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Direito processual do trabalho II 1ª aula - 24/08/2020 Revisão: protocolada a RT, ela é distribuída automaticamente para uma VT, ao chegar na VT, automaticamente é expedida uma notificação para o reclamado, para que ele tome conhecimento do processo contra ele. Após isso, existe a audiência (no proc. Sumaríssimo – audiência una. No proc. Ordinário – recomenda-se que ela seja contínua – salvo algumas exceções) A audiência se inicia com a primeira tentativa de conciliação, caso não seja efetuada, o juiz irá receber a defesa do réu (que poderá ser feita escrita e protocolada no sistema [PJE] ou oralmente no prazo de 20 min. Após o recebimento da defesa, o juiz abre um prazo para que o reclamante se manifeste sobre a defesa do réu, principalmente a respeito dos documentos (não existe previsão legal se isso será feito oralmente ou por escrito; mas como costuma ser em audiências, é comum que se faça no prazo de 10 minutos – também é chamado de réplica). Após o primeiro momento, inicia-se dentro da audiência a fase de instrução, que começa com a oitiva das partes, primeiro o reclamante é ouvido, depois o reclamado, em seguida, a oitiva das testemunhas (primeiro do reclamante, posteriormente as do reclamado). Após toda a instrução probatória (oitiva de testemunhas, prova pericial, resultado de pericia e etc.), o juiz abre prazo para as razões finais que são feitas oralmente no prazo de 10 minutos, e por fim, após as razões finais, existe a segunda tentativa de conciliação, se não houver acordo, o juiz prolatará a sentença. A sentença tem 3 partes essenciais/obrigatórias. – o relatório – que possui o nome das partes, o resumo do pedido, resumo da defesa, a apreciação das provas que foram produzidas. – a fundamentação – onde o juiz vai apreciar as provas e fundamentar a sua decisão. - conclusão – dispositivo da sentença, resumo da sentença (ex.: por todo exposto, condeno a empresa XXXX, julgo o processo parcialmente procedente a pagar o YYYY...) – diz que o foi deferido e indeferido. O juiz deve designar expressamente o prazo e as condições para o cumprimento da decisão, também precisa determinar o valor das custas que serão pagas pela parte vencida. Em se tratando de sentença condenatória ou homologatória de acordo, o juiz também precisa dizer a natureza das verbas deferidas, se as verbas têm natureza salarial ou indenizatórias, uma vez que sob as verbas com natureza salarial, incide o INSS, sobre as verbas com natureza indenizatórias não cabe INSS. Tudo isso ficará na parte dispositiva da sentença, esta que faz coisa julgada – torna a matéria imutável – após todos os recursos se torna indiscutível. Sentença – Relatório/ Fundamentação/Dispositivo • Art. 832, CLT: “Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e de defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão” §1º Prazo e condições para o seu cumprimento. §2º Mencionará as custas que devam ser pagas. §3º As decisões cognitivas ou homologatórias deverão indicar a natureza jurídica das parcelas da condenação ou acordo. E o limite de responsabilidade de cada parte pelo INSS. Obs.: após a sentença inicia-se a fase recursal do processo. Diante da decisão, as partes têm o direito de recorrer para ter a decisão reformada. → Recursos Trabalhistas: 1. Conceito: Meio processual assegurado as partes, MPT e terceiro interessado para que possa ter uma decisão que lhe foi desfavorável reapreciada por uma instância superior, objetivando a reforma total ou parcial. 2. Natureza jurídica: Prolongamento do exercício de direito de ação. não existe processo que comece com um recurso, só há recurso quando já há um processo em trâmite. Não é uma nova ação, não é direito autônomo e não é cabível a qualquer pessoa. 3. Fundamentos: Inconformismo; falha humana; aprimoramento das decisões. Ex.: numa RT em que o reclamante pedia horas extras, verbas rescisórias de 5 mil e dano moral. A empresa contestou, ao receber a notificação citatória, dizendo que o reclamante fazia horas extras conforme folha de ponto e lhe eram pagas, conforme contracheque; verbas rescisórias - foram pagas, conforme recebido; dano moral – indevido. Sentença: apesar da empresa ter comprovado o pagamento de 8 horas extras mensais, ainda faltam o pagamento de 2HE. As verbas rescisórias, julgo improcedente. Dano moral improcedente. - dessa forma, temos uma sentença parcialmente procedente, sendo assim, o reclamante pode recorrer. - o mesmo acontece, p.ex. com a empresa, que pode ter comprovado o pagamento de todas as HE, no entanto o juiz ainda cobrou 2HE. Nesta situação, ambas as partes encontram razões para recorrer e obter aprimoramento da decisão. 4. Espécies: RO – Recurso ordinário RR – Recurso de revista ED – Embargos de declaração ETST – Embargos ao TST AP – Agravo de petição AI – Agravo de instrumento AGRAVO → ordem dos recursos Sentença ↓ RO ↓ RR ↓ ETST Obs.: em se tratando de matéria coletiva serão julgados pela SDC. Existe uma sentença já na fase de execução chamada de SENTENÇA NA EXECUÇÃO – não é mais sentença que analisa o mérito do processo – é sentença após o trânsito em julgado – só cabe agravo de petição – Sendo assim, cabe recursos tanto na fase de conhecimento, como na fase de execução. Sentença na execução ↓ Agravo de Petição (do acordão que julga o AP caberá RR) ↓ RR julgado pelo TST ↓ ETST → recursos trabalhistas: ● agravo de instrumento: Serve para recurso trancado. Leva de um tribunal para outro. Destrancar recurso que está paralisado no juízo aquo, para que ele seja analisado pelo órgão competente (juízo ad quem) – tem essa única finalidade, em razão do princípio do colegiado – que é o direito de ter uma decisão revisada por órgão colegiado. Cabe agravo de instrumento para destrancar um recurso que ficou preso no juízo aquo, para que ele seja levado de um tribunal para o outro, para que ele seja julgado, em razão do principio do colegiado. Da sentença de mérito proferida pelo juiz do 1º grau (VT) cabe recurso ordinário, que será julgado pelo o TRT Do acordão proferido pelo TRT ao julgar o RO, caberá RR – que será julgado pelo TST. (por uma de suas turmas) Do acordão em RR caberá Embargos ao TST – que também será julgado pelo TST – pela sessão de dissídios individuais. Obs.: o TST julga o recurso proferido pelo próprio TST, uma vez que tem estrutura interna – subdividido em turmas, SDI e SDC – 8 turmas. Julgado pelo TRT p.ex. a sentença foi proferida e o reclamante, insatisfeito, interpôs recurso ordinário. Ao analisar o RO do reclamante, o juiz do 1º grau entendeu que não estavam presentes todos os requisitos recursais, sendo assim, o juiz não recebe o recurso (também não notifica a parte contrária e não encaminha para o TRT), portanto, o recurso está trancado na VT. Contra a decisão do juiz que negou seguimento ao RO cabe agravo de instrumento, que irá possibilitar que o recurso seja analisado pelo TRT em razão do princípio do colegiado. Art. 900, CLT: “Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, em prazo igual ao que tiver tido o recorrente”. Após do juiz da VT (juízo aquo) receber a interposição do RO, faz o primeiro juízo de admissibilidade, se os requisitos forem preenchidos, ele recebe o recurso e notifica a parte contrária para se manifestar sobre o recurso (art. 900, CLT) – se o recurso é do reclamante, as contrarrazões será do reclamado– em seguida, o juiz vai encaminhar para julgamento no TRT – no TRT é feito o segundo juízo de admissibilidade (se os desembargadores entenderem que os requisitos estão preenchidos, irão conhecer o recurso e ele será julgado) Obs.: diferente do processo