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Estratégias didáticas

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EA
D
3
Estratégias Didáticas
"Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas 
criar as possibilidades para a sua produção ou cons-
trução" (PAULO FREIRE, 2004, p. 72).
1. OBJETIVOS
•	 Reconhecer as etapas fundamentais do método dialético: 
mobilização, construção e síntese do conhecimento.
•	 Analisar as diferentes estratégias didáticas, segundo as 
operações mentais nelas enfocadas, a adequação às di-
ferentes situações didáticas, a dinâmica envolvida e sua 
implementação e os principais aspectos de avaliação.
•	 Reconhecer as estratégias como a arte de aplicar meios e 
condições favoráveis para a efetivação da ensinagem.
© Didática
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
134
2. CONTEÚDO
•	 Metodologia Dialética.
•	 Conceituação de estratégias didáticas.
•	 Operações do pensamento.
•	 Diferentes estratégias didáticas.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 
Imagine uma situação de sala de aula e tente pensar como 
você atuaria de forma a possibilitar um clima favorável de aprendi-
zagem e interação? Que estratégias utilizaria? Pensou?!
Então, para lhe ajudar nesse desafio, nesta unidade, conhe-
ceremos diferentes estratégias didático-metodológicas, visando 
contribuir para a otimização do trabalho pedagógico de sala de 
aula.
Antes de lhe trazer essa contribuição, seria interessante que 
você seguisse as orientações a seguir, para tornar seus estudos 
mais significativos e contextualizados com as suas reais necessida-
des de formação:
1) Ao iniciar o estudo desta unidade, procure criar, men-
talmente, perguntas capazes de orientá-lo em suas re-
flexões. Antecipe possíveis questões que poderão ser 
tratadas na unidade.
2) Pesquise em livros ou na internet as diferentes estra-
tégias didáticas existentes, a fim de complementar a 
discussão desta unidade. Isso vai ajudá-lo repensar as 
possibilidades de atuação docente numa perspectiva 
dialética. 
3) Procure organizar seu horário de estudos de forma sis-
temática para não deixar que vençam os prazos estipu-
lados e que o conteúdo se acumule. Estude, ao menos, 
um pouco a cada dia.
135© Estratégias Didáticas
4) Inicialmente, leia toda a unidade para tomar ciência do 
assunto e, durante seu estudo, perceba se há alguma dú-
vida. Havendo, verifique se ela envolve dupla interpreta-
ção de conceito, falta de habilidade ou, ainda, conceito 
mal entendido. 
5) Se você quiser saber um pouco mais sobre estratégias di-
dáticas, leia o texto Técnicas e estratégias didáticas, que 
está disponível em: <http://www2.videolivraria.com.br/
pdfs/14014.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2011.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na Unidade 2, você conheceu uma nova concepção de en-
sinar, partindo dos processos de ensinagem. Além disso, pôde 
compreender alguns conceitos bastante difundidos na educação 
contemporânea, como "multidisciplinaridade", "interdisciplinari-
dade", "pluridisciplinaridade", "transdisciplinaridade", "transver-
salidade" e "trabalho por projetos".
Agora, na Unidade 3, pretendemos oferecer a você, futuro 
professor, ou então, já professor no exercício de suas funções, um 
referencial básico para a análise e escolha de diferentes estraté-
gias didáticas, tendo como princípio a metodologia dialética. 
Neste estudo, você verá que a mediação docente é funda-
mental, pois, é o professor quem prepara e dirige as atividades 
e as ações necessárias para se efetivarem as aprendizagens dos 
alunos. Cabe, também, ao professor selecionar estratégias que le-
vem os alunos ao desenvolvimento de processos de mobilização, 
construção e elaboração da síntese do conhecimento.
Assim, consideramos as estratégias didáticas ferramentas in-
dispensáveis para proporcionar aos nossos alunos boas situações 
de aprendizagem.
Começaremos nossa conversa abordando, no tópico a se-
guir, as etapas fundamentais do método dialético. Vamos lá!
© Didática
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
136
5. METODOLOGIA DIALÉTICA
Vasconcellos (2002) aponta as contribuições referentes ao 
método dialético de ensino, no qual três momentos são funda-
mentais: 
•	 Mobilização para o conhecimento. 
•	 Construção do conhecimento. 
•	 Elaboração da síntese do conhecimento. 
Vamos conhecer, detalhadamente, esses momentos. 
Mobilização para o conhecimento 
Este é o momento em que o professor pode possibilitar ao 
aluno um direcionamento para o processo pessoal de aprendiza-
gem, que deve ser provocado, caso ainda não esteja presente. As-
sim:
Caberá ao professor, ao compartilhar o sabor do saber, provocar, 
acordar, vincular e sensibilizar o aluno em relação ao objeto de co-
nhecimento de tal forma que ele permaneça saboreando-o duran-
te todo o processo (ANASTASIOU; ALVES, 2005, p. 32). 
De acordo com Rodriguez et al. (2011, p. 5): 
O papel do professor será, então, de desafiar, estimular, ajudar 
os alunos na construção de uma relação com o objeto de apren-
dizagem que, em algum nível, atenda a uma necessidade deles, 
auxiliando-os a tomar consciência das necessidades socialmente 
existentes.
Vale ressaltar que isso somente será possível em um clima 
favorável à interação, tendo como temperos: a abertura, o ques-
tionamento e a divergência, adequados aos processos de pensa-
mento crítico e construtivo.
Construção do conhecimento 
A construção do conhecimento é um momento de desenvol-
vimento operacional da atividade do aluno, ou seja, de sua práxis, 
que pode ser predominantemente perceptiva, motora ou reflexiva. 
137© Estratégias Didáticas
Neste momento, pode-se trabalhar ações como: estudo de 
textos, vídeos, pesquisa, estudo individual, debates, grupos de tra-
balhos, seminários, exercícios; em ações como essas, explicitam-se 
as relações que permitem identificar, pela análise, como o objeto 
de conhecimento se constitui.
Anastasiou e Alves (2005, p. 20-21) citam o que é importante 
para que o professor possa escolher as estratégias didáticas para 
haver a construção do conhecimento:
•	 Significação: visa estabelecer os vínculos, os nexos do conteú-
do a ser desenvolvido com os interesses e a prática social do 
aluno. A proposta efetivada deverá ser significativa e vinculada 
de forma ativa para o aluno, por meio das relações existentes 
entre as necessidades e finalidades que ligam o aluno ao objeto 
do conhecimento.
•	 Problematização: na origem da busca de todo conhecimento 
está colocado um problema, cuja gênese deve ser recuperada 
no estudo do conteúdo. O pensamento do aprendiz se identifi-
ca melhor com situações em que possa tanto mover-se quanto 
identificar-se em diferentes posições, questionar.
•	 Práxis: ação (motora, perceptiva, reflexiva) do sujeito sobre o ob-
jeto a ser conhecido. Tendo em vista que toda aprendizagem é 
ativa, exige, portanto, essa ação, que também possibilita a articu-
lação do conhecimento com a prática social que lhe deu origem.
•	 Criticidade: o conhecimento deve estar ligado a uma visão crí-
tica da realidade, buscando a verdadeira causa das coisas e a 
essência dos processos naturais ou sociais, superando a simples 
aparência deles.
•	 Continuidade e ruptura: parte-se de onde se encontra o aluno 
(senso comum, visão sincrética ou inicial) para, sob o efeito da 
análise pela ruptura, possibilitar a construção de uma nova sín-
tese que represente um conhecimento mais elaborado e quali-
tativamente superior.
•	 Historicidade: trabalha os conhecimentos em seu quadro relacio-
nal, destacando que a síntese existente em cada momento, por 
ser histórica e contextual, poderá ser superada por novas sínte-
ses. Além disso, identifica e deixa conhecer as etapas de elabo-
ração por que a humanidade passou para chegar à síntese atual.
•	 Totalidade: combina a síntese com a análise, articulando o co-
nhecimento com a realidade, de seus terminantes e seus nexos 
internos (ANASTASIOU; ALVES, 2005, p. 20-21).
© Didática
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
138
Elaboração da síntese do conhecimento pelo aluno 
Segundo Anastasiou e Alves (2005, p. 20-21):
A sistematização, a expressão empírica do aluno acerca do objeto 
apreendido e a consolidaçãode conceitos. É importante que as sín-
teses sejam concebidas como provisórias, pois, apesar de supera-
doras da visão sincrética inicial, configuram momentos do processo 
de construção do conhecimento pelo aluno, visando à elaboração 
de novas sínteses a serem continuamente retomadas e superadas. 
Nesse contexto, a interação intencional, planejada e responsável 
entre aluno, professor e objeto de conhecimento configura a es-
sência da relação pedagógica. Mediada pelo conhecimento, essa 
relação busca o alcance da lógica própria das diversas áreas, em 
uma construção inovadora, mobilizando o envolvimento e o com-
prometimento de alunos e professores no processo de compreen-
são da realidade e do seu campo profissional, compartilhando os 
saberes e os sabores. Para isso, o desenvolvimento do raciocínio, 
a precisão de conceitos básicos, o crescimento em atitudes de par-
ticipação, respeito e crítica em relação aos conhecimentos consti-
tuem objetivos essenciais do processo de ensinagem.
Passemos, agora, para o tópico no qual conheceremos o sig-
nificado do termo "estratégia". 
6. ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS
É no trabalho docente que o professor se vê frente a frente 
com a necessidade e o desafio de organizá-lo e operacionalizá-lo. 
Em meio a esse processo é que se inserem as estratégias didáticas.
Anastasiou e Alves (2005, p. 32) explicita alguns termos que 
vão contribuir para a nossa reflexão. Veja a seguir:
1. Estratégia: do grego strategía e do latim strategia, é a arte de 
aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponí-
veis, com vista à consecução de objetivos específicos.
2. Técnica: do grego technikós, relativo à arte. Refere-se à arte ma-
terial ou ao conjunto de processos de uma arte, maneira, jeito 
ou habilidade especial de executar ou fazer algo.
