rodas duas vezes antes de: driblar,passar, ou arremessar a bola. Se o jogador impulsionar as rodas três vezes, 
incluindo movimentos de pivô, será considerada violação de percurso, a famosa 
"andada". (CBBC, 2012) 
 
1.4.5 Sobre os atletas 
 
 Cada atleta possui uma pontuação para sua lesão, a pontuação de cada um 
varia de 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 3.5, 4.0 e 4.5 pontos, sendo que os pontos 1.0 são 
jogadores que normalmente apresentam uma lesão alta, podendo comprometer o 
seu equilíbrio de tronco e os seus membros superiores; o ponto 4.5 pode ser, por 
16 
 
exemplo, aquele atleta que apresenta uma amputação do membro inferior (abaixo 
do joelho) lesão baixa. O time não deve ultrapassar 14 pontos. (CBBC, 2012) 
 
1.5 HISTÓRIA DA EQUIPE FARRAPOS – PANAMBI - RS 
 
 A Equipe Farrapos surgiu através de uma ideia do professor Jaubert Menchik 
quando era coordenador do Napne (Núcleo de Apoio as Pessoas com Necessidades 
Especiais do campus Panambi), em uma reunião na cidade de Santa Maria para 
discussão de como iriam investir uma verba recebida através do projeto incluir, onde 
ele deu a sugestão de compra de duas cadeiras de rodas para a prática esportiva, 
isso no ano de 2010, paralelamente, o professor Jaubert conseguiu junto ao campus 
Panambi a aquisição de mais três cadeiras de rodas no final do mesmo ano. 
 No ano de 2011 foi aprovado o projeto de extensão basquete sobre rodas no 
IFF Farroupilha, onde começou as atividades em agosto de 2011 com três 
participantes, logo aumentaram para seis participantes, o que dificultou o trabalho, 
pois não havia equipamentos para todos. Foram momentos difíceis, mas que 
conseguiram superar com a ajuda dos bolsistas, os quais são alunos do ensino 
médio do IFF, onde possuem diversas funções como: preparar as cadeiras para o 
jogo, auxiliar nas atividades do treino e jogar juntamente com os cadeirantes quando 
necessário. 
 No inicio do projeto os treinos eram realizados no ginásio municipal de 
Panambi, pois o IFF ainda não possuía ginásio, com muitas dificuldades os treinos 
eram realizados, pois por ser municipal havia muitos eventos e os treinos eram 
cancelados, outro fator que dificultava bastante, era que este espaço não possuía 
adaptações para cadeirantes. 
 No ano de 2014 os treinos começaram a ser realizados no ginásio do IFF, a 
partir deste momento os treinos são realizados todos os sábados de abril a 
dezembro, sendo este lugar completamente adaptado para cadeirantes, desde 
banheiros, bebedouros e rampas. Outro fator que evoluiu foi à aquisição de mais 
cadeiras obtendo hoje dez cadeiras, sendo que deste modo já se consegue realizar 
o jogo com duas equipes completas, onde as mesmas, quando necessário, são 
completadas pelos bolsistas. 
 Durante os anos foram sendo agregados participantes e também ocorrendo 
desistências de outros, o projeto conta hoje com cinco cadeirantes, um professor, 
17 
 
cinco bolsistas e os familiares dos cadeirantes que sempre estão dando algum 
suporte necessário. 
 Apesar do projeto não ter como objetivo principal a formação de uma equipe 
para competições, a mesma participa de vários eventos todos os anos, sendo que 
no ano de 2014 foi realizado um torneio em Panambi, onde tiveram presentes 
equipes de cidades como: Novo Hamburgo, Erechim, Carazinho, Santana do 
Livramento, Passo Fundo e Panambi. 
 O objetivo primordial do projeto é a inclusão dessas pessoas na comunidade 
e a melhoria da qualidade de vida de cada um, onde acreditamos que este objetivo 
está sendo atingido.
18 
 