civil, no proc. Do trabalho ele não serve para impugnar decisões interlocutórias. - Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias • Art. 893, § 1º, CLT: “Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. As sentenças interlocutórias são irrecorríveis de imediato com exceções. Exceção.1: Exceção de incompetência. Obs.: a sentença é proferida da VT. O RO cabe ao TRT – o RO será protocolado na VT (onde será feito o 1º juízo de admissibilidade, no prazo de 8 dias), posteriormente ele será encaminhado para julgamento do TRT (há uma dupla petição – mas é uma só peça, uma só petição – mas primeiro, “nas primeiras duas paginazinhas do recurso” há a chamada de petição de interposição, onde é posto todos os requisitos recursais que serão analisados, logo em seguida são postos os fundamentos do recurso (que são analisados no TRT). O acordão do RO – julgado pelo TRT – cabe RR – que será julgado pelas turmas do TST O RR será protocolado pelo juízo que proferiu a decisão – pelo TRT – que faz o primeiro juízo de admissibilidade – e em seguida será encaminhado para turma do TST que fará o julgamento. ● agravo interno ou regimental: ex.: foi proferida uma sentença pelo juízo de 1º grau, inconformada, a empresa resolveu recorrer. – depois do primeiro juízo de admissibilidade – o processo será encaminhado para o TRT, chegando lá, será distribuído para um relator, se os requisitos estiverem preenchidos, o relator conhece o recurso e o manda para julgamento e quem julga será uma das turmas do TRT. Agora outra situação, o reclamado protocolou o RO na VT, onde foi feito o primeiro juízo de admissibilidade, os requisitos estavam todos presentes, a parte contrária foi notificada para apresentação de contrarrazões e encaminhou tudo para o TRT. Quando o RO chegou nas mãos do relator e ele foi fazer o segundo juízo de admissibilidade, e este entendeu que os requisitos não estavam completos, portanto, não conheceu o recurso. Nesse caso, o recurso fica trancado, mas dessa vez, no juízo ad quem (diferente de ficar trancado no juízo aquo, onde se usará o agravo de instrumento) – para impugnar essa decisão, cabe o agravo – chamado de agravo, agravo interno, agravo regimental ou agravinho – que tem como objetivo destrancar o recurso para que ele seja analisado pelo órgão colegiado quando este for trancado já no órgão competente pelo seu julgamento. ● embargos de declaração: São cabíveis no processo do trabalho para impugnar toda e qualquer decisão que contenha vícios de omissão, contradição, obscuridade ou erro material. Aula 2 – 31/08/2020 ● efeitos dos recursos no processo trabalhista: → Efeito devolutivo: Art. 899, CLT: “Os recursos serão interpostos por simples petição (diferente da petição inicial, não tem requisitos formais a serem preenchidos, portanto uma simples petição que atenda os requisitos de admissibilidade, será aceita) e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução, permitida a execução provisória até a penhora.” O que é efeito devolutivo? É a devolução da matéria para que ela seja reanalisada numa instância superior. Obs.: os recursos trabalhistas são dotados, em regra, de efeito devolutivo, dessa forma, não possuem efeito suspensivo. Ex.: foi proferida uma sentença de primeiro grau, onde cabe RO. O reclamado protocolou o RO – que tem efeito devolutivo – “pega a matéria que foi analisada pelo juiz de 1º grau e devolve para análise na instância superior” – o processo não é suspenso, portanto é permitida a execução provisória, isso quer dizer que, enquanto o RO é analisado no TRT, enquanto há análise nas instâncias superiores, o exequente interessado pode requerer a execução provisória (será feita a liquidação provisória e iniciarão os atos de penhora – o executado será notificado para garantir aquele juízo, ou seja, pagar o valor e deixar parado no processo até a decisão final, se ele não fizer isso, serão realizados atos de penhora – os valores ficarão bloqueados no processo na VT, aguardando todo o trâmite recursal, o trânsito em julgado da ação – após tudo isso, se inicia a execução definitiva. Obs.: na execução provisória só são realizados atos de penhora, de forma alguma serão realizados atos de expropriação – o exequente não recebe nada durante a execução provisória. É uma forma de efetivar a fase de execução. Os demais efeitos são exceções, podendo acontecer em situações específicas: ● efeito suspensivo – súmula 414, I, TST SÚMULA Nº 414 - MANDADO DE SEGURANÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (OU LIMINAR) CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. A primeira exceção onde pode ser pedido efeito suspensivo é no recurso ordinário, a requerimento da parte interessada, através de pedido de tutela cautelar (sum. 414, I,III, TST) p.ex. foi publicada uma sentença procedente do reclamado contra empresa, dessa sentença cabe recurso ordinário. Essa empresa está passando por um momento difícil e se desfazendo de alguns bens. O reclamante pode requerer a execução provisória. A empresa, por sua vez, ao receber a sentença, quer proteger os seus bens, devido ao momento difícil que está passando. O advogado da empresa, no momento de interpor o recurso, vai requerer através de uma tutela cautelar (vai fazer o RO e colocar uma preliminar com pedido de tutela cautelar) pedindo o efeito suspensivo – ou seja, para que o recurso tenha efeito suspensivo, precisa ser requerido pela parte interessada, justificadamente, que pode ser dado ou não pelo tribunal (se for concedido, suspende-se todo o trâmite processual, não pode mais haver execução provisória, analisa- se os recursos, por fim, terá a decisão definitiva) Se não for concedido o efeito suspensivo, os desembargadores receberão o recurso somente com efeito devolutivo. A segunda exceção, acontece quando o processo for de natureza coletiva. – do recurso ordinário contra sentença normativa, com efeito suspensivo pelo prazo de 120 dias, dado a critério do presidente do TST – Lei 7.701/88 e Lei 10.192/2001 p.ex. há sindicato dos empregados e sindicato dos empregadores, que em comum acordo precisam fazer uma CCT para regular toda uma categoria. No caso desses dois sindicatos não chegarem num consenso em determinado assunto (o sindicato dos empregados quer aumentar o ticket de alimentação para 400 reais e o sindicato dos empregadores quer reduzir para 230) Esses dois sindicatos, em comum acordo, podem decidir interpor uma ação de procedimento especial chamada de Ação de Dissídio Coletivo – se os sindicatos forem da base territorial de um único TRT, esse TRT será competente para fazer o processo. Ao julgar esse processo, o TRT irá proferir uma sentença normativa e dessa sentença normativa cabe RO, que será julgado pelo TST – o presidente do TST pode conceder efeito suspensivo ao recurso ordinário interposto em face de sentença normativa prolatada pelo TRT – suspensão pelo prazode 120 dias. ● efeito substitutivo – art. 1008, CPC A decisão proferida pelo tribunal, substitui a decisão recorrida, no que tiver sido objeto do recurso. Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso. Não vai substituir tudo – a não ser que tudo tenha sido matéria de recurso e tudo tenha sido modificado. ● efeito translativo Está diretamente relacionado às questões de ordem pública, que podem ser reconhecidos de ofício, a qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição. Arts. 485, §3º e 337, §5º, CPC. § 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; § 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça Além dessas, os juízes também podem reconhecer de ofício a respeito de juros e correção monetária e honorários advocatícios. ● efeito regressivo É a possibilidade do juiz que proferiu a decisão, se retratar ou reconsiderar a decisão dada. Acontece em algumas hipóteses: → em caso de agravo de instrumento: p.ex. se tem a sentença, onde cabe um RO – foi protocolado o RO na VT, o juiz da VT negou seguimento ao recurso, por intempestividade – essa decisão é publicada. Contra essa decisão, cabe agravo de instrumento (p.ex. a empresa diz que a contagem do prazo foi feita de forma equivocada) – depois de protocolado o agravo de instrumento na VT, o juiz pode se retratar e receber o RO. Se o juiz não se retratar, ele recebe o agravo de instrumento, não reconsidera, vai notificar a parte contrária para se manifestar sobre o agravo de instrumento e sobre o RO. (agravo de instrumento – contraminuta de agravo de instrumento; RO – contrarrazões de RO) Primeiro o TRT vai julgar o agravo de instrumento – se o recurso merece provimento ou não. → em caso de recurso ordinário que: impugna sentença que julgou inépcia da petição inicial, art. 331, CPC; que extinguiu o processo sem resolução do mérito, art. 485, §7º; ou sentença que julgou improcedente os pedidos de forma antecipada, art. 332, §3º ● RECURSO ADESIVO: Súmula 283, TST RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. Cabe recurso adesivo somente em: recurso ordinário; recurso de revista; embargos ao TST; agravo de petição e recurso extraordinário. EX.: a empresa protocolou RO e o reclamante também – as duas partes recorreram. O TRT julgou e proferiu um acordão de RO – desse acordão cabe RR – a empresa perdeu o prazo e não protocolou o RR, mas o reclamante protocolou. O RR foi admitido e notificou a empresa para apresentar as contrarrazões. No mesmo prazo de apresentar as contrarrazões, a empresa pode protocolar um RR adesivo. – tudo vai para julgamento no TST. Obs. Quanto ao RR: Obs.1: matéria – não é a mesma, cada um vai impugnar a sua matéria. Obs.2: preparo – se for necessário o pagamento de custas processuais, depósito recursal ele será feito. Obs.3: desistência ou não recebimento – se houver desistência do recurso principal, ou se ele não for recebido, o recurso adesivo também não será analisado. Recurso adesivo é o recurso que está “colado” ao recurso principal. ● PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Primeiramente, é importante destacar que os recursos têm duplo juízo de admissibilidade (serão analisados pelo juízo aquo e ad quem) – será analisado a presença ou não dos pressupostos recursais. → pressupostos intrínsecos ou subjetivos Ligados a parte recorrente Legitimidade, art. 996, CPC. Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. Capacidade Interesse → pressupostos extrínsecos ou objetivos Ligados ao próprio ato de recorrer - Recorribilidade do ato – O ato a ser impugnado precisa ser recorrível (no proc. Do trabalho as decisões interlocutórias e os despachos não são recorríveis) - Adequação – a parte recorrente deve utilizar o recurso adequado. (na sentença cabe RO; do acordão do RO cabe RR e etc.) Se o recurso for protocolado errado, ele poderá ser conhecido, em razão do princípio da fungibilidade, desde que sejam preenchidos 3 requisitos (não pode haver erro grosseiro; precisa haver dúvidas de qual recurso é cabível; deve ser protocolado no mesmo prazo do recurso correto) - Tempestividade – os prazos dos recursos precisam ser obedecidos. Os recursos trabalhistas têm prazo de 8 dias. Com exceção dos Embargos de Declaração – 5 dias; Recurso extraordinário – 15 dias. Contados em dias uteis, excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. RO 8d RR 8d ED 5d ETST 8d AP 8d AI 8d Agravo 8d REXT 15 d Obs.1: art. 218, §4º, CPC – súmula 434, TST, cancelada. § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. obs.2: prazo para litisconsortes com procuradores distintos – o art. 229, CPC não se aplica ao processo do trabalho. – vide OJ 310, SDI 1, TST – litisconsortes com procuradores distintos, ainda que o processo seja físico, não têm prazo em dobro. Obs.3: prazo do MPT e Fazenda Pública – pessoas jurídicas de direito público (União, Estados, DF, municípios e suas respectivas autarquias e Fundações de direito público têm prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais (inclusive para recurso) a contar a partir da intimação pessoal. Obs.3.1: a Fazenda Pública tem prazo quádruplo para contestar. - Depósito recursal; - Custas; - Regularidade de representação. aula 3 – 14/09 CUSTAS: São valores regulados em lei cobrados para custear o processo. No Processo do Trabalho, existem 2 tipos de custas – custas do processo de conhecimento e custas da fase de execução. → custas na fase de execução: Quem deve as custas na fase de execução? São devidas pelo executado. Quanto? Por ato ( R$46,26) Art. 789-A, CLT. Quando? Ao final do processo, junto com o débito que vai ser pago ao exequente. Ex.: reclamado deve HE, dano moral, INSS, FGTS + custas, tudo será somado. (liquidação – totalidade de valores que vai ser pago ao reclamante – nessa fase, serão somados os valores devidos ao exequente + as custas, conforme tabela do art. 789-A. → custasna fase de conhecimento: (até o trânsito em julgado) Quem deve pagar as custas? Sempre o vencido, seja ele o reclamado ou o reclamante. Obs.: o reclamante é vencido quando ele não ganha NADA. O reclamado é vencido sempre que o reclamante ganha qualquer coisa que tenha pedido (ex.: RT com 10 pedidos e o juiz reconhece parcialmente apenas 1 – a parte vencida é o reclamado, este que deve as custas da fase de conhecimento) Quanto? 2% sobre o valor da condenação/acordo/valor da causa. Se não teve condenação – 2% do valor do acordo. Se não teve acordo – 2% do valor da causa. Mínimo: R$ 10,64 Máximo: 4x o teto dos benefícios do regime geral da previdência social. – aproximadamente 21 mil reais. Quando? No prazo do recurso ou após o trânsito em julgado. – em regra, será pago ao final, após o trânsito em julgado. Entretanto, se a parte vencida (quem deve as custas) deseja recorrer da sentença, ele precisará recolher e comprovar pagamento das custas no mesmo prazo do recurso. – Art. 789, § 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal. Complementação de custas: OJ 140, SDI 1.; Art. 1007, CPC. 140. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. DESERÇÃO. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido. → antes da OJ 140, TST, se a parte vencida quisesse recorrer, devesse R$ 200,50 de custas e, por erro, pagasse R$ 200, o recurso não seria conhecido, por deserção. Em razão do princípio da primazia da decisão de mérito e da alteração no art. 1007, CPC, em 2017 o TST editou a OJ 140 – ONDE DIZ QUE SOMENTE SERÁ CONSIDERADO DESERÇÃO DE RECURSO SE, NO PRAZO DE 5 DIAS, O RECORRENTE NÃO COMPLEMENTAR E COMPROVAR O VALOR. Obs.: se não for acordado de outra forma, as custas do acordo serão divididas em partes iguais – 1% para cada. Obs.2: custas no dissídio coletivo: recolhidas pelas partes vencidas. E em caso de acordo serão divididas em partes iguais – 1% para sindicato dos trabalhadores e 1% para sindicato dos empregadores – salvo se houver convenção em sentido contrário. Ex. 1: Sentença totalmente improcedente. O recorrente é vencido? Quanto? O processo está quitado? A parte vencida é o reclamante, que deverá recolher 2% sobre o valor da causa, que serão pagos após o trânsito em julgado, no final do processo. Se ele quiser recorrer, deverá recolher as custas no prazo do recurso. Ex. 2: Sentença parcialmente procedente com condenação de 10 mil > Recurso do Reclamante. O reclamante não recolhe custas, uma vez que ele ganhou (sentença parcialmente