3. Dinâmica: do grego dynamikós, diz respeito ao movimento e às 
forças, ao organismo em atividade ou, ainda, à parte da mecâ-
nica que estuda os movimentos.
139© Estratégias Didáticas
Adotaremos o termo "estratégia" como a arte de aplicar ou 
explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis, visando à 
efetivação da ensinagem (ANASTASIOU; ALVES, 2005, p. 36).
Por meio das estratégias aplicam-se ou exploram-se meios, modos, 
jeitos e formas de evidenciar o pensamento, respeitando as condi-
ções favoráveis para executar ou fazer algo. Esses meios ou formas 
comportam determinadas dinâmicas, devendo considerar o movi-
mento, as forças e o organismo em atividade (ANASTASIOU; ALVES, 
2005, p. 36-37).
7. OPERAÇÕES DO PENSAMENTO
Em qualquer situação de aprendizagem, desde a simples 
memorização, mobilizamos várias operações de pensamento. 
Anastasiou e Alves (2005, p. 16):
Afirma que se NÃO tivermos a clareza sobre a intencionalidade de 
desafiarmos progressivamente nossos alunos na direção da cons-
trução do pensamento cada vez mais complexo, integrativo, flexibi-
lizado, será impossível prever até onde chegaremos nos processos 
de ensinagem. 
Vejamos, no Quadro 1, as operações de pensamento, bem 
como seus conceitos e relações segundo Raths e outros.
Quadro 1 Operações do Pensamento.
OPERAÇÃO DE 
PENSAMENTO CONCEITO/RELAÇÕES
Comparação Examinar dois ou mais objetos ou processos com 
intenção de identificar relações mútuas, pontos de 
acordo e desacordo. Supera a simples recordação, 
enquanto ação de maior envolvimento do aluno.
Resumo Apresentar de forma condensada a substância 
do que foi apreciado. Pode ser combinado com a 
comparação.
© Didática
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
140
OPERAÇÃO DE 
PENSAMENTO CONCEITO/RELAÇÕES
Observação Prestar atenção em algo, anotando cuidadosamente. 
Examinar minuciosamente, olhar com atenção, 
estudar. Sob a ideia de observar existe o procurar, 
identificar, notar e perceber. É uma forma de 
descobrir informação. Compartilhada, amplia o 
processo discriminativo. Exige objetivos definidos, 
podendo ser anotada, esquematizada, resumida e 
comparada.
Classificação Colocar em grupos, conforme princípios, dando 
ordem à existência. Exige análise e síntese, por 
conclusões próprias.
Interpretação Processo de atribuir ou negar sentido à experiência, 
exigindo argumentação para defender o ponto 
proposto. Exige respeito aos dados e atribuição 
de importância, causalidade, validade e 
representatividade. Pode levar a uma descrição inicial 
para depois haver uma interpretação do significado 
percebido.
Crítica Efetivar julgamento, análise e avaliação, realizando 
o exame crítico das qualidades, defeitos, limitações. 
Segue referência a um padrão ou critério.
Busca de suposições Supor é aceitar algo sem discussão, podendo 
ser verdadeiro ou falso. Temos que supor sem 
confirmação nos fatos. Após exame cuidadoso, pode-
se verificar quais as suposições decisivas, o que exige 
discriminação.
Imaginação Imaginar é ter alguma ideia sobre algo que não está 
presente, percebendo mentalmente que não foi 
totalmente percebido. É uma forma de criatividade, 
liberta dos fatos e da realidade. Vai além da realidade, 
dos fatos e da experiência. Socializar o imaginado 
introduz flexibilidade às formas de pensamento.
Obtenção e organização dos 
dados
Obter e organizar dados é a base de um trabalho 
independente; exige objetivos claros, análise de 
pistas, plano de ação, definição de tarefas-chave, 
definição e seleção de respostas e de tratamento 
delas, organização e apresentação do material 
coletado. Requer identificação, comparação, 
análise, síntese, resumo, observação, classificação, 
interpretação, crítica, suposições, imaginação, entre 
outros.
141© Estratégias Didáticas
OPERAÇÃO DE 
PENSAMENTO CONCEITO/RELAÇÕES
Levantamento de hipóteses Propor algo apresentado como possível solução 
para um problema. Forma de fazer algo, esforço 
para explicar como algo atua, sendo guia para tentar 
solução de um problema. Proposição provisória ou 
palpite com verificação intelectual e inicial da idéia. As 
hipóteses constituem interessante desafio ao pensar 
do aluno.
Aplicação de fatos e 
princípios a novas situações
Solucionar problemas e desafios, aplicando 
aprendizados anteriores, usando a capacidade 
de transferências, aplicações e generalizações ao 
problema novo.
Decisão Agir a partir de valores aceitos e adotados na escolha, 
possibilitando a análise e consciência deles. A escolha 
é facilitada quando há comparação, observação, 
imaginação e ajuizamento, por exemplo.
Planejamento de projetos e 
pesquisas
Projetar é lançar ideias, intenções, utilizando-se 
de esquema preliminar, plano, grupo, definição de 
tarefas, etapas, divisão e integração de trabalho, 
questão ou problema, identificação das questões 
norteadoras, definição de abrangência, de fontes, 
definição de instrumentos de coleta dos dados, 
validação de dados e respostas, etapas e cronograma. 
Requer assim identificação, comparação, resumo, 
observação, interpretação, busca de suposições, 
aplicação de princípios, decisão, imaginação e crítica.
Fonte: Raths et al. (1977, p. 66).
8. SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS
O processo de ensino e de aprendizagem está centrado na 
interação aluno-professor, sendo este visto como uma espécie de 
orientador, coordenador das sequências didáticas.
A participação do aluno é ativa, isto é, ele deve ler, respon-
der às questões, realizar experimentos, resolver as questões etc.
Conteúdos diversos podem ser trabalhos com diferentes téc-
nicas, com uma mesma técnica ou, ainda, com uma combinação 
delas. É desejável, entretanto, que se assegure uma dinâmica de 
aula capaz de estimular o interesse dos alunos, de instigá-los a re-
solver os problemas que devem emergir das próprias atividades, 
© Didática
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
142
organizadas e orientadas por você, professor, para a compreensão 
de um conceito e dos procedimentos envolvidos. 
É necessário, portanto, variar as técnicas e as atividades de 
acordo com as competências e as habilidades a serem desenvolvi-
das com conteúdos significativos e/ou contextualizados.
Vamos então conhecer algumas estratégias que auxiliarãovocê em sua prática pedagógica. 
Vale ressaltar que os quadros das 18 estratégias que expli-
citamos nesta unidade constam em: ANASTASIOU, L. G. C.; ALVES, 
L. P. A. (Orgs.). Processos de ensinagem na universidade: pressu-
postos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 
2005. p. 67-100.
Estratégia 1: Aula Expositiva Dialogada 
Descrição
É uma exposição do conteúdo, com a participação ativa dos 
estudantes, cujo conhecimento prévio deve ser considerado e pode 
ser tomado como ponto de partida. O professor leva os estudantes a 
questionarem, interpretarem e discutirem o objeto de estudo, a partir 
do reconhecimento e do confronto com a realidade. Deve favorecer 
análise crítica, resultando na produção de novos conhecimentos.
Propõe a superação da passividade e imobilidade intelectual dos 
estudantes.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Obtenção e organização de dados; Interpretação; Crítica; Decisão; 
Comparação; Resumo.
Dinâmica da Atividade
Professor contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas 
mentais do estudante para operar com as informações que este traz, 
articulando-as às que serão apresentadas; faz a apresentação dos 
objetivos de estudo da unidade e sua relação com a disciplina ou 
curso.
Faz a exposição, que deve ser bem preparada, podendo solicitar 
exemplos aos estudantes, e busca o estabelecimento de conexões 
entre a experiência vivencial dos participantes, o objeto estudado e o 
todo da disciplina.
143© Estratégias Didáticas
Dinâmica da Atividade
É importante ouvir o estudante, buscando identificar sua realidade 
e seus conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão 
crítica do assunto e problematizar essa participação.
O forte dessa estratégia é o diálogo, com espaço para 
questionamentos, críticas e solução de dúvidas: é imprescindível que 
o grupo discuta e reflita sobre o que está sendo tratado, a fim de que 
uma síntese integradora seja elaborada por todos.
Avaliação
Participação dos estudantes contribuindo na exposição, perguntando, 
respondendo, questionando...
Pela participação do estudante acompanham-se a compreensão e a 
análise dos conceitos apresentados e construídos.
Podem-se usar diferentes formas de obtenção da síntese pretendida 
na aula: de forma escrita, oral, pela entrega de perguntas, esquemas, 
portfólio, sínteses variadas, complementação de dados no mapa 
conceitual e outras atividades complementares a serem efetivadas 
em continuidade pelos estudantes.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 79).
Anastasiou (2005) afirma que a aula expositiva dialogada é 
uma estratégia proposta para suplantar a tradicional palestra. A 
diferença entre elas está na participação do aluno, que poderá in-
tervir apresentando suas observações sobre o assunto. Essa parti-
cipação viabiliza a construção e a elaboração da síntese do objeto 
de estudo por parte dos alunos.
Quais suas considerações sobre a utilização dessa estratégia?
Estratégia 2: Portfólio
Descrição
É a identificação e a construção de registro, análise, seleção e 
reflexão das produções mais significativas ou identificação dos 
maiores desafios / dificuldades em relação ao objeto de estudo, 
assim como das formas encontradas para superação.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Identificação; Obtenção e organização de dados; Interpretação; 
Crítica; Análise; Reelaboração; Resumo.
© Didática
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
144
Dinâmica da Atividade
O portfólio pode evidenciar o registro do processo de construção de 
uma atividade, de um bloco de aulas, fase, módulo, unidade, projeto 
etc.