2 METODOLOGIA 
 
2.1 TIPO DE PESQUISA 
 
 A pesquisa realizada se deu na forma descritiva, onde foram disponibilizados 
anamneses, questionário e entrevistas semi-estruturadas aos sujeitos da pesquisa. 
Através dos dados coletados, realizamos uma análise dos pontos positivos e 
negativos do esporte na vida pessoal de cada um dos sujeitos, concluindo o trabalho 
com embasamento em uma pesquisa bibliográfica, através de livros, sites, artigos, 
monografias, entre outros. 
 Segundo Gil (2010 p. 27) 
As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características 
de determinada população podem ser elaboradas também com a finalidade 
de identificar possíveis relações entre variáveis.(GIL, 2010. p.27) 
 
 As pesquisas descritivas buscam avaliar as características de um grupo 
sendo ela físicas, idade, sexo, procedência, escolaridade, etc, observando e 
analisando os dados, fazendo uma correlação de fatos e fenômenos sem interferi-
los. Este tipo de pesquisa visa descobrir, da forma mais precisa possível, a 
frequência com que ocorrem determinados fenômenos, e verificar a relação que o 
mesmo tem com outros, a natureza do mesmo e características. 
 Conforme Gil (2010, p. 28) 
Algumas pesquisas descritivas vão além das simples identificação da 
existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza 
dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se 
aproxima da explicativa. Há, porém pesquisas que, embora definidas como 
descritivas com base em seus objetivos, acabam servindo mais para 
proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das 
pesquisas exploratórias.(GIL, 2010.p.28) 
 
 O objetivo da pesquisa descritiva é conhecer as mais diversas situações e 
relações sociais, políticas e aspectos do comportamento do ser humano. Pôde-se 
tomar a pesquisa em grupos, bem como individualmente. 
 
2.2 AMOSTRA E PROCESSO DE SELEÇÃO 
 
O campo de estudo para essa investigação abrangeu os cinco atletas da 
equipe de basquete sobre rodas Farrapos, do município de Panambi - RS. Todos do 
19 
 
sexo masculino idades entre 18 a 36 anos, estudantes, aposentados e trabalhadores 
em setores diversos. Os treinamentos ocorrem todos os sábados das 13h30min às 
15h30min. 
 A seguir iremos descrever as características de cada participante da 
pesquisa, sendo que os mesmos foram denominados A B C D E. 
 
2.2.1 Sujeito A 
 
Este sujeito tem 18 anos de idade possui o ensino médio completo, trabalha 
no almoxarifado de uma empresa em Panambi - RS. Em relação a sua lesão, ele 
teve uma má formação congênita, resultando na dificuldade de se locomover, 
fazendo com que ele utilize muletas para se deslocar. 
 
2.2.2 Sujeito B 
 
Este sujeito tem 18 anos de idade, possui o ensino fundamental completo, 
trabalha em uma empresa em Panambi - RS. Em relação a sua lesão, ele foi 
atropelado na faixa de segurança por um carro, resultando na execução de seus 
gestos motores, onde ele tem dificuldade em todos os movimentos, tanto membros 
inferiores, superiores e até mesmo na fala, mas consegue se deslocar sem precisar 
de auxiliode muletas e da cadeira de rodas. 
 
2.2.3 Sujeito C 
 
Este sujeito tem 36 anos de idade, possui o ensino médio completo, é 
aposentado. Em relação a sua lesão ele sofreu um acidente de moto, há 
aproximadamente quinze anos, onde resultou em lesão medular na T11 e T12. Em 
consequência dessa lesão ele não possui o movimento das pernas, portanto para se 
deslocar ele utiliza a cadeira de rodas. 
 
2.2.4 Sujeito D 
 
Este sujeito tem 25 anos de idade, possui o ensino médio completo, é militar 
aposentado. Em relação a sua lesão, sofreu um acidente de moto, aproximadamente 
20 
 
cinco anos atrás, quando se deslocava para o quartel, ocasionando a lesão medular, 
perdendo os movimentos das pernas. Para se locomover hoje utiliza cadeira de 
rodas. 
 
2.2.5 Sujeito E 
 
Este sujeito tem 25 anos de idade, possui ensino médio completo e é 
aposentado. Em relação a sua lesão, sofreu um acidente de bicicleta, onde o mesmo 
estava descendo um morro e houve um problema nos freios, fazendo com que ele 
se desgovernasse e caísse, causando assim a lesão medular. O acidente ocorreu ha 
nove anos atrás, onde devido a lesão, utiliza cadeira de rodas para se locomover. 
 