procedente) – quem recolhe custas é a empresa neste caso. Ex. 3: Sentença parcialmente procedente > Recurso do Reclamado. Se da mesma sentença, a empresa também quiser recorrer – ela recolhe custas no prazo recursal. – 2% da condenação, ou seja 2% de 10 mil. → a empresa entra no site do TST, OU BB OU CAIXA e emite uma guia de custas judiciais no valor de 200 reais, paga a guia e, junto com o recurso, no momento de protocolar, junta a guia e o comprovante. ● isentos dos recolhimentos de custas: Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: (Incluído pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; (Incluído pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) II – o Ministério Público do Trabalho – quando ele é parte. E a massa falida. Ex.: o reclamante tem uma sentença totalmente improcedente, mas tem o reconhecimento de justiça gratuita – ele pagaria 2% do valor da causa, mas como é beneficiário da justiça gratuita, não pagará custas. Obs.: salvo quando abusar, art. 844, §3º. ex.: quando o reclamante falta na audiência sem qualquer justificativa poderosa. (para que entre com um novo processo ele precisa pagar as custas e comprovar) Art. 844 - O não- comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não- comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. § 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda. Obs.: Súmula nº 86 do TST http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art790a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art790a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art790a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art790a DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 31 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. (primeira parte - ex- Súmula nº 86 - RA 69/78, DJ 26.09.1978; segunda parte - ex-OJ nº 31 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) A empresa em liquidação extrajudicial não está isenta de pagamento de custas – pois ainda não é massa falida. Entidades fiscalizadoras/As empresas públicas e sociedades de economia mista (entidades de administração pública indireta não são isentas de custas – pois possuem regime jurídico próprio de entidades privadas. ● DEPÓSITO RECURSAL: Tem natureza de garantia do juízo – garante uma futura execução. Ex.: ana entrou com processo contra carlos. Carlos foi condenado e quer recorrer – carlos deve depositar naquele processo uma parcela, que servirá futuramente para uma execução. Ana, se quiser recorrer, não precisa de depósito recursal. O reclamante não vai depositar um valor em que ele é credor! Quem deve fazer o depósito recursal é quem quer o recurso. – o reclamante nunca vai recolher depósito recursal. É devido pela parte reclamada, quando este for empregador ou tomador de serviços. → RECURSOS QUE EXIGEM DEPÓSITO RECURSAL: RO. RR. ETST. REXT. RO EM AÇÃO RESCISÓRIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO → QUANDO? No momento de interposição do recurso. → QUANTO SERÁ O DEPÓSITO RECURSAL? Depositará o valor da condenação, ainda não depositado. Até o limite do teto estabelecido pelo TST. ****** Atualmente – 2020 (Atualizado 1º de agosto de todo ano): o valor do teto estabelecido para RO é de R$ 10.059 reais e demais recursos é de R$ 20.118,30 Ex.: sentença – recurso reclamante e recurso reclamada. Ex.: sentença de procedência parcial que atribuiu condenação o valor de 50 mil. Nesse ex., o teto TST do RO vai ser de 5 mil e dos demais recursos, vai ser de 10 mil. Dessa sentença, cabe RO. Se for do reclamante ele precisa recolher custas? NÃO!!!!!!!!!!! E NEM DEPÓSITO RECURSAL. Pois ele não é o vencido e não tem obrigação de garantir o juízo. A reclamada precisa recolher custas (2% de 50 mil) e precisa comprovar o pagamento do depósito recursal, no momento do protocolo do RO (5 mil – RO – para garantir o juízo) – depositará o valor da condenação ainda não depositado (o valor da condenação foi 50 mil – ainda não foi depositado nenhum valor, portanto, depositará 5 mil – até o teto estabelecido pelo TST- o teto é 5 mil. Para empresa recorrer, ela vai comprovar o pagamento das custas (2% de 50 mil) edepositará o valor de 5 mil – que é o teto estabelecido pelo TST. O TRT julgou o RO e a empresa quer interpor um novo recurso – que será um Recurso de Revista – é preciso recolher custas? Não! As custas são devidas uma única vez. É necessário o pagamento de DEPÓSITO RECURSAL – que neste ex. será de 10 mil (depositará o valor da condenação, ainda não depositado, até o teto limite estabelecido pelo TST) Sendo assim, o valor da condenação não depositado até então é de 45 mil – depositará 10 mil! A turma do TST julgou o RR, publicou acordão – a empresa continua querendo recorrer – cabe embargos ao TST. Não cabe pagamento de custas, somente depósito recursal – depositará o valor da condenação até o teto estabelecido pelo TST – ela ainda não depositou 35 mil – agora depositará mais 10 mil. Dessa decisão, cabe Recurso Extraordinario, exige depósito recursal. Ex.2: se a condenação fosse de 10 mil reais? Para RO → deposita 5 mil. A empresa quer interpor RR → como já depositou 5 mil, resta 5 que ainda não foi depositado – a empresa paga mais 5 (pois é até o limite do teto) A empresa quer interpor embargos ao TST – quanto ainda vai pagar? Depositará o valor da condenação que ainda não foi depositado, até o limite do teto estabelecido pelo TST – a condenação foi 10 mil, e a empresa já depositou os 10 mil, portanto, os próximos recursos não precisarão de deposito recursal – juízo integralmente garantido. A empresa dirá no juízo de admissibilidade que “o depósito recursal encontra-se comprovado nos autos de fl. Tal e tal. Encontrando-se o juízo integralmente garantido, não sendo devido mais nenhum valor sobre tal título. ● Isentos do pagamento de depósito recursal: São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. ● depósito recursal do agravo de instrumento: Depositará o valor da condenação ainda não depositado até o limite do teto (50% do valor do depósito do recurso que quero destrancar). Ex.: foi proferida uma sentença parcialmente procedente, com condenação de 50 mil reais. Dessa sentença, cabe RO. E é a empresa quem vai recorrer. Por ser o primeiro recurso, a empresa vai recolher as custas. E também vai recolher o depósito recursal – o valor da condenação ainda não depositado, até o limite estabelecido pelo TST. No nosso ex. depositará 5 mil reais. A empresa protocolou o RO, no juízo que proferiu a decisão que está impugnando – VT – que faz a primeira análise dos pressupostos de admissibilidade – recebeu o recurso e notificou o reclamante para apresentar contrarrazões ao recurso ordinário do reclamado – e depois remete o processo para o TRT, que será distribuído por um relator, que fará a segunda análise dos pressupostos de admissibilidade, se todos estiverem ok, encaminha o recurso para uma das turmas. Ao analisar os p.a. a VT entendeu que não estavam todos presentes, que faltava tempestividade. E trancou o recurso. Dessa decisão proferida pelo juízo aquo cabe agravo de instrumento – precisa recolher custas? NÃO. Precisa recolher depósito recursal? SIM. Quanto? Depositará o valor da condenação (50 mil) ainda não depositado (45 mil) até o limite do teto (50% do valor do depósito do recurso que quero destrancar) Ou seja, o valor da condenação não depositada é 45 mil. O limite do teto do agravo de instrumento é 50% do valor do depósito do recurso que eu quero destrancar. O depósito do RO foi 5 mil, 50% de 5 mil é 2.500. – que é menor que 45, a empresa deposita 2.500 para que seu agravo de instrumento seja recebido. Se eu estivesse