Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EX CELEN TÍSSIM O S EN HOR D OUTOR J UI Z DE DIR EI TO D A .... VAR A CRIM INAL D A COM ARCA D E CAM P OS - RJ La uro, já q ua lif icado nos a utos da ação pe na l nº ….. que lhe mo ve a J us t iça P úb lica, ve m respe itosa me nte, por me io de seu ad vo gado que esta s ubscr e ve à prese nça de Vossa Exce lê nc ia apres e ntar A LE GAÇÕ ES FIN AIS N A FO RMA D E MEMO RI AIS co m fulc ro no art igo 403 , §3º do Cód igo de Proces so Pena l pe lo s mot ivos de fa to e de d ire ito a se guir expos tos I - DOS FAT OS Bre ve re la to dos fa tos. II - D O DIR EI TO REP ES CA GEM – 2ª FA S E D IRE IT O P ENA L RES O LU ÇÃ O D O XX V I EX A M E OAB OR LY KIB R IT - 0 4 .06 .2 0 1 9 Pre limina r me nte ver if ica- se a nulidade p roces s ua l e m r a zão da a usê nc ia do Ré u na pr ime ira a ud iê nc ia. Com e fe ito, o art igo 5º, LV da CF assegura a a mp la de fesa na qua l se inser e a autode fesa co m o d ire ito de prese nça. N o caso em te la, no e nta nto La uro seq uer fo i int imado para a a ud iê nc ia de instr ução, re ssa lta ndo - se q ue se u ad vo gado ma nifesto u inco nfo r mis mo co m o ocorr ido. O ra, co m is so, ver ific a - se que fo i inde vida me nt e to lhido ( imped ido) do ré u o se u dire ito de pr ese nça, o q ue lhe c a uso u pre j uízo po is não to mo u co nhec ime nto da pro va produzida pe la ac usação. Porta nto, há nulid ade a part ir da pr ime ira a ud iê nc i a co nfor me 564, IV do cód igo de processo pe na l. Superad a a pre lim inar, no mér ito, o ré u d e ve ser ab so lvido, co nfor me ar t igo 386, III, CP P. N os termos do artigo 14, II, do cód igo pena l a te nt at iva se configur a qua ndo inic iado o ato e xec utó r io e não há co ns uma ção por c irc uns tâ nc ias a lhe ias a vo ntade do a ge nte, o q ue não ocorre u no c aso e m te la, po is La uro fo i fla grado s a indo de casa, se m ter inic iado q ua lq uer ato exec utório q ua ndo fora abordado pe lo s po lic ia is mil ita res, co nfigur a ndo - se me ros atos preparató r ios, q ue e m r e gra, são imp uníve is. Cumpr e ano tar q ue a rese r va do ho te l não co nfigura ilíc ito por s i só, e que no caso, a aquis ição e o porte da a r ma era m le ga is, La uro t inha per missão para ta l e fe z t udo nos te r mos da le i. Porta nto, não ha ve ndo iníc io da e xec ução, La uro de ve ser abso lvido no s ter mos do art. 386, I II, do Cód igo de Pro cesso Pe na l. Em caso de cond e nação, deve ser a fas tada a qua lif icadora do art igo 213, §1º do Código de Processo pe na l, nos t er mo s do me nc io nado pará gra fo o estupro tor na - se qua lif icado se a vít ima for me nor de 18 a no s o u ma io r de 14 a nos. No ca so e m te la imp ut a - se a qua lif icador a po is a vít ima ter ia 17 a nos, poré m, ta l fa to não fo i d e vida me nte co mpro vado nos a utos j á q ue não há doc ume nto da vít ima. N ota- se que o art. 155, § ú nico do C ód igo de P rocesso P e na l dete r mina que a pro va qua nto ao es tado da s pessoa s de ve obed ecer a s re str ições d a le i c ivil, e xigindo - se no caso prova doc ume nta l da s ua idad e, não ba sta ndo a me ra a le gação, inc lus ive, a s úmula 74 do S TJ prevê q ue a idade do ré u de ve s er co mpro vada por doc ume nto ap lica ndo - se o mes mo rac ioc ínio par a a idade da vít ima. Des ta for ma de ve s er a fa stada a q ua lificado ra. Q ua nto à dos imet r ia d a pe na, te m- se q ue a pe na bas e de ve se r fixada no mín imo le ga l. O art igo 59 do C ód igo pe na l tr a z as c irc uns tâ nc ia s j ud ic ia is a sere m a na lis adas na pr ime ira fa se da dos imet r ia da pe na, de staca ndo - se q ue não há c irc uns tâ nc ia de s fa vorá ve l no caso conc reto, não pos s uindo o r é u ma us a ntecede ntes. Já na se gunda fase da dos imetr ia de ve ser a fas tada a agr a va nte do art. 61, II, “f” do Código P e na l. No caso e m pa uta, não há re laç ão fa milia r do més t ica o u de coab itação e ntr e o réu e a vítima, não inc id indo a le i 11.340/06, as s im, não inc ide a re fe r ida a gr a va nte, destaca ndo- se q ue não bas ta para a s ua co nfiguração q ue a vít ima seja mulhe r. Desta ca- se que de ve ser reco nhec ida a ate nua nte da confis são confor me o art igo 65, III, “d ”, do C ód igo Pe na l, co m e fe ito e m s e u interro ga tór io La uro co nfir mo u inte gra lme nte os fa tos na rrados na de núnc ia.
Compartilhar