2.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DA PESQUISA 
 
Inicialmente foi realizada uma anamnese com todos os sujeitos, para 
conhecermosum pouco de cada um (conforme anexo 1 ). Depois desta primeira 
anamnese pronta, realizamos a entrevista (conforme anexo 2 ) semi-estruturada 
gravada e transcrita com quatro dos sujeitos, onde apenas o sujeito B não realizou a 
entrevista gravada, por ter muita dificuldade na fala, por esse motivo ele respondeu 
um questionário no formato do roteiro da pesquisa. 
 
2.4 COLETA DE DADOS 
 
A coleta de dados ocorreu da seguinte forma: realizamos uma anamnese e 
entregamos para todos os sujeitos após o término do treino do dia 21 de novembro à 
tarde. Explicamos a eles cada uma das questões e nos colocamos à disposição para 
dúvidas. Assim, na semana seguinte, dia 28 de novembro cada um dos participantes 
nos devolveu a anamnese respondida. 
Com o sujeito B, além da anamnese realizada para conhecê-lo melhor, ele 
respondeu um questionário no formato da entrevista semi-estruturada, decidimos 
fazer esta mudança, pela grande dificuldade que o sujeito enfrenta na dicção das 
palavras, tornando difícil a sua comunicação. 
 Já a entrevista semi-estruturada e gravada, foi realizada após o treino 
do dia 12 de dezembro, onde os quatro sujeitos responderam a entrevista. Sendo 
21 
 
que apenas o sujeito B não respondeu, pelo fato já explicado acima. Após, as 
entrevistas foram transcritas. 
 
2.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DAS ENTREVISTAS 
 
Sendo assim, os dados foram analisados através de eixos temáticos 
baseados nos objetivos e foram fundamentadas com o referencial teórico, as falas 
dos participantes e as discussões sobre as mesmas. 
 
2.6 QUESTÕES ÉTICAS DA PESQUISA 
 
O presente estudo de pesquisa foi realizado com a Equipe de Basquete 
Sobre Rodas Farrapos Panambi –RS obtendo na pesquisa dados qualitativos. 
Todos os participantes da pesquisa concordaram e assinaram um Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido conforme o anexo 3.
22 
 
3 ANÁLISE E DISCUSSÕES 
 
3.1 A VIDA COTIDIANA DOS SUJEITOS 
 
Através das entrevistas realizadas, pudemos perceber o quão restrita 
socialmente é a vida destes sujeitos logo após sofrerem a lesão, perdendo sua 
capacidade de locomoção sem auxílio. A lesão traz consigo muitas outras 
consequências para além da falta de convívio social, como a impossibilidade de 
realizar diversos tipos de atividades físicas que anteriormente eram comuns em seu 
dia a dia, conforme Sujeito C “Cara, minha vida era muito agitada. Estava me 
profissionalizando no futebol, eu era goleiro, sabe, então eu treinava a semana 
inteira, final de semana era jogo, campeonato, era Condor, era Pejuçara, era na 
região inteira. Então não tinha muito tempo para nada, quando aconteceu o acidente 
eu estava no auge, estava pra estourar, então foi um soco, foi muito repentino” 
 Deste modo, muitas vezes essa mudança traz o afastamento de algumas 
pessoas que antes conviviam diariamente, e que devido às circunstâncias, seguiram 
sua vida, modificando assim seus laços sociais, como diz o Sujeito C “[...] mudou, 
mudou, mudou bastante. Antes eram muitos amigos que eu tinha e festas, time de 
futebol, assim. Isso tudo morreu, o que restou foram alguns colegas, ex-colegas de 
aula, que a gente se encontra até hoje, amigos a mais de 20 anos, não vai se 
terminar e a turma agora, que a gente vai conhecendo agora, depois do acidente”. 
 Porém, ainda assim, alguns trazem relatos de experiências de amizades 
positivas, por exemplo, o sujeito E "Geralmente precisa acontecer uma tragédia na 
tua vida para tu ver quem realmente é teu amigo, porque muitas pessoas que eu 
considerava, achei essa pessoa vai me ajudar, simplesmente virou as costas, não 
me ligou e nem veio me visitar. E pessoas que eram só conhecidas se tornaram 
próximas, vinham visitar. Antes eu tinha bastantes amigos, e sobrou só um, de todos 
que eu tinha, e logo no começo ele sempre vinha me visitar, ai perguntei para ele 
"ta, mas por que tu não mudou comigo?", ai ele respondeu "tu é o mesmo, só ta 
sentado". Então não tem, vai de cada pessoa, uns diziam que não vieram falar 
comigo porque eu tinha medo, mas medo do que, o que mudou foi a parte física" 
 Quanto à família, todos receberam grande apoio, ao menos de parte dela, e 
recebem até hoje. Em alguns casos podemos perceber que necessitaram de mais 
atenção e cuidados que outros, como é o caso do Sujeito A que diz “Aos três anos 
23 
 