destrancando o RR – que teve o depósito de 10 mil, eu teria que depositar 5 mil (50% de 10 mil) ● REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO: ● Art. 791, CLT – jus postulandi. – possibilidade da parte atuar processualmente sem a presença de um advogado. • Sum. 425, TST; Sum. 383, TST. Regularidade formal: Recurso assinado. • OJ 120, SDI 1, TST. Princípio da primazia da decisão de mérito. SÚMULA Nº 425 - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. É possível interpor R.O pela parte sem a presença de advogado. – o requisito de regularidade de representação será preenchido com a assinatura de recurso em sua folha de interposição e em suas razoes ao final do recurso. O recurso trabalhista é composto por dupla petição – como era chamado – Primeira parte: interpondo o recurso, dirigido ao juízo que proferiu a decisão (onde é falado e destrinchado os p.a) Segunda parte – dirigida ao tribunal (onde é colocado as razoes recursais) É preciso ter assinatura no final da primeira parte e na segunda. A regularidade de representação quando a parte está sem adv, é atendida por essa assinatura do próprio recurso. Se a parte decidir interpor recurso por meio de um adv, ela precisa apresentar nos autos procuração formal. Para que um advogado represente a parte legalmente, precisa ter procuração nos autos. Recurso assinado por advogado sem procuração nos autos, é um recurso irregular e não será conhecido. Penalidade: não será conhecido. O recurso não será conhecido. Se for caso de contrarrazões elas serão desentranhadas do processo (como se não existissem) OBS.: QUANDO SE ESTÁ REPRESENTANDO EMPRESAS, NA PROCURACAO QUANDO SE FALA EM OUTORGANTE, PRECISA TER A RAZAO SOCIAL DA EMPRESA COM A QUALIFICACAO E O NOME DO REPRESENTANTE DA EMPRESA – QUALIFICACAO DE QUEM VAI ASSINAR. Ex.: empresa Telemar – razão social – telecomunicação do maranhão SA, CNPJ, localizada em end. Tal, REPRESENTADA POR NOME DO FULADO QUE NO CONTRATO SOCIAL TEM PODERES PARA ASSINAR PROCURAÇÕES, BRASILEIRO, CASADO... OUTORGADO – BIANCA OAB... NÃO É PRECISO JUNTAR com a procuração o contrato social, salvo se no momento das contrarrazões a parte contrária impugnar a procuração, alegando que a pessoa que assinou não tinha poderes para tal. Princípio da primazia da decisão de mérito. É dada a parte a oportunidade de sanar o erro em razão da primazia da decisão de mérito. Se p.ex. houver erro na procuração. O juiz notifica a parte para que ela sane o erro no prazo de 5 dias, se não o for feito, o recurso não será conhecido - OJ 120 SDI-1. Ao advogado é possivel a interposição do recurso sem procuração, e ele terá o prazo de 5 dias para juntar a procuração – que pode ser dilatado por mais 5 dias a critério do juiz. – ele deve sinalizar que vai juntar a procuração no prazo de 5 dias. • Art. 104, CPC Juntar documentos na fase recursal – é possivel juntar novos documentos na fase recursal (junto com interposição de recurso), em caráter de exceção, justificado em: 1. Justo impedimento – para juntar documento em momento correto; 2. Fato posterior – em ocorrência de fato posterior à sentença. • Sum. 8, TST. aula 4 – 21/09 Recurso ordinário ● art. 895, CLT. Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. (Incluído pela Lei nº 11.925,de 2009). ● HIPÓTESES DE CABIMENTO: 1) Atacar sentenças de 1º grau: Sentença → recurso ordinário Obs.: cabe tanto para sentença definitiva, quanto para sentença terminativa. - sentença terminativa: aquela que extingue o processo sem resolução do mérito. Art. 485, CPC Ex.: arquivamento da ação por ausência do reclamante. - sentença definitiva – aquelas que analisam efetivamente o mérito da causa. Dão provimento parcial, total, ou totalmente improcedente. 2. de decisão do TRT em uma ação de sua competência originária: TRT (decisão em ação de competência originaria) → recurso ordinário O processo começa no TRT. (Ex.: HC, HD, MS, Ação rescisória – e dissídio coletivo) • Ação rescisória: ação que tem como principal objetivo desconstituir, anular, uma decisão já transitada em julgado, quando essa sentença tem vícios. • competência para Ação Rescisória depende da decisão que quer desconstruir. (ex.: se eu quero desconstituir a sentença proferida por um juiz em 1º grau, vou protocolar ação rescisória no TRT – 1 órgão acima) • se eu quero desconstituir uma decisão proferida pelo TRT, eu ingressarei com ação rescisória no TRT. Se eu quero desconstituir uma decisão proferida pelo TST, ingressarei com ação rescisória no TST. Obs.: cada tribunal tem competência para desconstruir suas próprias decisões. Súm. 158, TST: AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5584.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5584.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista (ex-Prejulgado nº 35). • Mandado de segurança: Competência da Ação Rescisória depende de quem vai julgar o MS, que depende da autoridade coatora. Quando é o TRT que julga originariamente o MS, dessa decisão caberá recurso ordinário que será julgado pelo TRT Súm. 201, TST: SÚMULA Nº 201 - RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. Nos casos em que se quer entrar com um MS, onde está sendo ameaçado/lesado direito líquido e certo uma decisão proferida por órgão administrativo, ingressarei com MS, na VT. Se quem feriu o direito líquido e certo foi o juiz do trabalho, irei protocolar o MS no TRT. Se foi proferida pelo TRT, irei protocolar o MS no próprio TRT. Se a decisão que estou impugnando foi proferida pelo TST, protocolo ele no próprio TST. • Habeas corpus A competência vai depender de quem proferiu a decisão que vai ser impugnada (igual no MS, e HD) • Dissídio coletivo julgado pelo TRT: é uma ação de natureza coletiva, em que o sindicato dos empregados e sindicatos dos empregadores, ao discutirem determinada norma da CCT, não chegam a um consenso, e decidem de comum acordo instaurar um processo judicial, e colocar a decisão a respeito daquela norma nas mãos do poder judiciário, este que julga e profere uma sentença normativa, que vai vincular a categoria que está discutindo aquela cláusula. O poder judiciário vai exercer uma função atípica – legislar. Onde vai ser protocolado o dissidio coletivo? Depende da área de abrangência do conflito. Ex.: sindicato dos empregadores do MA x sindicato dos empregados do MA = TRT MA – 16ª região; sindicato dos empregadores do MA x sindicato dos empregados do Pará = TST ● TRÂMITE DO RECURSO ORDINÁRIO 1ª hipótese – sentença proferida pelo juízo de 1º grau: dessa sentença vai caber, no prazo de 8 dias, RO – protocolado no juízo aquo, VT. Depois de protocolado, o juiz da VT fará a primeira análise dos pressupostos de admissibilidade recursais, se ele entender que todos os requisitos estão ok, ele recebe o RO e notifica a parte contrária para apresentar as contrarrazões no prazo de 8 dias. Findo o prazo, com ou sem manifestação da parte contrária, o recurso vai ser remetido para o juízo competente para o seu julgamento, ad quem – TRT. Chegando no TRT, ele será distribuído para um relator, este que faz uma análise do processo e segunda análise dos pressupostos recursais, se todos estiverem presentes, ele conhece o recurso e encaminha o processo para julgamento por uma de suas turmas (encaminha para a secretária e esta vai incluir o processo em pauta para uma das turmas do TRT) PECULIARIDADES DO RO NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (2 a 40 sm) → obs.: rito sumário – cujo valor da causa não excede 2sm, não é cabível recurso, salvo se houver violação da CF. No procedimento sumaríssimo, o trânsito do RO tem algumas peculiaridades, visando a celeridade. 