A preparação deve ser feita pelo professor a partir da mobilização 
para a tarefa. Alguns passos podem ser seguidos, tais como:
- combinar as formas de registro, que podem ser escritas 
manualmente ou digitadas, em caderno, bloco, pasta;
- o material precisa estar identificado com dados como nome, 
série, ano, disciplina etc. Pode-se incluir uma foto que demonstre o 
momento que o acadêmico está vivendo;
- aproveitar para incluir orientações de formatação de trabalho 
científico, tais como: capa, contracapa, sumário, os relatos em si, 
considerações finais, bibliografias utilizadas no decorrer das aulas / 
trabalhos;
- escrever apenas num dos lados da página, deixando o outro como 
espaço para o diálogo do professor;
- os relatos em si podem ser nomeados, e este título pode expressar 
o sentimento mais evidente daquele momento;
- os registros podem conter trabalhos de pesquisa, textos individuais 
/ coletivos, considerados interessantes, acrescidos de uma profunda 
reflexão sobre seu significado para a formação;
- incluir outras produções significativas: fotos, desenhos etc., com a 
respectiva análise;
- anotar o sentimento de avanços e dificuldades pessoais;
- inserir avaliação construtiva do desempenho pessoal e do 
desempenho do professor; - ao professor compete proceder às 
leituras dos textos / produções e apontar os avanços e os aspectos 
que precisam ser retomados pelo estudante. Lembrar que o professor 
estabelece um diálogo com o estudante e precisa ser produtivo em 
favor da verdadeira aprendizagem.
Avaliação
Definir conjuntamente critérios de avaliação do ensino e da 
aprendizagem, do desempenho do estudante e do professor.
Os critérios de avaliação à individualidade de cada um:
- organização e cientificidade da ação de professor e de estudante;
- clareza de ideias na produção escrita;
- construção e reconstrução da escrita;
- objetividade na apresentação dos conceitos básicos;
- envolvimento e compromisso com a aprendizagem.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 81).
145© Estratégias Didáticas
A estratégia do portfólio propicia a você, professor, verificar, 
de forma imediata, as dificuldades apresentadas pelos alunos e 
propor soluções para a superação. 
Quanto aos aspectos da construção do conhecimento, essa 
estratégia requer um alto grau de envolvimento do professor e dos 
alunos, pois eles devem constantemente ser mobilizados para a 
construção do conhecimento e para a realização de registros de 
sínteses.
Estratégia 3: Tempestade Cerebral (Brainstorming)
Descrição
É uma possibilidade de estimular a geração de novas ideias de forma 
espontânea e natural, deixando funcionar a imaginação. Não há certo 
ou errado. Tudo o que for levantado será considerado, solicitando-se, 
se necessário, uma explicação posterior do estudante.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Imaginação e criatividade; Busca de suposições; Classificação.
Dinâmica da Atividade
Ao serem perguntados sobre uma problemática, os estudantes 
devem:
1. expressar em palavras ou frases curtas as idéias sugeridas pela 
questão proposta.
2. evitar atitude crítica que levaria a emitir juízo e/ou excluir ideias.
3. registrar e organizar a relação de ideias espontâneas.
4. fazer a seleção delas conforme critério seguinte ou a ser 
combinado:
- ter possibilidade de ser postas em prática logo;
- serem compatíveis com outras ideias relacionadas ou enquadradas 
numa lista de ideias;
- ser apreciadas operacionalmente quanto à eficácia a curto, médio e 
longo prazo.
Avaliação
Observação das habilidades dos estudantes na apresentação de ideias 
quanto a sua capacidade criativa, concisão, logicidade, aplicabilidade 
e pertinência, bem como seu desempenho na descoberta de soluções 
apropriadas ao problema apresentado.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 82).
© Didática
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
146
Essa estratégia desperta nos alunos uma rápida vinculação 
com o objeto de estudo, podendo ser utilizada para coletar suges-
tões para resolver um problema do contexto do assunto em estudo. 
Estratégia 4: Mapa Conceitual
Descrição
Consiste na construção de um diagrama que indica a relação de 
conceitos em uma perspectiva bidimensional, procurando mostrar as 
relações hierárquicas entre os conceitos pertinentes à estrutura do 
conteúdo.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Interpretação; Classificação; Crítica; Organização de dados; Resumo.Dinâmica da Atividade
O professor poderá selecionar um conjunto de textos, ou de dados, 
objetos, informações sobre um tema ou objeto de estudo de 
uma unidade de ensino e aplicar a estratégia do mapa conceitual 
propondo ao estudante a ação de:
- identificar os conceitos-chave do objeto ou texto estudado;
- selecionar os conceitos por ordem de importância;
- incluir conceitos e idéias mais específicas;
- estabelecer relação entre os conceitos por meio de linhas e 
identificá-las com uma ou mais palavras que explicitem essa relação;
- identificar conceitos e palavras que tenham um significado ou 
expressem uma proposição;
- buscar estabelecer relações horizontais e cruzadas, traçá-las;
- perceber que há várias formas de traçar o mapa conceitual;
- compartilhar os mapas coletivamente, comparando-os e 
complementando-os;
- justificar a localização de certos conceitos, verbalizando seu 
entendimento.
Avaliação
Acompanhamento da construção do mapa conceitual a partir da 
definição coletiva dos critérios de avaliação:
- conceitos claros;
- relação justificada;
- riqueza de idéias;
- criatividade na organização;
- representatividade do conteúdo trabalhado.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 83).
147© Estratégias Didáticas
Essa estratégia visa construir, com os alunos, o quadro rela-
cional que sustenta uma rede teórica a ser apreendida. 
O mapa conceitual serve ao professor como ferramenta para 
acompanhar as mudanças na estrutura cognitiva dos alunos e para 
indicar formas diferentes de aprofundar os conteúdos.
Estratégia 5: Estudo Dirigido
Descrição
É o ato de estudar sob a orientação e diretividade do professor, 
tendo em vista sanar dificuldades específicas.
É preciso ter claro: o que é a sessão, para que e como é preparada.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Identificação; Obtenção e organização de dados; Busca de suposições; 
Aplicação de fatos e princípios a novas situações.
Dinâmica da Atividade
Prevê atividades individualizadas, grupais, podendo ser socializadas:
-leitura individual a partir de um roteiro elaborado pelo professor;
-resolução de questões e situações-problema, a partir do material 
estudado;
-no caso de grupos de atendimento, debate sobre o tema estudado, 
permitindo a socialização dos conhecimentos, a discussão de 
soluções, a reflexão e o posicionamento crítico dos estudantes ante a 
realidade vivida.
Avaliação
O acompanhamento se dará pela produção que o estudante for 
construindo, na execução das atividades propostas, nas questões 
que formula ao professor, nas revisões que este lhe solicita, a partir 
do que vai se inserindo gradativamente nas atividades do grupo a 
que pertence. Trata-se de um processo avaliativo eminentemente 
diagnóstico, sem preocupação classificatória.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 84).
A estratégia do estudo dirigido possibilita aos estudantes 
estudos específicos do conteúdo em defasagem, desenvolve a re-
flexão e capacita-os à retomada dos aspectos que não foram do-
minados anteriormente.
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148
Estratégia 6: Lista de Discussão por Meios Informatizados
Descrição
É a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, a distância, 
um tema sobre o qual sejam especialistas ou tenham realizado um 
estudo prévio, ou queiram aprofundá-lo por meio eletrônico.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Comparação; Observação; Interpretação; Busca de suposições; 
Construção de hipóteses; Obtenção e organização de dados.
Dinâmica da Atividade
Organizar um grupo de pessoas para discutir um tema, ou vários 
subgrupos com tópicos da temática para realizar uma reflexão 
contínua, debate fundamentado, com intervenções do professor, que, 
como membro do grupo, traz suas contribuições. Não é um momento 
de perguntas e respostas apenas entre estudantes e professor, mas 
entre todos os integrantes, como parceiros do processo.
É importante o estabelecimento do tempo-limite para o 
desenvolvimento da temática.
Esgotando-se o tema, o processo poderá ser reativado a partir de 
novos problemas.
Avaliação
Essa é uma estratégia em que ocorre uma avaliação grupal, ao longo 
do processo, cabendo a todos esse acompanhamento.
No entanto, como o professor é o responsável pelo processo 
de ensinagem, o acompanhamento das participações, da 
qualidade das inclusões, das elaborações apresentadas torna-se 
elemento fundamental para as retomadas necessárias na lista e, 
oportunamente, em classe.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 85).
A lista de discussão é utilizada para aprofundamento de ob-
jetos de estudo, tornando-se uma estratégia própria ao momento 
de construção e de elaboração de sínteses contínuas. 
Para dar continuidade aos seus estudos, é importante que 
não fiquem dúvidas para trás. Por isso, sugerimos que, se necessá-
rio, retome os conteúdos vistos até o momento.
149© Estratégias Didáticas
Estratégia 7: Solução de Problemas
Descrição
É o enfrentamento de uma situação nova, exigindo pensamento 
reflexivo, crítico e criativo a partir dos dados expressos na descrição 
do problema; demanda a aplicação de princípios, leis que podem ou 
não ser expressas em fórmulas matemáticas.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Identificação; Obtenção e organização de dados; Planejamento. 
Imaginação; Elaboração de hipóteses; Interpretação; Decisão.
Dinâmica da Atividade
1. Apresentar ao aluno um determinado problema, mobilizando-o 
para a busca da solução.
2. Orientar os alunos no levantamento de hipóteses e na análise de 
dados.
3. Executar as operações e comparar soluções obtidas.
4. A partir da síntese, verificar a existência de leis e princípios que 
possam se tornar norteadores de situações similares.
Avaliação
Observação das habilidades dos estudantes na apresentação das 
idéias quanto a sua concisão, logicidade, aplicabilidade e pertinência, 
bem como seu desempenho na descoberta de soluções apropriadas 
ao problema apresentado.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 86).
O Método de Problemas aplica-se, sobretudo, a disciplinas 
que pressupõem compreensão de ideias e julgamentos de valor 
(certo grau de maturidade por parte do aluno). 