de idade eu comecei a andar de muleta, antes minha mãe me carregava no colo, ou 
às vezes com a cadeira de rodas também”. É essencial que ressaltemos a 
importância do apoio familiar e dos amigos, tanto para a recuperação física como 
psicológica, inclusive no caso de reinserção no meio social. 
 O social traz consigo diversos fatores que prejudicam a inserção destes 
sujeitos, seja pela dificuldade de acessibilidade em alguns ambientes, como o 
preconceito de algumas pessoas, que se pode perceber através do afastamento de 
alguns amigos antigos e por vezes a dificuldade em se fazer novas amizades. 
 Outro fator que modificou no cotidiano destes sujeitos, ao qual tiveram que se 
adaptar é o ângulo de ver as coisas, as pessoas, como diz o Sujeito E "[...] o modo 
de tu ver a vida muda muito, principal é o ângulo, antes tu estava de pé e agora 
sentado muda muito, da forma das pessoas olharem, isso que muda bastante" 
 Assim, podemos verificar as grandes modificações ocorridas no cotidiano 
destes sujeitos após sofrerem as respectivas lesões, suas dificuldades, e também 
adaptações, porém, cabe salientar que aqui estão apenas alguns destes fatores, 
pois com certeza há muito mais aos quais não conseguimos alcançar através da 
pesquisa proposta. 
 
3.2 A INSERÇÃO DOS SUJEITOS NO ESPORTE DO BASQUETE SOBRE RODAS 
 
Os primeiros integrantes da equipe foram convidados pelo próprio treinador 
do projeto, sendo que dois destes permanecem no time até hoje. Assim, os demais 
integrantes foram sendo convidados pelos atletas que já participavam. 
Ainda há a parte de divulgação que é realizada em busca de novos 
integrantes, por todos os integrantes do projeto, sendo eles: coordenador, atletas, 
bolsistas e familiares dos atletas que estão sempre auxiliando no que for possível. 
Mesmo com a divulgação realizada ainda é muito difícil o ingresso de novos atletas, 
tendo em vista que alguns não aceitam a condição de cadeirantes em que se 
encontram. 
Inicialmente houve a participação de cadeirantes de cidades vizinhas, porém 
os impedimentos financeiros não permitiram a continuidade no projeto. Ainda há 
dificuldades em conseguir patrocínio para o deslocamento, o que faz com que haja 
ainda mais dificuldades em integrar cadeirantes da região, que seria uma 
24 
 