1. Chegando nos autos no Tribunal, serão imediatamente distribuídos ao relator, sem revisor. (art. 895, §1º, II, CLT) 2. O relator liberará os autos do processo no prazo máximo de 10 dias, cabendo a secretária incluí-o imediatamente em pauta de julgamento (art. 895, §1º, II, CLT) 3. Parecer oral do representante do MP, se necessário (art. 895, §1º, III, CLT) – no prazo de 15 minutos. 4. O acórdão consistirá unicamente na certidão de julgamento (art. 895, §1º, III, CLT) – a certidão de julgamento certifica apenas o que aconteceu no julgamento, e coloca o voto vencedor com a conclusão - o acordao completo tem todos os votos e o voto do relator, que é a conclusão. Processamento do recurso ordinário: Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). § 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) I - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5584.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5584.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11925.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2000/Mv0075-00.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 julgamento, sem revisor; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) III - terá parecer oral do representante do MinistérioPúblico presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) § 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) art. 89 5, CLT – Cabe recurso ordinário para instancia superior: I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 dias; e II – das decisões definitivas e terminativas do Tribunais Regionais, em processo de sua competência originaria, no prazo de 8 dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. §1º - nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de 10 dias, e a Secretária do Tribunal ou Turma coloca- lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; III- terá parecer oral do representante do MP presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão. IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razoes de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. §2º os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9957.htm#art1 Recurso de revista • Art. 896, CLT. • Hipóteses de cabimento Recursos de Natureza ordinária x Recursos de Natureza extraordinária: Alguns recursos possuem natureza ordinária e outros extraordinária. Os recursos de natureza ordinária têm como objetivo revisar integralmente a sentença impugnada – é feita a análise das matérias de fato, de direito e provas produzidas, p.ex. recurso ordinário, agravo de petição (tudo que foi decidido no processo pelo juiz de 1º grau, vai ser reanalisado pelo TRT integralmente) Ex.: motorista de uber ingressou com uma RT, pedindo vínculo empregatício com a UBER. Além de vínculo empregatício, o motorista pediu assinatura da CTPS, recolhimento de INSS, FGTS, e todas as verbas que decorrem do vínculo empregatício, HE e adc norturno. A sentença foi proferida pela VT e julgou o processo totalmente procedente. Da sentença proferida pela VT, cabe RO, que tem natureza ordinária. Obs.: o RR tem natureza extraordinária. Esses recursos com natureza extraordinária têm como objetivo a uniformização da jurisprudência, somente vai analisar a matéria de direito. Não tem análise de matéria de fato e provas. – ex.: embargos ao TST, Recurso Extraordinário, Recurso de Revista. Hipóteses de cabimento: 1)TRT → RECURSO ORDINÁRIO S (JUIZ) – RO (TRT) – RR(TST) - Cabe recurso de revista da decisão proferida pelo TRT em recurso ordinário. 2) TRT → AGRAVO DE PETIÇÃO S (juiz na execução) – AP (TRT) – RR (TST) - Decisão proferida pelo TRT julgando agravo de petição. - nesse caso, são recursos na fase de execução (da sentença na execução cabe agravo de petição; o agravo de petição será julgado pelo TRT, do acórdão do TRT proferido em agravo de petição, caberá RR. ● REQUISITOS DO RR: Além dos requisitos gerais (pressupostos intrínsecos [interesse e capacidade] e extrínsecos [cabimento, adequação, tempestividade, custas, depósito recursal e regularidade de representação]) O RR, tem mais 4 requisitos específicos: • Questão exclusivamente de direito; • Diante de umas das hipóteses específicas de cabimento do RR; • Prequestionamento; • Transcendência (grande impacto – repercussão geral no Rext). • Súmula nº 126 do TST Súmula nº 126 do TST RECURSO. CABIMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas. ● prequestionamento: Uma matéria está prequestionada quando ela foi explicitamente analisada num acórdão impugnado – a decisão impugnada lançou explicitamente uma tese a respeito da matéria. Então, no momento em que se vai recorrer de determinada matéria no RR, ela precisa ter sido expressamente adotada uma tese pelo TRT. Matéria prequestionada é matéria tratada no acórdão impugnado. Súmula 297, TST. PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. (tese = fundamentação jurídica) II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. Nesse caso, trata-se da hipótese em que a decisão impugnada foi omissa, e por isso precisaria de embargos de declaração, uma vez que para sanar contradição, omissão e obscuridade cabe embargos de declaração, no prazo de 5 dias. Se a parte interessada quer interpor RR sobre determinada matéria, e a o acórdão do RO, foi omisso, ou seja, não lançou tese expressa sobre essa matéria, cabe a parte interessada opor embargos de declaração, para que o TRT sane essa omissão e lance tese explícita sobre essa matéria. Ex.: motorista de uber entrou com RT pedindo reconhecimento de vínculo empregatício, HE, ADC noturno e etc, a sentença foi totalmente improcedente. O TRT, no entanto no RO, julgou procedente todos os pedidos, reconheceu o vínculo empregatício, condenou em HE e em ADC noturno. A empresa quer recorrer, e cabe RR. Para que a empresa recorra, impugnando as HE, adc noturno e reconhecimento de vínculo empregatício, é necessário que o TRT tenha lançado teses sobre esses assuntos explicitamente. Mas, o acórdão do RO, lançou uma tese sobre o vínculo empregatício e sobre o adc noturno, mas não lançou tese especifica e expressa sobre as HE, ou seja, ele foi omisso. A empresa quer impugnar as HE, uma vez que mesmo estabelecido o vínculo empregatício, o motorista laborava eminentemente externo e está excluído de controle de jornada. Ou seja, ele não tem DIREITO a receber HE. Para que o RR seja conhecido e analisado o mérito, a matéria integral precisa ser prequestionada, o TRT foi omisso quanto as HE, portanto, a empresa vai opor embargos de declaração – alegando que as HE foram deferidas, mas não foi lançado tese explícita, razão pela qual se requere que seja adotada tese explícita, sanada a omissão, para fins de prequestionamento. Obs.: os embargos de declaração interrompem o prazo para recurso– voltam a contar do início. III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração. O acórdão foi omisso, a parte interessada opôs embargos de declaração para sanar a omissão, mas o TRT ao julgar o ED, disse que não havia omissão, portanto, não lançou tese explícita. A parte interessada não será prejudicada, se ela opôs ED e ainda assim o TRT não lançou tese explícita, considera-se a matéria prequestionada, pois ela não pode ser prejudicada pela omissão do TRT. ● TRANSCENDÊNCIA: Art. 896 – A, CLT Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.226, de 4.9.2001) § 1o São indicadores de transcendência, entre outros: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) I - econômica, o elevado valor da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 4o Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 5o É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da