O principal objetivo desse método é desenvolver o pensa-
mento reflexivo, que se resume em fazer o aluno analisar o pro-
blema e as hipóteses explicativas, além da aquisição de conteúdos.
Fases do método de problemas
1) Definição e delimitação do problema.
2) Formulação de hipóteses.
3) Seleção de hipótese(s).
4) Coleta, classificação e crítica dos dados.
5) Verificação da(s) hipótese(s).
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150
Estratégia 8: Grupo de Verbalização e de Observação (Gv/Go)
Descrição
É a análise de tema / problemas sob a coordenação do professor, que 
divide os estudantes em dois grupos: um de verbalização (GV) e outro 
de observação (GO).
É uma estratégia aplicada com sucesso ao longo do processo de 
construção do conhecimento e, neste caso, requer leituras, estudos 
preliminares, enfim, um contato inicial com o tema.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Análise; Interpretação; Crítica; Levantamento de hipóteses; Obtenção 
e organização de dados; Comparação; Resumo; Observação; 
Interpretação.
Dinâmica da Atividade
1. Dividir os estudantes em dois grupos, um para verbalização de um 
tema/problema e outro de observação.
2. Organizá-los em dois círculos, um interno e outro externo, 
dividindo o número de membros conforme o número de estudantes 
da turma. Em classes muito numerosas, o grupo de observação será 
numericamente maior que o de verbalização.
3. Num primeiro momento, o grupo interno verbaliza, expõe, discute 
o tema; enquanto isso, o GO observa, registra conforme a tarefa que 
lhe tenha sido atribuída. Em classes muito numerosas, as tarefas 
podem ser diferenciadas para grupos destacados na observação.
4. Fechamento: o GO passa a oferecer sua contribuição, conforme a 
tarefa que lhe foi atribuída, ficando o GV na escuta.
5. Em classes com menor número de estudantes, o grupo externopode trocar de lugar e mudar de função - de observador para 
verbalizador.
6. Divide-se o tempo conforme a capacidade do tema em manter os 
estudantes mobilizados.
7. O fechamento, papel fundamental do docente, deve contemplar 
os objetivos, portanto, incluir elementos do processo e dos produtos 
obtidos.
Avaliação
O grupo de verbalização será avaliado pelo professor e pelos colegas 
da observação.
Os critérios de avaliação são decorrentes dos objetivos, tais como:
- clareza e coerência na apresentação;
- domínio da problemática na apresentação;
- participação do grupo observador durante a exposição;
- relação crítica da realidade.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 88). 
151© Estratégias Didáticas
Essa é uma estratégia que não pode ser utilizada quando o 
número de alunos é elevado, porque a sala será subdividida em 
dois grupos. Na construção do conhecimento, essa dinâmica dá 
resultados se utilizada para o momento de síntese dos conteúdos 
tratados. 
Estratégia 9: Dramatização
Descrição
É uma representação teatral, a partir de um foco, problema, tema 
etc. 
Pode conter explicitação de ideias, conceitos, argumentos e ser 
também um jeito particular de estudo de casos, já que a teatralização 
de um problema ou situação perante os estudantes equivale a 
apresentar-lhes um caso de relações humanas.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Decisão; Interpretação; Crítica; Busca de suposições; Comparação; 
Imaginação.
Dinâmica da Atividade
Pode ser planejada ou espontânea.
1. No primeiro caso, o professor escolhe o assunto e os papéis e os 
distribui entre os estudantes, orientando sobre como atuar.
2. No segundo caso o planejamento pode ser deixado inteiramente 
por conta dos estudantes, o que dá mais autenticidade ao exercício.
3. É possível montar um círculo ao redor da cena para que todos 
observem bem a apresentação.
4. O professor informa o tempo disponível e pede aos alunos que 
prestem atenção em pontos relevantes conforme o objetivo do 
trabalho.
5. No final, fazer o fechamento da atividade.
Avaliação
O grupo será avaliado pelo professor e pelos colegas.
Sugestão de critérios de avaliação:
- clareza e coerência na apresentação;
- participação do grupo observador durante a apresentação;
- utilização de recursos que possam tornar a dramatização mais real;
- criatividade e espontaneidade.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 89).
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152
A dramatização é uma estratégia que possibilita vivenciar os 
conteúdos tratados e dinamizar a sua discussão. Pode-se discutir 
temas da atualidade nos quais se façam presentes os conhecimen-
tos físicos que necessitam de reflexão crítica e de consequente to-
mada de decisão.
Nesse exercício, o professor discute com os alunos perfis de 
personagens do tema escolhido e orienta-os para que represen-
tem o que pensariam, sentiriam e expressariam os "atores" sociais 
naquele contexto.
Outra forma interessante de exercitar a dramatização é a 
montagem de um tribunal. 
Alguns trabalhos requerem um alto grau de habilidade em 
relações humanas. A dramatização é um método altamente efi-
ciente, que requer resultados de aprendizagem tais como habilida-
des de relações humanas, percepções quanto ao comportamento 
humano e sensibilidade aos contatos interpessoais. Para se alcan-
çar sua máxima eficiência como método de instrução, uma cena 
de dramatização precisa ser muito bem planejada e orientada. As 
etapas básicas para se conseguir o máximo de aprendizagem de 
uma cena de dramatização são as seguintes:
1) Determine o objetivo da cena. 
2) Estruture a situação para alcançar tal objetivo. 
3) Estabeleça os papéis e selecione os participantes. 
4) Prepare a audiência e os participantes para a cena. 
5) Dramatize a situação.
6) Analise a cena.
7) Avalie, resuma e discuta a cena. 
O uso adequado da avaliação pode ajudar o professor a au-
mentar sua habilidade em usar dramatização como método de 
instrução. Adaptado do livro: Princípios Educacionais Aplicados ao 
Treinamento de Pessoal, de Thomas F. Staton, Editora: McGraw – 
Hill do Brasil Ltda.
153© Estratégias Didáticas
Estratégia 10: Seminário
Descrição
É um espaço em que as idéias devem germinar ou ser semeadas. 
Portanto, espaço onde um grupo discuta ou debata temas ou 
problemas que são colocados em discussão.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Análise; Interpretação; Crítica; Levantamento de hipóteses; Busca 
de suposições; Obtenção de organização de dados; Comparação; 
Aplicação de fatos a novas situações
Dinâmica da Atividade
Três momentos:
1. Preparação - papel do professor é fundamental:
- apresentar o tema e/ou selecioná-lo conjuntamente com os 
estudantes, justificar sua importância, desafiar os estudantes, 
apresentar os caminhos para realizarem as pesquisas e suas diversas 
modalidades (bibliográfica, de campo ou de laboratório);
- organizar o calendário para a apresentação dos trabalhos dos 
estudantes;
- orientar os estudantes na pesquisa (apontar fontes de consulta 
bibliográfica e/ou pessoas / instituições) e na elaboração de seus 
registros para a apresentação ao grupo; 
- organizar o espaço físico para favorecer o diálogo entre os 
participantes.
2. Desenvolvimento:
- discussão do tema, em que o secretário anota os problemas 
formulados, bem como soluções encontradas e as conclusões 
apresentadas. Cabe ao professor dirigir a sessão de crítica ao final 
de cada apresentação, fazendo comentários sobre cada trabalho 
e sua exposição, organizando uma síntese integradora do que foi 
apresentado.
3. Relatório: 
- trabalho escrito em forma de resumo, pode ser produzido 
individualmente ou em grupo.
Avaliação
Os grupos são avaliados e exercem também a função de avaliadores.
Os critérios de avaliação devem ser adequados aos objetivos da 
atividade em termos de conhecimento, habilidades e competências.
Sugestão de critérios de avaliação:
- clareza e coerência na apresentação;
- domínio do conteúdo apresentado;
- participação do grupo durante a exposição;
- utilização de dinâmicas e/ou recursos audiovisuais na apresentação.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 90).
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154
Essa estratégia é uma técnica bastante interessante, que 
pode ampliar o universo do aluno e que estimula o desenvolvi-
mento da capacidade de síntese, argumentação etc. A estratégia 
de seminário é um ótimo momento para se trabalhar as questões 
relativas a atitudes e valores (respeitar, ouvir e falar no momento 
correto, capacidade de convencimento etc.). 
O seminário exige um conjunto de atividades preparatórias, 
como a seleção de textos ou letras de músicas sobre um determi-
nado tema. 
Estratégia 11: Estudo de Caso
Descrição É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita ser investigada e é desafiadora para os envolvidos.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Análise; Interpretação; Crítica; Levantamento de hipóteses; Busca de 
suposições; Decisão; Resumo.
Dinâmica da Atividade
1. O professor expõe o caso a ser estudado (distribui ou lê o problema 
aos participantes), que pode ser um caso para cada grupo ou o 
mesmo caso para diversos grupos.
2. O grupo analisa o caso, expondo seus pontos de vista e os aspectos 
sob os quais o problema pode ser enfocado.
3. O professor retoma os pontos principais, analisando coletivamente 
as soluções propostas.
4. O grupo debate as soluções, discernindo as melhores conclusões.
Papel do professor: selecionar o material de estudo, apresentar um 
roteiro para trabalho, orientar os grupos no decorrer do trabalho, 
elaborar instrumento de avaliação.
Análise de um caso:
- descrição do caso: aspectos e categorias que compõem o todo da 
situação. Professor deverá indicar categorias mais importantes a 
serem analisadas;
- prescrição do caso: estudante faz proposições para mudança da 
situação apresentada;
- argumentação: estudante justifica suas proposições mediante 
aplicação dos elementos teóricos de que dispõe.
155©Estratégias Didáticas
Avaliação
O registro da avaliação pode ser realizado por meio de ficha com 
critérios a serem considerados, tais como:
- aplicação dos conhecimentos (a argumentação explicita os 
conhecimentos produzidos a partir dos conteúdos?);
- coerência na prescrição (os vários aspectos prescritos apresentam 
uma adequada relação entre si?);
- riqueza na argumentação (profundidade e variedade de pontos de 
vista);
- síntese.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 91).