possibilidade, tendo em vista que o projeto é aberto para todos, e não restrito ao 
município. 
Ao serem convidados a integrar a equipe e praticar um esporte, os atletas 
acabam comparecendo para conhecer esta novidade que é um cadeirante 
praticando um esporte, pois na região não há outros projetos que possibilitem essa 
inserção. Dos atletas entrevistados apenas um já havia vivenciado o basquete sobre 
rodas, pois segundo o Sujeito D “ [...] na verdade já conhecia antes porque eu fazia, 
me tratava em Brasília no Sarah, tinha um conhecimento já. Aí como tinha esse 
projeto, eu fui chamando outras pessoas, fui convidando e estamos até hoje aí”. 
Após esse período experimental de algo novo, começam alguns desafios com 
relação ao manuseio da cadeira em jogo, por se tratar de uma cadeira de rodas 
adaptada para o esporte, diferente da utilizada no dia-a-dia. Além disso, vem as 
regras do jogo que são diferentes das do jogo original, há dificuldades na 
coordenação motora, pois eles necessitam empurrar a cadeira e conduzir a bola, 
geralmente em velocidade, diferentemente do dia a dia onde eles tem somente a 
cadeira de rodas normal. Durante o jogo eles precisam controlar sua cadeira, 
controlar a bola quando está de posse dela, e também o adversário para que o 
mesmo não atrapalhe o seudesempenho, necessitando de muita coordenação. 
Todas as dificuldades acima expostas são trabalhadas individualmente 
através de atividades específicas nos treinamentos, para que assim possam 
aprender a manejar corretamente a cadeira de rodas, de forma que consigam atingir 
um melhor desempenho durante as jogadas, com o controle da bola. 
Juntamente com a evolução individual de cada integrante da equipe, na parte 
técnica e física, ocorre também a evolução da equipe como um todo principalmente 
nas táticas de jogo. 
Através da inserção destes sujeitos no projeto, já no primeiro ano com a 
equipe formada, iniciaram a participação em torneios, mesmo o objetivo não sendo a 
competição e sim a socialização, assim fazendo com que a equipe participe em ao 
menos dois torneios ao ano. 
Além disso, já foi realizado um jogo de confraternização e demonstração 
contra a equipe da cidade de Erechim – RS no encerramento de um evento 
denominado COMIPA (Copa Municipal Infantil de Panambi), que são jogos 
esportivos de varias modalidades, realizados entre as escolas do município de 
Panambi – RS que ocorrem durante o ano todo. 
25 
 
Como já mencionado na história da equipe, também já foi conseguido realizar 
um torneio do basquete sobre rodas a nível estadual, onde os organizadores foram 
todos os componentes da equipe, desde coordenador, bolsistas, atletas e familiares 
dos atletas. 
 
3.3 AS MUDANÇAS NOS SUJEITOS EM SEUS ASPECTOS FÍSICOS, SOCIAIS E 
PSICOLÓGICOS 
 
Os dados das entrevistas foram analisados a fim de verificar o que mudou na 
vida dos participantes após a iniciação no projeto de basquete sobre rodas, o que 
veio a acrescentar e se houve algum ponto negativo. 
Sabe-se que cada sujeito vivencia de modo diferenciado a questão de sua 
deficiência, até mesmo porque, cada um tem a sua história de como obteve a 
mesma. Ou seja, alguns nasceram com alguma má formação congênita, outros 
sofreram acidentes, seja por sua responsabilidade ou responsabilidade de terceiros, 
fazendo com que cada um reagisse de modo diferente à sua lesão sofrida, alguns se 
afastando da sociedade e se isolando ou reagindo de forma positiva, buscando 
dentro de suas limitações, seguir com a sua vida normalmente dentro do social. 
 Deste modo, pudemos perceber que o basquete sobre rodas trouxe como 
benefício unânime entre os sujeitos analisados a reintegração e interação na 
sociedade, pois assim como diz o Sujeito C “tu começa a se socializar com outras 
pessoas, começa a ver que tem outras pessoas com as mesmas limitações, começa 
a ver que tem outras pessoas que não tem limitações e estão ali te apoiando, 
gostando do basquete, do esporte, então isso aí foi indispensável pra socialização, 
pra minha socialização”. 
 A socialização traz consigo a possibilidade de uma melhora da autoestima 
destes sujeitos, bem como o desejo de independência, de conseguir viver o dia a dia 
de forma independente, conforme menciona o Sujeito A “antes eu ficava em casa, 
não fazia nada, isso aí serviu pra isso”. 
 Conforme já mencionado, historicamente, o basquete sobre rodas iniciou 
como uma possibilidade de reabilitação e tratamento terapêutico para os sujeitos 
lesionados, sendo que atualmente, para além deste benefício, o mesmo vem sendo 
viabilizado como meio de reinserção social e este é um dos intuitos do projeto em 
questão, pois o mesmo possibilita para além dos jogos, que estes sujeitos conheçam 
26 
 