matéria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 6o O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Essa matéria precisa ter relevância da causa, com seus reflexos gerais. Existem 4 tipos de transcendência, jurídica, econômica, social e política http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2226.htm#art1.896a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2226.htm#art1.896a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2226.htm#art1.896a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 (precisa-se alegar pelo menos 1 delas) - Econômica: elevado valor – está relacionado ao valor da causa. - Política: o desrespeito da instancia recorrida, a jurisprudência sumulada do TST ou STF. A decisão que está sendo recorrida é contrária a jurisprudência sumulada do tst ou stf. Se a decisão proferida pelo TRT em RO ou em RR for contrária a sumula do tst ou sumula vinculante do STF, teremos transcendência politica. Social: Recorrente é reclamante e postula direitos sociais – CF Quando for postulação do reclamante recorrente, quando quem apresenta o RR é o reclamante, pois ele inevitavelmente está postulando um direito social constitucionalmente assegurado. - Jurídica: Interpretação nova. Existência de uma questão nova, em torno da interpretação da legislação trabalhista. Há legislação, mas o mundo social está alterando e situações novas estão sendo criadas, e é preciso interpretar a legislação trabalhista conforme a nova situação. Ex. caso do motorista do uber. Aula 28/09 – continuação Obs.: no procedimento sumaríssimo (cujo valor da causa vai até 40sm, a admissibilidade do RR, está limitada à demonstração da violação direta da CF, sumula do TST e sumula vinculante do STF. No procedimento sumario, como regra, não cabe recurso. No procedimento ordinário, as hipóteses são mais amplas. ● Hipóteses específicas de cabimento - Procedimento ordinário Art. 896, “a” e “c”, CLT. - Decisão do TRT em RO – cabe RR quando: a - Contrariar outro TRT; Contrariar SDI (acórdão ou OJ); Contrariar Sumula Vinculante do STF; Súmula do TST. c – Contrariar a CF e/ou Lei Federal. Art. 896, CLT - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. Ou seja: ACÓRDÃO RECORRIDO DIVERGIR: na interpretação de Lei Federal da decisão de outro TRT; da decisão proferida pela SDI TST. OJ 111 – SDI 1 1 - Orientação Jurisprudencial 111/TST- SDI-I - - Recurso de revista. Dissídio de jurisprudência. Aresto do mesmo tribunal. CLT, art. 896 (redação da Lei 9.756/1998) . «Não é servível ao conhecimento de recurso de revista aresto oriundo de mesmo Tribunal Regional do Trabalho, salvo se o recurso houver sido interposto anteriormente à vigência da Lei 9.756/98. » A divergência precisa ser entre tribunais. Não pode pegar a decisão de uma turma e comparar com a de outra turma. ACÓRDÃO RECORRIDO CONTRARIAR: OJ TST; SUMULA TST; SV STF ACÓRDÃO RECORRIDO VIOLAR: LEI FEDERAL E CF.Art. 896, b, CLT. Acórdão do TRT em RO – cabe RR quando: Der a uma Lei estadual, acordo coletivo de trabalho, convenção coletiva de trabalho, sentença normativa ou regulamento de empresa entendimento diverso de outro TRT. Ex. quando for interpretado de forma divergente ACT, CCT, Sentença normativa, regulamento da empresa e lei estadual – será mais aplicado nos TRT de SP, porque é muito improvável que nos outros TRTs aconteça. Hipóteses especificas de cabimento do RR no procedimento sumaríssimo: Art. 896, § 9º, CLT ● Cabe diante de Acórdão do TRT em RO. ● Quando contrariar a CF; Súmula do TST ou Súmula Vinculante do STF. Art. 896, CLT - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: § 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal. → na fase de execução o RR será cabível quando violar a CF: Art. 896, §2º, CLT (Regra) - § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. Exceção: Art. 896, §10º, CLT Execução Fiscal e Certidão negativa – Todas as hipóteses: CF, Lei Federal, Orientação Jurisprudencial. § 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011. https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943-896 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00097561998 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00097561998 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00097561998 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12440.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12440.htm OBS.: Súmula nº 337 do TST COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS (incluído o item V) - Res. 220/2017, DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017 I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente: a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e (citar e juntar a cópia da decisão) b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. (já está pacificado, só um ex. está se discutindo no recurso a multa pelo pagamento em atraso das verbas rescisórias, art. 477. Somente devidas se forem pagas fora do prazo. A não homologação não gera multas. O TRT 21 proferiu uma decisão diferente, dizendo que a multa do 447 é devida pelo não pagamento ou não homologação da decisão. E o TRT16 decidiu de forma distinta. ex.: o advogado pega o acórdão que está impugnando, junta a cópia, pega o acórdão paradigma (aquele que está sendo apontado a divergência) e junta cópia, cita que a decisão impugnada, proferida pelo TRT16, a respeito da multa do art. 477, disse isso, conforme decisão em anexo, destacado trecho tal, entretanto, há divergência jurisprudencial, vez que, acórdão proferido na data tal, pelo TRT21, no processo tal, falou o contrário, conforme pode verificar na decisão em anexo, destacado trecho tal. – ESTÁ DESTACADA A DIVERGÊNCIA. II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o dispositivo e a ementa dos acórdãos; IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, desde que o recorrente: a) transcreva o trecho divergente; b) aponte o sítio de onde foi extraído; e c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho. V – A existência do código de autenticidade na cópia, em formato pdf, do inteiro teor do aresto paradigma, juntada aos autos, torna-a equivalente ao documento original e também supre a ausência de indicação da fonte oficial de publicação. • Recurso de Revista Repetitivo Inserido pelos arts. 896-b e 896-c, CLT. O que é? Se tem RR repetitivo quando, são escolhidos pelo TST, alguns para julgamento, e forma-se uma tese jurídica a ser aplicada para os demais processos idênticos ou semelhantes ou que venham a ser propostos com mesmo objeto. – é uma decisão de natureza vinculante. Sendo assim, teremos recurso de revista em rito repetitivo, quando houver multiplicidade de recursos de revista, fundado em idêntica questão de direito. (requisito) Se tem vários RR sobre a mesma questão de direito, poderão ser julgados de forma conjunta. Obs. 1: A Turma pode verificar a multiplicidade de RR com a mesma matéria e decidirá pelo julgamento no rito repetitivo, assim encaminha a SDI, que poderá encaminhar ao Pleno para julgamento. – quem julga o rito repetitivo será a SDI ou o pleno, a depender do caso. a) O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por indicação dos relatores, afetará um ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos (art. 896-C, §1º, CLT) - Turma desloca competência para SDI. Esta por maioria simples pode deslocar a competência para o Pleno. O processo passou pelo relator do TST e foi encaminhado para uma das turmas. O presidente recebeu 100 processos sobre a mesma matéria, ou seja, uma multiplicidade de recursos sobre a mesma matéria. O presidente vai encaminhar alguns