A estratégia de estudo de caso oportuniza a elaboração de 
um forte potencial de argumentação com os alunos e refere-se aos 
momentos de construção e de síntese. 
Estratégia 12: Júri Simulado
Descrição
É a simulação de um júri em que, a partir de um problema, são 
apresentados argumentos de defesa e de acusação.
Pode levar o grupo à analise e avaliação de um fato proposto com 
objetividade e realismo, à crítica construtiva de uma situação e à 
dinamização do grupo para estudar profundamente um tema real.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Imaginação; Interpretação; Crítica; Comparação; Análise; 
Levantamento de hipóteses; Busca de suposições; Decisão.
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156
Dinâmica da Atividade
1. Partir de um problema concreto e objetivo, estudado e conhecido 
pelos participantes.
2. Um estudante fará o papel de juiz e outro o papel de escrivão.
Os demais componentes da classe serão divididos em quatro grupos: 
promotoria, de um a quatro estudantes; defesa, com igual número; 
conselho de sentença, com sete estudantes; e o plenário com os 
demais.
3. A promotoria e a defesa devem ter alguns dias para a preparação 
dos trabalhos, sob orientação do professor - cada parte terá 15 min 
para apresentar seus argumentos.
O juiz manterá a ordem dos trabalhos e formulará os quesitos ao 
conselho de sentença.
O escrivão tem a responsabilidade de fazer o relatório dos trabalhos.
O conselho de sentença, após ouvir os argumentos de ambas as 
partes, apresenta sua decisão final.
O plenário será encarregado de observar o desempenho da 
promotoria e da defesa e fazer uma apreciação final sobre sua 
desenvoltura.
Avaliação
Considerar a apresentação concisa, clara e lógica das idéias, a 
profundidade dos conhecimentos e a argumentação fundamentada 
dos diversos papéis.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 92).
Segundo Karling (1991), o Júri Simulado é uma técnica de en-
sino que se assemelha ao júri de um fórum, em que é julgada uma 
pessoa acusada de um crime. Na sala de aula, não é uma pessoa 
que é julgada, mas um assunto ou um fato que é escolhido como 
réu.
Dessa forma, essa estratégia envolve todos os momentos de 
construção do conhecimento, da mobilização à síntese, pela sua 
característica de possibilitar o envolvimento de um número eleva-
do de alunos.
Para a construção do seu conhecimento, nesta disciplina, 
é importante que os conceitos e os exemplos sejam analisados e 
compreendidos, a fim de melhorar o entendimento do texto apre-
sentado. Não deixe dúvidas para trás, elas o impedirão de cami-
nhar com sucesso!
157© Estratégias Didáticas
Estratégia 13: Simpósio
Descrição
É a reunião de palestras e preleções breves apresentadas por várias 
pessoas (duas a cinco) sobre um assunto ou sobre diversos aspectos 
de um assunto.
Possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais, de investigação, 
amplia experiências sobre um conteúdo específico, desenvolve 
habilidades de estabelecer relações.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Obtenção de dados; Crítica; Comparação; Elaboração de hipóteses; 
Organização de dados.
Dinâmica da Atividade
O professor coordena o processo de seleção dos temas e planeja o 
simpósio juntamente com os estudantes da seguinte forma:
1. Divididos em pequenos grupos estudam e esquematizam 
apresentação com antecedência, organizando o conteúdo em 
unidades significativas, de forma a apresentá-lo em no máximo 1h 
e 30min, destinando de 15 a 20min para a apresentação de cada 
comunicador (apresentador do pequeno grupo).
2. O professor é o responsável pela indicação das bibliografias a 
serem consultadas para cada grupo, ou para cada subtema, a fim de 
evitar repetições.
3. Cada pequeno grupo indica o seu representante, que exercerá a 
função de comunicador e comporá a mesa apresentadora do tema.
4. Durante as exposições, os comunicadores não devem ser 
interrompidos.
5. O grande grupo assiste à apresentação do assunto anotando 
perguntas e dúvidas e encaminhando-as para o coordenador da 
mesa.
6. O coordenador da mesa resume as ideias apresentadas e 
encaminha as perguntas aos membros da mesa. Aquele não precisa 
ser necessariamente o professor, pode ser um estudante indicado 
pelo grande grupo.
Não há necessidade de um fechamento de ideias.
© Didática
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158
Avaliação
Levar em conta a concisão das ideias apresentadas pelos 
comunicadores quanto:
- à pertinência das questões apresentadas pelo grande grupo;
- à logicidade dos argumentos;
- ao estabelecimento de relações entre os diversos pontos de vista;
- aos conhecimentos relacionados ao tema e explicitados.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 93).
O simpósio é uma estratégia que possibilita a ampliação do 
conhecimento, tendo em vista que, ao serem divididos os conteú-
dos para serem estudados, eles terão, na sua apresentação, múlti-
plos olhares, enriquecendo o tema gerador.
Estratégia 14: Painel
Descrição
É a discussão informal de um grupo de estudantes, indicados pelo 
professor (que já estudaram a matéria em análise, interessados ou 
afetados pelo problema em questão), em que apresentam pontos de 
vista antagônicos na presença de alunos de outras turmas.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Obtenção e organização de dados; Observação; Interpretação; Busca 
de suposições; Crítica; Análise.
Dinâmica da Atividade
1. O professor coordena o processo de painel.
2. Cinco a oito pessoas se colocam, sem formalidade, em semicírculo 
diante dos ouvintes, ou ao redor de uma mesa, para falar de um 
determinado assunto.
3. Cada pessoa deverá falar pelo tempo de 2 a 10 minutos.
4. O professor anuncia o tema da discussão e o tempo destinado a 
cada participante.
5. No final, o professor faz as conexões da discussão para, em 
seguida, convidar os demais participantes a formularem perguntas 
aos painelistas.
Avaliação
Participação dos estudantes painelistas e da platéia analisando:
- a habilidade de atenção e concentração;
- a síntese das ideias apresentadas;
- os argumentos consistentes tanto na colocação das idéias como nas 
respostas aos participantes;
- consistência das perguntas elaboradas.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 94).
159© Estratégias Didáticas
O painel como estratégia poder ser utilizado em muitas si-
tuações; pode ser aproveitado tanto para mobilização do conhe-
cimento como para construção ou mesmo para o momento de 
síntese.
Estratégia 15: Fórum
Descrição
Consiste num espaço do tipo "reunião", no qual todos os membros 
do grupo têm a oportunidade de participar do debate de um tema 
ou problema determinado. Pode ser utilizado após a apresentação 
teatral, palestra, projeção de um filme para discutir um livro que 
tenha sido lido pelo grupo, um problema ou fato histórico, um artigo 
de jornal, uma visita ou uma excursão.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Busca de suposições; Hipóteses; Obtenção e organização de dados; 
Interpretação; Crítica; Resumo.
Dinâmica da Atividade
1. O professor explica os objetivos do fórum.
2. Delimita o tempo total (ex.: 40 min) e o tempo parcial de cada 
participante.
3. Define funções dos participantes:
-coordenador: organiza a participação, dirige o grupo e seleciona as 
contribuições dadas para a síntese final;
-grupo de síntese: faz anotações que irão compor o resumo;
-público participante: cada membro do grupo se identifica ao 
falar e dá sua contribuição, fazendo considerações e levantando 
questionamentos;
4. Ao final, um membro do grupo de síntese relata resumoelaborado.
Avaliação
A avaliação, estabelecida previamente, levará em conta:
-a participação dos estudantes como debatedores e/ ou como 
público;
-a habilidade de atenção e concentração;
-a síntese das ideias apresentadas;
-a apresentação de argumentos consistentes;
-a produção da síntese.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 95).
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160
O fórum, se bem planejado, pode ser útil na construção do 
conhecimento, especialmente para os momentos de elaboração 
de síntese do tema proposto.
Estratégia 16: Oficina (Laboratório ou Workshop)
Descrição
É a reunião de um pequeno número de pessoas com interesses 
comuns, a fim de estudar e trabalhar para o conhecimento ou 
aprofundamento de um tema, sob orientação de um especialista. 
Possibilita o aprender a fazer melhor algo, mediante a aplicação de 
conceitos e conhecimentos previamente adquiridos.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Obtenção e organização de dados; Interpretação; Aplicação de fatos 
e princípios a novas situações; Decisão; Planejamento de projetos e 
pesquisas; Resumo.
Dinâmica da Atividade
O professor organiza o grupo e providencia com antecedência 
ambiente e material didático necessário à oficina. A organização é 
imprescindível ao sucesso dos trabalhos.
O grupo não deve ultrapassar a quantidade de 15 / 20 componentes.
Pode ser desenvolvida por meio das mais variadas atividades: estudos 
individuais, consulta bibliográfica, palestras, discussões, resolução de 
problemas, atividades práticas, redação de trabalhos, saídas a campo 
etc.
Avaliação
Participação dos estudantes nas atividades e a demonstração das 
habilidades visadas, expressas nos objetivos da oficina.
Podem-se propor auto-avaliação, avaliação descritiva ou pelos 
produtos no final do processo.
Fonte: AnastasIou; Alves (2005, p. 96). 
Estratégia 17: Estudo do Meio
Descrição
É um estudo direto do contexto natural e social no qual o estudante 
se insere, visando a uma determinada problemática de forma 
interdisciplinar. 
Cria condições para o contato com a realidade, propicia a aquisição 
de conhecimentos de forma direta, por meio da experiência vivida.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Observação; Obtenção e organização de dados; Interpretação; 
Classificação; Busca de suposições; Análise; Levantamento de 
hipóteses; Crítica; Aplicação de fatos a novas situações; Planejamento 
de projetos e pesquisas.
161© Estratégias Didáticas
Dinâmica da Atividade
1. Planejamento: os estudantes decidem junto com o professor o 
foco de estudo, os aspectos importantes a serem observados, os 
instrumentos a serem usados para o registro da observação e fazem 
uma revisão da literatura referente ao foco de estudo.