novas pessoas com as mesmas limitações, fazendo com que os mesmos troquem 
experiências e vivências, bem como possam colaborar uns com os outros através 
dessas trocas. 
 Assim, quatro dos entrevistados mencionam a importância das integrações 
com outras equipes mais experientes, não somente em competições, mas também 
nos treinamentos, possibilitando a melhora tanto do físico, como também tático de 
jogo e na parte social. 
 O basquete sobre rodas possibilita aos seus atletas uma melhora nos aspetos 
físicos, sendo que devido à necessidade de agilidade para se deslocar dentro da 
quadra possibilita a aproximação do atleta com a cadeira de rodas devido à 
necessidade para se ter um resultado satisfatório, melhorando o manuseio das 
cadeiras também fora das quadras, em seu dia a dia, como cita o Sujeito E “na parte 
física ajudou a movimentar, porque eu estava muito parado, melhorando a agilidade 
com a cadeira normal”. 
 O projeto veio com a possibilidade de estes sujeitos praticarem algum tipo de 
esporte, inclusive em benefício à própria saúde, pois segundo o Sujeito D o mesmo 
permitiu “ter um esporte para estar praticando, porque aqui em Panambi e na região 
quase não tem algum outro esporte adaptado para deficientes.” Sendo assim, 
tratando-se de uma das poucas possibilidades de praticar alguma atividade física o 
Sujeito C argumenta que “porque às vezes é nosso único esporte, pra mim meu 
único esporte é aqui, então se ficar quinze dias sem vir ao projeto, para mim já é 
uma depressão”, sendo que este período de quinze dias ocorre no cancelamento de 
um treino devido ao ginásio estar ocupado, tendo em vista que o projeto tem 
disponibilidade do ginásio apenas aos sábados. 
 Sabe-se da necessidade de todas as pessoas praticarem algum tipo de 
esporte ou atividade física em benefício da própria saúde e tendo em vista as 
limitações destes sujeitos, muitas vezes não conseguem adaptar-se aos mesmos 
esportes que pessoas que não possuem nenhum tipo de lesão, sendo assim o 
basquete sobre rodas proporcionou inclusive a melhora na saúde destes sujeitos, 
pois como relatado pelo Sujeito C “eu tinha muitas internações e minha imunidade 
era muito baixa, porém depois que comecei a praticar o esporte, comecei a jogar 
basquete mudou, não tive mais nenhuma internação”. 
 Para finalizar as análises propostas, viemos mostrar a importância do projeto 
na vida desses sujeitos, utilizando-nos do que nos respondeu o Sujeito C “Então o 
27 
 