processos para a SDI, não encaminhará todos, irá afetar alguns processos, os mais relevantes. b) Presidente da Turma ou da Seção Especializada que afetar processo para julgamento sob o rito dos recursos repetitivos deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou de Seção Especializada, que poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão global da questão (art. 896-C, §2º, CLT) o presidente da turma entendeu em afetar alguns processos para o rito repetitivo, depois de encaminhar para a SDI, ele irá comunicar os demais presidentes das demais turmas, para saber se nessas também há processos sobre a mesma matéria. Cada turma vai analisar se há multiplicidade de recursos sobre essa questão, podendo afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto. Não basta que haja multiplicidadeem uma só turma, precisa ter multiplicidade no tribunal, para que tenha uma visão global da questão. Cada um dos presidentes das outras turmas e sessões especializadas verão a totalidade de processos que estão tramitando nas turmas sobre a matéria, e poderão afetar os processos sobre a questão para julgamento conjunto. Acolhida a proposta, o presidente da SDI vai submeter a proposta do rito repetitivo no prazo máximo de 30 dias do seu recebimento. Agora será decidido se realmente vai ser julgado pelo rito repetitivo, ao acolher a proposta por maioria simples, a SDI também pode remeter o processo para julgamento pelo pleno. Acolhida a proposta, será distribuído a um dos ministros membros da SDI ou do tribunal pleno e para um revisor. Distribuído para um relator ou um revisor, o relator no TST poderá determinar a suspensão dos RR ou embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica a do recurso afetado como repetitivo. Dessa forma, todos os processos que tramitam no TST sobre essa matéria, ficarão suspensos aguardando o julgamento dos processos afetados no rito repetitivo. Se for rejeitado, os processos que foram afetados, irão retornar cada um para a turma para que seja julgado normalmente o RR. c) O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá determinar a suspensão dos recursos de revista ou de embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do recurso afetado como repetitivo (art. 896-C, §5º, CLT) - Os demais processos estão no TST ou no TRT. d) O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho para que suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos afetados como recursos repetitivos, até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho (art. 896-C, §3º, CLT) O que acontece com os recursos que ainda estão no TRT? O presidente do TST mandará um ofício a todos os presidentes dos TRT’s, determinando que eles suspendam os recursos interpostos em casos idênticos ou semelhantes ao afetados como recurso repetitivo, para que aguardem o pronunciamento do TST. No entanto, pode acontecer que o TRT tenha um processo muito relevante sobre a matéria, o presidente do TRT fará a análise dos pressupostos de admissibilidade, se estiverem todos ok, notifica a parte contrária para apresentar suas contrarrazões ao RR e ele irá encaminhar para o TST, para que também seja analisado no rito repetitivo. e) caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais recursos de revista até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho (art. 896-C, §4º, CLT. – até 2 recursos. f) O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros membros da Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a um Ministro revisor (art. 896-C, §6º, CLT) g) O relator poderá admitir a manifestação de pessoas, órgão ou entidade com interesse na controvérsia, inclusive como assistente simples (art. 896, §8º, CLT). Permite-se a intervenção do amicus curie neste julgamento. h) O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do Trabalho, informações a respeito da controvérsia, a serem prestadas no prazo de 15 dias (art. 896-C, § 7º, CLT). i) após o recebimento das manifestações de pessoa, órgão ou entidade com interesse na controvérsia e, se for o caso, também dos TRTS, terá vista o Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) dias. Recapitulando: o relator pode solicitar dos TRTs informações sobre a controvérsia, que devem ser prestadas no prazo de 15 dias e pode requisitar que até 2 processos representativos da controvérsia sejam remetidos; em seguida vai conceder um prazo de 15 dias, para manifestação escrita de pessoas, órgão ou entidade com interesse na controvérsia, logo em seguida terá vista ao MP e as partes nos termos do art. 896-c, §9º. j) Transcorrido o prazo do MP e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos (art. 896, §10º, CLT). k) Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, os recursos de revista sobrestados na origem (TRT), (art. 896, §11, CLT): o acórdão proferido no rito repetitivo, se chama acórdão paradigma, e abrange todos os fundamentos suscitados na tese jurídica/todos os fundamentos de todos os recursos que foram afetados. O que acontece? Abarca todos os recursos que estão no TST. E o que acontece com os recursos que ainda estão no TRT???? → terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação a respeito da matéria no TST; - nem é analisado, pois a decisão impugnada já está conforme a decisão dada pelo TST em julgamento repetitivo. Ex. todo recurso de revista que impugna decisão que dizia que não existia vínculo empregatício serão negados, pois a decisão recorrida está conforme o que decidiu o TST. → serão novamente examinados pelo Tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria. Neste caso, se mantida a decisão divergente pelo Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso de revista (art. 896, §12, CLT). – para que se mantenha a divergência, é necessário justificar, precisa demonstrar a existência de uma diferença, que é um caso distinto, com matéria jurídica distinta daquela que foi analisada no rito repetitivo. Nesse caso, o acórdão do RO, p.ex. diz que existe vínculo empregatício, e o TST diz que não existe vínculo. Os autos retornarão para o tribunal competente do julgamento do RO para que seja realizado pelo presidente do TRT, que dará decisão conforme o que entendeu o TST. Porém, pode acontecer que, o presidente do TRT reanalise o recurso, mas entende que não de adequa ao recurso repetitivo, pois tem uma matéria que precisa ser analisado de forma particular. Ele não faz a revisão, não adequa, e fundamentadamente, ele dá seguimento ao recurso de revista, porque a decisão impugnada, de fato, é divergente da decisão do rito repetitivo. - A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos em que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta das presentes no processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos (art. 896, §16, CLT). – não se aplica o efeito vinculante, pois a situação é distinta – o juiz vai fundamentar e admitir o recurso, que será analisado. Embargos ao TST Art. 894, CLT. Temos dois tipos de embargos ao TST – os divergentes e os infringentes. 1. Embargos ao TST - infringentes (Art. 894, I, CLT) Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 11.496, de 2007) I - de decisão não unânime de julgamento que: (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) b) (VETADO) OBS.: Só cabem na hipótese de dissídio coletivo de competência do TST (SDC) – Resulta em Sentença Normativa. Requisito: decisão impugnada não unânime – ou seja, um ministro do TST votou diferente! Em resumo: é cabível somente em dissídios coletivos, contra uma decisão proferida pela SDI (??? – ou SDC) do TST em
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