2. Execução do estudo conforme planejado: levantamento de 
pressupostos, efetivação da visita, da coleta de dados, da organização 
e sistematização, da transcrição e análise do material coletado.
3. Apresentação dos resultados: os estudantes apresentam as 
conclusões para a discussão do grande grupo, conforme os objetivos 
propostos para o estudo.
Avaliação
O planejamento e o acompanhamento do processo devem ser 
contínuos.
Normalmente os objetivos estão em referência direta com os 
elementos estabelecidos no roteiro de observação e coleta de dados, 
que constituirão um plano.
As etapas de organização, análise e síntese devem ser acompanhadas 
das correções necessárias.
O relatório final pode contemplar as etapas da construção ou referir-
se a elementos de extrapolação, dependendo dos objetivos traçados.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 97).
O estudo do meio é um excelente recurso, dada a grande 
quantidade de material que se pode encontrar e analisar no pró-
prio ambiente. 
Contudo, é preciso que o professor tenha claro o que preten-
de explorar, visite o local com antecedência e elabore um roteiro. 
Os dados das observações devem ser registrados e, de volta à sala 
de aula, organizados, analisados e interpretados, tendo sempre 
como referência o objetivo explicitado na elaboração da proposta. 
O estudo do meio materializa-se, muitas vezes, em excur-
sões, passeios e visitas, que são sempre bem aceitos pelos alunos 
e geralmente causam satisfação para os participantes. O prazer de 
aprender em uma dessas atividades pode se estender à sua prepa-
ração e ao seu desdobramento. A saída da escola pode ser muito 
significativa quando é fruto da necessidade de um estudo que está 
sendo realizado, seja para responder a questões, seja para colocar 
outros desafios aos alunos, provocando novos questionamentos. É 
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162
importante planejá-la com antecedência, reunindo o maior núme-
ro de informações disponíveis sobre o local.
Estratégia 18: Ensino com Pesquisa
Descrição
É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa:
Concepção de conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica 
sejam elementos fundamentais; assumir o estudo como situação 
construtiva e significativa, com concentração e autonomia crescente; 
fazer a passagem da simples reprodução para um equilíbrio entre 
reprodução e análise.
Operações de 
Pensamento
(Predominantes)
Observação; Interpretação; Classificação; Crítica, resumo; Análise; 
Hipóteses e busca de suposições; Decisão, comparação e imaginação; 
Planejamento, obtenção e organização de dados; Aplicação de fatos a 
novas situações.
Dinâmica da Atividade
1. Desafiar o estudante como investigador.
2. Estabelecimento de princípios: movimento e alteração do 
conhecimento, solução de problemas, critérios de validação, 
reprodução e análise.
3. Construção do projeto:
- definição do problema de pesquisa;
- definição de dados a serem coletados e dos procedimentos de 
investigação;
- definição da análise dos dados;
- interpretação / validação das suposições;
- síntese e apresentação dos resultados;
- revisões e recomendações.
Avaliação
O acompanhamento do processo deve ser contínuo, com 
retroalimentação das fases já vivenciadas, assim como com as devidas 
correções em tempo.
As hipóteses incompletas, dados não significativos, devem ser 
substituídas pelos mais adequados.
Um cronograma de fases e ações auxilia no autocontrole, pelo 
estudante ou grupo.
Os critérios de valorização devem ser estabelecidos antecipadamente 
e, como são critérios construídos, podem ser reformulados no 
processo.
Fonte: Anastasiou; Alves (2005, p. 98).
163© Estratégias Didáticas
Essa estratégia oferece condições para que os alunos adqui-
ram maior autonomia, assumam responsabilidades, desenvolvam 
disciplina, essa última considerada uma habilidade de se manter o 
tempo necessário nas soluções para a problemática em discussão. 
A seguir, você conhecerá alguns métodos de ensino de dis-
cussão em grupo que poderão ser utilizados. 
Métodos de ensino de discussão em grupo ––––––––––––––
Planeje a Discussão 
1. Leia sobre o assunto e escolha para o estudo alguns tópicos que exijam pes-
quisa. 
2. Divida os alunos em grupos homogêneos quanto ao conhecimento e experiên-
cia com respeito à matéria a ser discutida. 
3. Determine ou defina objetivos específicos a serem alcançados; decida exata-
mente o que deseja alcançar. 
4. Identifique os resultados desejados de aprendizagem. 
5. Estabeleça claramente o problema e descreva-o de tal maneira que os outros 
possam ver claramente qual seja. 
6. Prepare e distribua entre os alunos o material para estudo preliminar. 
7. Desenvolva uma agenda para incluir todos os pontos exigidos no tratamento 
do problema. 
8. Prepare um plano de aula. 
9. Providencie uma sala de aula com quadro-negro, no qual todos os participan-
tes possam sentar-se frente a frente entre si. 
Inicie a Discussão com um Conteúdo 
1. Resuma em poucas palavras a situação a ser discutida; faça que cada um 
entenda o que vai ser realizado na discussão. 
2. Expresse uma opinião ou faça perguntas estimulantes. 
3. Continue introduzindo questões em pontos vitais que se relacionam com o 
problema. 
4. Use uma demonstração,uma ilustração ou um caso real. 
Mantenha a discussão ativa 
1. Selecione e use uma forma de registro; esboçar a discussão no quadro-negro 
é uma boa prática. 
2. Faça suas perguntas e pontos exigirem comentários; se não surgirem comen-
tários, reformule as questões para apresentá-las sob outro ângulo. 
3. Descubra alguma justificativa para cada aspecto expresso; faça os contribuin-
tes sentirem que estão ajudando. 
4. Relacione os tópicos novos com os anteriores. 
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5. Evite a introdução prematura de tópicos novos – espere até que um tópico 
esteja terminado antes de iniciar outro. 
6. Impeça os membros de divagarem de um tópico para outro; com tato, dirija-os 
de volta para o ponto em discussão. 
7. Não permita a qualquer um dominar muito a discussão. 
8. Estimule contribuição de todos. 
9. Use o quadro-negro, blocos ou material distribuído. 
10. Resuma frequentemente as contribuições que se relacionem diretamente ou 
ajudem a discussão. 
11. Encerre cada tópico com uma conclusão definida. 
12. Continue resumindo a discussão no quadro-negro, caso tenda a tornar-se 
vaga. 
13. Esteja pronto para apresentar um comentário ou questão para reorientar a 
discussão se ela tende a ficar em um "beco sem saída". 
Conclua a discussão 
1. Resuma a discussão – use o resumo do quadro-negro, se foi feito. 
2. Aponte uma conclusão definida, mesmo que seja um compromisso – não es-
moreça simplesmente, deixando a discussão no ar. 
3. Expresse uma conclusão específica e definidamente. 
4. Registre as conclusões por escrito. 
5. Encerre o grupo – não os deixe escapar sorrateiramente (adaptado do livro 
Princípios Educacionais Aplicados ao Treinamento de Pessoal, de Thomas F. 
Staton, 1999).
Debates 
Para vencer um debate, o orador deverá estar munido de três qualidades indis-
pensáveis (além de uma boa causa, evidentemente): 
1. Preparo – O orador deverá abastecer-se do maior número de informações 
possíveis. Além daquelas que irá utilizar na sua argumentação, deverá prever e 
conhecer as que serão desenvolvidas pelo adversário, preparando com antece-
dência a sua refutação. 
2. Atenção – Por mais cuidadoso que seja o orador, nem sempre ele poderá pre-
ver com exatidão os rumos que serão tomados em um debate. Quando surgirem 
aspectos novos ou diferentes daqueles idealizados na preparação, o orador de-
verá colocar toda sua criatividade e imaginação para adaptar-se à nova circuns-
tância. Isto só ocorrerá se a atenção estiver concentrada no desenrolar de todos 
os pontos debatidos, observando e classificando por ordem de importância todos 
os argumentos. Um momento apenas de desatenção poderá colocar por terra o 
trabalho de longo tempo, e o que é mais importante, a vitória. 
3. Determinação – Por falar em vitória, o orador não poderá ter outro objetivo em 
sua mente. Fará tudo o que estiver ao seu alcance para vencer o seu adversário 
e tornar a sua causa vitoriosa. Utilizará todos os seus argumentos, toda a sua 
energia e toda a sua competência. Se for preciso, deverá gritar, chorar e implorar. 
Só a vitória, nenhum outro resultado interessará. Ao final, se for derrotado, sua 
consciência deverá possuir a tranquilidade de ter tentado todos os "recursos" 
legítimos à sua disposição. 
165© Estratégias Didáticas
Como argumentar 
1. Não misturar os argumentos quando forem de espécie diferente. A não obser-
vância desta regra confundirá e enfraquecerá a boa exposição. 
Coloque os argumentos pela ordem crescente de importância a partir do segun-
do: inicialmente, um bom argumento, não o melhor; em seguida, o mais fraco 
(desde que mereça ser incluído), aumentando a importância dos próximos; final-
mente, os melhores argumentos, cuja importância fosse conceituada em: fraco, 
razoável, bom, ótimo e excelente, colocaríamos na seguinte sequência: 
Argumento 1 – ótimo
Argumento 2 – fraco
Argumento 3 – razoável
Argumento 4 – bom
Argumento 5 – excelente
O argumento "fraco" não seria apresentado em primeiro lugar, para não correr 
o risco de causar má impressão logo no início. "É no início que preparamos o 
ânimo do ouvinte para o restante do discurso" (Cícero). O argumento "excelente" 
também não, porque os outros seriam enfraquecidos e pareceriam sem utilidade. 
2. Depois de analisar todos os argumentos, se você chegar à conclusão que 
somente um deles é forte e merece ser utilizado, prepare convenientemente o 
auditório para recebê-lo, valorize-o com os melhores recursos da oratória, afinal, 
é o único que possuímos e com a responsabilidade de dar a vitória. 
3. Se, ao final, você chegar à conclusão que todos serão fracos e sem boa base 
de sustentação, coloque-os todos ao mesmo tempo, como se fosse uma rajada, 
para tentar compensar a falta de qualidade pela quantidade. 