projeto pra mim foi tudo, uma mudança muito grande na minha vida, e antes disso 
eu tinha morrido pra mim, porque os amigos do futebol, todo mundo continuou com 
sua vida, continuou com o futebol e eu não podia mais, então isso pra mim foi muito 
satisfatório”. 
 Podemos perceber que o esporte para além de benefícios a saúde, tem um 
intuito muito maior que diz respeito ao bem estar dos sujeitos, proporcionando a eles 
a reinserção no social e beneficiando os aspectos físicos e principalmente 
psicológicos. Com isso, percebemos que o basquete sobre rodas proporciona aos 
sujeitos a possibilidade de resgatar algo que para muitos já estava perdido, que é 
voltar a praticar um esporte, de poder estar nesse meio com outras pessoas 
cadeirantes e também andantes com objetivos em comum. 
28 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Esse trabalho teve como objetivo a análise da vida dos cadeirantes antes e 
após a inserção dos mesmos no projeto de Basquete sobre Rodas,bem como 
verificar a vida cotidiana dos sujeitos a partir do primeiro contato com o esporte, 
dificuldades encontradas, para então observarmos as mudanças nestes sujeitos, em 
todos os seus aspectos. 
 Para que pudéssemos chegar até esta pesquisa, fez-se necessário 
contextualizar a respeito de inclusão e acessibilidade, que é um tema totalmente 
atual, que vem sendo cada vez mais discutido, em virtude de que para além de um 
direito, é um dever de cada cidadão incluir. 
 Após relatamos a história do basquete sobre rodas no mundo, que veio como 
uma possibilidade de reabilitação aos soldados lesionados na Segunda Guerra, 
surgindo mais tarde a possibilidade de tornar isso um espaço de lazer e também 
competição. Para, além disto, trouxemos também as regras adaptadas ao esporte 
para cadeirantes, para situar um pouco a diferença com relação ao esporte original. 
 A partir daí, entramos na História da Equipe Farrapos, com a qual foi 
realizada a pesquisa, que se mostrou muito satisfatória ao fim deste trabalho, pois 
nos permitiu verificara grande importância que este projeto tem na vida destes 
atletas e os benefícios que o mesmo traz a cada um. 
 Estes benefícios vão para além do físico de cada sujeito, através das 
entrevistas pode-se perceber que estes sujeitos estão completamente engajados 
neste projeto, onde os mesmos têm a possibilidade de retornar ao convívio social. 
Tendo em vista que o intuito do projeto é a socialização, pode-se perceber que este 
objetivo vem se cumprindo, não somente nesse aspecto, mas oportunizando os seus 
atletas muito mais vivências e experiências através do esporte. 
 Ao final deste trabalho percebemos que o projeto não traz nenhum malefício a 
nenhum dos atletas, ou seja, não tem nenhum aspecto negativo registrado. Ou seja, 
o projeto vem somente a agregar na vida destes sujeitos, tanto nos aspectos físicos, 
como psicológicos e principalmente sociais. 
 Cabe salientar a importância que seja realizada novas pesquisas com relação 
aos esportes adaptados, pois existem poucos materiais bibliográficos nesse campo. 
É necessário também que esses projetos sejam mais divulgados e apoiados, pois 
29 
 
percebemos o quão é benéfica para os sujeitos à participação dos mesmos nesse 
meio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
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Escalão Sênior da Região norte de Portugal: Caleffi. G. D. Dissertação de 
mestrado apresentada a Faculdade de Desporto da Universidade de Porto. 2008. 
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ITANI, Daniela Eiko; ARAÚJO, Paulo Ferreira de; ALMEIDA, José Julio Gavião 
de;Esporte Adaptado Construído a Partir das Oportunidades: Handebol 
Adaptado. Buenos Aires. Maio de 2004. Disponível em: 
<http://www.efdeportes.com/efd72/handebol.htm>. Acesso em: 26/10/15. 
PRESIDENCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 13.146/15. 06 de julho de 2015. Disponível 
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Acesso em: 26/10/15. 
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SOARES. Suzilane Martins; Mistrello. Carolina Biral; Ribeiro. Gisele Cristina. Os 
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<http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007/trabalhos/saude/inic/INICG00096_01O.p
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TEIXEIRA. Ana Maria Fonseca Teixeira; Ribeiro. Sônia Maria (2006). Basquetebol 
em Cadeiras de Rodas. Brasília, DF. Disponível em: < 
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/sugestao_leitura/basquete.pd
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31 
 
VALE, Regina Lucia Oliveira do. Basquetebol em cadeira de rodas: um olhar 
sobre acessibilidade. 2009. 43 fl. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-
Graduação em Educação Profissional Tecnológica de Mato Grosso) – Centro 
Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso. Cuiabá – MT. 2009. Disponível 
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Acesso em: 26/10/15. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
ANEXO 1- Anamnese 
 
NOME: 
IDADE: 
SEXO: 
GRAU DE ESCOLARIDADE: 
PROFISSÃO: 
TIPO DE LESÃO: 
COMO OCORREU A LESÃO? 
HÁ QUANTO TEMPO SOFREU A LESÃO? 
 