4. Os argumentos não deverão ser tão numerosos para que o auditório não fique 
confuso e sem condições de avaliá-los convenientemente. 
5. Um bom argumento desenvolvido além do tempo considerado normal para a 
sua apresentação terá o seu valor diminuído e retirará a boa resistência física e 
emocional do orador. 
Como refutar 
Mesmo quando o orador está expondo e não houver uma refutação explícita, 
este deverá prever as dúvidas que poderiam estar pairando nos ouvintes e refu-
tá-las. Isso significa que sempre haverá a refutação. Podemos refutar: 
1. Os fatos – Examiná-los e tentar provar que são falsos ou colocar dúvidas 
quanto à sua autenticidade. 
2. Os argumentos – Demonstrar que os princípios são falsos e que as conclusões 
se revestem de forças que não lhe são próprias. 
3. As doutrinas – Demonstrar que foram concebidas por meio de erros e bases 
preconceituosas. Em seguida, apresentar, de forma clara e objetiva, a boa dou-
trina. 
4. Os depoimentos – Verificar as contradições, o comportamento parcial das 
testemunhas, a conduta sem critério de quem julga e desmascarar os artifícios 
utilizados para arrancar os depoimentos. 
5. Os documentos – Provar a inutilidade e a falta de autenticidade dos documen-
tos apresentados. Demonstrar que houve rasuras e que foram inseridos itens 
que comprometem o original. 
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6. Comparar com outras obras do mesmo autor e apontar as divergências exis-
tentes quanto à forma, estilo etc. (adaptado do livro Como Falar corretamente e 
sem inibições, de Reinaldo Polito, 1997).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9. APRESENTAÇÕES EM POWERPOINT OU RETRO-
PROJETOR
A seguir, explicitamos quatro pontos chaves para se lembrar 
quando estiver desenhando slides de sua apresentação em Power-
point ou em transparência para retroprojetor:
1) Cor: quando possível, utilize cor nos seus visuais. Cor 
atrai atenção, adiciona vitalidade e aumenta a dispo-
sição das pessoas para prestar atenção. Mantenha seu 
esquema e desenho geral de cores consistente durante 
toda a sua apresentação. A cor de fundo, estilo de fonte, 
cores e logo devem ser os mesmos durante toda a apre-
sentação. 
2) Simplicidade: visuais devem ser fáceis de serem lidos 
e absorvidos. Siga a regra de "um conceito por visual" 
e tente não utilizar mais do que três bullets por slide. 
Considere colocar tanto texto no seu slide quanto você 
colocaria na sua camiseta. E lembre-se sempre: fale mais 
do que você mostra. 
3) Equilíbrio: desenhe seus visuais para ajudar os ouvintes 
a seguirem suas tendências naturais: palavras e frases 
devem ser lidas da direita para a esquerda e de cima 
para baixo, como a audiência está acostumada a ver. Uti-
lize setas e outros sinais visuais para ajudar a guiar sua 
audiência por meio do visual. 
4) Avaliação: coloque no lugar da sua audiência: quando 
estiver avaliando seus visuais antes da apresentação, 
faça a você mesmo as seguintes questões: 
a) O visual é fácil de ser compreendido de cinco a oito 
segundos (o tempo médio de atenção de um adul-
to)? 
b) Está claro quando os olhos verem o slide o que o 
ouvinte deve olhar primeiro?
167© Estratégias Didáticas
c) O visual segura a atenção e apoiao ponto chave de 
sua mensagem? 
Se você respondeu "sim" para essas questões, você está a 
caminho para aumentar a retenção da sua audiência – e você será 
43% mais persuasivo no processo!
Seis dicas de apresentações interessantes
Apresentações em Powerpoint têm se tornado uma parte 
essencial de apresentações de negócio porque as pessoas guar-
dam o material mesmo depois da conferência ou da reunião. Siga 
estas seis orientações para a preparação dos seus slides, a fim de 
garantir sucesso na sua apresentação:
1) Ofereça informação concisa. Como em qualquer ele-
mento da apresentação, mantenha a sua informação 
simples e centrada no assunto. 
2) Faça cópias de boa qualidade. Faça cópias claras do seu 
material de apoio. 
3) Utilize espaços em branco. Deixe espaço em branco nas 
margens ou entre as sentenças ou parágrafos de for-
ma que os olhos possam pousar confortavelmente e as 
mãos fazerem anotações. Resista à tentação de colocar 
um monte de textos nas páginas. 
4) Escolha tipos simples e de fácil leitura. Nada atrapalha 
mais a sua mensagem do que uma fonte ilegível. Fon-
tes acrescentam muito para a sua apresentação, mas a 
fonte errada pode destruí-la. Uma fonte clara seria a do 
tipo "Times" para ter um melhor resultado. Tenha certe-
za que o tamanho seja, pelo menos, 12 ou maior. Se os 
leitores tiverem de lutar com uma fonte pequena e difícil 
de ler, você perderá o interesse deles imediatamente. 
5) Utilize elementos gráficos. Organize as informações den-
sas em ilustrações, quadros e diagramas quando possí-
vel. Desde que nos tornamos uma sociedade infográfi-
ca, é importante utilizá-los para ajudar a contar a sua 
história. Se você não tiver um programa de computador 
para ajudá-lo a criar e projetar esses tipos de imagens, 
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consiga um Powerpoint e outros softwares de apresen-
tação que têm dispositivos para criar elementos visuais 
muitos úteis. 
6) Faça quadros e diagramas coloridos, mas seja cuidado-
so. Cores podem ser um modo excelente para destacar 
os elementos essenciais da sua apresentação, mas não 
exagere. 
Orientações sobre o uso do retroprojetor e das transparências
Vale destacar que o material de comunicação visual serve 
para dar um "suporte" ao apresentador, e não para "substituí-lo", 
devendo apresentar:
Visibilidade 
Tudo o que for bem apresentado facilitará a compreensão 
da audiência. 
a) O tamanho mínimo das letras impressas nas transparên-
cias deve ser tamanho 16. 
b) A transparência deve ter, no máximo, dois tipos. 
c) A imagem deve ser legível em qualquer lugar da sala. 
Clareza 
As transparências apresentadas devem ser de fácil compre-
ensão ao primeiro olhar, sem a ajuda específica do apresentador. 
Simplicidade 
Evite o excesso de palavras. A audiência envolvida na leitura 
não prestará atenção no que o apresentador estiver falando. 
Se tal transparência for necessária, deixe a audiência ler sem 
interrupção. Depois, remova a transparência e reassuma a apre-
sentação. 
a) Limite o visual com apenas uma ideia exposta. 
b) Limite as ilustrações a uma ou duas apenas.
169© Estratégias Didáticas
c) Limite 7 palavras por linha 
d) Limite, no máximo, 10 linhas por transparência. 
e) Utilize símbolos e abreviações. 
f) Anote informações na moldura. Todas as transparências 
devem ser emolduradas. 
Controle
Esteja apto a acrescentar ou cancelar informações, projetá-
-las ou retirá-las a seu critério. 
a) Faça uso do interruptor "liga-desliga" do retroprojetor. 
Quando quiser dar ênfase a um tópico específico que 
está sendo discutido, ligue o retroprojetor. Toda a aten-
ção da audiência será dirigida para a tela. Quando quiser 
atenção voltada totalmente para você, desligue o retro-
projetor. O uso do interruptor, quando usado com habi-
lidade, faz que a audiência se mantenha sempre alerta. 
b) Use a técnica de revelação. Coloque um papel sobre a 
transparência a ser projetada; exponha item por item, 
puxando-a gradativamente. Dessa forma, sempre have-
rá maior expectativa do próximo assunto a ser revelado. 
c) Escreva na transparência. Acrescente informações como: 
"últimos dados", ou grife pontos importantes, utilizando 
as canetas especiais. Isso fará que haja maior relaciona-
mento com a audiência. 
Use a cor seletivamente
a) Faça uso de cores, dando vida às apresentações e desta-
cando pontos importantes. Cuidado: esteja certo de que 
a parte colorida é a informação principal e não a secun-
dária. Os olhos se fixarão mais onde estiver realçado. 
b) Use sempre uma variedade de cor em cada apresenta-
ção, tornado-a, dessa forma, mais dinâmica e interes-
sante. 
Posições corretas do retroprojetor e da tela de projeção 
Antes da reunião, verifique: 
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a) Se a tela de projeção está colocada no canto da sala, ofe-
recendo o máximo de visibilidade à audiência. 
b) Se a tela está inclinada num ângulo de 30°; para evitar 
distorções, modifique a inclinação da tela. 
c) Apesar de o retroprojetor ser recomendado para uso em 
salas iluminadas, não é aconselhável que a luz incida di-
retamente sobre a tela. 
d) Certifique-se de que a imagem projetada está comple-
tamente dentro da tela. Ajuste-a utilizando o botão de 
foco ou aproximando o retroprojetor da tela. 
e) Esteja preparado. Tenha sempre uma lâmpada sobressa-
lente à sua disposição. 
Colocação da transparência 
a) Coloque corretamente a transparência a ser projetada 
na superfície do retroprojetor. 
b) Coloque a transparência sobre o retroprojetor antes de 
ligá-lo e retire-a após ter desligado o aparelho. 
c) Após a apresentação, desligue o retroprojetor. Esteja 
certo de não ter esquecido nada sobre o aparelho. 
d) Use um lápis ou uma caneta como indicador sobre a 
transparência. Não aponte o assunto em pauta na tela. 
Mantenha os olhos em contato com a audiência, colo-
cando o lápis ou a caneta no ponto em questão. A som-
bra do lápis ou caneta será vista na tela, dirigindo a aten-
ção da audiência para o lugar desejado. 
e) Quando estiver discutindo sobre catálogos, brochuras, 
revistas etc., apresente, primeiro, as transparências e 
depois passe as amostras à audiência, evitando, assim, 
possíveis distrações dos participantes. 
Diagramas para salas de reuniões com os arranjos para a 
instalação do retroprojetor e da tela de projeção
As salas de reuniões ou conferências são de diferentes tama-
nhos e modelos, e o sucesso destas depende, geralmente, do tipo 
de móveis que você tem e de como arranjá-los. 
171© Estratégias Didáticas
a) Arranjo Tipo "U": para reuniões cujo objetivo seja o de-
bate, este é o melhor arranjo, pois todos podem ver-se, 
facilitando a discussão, a interação do grupo e compor-
tando um grupo de até 20 pessoas.
b) Arranjo Tipo Sala de Aula: ideal para grupos com muitos 
participantes e sessões longas, desde que não haja con-
dições para arranjos Tipo "U". Para este arranjo não há 
limite de audiência; é geralmente indicado para aulas e 
treinamento de vendas. O arranjo das mesas em forma 
de espinha, com mesas de 60cm de largura, permite aos 
participantes contato visual e espaço para os trabalhos. 
c) Arranjo com Mesa Central: esse é um arranjo que via-
biliza discussões, pode ser usado em salas pequenas e 
para um grupo de 6 a 12 pessoas. 
d) Arranjo Tipo Auditório: muito eficiente para grandes 
grupos, pois o arranjo dos assentos fica mais compac-
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172
to que o do tipo Sala de Aula. Este arranjo desencoraja 
discussões e a interação do grupo. Esteja certo de que 
a tela seja suficientemente ampla e claramente visível 
para todos. 
10. TEXTO COMPLEMENTAR
Nesta unidade, você conheceu o termo "ensinagem". Obser-
ve, a seguir, o que diz Léa da Graças Camargos Anastasiou em seu 
artigo Ensinar, Aprender, Apreender e Processos de Ensinagem, no 
qual ela trabalha o aspecto conceitual do termo e seu surgimento.
Ensinar, Aprender, Apreender e Processos de Ensinagem ––
O termo ensinagem, usadoentão para indicar uma prática social complexa efe-
tivada entre os sujeitos, professor e aluno, englobando tanto ação de ensinar 
quanto a de apreender, em processo contratual, de parceria deliberada e cons-
ciente para o enfrentamento na construção do conhecimento escolar, resultante 
de ações efetivadas na, e fora da, sala de aula. Trata-se de uma ação de ensino 
da qual resulta a aprendizagem do estudante, superando o simples dizer do con-
teúdo por parte do professor, pois é sabido que na aula tradicional, que se encer-
ra numa simples exposição de tópicos, somente há garantia da citada exposição, 
e nada se pode afirmar acerca da apreensão do conteúdo pelo aluno. Nessa su-
peração da exposição tradicional, como única forma de explicitar os conteúdos, 
é que se inserem as estratégias de ensinagem. [...] Na ensinagem, o processo 
de ensinar e apreender exige um clima de trabalho tal que se possa saborear o 
conhecimento em questão. O sabor é percebido pelos alunos, quando o docente 
ensina determinada área que também saboreia, na lida cotidiana profissional e/
ou na pesquisa e socializado com seus parceiros na sala de aula. Para isso, o sa-
ber inclui um saber quê, um saber como, um saber porque e um saber para quê. 
Nesse processo, o envolvimento dos sujeitos, em sua totalidade, é fundamental. 
Além do 'o quê' e o do 'como' pela ensinagem deve-se possibilitar o pensar, situ-
ação onde cada aluno possa re-elaborar as relações dos conteúdos, através dos 
aspectos que se determinam e se condicionam mutuamente, numa ação conjun-
ta do professor e dos alunos, com ações e níveis de responsabilidades próprias 
e específicas, explicitadas com clareza nas estratégias selecionadas. 
Anastasiou esclarece sobre a importância do professor como aquele que conduz 
o processo de ensinagem, enfatiza a necessidade de mediação docente para 
que se efetive a aprendizagem. Veja abaixo o que ela afirma:
Assim, propõe-se uma unidade dialética processual, na qual o pa-
pel condutor do professor e a auto-atividade do aluno se efetivem 
em dupla mão, num ensino que provoque a aprendizagem, através 
das tarefas contínuas dos sujeitos, de tal forma que o processo 
interligue o aluno ao objeto de estudo e os coloque frente a frente. 
Nesse contexto, é fundamental a mediação docente, que prepara 
173© Estratégias Didáticas
e dirige as atividades e as ações necessárias e buscadas nas es-
tratégias selecionadas, levando os alunos ao desenvolvimento de 
processos de mobilização, construção e elaboração da síntese do 
conhecimento (Vasconcelos, 1996). Situamos, assim, as estraté-
gias como ferramentas de trabalho, definidas pelos docentes e/ou 
pelo contrato didático, estabelecido no início do ano ou semestre, 
fase, módulo, etc. Como a aprendizagem exige a compreensão e 
apreensão do conteúdo pelo aluno, é essencial a construção de 
um conjunto relacional, de uma rede, de um sistema, onde o novo 
conhecimento apreendido pelo aluno amplia ou modifica o sistema 
inicial, a cada contato. Quando isso ocorre, a visão sincrética, ini-
cial, caótica e não elaborada, que o aluno trazia inicialmente, pode 
ser superada e re-elaborada numa síntese qualitativamente supe-
rior, através da análise via metodologia dialética (ANASTASIOU e 
ALVES, 2005).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
11. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu 
desempenho no estudo desta unidade:
1) Defina o conceito de "ensinagem" e diga em que ele difere do conceito de 
"processo ensino-aprendizagem.
2) Quais os três momentos fundamentais do método dialético de ensino? Faça 
uma síntese sobre cada um deles.
3) Quais são as categorias apontadas por Vasconcellos (1994) para definir a 
escolha das estratégias para o momento de construção do conhecimento?
4) Estabeleça as diferenças entre os conceitos de "estratégias", "técnicas" e 
"dinâmicas"?
5) Defina o termo "estratégia" estabelecido por Anastasiou (2005).
6) Conceitue e faça uma explanação sobre a metodologia dialética.
7) Quais são as operações de pensamento, bem como seus conceitos e rela-
ções segundo Raths et al. (1977)? O que são operações de pensamento?
8) Relacione algumas estratégias que auxiliarão você em sua prática pedagó-
gica e, depois, escolha três que você considere essenciais para otimizar o 
trabalho didático. Justifique o porquê da sua escolha.
9) Como o professor poderá fazer a escolha da estratégia mais adequada a 
cada situação didática?
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12. CONSIDERAÇÕES
A aprendizagem ocorre quando o aluno participa ativamen-
te do processo de reconstrução do conhecimento, aplicando seus 
esquemas operatórios de pensamento aos conteúdos estudados. 
Por isso, a aprendizagem supõe atividade mental, pois aprender é 
agir, e operar mentalmente é pensar, refletir.
Assim, a estratégia didática mais adequada à aprendizagem 
de um determinado conteúdo é aquela que ajuda o aluno a in-
corporar os novos conhecimentos de forma ativa, compreensiva e 
construtiva, estimulando as operações do pensamento. Para que a 
aprendizagem se torne mais efetiva, é preciso substituir, nas aulas, 
as tarefas mecânicas que apelam para a repetição e a memoriza-
ção por tarefas que exijam dos alunos a execução de operações 
mentais.
Nessa perspectiva, a função do professor é coordenar e facilitar 
o processo de reconstrução do conhecimento por parte do aluno:
•	 apresentando situações desafiadoras que acionem as 
operações de pensamento;
•	 dialogando e dando explicações claras;
•	 criando condições para que a pesquisa, a manipulação e a 
experimentação se realizem.
A aprendizagem será mais eficiente, isto é, mais significativa 
e duradoura, se o aluno puder construir o objeto do ensino por 
meio de sua atividade mental.
A aprendizagem será mais significativa se o ensino basear-se 
nas experiências, vivências e conhecimentos anteriores dos alunos.
No decorrer desta unidade, tentamos auxiliar você, educa-
dor, a refletir sobre a prática docente. Em nenhum momento tive-
mos a pretensão de lhe oferecer uma receita do "como fazer", pois 
sabemos que isso seria impossível diante da complexidade que é o 
universo da sala de aula.
175© Estratégias Didáticas
Acreditamos que o professor deve ter perante a didática 
uma atitude crítica. Por isso, deve refletir sobre a melhor forma de 
ajudar seus alunos no processo de reconstrução do conhecimento 
e sobre a eficácia de sua ação didática, expressa nos resultados 
das situações de aprendizagem. Ou seja, o que se deseja é que a 
ação docente seja analisada e repensada por meio de um processo 
contínuo de investigação e reflexão sobre a prática.
Esperamos ter contribuído para isso!
13. E-REFERÊNCIAS
ANASTASIOU, L. G. C. Ensinar, aprender, apreender e processos de ensinagem. Disponível 
em: <http://eventos.unipampa.edu.br/seminariodocente/files/2011/03/Oficina-10-
Estrat%C3%A9gias-metodol%C3%B3gicas.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2012a.
______. Interface: comunicação, saúde, educação. Disponível em: <http://www.scielo.
br/scielo.php?pid=S141432832009000300012&script=sci_arttext>. Acesso em: 12 jul. 
2012b.
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANASTASIOU, L. G. C.; ALVES, L. P. A. (Orgs.). Processos de ensinagem na universidade: 
pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2005.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. 
KARLING, A. A. A didática necessária. São Paulo: IBRASA, 1991.
RATHS, L. E. et al. Ensinar a pensar. 2. ed. São Paulo: EPU, 1977.
RODRIGUES, L. P.; MOURA, L. S.; TESTA, E. O tradicional e o moderno quanto à didática no 
ensino superior. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v. 4, n. 3, Jul. 2011. 
STATON, T. F. Princípios educacionais aplicados ao treinamento de pessoal. São Paulo: 
McGraw Hill do Brasil Ltda, 1999.
POLITO, R. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva, 1997. 
VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em sala de aula. 12. ed. São Paulo: 
Liberdad, 2002.

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