 
 
 
 
 
34 
 
ANEXO 2- Roteiro da entrevista gravada 
 
COMO É O SEU NOME? 
QUAL A SUA IDADE? 
ONDE VOCÊ MORA? 
COM QUANTAS PESSOAS VOCÊ MORA? 
QUEM SÃO ELAS? 
VOCÊ SOFREU ALGUM ACIDENTE OU A TUA DEFICIÊNCIA É DE NASCENÇA? 
QUANDO OCORREU? 
COMO FOI? 
COMO ERA A TUA VIDA ANTES? 
O QUE MUDOU PRA VOCÊ DEPOIS DO ACIDENTE? 
EM QUESTÃO DA TUA LOCOMOÇÃO, O QUE MUDOU? 
COMO FOI A REAÇÃO DA TUA FAMÍLIA? 
COMO FOI A REAÇÃO DOS TEUS AMIGOS? 
COMO VOCÊ FICOU SABENDO DO PROJETO? 
QUANDO VOCÊ FICOU SABENDO DO PROJETO? 
DEPOIS QUE VOCÊ COMEÇOU NO PROJETO, VOCÊ SENTIU ALGUM 
MALEFÍCIO OU BENEFICIO? 
ALGUMA SITUAÇÃO QUE VOCÊ QUEIRA RELATAR, REFERENTE AO TIME, AO 
SEU COTIDIANO, ALGUMA VIVENCIA, FICA A SEU CRITÉRIO SE QUER 
ESCREVER ALGO OU NÃO? 
OBRIGADO! 
 
35 
 
Anexo 3 – Resolução do Conselho Nacional De Saúde 
 
RESOLUÇÃO Nº 196, de 10 de outubro de 1996 
 
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima Nona 
Reunião Ordinária, realizada nos dias 09 e 10 de outubro de 1996, no uso de suas 
competências regimentais eatribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro 
de 1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, RESOLVE: 
 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
Prezado Senhor (a): 
 Estou desenvolvendo uma pesquisa denominada Basquete de Cadeirantes – 
Equipe Farrapos – Instituto Federal Farroupilha – Panambi – RS;. Este trabalho é 
parte dos estudos de Conclusão de Curso de Educação Física da Universidade de 
Regional do Noroeste do Estado do RS – UNIJUÍ – Ijuí, e tem como objetivo geral 
apontar as evoluções e inclusão dos cadeirantes que participam da equipe de 
basquete, tendo em vista a melhoria da sua saúde e os objetivos específicos serão: 
Realizar levantamento de dados junto ao grupo de pesquisa, analisar os dados 
coletados, afim de verificar os benefícios adquiridos após o inicio do projeto e assim 
fazer um levantamento de hipóteses de novas inclusões através do esporte . Sendo 
assim, estou convidando você para participar deste trabalho, através de entrevista 
gravada, na qual você falará sobre a sua vivência no programa, e também será 
usada fotos realizando exercícios, treinamentos e jogos. 
 
A entrevista será transcrita e posteriormente analisada mediante as 
informações que você forneceu. O seu anonimato está assegurado e suas 
informações/relatos serão tratados com sigilo absoluto, podendo você ter acesso a 
elas e realizar qualquer modificação no seu conteúdo, se julgar necessário. Você 
tem liberdade para recusar participar da pesquisa ou afastar-se dela, em qualquer 
fase, sem que isso implique em danos pessoais. Está garantido que você não terá 
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nenhum tipo de despesa material ou financeira durante o desenvolvimento da 
pesquisa, como também, nenhum constrangimento moral decorrente dela. 
Como pesquisador, assumo toda e qualquer responsabilidade no decorrer 
da pesquisa e garanto-lhe que suas informações somente serão utilizadas para o 
estudo acima mencionado. Se houver dúvidas quanto a sua participação, poderá 
pedir esclarecimento. 
 Eu_______________________________________________________
__________RG___________________ ciente das informações recebidas, concordo 
em participar da pesquisa, concedendo entrevista ao pesquisador CleversonHilgert, 
autorizando-o a utilizar as informações, sem restrições de prazos ou citações, a 
partir da presente data, desde que seja garantido o sigilo e anonimato. 
 
___________________________________________ 
Nome do entrevistado Assinatura do entrevistado 
 
_____________________ ______________________ 
Nome do responsável Assinatura do responsável 
 
____________________ _______________________ 
Nome entrevistador Assinatura do entrevistador 
 
 
 
Panambi, ____de______

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